Trump despede diretor da agência que garantiu segurança nas eleições

  • ECO
  • 18 Novembro 2020

Donald Trump despediu "com efeitos imediatos" o diretor do departamento de cibersegurança norte-americano que o desmentiu publicamente em relação a alegadas fraudes eleitorais.

O Presidente dos EUA despediu o diretor do departamento de cibersegurança norte-americano que o desmentiu publicamente em relação a alegadas fraudes eleitorais, segundo noticia a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Christopher Krebs, antigo executivo da Microsoft, tornou-se diretor da Cybersecurity and Infrastructure Security Agency em 2018. Esta agência declarou que as eleições do dia 3 de novembro “foram as mais seguras da história da América”. O atual presidente dos Estados Unidos não terá gostado das afirmações e anunciou o seu despedimento com efeitos imediatos.

A recente afirmação de Chris Krebs sobre a segurança das eleições de 2020 foi altamente imprecisa, dado que houve grandes impropriedades e fraudes — incluindo pessoas mortas a votar, observadores proibidos de entrarem nos locais de votação, falhas “nas máquinas de votação que mudaram os votos de Trump para Biden, votação tardia e muito mais“, escreveu Trump no Twitter, acrescentado que o estava a demitir “com efeitos imediatos”.

O ex-diretor reagiu à demissão através da mesma rede social, mantendo a posição que tinha defendido. “Fizemos o correto”, lê-se numa publicação também no Twitter.

Alguns membros do Congresso também já reagiram à notícia. “Ao despedir Krebs por simplesmente fazer seu trabalho, o presidente Trump está a provocar graves danos a todos os americanos – que contam com as defesas da CISA, mesmo que não saibam disso”, disse o senador Angus King.

Ainda antes de os resultados eleitorais finais serem conhecidos, Trump já lançava dúvidas sobre a integridade da votação, sendo que as reivindicações ganharam força desde que o democrata Joe Biden foi declarado vencedor por diversos órgãos de comunicação social, após garantir os votos eleitorais suficientes.

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Fusão entre BBVA e Sabadell pode levar à saída de 5.000 funcionários

  • ECO
  • 18 Novembro 2020

A concretizar-se, a saída de cinco mil pessoas nos próximos dois anos representa 11% do total de trabalhadores, sendo que os sindicatos já pediram a abertura de programas voluntários de rescisão.

A fusão entre os bancos espanhóis Sabadell e BBVA poderá levar à saída de cinco mil trabalhadores e ao fecho de 1.300 balcões, de acordo com as estimativas dos analistas citados pelo jornal El País (acesso livre/conteúdo em espanhol). As duas instituições financeiras confirmaram esta segunda-feira as negociações para uma eventual fusão com vista à redução de custos e recuperação da rentabilidade numa altura de crise.

As sinergias conseguidas através da fusão poderá levar a uma redução de “entre 40% e 50% dos custos do banco mais pequeno”, segundo a estimativa do Santander. De acordo com as contas do jornal espanhol, essa percentagem significa pouco mais de mil milhões de euros nos custos do Sabadell. A consultora Neovantas concorda que essa deverá ser a estratégia. “É muito caro ficar sem tantos funcionários, mas é ainda mais caro mantê-los ao longo dos anos”, refere.

A concretizar-se, a saída de cinco mil pessoas nos próximos dois anos representa 11% do total de trabalhadores, sendo que os sindicatos já pediram a abertura de programas de rescisão voluntários com condições vantajosas. Quanto às agências, os dois bancos têm atualmente um total de 4.240 balcões. As conversações avançam a bom ritmo e “o resultado será conhecido nas próximas semanas”, disse Jaime Guardiola, CEO do Sabadell, ao El País.

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Governo gasta até 5,6 milhões para pôr IVAucher no terreno

Para operacionalizar o IVAucher, o Governo vai investir até 5,6 milhões de euros na aquisição de serviços de processamento de comparticipação de pagamentos eletrónicos.

O Governo vai investir até 5,6 milhões de euros na aquisição de serviços de processamento de comparticipação de pagamentos eletrónicos, com vista a operacionalizar o programa IVAucher“, que se destina a apoiar o consumo na restauração, alojamento e cultura através de descontos no IVA.

Esta despesa foi aprovada na semana passada pelo Executivo através de uma resolução do Conselho de Ministros que publicada esta quarta-feira em Diário da República.

De acordo com a resolução, o agrupamento formado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), pela Direção-Geral de Tesouro e Finanças (DGTF) e pelo IGCP, está autorizado a assumir no próximo ano despesas até ao máximo de 5,623 milhões de euros para a “aquisição de serviços de processamento de comparticipação de pagamentos eletrónicos com cartões bancários”.

O Governo justifica este investimento com “o programa de estímulo ao consumo que permita fazer regressar os consumidores aos setores mais afetados” pela pandemia.

“Considerando que o Governo pretende modernizar o atual sistema de benefício fiscal por exigência de fatura, denominado fatura da sorte, mas não dispõe de um instrumento que permita conceder benefícios imediatos, torna-se necessário proceder à contratação de serviços que permitam o processamento de comparticipações de pagamentos feitos através de cartões bancários“, lê-se na resolução.

Em causa está o programa IVAucher, uma medida que consta da proposta de Orçamento do Estado para 2021 e que pretende estimular o consumo nos setores mais afetados pela pandemia, nomeadamente, restauração, alojamento e cultura através da possibilidade de os consumidores poderem acumular o IVA suportado nestes mesmos setores, descontando-o nas compras seguintes, em descontos que deverão rondar os 50%.

Na semana passada, o Governo anunciou que os procedimentos para lançar um concurso público para a operacionalização da utilização do desconto decorrente do IVAucher, dirigido às diversas plataformas de pagamento, estavam em fase de conclusão.

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Eslovénia apoia veto da Hungria e Polónia ao orçamento plurianual da UE

  • Lusa
  • 18 Novembro 2020

“Só uma instância judicial independente pode dizer o que é o Estado de direito, não uma maioria política”, defendeu o primeiro-ministro esloveno.

O primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, apoia o veto da Hungria e da Polónia ao plano de relançamento da União Europeia (UE) face à covid-19 devido à condicionalidade do respeito pelo Estado de direito no acesso aos fundos.

“Só uma instância judicial independente pode dizer o que é o Estado de direito, não uma maioria política”, escreveu Jansa ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, segundo a AFP.

O plano de relançamento da UE para superar a crise da covid-19 está atualmente em suspenso, face a um veto, na terça-feira, da Hungria e Polónia, que contestam a condicionalidade no acesso aos fundos comunitários ao respeito pelo Estado de direito.

Em julho, após uma maratona negocial que se arrastou por quatro noites e cinco dias, os chefes de Estado e de Governo dos 27 chegaram finalmente a um compromisso sobre o orçamento plurianual da UE para 2021-2027, no montante de 1,07 biliões de euros, e um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros.

O veto imposto por Budapeste e Varsóvia – a que agora se junta Liubliana – deveu-se ao acordo para um mecanismo que condiciona ao respeito do Estado de direito o acesso ao orçamento plurianual da UE, feito entre a presidência alemã do Conselho da UE e o Parlamento Europeu (PE) a 05 de novembro. Os líderes dos 27 voltam a reunir-se numa cimeira por videoconferência nesta quinta-feira.

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Inflação anual recua em outubro na Zona Euro e UE

  • Lusa
  • 18 Novembro 2020

Taxa de inflação anual recuou, em outubro, para os -0,3% na Zona Euro e os 0,3% na União Europeia, enquanto em Portugal, a inflação anual fixou-se, em outubro, nos -0,6%, diz o Eurostat.

A taxa de inflação anual recuou, em outubro, para os -0,3% na Zona Euro e os 0,3% na União Europeia (UE) face à de 0,7% e 1,1% homólogas, mas mantendo-se estável na comparação com setembro, segundo o Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, em outubro, as menores taxas de inflação anual foram registadas na Grécia (-2,0%), na Estónia (-1,7%) e na Irlanda(-1,6%) e as mais elevadas na Polónia (3,8%), na Hungria (3,0%) e na República Checa (2,9%).

Face a setembro, a inflação recuou em 15 Estados-membros, manteve-se estável em dois e aumentou em outros dez.

Em Portugal, a inflação anual fixou-se, em outubro, nos -0,6%, face aos -0,1% homólogos e aos -0,8% de setembro.

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Empresas podem passar para apoio à retoma sem devolver incentivo à normalização a partir de amanhã

O Governo publicou um decreto-lei que flexibiliza o apoio à retoma, permitindo que os empregadores que pediram o incentivo à normalização podem passar para esse regime sem devolver a primeira ajuda.

Os empregadores que tenham pedido ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) o incentivo à normalização da atividade até ao final de outubro podem excecionalmente passar para o apoio à retoma progressiva — conhecido como “sucedâneo” do lay-off simplificado –, sem devolver a primeira ajuda. Esta alteração às regras de sequencialidade dos apoios consta de um decreto-lei publicado, esta quarta-feira, em Diário da República pelo Executivo de António Costa.

Até aqui, as empresas que saíam do lay-off simplificado tinham dois caminhos à escolha, que eram mutuamente exclusivos.

Ou pediam o incentivo à normalização da atividade, correspondente a um ou dois salários mínimos por cada posto de trabalho mantido, considerando que estavam em condições de abrir portas e voltar ao “normal”, isto é, de colocar todos os seus trabalhadores no ativo e com os horários e remunerações por completo.

Ou seguiam para o apoio à retoma progressiva, regime desenhado para suceder ao lay-off simplificado que permite reduzir os horários (e os salários), em função da quebra de faturação, e garante uma ajuda da Segurança Social para o pagamento dos vencimentos.

Os empregadores não podiam, portanto, beneficiar de ambas as medidas referidas, tendo de devolver o incentivo à normalização ao IEFP se decidissem passar para o “sucedâneo” do lay-off simplificado. Face ao agravamento da pandemia e ao endurecimento das restrições, o Governo decidiu, contudo, abrir uma exceção e permitir essa transição sem a devolução da ajuda já recebida.

“O presente decreto-lei estabelece que o empregador que, até 31 de outubro de 2020, tenha requerido o incentivo extraordinário à normalização de atividade possa, excecionalmente, até 31 de dezembro de 2020, desistir desse apoio e aceder ao apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade, sem necessidade de devolução dos montantes já recebidos naquele âmbito”, é definido no diploma publicado em Diário da República, que entra em vigor esta quinta-feira.

Ou seja, a partir desta quinta-feira, as empresas que tenham pedido o incentivo à normalização até ao final de outubro podem aceder ao apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade, sem ter de pagar nada ao IEFP.

O apoio à retoma progressiva está disponível para as empresas que tenham quebras de, pelo menos, 25% e permite a redução dos horários, no máximo, em 100%. Os limites dos cortes no período normal de trabalho são, contudo, condicionados às quebras de faturação. Por exemplo, uma empresa com uma quebra acima de 25%, mas abaixo de 40%, só pode cortar os horários, no máximo, em 33%. Já uma empresa com quebras superiores a 75% pode reduzir em 100% o período normal de trabalho.

O apoio a receber da Segurança Social para o pagamento dos salários também varia consoante a situação da empresa. Os empregadores mais afetados pela pandemia podem receber uma ajuda correspondente a 35% das horas trabalhadas ou até mesmo um apoio equivalente a 100% das horas não trabalhadas. Tal significa que, no caso de reduzir os horários na totalidade, cabe à Segurança Social pagar por inteiro a compensação ao trabalhador e o empregador fica apenas encarregue de assegurar a TSU.

O Governo já adiantou que pretende prolongar para 2021 o apoio à retoma progressiva e, aliás, o PS apresentou no Parlamento uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado que concretiza essa intenção. O diploma publicado esta quarta-feira deixa claro, contudo, que as empresas que só as façam a transição entre o incentivo à normalização e o apoio à retoma progressiva até ao final deste ano podem beneficiar da alteração excecional às regras de sequencialidade dos apoios, isto é, a partir de janeiro voltarão a ter de devolver a primeira ajuda para passar para o “sucedâneo” do lay-off simplificado.

O decreto-lei divulgado esta quarta-feira estabelece também que os empregadores que tenham “recorrido à aplicação das medidas de redução ou suspensão previstas no Código do Trabalho” — isto é, ao lay-off tradicional –, e que pretendam aceder ao apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade, não devem ficar sujeitos “ao prazo que limita o recurso a medidas de redução ou suspensão”.

De acordo com a lei laboral, o empregador só pode voltar a recorrer a medidas deste género “depois de decorrido um período de tempo equivalente a metade do período anteriormente utilizado”. Ou seja, se o empregador tiver aderido ao lay-off tradicional em agosto e ficado nesse regime dois meses, teria de esperar um mês até poder aceder ao apoio à retoma progressiva. Nesse mês, teria de colocar todos os seus trabalhadores com horários e salários completos, o que poderia ser muito complicado para certas empresas. O diploma publicado esta manhã elimina, pois, esse “período de nojo” e facilita a transição entre regimes.

(Notícia atualizada às 10h42)

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Advocatus Summit: “Temos um problema muito sério em matéria de alterações climáticas”

  • ADVOCATUS
  • 18 Novembro 2020

João Tiago Silveira, sócio da Morais Leitão, Diana Ettner, consultora da Morais Leitão, e Cláudia Ribeiro, da Catim, são os participantes da segunda talk da Advocatus Summit.

Sobre o tema “Ambiente: licenciamento e as barreiras à atividade”, João Tiago Silveira, sócio da Morais Leitão, Diana Ettner, consultora da Morais Leitão, e Cláudia Ribeiro, da Catim – Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica, apresentam-se na segunda talk da 3.ª edição da Advocatus Summit Lisboa.

Em debate esteve o estado fragmentado da legislação ambiental em Portugal, a análise do setor metalúrgico e metalomecânico e desafios encontrados, e ainda quais os novos passos a dar no setor de forma a simplificar os procedimentos legais necessários.

A conversa entre os três convidados já está disponível. Veja aqui o vídeo.

Até dia 26 de novembro, será lançado no site da Advocatus e ECO, diariamente, um novo painel.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou, nas duas edições em Lisboa de 2018 e 2019, com a participação das principais sociedades de advogados a operar em Portugal.

Os escritórios patrocinadores serão Abreu Advogados, Cerejeira Namora, Marinho Falcão & Associados, CMS Rui Pena & Arnaut, Cuatrecasas, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Sérvulo & Associados, SRS Advogados e Vieira de Almeida.

Conheça aqui o programa da Advocatus Summit

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É “necessário repensar as políticas de habitação”, diz presidente da Gebalis

A Gebalis celebra 25 anos de existência e, para assinalar a data, promove um evento internacional com uma série de especialistas do setor habitacional, numa conferência que pode assistir aqui.

A necessidade de dar “repensar as políticas de habitação é cada vez maior”, numa altura em que é um dos objetivos urgentes é dar apoio social habitacional a quem precisa, resolvendo, ao mesmo tempo, outras “políticas estruturais” ao nível de toda a cidade. Em conferência esta quarta-feira, a Gebalis – Gestão do Arrendamento da Habitação Municipal de Lisboa reúne um conjunto de especialistas do setor, que vão olhar para os problemas atuais, mas também para o futuro do mercado de habitação.

“É inquestionável a necessidade do apoio social ao nível da habitação, mas também a adoção de uma abordagem urbana integrada que permita dar respostas aos problemas existentes, alguns estruturais, que estão na base destas situações, em detrimento de políticas e respostas pontuais e dispersas”, diz o presidente da Gebalis, Pedro Pinto Jesus, durante a conferência “Habitar o Futuro”.

O responsável acrescenta ser “necessário repensar as políticas de habitação e colocá-las na agenda política, a diferentes níveis”, através de “políticas de habitação fortes, integradas e em permanente interação com outras políticas estruturais”. Contudo, Pedro Pinto Jesus ressalva a importância das “questões ambientais, da mobilidade, da digitalização, da energia, do consumo, da distribuição espacial e da justiça social”.

Acompanhe aqui em direto:

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Tancos: Azeredo Lopes diz em tribunal que PGR não o alertou para atuação paralela da PJM

  • Lusa
  • 18 Novembro 2020

O ex-ministro da Defesa, arguido no processo de Tancos, afirmou que nunca foi alertado para a investigação paralela que a Polícia Judiciária Militar estava a fazer ao furto das armas.

O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, arguido no processo de Tancos, afirmou na terça-feira que a ex-procuradora-geral da República nunca o alertou que a Polícia Judiciária Militar (PJM) estava a fazer uma investigação paralela ao furto das armas.

Azeredo Lopes respondia no julgamento do processo de Tancos, que decorre em Santarém, tendo reiterado que a sua “implicação” no caso do achamento das armas furtadas dos paióis de Tancos é “esmagadoramente política” e que “nunca, por parte de quem tinha a coordenação da investigação, me foi dito que algo estava a correr menos bem”.

Nunca soube [antes de 18 de outubro de 2017] de qualquer investigação paralela por parte da Polícia Judiciária Militar. A senhora procuradora-geral da República, como coordenação da investigação, nunca se queixou. Aliás, depois do despacho até julgo que a PJM podia participar na investigação, levar a cabo diligências porque tinha um papel de colaboração institucional”, afirmou.

O ex-governante negou, mais uma vez, ter conhecimento ou ter autorizado a realização de uma investigação paralela da PJM ao arrepio da decisão da PGR, tornada pública por despacho, questionando que interesse pessoal ou institucional tinha nessa decisão.

Sobre o furto das armas, ocorrido em 28 de junho de 2017, Azeredo Lopes negou que se tivesse sentido “humilhado, incomodado ou afrontado” com o crime cometido, sentimentos que, para a acusação, poderiam ser motivos suficientes para encobrir as ações da PJM.

“Felizmente tenho mais com que me afrontar. A construção [da acusação] é uma efabulação. A ideia de um ministro humilhado, afrontado só serve para explicar a narrativa”, afirmou Azeredo Lopes, considerando que o crime ocorrido nos paióis “nem direta nem indiretamente lhe dizia respeito”.

O arguido disse ainda que, ao longo do tempo, desde o furto em junho de 2017 foi ficando “cada vez menos preocupado” com a segurança nacional, porque lhe tinham garantido que o material furtado mais perigoso “estava obsoleto” e que “se fosse manuseado podia até causar a morte a quem o manuseava”.

Azeredo Lopes contou também que o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar e também arguido Luis Vieira nunca lhe pediu para interferir nas competências de investigação, tendo-lhe, contudo, manifestado o desagrado pelo facto de a PGR ter entregado o papel principal da investigação à Polícia Judiciária (PJ), passando a PJM a ter como função de “colaboração institucional”, negando porém que o militar lhe tivesse pedido para interferir ou inverter a situação.

Dez arguidos respondem em tribunal por associação criminosa, tráfico e mediação de armas e terrorismo, por envolvimento no furto do armamento e os restantes 13, entre eles Azeredo Lopes, dois elementos da PJM e vários militares da GNR, sobre a encenação/encobrimento que esteve na base da recuperação do material, na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJM, em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

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Mota-Engil ganha mais três obras em África no valor de 170 milhões

Um estádio e um mercado coberto na Costa do Marfim, além de um conjunto de 12 edifícios de apoio a futura refinaria em Moçambique, vão ser construídos pela Mota-Engil.

A Mota-Engil conquistou mais três obras no mercado africano, em contratos avaliados em 171 milhões de euros.

Na Costa do Marfim, a empresa portuguesa vai reabilitar e expandir um estádio na capital Abidjan, numa encomenda que tem valor de 84,4 milhões de euros.

Em causa estão obras no estádio Félix Houphouët-Boigny, que será completamente coberto e terá capacidade reforçada para 33.000 lugares. Será um dos estádios que vai receber a Taça das Nações Africanas em 2023 e é o segundo que tem a mão da construtora nacional, que em 2018 tinha conquistado o contrato para a construção do Stade de La Paix, também situado na capital.

No mesmo país, a Mota-Engil adianta também foi a construtora selecionada para a construção do Lote B do “Grand Marché” da cidade de Bouaké. Esta obra está orçada em 43,8 milhões.

Este projeto contempla a construção de espaços de comerciais e zonas de serviços e de apoio, tendo o mercado uma área total de 86.000 m2, “representando no final da obra, e concluídos os dois lotes, o maior mercado coberto da região da África ocidental, construído em quase 9 hectares e com mais de 8.000 pontos de venda”.

Por fim, em Moçambique, a construtora liderada por Gonçalo Moura Martins fechou um contrato no valor de 43 milhões de euros que consiste na construção de um conjunto de doze edifícios, dois dos quais em betão armado e os restantes em estrutura metálica (com fundações em betão armado).

Estes edifícios são destinados às principais atividades da futura refinaria como sejam o centro de controlo da operação de refinação, telecomunicações, segurança e bombeiros, edifício de formação, assim como o de armazém de todo o complexo, bem como o edifício destinado a servir de torre de controlo do porto marítimo, refere a Mota-Engil em comunicado.

Este contrato surge depois a de Mota-Engil ter ganho um outro, no valor de 365 milhões de euros, para a construção de uma obra ligada a um dos maiores projetos de exploração gás a nível mundial na próxima década.

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Nova SBE lança agregador de informação da economia social

  • Lusa
  • 18 Novembro 2020

Objetivo é criar uma base de dados, uma plataforma, através de dados abertos que tenha informação desagregada por organização e que sirva as diferentes partes interessadas no setor social.

A Nova School of Business and Economics (Nova SBE) lança na quinta-feira a Base de Dados Social, uma plataforma aberta que pretende agregar todas as organizações da economia social portuguesas, com impacto para lá do setor social.

A base de dados resulta de um trabalho académico que partiu de “um grande desconhecimento” existente sobre o universo de organizações que integram “o ecossistema social comum”, algo evidente nas fontes dispersas e não exaustivas de informação sobre a economia social portuguesa, explicou à Lusa uma das investigadores responsáveis pela Base de Dados Social, Bruna Riboldi.

O panorama pré-existente era o de fontes de informação “com um fraco nível de interação e poucas possibilidades de pesquisa e de filtros” ou de cruzamento de dados, referiu.

“O objetivo é criar uma base de dados, uma plataforma, através de dados abertos que tenha informação desagregada por organização e que sirva as diferentes partes interessadas no setor. Para isso o que temos feito é utilizar técnicas de inteligência artificial para automatizar e robustecer a recolha de informação, mas também contar com a atualização constante das organizações sociais. Temos uma dupla estratégia de preenchimento dessa plataforma”, explicou Bruna Riboldi.

A plataforma, apresentada na quinta-feira, e que fica disponível nesse dia no endereço basededadossocial.pt, arranca já com cerca de 40% das organizações de economia social identificadas e presentes na base de dados.

“Idealmente”, pretende chegar a todo o setor social, o que inclui, para além das instituições sem fim lucrativos e abrangidas pela Lei de Bases da Economia Social, também as empresas sociais, uma categoria de organizações ainda não tipificada na lei portuguesa e em cuja definição e categorização os responsáveis por este projeto estão ainda a trabalhar, tendo por base legislação de outros países europeus.

“Podem fazer parte da base de dados social todas as organizações que estejam abrangidas pela Lei de Bases da Economia Social e temos também o desafio e a intenção de conseguir inserir as empresas sociais, que ainda não estão definidas na lei portuguesa, mas que vamos ter uma série de critérios que elas precisam preencher para se enquadrem enquanto empresas sociais”, disse Bruna Riboldi.

Empresas sociais são, numa definição muito simplificada, como caracterizou a investigadora da Nova SBE, aquelas que tendo fins lucrativos os reinvestem na totalidade ou quase na sua missão social.

Na plataforma ficam disponíveis dados como o tipo de instituição (associação, misericórdia, cooperativa, IPSS, empresa social, por exemplo), a sua localização, contactos, modelo de gestão com identificação de órgãos sociais, área de atuação e atividade desenvolvida, público-alvo, universo de beneficiários e utilizadores, recursos humanos, incluindo voluntários, financiamento e outras informações.

Alguma da recolha de informação já vertida para a nova plataforma assentou em inteligência artificial, trabalhando a partir de outras bases de dados públicas, explicou Bruna Riboldi, frisando que é também importante a colaboração e o preenchimento por parte das instituições, que são as principais interessadas nesta base de dados, ainda que os impactos se estendam para lá da organizações.

Se estas podem beneficiar da informação disponível para partilha e gestão de recursos, por exemplo, a plataforma pode também ser o ponto de partida para famílias e utentes encontrarem respostas sociais que necessitem, um ponto de informação para procura e divulgação de emprego e vagas de voluntariado, para financiadores apoiarem projetos e iniciativas. Também o Governo pode aqui recolher informação de apoio à tomada de decisão em políticas públicas.

“O setor social representa um setor importante da economia portuguesa. Em 2016, a Economia Social representou 3% do Valor Acrescentado Bruto da economia portuguesa, segundo dados da Conta Satélite para a Economia Social. No entanto, as poucas fontes de dados disponíveis fornecem informações insuficientes e agregadas, sem atualização constante, com difícil acesso e fraca usabilidade na maioria dos casos”, refere um comunicado da Nova SBE.

A Base de Dados Social integra-se na Iniciativa para a Equidade Social, uma parceria da Nova SBE com a Fundação La Caixa e o BPI.

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EUA dão “luz verde” ao primeiro teste à Covid para fazer em casa

  • ECO
  • 18 Novembro 2020

Kit aprovado nos EUA permite fazer a autoanálise ao novo coronavírus, mas é necessário que seja feita a prescrição do teste por parte de um médico.

A Food and Drug Administration (FDA), responsável pela aprovação de tratamentos médicos nos EUA, deu “luz verde” a um kit que vai permitir que qualquer pessoa possa fazer o teste em casa.

“Ainda que tenham sido já autorizados testes de diagnóstico que podem ser recolhidos em casa, este é o primeiro que pode ser autoadministrado e fornecer os resultados em casa”, diz a FDA, citada pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Este kit descartável, que só poderá ser utilizado por pessoas com 14 ou mais anos, permite fazer a autoanálise ao novo coronavírus, mas é necessário que seja feita a prescrição do teste por parte de um médico.

O resultado positivo ou negativo à Covid-19 será conhecido ao final de apenas 30 minutos, de acordo com a fabricante deste teste rápido, a Lucira Health.

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