Portugal no top do aumento das insolvências no confinamento

As insolvências diminuíram "acentuadamente" na UE e na Zona Euro entre abril e junho, mas Portugal foi um dos três países que viu este indicador aumentar.

Numa altura em que o mundo atravessa uma pandemia, Portugal destaca-se, e não pelas melhores razões. De acordo com o Eurostat, entre abril e junho, foi o país que registou a maior quebra (quase de 50%) no número de novas empresas a serem criadas, mas também o terceiro que observou um dos maiores aumentos de declarações de falência.

Desde 2015 até ao final do ano passado que, num cenário geral, o número de registos de novas empresas em território europeu estava a aumentar. Contudo, no início deste ano, com o aparecimento da pandemia, essa tendência foi contrariada.

No primeiro trimestre do ano, altura em que vários países começaram a adotar medidas de contenção do coronavírus, o número de registos de novas empresas diminuiu 14,2% na Zona Euro e 13,9% na União Europeia (UE), face ao último trimestre de 2019. Contudo, no segundo trimestre, a situação agravou-se: este indicador caiu 28,5% na Zona Euro e 29,3% na União Europeia (UE), refere o Eurostat.

Mas houve vários Estados-membros a superarem estes números. Portugal lidera mesmo a tabela, com a maior descida no número de novos registos (-48,2%), à frente de Espanha (-47,8%) e de Itália (-39,5%). Houve apenas um país em que este indicador aumentou: na Lituânia (+1,6%).

Evolução dos registos de empresas e das declarações de falência

Registos de novas empresas (a azul) e declarações de insolvência (a vermelho) na União Europeia.Eurostat

Já no que diz respeito ao número de declarações de falência, “tem havido uma clara tendência de queda nos últimos anos”, indica o Eurostat. Desde 2015 que é assim mas, este ano, esta descida foi mais acentuada. No segundo trimestre do ano, as insolvências caíram 41,7% na Zona Euro e 34,8% na UE, com Itália (-71,6%), Bélgica (-57,2%) e França (-54,9%) no topo.

Contudo, houve apenas três países onde o número de insolvências aumentou entre abril e junho, onde se inclui Portugal, com uma subida de 12,9%, atrás da Estónia (+14,7%) e da Polónia (+19,8%).

De acordo com o Eurostat, a redução tanto do número de novas empresas como do número de insolvências pode ser explicada pelo facto de as entidades responsáveis “não terem estado temporariamente acessíveis ou terem estado encerradas e, por conseguinte, essas falências não poderem ser comunicadas de imediato”. Além disso, “os Governos também podem ter concedido um tempo adicional para a conclusão dos procedimentos administrativos”.

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Número de desempregados dá salto histórico de 45,1% no terceiro trimestre

A população desempregada aumentou 45,1% entre julho e setembro face ao trimestre anterior. São mais 125,7 mil pessoas à procura de trabalho. A taxa de desemprego subiu para 7,8%.

O número de desempregados disparou 45,1%, entre julho e setembro, face ao segundo trimestre do ano. É o maior salto desde, pelo menos, 2011 e corresponde a mais 125,7 mil pessoas à procura de emprego. De acordo com os dados divulgados, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística, no terceiro trimestre de 2020, a taxa de desemprego atingiu os 7,8%.

“A taxa de desemprego foi estimada em 7,8%, valor superior em 2,2 pontos percentuais (p.p.) ao do trimestre anterior e em 1,7 p.p. ao do trimestre homólogo de 2019. A população desempregada, estimada em 404,1 mil pessoas, aumentou 45,1% (125,7 mil) em relação ao trimestre anterior, o que corresponde à taxa de variação trimestral mais elevada da série iniciada em 2011, e 24,9% (80,7 mil) relativamente ao terceiro trimestre de 2019″, é detalhado, na nota estatística publicada esta manhã.

Também a subutilização do trabalho aumentou, tendo passado a abranger 813,7 mil portugueses, mais 8,7% do que no trimestre anterior e mais 21,9% em termos homólogos. “O aumento da subutilização do trabalho foi explicado maioritariamente pelo aumento do desemprego”, afirma o INE.

De notar que este indicador abrange não só população desempregada, mas também o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e os inativos disponíveis mas que não procuram emprego.

A propósito, no terceiro trimestre de 2020 — período marcado pelo desconfinamento do país e pela facilitação da procura ativa de trabalho –, a população inativa caiu 4,8% em cadeia. Ainda assim, em termos homólogos, registou-se um aumento de 3%.

“A transição da inatividade para o desemprego refletiu o alívio das condicionantes à mobilidade e contacto social existentes no segundo trimestre que decorreram da pandemia, permitindo uma maior facilidade na procura ativa de emprego e disponibilidade para começar a trabalhar, critérios cujo cumprimento é necessário para a classificação enquanto desempregado”, esclarece o INE.

Quanto à população empregada, foi registado um aumento 1,5% por comparação com o trimestre anterior. Face ao mesmo período de 2019, verificou-se um recuo de 3%.

(Notícia atualizada às 11h25)

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ASF quer reforço de coberturas contra riscos catastróficos

  • ECO Seguros
  • 4 Novembro 2020

As famílias e empresas têm maior vulnerabilidade na exposição a riscos catastróficos, devido a baixa cobertura de seguros para eventos adversos em Portugal, adverte o Supervisor.

As alterações climáticas e a atual pandemia vieram realçar a “problemática do protection gap, isto é, do diferencial entre as perdas económicas decorrentes de eventos adversos e aquelas que se encontram efetivamente protegidas por intermédio de cobertura seguradora”, sinalizou a presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), durante um evento em Lisboa.

A penetração de seguros em Portugal com coberturas de riscos catastróficos “é reconhecidamente baixa
, especialmente quando comparada com outras economias desenvolvidas, amplificando a vulnerabilidade social e da atividade económica para riscos desta natureza”, recordou Margarida Corrêa de Aguiar. Falando no encerramento de uma conferência promovida pelo Jornal de Negócios, a responsável da ASF referiu que, o “desenvolvimento de medidas que estimulem a procura e possibilitem a oferta de produtos a preços comportáveis, com vista à colmatação do protection gap, será, assim, essencial para propulsionar a resiliência nacional a fenómenos desta natureza”.

Além de atuar no sentido da redução dos custos globais, “em especial daqueles que teriam sempre de ser assumidos pela esfera pública, em situações de catástrofe, o aumento da cobertura seguradora permite, no âmbito do processo de subscrição, uma maior capacidade de mensuração dos riscos ex-ante e o incentivo à implementação de medidas de mitigação desses riscos, reduzindo as vulnerabilidades”, considerou a responsável.

Perspetivando macro tendências globais e setoriais do futuro próximo, a presidente da ASF referiu-se à ideia do protection gap, “no sentido da necessidade de encontrar soluções para encurtar a falta de proteção para diversos riscos a que estão sujeitas as famílias e as atividades económicas” e, no limite, o Estado, relativamente aos “riscos de incêndios e tempestades e eventos sísmicos que afetam o património e as atividades económicas, riscos pandémicos e longevidade“.

Seguro tem sido lento na resposta ao envelhecimento populacional e alterações climáticas

A adoção do digital na atividade seguradora é, segundo afirmou, “um processo que vem conhecendo desenvolvimentos” há muitos anos, mas que a pandemia de COVID-19 “tornou mais visível, tendo conhecido, em face das circunstâncias, uma aceleração bem-sucedida”, em termos de “capacidade operativa e de aceitação e envolvimento por parte da sociedade”.

“Este é um lado da inovação, o lado que muda a gestão e a operação das empresas de seguros e que permite transformar a forma como os operadores e clientes se relacionam, seja na contratação dos seguros, seja na gestão dos sinistros ou na aplicação da poupança. Com efeito, o setor segurador tem sido muito rápido na adoção de inovações decorrentes da aplicação de tecnologia em áreas de gestão, operacionais, de avaliação de risco e de comercialização”.

Um dos grandes desafios que o setor segurador tem realmente pela frente “está em saber como é que será feita a incorporação das novas tecnologias nas suas cadeias de valor. É um caminho incontornável (…). No entanto, o setor segurador tem sido mais lento na oferta de produtos que respondam às necessidades trazidas por fenómenos tão importantes como o envelhecimento da população e o aumento da longevidade ou as alterações climáticas e a digitalização da economia”, assinalou.

Longevidade, poupança e sustentabilidade

Na intervenção, Margarida Corrêa de Aguiar referiu que o fenómeno do aumento da longevidade “obrigará, com efeito, a impor correções na redistribuição do consumo e do rendimento ao longo do ciclo de vida. Sendo maior a longevidade, é necessário gerar mais rendimento e/ou acumular mais poupança durante a vida ativa”.

Neste sentido, “os seguros têm um contributo para dar na oferta de respostas associadas ao risco de longevidade. Respostas que passam, por um lado, pela incorporação de inovação no desenho de produtos – capazes de conciliar fluxos regulares de rendimento na reforma e proteção aos riscos de despesas
médicas e de outras provenientes de problemas de saúde que decorrem do aumento da idade e da dependência – e, por outro lado, suscetíveis de mobilizar a captação de poupança de longo prazo”.

Também aqui “estamos na presença de uma mudança de paradigma” em que a promoção de uma cultura de poupança alicerçada nas suas finalidades e objetivos específicos “poderá ajudar a ultrapassar o desincentivo que constituem as baixas taxas de juro para a mobilização de poupança de longo prazo”, sugeriu.

Em relação aos seguros voluntários de saúde que, em particular, têm registado crescimentos significativos, inclusive em plena pandemia, “a ASF está a trabalhar num conjunto de medidas regulatórias que contribuam para um desenvolvimento equilibrado do mercado, salvaguardando um posicionamento mais informado dos consumidores e requisitos de transparência que são exigíveis num tipo de seguro com esta relevância económica e social”, recordou.

Tendo em conta as prioridades definidas pelo Governo no Plano de Recuperação e Resiliência, “designadamente a transição climática e a transição digital, as quais implicam alterações profundas de paradigma, o setor segurador pode ter um papel de relevo, quer na vertente de grande investidor institucional de longo prazo, apoiando o financiamento de projetos de infraestruturas e contribuindo para o sustainable finance, quer na vertente de gestor profissional dos riscos associados”, referiu Margarida Aguiar na mesma intervenção.

Por isso, a responsável da Supervisão defende que o setor segurador deve “tornar-se um agente de promoção do crescimento sustentável através da oferta de produtos e serviços que tenham em consideração os aspetos ambientais, sociais e de governação, bem como direcionando os fluxos financeiros – investimentos e poupanças – para projetos, empresas e instituições que promovam a transição para um novo modelo de desenvolvimento da sociedade”.

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Em teletrabalho, pode pedir à empresa que pague a conta da luz e da net

Advogados ouvidos pelo ECO indicam que há margem na legislação para os trabalhadores pedirem às empresas que paguem as contas da internet. E até mesmo da eletricidade.

O teletrabalho passa a ser obrigatório nos 121 concelhos mais afetados pela pandemia de coronavírus. A adoção deste regime dispensa um acordo escrito entre o trabalhador e o empregador, abrindo a porta a que o primeiro possa pedir ao segundo o pagamento das suas contas, como a da internet e, no limite, também a da eletricidade. Os advogados ouvidos pelo ECO garantem que há margem na legislação para tal, mas reconhecem que ainda são poucos os trabalhadores a exigi-lo.

Face ao agravamento da crise pandémica, o Executivo de António Costa decidiu endurecer as restrições, particularmente nos 121 concelhos mais afetados. passa a ser obrigatória, a partir desta quarta-feira, a adoção do teletrabalho.

De acordo com a proposta de decreto-lei enviada aos parceiros sociais, a que o ECO teve acesso, é obrigatório trabalhar remotamente sempre que as funções o permitam e independentemente do vínculo laboral. A adoção do regime, é dito no referido documento, não necessita de um acordo escrito entre o empregador e o trabalhador, ao contrário do que está previsto, em circunstâncias normais, no Código do Trabalho.

Para Pedro da Quitéria Faria, ao ser dispensado o acordo, presume-se que as despesas do trabalhador com a internet ou até mesmo com a eletricidade ficam a cargo do empregador. “Não havendo acordo, presume-se que estas despesas competem ao empregador“, diz o advogado da Antas da Cunha Ecija & Associados.

Sofia Monge, da Carlos Pinto de Abreu & Associados, corrobora: “Ao empregador competirá disponibilizar os equipamentos de trabalho e de comunicação necessários à prestação de trabalho em regime de teletrabalho, assegurando também a respetiva instalação e manutenção, bem como o pagamento das inerentes despesas, salvo se o contrário tiver sido acordado entre as parte”.

Pedro da Quitéria Faria deixa, contudo, uma ressalva: “Não está cristalino”. É que lei laboral sugere que, nestes casos, deverá ser o empregador o responsável pelas contas em causa, mas o diploma enviado aos parceiros sociais não esclarece a questão.

Madalena Caldeira confirma também que há margem na legislação em vigor para os trabalhadores pedirem às empresas o pagamento das contas em causa, ainda que seja necessária alguma clarificação. “Diria que pode colocar-se a questão”, salienta a especialista da Abreu Advogados.

"Ao empregador competirá disponibilizar os equipamentos de trabalho e de comunicação necessários à prestação de trabalho em regime de teletrabalho, assegurando também a respetiva instalação e manutenção, bem como o pagamento das inerentes despesas, salvo se o contrário tiver sido acordado entre as parte.”

Sofia Monge

Advogada da Carlos Pinto de Abreu & Associados

Noutros países, esse esclarecimento já foi feito. Em Espanha, por exemplo, foi aprovado um novo regime de teletrabalho que determina que as empresas devem suportar as despesas dos trabalhadores.

A advogada Madalena Caldeira avança, por outro lado, que o empregador pode, por sua vez, travar a adoção do teletrabalho argumentando que não tem meios para financiar essas despesas. Ou, se o empregador recusar o pagamento, o trabalhador poderá rejeitar trabalhar remotamente, defendendo que não consegue suportar o acréscimo nos encargos decorrente desse regime.

E apesar da referida margem na legislação, foram poucos os trabalhadores a pedir aos empregadores o pagamento das despesas da internet ou da eletricidade durante o primeiro período em que o teletrabalho foi obrigatório (de março a junho), reconhecem os advogados.

Teletrabalho em março garante autorização agora?

Esta é a segunda vez em 2020 que a adoção do teletrabalho passa a ser obrigatória em Portugal.

Em março, face à chegada da pandemia de coronavírus a Portugal, ficou determinado que era obrigatório trabalhar remotamente, sempre que as funções o permitissem e podendo esse regime ser imposto pelo trabalhador ou pelo empregador de modo unilateral, isto é, sem acordo da outra parte.

Essa obrigação acabou por ser levantada em junho, com o desconfinamento da economia e do país; Mas agora está de regresso e desta vez abrange só os 121 concelhos mais afetados pela crise pandémica, já não a totalidade do país.

Os empregadores podem recusar o trabalho à distância, mas apenas se não existem condições técnicas mínimas para a sua adoção ou se esse regime não for compatível com as funções desempenhadas pelos trabalhadores.

Para os advogados ouvidos pelo ECO, os trabalhadores que estiveram em teletrabalho na primavera deverão ter como direito adquirido agora o regresso a esse regime, se tiverem mantido as suas funções. Os especialistas admitem, contudo, que possa haver exceções.

“Se em momento anterior o empregador considerou que tais condições se verificaram, e não tendo estas entretanto sofrido qualquer mutação, não se justifica que agora recuse este regime”, salienta Sofia Monge, que lembra, ainda assim, que a experiência registada na primavera não condiciona a aplicação do regime agora.

Pedro da Quitéria Faria também vê com “muitas dificuldades” que um posto de trabalho que tenha passado a remoto, por exemplo, em março não possa agora seguir esse caminho. “A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) irá pelo precedente“, sublinha.

Já Madalena Caldeira defende que a questão não é assim tão clara. É que, mesmo que as funções se tenham mantido, o empregador pode argumentar, por exemplo, que desta vez não consegue disponibilizar os mesmos meios de trabalho, nem suportar os custos inerentes ao teletrabalho que foram registados na primavera. “Em princípio, não haveria razões para recusar [o teletrabalho a alguém que o praticou na primavera], mas o empregador pode justificar” a rejeição desse regime.

“Pode ter sucedido que a sujeição anterior a esse regime tenha sido permitida pelo empregador, apesar de não completamente compatível com as funções a desempenhar ou ainda que não existissem as condições ideais para o seu exercício. Nesse caso, entendo que o empregador poderá agora, fundamentadamente e por escrito, decidir pela não aplicação desse regime por não estarem preenchidos os respetivo requisitos”, acrescenta Sofia Monge.

Os empregadores que considerem não estarem reunidas as condições necessárias para adotar o teletrabalho podem recusá-lo, informando os trabalhadores por escrito dessa sua decisão e demonstrando que “as funções em causa não são compatíveis com o regime do teletrabalho ou [que há] falta de condições técnicas mínimas para a sua implementação”.

O trabalhador, por sua vez, pode pedir à ACT que avalia os argumentos do empregador, recebendo uma resposta em cinco dias, cujo incumprimento é sinónimo de uma coima entre 612 euros e 9.690 euros. Ao ECO, a presidente do Sindicato dos Inspetores do Trabalho (SIT) critica esta medida, por criar expectativas que os profissionais não têm competências para cumprir.

Carla Cardoso explica, por outro lado, que a adoção do teletrabalho na primavera não garante a permissão para o fazer agora, já que a conjuntura da empresa pode ter sofrido alterações. Por exemplo, o empregador pode não ser capaz de suportar os encargos dos serviços informáticos, apesar de te o feito em março. “Tem de ser uma avaliação casuística”, remata, rejeitando extrair uma regra geral.

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Trump não reconhece derrota, gestores apelam a transição pacífica

Projeções da CNN, Associated Press e Fox News atribuem a vitória a Joe Biden, que já reagiu: "Serei um Presidente para todos os americanos".

Ainda há votos por contar em alguns estados, mas as projeções da CNN, Associated Press e Fox News a vitória ao candidato democrata. Joe Biden já reagiu ao triunfo: “Serei um Presidente para todos os americanos”. Sucede a Donald Trump, o candidato republicano que ameaça recorrer aos tribunais por causa de alegada fraude eleitoral. Entre as reações dos líderes internacionais à vitória de Biden, o primeiro-ministro português, António Costa, espera trabalhar no sentido de reforçar as relações entre Europa e EUA.

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Estrangeiros barrados no aeroporto terão ajuda de advogados

A OA, o Ministério da Justiça e o Ministério da Administração Interna celebram um protocolo para que os advogados passem a assegurar aconselhamento e assistência jurídica a cidadãos estrangeiros.

A Ordem dos Advogados (OA) vai celebrar, esta quarta-feira, um protocolo de cooperação com o Ministério da Administração Interna (MAI) e com o Ministério da Justiça (MJ) para apoiar cidadãos estrangeiros.

O objetivo é garantir a “disponibilização permanente de advogados para o aconselhamento e assistência jurídica a cidadãos estrangeiros a quem seja recusada a entrada em território nacional nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Ponta Delgada, assegurando assim a estes cidadãos o pleno acesso ao direito e aos tribunais para defesa dos seus direitos e interesses legalmente protegidos”, refere a OA, em comunicado.

O protocolo será assinado esta quarta-feira, pelas 15h30, no Salão Nobre do ministério da Administração Interna. A cerimónia conta com as presenças do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, e do bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão.

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Biden ainda tem hipótese de derrotar Trump. Bolsas europeias avançam

Após o início de sessão ter sido negativo, as principais praças inverteram a tendência. Lisboa não está, no entanto, a acompanhar e continua a negociar no vermelho.

No rescaldo das presidenciais norte-americanas, é elevada a volatilidade nas bolsas. As principais praças europeias inverteram o sentido negativo da abertura da sessão e seguem no verde, ainda sem perspetivas de quem irá vencer. Lisboa não acompanha, no entanto, a tendência e mantém-se negativa.

A Europa acordou com Donald Trump a autoproclamar-se presidente dos Estados Unidos por mais um mandato e as bolsas, que apostavam numa vitória de Joe Biden, responderam em conformidade, ou seja, a desvalorizar. No entanto, à medida que a manhã avança está a tornar-se mais claro que a corrida é ainda mais renhida que o esperado e o democrata ainda poderá chegar à Casa Branca.

A corrida presidencial nos EUA está a parecer muito mais concorrida do que o cenário de ‘onda azul’ projetado que dominou as manchetes nas últimas semanas“, explica Mona Mahajan, estratega de investimentos dos EUA na Allianz Global Investors, numa nota divulgada esta manhã. “Ainda há um caminho para a vitória de Joe Biden. Talvez tenhamos de esperar até que os votos sejam contados, o que pode levar alguns dias, especialmente em estados como a Pensilvânia”.

Após ter caído mais de 1,3% na abertura da sessão, o índice europeu Stoxx 600 avança 0,1%, enquanto o alemão DAX e o francês CAC 40 ganham 0,4% e o britânico FTSE 100 soma 0,1%. Em sentido contrário, o português PSI-20 tomba 1,6% penalizado pelas cotadas da energia: a EDP cai 3,3% e a Galp Energia perde 2,4%.

Mesmo com a recuperação das ações europeias, os juros das dívidas continuam em queda, sendo que a yield das obrigações a dez anos está a negociar no mínimo histórico em 0,077% e as Bunds alemãs em -0,64%. O juro das Treasuries norte-americanas com esta maturidade recuam para 0,793%. Também viu o dólar norte-americano valoriza (0,07% face ao euro), enquanto os preços do ouro cedem.

Às 10h30 de Lisboa, Joe Biden tem 238 votos eleitorais contra 213 para Donald Trump, sendo que os democratas conseguiram “roubar” um importante estado aos republicanos: o Arizona, que é tradicionalmente um estado conservador, onde os democratas apenas venceram por uma única vez nos últimos 72 anos. Este resultado inesperado aumentou a expectativa sobre o vencedor, mas ainda há muitos votos por contar e o resultado poderá demorar.

O atual Presidente republicano ameaçou recorrer ao Supremo Tribunal para travar a contagem de votos que considera terem sido lançados “fora de prazo”, acusando os democratas de estarem a tentar “roubar as eleições”. A candidatura democrata à Casa Branca disse que vai contrariar os esforços do rival judicialmente.

“A corrida presidencial está demasiado próxima nesta altura, com resultados incertos em vários estados chave. A corrida ao Congresso também está indecisa, criando incerteza por agora. Apesar de os mercados de ações e futuros apontarem em alta, esperamos que a volatilidade se mantenha elevada. Sem clareza, é necessária paciência“, aponta Michael Strobaek, global chief investment officer do Credit Suisse, que mantém um posicionamento neutro em relação a investimento em ações.

(Notícia atualizada às 11h55)

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Encerrado escritório de mediação imobiliária por praticar ‘falsa’ advocacia

Após vitória em tribunal, o Conselho Regional de Lisboa vai proceder à execução de encerramento de um escritório de mediação imobiliária. Em causa estavam atos de procuradoria ilícita.

O escritório de mediação imobiliário Sónia Veríssimo – Sociedade de Mediação Unipessoal, Lda vai fechar depois de uma decisão judicial que considera que em causa estão atos de procuradoria ilícita, depois de esgotados todos os meios de recursos. Agora caberá ao Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Advogados executar a decisão.

“No âmbito do processo de procuradoria ilícita apurou-se que esta sociedade comercial praticou atos próprios dos advogados, nomeadamente, os previstos na Lei dos Atos Próprios dos Advogados e Solicitadores), ou seja, a elaboração de contratos e a prática dos atos tendentes à constituição, alteração ou extinção de negócios jurídicos, designadamente, os praticados junto de conservatórias e cartórios notariais, em interesse e benefício de clientes seus”, refere o CRL em comunicado.

O CRL, dirigido pelo advogado João Massano, refere ainda que “esgotados todos os meios de recursos” por parte da participada, nomeadamente através do recurso hierárquico para o Conselho Superior da Ordem dos Advogados e o recurso judicial para o Tribunal Administrativo de Lisboa, irá diligenciar pela execução da decisão de encerramento do escritório.

Recentemente, o CRL pediu ao tribunal o encerramento de um outro escritório por atos de procuradoria ilícita, o Intercobranças – Gestão e Recuperação de Valores e Bens, em Lisboa. Entre as atividades desenvolvidas está, segundo João Massano, líder do CRL, “a negociação tendente à cobrança de créditos, constando tal atividade, à imagem de outras situações similares, do próprio objeto da referida entidade privada”.

São 222 os processos administrativos atualmente em curso, aos quais se juntam 32 averiguações preliminares relativas a casos destes. Ou seja: no total, o Conselho Regional de Lisboa registou 254 casos suspeitos de falsos advogados a praticar procuradoria ilícita. Empresas de consultoria, advogados suspensos pela Ordem que continuam a exercer, empresas de cobrança de dívidas, gestão de condomínios, sociedades de mediação imobiliária, gabinetes de contabilidade, agências funerárias, seguradoras, agências de comunicação e juntas de freguesia são algumas das instituições que estão a praticar atos que, segundo o CRL, são exclusivos dos advogados.

“O CRL reforça, assim, a vigilância e atenção permanentes sobre a realização de atividades, que estão restritas aos advogados, por parte de particulares e entidades não qualificados, algo que está claramente à margem da lei”, explica o líder do CRL, João Massano, em declarações ao ECO/Advocatus. “Sendo que os processos instaurados contra as supostas empresas que aparecem nas redes sociais são na maioria englobadas nas empresas de consultoria”.

Segundo dados a que o ECO teve acesso, em 2018 foram 266 os casos detetados, 199 em 2019, este ano já são os referidos 254.

“Entre as atividades visadas está a prestação de consulta jurídica não qualificada no âmbito das contra ordenações (multas de trânsito e outras). Esta é uma das práticas ilegais com maior proliferação na internet e nas redes sociais, com variadas pessoas e entidades a oferecerem serviços para os quais não estão habilitados nem qualificados”, explica João Massano.

O exercício do mandato por advogados com a sua inscrição suspensa na Ordem – e até expulsos da Ordem -, a elaboração de contratos por quem não está legalmente habilitado para o efeito e o exercício do mandato junto das conservatórias por não advogados ou não solicitadores são outros exemplos de outros casos de procuradoria ilícita.

João Massano denuncia ainda que a procuradoria ilícita tem vindo a ser “incentivada” em Portugal por parte de bancos, que “celebram contratos de cobrança de créditos com sociedades comerciais que não estão aptas a praticar os atos previstos na lei, e que, na maioria dos casos, com a sua atitude agressiva e persecutória, violam os direitos dos cidadãos”.

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Cuidados de saúde não urgentes podem ser suspensos este mês. Recurso aos privados só para doentes críticos

O Ministério da Saúde quer que os hospitais suspendam a atividade não urgente em novembro, caso seja necessário. Apenas se admite o recurso aos privados no caso dos doentes críticos.

Marta Temido emitiu um despacho onde dá orientações aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para, se for necessário, suspenderem os cuidados de saúde não urgentes durante o mês de novembro por causa do combate à pandemia, cujos números estão a piorar. De acordo com o mesmo despacho, o recurso ao setor privado ou social só será para os casos críticos.

Estas medidas passam pela avaliação de suspensão, durante o mês de novembro de 2020, da atividade assistencial não urgente que, pela sua natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes, limitação do seu prognóstico e/ou limitação de acesso a tratamentos periódicos ou de vigilância”, afirma o Ministério da Saúde em comunicado divulgado esta quarta-feira.

Esta orientação é dada face ao “atual crescimento” da pandemia em Portugal, o que coloca o SNS “sob elevada pressão da procura, designadamente ao nível do internamento hospitalar”. Para ilustrar a gravidade da situação o Ministério refere que “à data, o país regista uma taxa de notificação acumulada a 14 dias acima dos 240 casos por 100.000 habitantes e um número médio de casos secundários resultantes de um caso infetado, medido em função do tempo, R(t), superior a 1”.

Quanto ao recurso a privados, que tem sido polémico nas últimas semanas, o despacho afirma o seguinte: “A evolução da pandemia pode justificar o reforço da RNMI (Rede de Referenciação Hospitalar de Medicina Intensiva) mediante recurso a camas de Serviços de Medicina Intensiva de unidades prestadoras de cuidados de saúde dos setores privado e social, que se disponibilizem a receber doentes críticos ou venham a ser chamadas a colaborar neste esforço”.

O Ministério da Saúde refere que “a gestão de camas e vagas é, primeiramente, efetuada a nível regional, através dos Serviços de Medicina Intensiva dos hospitais do SNS”. A CARNMI (Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a COVID-19), em articulação com as ARS (Administrações Regionais de Saúde) envolvidas, “pode determinar a transferência de doentes entre hospitais de diferentes regiões”. Caberá ao INEM “apoiar o transporte interhospitalar de doentes críticos cuja transferência se revele necessário”.

No despacho, Temido recorda também que os hospitais do SNS devem registar, atempadamente, a ocupação e as vagas de Medicina Intensiva, bem como assegurar o respetivo mapeamento no sistema “Camas em tempo Real”.

(Notícia atualizada às 10h38 com mais informação)

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Preços na produção industrial recuam em setembro na Zona Euro, Portugal acima da média

  • Lusa
  • 4 Novembro 2020

Portugal registou um recuo acima da média nos preços na produção industrial, em setembro, de 3,2%.

Os preços na produção industrial diminuíram, em setembro, 2,4% na zona euro e 2,2% na União Europeia (UE), em termos homólogos, com Portugal a recuar acima da média (-3,2%), segundo divulga esta quarta-feira o Eurostat.

Já na variação em cadeia, face a agosto, os preços na produção industrial avançaram 0,3% tanto na zona euro quanto na UE, com Portugal, em contraciclo, a apresentar um recuo de -0,2% no indicador.

Face a setembro de 2019, a maiores baixas de preços na produção industrial registaram-se em Chipre (-7,7%), na Lituânia (-7,3%) e na Grécia (-5,6%), tendo sido observados aumentos em Malta (1,7%), Hungria (0,9%), Eslovénia e Eslováquia (0,3% cada).

Na comparação com agosto, as principais subidas foram registadas na Irlanda (4,3%), na Hungria (1,2%) e na Holanda (0,9%) e os maiores recuos em Chipre (-1,3%), na Estónia e Finlândia (-0,8% cada), bem como na Grécia e Lituânia (-0,3% cada).

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Alemanha preocupada com “situação explosiva” nos EUA e possível crise

  • Lusa
  • 4 Novembro 2020

A ministra da Defesa da Alemanha alerta que os EUA podem estar à beira de “uma crise constitucional”, depois de Trump se ter declarado vencedor das eleições antes do final da contagem dos votos.

A Alemanha está preocupada com a “situação muito explosiva” nos Estados Unidos, onde Donald Trump se declarou vencedor das eleições presidenciais antes mesmo do final da contagem dos votos, disse esta quarta-feira a ministra da Defesa.

O resultado “desta eleição ainda não foi decidido, os votos ainda estão a ser contados”, observou Annegret Kramp-Karrenbauer, em declarações à estação de televisão pública alemã ZDF.

Os Estados Unidos podem estar à beira de “uma crise constitucional”, acrescentou.

O candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, disse esta quarta-feira que já ganhou as eleições, mas que os democratas estão a tentar “roubar” as eleições, prometendo recorrer ao Supremo Tribunal. “Vamos recorrer para o Supremo Tribunal e tentar parar a contagem de votos”, disse Trump, numa declaração na Casa Branca, perante uma audiência dos seus apoiantes.

Trump disse que está à frente em muitos estados e que a eleição já está ganha para os republicanos, mas que os democratas estão a tentar “roubar” esta eleição, através do lançamento de votos já depois do fecho das urnas.

“Na verdade, já ganhámos estas eleições”, disse Trump, mencionando números sobre a vantagem da sua candidatura em vários estados (Carolina do Norte, Pensilvânia, Michigan, Wisconsin) e o facto de ter vencido alguns estados importantes (Texas, Florida).

A equipa do candidato democrata, Joe Biden, reagiu afirmando que vai contrariar quaisquer esforços do rival republicano de recorrer ao Supremo Tribunal para evitar mais contagem de votos. Numa declaração, a candidatura democrata disse que a ameaça de Trump de recorrer ao Supremo Tribunal é “escandalosa, sem precedentes e incorreta”.

Segundo projeções dos principais media norte-americanos, o candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, está à frente do Presidente norte-americano, Donald Trump, com 236 delegados contra 213 no Colégio Eleitoral.

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Descontos nas ex-SCUT já foram publicados em Diário da República

  • ECO
  • 4 Novembro 2020

Foi publicado em Diário da República o diploma que determina o desconto de 25% para utilizadores frequentes com veículos de classe 1 e 2. Medida entra em vigor a partir de 1 de janeiro de 2021.

Já foi publicado em Diário da República o diploma que estabelece os descontos em algumas portagens, nomeadamente nas ex-SCUT. Trata-se de um desconto de 25%, aplicado desde o oitavo dia de utilização mensal, para os veículos de classe 1 e 2. Há também um aumento do desconto para os veículos de transporte de mercadorias, bem como um alargamento ao transporte de passageiros.

“A Resolução do Conselho de Ministros determina que se mitiguem os custos de utilização nas referidas autoestradas, através da estabilização dos valores das tarifas de portagem, com incremento dos descontos sobre as taxas de portagem para os seus utilizadores, incluindo os veículos afetos ao transporte de passageiros, e que se introduza um novo tipo de descontos, por quantidade, restrito às classes 1 e 2, nas autoestradas localizadas, sobretudo, em territórios do Interior”, lê-se na Resolução do Conselho de Ministros publica em Diário da República.

Neste contexto, há uma redução de 25% para os veículos de classe 1 e 2 é aplicada desde o oitavo dia de utilização num mês e vai incidir sobre determinados lanços ou sublanços de 10 vias: A22 – Algarve; A23 – IP; A23 – Beira Interior; A24 – Interior Norte; A25 – Beiras Litoral e Alta; A28 – Norte Litoral; A4 – Subconcessão AE transmontana; A4 – Túnel do Marão; A13 e A13-1 – Subconcessão do Pinhal Interior.

Além disso, e tal como anunciou a ministra da Coesão Territorial há um aumento do desconto para veículos de transporte de mercadorias. “Para os veículos das classes 2, 3 e 4 afetos ao transporte rodoviário de mercadorias, com aplicação de um desconto de 35 % para o período diurno nos dias úteis e de 55 % para o período noturno em dias úteis, fins de semana e feriados nacionais”, determina a resolução do Conselho de Ministros.

Para além disso, este último regime de desconto será alargado ao transporte de passageiros “para incentivar o uso do transporte coletivo”. No que diz respeito aos locais abrangidos, “os lanços ou sublanços abrangidos para transportes de mercadorias e de passageiros incluem-se nas 10 vias descritas anteriormente, às quais se juntam a Concessão do Grande Porto (A4, A41 e A42) e Concessões Costa da Prata (A17, A25 e A29), harmonizando os regimes de descontos vigentes.

Esta resolução do Conselho de Ministros produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2021 e o Governo estima que a medida tenha um impacto de 10 milhões de euros, com o Executivo a esperar que, a longo prazo, a perda de receita seja compensada pelo aumento da procura.

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