5 coisas que vão marcar o dia

Eleições norte-americanas, política monetária da Fed e a época de resultados centram as atenções dos investidores.

Os Estados Unidos são o centro de todas as atenções esta quarta-feira, o dia seguinte às eleições presidenciais e data em que se inicia a reunião de dois dias de política monetária do banco central. Em Portugal, Pedro Nuno Santos fala do Orçamento do Estado, o INE divulga dados do emprego e há ainda resultados de empresas.

Pedro Nuno Santos no Parlamento para falar do OE 2021

O Parlamento continua a receber os vários membros do Governo para falar sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2021. Esta quarta-feira é a vez do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que deverá ser questionado sobre o apoio público à TAP e sobre o plano de reestruturação da empresa que tem de ser entregue em Bruxelas dentro de um mês. Além do governante com a pasta das infraestruturas, estará na Assembleia da República também a ministra da Coesão, Ana Abrunhosa.

Desemprego continua a aumentar no terceiro trimestre

Em termos de dados económicos, o foco estará nas estatísticas do emprego que o Instituto Nacional de Estatísticas irá divulgar durante a manhã. Os dados referentes ao terceiro trimestre de 2020 deverão indicar um contínuo agravamento já que, após três meses de subidas, a taxa de desemprego em Portugal cedeu apenas em setembro para 7,7%. O Eurostat vai igualmente publicar estatísticas europeias sobre os preços da produção industrial, as declarações de falência das empresas e as estimativas de despesa dos governos com benefícios sociais.

CTT e Nos apresentam resultados

Na bolsa, continua a apresentação de resultados, que tem sido o foco dos investidores desde a semana passada. Esta quarta-feira é a vez de os CTT, a Nos e a Sonaecom divulgarem contas referentes ao terceiro trimestre do ano. A operadora postal poderá ter beneficiado do maior volume de encomendas desde o início da pandemia. Já a Nos (e a consequentemente a Sonaecom que é sua acionista) poderá revelar um aumento das vendas, fruto do maior consumo de telecomunicações, mas ser penalizada pela quebra do negócio dos cinemas.

O day after das eleições nos EUA

Este é o dia seguinte, mas ainda há muita incerteza. Os norte-americanos foram esta terça-feira às urnas votar em Donald Trump ou Joe Biden para ser o próximo presidente, mas o recurso ao voto por correspondência (muito mais procurado este ano devido à pandemia) está a atrasar o processo. Os mercados estarão a tentar digerir os primeiros dados que vão sendo conhecidos.

Fed arranca reunião de política monetária

Além das eleições, a reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana também está a centrar atenções esta quarta-feira. Devido à proximidade das eleições, os analistas não esperam que Jerome Powell anuncie grandes mudanças para já, mas estarão atentos a eventuais sinais de ajustamentos no programa de compra de ativos que possam vir a ser feitos em dezembro, em linha com o que fez Christine Lagarde na Europa.

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Juros negativos chegam à dívida a nove anos. 73% está com taxas abaixo de zero

Todos os títulos de dívida com maturidade até nove anos negoceiam com yield abaixo de zero, o que representa mais de 108 mil milhões de euros.

Toda a dívida portuguesa com maturidade até nove anos está a negociar com juros negativos. São mais de 108 mil milhões de euros em títulos de curto e médio prazo com taxas abaixo de zero. Em grande parte, são os estímulos do Banco Central Europeu (BCE) a causar a tendência de quebra nas yields numa altura em que o país está a aumentar a endividamento como nunca para responder à pandemia.

Dos 148,3 mil milhões de euros em dívida de médio/longo prazo que Portugal tinha a transacionar no mercado no final de outubro, 108,3 mil milhões de euros (73% do total) apresentam yields negativas, de acordo com dados da Tradeweb para o ECO. Ou seja, os investidores que compram estes títulos em mercado secundário estão a aceitar pagar para deterem estes títulos.

Apesar de ainda estar positiva, a yield das obrigações a 10 anos está muito próxima da linha d’água. A taxa destes títulos tocou esta terça-feira o valor mais baixo de sempre nos 0,079%. A quebra nos juros tem vindo a acompanhar a recuperação da confiança de investidores internacionais e agências de rating em Portugal, mas deve-se principalmente às compras do BCE que têm impacto em toda a região.

Na Europa, há mais de 7 biliões de euros em dívida pública com juros negativos, ou seja, 70,54% do total de 10 biliões de euros a transacionável. No fim do ano passada, era 50% de 8,8 biliões de euros em obrigações e bilhetes. Após um agravamento temporário das yields quando a pandemia chegou à Europa, a proporção de dívida com juros negativos tem vindo a aumentar apesar de os Estados se estarem a emitir nova dívida como nunca devido às necessidades de financiamento para responder à situação de crise.

Portugal tinha, no final do terceiro trimestre, uma dívida equivalente a 130% do PIB, sendo que a expectativa do Governo é acabar o ano com um recorde de 134,8% do PIB. A previsão mais otimista do que os 137,6% do PIB previstos pelo Conselho das Finanças Públicas ou os 137,2% do PIB previstos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Curva dos juros da dívida portuguesa

Fonte: Reuters

Devido ao impacto da pandemia na economia da Zona Euro, o BCE lançou um mega programa de estímulos, em meados março, na forma de um programa de emergência pandémica (PEPP, na sigla em inglês) com 750 mil milhões de euros para comprar dívida pública e privada dos países da Zona Euro até ao fim do ano, tendo posteriormente reforçado o envelope para 1,35 biliões de euros.

Os últimos dados agregados (divulgados semanalmente) indicam que o BCE detinha mais de 627,6 mil milhões de euros em dívida comprada no âmbito do PEPP, no final de outubro. Grandes economias como a Alemanha, Itália ou França estão entre as mais beneficiadas. No caso de Portugal, o BCE tinha comprado 11.649 milhões de euros no final de setembro (data dos últimos dados disponíveis por país).

Numa altura em que vários países estão a reforçar medidas para fazer face à segunda vaga de Covid-19, o BCE prepara-se para reavaliar o pacote de estímulos em dezembro, após atualizar as projeções económicas. A expectativa é que nessa altura reforce as compras e aumente o peso no mercado, mantendo os juros limitados, aliviando os encargos dos países com novos financiamentos em mercado.

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Há mais restrições para as empresas. Estas são as novas regras

Nos concelhos mais afetados pela pandemia, os estabelecimentos vão ter de fechar mais cedo e as empresas terão de aderir ao teletrabalho. Nos restaurantes limitam-se os grupos a seis pessoas.

Com o aumento de casos de Covid-19, o Governo decidiu apertar as medidas impostas para travar a propagação do vírus. Há um conjunto de limitações às empresas, nomeadamente com a imposição de novas horas de fecho e limites à capacidade, bem como a obrigatoriedade de teletrabalho nos concelhos mais afetados.

As medidas do estado de calamidade continuam em vigor para todo o país, bem como as coimas: até 10.000 euros para as pessoas coletivas, particularmente aos estabelecimentos comerciais e de restauração que não assegurem as regras quanto à lotação e distanciamento.

Mantêm-se também encerrados os bares e discotecas, apesar de poderem funcionar enquanto cafés ou pastelarias. Agora, o Governo determinou uma nova regra para todo o território, que limita a seis o número de pessoas em cada grupo em restaurantes, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar.

Para além disso, há um conjunto de regras mais apertadas para mais de uma centena de outros concelhos além dos de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira em que a situação pandémica é mais preocupante. Estão abrangidos nesta lista aqueles onde se verifica uma “situação de elevada incidência”, ou seja, com 240 casos por cada 100.000 habitantes nos últimos 14 dias. Para além disso, há também um fator de contiguidade territorial, em função da proximidade com um outro concelho que preencha o primeiro critério.

Foi determinado o dever de permanência no domicílio nestes concelhos, “devendo os cidadãos abster-se de circular em espaços e vias públicas, bem como em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas”, com algumas exceções, medida que deverá levar a menos pessoas nas ruas, afetando o negócio para o comércio.

Os estabelecimentos comerciais nos 121 concelhos abrangidos vão ter de fechar mais cedo. E as empresas tão de aderir ao regime de teletrabalho, bem como ao desfasamento de horários quando tal não é possível, para aquelas com mais de 50 trabalhadores.

Estas são as medidas que entram em vigor esta quarta-feira:

  • Todos os estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, bem como os que se encontrem em conjuntos comerciais, encerram até às 22h00;
  • As 22h30 passam a ser a hora de encerramento dos restaurantes;
  • O presidente da câmara municipal territorialmente competente pode fixar um horário de encerramento inferior ao limite máximo estabelecido, mediante parecer favorável da autoridade local de saúde e das forças de segurança;
  • Obrigatoriedade de adoção do regime de teletrabalho, independentemente do vínculo laboral, sempre que as funções em causa o permitam, salvo impedimento do trabalhador;
  • O regime excecional e transitório de reorganização do trabalho, que implica, por exemplo, o desfasamento de horários, passa a ser aplicável às empresas com locais de trabalho com 50 ou mais trabalhadores, alargando a medida que era apenas aplicável às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto para os concelhos mais afetados;
  • Proibição da realização de celebrações e de outros eventos que impliquem uma aglomeração de pessoas em número superior a cinco pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar.

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O que muda para os trabalhadores com as novas medidas contra a Covid-19

Nos concelhos com maior incidência do vírus, o teletrabalho passa a ser obrigatório sempre que possível. Para além disso, há novos horários de encerramento para os estabelecimentos.

Teletrabalho, desfasamento de horários, novas horas de fecho. Face ao aumento dos casos de Covid-19, o Governo definiu novas medidas para travar a pandemia que afetam a vida dos trabalhadores. As novas restrições aplicam-se nos concelhos mais afetados, uma lista que contempla mais de uma centena de municípios.

Para a generalidade do país, continuam a aplicar-se as mesmas regras que já estavam definidas para o estado de calamidade. No entanto, para os concelhos com 240 casos por cada 100.000 habitantes, bem como aqueles que estão na proximidade destes, há restrições mais apertadas.

Primeiro, é estabelecido o dever de permanência no domicílio, “devendo os cidadãos abster-se de circular em espaços e vias públicas, bem como em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas”, exceto para um conjunto de deslocações.

A par com esta medida foi definido que é obrigatória a adoção do regime de teletrabalho, “independentemente do vínculo laboral, sempre que as funções em causa o permitam, salvo impedimento do trabalhador”.

Quando não for possível adotar o regime de teletrabalho, devem ser implementadas medidas como “a adoção de escalas de rotatividade de trabalhadores entre o regime de teletrabalho e o trabalho prestado no local de trabalho habitual, diárias ou semanais, de horários diferenciados de entrada e saída ou de horários diferenciados de pausas e de refeições”.

Desta forma, o regime excecional e transitório de reorganização do trabalho que estava limitado às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto passa a ser aplicável às empresas com locais de trabalho com 50 ou mais trabalhadores, nas áreas territoriais dos concelhos identificados como aqueles com maior incidência do vírus.

No resto do país, nem teletrabalho, nem o desfasamento dos horários são obrigatórios. Há, contudo, situações excecionais em que a obrigatoriedade do trabalho remoto se aplica, mesmo fora dos 121 concelhos mais afetados pela pandemia.

Isto é, quando os “espaços físicos e a organização do trabalho não permitam o cumprimento das orientações da DGS e da Autoridade para as Condições do Trabalho sobre a matéria, na estrita medida do necessário” torna-se também necessário adotar este regime.

O teletrabalho é ainda obrigatório quando requerido pelo trabalhador nas seguintes situações:

  • Trabalhadores que, mediante certificação médica, se encontrarem abrangidos pelo regime excecional de proteção de imunodeprimidos e doentes crónicos;
  • Trabalhadores com deficiência, com grau de incapacidade igual ou superior a 60%;
  • Trabalhadores com filho ou outro dependente a cargo que seja menor de 12 anos, ou, independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica, que, de acordo com as orientações da autoridade de saúde, seja considerado doente de risco e que se encontre impossibilitado de assistir às atividades letivas e formativas presenciais em contexto de grupo ou turma.

De sublinhar que também há novas regras para os estabelecimentos nos 121 concelhos, que afetam os horários de encerramento e, consequentemente, os dos trabalhadores. A partir desta quarta-feira:

  • Todos os estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, bem como os que se encontrem em conjuntos comerciais, encerram até às 22h00;
  • Define-se as 22h30 como hora de encerramento dos restaurantes;
  • O presidente da câmara municipal territorialmente competente pode fixar um horário de encerramento inferior ao limite máximo estabelecido, mediante parecer favorável da autoridade local de saúde e das forças de segurança.

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Isto é tudo o que muda a partir de hoje no seu dia a dia com as novas restrições

O país continua com ajuntamentos limitados a cinco pessoas e passa a ter um máximo de grupos de seis em restaurantes. Em 121 concelhos há dever cívico de recolhimento e novos horários de fecho.

À espera do estado de emergência “suave”, o país está em estado de calamidade por causa do agravamento da pandemia numa segunda vaga que traz consigo um aumento expressivo do número de infeções, de hospitalizações e mortes. Há regras básicas que todos devem seguir, mas há outras mais musculadas, especialmente para as zonas em que é maior a incidência de casos de Covid-19.

É importante que todos tenham cuidados de higiene, como a desinfeção das mãos, mantenham o distanciamento social e utilizem obrigatoriamente máscara tanto em locais fechados como ao ar livre, sempre que não seja possível manter a distância recomendável para outras pessoas. Contudo, face à situação epidemiológica que se verifica em Portugal, o Governo tomou medidas adicionais para impor novas restrições.

O estado de calamidade já previa uma série de restrições adicionais às da situação de contingência:

  • Proibidos os ajuntamentos com mais de cinco pessoas na via pública;
  • Limitados eventos de natureza familiar marcados a partir desta quarta-feira a um máximo de 50 participantes;
  • Proibidos festejos académicos e atividades de caráter não letivo, como cerimónias de receção de caloiros;
  • Agravadas em até 10.000 euros as coimas aplicáveis às pessoas coletivas, particularmente aos estabelecimentos comerciais e de restauração, que não assegurem as regras quanto à lotação e ao distanciamento.

Contudo, com a renovação do estado de calamidade, o Executivo decidiu aumentar as restrições na restauração.

  • Fica limitado “a seis o número de pessoas em cada grupo em restaurantes para todo o território continental, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar”.

Mais gravosas são as medidas adotadas para mais de uma centena de outros concelhos além dos de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira em que a situação pandémica é mais preocupante. Estão abrangidos nesta lista aqueles onde se verifica uma “situação de elevada incidência”, ou seja, com 240 casos por cada 100.000 habitantes nos últimos 14 dias. Para além disso, há também um fator de contiguidade territorial, em função da proximidade com um outro concelho que preencha o primeiro critério.

São no total 121 concelhos que, para já, têm uma série de limitações que vão desde o dever de ficar em casa ao encerramento mais cedo de estabelecimentos, medidas excecionais que entram em vigor esta quarta-feira. Estas são as limitações para estes concelhos:
  • Dever de permanência no domicílio, devendo os cidadãos abster-se de circular em espaços e vias públicas, bem como em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas. Existe um conjunto de 26 exceções, sendo que às deslocações já previamente autorizadas neste âmbito se juntam outras como idas para atividades realizadas em centros de dia, visitas a utentes em estruturas residenciais para idosos, unidades de cuidados continuados integrados da Rede Nacional de Cuidados Integrados ou outras respostas dedicadas a pessoas idosas, bem como as deslocações necessárias para saída de território nacional continental;
  • Todos os estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, bem como os que se encontrem em conjuntos comerciais, têm de encerrar até às 22h00;
  • O encerramento dos restaurantes é até às 22h30;
  • O presidente da câmara municipal territorialmente competente pode fixar um horário de encerramento inferior ao limite máximo estabelecido, mediante parecer favorável da autoridade local de saúde e das forças de segurança;
  • Proibição da realização de celebrações e de outros eventos com mais de cinco pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar;
  • A possibilidade de realização de cerimónias religiosas, de acordo com as regras da Direção Geral da Saúde;
  • A obrigatoriedade de adoção do regime de teletrabalho, independentemente do vínculo laboral, sempre que as funções em causa o permitam, salvo impedimento do trabalhador;
  • O regime excecional e transitório de reorganização do trabalho é aplicável às empresas com locais de trabalho com 50 ou mais trabalhadores, em todos os concelhos abrangidos pelas novas medidas (atualmente este regime era aplicável às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto).

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Joe Biden confiante, Trump fala em “grande vitória”

  • ECO e Lusa
  • 4 Novembro 2020

Separados por 11 delegados, Biden está convicto que será capaz de tirar Trump da Casa Branca. O atual presidente fala em "grande vitória".

Ainda se faz a contagem de voto, mas as duas candidaturas acreditam na vitória. Com 11 delegados ainda em disputa, o resultado das presidenciais norte-americanas é incerto, embora Biden esteja convicto que será capaz de tirar Trump da Casa Branca. O atual presidente fala em “grande vitória”, preparando-se para tentar desacreditar o voto por correspondência.

Joe Biden mostrou-se confiante na sua eleição como Presidente dos Estados Unidos e pediu paciência, recordando que vai demorar até que todos os votos sejam apurados.

“Sentimo-nos bem com o sítio onde estamos. Acreditamos que estamos no caminho para vencer esta eleição”, afirmou Biden, 77 anos, falava pouco depois das 00h40 locais (5h40 em Lisboa), junto à sua sede de campanha, em Wilmington, no estado de Delaware, onde cresceu e pelo qual foi eleito senador.

Por seu lado, o presidente dos Estados Unidos e recandidato pelo Partido Republicano à Casa Branca acusou os democratas de estarem a “tentar roubar a eleição” e fala numa “grande vitória”.

“Estamos em grande, mas eles estão a tentar roubar a eleição”, escreveu Donald Trump na rede social Twitter.

“Nós nunca vamos deixá-los fazer isso. Os votos não podem ser lançados após o fecho das votações!“, acrescentou.

Numa publicação anterior, Trump prometeu fazer uma declaração para breve onde deverá tentar desacreditar a votação por correspondência. Apesar desta estratégia, Trump antecipa a reeleição. Acabou o tweet com a declaração: “Uma grande vitória!”.

Donald Trump conquistou os 38 delegados atribuídos pelo estado do Texas, o que lhe permitiu aproximar-se do rival democrata. Trump contabiliza agora 212 delegados, estando a 11 dos 223 (são precisos 270 delegados) já assegurados por Joe Biden.

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Tribunal de Contas pede incentivo financeiro extra no SNS para limpar listas de espera

O tempo de espera nas consultas externas aumentou de 100 para 171 dias e das cirurgias de 106 para 147 dias. Tribunal de Contas sugere a criação de incentivos no sistema de financiamento do SNS.

Para se recuperar todas as consultas e cirurgias que foram adiadas por causa da pandemia de coronavírus vai ser necessário aumentar a oferta de cuidados de saúde para que não haja um agravamento ainda maior dos tempos de espera dos doentes, avança o Tribunal de Contas num relatório sobre o impacto da pandemia na atividade e acesso ao Serviço Nacional de Saúde. No entanto, existe o risco de “a capacidade instalada no SNS não ser suficiente” para recuperar os atrasos e, por isso, o TdC sugere incentivos financeiros adicionais para tentar resolver o problema.

Num relatório de controlo à gestão da pandemia por parte do Ministério da Saúde, e não de auditoria, a entidade gerida por José Tavares sublinha que para conter a evolução da pandemia de Covid-19 e garantir a existência de capacidade instalada, foram adiadas as atividades não urgentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que resultou, por exemplo, numa quebra de 58% das cirurgias.

A ministra da Saúde determinou a suspensão da atividade programa não urgente entre 15 de março e 2 de maio. Este interregno bastou para que o tempo de espera nas consultas externas tenha aumentado de 100 para 171 dias, “com 69% dos inscritos a 31 de maio a aguardar para além dos tempos máximos de resposta garantidos”. Já os inscritos para cirurgia viram o tempo de espera aumentar de 106 para 147 dias. Dados que refletem a redução homóloga, nos meses de março a maio, da atividade cirúrgica programada (-58%, 93.300 cirurgias), da atividade dos serviços de urgência hospitalares (-44%, 683.389 atendimentos) e das primeiras consultas externas médicas hospitalares (-40%, 364.535 consultas).

Esta redução não se deve apenas ao desvio de meios para combater a pandemia, mas também ao “receio da população que também levou à diminuição da procura dos serviços de saúde, incluindo os urgentes”, sublinha o Tribunal de Contas, que apresenta neste documento dados ainda preliminares.

Os dois fatores combinados que ajudam a explicar os 7.529 óbitos adicionais face ao que seria de esperar com base na mortalidade média dos últimos cinco anos, identificados pelo Barómetro Covid-19 da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.

Para tentar recuperar o atraso no tratamento dos doentes não urgentes, o Tribunal de Contas sugere a “a criação extraordinária de incentivos específicos no sistema de financiamento do SNS”.

“Tendo em conta o caráter estruturante de várias medidas preconizadas, poderá justificar-se o seu enquadramento no sistema de financiamento do SNS, nomeadamente autonomizando a produção contratada a realizar nas condições referidas e o respetivo financiamento, por forma a criar incentivos à sua concretização”, pode ler-se no relatório.

Em causa estão medidas como o recurso a meios não presenciais, desfasamento de horários de atendimento, incluindo ao fim de semana, deslocação ao domicílio do utente, realização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica nos cuidados de saúde primários.

Para além dos incentivos o Tribunal sugere que o Ministério utilize “todos mecanismos já existentes” podendo mesmo reforça-los, como já aconteceu através da majoração dos incentivos à produção adicional no Serviço Nacional de Saúde.

A Portaria publicada em julho fixa que “o limite máximo do valor a pagar às equipas por produção adicional” referente às primeiras consultas é de 95%, um aumento de 40 pontos percentuais face ao limite anterior. E aumenta o “limite máximo do pagamento por produção adicional interna às equipas” nas cirurgias, de 55% para 75%, de acordo com o previsto no Programa de Estabilização Económica e Social. Incentivos que, no entanto, “não devem prejudicar a realização da atividade assistencial base contratualizada”.

As opções tomadas, após a retoma da atividade não programada, refletiram-se também numa melhoria dos tempos máximos de resposta garantidos nas cirurgias mais urgentes (prioridade 3 e 4, doença oncológica e não oncológica), dado o “foco da atividade nestes doentes”.

O Ministério da Saúde reconhece os atrasos, mas recorda que as teleconsultas ajudaram a reduzir a atividade presencial nos cuidados de saúde primários. Houve um aumento de 83% das consultas não presenciais ou inespecíficas, que passaram a representar 65% do total, mas nos cuidados de saúde hospitalares a realização deste tipo de consultas é residual.

O Tribunal sugere ainda que “após o confinamento geral decorrente do estado de emergência poderá ser oportuno proceder a um reconhecimento no SNS das melhores práticas administrativas de reorganização dos serviços, bem como a revisão e o ajustamento de planos de contingência, de modo a conhecer e avaliar o trade-off da afetação de recursos ao tratamento dos doentes com Covid-19, face às necessidades de diagnóstico e tratamento de outras doenças, ainda que não urgentes”.

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Trump e Biden já votaram. Milhões desafiam pandemia para escolher próximo Presidente

Os norte-americanos são chamados às urnas num dos piores momentos da pandemia. Os candidatos, Trump e Biden, já depositaram os seus votos, numa das mais disputadas corridas à Casa Branca.

Milhões de cidadãos são chamados às urnas para escolherem quem vai liderar o país nos próximos quatro anos.EPA/Amanda Sabga

Quando as urnas abriram nos EUA esta terça-feira, já 100 milhões de norte-americanos tinham enviado os seus votos por correspondência. Um número recorde, que sugere que estas serão das presidenciais mais disputadas da história do país.

De um lado, o Presidente incumbente, sempre polémico, Donald Trump. Do outro, o democrata e antigo vice-presidente na Administração Obama, Joe Biden.

A esmagadora maioria das sondagens colocam o democrata na frente da corrida. Se Trump vencer, significará um falhanço ainda maior das previsões do que o de há quatro anos, em que Hillary Clinton perdeu a Casa Branca apesar de liderar nos inquéritos de opinião.

Por isso, poucos arriscam certezas desta vez. E nem é certo que a noite eleitoral termine com um vencedor definido. Os norte-americanos poderão acordar na quarta-feira sem saber quem é o líder do país.

Os votos por correspondência levam mais tempo a contar. Facto que tem levado os especialistas a alertar que poderão passar semanas até se saber quem venceu a corrida. Há receios de que Trump se precipite e declare uma vitória prematura, o que poderia lançar a maior economia do mundo num grave caos político.

Nos debates, confrontado com as sondagens, Trump não se comprometeu com uma transição pacífica de poder caso perca as eleições para Biden, o que alimentou ainda mais esses receios. Já esta terça-feira, o Presidente serenou os ânimos: declarará a vitória “quando houver vitória, se houver vitória”, disse ao programa Fox & Friends, do canal conservador Fox News.

Também Joe Biden já tentou apelar à união do país. Num discurso a partir de Filadélfia, o candidato democrata afirmou que “não haverá Estados azuis ou vermelhos” (democratas ou republicanos), mas apenas “Estados Unidos da América”.

Perto de 100 milhões de eleitores optaram por votar por correspondência, um número sem precedentes que poderá atrasar a divulgação dos resultados eleitorais.EPA/STEPHEN BRASHEAR

Trump e Biden já votaram

Stakes are high. A votação decorre em plena pandemia, numa altura em que 230 mil vidas já foram perdidas para a Covid-19. Tanto Biden como Trump já depositaram os seus votos.

A imprensa norte-americana nota uma afluência expressiva às urnas, com grandes filas a formarem-se nas mesas de voto em alguns dos Estados mais importantes para a definição do colégio eleitoral que escolherá o próximo presidente.

“Poucos sinais de disrupção”, lê-se na manchete do The New York Times. “Primeiros indicadores sugerem que a votação decorre de forma relativamente pacífica, com alguns incidentes isolados”, noticia o jornal.

“Responsáveis e especialistas veem pouca interferência externa, até agora”, avança, por sua vez, o The Wall Street Journal, referindo-se aos receios de manipulação das eleições por parte de potências como a Rússia ou a China.

Segundo o The Guardian, Michael McDonald, professor da Universidade da Florida, estima que 150 milhões de norte-americanos participem nestas presidenciais. Em 2016, foram 136,5 milhões. As primeiras urnas fecham às 23h00 de Lisboa. As últimas encerram às 6h00.

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Wall Street sobe 2% à espera do novo Presidente dos EUA

As bolsas dos EUA fecharam em forte alta pela segunda sessão consecutiva, enquanto milhões de cidadãos norte-americanos são chamados às urnas para escolherem entre Trump ou Biden.

As bolsas dos EUA voltaram a registar ganhos expressivos pela segunda sessão consecutiva, no dia em que milhões de norte-americanos são chamados às urnas para elegerem um novo Presidente.

O índice de referência S&P 500 somou 1,8%. Já o industrial Dow Jones valorizou 2,1% e o tecnológico Nasdaq ganhou 1,9%.

Estes ganhos sugerem que os investidores estão menos receosos quanto à possibilidade de um caos pós-eleitoral, regressando em força aos mercados depois da queda de quase 6% da semana passada.

Especialistas têm apontado para a possibilidade de Donald Trump declarar uma vitória prematura, num contexto de maior demora na contagem dos votos por correspondência, ou de o resultado final ser contestado em tribunal por um dos candidatos.

Receia-se que um cenário de indefinição seja lesivo para a aprovação de novos estímulos económicos, cada vez mais necessários para ajudar as famílias e as empresas a sobreviverem à crise.

As duas alas políticas têm-se batido por um acordo, sem sucesso antes destas eleições. Em contrapartida, uma vitória democrata poderá desbloquear ajudas de três biliões de dólares para puxar pela atividade económica.

Bolsas tendem a subir no dia das eleições

Segundo o The Wall Street Journal, historicamente as bolsas tendem a subir no dia das eleições. O jornal calcula que o S&P 500 suba 0,80% em média nas nove eleições que decorreram entre 1984 e 2016, tendo subido em sete dessas ocasiões.

As sondagens têm dado a vitória ao candidato democrata Joe Biden. No entanto, apesar de os mercados de capitais serem geralmente mais apreensivos quanto a uma vitória democrata, este “é um ano único e uma eleição única”, disse ao jornal a chief investment officer do UBS Global Wealth Management nos EUA.

As ações da Tesla destacaram-se com uma subida de 5,78%, para 432,65 dólares. A fabricante elétrica Nio ganhou 6,54%, para 35,50 dólares.

Grandes empresas de tecnologia também registaram ganhos nesta sessão. A Amazon valorizou 1,46%, a Microsoft avançou 1,88% e o Facebook somou 1,42%. A Apple ganhou 1,50%, para 110,4 dólares, depois de anunciar mais um evento especial para o próximo dia 10 de novembro.

A alta das ações também tem reflexo no mercado das matérias-primas. Os preços do petróleo estão a subir, com o WTI a ganhar 3,37%, para 38,05 dólares o barril, perante as notícias de que a OPEP e a Rússia estarão a discutir cortes adicionais na produção. Já o preço do ouro avança 0,89%, para 1909,25 dólares a onça.

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ASAE apreendeu 1,4 milhões de máscaras desde março

ASAE apreendeu 1,4 milhões de máscaras e cerca de 29 mil litros de desinfetante desde o início da pandemia da Covid-19, no âmbito das várias ações de fiscalização.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu quase um milhão e meio de máscaras desde o início da pandemia da Covid-19, no âmbito das várias ações de fiscalização realizadas em todo o país.

“Até ao momento, foram apreendidas pela ASAE cerca de 1.400.000 unidades de máscaras que não obedeciam aos requisitos de normalização e cerca de 29.200 litros de biocida”, adianta ao ECO o gabinete do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital.

Desde o dia 11 de março, altura em que começaram a surgiu os primeiros casos de Covid-19 em Portugal, a ASAE recebeu, um total de 25.583 denúncias, adianta a mesma fonte.

A ASAE avança que as principais infrações detetadas foram o incumprimento dos deveres de distribuidor e do importador, a falta de tradução para a língua portuguesa de instruções e informações de segurança, a aposição de marcação CE indevidamente e em produtos não conformes com a legislação de harmonização da UE e violação das regras de aposição de marcação CE em EPI, entre outras.

Portugal 146.847 pessoas foram infetadas pelo coronavírus desde o início da pandemia e o número total de vítimas mortais subiu para 2.590, depois de terem sido registadas mais 46 mortes nas últimas 24 horas, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

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Confederação do Turismo quer mais apoios para empresas

  • Lusa
  • 3 Novembro 2020

Presidente da CTP considerou ainda que "os próximos tempos não vão ser nada bons", porque a pandemia "está a durar mais tempo do que se pensava, já vai em nove meses, e o inverno ainda nem começou".

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, defendeu esta terça-feira a necessidade de novas medidas de apoio às empresas para enfrentarem a continuação da pandemia de Covid-19 e a declaração de um novo estado de emergência.

“As medidas de apoio às empresas que o Governo tomou foram muito importantes, mas já foram ultrapassadas. Por isso, são necessárias novas medidas para apoiar as empresas, para que elas possam sobreviver”, disse aos jornalistas o presidente da CTP à saída de uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República está a auscultar os parceiros sociais, depois de ter ouvido os partidos políticos, sobre a declaração de um novo estado de emergência para fazer face à evolução da pandemia.

O primeiro-ministro propôs na segunda-feira ao Presidente da República que seja decretado o estado de emergência — que pretende ver renovado por um período alargado — “com natureza preventiva” para “eliminar dúvidas” sobre a ação do Governo para a proteção dos cidadãos em relação à pandemia da Covid-19 em quatro áreas.

As quatro dimensões em que o Executivo pretende um quadro jurídico mais robusto são as restrições à circulação em determinados períodos do dia ou de dias de semana, ou ainda entre concelhos; a possibilidade de requisição de meios aos setores privado e social da saúde; a abertura para a requisição de trabalhadores (seja no setor público ou no privado), alterando eventualmente o seu conteúdo funcional, para auxiliarem em missões consideradas urgentes no combate à pandemia; e a legalidade da recolhe de temperatura, seja no acesso ao local de trabalho, seja no acesso a qualquer outro espaço público.

Francisco Calheiros disse no Palácio de Belém que não se pronuncia sobre a dicotomia entre a saúde pública e a economia, mas lembrou que a economia está parada há nove meses. “Há várias empresas do setor do turismo que não abrem desde abril”, especificou, acrescentando que, perante esta situação, “não existem medidas suficientes” nem para as empresas nem para os trabalhadores.

O presidente da CTP considerou ainda que “os próximos tempos não vão ser nada bons”, porque a pandemia “está a durar mais tempo do que se pensava, já vai em nove meses, e o inverno ainda nem começou”.

O estado de emergência vigorou em Portugal entre 19 de março e 2 de maio.

De acordo com a Constituição da República, a declaração do estado de emergência pode determinar a suspensão de alguns dos direitos, liberdades e garantias, por um prazo máximo de 15 dias, sem prejuízo de eventuais renovações com o mesmo limite temporal.

Em Portugal, os primeiros casos de infeção com o novo coronavírus foram detetados no dia 2 de março e até agora já morreram mais de 2.500 pessoas dos quase 147 mil casos de infeção confirmados, de acordo com dados da Direção-Geral da Saúde.

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Resultados das eleições nos EUA podem não ser conhecidos já

  • ECO
  • 3 Novembro 2020

Este ano, mais de 100 milhões de americanos já votaram antecipadamente, por correspondência ou presencialmente, ou seja, o dobro face a 2016. Os resultados finais poderão tardar em chegar.

O resultado das eleições nos Estados Unidos normalmente é conhecido na noite eleitoral, mas este ano poderá não ser assim.

Nem todos os Estados encerram as urnas de voto ao mesmo tempo. Por exemplo, há uma pequena vila de Dixville Notch que até já garantiu cinco votos a Joe Biden. Depois é necessário contar os boletins, mas a contagem nunca fica totalmente fechada na noite eleitoral, porque é necessário ter em conta os votos antecipados. Ainda assim, a contagem nas urnas costuma ser suficiente para determinar um vencedor.

Este ano, tendo em conta a pandemia, mais de 100 milhões de americanos já votaram antecipadamente, por correspondência ou presencialmente, ou seja, o dobro face a 2016. Uma afluência que os alguns analistas interpretam como uma vontade de mudar.

A contagem dos votos por correspondência tradicionalmente leva mais tempo a contar porque é necessário verificar assinaturas e moradas para garantir que não há qualquer tipo de fraude, um processo que pode levar dias. No entanto, alguns Estados — como a Florida e o Ohio (Estados que garantem, respetivamente, 29 e 18 assentos dos 270 do colégio eleitoral) — permitem que a autenticação se inicie semanas antes do dia das eleições, para que a contagem possa ser feita na própria noite. Por isso, nestes Estados é possível aferir logo quem é o vencedor.

Os analistas antecipam que nos Estados onde a contagem só pode começar a ser feita a partir da noite eleitoral, como Pensilvânia e Wisconsin, os resultados preliminares deverão favorecer Donald Trump, já que os republicanos deverão optar por votar pessoalmente esta terça-feira, votos que são contados mais rapidamente. Cenário oposto nos Estados onde a contagem começa mais cedo, porque há mais democratas do que republicanos inscritos no voto antecipado.

Por isso, os resultados preliminares poderão não dar uma imagem real daquele que será o resultado final. A complicação final seria os resultados serem contestados, seja por processos instaurados devido aos requisitos necessários ao voto por correspondência ou até mesmo devido às alterações implementadas devido à pandemia. E o Presidente Donald Trump já ameaçou que o resultado eleitoral poderá acabar no Supremo Tribunal.

Em 2000, o democrata Al Gore perdeu a Florida e as eleições presidenciais por 537 votos (num total de quase seis milhões). Os votos foram recontados, num processo altamente controverso que durou mais de um mês, e o Supremo Tribunal acabou por decidir a favor do republicano George W. Bush.

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