“Grande desafio é conseguir conter pandemia sem pagar um custo brutal”, diz Costa

Conselho de Ministros Extraordinário esteve reunido este sábado entre as 10h e as 18h para decidir novas medidas face ao agravamento da pandemia no país.

O número recorde de casos de Covid-19 em Portugal levou o Governo a convocar um Conselho de Ministros Extraordinário para este sábado. Após oito horas de reunião, o primeiro-ministro António Costa anunciou medidas mais rígidas para o país, em especial os 121 concelhos mais afetados pela pandemia.

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Chega poderá viabilizar governo do PSD nos Açores mas não integrará executivo

  • Lusa
  • 31 Outubro 2020

O líder do Chega admitiu que os deputados eleitos pelo partido para o parlamento dos Açores possam viabilizar um executivo de direita, liderado pelo PSD, mas recusou integrar esse eventual governo.

O líder do Chega, André Ventura, admitiu este sábado que os deputados eleitos pelo partido para o parlamento dos Açores possam viabilizar um executivo de direita, liderado pelo PSD, mas recusou integrar esse eventual governo.

Questionado, em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias (DN), sobre se os dois deputados do Chega eleitos para o parlamento açoriano poderão viabilizar um executivo social-democrata, Ventura respondeu: “Mantenho em aberto que sim. É possível que isso aconteça“. Tal pode acontecer, prosseguiu o dirigente máximo do Chega, mesmo sem uma coligação formal.

Tenho assistido com muita graça, nesta semana, à questão de o Chega poder ir para o governo dos Açores ou não, que há partidos que querem, outros não aceitam, etc. Vou deixar aqui muito claro: não vale a pena ter essa discussão. Ninguém que fique com o cartão de militante do Chega vai participar num governo da região autónoma dos Açores com estes partidos. Ninguém. Se o fizerem, fazem-no contra a vontade do Chega nacional”, prosseguiu.

André Ventura sublinha ainda que “preferia um acordo escrito” com os sociais-democratas e recusa aceder ao “impossível” de “viabilizar um governo socialista”. “Isso é pedir-me o impossível. Se o CDS quiser, ou estiver muito desejoso de fazer esse papel, faça-o. Depois, a nível nacional vamos ver as consequências disso”, referiu, sobre esse ponto.

O PS venceu as eleições regionais nos Açores tidas no domingo, elegendo 25 dos deputados à Assembleia Legislativa Regional, mas um bloco de direita, numa eventual aliança (no executivo ou com acordos parlamentares) entre PSD, CDS, Chega, PPM e Iniciativa Liberal poderá funcionar como alternativa de governação na região, visto uma junção de todos os parlamentares eleitos dar 29 deputados (o necessário para a maioria absoluta). O PAN, que também elegeu um deputado, pode também viabilizar parlamentarmente um eventual governo mais à direita.

Diversas fontes contactadas pela Lusa reconhecem a existência de conversações entre o PSD e outros partidos com vista a uma eventual viabilização de um executivo de direita. O jornal Público noticiou na sexta-feira que terá decorrido nesse dia, em São Miguel, uma reunião entre os líderes de PSD, CDS e PPM. André Ventura, divulgaram alguns órgãos de comunicação social esta semana, terá imposto quatro condições para a viabilização de um governo regional liderado pelo PSD, sendo um dos pontos a participação social-democrata no processo de revisão constitucional proposto pelo Chega.

Sobre este ponto, Ventura diz à TSF e ao DN não quer que o PSD apoie as propostas do Chega. “Eu nunca disse que quero ver os deputados do PSD levantados quando se discutir a castração química de pedófilos. Não. Quero é que venham a jogo como num Estado democrático em que não há cercas sanitárias à volta de partidos, porque ninguém vir a jogo é o mesmo que dizer que este é um partido tão mau, tão terrível, que nós nem sequer queremos discutir com eles. É essa dignidade que nós queremos dar ao processo”, assinala.

A lei indica que o representante da República nomeará o novo presidente do Governo Regional “ouvidos os partidos políticos” representados no novo parlamento açoriano.

Segundo indicação dada à Lusa por fonte do gabinete do representante da República, Pedro Catarino só poderá ouvir os representantes dos partidos políticos eleitos este domingo uma vez publicados os resultados oficiais em Diário da República, o que ainda poderá demorar alguns dias.

A assembleia de apuramento geral dos resultados só inicia os seus trabalhos “às 09:00 do segundo dia posterior ao da eleição” (terça-feira passada), tendo de concluir o apuramento dos resultados oficiais “até ao 10.º dia posterior à eleição”.

Esses dados serão posteriormente enviados à Comissão Nacional de Eleições (CNE), que terá oito dias para enviar “um mapa oficial com o resultado das eleições” para publicação em Diário da República. Depois da tomada de posse do próximo Governo dos Açores, haverá um prazo máximo de 10 dias para o programa do executivo ser entregue à Assembleia Legislativa.

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Vinho do Porto com quebras de 15%, mas Natal ainda pode salvar vendas

AEVP estima quebra de 15% nas vendas de Vinho do Porto. Apesar do sentimento de incerteza face a uma segunda vaga, o setor ainda têm esperança que as vendas do Natal ajudem a inverter os números.

A pandemia afetou vários setores e o Vinho do Porto não foi exceção. A falta de turistas, os bares fechados, as restrições nos restaurantes e a proibição de comprar bebidas alcoólicas depois das 20h nas grandes superfícies comerciais estão a estrangular o setor. A Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP) prevê uma quebra de 15% nas vendas de Vinho do Porto, mas lembra que o mercado nacional é o mais afetado ao sofrer quebras de 40%.

Apesar da quebra global nas vendas de Vinho do Porto, continua a existir uma “expectativa muito grande” em relação ao Natal. “Se tudo se mantiver como hoje, vamos ter quebras de vendas no Vinho do Porto à volta dos 15%. No entanto, temos uma expectativa muito grande neste período que antecede o Natal. É um período forte de vendas de Vinho do Porto”, explica ao ECO a diretora executiva da AEVP, Isabel Marrana.

Apesar do sentimento de esperança, Isabel Marrana refere que existe, por outro lado, “o receio de uma quebra ainda maior no final do ano face a esta segunda vaga de pandemia que está a decorrer sobretudo na Europa”. Face a este cenário de instabilidade, Maria Isabel Marrana adianta ao ECO que é “difícil falar numa previsão” até ao final do ano porque “receamos um agravamento da situação”. Apesar de já se verificar alguns sinais de retoma, existe alguma apreensão.

“Temos esperança que o Natal corra bem, ao mesmo tempo que temos muito receio porque começamos a verificar que em alguns países da Europa começam a aparecer mais medidas de restrição, o que claramente nos prejudica. O confinamento retira a acessibilidade do consumidor ao nosso produto. O encerramento de restaurantes e bares, as medidas de interdição de horário à venda de bebidas alcoólicas são medidas que nos prejudicam”, destaca a diretora executiva da AEVP.

Portugal regista maior quebras de vendas

Os supermercados e hipermercados estão proibidos de vender bebidas alcoólicas depois das 20h. Para a associação esta medida está a estrangular a retoma do setor. Isabel Marrana lembra que as vendas de Vinho do Porto concentram-se sobretudo no canal da grande distribuição. Tendo em conta as restrições no canal Horeca, esta “inibição prejudica claramente o setor vitícola nacional”.

“O vinho devia ter uma limitação diferente das restantes bebidas alcoólicas. É urgente que as famílias tenham acesso à aquisição de vinho uma vez que os outros canais de vinho estão já muito limitados. Não temos outro mercado que apresente quebras de vendas como em Portugal”, lembra a diretora executiva da associação que conta com 15 associados e que representa 93% da comercialização de Vinho do Porto em Portugal.

Isabel Marrana destaca ainda que esta medida “é mais uma restrição ao acesso das famílias a um produto que faz parte da sua dieta natural — o vinho” e apela ao Governo para “repensar esta medida que é inibidora de crescimento”.

Sem turistas, as vendas caíram

Com o boom do turismo, as vendas de Vinho do Porto dispararam ano após ano. As caves de Vinho do Porto em Vila Nova de Gaia tornaram-se num ponto icónico a visitar e o número de turistas estava a bater recordes de ano para ano. Na Invicta, outrora, já se ouviam mais as línguas estrangeiras do que propriamente o sotaque nortenho. As ruas enchiam-se de turistas e o sabor do Vinho do Porto era uma memória que voava com eles. Hoje, a cidade está deserta de turistas e a quebra nas vendas de Vinho do Porto é reflexo disso mesmo.

A diretora executiva da Associação das Empresas de Vinho do Porto refere que “Portugal foi o país onde as quebras caíram mais” e lembra que “as vendas no mercado nacional eram vendas muito suportadas pelo turismo”. “O consumo de vinho do Porto teve em Portugal um crescimento muito grande nos últimos anos, mas esse consumo não foi feito pelos portugueses, mas sim por quem nos visita e compra para levar”, constata a diretora executiva da Associação das Empresas de Vinho do Porto.

De forma a estimular o consumo de Vinho do Porto, a AEVP vai lançar uma campanha nacional pré-Natal a apelar para a necessidade de “consumir aquilo que é nosso”. “O Vinho do Porto está entre os produtos que identificam a nossa nacionalidade. Apelamos para que os portugueses ajudem este setor que é tão antigo, tão tradicional e tão emblemático para a economia portuguesa”, conclui Marrana.

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Google Trends: Do regresso polémico da F1 às medidas anti-Covid

  • Tiago Lopes
  • 31 Outubro 2020

A Fórmula 1 regressou a Portugal, mas nem tudo correu bem. Lá fora, o advogado de Trump foi apanhado com as mãos onde não devia. Nos negócios, a Huawei perdeu a liderança.

A Fórmula 1 regressou a Portugal, mas nem tudo correu bem, sobretudo quando em plena pandemia foi permitido que mais de 27 mil pessoas estivessem presentes nas bancadas do Autódromo Internacional do Algarve, acabando por ser o assunto que mais discussão gerou na última semana.

A marcar os últimos dias esteve ainda a proibição de circulação entre concelhos entre o dia 30 de outubro e o dia 3 de novembro para tentar travar as infeções por Covid-19 em Portugal.

As eleições no Benfica foram outro dos temas mais pesquisados no Google pelos portugueses.

Cá dentro

Portugal voltou a receber uma prova de Fórmula 1, 24 anos depois da última vez, numa corrida que ficou marcada por alguma polémica devido ao elevado número de espetadores presentes nas bancadas do Autódromo Internacional do Algarve. Por essa razão, mas não só, o regresso desta prova ao nosso país foi o tema mais pesquisado pelos portugueses no motor de pesquisa do Google.

Para a história fica mais uma vitória de Lewis Hamilton, a 92ª conquista, tornando-se no piloto mais vitorioso de sempre nesta competição, ultrapassando o alemão Michael Schumacher.

Já no final desta semana, o tema voltou a ser alvo da atenção dos leitores, depois da notícia que dava conta que foram registados 14 casos de Covid-19 entre equipas da Fórmula 1 que estiveram presentes em Portimão para o Grande Prémio de Portugal.

A proibição de circular entre concelhos a partir do dia 30 de outubro até ao dia 3 de novembro, numa medida anunciada pelo Governo como forma de tentar reverter a tendência crescente do número de casos de Covid-19 em Portugal, foi outro dos assuntos mais pesquisados, sobretudo porque depois do anúncio desta medida foram muitas as dúvidas em relação às exceções a esta regra anunciada por António Costa. O ECO explicou neste artigo quais são as situações em que esta regra pode não ser aplicada.

O Benfica foi a votos na semana passada naquele que foi o ato eleitoral mais votado da história do clube. Contas feitas, foram votar mais de 38.102 sócios. No final de um dia longo, foi anunciada a vitória de Luís Filipe Vieira, que está à frente do clube há já 17 anos, e que agora vai continuar pelo menos por mais quatro anos.

Vieira foi reeleito com 62,59% dos votos, João Noronha Lopes teve 34,71% dos votos e Rui Gomes da Silva uns residuais 1,74% dos votos.

A semana nas pesquisas do Google fica também, invariavelmente, marcada pelos milhares de pesquisas sobre futebol, sobretudo quando estamos em semana de competições europeias, como foi o caso da vitória do FC Porto na terça-feira frente ao Olympiacos, em jogo a contar para a fase de grupos da Liga dos Campeões, e do jogo do Benfica a contar para a Liga Europa, que terminou a vencer o Standard Liége por 3-0.

A principal novidade foi mesmo o regresso do publico aos estádios de futebol. Tanto no Estádio do Dragão, como no Estádio da Luz, as bancadas voltaram a ter adeptos a aplaudir as equipas.

Quase a fechar a semana, a surpreendente notícia da morte do marido da empresária angolana Isabel dos Santos levou a milhares de pesquisas no Google. Sindika Dokolo, de 48 anos, morreu no Dubai após um mergulho subaquático.

“É com profundo pesar e consternação que a família Dokolo, esposa, filhos, mãe, irmão e irmãs, neste momento de enorme tristeza e dor, lamenta informar o falecimento de Sindika Dokolo, na quinta-feira, 29 de outubro 2020, no Dubai. A família agradece a todos os que expressaram sentimentos de pesar, solidariedade e bondade e que partilham a nossa dor”, informou a família Dokolo através de um comunicado.

Lá fora

  • Atentado em França. Na última quinta-feira três pessoas morreram e várias ficaram feridas depois de um homem que gritava “Allah Akbar” as ter atacado com uma faca. Segundo a AFP, o homem foi detido pela polícia. Após o ataque, o autarca da cidade de Nice, Christian Estrosi, descreveu o caso como um ataque terrorista.
  • Advogado de Trump apanhado. O novo filme de Borat estreou na semana passada na Amazon Prime e já fez correr muita tinta. Num dos segmentos a que a NBC News teve acesso, Rudy Giuliani, ex-autarca de Nova Iorque, e atualmente advogado de Trump, é apanhado num momento embaraçoso onde é visto com as mãos dentro das calças quando estava num hotel a dar uma entrevista sobre a pandemia. A cena tinha sido preparada por uma atriz que se fazia passar por jornalista e que o convidou para uma bebida num dos quartos do hotel. Giuliani reagiu mais tarde no Twitter onde escreveu que estava apenas a “colocar a camisa para dentro das calças”.
  • NASA confirma presença de água. A agência espacial dos EUA anunciou a descoberta de sinais de hidratação na superfície iluminada da Lua. De acordo com o comunicado da NASA, a água pode estar distribuída por toda a superfície lunar, e não apenas limitada a lugares frios e às escuras.

Nos negócios

  • Portugueses nas redes sociais. Um estudo divulgado esta semana concluiu que os portugueses passam em média 129 minutos por dia nas redes sociais, sendo o quinto país da União Europeia onde as pessoas passam mais tempo nestas plataformas. Segundo o documento, no ano passado, “48% dos cidadãos da UE utilizavam redes de sociais todos os dias ou quase todos os dias”, sendo que “o tempo médio diário de utilização – através de qualquer dispositivo – variou entre os 129 minutos por dia em Portugal e os 64 minutos na Alemanha”.
  • Chegou a Bolt Food. Depois das boleias, a Bolt anunciou um novo serviço que consiste na entrega de refeições a casa dos clientes, passando assim a concorrer com empresas já presentes no mercado português como a Uber Eats e a Glovo. Para poder usar este serviço os utilizadores têm de descarregar uma aplicação independente. Atualmente a empresa conta com a presença de 260 restaurantes da área de Lisboa.
  • Huawei perde liderança. A marca chinesa Huawei perdeu o título mundial na venda de telemóveis para a Samsung. No terceiro trimestre do ano, a Huawei registou uma queda de 23%. Por seu lado, a concorrente sul-coreana vendeu 80,2 milhões de dispositivos, uma subida homóloga de 2%.

Nota: A Google Trends é uma rubrica semanal, publicada aos fins de semana, que resume os temas mais populares da internet com base na ferramenta homónima da Google. É assinada pelo jornalista do ECO Tiago Lopes.

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Portugal é segundo país da UE onde as casas têm menos luz natural

  • ECO
  • 31 Outubro 2020

No ano passado, 4,9% das pessoas na União Europeia (UE) sinalizou não ter luz natural suficiente dentro de casa, o que significa que o ambiente é tão escuro que é visto como problema.

A falta de luz natural nas habitações é um problema que poderá ter implicações de saúde, além do consumo energético das famílias. Dados publicados este sábado pelo Eurostat indicam que Portugal é o segundo país da Europa onde as pessoas têm maior perceção de escuridão dentro de casa.

Em 2019, 4,9% das pessoas na União Europeia (UE) sinalizou não ter luz natural suficiente dentro de casa, o que significa que o ambiente é tão escuro que é visto como problema pelo agregado familiar, segundo explica o relatório do Eurostat.

O país onde mais existe este problema é Malta, onde uma em cada dez pessoas considera que está demasiado escuro em casa. Segue-se Portugal (com 8,2%), a Hungria (8%) e a Letónia (7,9%). Por outro lado, a percentagem mais baixa é registada na Eslováquia (2,8%), República Chega (2,9%), Itália (3,2%), Chipre (3,2%) e Países Baixos (3,3%).

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Trump desdobra-se em quatro comícios na Pensilvânia

  • Lusa
  • 31 Outubro 2020

Donald Trump mobiliza este sábado a campanha no Estado da Pensilvânia a menos de quatro dias das eleições, iniciando o dia político com um comício numa propriedade privada de Newton, condado de Bucks.

Donald Trump mobiliza este sábado a campanha no Estado da Pensilvânia a menos de quatro dias das eleições, iniciando o dia político com um comício numa propriedade privada de Newton, condado de Bucks.

“A Pensilvânia é importante para as eleições e vai ser um Estado importante na terça-feira”, disse à Lusa Calvin Tucker, membro do Partido Republicano que se prepara para cantar o hino nacional ‘God Bless America’ perante algumas centenas de apoiantes de Trump que se inscreveram para o primeiro comício do dia no Estado da Pensilvânia.

O Presidente dos Estados Unidos é esperado numa planície no meio numa urbanização de luxo rodeada de florestas, estando o comício marcado para as 12:00 locais (17:00 em Lisboa). Trata-se do primeiro encontro com eleitores do Estado que, segundo as sondagens locais, o candidato democrata, Joe Biden, pode ganhar.

As sondagens conferem 51% dos votos a Biden e 44% a Trump. O Estado da Pensilvânia elege 20 Grandes Eleitores e, por isso, é determinante para o resultado final no dia 03 de novembro, data da eleição presidencial.

“Eu espero uma campanha vigorosa do Presidente aqui na Pensilvânia, eu penso que ele vai ganhar a Pensilvânia. Há muito entusiasmo e o presidente vai saber captar esse entusiasmo”, acentuou Calvin Tucker.

Este Estado é determinante, não tanto como o Estado da Florida que tem 29 votos eleitorais. A Pensilvânia tem 20. O Presidente pode vencer as eleições sem a Pensilvânia mas este Estado é importante”, acrescentou Calvin Tcker, afro-americano e um dos representantes da comunidade local ligado ao Partido Republicano.

Ao contrário de outras ações de campanha de Trump que geralmente decorrem em aeroportos, os participantes vão estar muito próximos do Presidente porque o palanque foi montado a menos de dois metros das cadeiras.

A maior parte dos membros do Partido Republicano usa máscara de proteção sanitária contra o covid-19 mas a distância social é ignorada pelos participantes. Atrás do palco um enorme cartaz dá as “boas vindas” ao Presidente e uma enorme bandeira nacional foi hasteado num cabo erguido por um guindaste.

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Empreendedor português cria sapatos de canábis com a ajuda da avó

Startup portuguesa 8000Kicks desenvolveu sapatos feitos a partir de canábis, materiais 100% veganos e eco sustentáveis. 80% da produção destina-se aos EUA.

Os produtos de canábis estão na moda. Normalmente trata-se de farmacêutica ou alimentação, mas desta vez é no calçado que a planta é aplicada. Da mente do empreendedor Bernardo Carreira com a ajuda da avó Otília Santarém nasceram as 8000Kicks, uns sapatos feitas a partir de canábis resistentes à água.

Nascido em Portugal, Bernardo Carreira estudou e trabalhou nos EUA, mas em 2018 voltou para à origem, em Minde. Foi na pequena vila ribatejana — que era no século passado campo fértil em fábricas têxteis — que procurou um projeto pessoal que fosse ao encontro dos seus valores. Após algum tempo à deriva, surgiu a ideia “maluca”, como a sua avó a rotulou, de criar uns sapatos à base de canábis.

“Ele apareceu com umas ideias estranhas e pediu-me ajuda para fazer umas coisas num tecido de canábis. Mais uma das maluqueiras dele, pensei eu!” diz a avó, em comunicado. Mas não era. A ideia passou do papel e depois de um ano de investigação, muitas vistas a várias fábricas de Norte a Sul e muitas noites no ateliê da avó, nasceu a startup.

Bernardo Carreira conta que a avó, que tem mais de 50 anos de experiência no cluster do têxtil, é uma espécie de “braço direito” e foi quem o ajudou na escolha dos tecidos e no desenvolvimento do protótipo. “Fizemos imensos modelos até chegarmos ao final. Demorámos quase um ano a desenvolver este produto”, diz.

Em maio do ano passado surgem no mercado os primeiros sapatos de canábis resistentes à agua. Os ténis são feitos totalmente em fibra de cânhamo, criados a partir de materiais 100% veganos e eco sustentáveis. O produto destina-se essencialmente ao mercado externo, sendo que 80% da produção é comercializada nos EUA.

“O canábis consome cinco vezes menos água que o algodão, cresce organicamente e não precisa de herbicidas nem pesticidas ao contrário do algodão.

Bernardo Carreira

Fundador da 8000Kicks

Os sapatos de canábis resistentes à agua estão disponíveis em duas cores e estão à venda exclusivamente na loja online da marca por 129 dólares (115 euros).

Além do canábis, a equipa escolheu outros materiais sustentáveis. As palmilhas também são feitas de cânhamo, que cresce organicamente e têm propriedades são antimicrobianas e antibacterianas. “São as primeiras palmilhas de cânhamo do mundo”, conta. As solas são feitas a partir de algas recolhidas de lagos e oceanos.

Bernardo Carreira destaca que já encomendou cânhamo de mais de 50 fábricas nacionais e internacionais. “A nossa primeira encomenda foi dois mil metros quadrados de tecido de cânhamo impermeabilizado”.

Desde os Descobrimentos que cânhamo está no têxtil português

A escolha prende-se com a sustentabilidade do material. “O canábis consome cinco vezes menos água que o algodão, cresce organicamente e não precisa de herbicidas nem pesticidas ao contrário do algodão. Para além do mais, a canábis purifica os solos e captura CO2″, explica ao ECO o fundador.

Bernardo Carreira exemplifica: “uma bota de pele pode ter um impacto de 30 kg de CO2 no ambiente, enquanto os nossos sapatos têm um impacto no ambiente a nível de pegada ecológica de 4,1%”.

O fundador da startup conta ter descoberto as propriedades têxteis “muito boas” da canábis como a resistência. “Todas as velas das caravelas portuguesas dos descobridores eram feitas de cânhamo. Todas as cordas eram feitas deste material porque o material é mesmo muito resistente, logo o sapato tem uma grande durabilidade”, refere.

Nada foi ao acaso e até o nome “8000Kicks” tem uma justificação. “Eight thousand vem de oito mil ano antes de Cristo que foi quando surgiu a canábis em Taiwan. O canábis tem dez mil anos, é da mesma idade da agricultura. Foi das primeiras plantas a ser plantadas e decidimos homenagear esta história”, acrescenta.

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Tribunal recusa providência cautelar do Chega contra restrições à circulação

  • Lusa
  • 31 Outubro 2020

O Supremo Tribunal Administrativo negou provimento à providência cautelar apresentada pelo Chega contra as restrições à circulação impostas pelo Governo até terça-feira.

O Supremo Tribunal Administrativo (STA) negou este sábado, por unanimidade, provimento à providência cautelar apresentada pelo Chega contra as restrições à circulação impostas pelo Governo até terça-feira, disse à agência Lusa fonte do executivo.

Fonte do executivo adiantou que, além da ação do Chega, uma segunda providência cautelar interposta com o mesmo objetivo, mas esta não proveniente de partidos ou entidades, também foi recusada pelo STA.

O STA considerou que há fundamento legal para impor restrições à circulação” no atual quadro de pandemia de covid-19 e que não há qualquer violação de liberdades e garantias dos cidadãos”, acrescentou.

O Governo contestou na sexta-feira a providência cautelar apresentada pelo Chega contra as restrições à circulação impostas até terça-feira, alegando que um partido político não tem direito a agir judicialmente na defesa dos cidadãos. O STA deu razão ao executivo, considerando “ilegítima” a providência cautelar interposta pelo Chega.

Na contestação enviada ao Supremo Tribunal Administrativo, a que a agência Lusa teve acesso, o Centro de Competências Jurídicas do Estado defendeu que a ação interposta pelo Chega “deve ser julgada integralmente improcedente”, expondo a sua fundamentação em 195 pontos.

Na perspetiva do Governo há, desde logo, uma “ilegitimidade ativa do requerente”, neste caso o partido político Chega, uma vez que não é “titular dos direitos fundamentais invocados”, não pode “agir ao abrigo do direito de ação popular” e não tem “direito de intervir judicialmente na defesa dos cidadãos”.

A providência cautelar que foi interposta pelo Chega visava impedir as medidas adotadas em resolução do Conselho de Ministros, que entraram em vigor na sexta-feira, tendo em vista limitar a circulação de pessoas para fora do concelho de residência até às 06:00 de terça-feira, no âmbito das medidas para conter a pandemia de covid-19.

Chega diz que sistema judicial funcionou a favor do Governo

O Chega considerou o Supremo Tribunal Administrativo “decidiu não decidir” em relação à providência cautelar por entender que o partido não pode intentar esta ação, criticando que o sistema judicial tenha funcionado “a favor do Governo”. Em comunicado enviado à Lusa, a direção nacional do Chega concluiu que “o sistema judicial funcionou e funcionou favor do Governo”, uma vez que “o tribunal decidiu não decidir”.

“Optou por se abster de decidir por entender que o Chega não pode intentar esta ação, admitindo, contudo, que em tese lhe caberia esse direito. Esta fundamentação e esta decisão formal que opta por não apreciar os motivos de fundo, merecem a nossa total discordância”, condena.

Apesar de respeitar as instituições, o partido liderado pelo deputado único, André Ventura, lamenta que “não exista no ordenamento jurídico português um instrumento jurídico adequado a fazer cessar uma flagrante violação de um direito, liberdade ou garantia protegido pela Constituição, tanto mais quanto é utilizado um instrumento jurídico (resolução) que não é fonte de direito (lei ou decreto lei)”.

“E compreende-se da única declaração de voto que, no limite, o legislador e/ou o tribunal deve estar alerta para a eventual legitimação ao uso do direito de resistência contra decisões do Governo”, refere.

Na perspetiva do partido, o acórdão do STA “está ferido de nulidade por insuficiência de fundamentação, desde logo porque não faz qualquer referência ao n.º 1 do artigo 12º da Lei 83/95, de 31 de Agosto, a lei do Direito de Participação Procedimental e de Ação Popular”. “Não esclarece, nem fundamenta, como seria esperado, o porquê da não aplicação da referida norma ao caso concreto”, condena.

Fonte do executivo adiantou que, além da ação do Chega, uma segunda providência cautelar interposta com o mesmo objetivo, mas esta não proveniente de partidos ou entidades, também foi recusada pelo STA. “O STA considerou que há fundamento legal para impor restrições à circulação” no atual quadro de pandemia de covid-19 e que não há qualquer violação de liberdades e garantias dos cidadãos”, acrescentou.

(Notícia atualizada)

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Portugal regista 4.007 novas infeções por Covid-19 e mais 39 mortes

Atualização dos dados do vírus é feita numa altura em que o Governo está reunido em Conselho de Ministros Extraordinário para decidir novas medidas de combate à pandemia.

Depois de ter ultrapassado esta semana a barreira dos quatro mil casos diários e registado recordes sucessos, Portugal recua no número de novas infeções. Foram identificados 4.007 novos casos de Covid-19, elevando para 141.279 o total de infetados desde o início da pandemia. O número de mortes diárias também também diminuiu ligeiramente, com 39 óbitos contabilizados nas últimas 24 horas, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Apesar de a grande maioria dos infetados estar a recuperar em casa, o número de internamentos continuar. Há mais 45 pessoas nos hospitais, colocando o total em 1.972. Destes, há 286 pessoas nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), o que significa um aumento de 11 pessoas e o valor mais elevado de sempre, tal como já tinha sido antecipado que ia acontecer pela ministra da Saúde Marta Temido.

Há ainda 64.514 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, mais 791 do que no balanço de quinta-feira. Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 2.831 recuperados. No total, 80.280 pessoas recuperaram da doença. Já o número de vítimas mortais da Covid-19 subiu para 2.507.

Há agora 58.492 casos ativos, a lutarem contra a doença, mais 1.137 pessoas do que no balanço anterior. Tal como se tem verificado nos últimos dias, a maioria dos novos casos foi registada na região Norte. Dos novos casos confirmados no total das últimas 24 horas, 1.900 localizam-se nesta região (71,6%), seguidos pela região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabilizou 1.406 novas infeções (29%).

O Norte mantém-se, assim, como a região com mais casos até ao momento (63.327 casos de infeção e 1.111 mortes), seguindo-se de Lisboa e Vale do Tejo (59.343 casos e 992 mortes), do Centro (12.287 casos e 314 mortes), do Algarve (2.779 casos e 28 mortes) e do Alentejo (2.734 casos e 47 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 369 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 440 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.

(Notícia atualizada às 14h20)

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Crescimento do negócio da saúde sustenta seguradoras

  • ECO
  • 31 Outubro 2020

José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, defende, em entrevista ao Dinheiro Vivo, a extensão das moratórias no setor.

O negócio dos seguros de saúde ainda não parou de crescer desde o início da pandemia, que fez também nascer, nos últimos meses, os seguros Covid. É o reforço deste segmento que irá sustentar o setor dos seguros na totalidade do ano, segundo explicou José Galamba de Oliveira, em entrevista ao Dinheiro Vivo (acesso pago). O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores defende igualmente a extensão das moratórias dos seguros, bem como a implementação de incentivos à poupança.

“A oferta começou a aparecer agora, em junho/julho. Os seguros covid nasceram relacionados com a crise pandémica, mas sobretudo relacionados com a proteção de rendimentos, na perspetiva de poder complementar o subsídio em caso de desemprego ou de ter alguma coisa nos casos de quem não tem direito a subsídio. Mas são seguros muito recentes e ainda não temos perspetiva do grau de adesão”, explica Galamba de Oliveira. “O que posso dizer — e que foi uma surpresa até para nós — foi que o seguro de saúde foi o único em Portugal que esteve sempre a crescer, nunca caiu”.

O responsável da associação considera que a tendência está relacionada com a preocupação das pessoas com a sua saúde, preferindo pagar a confiar no Sistema Nacional de Saúde. Sobre o desempenho das seguradoras este ano, Galamba de Oliveira acrescenta: “Esperamos uma grande queda no ramo vida e crescimento nulo ou queda ligeira no não-vida – entre o ramo saúde a crescer bem e os outros a cair”.

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Ganhar com o ambiente? Poupanças sustentáveis da GoParity prometem retornos até 8%

A nova ferramenta promete fazer render até 8% por ano o montante investido em projetos alinhados com os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

A fintech portuguesa de finanças e investimentos sustentáveis GoParity lança este sábado, 31 de outubro, Dia Mundial da Poupança, uma nova ferramenta chamada Plano de Poupanças Sustentáveis, que promete fazer render até 8% por ano o montante investido em projetos alinhados com os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável.

“Estamos a desenvolver a aplicação em resposta aos pedidos dos mais de oito mil utilizadores da plataforma que querem serviços financeiros mais transparentes, democráticos e conscientes socialmente. O nosso principal foco é prestar os serviços básicos de gestão financeira do dia-a-dia e de investimento, sempre alinhados com sustentabilidade e impacto”, explicou Nuno Brito Jorge, CEO da GoParity.

A empresa sublinha que, desta forma, “Portugal aproxima-se assim de países como Espanha (Triodos) e Itália (Banca Etica), onde já existem Bancos Éticos que fomentam a economia de Impacto”.

Este novo Plano de Poupanças Sustentáveis está disponível online e também na app GoParity (para iOS e Android). Para chegar ao maior número de projetos e diversificar o investimento, a fintech vai, através de um algoritmo, distribuir o montante programado pelos investidores para o plano de poupanças pelo maior número de projetos abertos a financiamento no período em questão, garantindo a regra de 20 euros de investimento mínimo por projeto.

Como funciona o Plano de Poupanças Sustentáveis?

  1. O investidor decide o montante e o dia em que quer fazer a transferência (automática) para a GoParity, e a plataforma trata do resto, garantindo a diversificação do investimento.
  2. Depois disso, o investidor não tem que se preocupar com mais nada.
  3. Sempre que quiser, pode verificar o crescimento da conta poupança e o impacto criado, em CO2 evitado, podendo cancelar em qualquer altura ou levantar o capital disponível.
  4. A cada utilizador da GoParity é atribuído um IBAN e a possibilidade de fazer transferências gratuitas para qualquer conta bancária.

Para dar maior liquidez dos investidores, nesta funcionalidade a GoParity não vai investir em projetos cujo período de maturidade ultrapasse os cinco anos.

“De momento estamos a abrir um projeto por semana, sendo que muitos ficam financiados em apenas umas horas, e num máximo de um mês. Com o lançamento do Plano de Poupanças Sustentáveis prevemos aumentar este ritmo e tornar os financiamentos ainda mais rápidos, para que cada vez mais organizações tenham a possibilidade de ver os seus projetos sustentáveis financiados” diz Brito Jorge.

Criada em 2016, a GoParity é regulada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Em quatro anos já investiu e viu nascer projetos de energia, turismo, mobilidade, e empreendedorismo sustentáveis, indústria do mar, desenvolvimento rural e economia circular em Portugal, no Brasil, na Colômbia, no Peru e no Uganda. Prepara-se também para chegar a Espanha e ao Congo. O objetivo da fintech é criar um Banco Verde.

Em quatro anos de atividade gerou cerca de 3,1 milhões de euros para 55 projetos submetidos, com mais de 8,1 mil investidores inscritos e um retorno na ordem dos 4,9% a 7,5% ao ano, o que representa mais de 635 mil euros pagos a investidores e cerca de 14 mil toneladas de dióxido de carbono evitado.

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Ex-secretário de Estado Artur Trindade com caução de 150 mil euros

  • ECO
  • 31 Outubro 2020

Correio da Manhã avança que o juiz Carlos Alexandre decretou uma caução de 15 mil euros ao ex-secretário de Estado a pagar nos próximos dez anos para ficar em liberdade.

O juiz Carlos Alexandre determinou uma causação de 150 mil euros para o ex-secretário de Estado Artur Trindade no âmbito do caso EDP, segundo noticia este sábado o Correio da Manhã (acesso pago). O arguido tem dez dias para pagar a caução e ficar em liberdade, sendo que está também proibido de contactar outros arguidos do processo EDP, incluindo o CEO suspenso de funções da empresa, António Mexia.

Artur Trindade é arguido no âmbito do caso EDP por suspeitas de corrupção devido à contratação do pai do então governante pela elétrica. Esta semana, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) tinha já ordenado a suspensão imediata das funções de Artur Trindade na OMIP — Pólo Português e na OMIClear. Segundo o CM, essa foi a única razão pela qual o juiz não decretou também a suspensão de funções.

O afastamento “visa assegurar, por razões de interesse público, a abstenção preventiva de Artur Álvaro Laureano Homem da Trindade do exercício das suas funções de administração naquelas entidades até ser proferida decisão no processo administrativo de reavaliação da adequação — onde se inclui a idoneidade — para o exercício das referidas funções”, explicou o supervisor.

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