Amazon vai aumentar os salários de mais de 500 mil funcionários

  • Lusa
  • 29 Abril 2021

Bezos, reconheceu, através de uma carta enviada aos acionistas, que a empresa poderia fazer mais pelos trabalhadores. Vai aumentar salários entre 50 cêntimos e três dólares por hora.

A multinacional norte-americana Amazon vai aumentar os salários de mais de 500.000 funcionários, uma decisão que integra uma estratégia para atrair trabalhadores.

O gigante do comércio eletrónico, cujo salário mínimo é de 15 dólares por hora (cerca de 12 euros), vai aumentar os salários entre 50 cêntimos (cerca de 40 cêntimos em euros) e três dólares (cerca de 2,50 euros) por hora já em maio.

Entre os funcionários abrangidos estão os que trabalham nos armazéns, responsáveis pelo embalamento e pelo envio das encomendas, e os trabalhadores dos centros de seleção de encomendas.

O aumento salarial faz parte de uma estratégia que a Amazon está a implementar com vista à atração de novos funcionários, uma vez que o a empresa viu crescer exponencialmente o volume de encomendas feitas através da plataforma, em resultado da pandemia e dos confinamentos, que levaram a uma alteração de hábitos para o comércio online.

A Amazon contratou 500.000 pessoas em 2020, aumentando a capacidade laboral total para 1,3 milhões de funcionários em todo o mundo.

O anúncio sobre o aumento remuneratório também surge depois de uma ação sindical falhada num armazém no Alabama, que colocou os ‘holofotes’ dos órgãos de comunicação social nacionais sobre as condições laborais da Amazon.

Os trabalhadores sindicalizados no Alabama reivindicavam melhores salários e mais pausas nos turnos de 10 horas.

No início do mês, o fundador da Amazon, o bilionário Jeff Bezos, reconheceu, através de uma carta enviada aos acionistas, que a empresa poderia fazer mais pelos trabalhadores.

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TAP impedida de votar fim do contrato com a Groundforce

Dois representantes da Pasogal votaram a favor e ex-CEO absteve-se. Representantes da TAP, Beatriz Filipe e Valter Fernandes, foram impedidos de votar por ser considerado conflito de interesses.

A TAP não teve palavra a dizer sobre o fim do contrato de venda de equipamentos que tinha com a Groundforce. Foi este acordo que permitiu desbloquear dinheiro para os salários em atraso em março, mas o acionista privado Alfredo Casimiro marcou um conselho de administração para esta quarta-feira após ter recebido um parecer negativo do conselho fiscal da empresa sobre o acordo.

A proposta de anulação daquele contrato foi aprovada com votos a favor de dois representantes da Pasogal — Alfredo Casimiro e Gonçalo Faria de Carvalho — e abstenção do ex-CEO Paulo Leite (que foi destituído em conflito com o principal acionista, mas mantém-se na empresa como administrador). Já os dois representantes da TAP, Beatriz Filipe e Valter Fernandes, foram impedidos de votar por ser considerado conflito de interesses.

Após o fim da reunião, esta quarta-feira à noite, Casimiro (que detém 50,1% da Groundforce através da Pasogal, sendo os restantes 49,9% detidos pela TAP) anunciou em comunicado que, perante a opinião do Conselho Fiscal, dos auditores da Deloitte e de alguns juristas, “se concluiu serem nulos” os contratos de sale & leaseback e arrendamento, celebrados em 19 de março de 2021 entre a Groundforce e a TAP.

“Esses contratos eram desequilibrados e punham em causa a sobrevivência da Groundforce e os empregos dos seus 2.400 trabalhadores. Por essa razão, foram anulados“, garantiu. Mesmo sem aprovação da outra parte, o efeito é imediato. O ECO tentou contactar a TAP para perceber se a decisão será contestada, mas não obteve resposta.

Após avanços e recuos nas negociações entre as duas empresas, foi fechado um contrato de venda de todos os ativos da Groundforce à TAP por sete milhões de euros. Estes equipamentos passaram a ser alugados à empresa de handling para manter a atividade, por 461.762 euros mensais (mais IVA). O primeiro pagamento deveria ser feito dia 30 de abril.

Com a anulação do acordo, a empresa de handling terá de devolver os 7 milhões de euros à TAP. No entanto, como não tem disponibilidade financeira imediata para devolver o montante, a Groundforce deverá agora discutir com a companhia aérea um plano de pagamentos faseados.

O conselho de administração decidiu neste encontro iniciar negociações com a TAP até um período máximo de seis meses, “de modo a encontrar uma solução com vista a refazer os contratos de forma justa e equilibrada para ambas as partes, permitindo a continuidade e o futuro da Groundforce”, explica Casimiro. “É intenção do acionista Pasogal manter e desenvolver uma relação saudável com a TAP“.

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País sai do estado de emergência. Teletrabalho deixa de ser obrigatório?

Marcelo Rebelo de Sousa decidiu não renovar o estado de emergência, mas o que significa isso para os trabalhadores? Teletrabalho deverá passar a ser obrigatório só nos concelhos de maior risco.

O país vai sair do estado de emergência, depois de este ter sido renovado mais de uma dezena de vezes, ao longo dos últimos meses. A evolução positiva da pandemia — dos internados à vacinação — explica a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa, que deverá ser sinónima do fim da adoção obrigatório do teletrabalho, mas apenas para alguns. De acordo com os advogados ouvidos pelo ECO, os trabalhadores dos concelhos de maior risco deverão ter de continuar nessa modalidade, mas com regras mais flexíveis do que até aqui.

No fim de março — estava, então, o país em pleno estado de emergência, mas já em desconfinamento –, o Executivo de António Costa decidiu prorrogar até 31 de dezembro de 2021 o decreto-lei que estipula que, nas áreas territoriais mais afetadas pela pandemia, o teletrabalho é de adoção obrigatória, desde que as funções sejam compatíveis, independentemente do número de trabalhadores que estejam a cargo do empregador e mesmo que não haja acordo entre as partes.

Ao ECO, fonte do Ministério do Trabalho explicou, na altura, que as regras previstas nesse diploma não seriam, contudo, aplicadas no imediato, estando derrogadas — isto é, suspensas — enquanto se mantivesse o estado de emergência.

Um mês depois e com a pandemia a evoluir de modo positivo, o Presidente da República decidiu agora retirar o país desse estado de exceção, o que significa que deixará de ser generalizada (ou seja, aplicada a todo o território nacional) a obrigação de adotar o teletrabalho. Deverá manter-se, ainda assim, para alguns, no âmbito do mencionado decreto-lei prorrogado pelo Governo.

Em conversa com o ECO, o advogado Luís Miguel Monteiro, da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, explica que, não havendo estado de emergência, deverá vigorar o decreto-lei cujas normas estavam derrogadas, ou seja, o teletrabalho deverá manter-se obrigatório nos concelhos de maior risco pandémico. “O que me parece lógico é que agora se aplique esta norma”, afirma o advogado, admitindo, ainda assim, que o Governo possa estabelecer outras regras ao abrigo, por exemplo, de um eventual estado de calamidade ou contingência.

Também José Pedro Anacoreta, advogado da PLMJ, entende que, com o levantamento do estado de emergência, é previsível que se aplique o referido decreto-lei que foi prorrogado pelo Governo, o que significa que “haverá medidas diferenciadas por concelhos”, em função dos níveis de risco. Em declarações ao ECO, o especialista em lei laboral diz acreditar que “muito provavelmente” o país passará a estado de calamidade, no âmbito do qual deverá fazer-se essa distinção entre as várias áreas territoriais.

Anacoreta acrescenta que, uma vez que o estado de calamidade é decidido diretamente pelo Governo, esta quinta-feira já deverão ser anunciados os critérios e os concelhos aos quais se continuará a aplicar o teletrabalho.

Teletrabalho mantém-se para alguns, mas com outras regras

É importante notar que mesmo nos concelhos de maior risco, as regras do teletrabalho deverão ser diferentes — mais flexíveis — do que as que se têm aplicado nos últimos meses, em todo o país.

No quadro do estado de emergência, a adoção do teletrabalho tem sido obrigatória, independentemente do vínculo laboral, sempre que seja compatível com a atividade e que o trabalhador disponha de condições para a exercer, sem necessidade de acordo entre as partes.

Já no âmbito do decreto-lei cuja aplicação tem estado derrogada, mas que deverá começar agora a surtir efeitos, o teletrabalho é obrigatório nessas mesmas condições, mas admitindo-se a possibilidade de tanto o empregador como o trabalhador recusarem.

O empregador poderá comunicar tal decisão ao trabalhador, se julgar não estarem reunidas as condições para adotar o teletrabalho, mas terá de o fazer de forma fundamentada — demonstrando que as funções não são compatíveis com a modalidade remota ou a falta de condições técnicas adequadas para tal — e por escrito.

Neste caso, o trabalhador poderá, nos três dias úteis seguintes, pedir à Autoridade para as Condições do Trabalho a verificação dos requisitos para a adoção do teletrabalho e dos factos invocados pelo empregador. Os inspetores emitirão, assim, uma decisão, no prazo de cinco dias úteis, que terá de ser respeitada pela empresa.

Por outro lado, o trabalhador que “não disponha de condições para exercer as funções em regime de teletrabalho, nomeadamente condições técnicas ou habitacionais adequadas”, poderá recusar ir para teletrabalho, informando o empregador, por escrito, dos motivos do seu impedimento.

Diz o decreto-lei que estas regras aplicam-se às empresas com “estabelecimentos nas áreas territoriais em que a situação o justifique, definidas pelo Governo mediante resolução do Conselho de Ministros“, independentemente do número de trabalhadores.

Nestas empresas, mas também naquelas que tenham estabelecimentos ou trabalhadores que residem ou trabalhem em concelhos considerados de risco moderado, “conforme declarados pelo Governo mediante resolução de Conselho de Ministros”, estão ainda previstas regras específicas para os imunodeprimidos, doentes crónicos, trabalhadores que possuam deficiência (com grau de incapacidade igual ou superior a 60%) e trabalhadores com filhos ou outros dependentes a cargo menores de 12 anos impossibilitados de assistirem às atividades letivas presenciais, por serem considerados doentes de risco.

Neste caso, a adoção do regime de teletrabalho é obrigatória independentemente do vínculo laboral, sempre que as funções em causa o permitam e o trabalhador disponha de condições para as exercer, sem necessidade de acordo escrito entre o empregador e o trabalhador.

O referido diploma dita, por outro lado, que nas empresas com locais de trabalho com mais de 50 ou mais trabalhadores nas tais áreas territoriais em que a situação epidemiológica o justifique, é obrigatório desfasar os horários de trabalho, de modo a evitar ajuntamentos.

O ECO questionou o Governo sobre como serão distribuídos os concelhos pelos diferentes níveis de risco, de modo a perceber em quais se manterá o teletrabalho, mas ainda não obteve resposta.

Partidos pediram apreciação de teletrabalho

A prorrogação do teletrabalho até ao final do ano, nos concelhos mais afetados pela pandemia, tem gerado múltiplos críticas, da esquerda à direita. Na Assembleia da República, PSD, PCP, CDS e Iniciativa Liberal pediram a apreciação deste diploma, tendo colocado, contudo, em cima da mesa diferentes soluções para a matéria. Por exemplo, os social-democratas não rejeitam o prolongamento desta obrigação, querem é que dependa de uma avaliação da situação pandémica. Já os comunistas admitem pedir mesmo a revogação de decreto-lei.

Entretanto, em reação, o Governo mostrou abertura para mudar o diploma. Ao Expresso, o secretário de Estado do Trabalho afirmou que “o Governo tem flexibilidade” e salientou: “Não temos uma opção fechada.”

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Groundforce avança com anulação da venda de equipamentos à TAP

Conselho de administração da empresa reuniu-se esta quarta-feira após ter recebido um parecer negativo do conselho fiscal e do auditor da empresa sobre o acordo.

O acionista privado da Groundforce, Alfredo Casimiro, diz que o contrato de venda de equipamentos que tinha sido assinado com a TAP foi anulado. Foi este acordo que permitiu desbloquear dinheiro para os salários em atraso em março, mas o empresário marcou um conselho de administração para esta quarta-feira após ter recebido um parecer negativo do conselho fiscal da empresa sobre o acordo. A proposta foi aprovada.

“Terminou há instantes a reunião do Conselho de Administração da Groundforce na qual, perante a opinião do Conselho Fiscal, dos auditores da Deloitte e de alguns juristas, se concluiu serem nulos os contratos de sale & leaseback e arrendamento, celebrados em 19 de março de 2021 entre a Groundforce e a TAP. Esses contratos eram desequilibrados e punham em causa a sobrevivência da Groundforce e os empregos dos seus 2.400 trabalhadores. Por essa razão, foram anulados“, anunciou Alfredo Casimiro (que detém 50,1% da Groundforce através da Pasogal, sendo os restantes 49,9% detidos pela TAP) em comunicado.

Após avanços e recuos nas negociações entre as duas empresas, foi fechado um contrato de venda de todos os ativos da Groundforce à TAP por sete milhões de euros. Estes equipamentos passaram a ser alugados à empresa de handling para manter a atividade, por 461.762 euros mensais (mais IVA). O primeiro pagamento deveria ser feito dia 30 de abril.

Com a anulação do acordo, a empresa de handling terá de devolver os 7 milhões de euros à TAP. No entanto, como não tem disponibilidade financeira imediata para devolver o montante, a Groundforce deverá agora discutir com a companhia aérea um plano de pagamentos faseados.

O conselho de administração decidiu neste encontro iniciar negociações com a TAP, até um período máximo de seis meses, “de modo a encontrar uma solução com vista a refazer os contratos de forma justa e equilibrada para ambas as partes, permitindo a continuidade e o futuro da Groundforce”, explica Casimiro. “É intenção do acionista Pasogal manter e desenvolver uma relação saudável com a TAP“.

Mesmo com a anulação do contrato, a Groundforce garante que tem liquidez para os salários. Após ter pago as remunerações de abril aos trabalhadores, Casimiro garante que “estão assegurados os salários de maio e espera-se, nas próximas semanas, ter a segurança necessária para garantir os de junho”.

(Notícia atualizada às 22h05)

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BE pede audição urgente do INE sobre proteção de dados nos Censos 2021

  • Lusa
  • 28 Abril 2021

Os bloquistas querem esclarecimentos, uma vez que a é a "própria confiança dos cidadãos nacionais" na recolha de dados no Censos 2021 que "fica ferida”,

O BE pediu esta quarta-feira a audição parlamentar urgente do presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Estatística (INE) para esclarecer a questão da proteção de dados pessoais nos Censos 2021.

“O país tomou conhecimento de que a Comissão Nacional de Proteção de Dados emitiu uma deliberação dirigida ao Instituto Nacional de Estatística (INE) no sentido de que esta entidade suspendesse qualquer transferência de dados pessoais para os Estados Unidos da América ou quaisquer países terceiros no quadro do Censos 2021”, começa por referir o requerimento enviado à agência Lusa.

Na sequência desta deliberação, de acordo com o BE, o INE “terá suspendido o contrato que havia celebrado com a empresa norte-americana Cloudfare para prestação de serviços de desempenho e segurança dos dados obtidos nos inquéritos em causa”.

A confirmar-se, esta situação reveste-se de uma gravidade insofismável, pois que, como foi estabelecido pelo Tribunal de Justiça da União Europeia, no acórdão Schmers II, tal acesso constitui uma ingerência desproporcional nos direitos fundamentais dos titulares dos dados”, condena.

Como é “a própria confiança dos cidadãos nacionais na recolha de dados para efeitos do processo censitário que fica ferida”, os bloquistas defendem que se impõe “obter esclarecimentos urgentes da entidade responsável pelo Censos 2021, para que a confiança dos cidadãos possa ser rapidamente reposta”.

Por isso mesmo, o BE pede a audição urgente do presidente do Conselho Diretivo do INE na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias “para prestar os esclarecimentos que são devidos sobre esta situação”.

Esta quarta-feira, no parlamento, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, garantiu que a segurança do ‘site’ dos censos não será afetada, indicando que vai continuar a ser assegurada “a total proteção de dados pessoais”.

Num debate sobre política setorial, Mariana Vieira da Silva foi questionada pelo PSD sobre este caso, tendo garantido aos deputados que, “depois das notícias e depois dos contactos da Comissão Nacional de Proteção de Dados, que suscitou dúvidas relativamente ao enquadramento jurídico da subscrição destes serviços, o INE decidiu suspender totalmente a subscrição desses serviços para que não subsistam quaisquer dúvidas”.

“Contudo, continua a garantir a segurança dos censos”, salientou.

De acordo com Mariana Vieira da Silva, “o resultado desta ação não irá afetar segurança do ‘site’ dos censos, continuando a ser assegurada a total proteção de dados pessoais, e a forma de resposta para a população também não será afetada, pode no máximo ter alguma lentidão adicional”.

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Wall Street fecha em baixa após Fed manter juros

Reserva Federal norte-americana deixou inalteradas as taxas de juro e as compras de ativos. Continua à espera de sinais de recuperação da economia. Wall Street fechou o dia em queda.

Wall Street fechou a sessão desta quarta-feira em terreno negativo, depois de a Reserva Federal norte-americana ter deixado inalteradas as taxas de juro e as compras mensais de ativos, sem dar sinal sobre quando poderá reduzir os apoios à economia.

O S&P 500, que chegou a bater um recorde intradiário durante a sessão, fechou a cair 0,08% para 4.183,36 pontos. O Dow Jones caiu 0,48% e o Nasdaq caiu 0,28%.

Apesar da melhoria da economia, a Fed reiterou a sua orientação que tem usado desde dezembro, adiantando que terá de assistir a “progressos substanciais” rumo aos objetivos do emprego e inflação antes de reduzir as compras mensais de ativos.

A Alphabet (Google) saltou mais de 3% depois de ter anunciado lucros recorde pelo segundo trimestre consecutivo e um programa de recompra de ações no valor de 50 mil milhões de dólares.

O Facebook subiu 1,12% para 307,10 dólares antes de prestar contas ao mercado.

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NN Group avalia alternativas para filial de gestão de ativos

  • ECO Seguros
  • 28 Abril 2021

As opções para o negócio de gestão de ativos do maior grupo holandês de seguros incluem uma fusão, parceria ou desinvestimento parcial na NN Investment Partners.

O holandês NN Group está a analisar alternativas estratégicas para a NN Investment Partners. Em comunicado, a Nationale Nederlanden (NN) afirma que a solução para seu negócio de gestão de ativos pode concretizar-se por uma de diversas alternativas, incluindo fusão, joint venture ou um desinvestimento (parcial).

A possibilidade de desinvestimento, fusão ou entrada de um parceiro abre-se num processo regular de revisão ao seu portefólio de negócios, numa base individual, tem sempre o objetivo de beneficiar os stakeholders no longo prazo, explica o NN Group.

No caso do braço de gestão de ativos, com um total estimado de 300 mil milhões de euros de ativos sob gestão no final de 2020, a líder holandesa de seguros refere que a ponderação de alternativas estratégicas visa a possibilidade de criação de uma “plataforma mais ampla que permita à NN IP acelerar o seu crescimento”.

Enquanto estuda opções, a filial do NN continuará focada em oferecer “as melhores soluções de investimento” e serviços aos clientes, assegura a companhia liderada por David Knibbe, CEO do NN Group.

O NN Group terminou 2020 com resultado operacional a rondar 1,89 mil milhões de euros, em crescimento de 5,3% face ao apurado em 2019. O desempenho apresentado beneficiou dos 963 milhões de euros em lucro operacional na segunda metade do ano, mais 9,4% em comparação com 881 milhões em igual semestre, um ano antes.

Além de melhoria da margem de investimento e redução de despesas administrativas no negócio Vida do seu mercado doméstico (Netherlands Life), a empresa salientou também aumento dos ativos sob gestão da NN IP, refletindo desempenho positivo do mercado e entradas líquidas de terceiras partes (investidores institucionais) por um montante de 10,1 mil milhões de euros.

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Seguros e gestão de ativos dão 523 milhões ao grupo Santander até março

  • ECO Seguros
  • 28 Abril 2021

No negócio segurador consolidado pelo grupo Santander, as comissões totais - cedidas à rede comercial do grupo - cresceram 5%, enquanto o volume bruto de prémios emitidos cresceu 11% no 1ºT.

O negócio de seguros e a gestão de ativos, cujos números são apresentados como “segmentos secundários” no reporte trimestral do maior banco privado espanhol, contribuíram com 32,5% para o lucro apurado pelo grupo Santander no primeiro trimestre de 2021 (1ºT).

No negócio segurador, que – após a aquisição do Popular – o Santander desenvolve desde 2018 em parceria com a Aegon NV, as comissões totais (cedidas à rede comercial do grupo) cresceram 5%, enquanto o volume bruto de prémios emitidos cresceu 11% “apesar de ter sido afetado por menor atividade”, refere a informação da entidade que em Portugal desenvolve atividade através do Santander Totta.

De acordo com a informação disponível no site da instituição, o negócio WM&I – Wealth Management & Insurance, que agrega as áreas de seguros, banca privada e gestão de ativos (SAM – Santander Asset Management), gerou contribuição total de 523 milhões de euros (+1% em variação homóloga) para o resultado trimestral reportado pelo grupo.

O conjunto do departamento gestão de ativos e seguros (e banca privada) cresceu 3% em comissões, encaixando um total 788 milhões de euros (+3% face a conseguido em igual período de 2020) e a representar 31% do total de comissões arrecadadas pelo Santander no trimestre.

O resultado líquido (atribuído) do segmento WM&I recuou 3,4%, para 197 milhões de euros, refletindo sobretudo quebra de 11,3% na margem financeira, que recuou para 88 milhões de euros e subida de 2,5% para 297 milhões nas comissões (5% nos seguros). Por consequência, a margem bruta diminuiu 1,7%, situando-se em 502 milhões de euros, indica a informação financeira trimestral.

Em Portugal, além de uma empresa conjunta para distribuição (lançada em 2020 em parceria com a Mapfre), a operação está atribuída à Santander Totta Vida e duas empresas da Aegon Santander Portugal, com a distribuição de seguros assegurada pela rede do Santander Totta (participado do grupo espanhol), em negócio representado pelas 3 marcas/companhias (Santander Totta Vida, Aegon Santander Vida e Aegon Santander Seguros).

Em 2020, mantendo-se 5º no ranking do mercado nacional de seguro direto, o grupo encolheu produção em 28%, para cerca de 576,6 milhões, refletindo forte exposição ao ramo Vida, e a perder alguma quota, de 6,4% em 2019 para 5,7% no final do ano passado, conforme ranking ECO Seguros com base em dados preliminares.

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Altice diz que extensão por 18 meses “evita” fim do SIRESP na época dos incêndios e pede “urgência”

Altice alerta que a extensão por 18 meses “evita” fim do SIRESP na época dos incêndios e pede “urgência” na clarificação do enquadramento jurídico-legal que o Estado pretende adotar.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, garantiu no Parlamento que a parceria público-privada (PPP) que manteve o SIRESP em funcionamento ao longo dos últimos anos “termina no dia 30 de junho e não será renovada”, mas admite manter contrato com Altice por mais 18 meses.

A Altice Portugal comunicou esta quarta-feira que a extensão por 18 meses “evita” fim do SIRESP na época dos incêndios e pede “urgência” da definitiva clarificação do enquadramento jurídico-legal que o Estado pretende adotar para a renovação da prestação dos serviços em vigor, tendo em vista a proteção do interesse público.

A empresa liderada por Alexandre Fonseca esclarece que “relevam a decisão do Estado no sentido da aceitação da proposta apresentada pela Altice Portugal à SIRESP, para extensão ou renovação da prestação de serviços atualmente em vigor por um prazo mínimo de 18 meses, pois assim evita-se que o término desta extensão/renovação ocorra novamente em plena época mais propícia à deflagração de incêndios no nosso país”.

O governante indicou que estão em curso contactos para “uma solução de manutenção daquilo que é a prestação de serviços por privados por 18 meses”, um período que o Governo espera ser suficiente para permitir a constituição de uma entidade de gestão integrada do SIRESP, da Rede Nacional de Segurança Interna e da rede 112, com a realização de novos concursos públicos internacionais e outros “de natureza distinta, em função do quadro legal aplicável”.

O argumento do Governo é o de que o Estado, sendo agora o proprietário do SIRESP, é também o proprietário das respetivas infraestruturas. Por isso, é necessário assegurar a “realização de contratos com os atuais fornecedores relativamente àquilo que é a sua dimensão de prestação de serviços” para o referido período intercalar.

Face a esta decisão de Eduardo Cabrita, a Altice comunicou que “registaram o interesse do Estado português, através do MAI e da SIRESP, na continuidade da Altice Portugal enquanto principal fornecedor de serviços de rede de comunicações, redundância elétrica e de satélite, aluguer e alojamento de equipamentos e transmissão”. A empresa de telecomunicações diz tratar-se “de uma decisão que consideramos natural, atendendo à eficiência demonstrada, bem como aos índices de qualidade registados e devidamente auditados”.

“A Altice Portugal, desde a passada semana, que se demonstrou totalmente disponível junto do MAI [Ministério da Administração Interna] para todo o diálogo, cooperação e entendimento no âmbito deste processo”, refere a empresa liderada por Alexandre Fonseca, num esclarecimento enviado aos media.

A Altice esclarece ainda que não pertence à estrutura acionista da SIRESP desde dezembro de 2019, em virtude da aquisição por parte do Estado de 100% do capital desta e que “em consequência deixou de existir a Parceria Público-privada que vigorava até então”.

A empresa de telecomunicações esclarece ainda que os “ativos adstritos ao funcionamento de rede de emergência nacional passaram para propriedade exclusiva da SIRESP, portanto para domínio público”.

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Boeing suspende entregas do 737 MAX devido a problemas elétricos

O fabricante norte-americano confirmou que interrompeu as entregas do 737 MAX devido a problemas elétricos. Chefe executivo da Boeing não sabe quando é que os problemas ficam resolvidos.

O fabricante norte-americano Boeing confirmou esta quarta-feira que interrompeu as entregas dos aviões 737 MAX devido a problemas elétricos, meses depois do avião ter recebido “luz verde” para regressar aos céus na Europa, após uma longa proibição de segurança, avançou a Reuters (acesso livre).

“A Boeing fez uma pausa nas entregas de 737 MAX para resolver os problemas elétricos, e espera “recuperar o atraso nas entregas ao longo do resto do ano”, disse o chefe executivo Dave Calhoun.

Dave Calhoun disse ainda que “não conseguia prever quando é que os problemas elétricos do 737 MAX seriam resolvidose “duplicou os receios de uma longa recuperação das viagens internacionais”.

As ações da Boeing caíram quase 2,6% após o fabricante norte-americano ter relatado a sexta perda trimestral consecutiva.

O fabricante norte-americano Boeing teve graves problemas nos últimos anos com outro dos seus modelos, o 737 MAX, que esteve imobilizado durante 20 meses devido a dois acidentes que provocaram 346 mortos em seis meses.

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Generali Investments tem nova responsável de vendas para Portugal e Espanha

  • ECO Seguros
  • 28 Abril 2021

A Generali Investments Partners (GIP) acaba de nomear Almudena Mendaza Sanz como nova responsável de vendas para a região Ibérica. Vai contribuir para a estratégia multi-boutique da Generali

Almudena Mendaza Sanz, Head of Sales Iberia da Generali Investments Partners, vai reforçar a estratégia multi-boutique do grupo italiano em Portugal e Espanha.

A Generali Investments Partners (GIP) acaba de nomear Almudena Mendaza Sanz como nova responsável de vendas para a região Ibérica. A função implica expandir a a capacidade de distribuição da unidade no mercado ibérico e contribuir para a estratégia multi-boutique da Generali em Portugal e Espanha.

Segundo informação do grupo, Almudena Sanz, “vai dar uma contribuição estratégica para o desenvolvimento de planos comerciais e de distribuição numa região prioritária para a GIP como é a Iberia”. Reporta a Tim Rainsford, CEO and Head of Global Sales da GIP.

Almudena Sanz tem 20 anos de experiência em gestão de ativos, tendo antes passado pela Natixis Investment Managers e pela Pioneer Investments como responsável de vendas da Amundi Pioneer para Portugal, Espanha e Andorra.

Segundo o CEO Tim Rainsford “o nosso plano de crescimento é focado no desenvolvimento de uma plataforma global de distribuição”, daí que a nomeação de Almudena “é um pilar para a nossa presença e nível de serviço em Portugal e Espanha“, conclui.

A Generali Investments Partners é uma sociedade do grupo segurador italiano especializada na gestão de ativos e poupanças. Gere valores de cerca de 575 mil milhões de euros em 15 países, contando com mais de 1500 gestores de ativos e especialistas.

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Siza Vieira: Estado vai dar garantias na reestruturação das dívidas das empresas após moratórias

Siza Vieira desvendou os apoios que estão a ser preparados para ajudar as empresas após o fim das moratórias. Estado vai ajudar bancos nas reestruturações das dívidas das empresas em dificuldade.

O Estado está disponível para conceder garantias e partilhar o risco com os bancos que aceitarem renegociar as dívidas das empresas dos setores mais afetados pela pandemia. Esta é uma das soluções que o Governo está a preparar para responder às preocupações com o fim das moratórias de crédito. O ministro Siza Vieira desvendou mais apoios que estão em cima da mesa e com os quais acredita que vai ser possível “encarar o fim das moratórias com confiança”.

De acordo com o ministro da Economia, o Estado poderá garantir uma parte dos empréstimos das empresas que não conseguirem retomar as prestações, mas com a condição de o banco “conceder a carência necessária e a extensão da maturidade adequada” no âmbito de reestruturações individuais que poderão ter de ser acordadas entre a instituição e determinado devedor.

“Isto, por si só, permitirá um alívio do esforço de capital que os bancos têm de fazer e a acomodarem melhor a reestruturação que possam ter de acordar com os seus clientes”, salientou Siza Vieira esta quarta-feira na conferência online sobre “O efeito esperado do inevitável fim das moratórias”, organizada pela Ordem dos Economistas.

Além desta medida, Siza Vieira adiantou também que o Governo vai ter capacidade de “fazer apoios ao capital das empresas” através do Plano de Recuperação e Resiliência, no âmbito do qual reservou “uma verba significativa” de 1.300 milhões para este fim e que poderá ser reforçada em mais mil milhões.

Por outro lado, as empresas que recorreram às linhas de crédito Covid, disponibilizadas há um ano pelo Estado, também poderão converter o “crédito garantido em algum instrumento de quase capital que, do ponto de vista do balanço melhore a sua situação”, anunciou o ministro da Economia. “Sem um aumento da exposição do Estado vai ser possível melhorar a situação financeira dos devedores, tornando mais provável a possibilidade de eles conseguirem cumprir as obrigações emergentes dessas dívidas”, assegurou.

São estas medidas que levam Siza Vieira a ter confiança de que vão estar disponíveis os instrumentos necessários para as empresas e os bancos enfrentarem o fim das moratórias.

“Entre as garantias prestadas em instrumentos híbridos e capitalização direta e também o apoio à reestruturação que os bancos possam fazer com os seus clientes, temos condições para acomodar bem estes 3.500 milhões de euros de dívida [em moratória] no alojamento turístico, os 1.500 que temos na restauração e similares e 1.500 no comércio a retalho”, disse o ministro na intervenção inicial. “Estamos convencidos que temos os instrumentos necessários para poder encarar o fim das moratórias com confiança“, frisou.

Siza Vieira deu conta ainda de que o Governo está a discutir com a Comissão Europeia, ao nível dos auxílios de Estado, “para evitar demasiada penalização quer do ponto de vista das contas dos bancos quer do ponto de vista da situação das empresas marcadas por uma reestruturação”.

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