Luxemburgo: Cheias de julho declaradas maior desastre natural de sempre para os seguros

  • ECO Seguros
  • 19 Outubro 2021

Mau tempo que atingiu diversos países da Europa em julho representou, no Luxemburgo, custo estimado de 125 milhões de euros para as seguradoras.

As inundações de julho, que assolaram parte da Europa, foram declaradas “catástrofe natural mais cara de sempre na história dos seguros” luxemburgueses.

A fatura dos danos causados pelas chuvas torrenciais de 14 e 15 de julho ascende a mais de 125 milhões de euros, ultrapassando estimativas anteriores do governo do Grão-Ducado (cerca de 100 milhões) e da associação de seguradores (AAA-Association d’Assurance Accident), que reviram em alta cifra anterior de 120 milhões de euros.

Com a atualização dos cálculos dos custos das intempéries, a associação indicou que recebeu 6 500 pedidos de indemnização por danos em casas e empresas, e 1.300 por estragos causados em veículos, considerando-se que grande parte dos bens danificados se encontra em estado irrecuperável.

Até 15 de outubro, 6 300 participações de seguro tinham sido atendidas e cerca de 80% dos sinistros de veículos tinham sido pagos na totalidade, enquanto 85% dos sinistros domésticos e comerciais tinham sido satisfeitos, embora com adiantamentos parciais nos processos ainda em curso, avançou a associação de seguros. Nos processos pendentes de encerrar, a demora relaciona-se com avaliações e peritagens mais complexas, ou por dificuldades logísticas associados à reparação imediata de danos materiais.

Ainda, a ACA recomendou os tomadores de seguros para que revejam, junto das seguradoras e agências de seguros, as garantias de que beneficiam face a alterações climáticas e maior frequência de eventos meteorológicos extremos que tendem a agravar-se no futuro.

Os serviços de meteorologia do Grão-Ducado referem que os níveis pluviométricos verificados a meio de julho constituem um recorde desde 1854, em algumas partes do Luxemburgo igualando níveis já registados em 1931.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP exige ao Governo mais “respostas” e menos “dramatizações”

  • Lusa
  • 19 Outubro 2021

Segundo o PCP, a proposta de Orçamento apresentada pelo Governo falha em resolver “os problemas e a injustiça" nas pensões dos trabalhadores em situação de desemprego de longa duração.

O secretário-geral comunista defendeu esta terça-feira que o que se exige em matéria de Orçamento do Estado são “respostas para os problemas e não dramatizações políticas”, sustentando que essas respostas “não só são necessárias como são possíveis”.

“São exigidas respostas para os problemas e não dramatizações políticas”, disse Jerónimo de Sousa, enquanto discursava durante uma sessão intitulada “Envelhecer com direitos. Surto epidémico. As respostas necessárias”, no Centro de Trabalho Vitória, em Lisboa.

O dirigente comunista sustentou que as propostas que o partido colocou em cima da mesa durante as negociações do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) “não só são necessárias como são possíveis”.

Jerónimo de Sousa também ironizou as declarações feitas por “um daqueles comentadores de cadeira fixa” para exemplificar o impasse com o Governo.

O “comentador de serviço” fez a “síntese das sínteses” sobre as opções do Governo e sobre os “limites que não podem ser ultrapassados”.

“O que era? Défice, dívida e, dizia também, as leis laborais. Em síntese, demonstrou que o Governo do PS tem um problema. Não tem dúvidas da justeza destas propostas [do PCP], mas fez opções, fez escolhas”, completou o membro do Comité Central.

O PCP recusa “todas as pressões”, mas o dirigente comunista enviou um recado ao Governo: “Até à sua votação na generalidade ainda é tempo de encontrar respostas”.

Depois de ouvir vários elementos do MURPI – Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e Idosos e da Inter-reformados/CGTP-IN sobre as dificuldades económico-financeiras enfrentadas pelos pensionistas, o secretário-geral do PCP disse que o partido propõe a rutura “com a ideia de que o aumento da esperança de vida é um fardo social insustentável para o erário público”.

Melhorar as condições de vida dos pensionistas, prosseguiu, passa também pelo Orçamento do Estado, mas o executivo socialista “teima em não dar um sinal de inversão na necessária reposição do poder de compra, de todos os reformados e pensionistas com pensões acima dos 658 euros”.

“A questão não está em saber se há um qualquer Orçamento, mas sim em garantir que esse Orçamento e o que ele traduz de opções para além dele dê um sinal claro de um caminho que responda aos problemas dos trabalhadores e do povo”, assim como para “a vida dos reformados”, considerou Jerónimo de Sousa.

A proposta de OE2022 apresentada pelo Governo, “mais uma vez”, falha em resolver “os problemas e a injustiça nas pensões dos trabalhadores em situação de desemprego de longa duração, nem tão pouco para com os trabalhadores que se reformaram com pesados cortes” nos valores das pensões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Família EDP sobe mais de 1% e leva Lisboa de volta aos ganhos

O índice de referência nacional subiu quase 1%, destacando-se entre os ganhos ligeiros registados pelas congéneres europeias nesta sessão.

A bolsa de Lisboa voltou aos ganhos, depois de, na sessão passada, ter quebrado uma série de cinco sessões de valorização consecutivas. O desempenho da praça lisboeta ficou, assim, em linha com o das congéneres europeias, impulsionado pelas subidas de mais de 1% registadas pela família EDP e pela Jerónimo Martins.

O PSI-20 subiu 0,92%, para 5.670,98 pontos. Entre as 19 cotadas, a maioria fechou em “terreno” positivo, enquanto sete acabaram por registar perdas na sessão desta terça-feira.

A impulsionar o índice de referência nacional esteve a família EDP: a subsidiária EDP Renováveis avançou 2,39%, para 22,28 euros, enquanto a casa-mãe EDP ganhou 1,83%, para 4,773 euros. O grupo anunciou esta terça-feira que a EDP Brasil, liderada por João Marques da Cruz, decidiu vender uma parte do seu portfólio no país, numa operação avaliada em 210 milhões de euros.

EDP Renováveis em máximos de setembro

Nos ganhos, destaque também para a Jerónimo Martins, que somou 1,41%, para 19,025 euros, enquanto o BCP subiu 0,52%, para 15,38 cêntimos, e a Galp Energia valorizou 0,47%, para 9,914 euros. Nota ainda para as cotadas do setor da pasta e do papel, com a Navigator a registar ganhos de 0,91%, para 3,09 euros, e a Altri a somar 0,75%, para 5,34 euros.

Em sentido inverso, destaque negativo para a Nos, que perdeu 1,12%, para 3,36 euros, e para os CTT, que corrigiram 0,39%, para 5,10 euros.

Já pela Europa, o dia foi maioritariamente de ganhos, ainda que ligeiros. O pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,38%, o britânico FTSE 100 ganhou 0,26%, o alemão DAX avançou 0,33% e o espanhol IBEX valorizou 0,71%, enquanto o francês CAC-40 ficou na linha de água.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Microsoft nomeia Ricardo Pires Silva para direção executiva de vendas de soluções cloud

O profissional será responsável por liderar uma equipa de vendedores e técnicos altamente especializados, bem como por impulsionar a transformação digital dos clientes da tecnológica.

Ricardo Pires Silva é o diretor executivo de vendas de soluções cloud da Microsoft Portugal.

A Microsoft Portugal anunciou a nomeação de Ricardo Pires Silva para a direção executiva de vendas de soluções cloud, função anteriormente desempenhada por Pedro Borges, que assume agora funções na Microsoft Western Europe.

“Sinto-me muito honrado por integrar a Microsoft Portugal e uma equipa de profissionais altamente motivados e empenhados em apoiar na transformação digital do ecossistema de parceiros e clientes”, admite Ricardo Pires Silva, em comunicado.

“O contexto pandémico veio acelerar ainda mais a necessidade de digitalização das nossas organizações, pelo que integrar a Microsoft neste momento tão desafiante, antecipando soluções e estratégias que apoiem os nossos clientes a tirar pleno partido das capacidades da cloud, e de forma alinhada com os novos modelos de trabalho híbrido, num ambiente tecnológico cada vez mais exigente, conectado e acelerado, é sem dúvida muito entusiasmante”, acrescenta o novo diretor executivo de vendas de soluções cloud da tecnológica.

Com mais de 20 anos de experiência, Ricardo Pires Silva será responsável por liderar uma equipa de vendedores e técnicos altamente especializados, bem como por impulsionar a transformação digital dos clientes da Microsoft Portugal, de forma alinhada com as suas necessidades, nas diversas áreas de solução.

Antes de ingressar na Microsoft Portugal, o responsável — licenciado em engenharia eletrotécnica e de computadores pelo Instituto Superior Técnico e mestre em gestão de vendas pelo INDEG/ISCTE — passou pelo SAS Portugal onde assumiu o cargo de diretor executivo, e soma ainda ao seu currículo a passagem pela Novabase, GE Capital e Unisys.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Poucas empresas” aderiram à solução para as moratórias, diz presidente da Caixa

Presidente da Caixa revelou que a solução para o fim das moratórias está a ter pouca adesão por parte das empresas. Macedo culpa as "restrições" das linhas de garantias públicas do banco de fomento.

A solução do Governo para ajudar as empresas após o fim das moratórias está a ter pouca adesão, revelou o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, culpando as muitas “restrições” do chamado Programa Retomar, lançado há um mês pelo banco de fomento, e que tem merecido muitas críticas dos bancos e das empresas.

“Alguém se candidatou a este último programa Retomar, só por curiosidade?”, perguntou Paulo Macedo, à frente de uma plateia de empresários e clientes da CGD, no evento Fora da Caixa, em Tomar.

Perante o silêncio da assistência, o CEO da Caixa concluiu: “Não deixa de ser significativo. Porquê? Porque as características, as restrições foram tantas que há poucas empresas — haverá algumas, e que precisam — a qualificarem-se para o programa”.

O Banco Português de Fomento (BPF) anunciou há um mês uma linha de garantias públicas no valor de 1.000 milhões de euros para reestruturações dos créditos empresariais que estão em moratória, mas a medida tem sido alvo de críticas por causa das regras restritivas de utilização, nomeadamente porque os clientes vão ficar marcados negativamente pelo sistema.

Os bancos pedem uma alteração das condições do programa e Paulo Macedo juntou-se a esse coro de pedidos quando disse que o programa de capitalização de empresas, que “está para sair há mais de sete, oito ou mais anos”, será “mais importante” do que a linha de garantias públicas para o crédito em moratória das empresas dos setores mais vulneráveis.

“Parece-nos que será mais importante este programa de capitalização… só se o outro for remodelado”, frisou o presidente do banco do Estado.

“Este programa do capitalizar, se for bem feito, pode contribuir para corrigir a nossa assimetria já com muitas décadas de rácios insuficientes de capitais próprios”, explicou Paulo Macedo.

Antes de Paulo Macedo, já o presidente do BCP havia deixado críticas ao Programa Retomar, por não diferenciar as reestruturações de dívida no âmbito deste mecanismo em relação às outras reestruturações, ignorando o impacto da pandemia nas empresas.

“Devia ser tratado de forma diferente porque ao tratar isto como uma reestruturação normal e de dificuldades financeiras, fica um registo que é extremamente negativo (…). Isto é um tema da Autoridade Bancária Europeia e da Comissão Europeia, mas a nossa exigência com o Governo é de procurar uma pressão forte para que isto não seja desta forma e para não estigmatizar algumas empresas que não merecem ser estigmatizadas e que são alheias à crise que atingiu as suas contas”, afirmou Miguel Maya.

“Há uma corrente nacional contra as empresas grandes”

Na mesma intervenção de abertura do encontro Fora da Caixa, Paulo Macedo considerou que há uma “corrente nacional contra as empresas grandes” em termos de condições para elas “poderem crescer e desenvolver”.

“Nós gostamos muito das micro, gostamos muito das pequenas, nas médias aquilo já começa a ser tolerado, mas então grande é que é um problema“, disse o líder da Caixa.

Contudo, lembrou Paulo Macedo, as grandes empresas são na sua maioria “exportadoras” e têm maior capacidade para investir em investigação. Ou seja, “a dimensão não é indiferente para a competitividade” e o objetivo também passa por tornar as médias empresas em grandes empresas, acrescentou.

Segundo Macedo, esta questão coloca-se “se estamos a fortalecer as […] instituições, se estamos a tornar a dar condições macroeconómicas, laborais, legislativas, etc., de enquadramento para as empresas poderem crescer e desenvolver”.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h12)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Joint venture” da BMW e Critical Software quer recrutar 500 trabalhadores este ano

  • Lusa
  • 19 Outubro 2021

A Critical TechWorks, "joint venture" entre a portuguesa Critical Software e a BMW, prevê contratar 500 trabalhadores este ano e aumentar a faturação em 60%, para mais de 80 milhões de euros.

A Critical TechWorks, uma joint venture entre a portuguesa Critical Software e a BMW para desenvolvimento de soluções automóveis digitais, prevê contratar 500 trabalhadores este ano e aumentar a faturação em 60%, para mais de 80 milhões de euros.

“Em 2021, a nossa projeção é terminar o ano com cerca de 1.360 pessoas com contrato interno [face às 860 no final de 2020] e, envolvendo também os nossos parceiros subcontratados, o número [de colaboradores da empresa] deverá andar nas 1.500 pessoas”, avançou o diretor financeiro da empresa em entrevista à agência Lusa, no âmbito do terceiro aniversário da empresa.

Segundo Paulo Guedes, cerca de 900 pessoas ficarão adstritas às instalações do Porto da Critical Techworks e as restantes às de Lisboa, sendo “a grande maioria” portugueses.

“Uma estratégia que, entretanto, implementámos e que tem provado dar frutos é recorrermos muito mais a parceiros externos (em Portugal) e, por isso, estamos cada vez mais a envolver a economia local e empresas locais do setor do ‘software’ com especialidades próprias e que são interessantes para nós”, referiu.

Assim, disse, aos cerca de 860 trabalhadores internos da Critical Techwoks no final de 2020 juntam-se mais algumas centenas de subcontratados, num total que “ultrapassou certamente as 1.000 pessoas” no ano passado.

Traduzindo este crescimento dos quadros, a empresa aponta para um crescimento da faturação na ordem dos 60% este ano, face aos cerca de 52 milhões de euros de 2020, prevendo manter este ritmo também em 2022.

“O ano [passado] correu muito bem e as perspetivas continuam muito boas”, disse à Lusa Paulo Guedes, apontando apenas um pequeno período de “alguma incerteza a nível global” na primeira metade de 2020, na sequência da pandemia, e que, “tal como a vários outros setores, afetou o setor automóvel”.

“Principalmente no primeiro semestre, houve uma grande incerteza sobre quais poderiam ser os reais impactos da pandemia no setor automóvel e ao que poderia estar sujeito num cenário pós pandemia. Portanto, tivemos alguns atrasos em alguns projetos, mas não tivemos nenhum cancelamento, apenas alguns projetos que deviam ter começado no primeiro semestre começaram só no segundo, quando as perspetivas começaram a ser melhores”, precisou.

Com “mais de 90%” dos projetos atualmente em curso a prolongarem-se para 2022, a que se juntarão novos projetos já “em avaliação” com o grupo BMW, a CriticalTechworks prevê para 2022 “um ritmo de crescimento igual ao de 2021 e de 2020”, não vislumbrando ainda “quaisquer sinais de abrandamento” da atividade.

De acordo com o diretor financeiro da empresa, estas boas perspetivas resultam quer da aposta do grupo automóvel alemão nos dois novos modelos elétricos – BMW i4 e iX – que terão uma forte presença da tecnologia portuguesa integrada, quer também dos “novos paradigmas de globalidade e do acrescentar de nova capacidade ao carro, que passa a ser quase tratado como um ‘device’”.

“O carro tipicamente é algo fixo, quando o compramos sabemos que tem determinadas características. Mas não há necessidade que seja assim, atualmente a tecnologia já não justifica que o seja. É possível fazer-se ‘upgrade’ a um carro como se faz ‘upgrade’ a um telemóvel, instalando uma nova ‘app’, uma nova funcionalidade ou um novo serviço dentro do carro. E é nisso que estamos a trabalhar atualmente”, explicou Paulo Guedes.

Nos dois novos modelos elétricos i4 e iX, cujo lançamento no mercado europeu está previsto para novembro, “grande parte da tecnologia foi desenvolvida pela Critical Techworks, desde a tecnologia embebida ao nível dos controladores das viaturas aos sistemas de ‘infotainment’ [do inglês ‘information+entertainment’].

Como exemplos, o responsável financeiro apontou o Spotify a bordo ou o serviço de mapas, com todos os serviços inteligentes com eles relacionados, como, por exemplo, a capacidade de detetar se há lugares de estacionamento livres no local de destino.

Salientando que um automóvel “tem atualmente centenas de unidades de controlo internas das mais diversas funções, desde a estabilidade ao clima da viatura (como o controlo do ar condicionado)”, Paulo Guedes disse que “tudo isso foi desenvolvido já pela Critical Techworks”.

Já ao nível do sistema de ‘infotainment’, acrescentou, os dois novos modelos elétricos contam com a próxima geração de ‘infotainment’ da BMW, que foi também desenvolvida pela Critical Techworks”, assim como o foram “todos os ‘displays’ e serviços a bordo da viatura”.

O diretor financeiro destaca que “ainda há muita inteligência que precisa de ser embutida nos veículos” e “muitos desafios que têm ainda de ser endereçados”, nomeadamente ao nível da comunicação entre veículos e com a infraestrutura, e avança como exemplo a condução autónoma, onde se estão ainda “a dar os ‘babysteps’” (primeiros passos).

“Daí não estarmos a ver um abrandamento nas necessidades que vão surgindo ao nível do grupo e que são guiadas pelas necessidades que o próprio mercado tem”, rematou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preços do tabaco devem subir até 10 cêntimos por maço

O Governo vai agravar a fiscalidade do tabaco e os preços dos maços podem subir até 10 cêntimos em 2022, segundo as estimativas da Imperial Brands. Empresa aposta agora no tabaco aquecido.

Um agravamento fiscal deverá puxar pelo preço do tabaco no próximo ano, prevendo-se aumentos que poderão chegar aos 10 cêntimos por maço de cigarros. Essa é a estimativa da Imperial Brands, que vende marcas como JB e West, depois de analisar a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022.

Em causa está o agravamento das duas componentes da tributação sobre o tabaco, que vão aumentar 1%, de acordo com a taxa de inflação prevista para 2022. Deste modo, o elemento específico deverá aumentar para 102,01 euros, sendo que este valor incide em cada 1.000 cigarros, ou seja, 50 maços com 20 cigarros cada um.

Quanto ao elemento ad valorem, a outra componente do imposto sobre o tabaco que recai sobre o preço no mercado, a proposta de OE para 2022 prevê que esta componente passe para 14,14%.

Além destas duas componentes e do IVA, que está fixado em 23% sobre o consumo, é aplicado um fator multiplicador que é aplicado quando o preço do tabaco está abaixo do preço médio vendido no ano anterior, para criar um equilíbrio entre as marcas mais baratas e as marcas mais caras. Se há alguns anos o multiplicador era de 104%, este tem vindo a ser reduzido e está agora em 102%.

Contudo, a Imperial Brands manifesta-se contra este imposto adicional: “Acreditamos que este multiplicador não é justo e não cria uma equidade concorrencial entre os diferentes players“, apontou Miguel Simões, diretor da Imperial Brands em Portugal e Andorra, acrescentando que a tabaqueira tem “vindo a lutar” para que este multiplicador “seja abortado ou que não exista”, dado que pode, inclusivamente, promover o contrabando, na ótica da empresa.

Assim sendo, feitas as contas, o agravamento fiscal vai provocar um aumento de preços. “Vai haver um aumento do preço dos cigarros”, disse Miguel Simões, referindo que, “em norma, o que acontece é que é [um aumento ] de 10 cêntimos”, dado que “40% do volume de negócio vem de máquinas de venda” e não é “possível fazer subidas de cinco ou 15”.

O ECO noticiou também em julho que a estampilha dos maços de cigarros vai ficar mais cara em 2022. O preço fixado para a versão não autocolante passa de 0,00454 euros em 2021 para 0,00460 euros em 2022, um acréscimo de 1,32%, enquanto no caso da versão autocolante, mantém-se em 2022 o preço de 0,03283 euros praticado já este ano.

Imperial vai vender tabaco aquecido em Portugal

Apesar deste aumento da carga fiscal sobre o consumo do tabaco, a Imperial Brands garante que o mercado português “continua a ser prioritário”. E quer continuar a investir em território nacional, dado que os fumadores estão abertos a alternativas mais modernas, como é o caso do vaping e do tabaco aquecido, bem como pelo facto de se poder “fazer modelos de negócio piloto para outros mercados da Europa”, sinaliza o responsável.

Nesse sentido, uma das apostas da Imperial para Portugal a “curto prazo” é começar a comercializar tabaco aquecido, dado que a empresa acredita que “o consumidor vai dividir-se em diferentes nichos de consumo da nicotina“. Apesar desta mudança do consumidor, a tabaqueira acredita que os cigarros tradicionais não vão desaparecer. “O tabaco vai continuar a ser uma alternativa ao consumo de nicotina”, resume Miguel Simões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP quer mexer nos impostos dos combustíveis no Orçamento do Estado

O PCP diz que vai reapresentar diploma para fixação de preços máximos dos combustíveis e avança que irá intervir para a eliminação do adicional ao ISP e da dupla tributação, nos combustíveis.

Face à escalada dos preços dos combustíveis, o PCP garante que vai intervir, no âmbito da discussão orçamental, no sentido da eliminação do adicional ao Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e da dupla tributação “em que o IVA é calculado sobre um valor que inclui já o ISP”, disse o deputado Duarte Alves esta terça-feira. Em declarações transmitidas pela RTP3, o deputado defendeu ainda a “recuperação do controlo público sobre o setor energético“, pelo seu caráter estratégico para o país.

“No plano fiscal, o PCP intervirá, até ao final do ano e no âmbito de discussão orçamental, para a eliminação do adicional ao ISP, criado em 2016 por portaria do Governo, com o objetivo alegado de manter a receita fiscal, num período de baixa das cotações do petróleo, critério que já não se aplica. Intervirá ainda pela eliminação da dupla tributação em que o IVA é calculado sobre um valor que inclui já o ISP”, adiantou o comunista.

Duarte Alves explicou que o PCP considera “fundamental que sejam tomadas medidas urgentes para contrariar o aumento dos preços” dos combustíveis, que conjuguem “o combate à especulação com medidas de aumento fiscal”. O deputado salientou que, além da redução dos impostos nos combustíveis, também deverão ser postas no terreno outras medidas de fixação de preços e margens, para evitar que o eventual alívio fiscal seja absorvido pela “grandes petrolíferas”, “ficando sem efeito no preço pago pelos consumidores”.

A propósito, o comunista lembrou que o PCP apresentou uma proposta para a criação de um regime de preços máximos, que foi chumbada com os votos contra também do PS, e adiantou que esse diploma será agora reapresentado, face à evolução recente dos preços. Já sobre a proposta socialista que foi aprovada — e que atua sobre as margens –, Duarte Alves defendeu que deve ser promulgada “o quanto antes” e sublinhou que caberá ao Governo “comprovar na prática o seu efeito nos preços pagos pelos consumidores”. “Houve um aumento das margens das petrolíferas desde 2019“, atirou o deputado.

Duarte Alves frisou, além disso, que a intervenção que o Governo venha a assumir na próxima reunião do Conselho Europeia, “que deve ser no sentido de travar esta a escalada dos preços”, não adia a necessidade de tomar medidas urgentes no plano nacional e reafirmou a necessidade de recuperação do controlo público sobre o setor energético, pelo seu caráter estratégico para o desenvolvimento do país.

O preço do gasóleo e da gasolina tem vindo a subir, atingindo os valores mais altos dos últimos três anos. Neste contexto, Portugal viu, pela primeira vez, o preço de venda ao público de um combustível ultrapassar a barreira dos dois euros por litro, em alguns postos de abastecimento das áreas de serviço nas autoestradas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministério Público e IGAS arquivam processo sobre irregularidades na vacinação no Hospital Cruz Vermelha

Os inquéritos da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e do Ministério Público sobre irregularidades na vacinação contra a Covid-19 no Hospital Cruz Vermelha foram concluídos.

Já foi arquivado o processo de investigação pela Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e pelo Ministério Público da vacinação contra a Covid-19 no Hospital Cruz Vermelha. A investigação surgiu depois de notícias sobre eventuais irregularidades e levou mesmo a demissões.

Do “inquérito promovido pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde resultou decisão de arquivamento em julho”, e, agora, do inquérito desenvolvido pela Polícia Judiciária, resultou “idêntica decisão de arquivamento”, avança o Hospital Cruz Vermelha, em comunicado divulgado esta terça-feira. “Assim, foi proferido pelo Ministério Público, este mês de outubro, despacho de arquivamento”, concluem.

Termina assim um caso que se lamenta profundamente e que perturbou a imagem e a reputação do Hospital Cruz Vermelha“, lê-se na nota que a instituição enviou às redações.

As irregularidades diziam respeito ao processo de seleção para vacinação de profissionais de saúde do hospital, sendo que aconteceu numa altura em que surgiram várias situações de vacinação indevida pelo país.

De recordar que, na altura, a situação levou à demissão do então Coordenador da Task Force para a Vacinação contra a Covid-19, Francisco Ramos, também Presidente da Comissão Executiva do Hospital Cruz Vermelha, lugar que manteve. O diretor clínico e a enfermeira diretora do Hospital da Cruz Vermelha também colocaram os lugares à disposição, devido a um lapso na seleção dos profissionais a vacinar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rui Rio avança com recandidatura à liderança do PSD

  • ECO
  • 19 Outubro 2021

Rui Rio anunciou recandidatura à liderança do PSD esta terça-feira, depois de Paulo Rangel se ter apresentado às diretas do partido marcadas para 4 de dezembro.

Rui Rio vai recandidatar-se à liderança do PSD nas eleições diretas marcadas para 4 de dezembro. Foi o diretor de campanha da recandidatura do atual presidente do PSD, Salvador Malheiro, quem confirmou a notícia que foi avançada inicialmente pelo Público (acesso livre).

“Depois de uma reflexão aprofundada sobre a situação política do país e atendendo aos recentes resultados das últimas eleições autárquicas e da incompreensível instabilidade e divisões internas, entretanto geradas no PSD, o presidente Rui Rio, decidiu recandidatar-se à liderança do PSD“, informou Malheiro num breve comunicado que coloca um ponto final ao tabu que se gerou em torno da recandidatura de Rio.

O dirigente do PSD lembra os “êxitos políticos” que os sociais-democratas conseguiram “quer no continente, quer nas Regiões Autónomas”, mas que “depois das múltiplas e desnecessárias dificuldades que, para tal, [Rui Rio] teve de ultrapassar”, seria “compreensível a tentação de não continuar”.

Contudo, “tal como sempre, Rui Rio não é homem para desistir de lutar pelo PSD e, acima de tudo, por Portugal”, lê-se na mensagem de Salvador Malheiro.

“Rui Rio entende, como sempre tem entendido ao longo da sua vida pública, que o interesse de Portugal tem de estar acima daquilo que possa ser a tranquilidade da sua própria vida pessoal”, diz o diretor de campanha da recandidatura.

Após este anúncio, Rui Rio “fará brevemente a apresentação pública formal da sua recandidatura”.

As diretas do PSD já têm um candidato anunciado: Paulo Rangel, que se apresentou na corrida à liderança do partido na passada sexta-feira com o objetivo de “vencer as próximas legislativas de 2023 com uma solução de Governo estável”.

(Notícia atualizada às 15h09 com anúncio oficial da recandidatura de Rui Rio)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Isabel Sousa Castro integra equipa da Pares|Advogados

Após três anos ao serviço da BAS, Isabel Sousa Castro reforçou as áreas de Laboral e Contencioso da Pares|Advogados.

A Pares|Advogados reforçou as áreas de Laboral e Contencioso com a integração de Isabel Sousa Castro. A advogada transita da BAS, onde exerceu atividade nos últimos três anos.

Do seu percurso profissional, destaque ainda para as suas passagens pela Abreu Advogados (2011-2017), onde realizou o seu estágio e permaneceu como associada até à sua entrada na CCA – Ontier (2017- 2018).

Isabel Sousa Castro é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Possui um Mestrado Forense pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e diversas pós-graduações em áreas como o Direito do Trabalho e o Contencioso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal regista mais seis mortes e 832 novos casos de Covid

  • ECO
  • 19 Outubro 2021

Desde o início da pandemia, o país soma mais de 1,08 milhões de casos. Até ao momento, contam-se 1,03 milhões de pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 832 novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 1,08 milhões o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim desta terça-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram seis pessoas com a doença, perfazendo um total de 18.106 óbitos desde a chegada do coronavírus ao país.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que 299 (-13) pessoas estão internadas em unidades hospitalares, das quais 60 (-2) nos cuidados intensivos. Há mais de 20 mil sob vigilância das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com outras pessoas entretanto diagnosticadas com a doença.

O número de recuperados está, atualmente, nos 1.032.802, mais 1.010 pessoas face ao balanço anterior. Portugal regista ainda 30.021 casos ativos.

Boletim epidemiológico de 19 de outubro:

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi aquela que concentrou a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 832 novos casos registados em todo o país, 317 foram nesta região, seguindo-se o Norte com 251.

(Notícia atualizada às 15h08 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.