ERSE aprova medidas extraordinárias para atenuar impacto dos preços

  • Lusa
  • 18 Outubro 2021

As "medidas aumentam, assim, a flexibilidade da operação de comercialização em mercado, sem comportarem custos ou riscos acrescidos para os consumidores de energia”, indica a ERSE.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) aprovou esta segunda-feira um pacote de medidas extraordinárias para os setores elétricos e do gás natural, destinadas a atenuar o impacto negativo dos preços nos mercados grossistas.

“Com a adoção das novas medidas procura-se assim assegurar uma maior flexibilidade da atividade de comercialização em mercado e evitar custos e riscos acrescidos para os consumidores de energia”, informou o regulador, em comunicado.

Esta decisão surge após um período de consulta de interessados de ambos os setores, que terminou em 13 de outubro.

As medidas, esclarece a ERSE, vão vigorar até ao final do primeiro semestre de 2022, destacando-se entre elas a “saída controlada e minimamente programada de comercializadores de mercado”, evitando assim a quebra operacional decorrente de insolvências.

Nestes casos, os clientes passam a ser abastecidos pelo comercializador de último recurso.

Está ainda previsto “o acesso, pelos comercializadores mais expostos e bem como clientes finais constituídos como agentes de mercado, a mecanismos complementares de cobertura dos riscos de preço de aprovisionamento de eletricidade, por recurso a energia produzida pelos produtores renováveis”, através de leilões onde serão oferecidos produtos de dimensão e maturidade temporal mais reduzidas.

Segundo a ERSE, “pretende-se acautelar eventuais problemas com a saída de comercializadores do mercado, salvaguardando a concorrência do mercado e potenciais impactos sobre o processo de liberalização, bem como uma adequada contenção de eventuais riscos sistémicos para o setor”.

“Estas medidas aumentam, assim, a flexibilidade da operação de comercialização em mercado, sem comportarem custos ou riscos acrescidos para os consumidores de energia”, acrescenta.

A crise energética já fez duas baixas: a HEN foi a primeira a fechar operação, passando os seus cerca de 3.900 clientes para o mercado regulado, seguindo-se empresa Energia Simples, que enviou 5.300 clientes para o comercializador de último recurso.

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Nhood atribui 150 euros aos colaboradores. Quer melhorar o espaço de teletrabalho

Assumindo que a habitação passará a ser um dos locais de trabalho das pessoas, a empresa ofereceu um cheque de 150 euros aos colaboradores para ajudar na aquisição de material de escritório.

A Nhood Portugal decidiu avançar para um modelo de trabalho híbrido e vai atribuir um voucher no valor de 150 euros a cada um dos colaboradores para ajudar na aquisição do equipamento necessário para melhorar o espaço de trabalho em casa. Um regime de horário flexível e horários bloqueados para a realização de reuniões são outras das medidas avançadas pela empresa de soluções imobiliárias.

“A pandemia revolucionou a forma de trabalhar, com o teletrabalho a ser visto como uma vantagem pela maioria das pessoas. Assim, o retorno ao trabalho presencial, após tanto tempo em teletrabalho, apresenta diversos desafios, tantos para as pessoas, que terão de se readaptar novamente às rotinas do escritório, como para as empresas, que devem considerar ser mais flexíveis e promover o equilíbrio entre a esfera pessoal e profissional das pessoas”, começa por dizer Margarida Madeira, diretora de people & culture da Nhood Portugal, empresas de soluções imobiliárias, em comunicado.

“Realizámos uma escuta ativa juntos das nossas equipas e estas medidas são o reflexo das necessidades por elas demonstradas. Cremos que estas novas medidas terão um forte impacto na vida das pessoas e que serão certamente benéficas para todos”, acrescenta.

Margarida Madeira, diretora de People & Culture da Nhood Portugal, em entrevista ao ECO/Pessoas - 26ABR21
Margarida Madeira é a diretora de people & culture da Nhood Portugal.Hugo Amaral/ECO

A atribuição do voucher surge na sequência da decisão da empresa de avançar com um modelo de trabalho híbrido, apostando num maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Mas, além da possibilidade de manter o teletrabalho ou trabalho remoto, será também adotado um regime de horário flexível que irá permitir aos colaboradores iniciarem a sua jornada de trabalho até às 10h00 ou terminarem a mesma a partir das 17h00.

A sexta-feira passará a ser também um dia diferente, uma vez que será possível iniciar o fim de semana mais cedo, a partir das 13h00. “Visando o bem-estar comum, e depois de um processo interno de consulta, no qual foram tidas em conta as diferentes realidades da equipa, a Nhood Portugal decidiu aplicar também algumas alterações no próprio funcionamento da empresa, como criar um dia sem reuniões, que, neste caso, será a sexta-feira. Face à flexibilidade do horário, também não será possível marcar reuniões antes das 10h00 e depois das 17h00“, detalha a companhia.

A atribuição de bónus para a compra de material de escritório, de modo a que o teletrabalho seja mais agradável e produtivo, não é novidade entre as empresas. Sobretudo nos primeiros meses da pandemia, foram várias a organizações que atribuíram cheques aos seus colaboradores para apoiar a aquisição de material de escritório, como monitores, cadeiras, mesas, periféricos ou impressoras.

Foi o caso da Siemens — que, em dezembro, ofereceu um cheque de 250 euros — ou da Coverflex, que decidiu oferecer um bónus anual de mil euros a cada um trabalhador para que invistam, realmente, no trabalho remoto, podendo ser utilizado para adquirir material de escritório, trabalhar a partir de outro país, ou pagar o passe mensal de um espaço de cowork, por exemplo.

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Não basta “ligar para uma linha para se ter acesso a fundos europeus”, atira Marcelo

O Presidente da República chama a atenção para o planeamento e distribuição dos fundos europeus, reiterando que é necessário ter rigor.

À medida que o processo para aplicar o dinheiro da chamada bazuca europeia vai avançando, o Presidente da República deixa alguns recados, nomeadamente sobre o planeamento e a distribuição dos fundos. Não basta “ligar para uma linha para se ter acesso a fundos europeus”, reitera Marcelo Rebelo de Sousa, sinalizando que o rigor deve prevalecer sobre o “discurso eleitoral”.

“Temos de ultrapassar uma visão de que basta ligar para uma linha para se ter acesso a fundos europeus”, de que “há fundos para todos a qualquer hora do dia, a qualquer dia do ano: isto não existe e é bom que saibamos que não existe nem vai existir“, sublinha o Presidente, num discurso numa conferência sobre fundos europeus, transmitido pela RTP3.

Marcelo aponta ainda que “é bom que o discurso do rigor prevaleça sempre sobre discurso eleitoral”, isto depois de umas autárquicas em que o primeiro-ministro foi bastante criticado pela oposição por fazer vários anúncios e discursos sobre a bazuca durante a campanha. “Não há fundos para todos”, diz, mas estes estão “ao serviço de todos”, e de uma estratégia.

Os avisos de Marcelo passaram também pelo planeamento, com o Presidente a apontar que aqueles que planeiam e projetam a aplicação dos fundos “têm que estar todos os dias em contacto com a realidade, com os pés no chão”, nomeadamente pelo prazo apertado durante o qual é necessário executar estas verbas.

Para além disso, o Presidente defende que é necessário ter “rigor orçamental”, mas sem uma obsessão financista, salientando que tem de “haver a noção exata do que significam esses fundos e o esforço, rigor, transparência e abertura com que devem ser utilizados”.

Marcelo deixou ainda uma palavra aos autarcas, indicando que “executar o PRR como se se estivesse a executar um mecanismo financeiro plurianual, partindo do princípio de que os autarcas são elementos passivos da equação, é fracassar na execução dos fundos europeus”.

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Estas são as 9 propostas do BE para viabilizar OE

Da dedicação plena na Saúde ao fator de sustentabilidade para as longas carreiras, o Bloco de Esquerda colocou em cima da mesa nove propostas para viabilizar o próximo Orçamento.

O Bloco de Esquerda já apresentou ao Governo as nove propostas para a negociação do Orçamento do Estado, documento cuja aprovação ainda não está garantida. Desse pacote, constam medidas relativas à dedicação plena dos profissionais de saúde, ao fator de sustentabilidade das longas carreiras contributivas e às indemnizações por despedimento.

No documento enviado ao Executivo, os bloquistas começam por lembrar que, “após as eleições de 2019, o PS rejeitou um acordo para a legislatura, que incluísse medidas orçamentais e outras. As duas razões então invocadas foram que preferia negociações ocasionais, e que rejeitava reconsiderar a legislação laboral“.

Agora, “provado” que a negociação ocasional “precipita tensões políticas” e que é ainda preciso rever a lei laboral, o Bloco de Esquerda formaliza nove propostas, sob a forma de redação de norma legal, “a pedido do Governo e em prol de um avanço na negociação em curso“. Isto apesar de todas estas medidas já terem sido apresentadas “nos últimos meses” ao Executivo, sem que este tenha avançado com contrapropostas, exceto no que diz respeito à caducidade da contratação coletiva e à dedicação plena dos profissionais de saúde no SNS.

No documento agora apresentado, são três as áreas para as quais os bloquistas têm medidas: Serviço Nacional de Saúde, Segurança Social e Código do Trabalho.

No que diz respeito à saúde, o Bloco de Esquerda refere a contratação, dedicação plena e respetivos incentivos dos profissionais de saúde, bem como a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde.

Quanto ao primeiro ponto, o documento dos bloquistas estabelece que o órgão máximo de gestão dos serviços e estabelecimentos de saúde integrados no SNS tem “competência e autonomia para a celebração de contratos de trabalho, seja para efeitos de substituição de trabalhadores ausentes temporariamente ou reformados, seja para reforço dos seus mapas de pessoal”. Fica também claro que essa autonomia deve abranger “todos os grupos profissionais que compõem a força de trabalho do SNS, incluindo médicos”.

Por outro lado, determina-se que são convertidos, sempre que a instituição do SNS manifeste essa necessidade, em contratos por tempo indeterminados os contratos a termo resolutivo certo ou incerto ativos, os celebrados ao abrigo do regime excecional de recrutamento de trabalhadores devido à Covid-19. E estabelece-se que será “criado um regime de dedicação plena no Serviço Nacional de Saúde, a implementar de forma progressiva e com definição de incentivos”, como a majoração remuneratória em 40% e a redução de uma hora em cada ano no horário de trabalho semanal, até um máximo de cinco horas de redução de horário.

Já quanto à Segurança Social, o partido quer que o corte implicado no fator de sustentabilidade chegue ao fim para os pensionistas com longas carreiras contributivas — o que significa que os beneficiários com mais de 40 anos de desconto ficariam apenas sujeitos ao corte previsto por cada mês antecipado –, com efeitos retroativos a 2014, e defende a valorização da idade pessoal da reforma.

Por outro lado, das nove propostas, cinco passam por alterações ao Código do Trabalho, nomeadamente a reposição do cálculo da indemnização por despedimento, dos 25 dias de férias, do direito ao descanso compensatório por trabalho suplementar, dos valores da compensação pela prestação desse tipo de trabalho, e do princípio do tratamento mais favorável. O Bloco de Esquerda reivindica, além disso, a revogação da caducidade dos contratos coletivos. A esse respeito, o Governo já avançou com contrapropostas — defendendo o prolongamento por 12 meses da moratória atualmente em vigor na caducidade e o reforço da arbitragem –, mas os bloquistas entendem que tal não é satisfatório e até veio “reforçar o impasse negocial”.

No documento divulgado esta segunda-feira, o Bloco de Esquerda regista “igualmente que há outras matérias orçamentais que exigem o estudo de alternativas, desde a política fiscal, de salários diretos e indiretos (transportes e acesso a bens públicos, como a cultura) ou de energia e transição climática”, prometendo que irão apresentar propostas também nessas áreas, “incluindo para a redução da despesa fiscal”.

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 será votada na generalidade a 27 de outubro. Além do BE, a direita já disse que votará contra e também o PCP defende que, tal como está, o documento merece um voto desfavorável, ainda que mantenha abertura para evoluir no seu sentido de voto.

(Notícia atualizada às 17h08)

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IVAucher já devolveu mais de 5,5 milhões de euros aos consumidores

É possível usar o saldo do IVAucher desde o dia 1 deste mês e, desde então, já foram realizados mais de 609 mil reembolsos aos consumidores, totalizando os 5,55 milhões de euros.

Desde o início do mês que é possível usar o saldo acumulado no IVAucher. E, desde então, já foram realizados mais de 609 mil reembolsos aos consumidores, tendo sido devolvidos 5,55 milhões de euros, “o que corresponde a mais de 11 milhões de euros de consumos nos setores da restauração, alojamento e cultura”, adianta o Ministério das Finanças esta segunda-feira.

O montante representa uma pequena parte dos 82 milhões que os portugueses acumularam com esta medida de apoio aos setores mais afetados pela pandemia.

Em comunicado, o ministério de João Leão dá conta de que o número de adesões ao programa tem vindo a aumentar, tanto por parte dos contribuintes como dos comerciantes. Estão “registados mais de 667 mil consumidores e 7.000 comerciantes, o que corresponde a quase 27.200 terminais de pagamento”, detalham as Finanças.

Através do IVAucher foi possível acumular, durante os meses de junho, julho e agosto, o IVA pago em despesas de hotéis e alojamento, restaurantes e cultura, com o saldo acumulado durante esse período a poder ser agora trocado por descontos em consumos nestes setores entre outubro e dezembro.

Para aderir ao Programa IVAucher basta ir ao site www.ivaucher.pt, sendo que os consumidores apenas tem de indicar o seu NIF e os comerciantes apenas tem registar os seus TPA – Terminais de Pagamento Automático atualmente em uso.

O valor de IVA acumulado não poderá ser usado para pagar mais de 50% de uma nova compra.

(Notícia atualizada às 16h36)

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Paula Gomes Freire lança livro sobre o futuro da tecnologia, da cultura e liderança

“Sustainable success – The future of technology, leadership and culture”, da Group Executive Partner e futura Managing Partner da VdA – foi lançado em Portugal, Espanha e Reino Unido.

Paula Gomes Freire acaba de lançar o livro “Sustainable success – The future of technology, leadership and culture”, Group Executive Partner e futura Managing Partner da VdA – lançado em Portugal, Espanha e Reino Unido.

Paula Gomes Freire, Arlindo Oliveira, Miguel Poiares Maduro, Nadim Habib, David Morley, e João Vieira de Almeida, apresentaram e discutiram os principais insights revelados no livro sobre os desafios do futuro com impacto na sustentabilidade das organizações.

“Os tempos que vivemos suscitam transformações relevantes nas organizações em geral, com profundo impacto nos modelos de negócio. O poder da tecnologia e a velocidade com que nos impõe novas realidades, como a Inteligência Artificial, projeta-nos para um futuro que já chegou”, segundo comunicado oficial.

Para Paula Gomes Freire, “um futuro em que as competências consideradas críticas para navegar com sucesso este novo contexto passam por novos tipos de liderança. líderes mais conscientes de que precisam de desviar o foco no desempenho financeiro a curto prazo, para se concentrarem na construção de culturas multidisciplinares colaborativas, aproveitando a tecnologia para fazer perdurar o sucesso das suas organizações. Esse caminho passa por assumir o Propósito e a Cultura como as bases fundamentais da resiliência, essenciais para que as organizações se prepararem para o que o futuro lhes reserva”.

Este livro é o resultado de reflexões de várias individualidades, líderes nas áreas da tecnologia e liderança, especialistas dos sectores jurídico, tecnológico, life science e banca, políticos e empresários – como Carlos Moedas; Manuela Veloso, Head J.P. Morgan AI Research; Annette Kroeber-Riel, Vice President, Government Affairs and Public Policy for Europe, Google; e John Collins, UK Chief Legal and Regulatory Officer, Banco Santander, entre outras.

O livro será acessível (download gratuito com registo) através do site da VdA.

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Revendedores de combustíveis defendem “revisão mais significativa da tributação”

  • Lusa
  • 18 Outubro 2021

A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis diz que redução do ISP fica “bastante aquém” do necessário e pedem uma “revisão mais significativa da tributação”.

A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec) considerou esta segunda-feira que a redução do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) fica “bastante aquém” do necessário e reiterou o apelo a uma “revisão mais significativa da tributação”.

“A Anarec folga em saber que a tutela finalmente deu atenção a este tema, mas receia que a medida implementada fique bastante aquém do que é realmente necessário para travar o impacto da subida dos preços dos combustíveis”, sustenta a associação em comunicado.

Reiterando “o apelo ao Governo para uma revisão mais significativa da tributação dos combustíveis”, a Anarec salienta que “a carga fiscal que incide sobre os mesmos é muito penalizadora para as famílias e empresas portuguesas e, em particular, para os [seus] associados da zona de fronteira com Espanha”.

Segundo sustenta a associação, estes “vivem com muitas dificuldades devido ao diferencial do preço”, numa “tendência que se acentuará ainda mais com a nova subida dos preços”.

A Anarec alerta também para o “deveras preocupante impacto indireto que a subida do preço dos combustíveis vai ter nas famílias e empresas portuguesas”: “Não tenhamos dúvidas que os preços dos bens essenciais ao nosso dia-a-dia e das matérias-primas e afins irá aumentar e o Governo deve ser responsabilizado por isso, se não tiver uma atuação mais firme e tomar medidas efetivamente eficazes para travar a subida galopante do preço dos combustíveis”, avisa.

Na passada sexta-feira, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais anunciou que o Governo vai repercutir na diminuição das taxas de ISP os 63 milhões de euros de IVA arrecadados face ao aumento do preço médio de venda ao público dos combustíveis, tendo-se esta medida traduzido “numa descida de dois cêntimos no ISP da gasolina e um cêntimo no ISP do gasóleo” a partir do dia seguinte.

No global, o montante que o Governo vai devolver atinge os 90 milhões de euros, já que aos 63 milhões pelo IVA acrescem 27 milhões de euros pelo arredondamento do alívio do ISP.

“Estes 63 milhões de euros são, na realidade, 90 milhões de euros anuais, na medida em que a repercussão da receita adicional que nós faríamos com os combustíveis, faria com que a taxa unitária do ISP do gasóleo apenas fosse aliviada em menos de um cêntimo, e nós arredondámos para o cêntimo”, explicou aos jornalistas António Mendonça Mendes, em conferência de imprensa no Ministério das Finanças, em Lisboa.

O governante disse também que o Governo irá monitorizar a evolução dos preços médios de venda ao público e – caso seja necessário – “fazer a revisão em alta”, “no sentido de devolver todo o valor de acréscimo de IVA que se recebe”.

Em declarações, esta segunda-feira, à agência Lusa, também a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) avisou que uma “redução marginal” como a decidida pelo Governo no ISP “não vai provocar uma diferença significativa no bolso dos consumidores”.

“Ficamos todos satisfeitos quando há reduções e, principalmente, uma redução na carga fiscal, que é o fator que mais pesa no preço final [dos combustíveis]. Mas não se pode esperar que essa redução marginal que houve no ISP vá provocar uma diferença significativa no bolso dos consumidores”, disse à Lusa o presidente da Apetro.

De acordo com António Comprido, “a maioria dos operadores dos postos reduziram os preços de venda ao público no passado sábado, em linha com a descida da carga fiscal anunciada pelo Governo”, mas, “devido à evolução dos mercados internacionais, hoje, também numa boa parte dos postos de abastecimento, já se verificaram novamente subidas, em linha com as subidas das cotações internacionais”.

“Portanto, em termos práticos, para os consumidores houve uma descida durante um fim de semana, mas não mais do que isso, porque os mercados internacionais rapidamente acabaram por absorver essa redução do preço como consequência da redução do imposto”, disse.

Segundo contas feitas pela Lusa, os preços dos combustíveis voltam a subir esta semana dois cêntimos, quer no gasóleo, quer na gasolina, devido à subida das cotações do petróleo nos mercados internacionais.

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BCE vai fazer primeiro teste de stress climático em 2022

  • Lusa
  • 18 Outubro 2021

Maiores bancos europeus vão ser submetidos, pela primeira vez, a um teste de stress climático para avaliar a exposição do setor às alterações ambientais.

O Banco Central Europeu (BCE) vai realizar entre março e julho de 2022 o primeiro teste de resistência bancária para avaliar a exposição do setor financeiro da zona euro a catástrofes naturais e a uma transição ecológica mais rápida.

O supervisor bancário europeu conta “identificar as vulnerabilidades, as melhores práticas e os desafios” do setor bancário, de acordo com um texto publicado pelo BCE esta segunda-feira.

Vai ser analisada a “vulnerabilidade” dos bancos a um cenário de “aumento rápido” do preço do dióxido de carbono (CO2) a partir de 2022, no quadro de uma transição acelerada para uma indústria livre de carbono e da adoção “abrupta” de medidas de regulação ambiental.

Os principais bancos da zona euro devem indicar, em particular, “a que ponto dependem de rendimentos” provenientes de indústrias com elevadas emissões de CO2. O questionário do BCE também analisará a quantidade de emissões de gases com efeito estufa que os bancos “financiam”, por exemplo, através de empréstimos.

O teste de stress avaliará igualmente a vulnerabilidade das instituições em caso de inundações ou de episódios de seca ou de calor intensos.

Segundo um estudo do BCE publicado no fim de setembro, sobre o conjunto da economia, a inação de governos e de empresas no domínio do clima pode causar uma perda significativa do produto interno bruto no longo prazo na zona do euro.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, tem considerado as alterações climáticas como um dos principais riscos para a economia e para o setor bancários nos próximos anos.

No verão, quando ocorreu a revisão da sua estratégia, o BCE decidiu integrar novos critérios relativos ao clima na sua política, nomeadamente no que se refere à compra de ativos.

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Bolsa italiana vai ter índice ESG com 40 empresas

A composição do novo índice MIB ESG, selecionada com base nos critérios ambientais, sociais e de governo societário, vai ser revista trimestralmente.

A Borsa Italiana vai agora contar com um índice que identifica as principais empresas do país com as melhores práticas ESG, isto é, ambientais, sociais e de governo societário. O índice, anunciado esta segunda-feira pela Euronext, que é também dona da bolsa de Lisboa, será apelidado de MIB ESG.

O MIB ESG é o segundo índice nacional ESG da Euronext, depois do lançamento do francês CAC40, em março de 2021. O índice vai combinar o desempenho económico com os critérios ESG, “em linha com os princípios do Pacto Global da Organização das Nações Unidas”, segundo explica a Euronext, em comunicado, sendo que a composição do índice será baseada em avaliações realizadas pela V.E, que faz parte da Moody’s ESG Solutions.

Serão 40 empresas abrangidas neste índice, selecionadas a partir de um grupo composto pelas 60 empresas italianas mais líquidas, que exclui aquelas envolvidas em atividades incompatíveis com o investimento ESG. A composição do índice vai ser revista trimestralmente, para integrar empresas cujo desempenho ESG melhorou desde a avaliação anterior.

Este índice é uma “contribuição crítica para uma procura crescente por ferramentas de investimento sustentáveis de investidores institucionais e privados, e do mercado como um todo”, sinaliza Stéphane Boujnah, CEO e chairman do conselho de administração da Euronext N.V., em comunicado, ao facilitar a adoção de abordagens de investimento ESG pelos investidores italianos e europeus.

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“Squid Game” avaliada em 900 milhões de dólares pela Netflix

Com 132 milhões de espectadores em todo o mundo, a série sul-coreana Squid Game é avaliada em cerca de 900 milhões de dólares pela Netflix. Custou cerca de de 21,4 milhões a ser produzida.

A Netflix estima que a série sul-coreana Squid Gamejá considerada o maior lançamento de sempre da empresa crie cerca de 900 milhões de dólares (776 milhões de euros) em valor para a plataforma, noticia a Bloomberg (acesso pago).

Squid Game chegou ao catálogo do serviço há cerca de um mês, sendo a série mais mediática e a mais vista na história da Netflix. Foi vista nos primeiros 23 dias por 132 milhões espetadores em todo o mundo, esmagando o desempenho de Bridgerton, outra série da Netflix, que foi vista por 82 milhões de pessoas em 28 dias.

Apesar de não partilhar este tipo de métricas, a Bloomberg indica que a produção de Squid Game custou cerca de 21,4 milhões de dólares (21 milhões de euros), ou cerca de 2,4 milhões de dólares (2 milhões de euros) por episódio. Desde o seu lançamento, o valor de mercado da Netflix em bolsa já cresceu em 17 mil milhões de dólares (15 mil milhões de euros).

A Netflix estima que 89% das pessoas que começaram a ver Squid Game assistiram a pelo menos 75 minutos da série (mais de um episódio) e 66% dos espetadores, ou 87 milhões de pessoas, viram todos os episódios nos primeiros 23 dias. No total, as pessoas passaram mais de 1,4 mil milhões de horas a assistirem à série.

O argumento, de Hwang Dong-hyuk, imagina um mundo distópico em que pessoas afundadas em dívidas competem em jogos infantis para ganharem 45,6 mil milhões de won (38 milhões de dólares). Se perderem, pagam com a vida.

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10º Encontro da ASAP: Veja aqui a galeria de fotos

  • ADVOCATUS
  • 18 Outubro 2021

Com o nome de “A Advocacia Societária no Pós-Pandemia”, o encontro anual organizado pela ASAP e em parceria com a Advocatus, decorreu no passado dia 15 de outubro, no CCB. Veja as imagens.

Com o nome de “A Advocacia Societária no Pós-Pandemia”, o encontro anual organizado pela ASAP e em parceria com a Advocatus, decorreu no passado dia 15 de outubro, no CCB

O eventou começou com a intervenção do presidente da Assembleia Geral da ASAP, Pedro Raposo e do presidente do Conselho Diretivo da ASAP, José Moreira da Silva.

O primeiro painel foi dedicado às “Novas Formas de Trabalho nas Sociedades” e contou com a participação de Susana Almeida Lopes, da SHL, Jéssica Pereira, da Abreu, Mafalda Castelo Branco, da SRS, Susana Gonçalves (da Cuatrecasas) e Joana Almeida da Morais Leitão. A moderação ficou a cargo de Filipe Bismarck, presidente da ANJAP.

“As Novas Tecnologias ao Serviço da Advocacia 4.0” foi o tema em discussão no segundo painel. Com moderação de Domingos Cruz, da CCA, o painel contou com Ricardo Alves Silva, da Miranda, Carlos Coelho, da Morais Leitão, Fernando Resina da Silva, da VdA, e Luís Barreto Xavier, da Abreu.

No 10.º Encontro Nacional das Sociedades de Advogados de Portugal foi também discutido o tema “Repensar o Regime Fiscal das Sociedades de Advogados”. Um painel com João Espanha, da Espanha & Associados, António Schwalbach, da SLCM, António Pedro Braga, da Morais Leitão, Joaquim Pedro Lampreia, da VdA, Serena Cabrita Neto, da PLMJ, e Guilherme d’Oliveira Martins, da Miranda. A moderação foi de Miguel Torres, da TELLES.

A diretora executiva da Advocatus, Filipa Ambrósio de Sousa, moderou o painel “Gerir uma Sociedade de Advogados no Pós-Pandemia”. Com os managing partners Pedro Rebelo de Sousa, da SRS, Paula Gomes Freire, da VdA, Bruno Ferreira, da PLMJ, João Miranda de Sousa, da Garrigues, Paulo Câmara, da Sérvulo, e Miguel Miranda, da PRA.

João Pedro Gomes, fundador e 1.º presidente do CD da ASAP encerrou os trabalhos.

Veja a galeria de fotos, da autoria de Henrique Casinhas.

 

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Abrandamento chinês e receios sobre inflação pressionam Wall Street

Economia chinesa cresceu ao ritmo mais lento do último ano no terceiro trimestre. Subida dos preços do petróleo aumenta receios de inflação. Wall Street abre semana em baixa.

Os principais índices bolsistas de Nova Iorque abriram a semana em baixa, penalizados pelo abrandamento económico na China e perante os receios do impacto da alta dos preços do petróleo na inflação.

O S&P 500 cede 0,36%, para 4.455,07 pontos, ao mesmo tempo que o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq recuam 0,41% e 0,42%, respetivamente.

A China revelou esta segunda-feira que a economia cresceu ao ritmo mais lento do último ano no terceiro trimestre, pressionada pela crise energética e pela turbulência no setor imobiliário.

“Há alguns dados fracos da China, que são uma preocupação a nível global. Depois, os investidores chegaram a esta temporada de resultados pouco confiantes, mas os bancos superaram dramaticamente as expectativas”, analisou Thomas Hayes, gestor da Great Hill, citado pela Reuters.

O setor das tecnológicas perde gás esta segunda-feira, com a Amazon, Alphabet (Google), Microsoft e Intel a caírem entre 0,1% e 1%.

A Apple também está em queda, cedendo 0,79%, para 143,73 dólares, no dia em que é esperado que apresente novos MacBooks Pro com processadores mais poderosos.

Do lado dos ganhos, as petrolíferas Exxon Mobil e Chevron valorizam 0,31% e 0,38%, num dia em que o barril de Brent atingiu o valor mais elevado desde outubro.

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