Costa dá 6 chaves à esquerda para “abrir” aprovação do OE

O primeiro-ministro lembra a PCP e Bloco que “há mais vida além do Orçamento”, anunciando mexidas nos salários, nas leis laborais, na saúde ou na cultura ainda antes da primeira votação do OE.

Com a aprovação do Orçamento do Estado (OE) para 2022 em risco depois de o PCP e o Bloco de Esquerda assumirem que votam contra a proposta se o Governo não fizer mais cedências na fase de especialidade, António Costa veio esta quinta-feira não só defender o diploma entregue esta semana no Parlamento, como lembrar aos parceiros da esquerda que ele “está devidamente articulado com outros instrumentos de política”.

“Como dizia o saudoso Jorge Sampaio, há mais vida além do Orçamento”, reclamou esta manhã o primeiro-ministro, que decidiu sair da reunião do Conselho de Ministros para fazer uma longa intervenção de perto de uma hora perante o grupo parlamentar do PS. E mais do que as “prioridades certas” em matéria orçamental, explicitou – e até calendarizou – seis matérias que podem ser a chave para a aprovação do OE à esquerda.

  1. Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). António Costa destacou que o programa negociado com Bruxelas vai permitir uma “capacidade acrescida de investimento”. Os três mil milhões de euros do PRR permitem ao Governo prometer o maior nível de investimento público desde 2010.
  2. Agenda para o Trabalho Digno. “Este tema não é do OE, mas será tratado – e bem tratado – neste diploma que aprovaremos no próximo Conselho de Ministros [21 de outubro] para pôr em discussão pública e passar a projeto de lei”, prometeu Costa. Está em causa regular as plataformas digitais e o teletrabalho, dinamizar a contratação coletiva e atacar o “inaceitável” grau de precariedade, informalidade e desregulação nas relações de trabalho.
  3. Estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Além da Lei de Bases já aprovada, o SNS tem de ter um estatuto próprio que “crie as devidas condições de organização para que, entre a complexidade das instituições da área da saúde, possa ter uma gestão articulada”. É nesse diploma, a aprovar igualmente no próximo conselho de ministros, que Costa promete “criar regras próprias para carreiras atrativas e condições para atrair e fixar duradouramente profissionais” de saúde.
  4. Estatuto Profissional do Artista. Depois do “quebra-cabeças” na pandemia para arranjar uma forma de apoiar a quebra de rendimentos dos diferentes agentes da cultura”, ajustada a formas de contratualização atípica – os artistas plásticos raramente terão um contrato de trabalho, exemplificou -, Costa diz que na próxima semana vai aprovar este diploma para “garantir a todos proteção social”.
  5. Aumento superior no salário mínimo. O montante exato da atualização do salário mínimo nacional para o próximo ano ainda não foi acertado em sede de concertação social, mas o chefe do Executivo abriu igualmente a porta a que fique acima da média dos anos anteriores. Com o argumento de que, estando a meta fixada nos 750 euros em 2023, há “boas razões para dar um novo impulso a essa trajetória e procurarmo-nos aproximar o mais possível desse objetivo, de forma a que o esforço em 2023 não seja excessivo relativamente àquilo que é a evolução da economia”.
  6. Regime de profissões reguladas. Depois de “nem a troika [ter sido] capaz de impor que o poder democrático fosse exercido sobre o poder corporativo”, promete que vai mesmo levar até ao fim a revisão das profissões reguladas, que “subverte a concorrência e limita a liberdade do exercício profissional, em particular para as novas gerações”. Costa frisa que esta reforma é uma das condições para que sejam libertadas as verbas do PRR.

Na sequência da apresentação do OE, do lado do Bloco e do PCP só vieram palavras duras: Catarina Martins disse que o OE é uma “enorme desilusão” e um “autêntico balde de água fria” e João Oliveira criticou a “resistência” do Governo em “assumir compromissos” fundamentais e que o OE só dá “respostas marginais”. Ainda assim, ambos deixaram aberta a porta das negociações até ao dia 27 de outubro, data da primeira votação da proposta do Executivo socialista.

“Humildade” para ouvir PCP e BE

Ao elencar várias propostas extra OE, António Costa está a ir ao encontro dos potenciais viabilizadores da proposta. Nomeadamente do PCP, que apresentou uma longa lista de prioridades e medidas que quer ver implementadas, incluindo algumas que ficam fora do OE, como a revisão das leis laborais. Mas há outras “matérias importantes” identificadas pelos comunistas, da urgência de subir salários a recuperar o poder de compra dos pensionistas (além dos 10 euros extra nas pensões mais baixas), passando por mudanças mais profundas nos impostos, incluindo no IVA da energia.

Já os bloquistas têm apostado na simplificação da mensagem, definindo três prioridades. No Serviço Nacional de Saúde, o Bloco quer a exclusividade dos profissionais e a valorização das carreiras; nas pensões quer o fim do fator de sustentabilidade e o recálculo de pensões atribuídas entre 2014 e 2018; e na lei laboral quer a reversão das medidas da troika que ainda permanecem.

Neste encontro com os deputados do PS, o primeiro-ministro fechou a intervenção a prometer que o Governo terá a “humildade para saber dialogar, ouvir e procurar ao longo do debate [quer nesta fase inicial, quer na especialidade] negociar para sair daqui sempre com um OE melhor” do que o que foi apresentado pelo ministro das Finanças, João Leão. Mas também lembrou que não abrirá mão das “contas certas”.

Os novos argumentos colocados em cima da mesa negocial por António Costa para a viabilização do OE surgem poucas horas depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, se mostrar convicto de que o OE vai ser aprovado pela esquerda na Assembleia da República, mas admitir também um cenário de uma crise política que provoque eleições antecipadas, mostrando dúvidas sobre se um orçamento feito em abril seria muito diferente do atual.

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Altice manifesta “profunda indignação” com duplicação de taxa para os operadores

  • Lusa
  • 14 Outubro 2021

"Não deixa de ser lamentável que se anuncie uma proposta desta natureza, com um fortíssimo impacto para o setor, sem antes ouvir os operadores", diz a dona da Meo.

A Altice Portugal afirmou esta quinta-feira que foi com “profunda indignação” que tomou conhecimento da proposta do Orçamento do Estado para 2022 sobre a duplicação da taxa para os operadores de televisão por subscrição, que tem “fortíssimo impacto para o setor”.

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) prevê que os operadores de serviços de televisão por assinatura passem a pagar uma taxa semestral de dois euros por subscritor, que se traduzirá numa taxa anual de quatro euros.

É com profunda indignação que a Altice Portugal vê a proposta de Orçamento do Estado para 2022 sobre a duplicação da taxa para os operadores de TV por subscrição”, afirma a empresa liderada por Alexandre Fonseca.

“Ainda que se trate de uma intenção, não deixa de ser lamentável que se anuncie uma proposta desta natureza, com um fortíssimo impacto para o setor, sem antes ouvir os operadores e, em conjunto, trabalhar numa visão estratégica a nível nacional”, criticou a dona da Meo.

“É também com grande surpresa que recebemos esta proposta, pois é preciso recordar que em 2020 o senhor Secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media referiu que não haveria aumento da referida taxa”, sublinha.

Para a Altice Portugal, esta proposta “serve dois propósitos”, um dos quais “aumentar a assimetria entre os operadores de distribuição de televisão nacionais e as plataformas internacionais de ‘streaming‘ que, como deverá ser do conhecimento de quem toma estas medidas, não são reguladas, não investem no território nacional como investem os operadores, não tendo inclusive, na sua maioria, atendimento ao cliente em território nacional”.

O outro propósito é “financiar a RTP, a quem os operadores já pagam para incluir os seus canais na oferta de ‘pay-tv’ [televisão paga]”.

Além disso, acrescenta, “a Altice Portugal aguarda há vários anos que se concretize a definição da tutela que decidiu a inclusão de dois novos canais TDT, sendo que a falta destes tem vindo a prejudicar a Altice ao longo dos tempos, uma vez que não lhe permite receber as receitas correspondentes, conforme era sua expectativa e decorria da legislação aplicável”.

A dona da Meo reforça que “está e sempre esteve disponível para trabalhar em conjunto com o Estado em projetos de interesse nacional, mas não pode aceitar que continue a sobrecarregar-se o setor das comunicações eletrónicas com obrigações desta natureza, ou que este setor continue sozinho a assumir papel e responsabilidades do Estado“.

Aliás, “os recentes desenvolvimentos da tarifa social de Internet, em que os operadores são forçados a assumir uma responsabilidade social do Estado, o vergonhoso processo de leilão do 5G, bem como muitas outras decisões regulatórias, são verdadeiros atentados à criação de valor neste setor”, critica.

Salienta que o setor tem vindo a ser descapitalizado “ao longo dos últimos anos”, com perda de receita, margens e “a ser extremamente onerado”, tornando “difícil continuar a responder aos desenvolvimentos tecnológicos e às reais necessidades do país”.

A Altice Portugal refere que com o seu investimento “privado e autónomo” a rede de fibra ótica “já chega a seis milhões de lares e empresas portuguesas”, num investimento “que já ultrapassa” os 3.000 milhões de euros. “Apelamos por isso ao bom senso”, remata.

A proposta do OE2022 estabelece ainda que “o valor equivalente a 75% do montante total devido pelos operadores de serviços de televisão por subscrição, no primeiro semestre do ano”, sobre a aplicação desta taxa, será “anualmente transferido” para o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), “por conta do resultado líquido” da Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) “a reverter para o Estado”.

A proposta estabelece ainda que o produto da cobrança da taxa constituirá, em 50%, “receita própria do ICA”, e os restantes 50%, “receita própria da Rádio e Televisão de Portugal”, sendo “alocada ao cumprimento das obrigações de investimento, previstas no n.º 1 do artigo 14.º da lei de fomento à atividade cinematográfica e audiovisual.

Este ponto traduz-se assim no “financiamento de trabalhos de escrita e desenvolvimento, produção e coprodução de obras criativas nacionais, ou na aquisição de direitos de difusão, transmissão e disponibilização de obras criativas nacionais e europeias”. De acordo com a proposta, competirá ao ICA reencaminhar as verbas devidas à RTP.

Até agora, os operadores – MEO, NOS, NOWO e Vodafone – pagavam uma taxa anual de dois euros que revertia a 100% para o ICA.

No final de setembro, nos Encontros de Cinema Português, o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, adiantou que, em 2022, o financiamento do setor do cinema e audiovisual passaria a contar com um acréscimo de 10 milhões de euros, pela entrada de “mais centros de decisão”.

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Número dois de Rendeiro libertado pelo Supremo

Paulo Guichard foi detido a dia 8 de outubro, no Aeroporto de Francisco Sá Carneiro, quando regressava do Brasil. Supremo considerou detenção ilegal por condenação ainda não ter transitado em julgado.

O Supremo Tribunal de Justiça decidiu, esta quinta-feira, aceitar o pedido de “Habeas Corpus” de Paulo Guichard, ex-administrador do BPP. O número dois de Paulo Rendeiro vai ser, assim, libertado, confirmou o ECO.

Paulo Guichard foi detido a dia 8 de outubro, no Aeroporto de Francisco Sá Carneiro, na Maia, quando regressava do Brasil. Logo a seguir, o seu advogado, Nuno Brandão, apresentou um “Habeas Corpus” (pedido de libertação imediata por ilegalidade da detenção).

À saída da prisão, Paulo Guichard, agradeceu ao STJ que pensa que “repôs a justiça e a verdade” em relação à sua situação. O ex-administrador do BPP afirmou ficar surpreendido com o mandato de captura.

“Foi uma surpresa muito grande. Fiquei estupefacto, mas respeito e respeitarei sempre as decisões das autoridade e estarei sempre aqui para de uma forma correta e objetiva assumir as minhas responsabilidades e assumir alguns erros que tenha feito e para enfrentar o futuro com dignidade”, referiu.

Admitiu também que já entregou seu passaporte à juíza e informou que não tinha passaporte brasileiro, nem que nunca quis ter.

“Há fragilidades em vários processos em Portugal. No processo do BPP existem fragilidades e essas fragilidades têm que ser assumidas pelas pessoas. Aquilo que está em causa em termos de penalizações seja muita mais do que aquilo que a minha consciência me diz. Mas as autoridades são que têm de saber isso e os juízes é que tem de tomar as decisões nos fóruns adequados”, acrescentou.

Sobre uma possível condenação, Paulo Guichard sublinhou que “da mesma forma que saí hoje vou voltar a entrar, de cabeça erguida para ser um ser melhor”.

O advogado do administrador do BPP Paulo Guichard, Nuno Brandão, fez esta quinta-feira alegações para a libertação do seu cliente numa audição no Supremo Tribunal de Justiça.

Em declarações à Lusa, após a audição perante juízes conselheiros, Nuno Brandão disse que expôs as “razões por que a prisão é manifestamente ilegal”, por estar “pendente um recurso para o Tribunal Constitucional e de acordo com a Constituição um arguido presume-se inocente até a decisão se tornar definitiva”.

Assim, havendo ainda um recurso que será apreciado não pode o Paulo Guichard ser detido, considerou. Nuno Brandão afirmou também que a decisão que o Supremo Tribunal de Justiça tomará “tem uma importância que transcende este arguido”, pois terá um caráter referencial para o futuro.

Segundo o advogado, em casos semelhantes no passado o Supremo entendeu que havendo recurso para o Constitucional ainda não decidido que não há trânsito em julgado da pena, pelo que, caso desta vez a decisão seja diferente e o Supremo disser que se pode executar a pena condenatória, isso “vai dar sinal a todos os tribunais de que a jurisprudência mudou”.

A decisão do Supremo sobre o pedido de libertação imediato (‘habeas corpus’) de Paulo Guichard será conhecida ainda esta quinta-feira.

O ex-administrador do BPP Paulo Guichard foi detido na quinta-feira da semana passada no aeroporto do Porto vindo do Brasil. Desde então está detido no estabelecimento prisional de Custóias, em Matosinhos, no distrito do Porto. A intenção do seu regresso surge na sequência da fuga de Rendeiro. Guichard pretendia entregar o passaporte às autoridades.

No próprio dia deu entrada na Justiça a petição de ‘habeas corpus’ por considerar a defesa que a detenção é ilegal.

Segundo o documento com o pedido de ‘habeas curpus’, a que a Lusa teve acesso a semana passada, no decurso do caso do Banco Privado Português (BPP) Guichard “viveu no Brasil sempre com o conhecimento das autoridades judiciárias”, que foram “sempre informadas do seu paradeiro”.

Considerou a defesa que “a decisão condenatória que impôs ao requerente esta pena privativa não transitou em julgado, motivo pelo qual a privação da liberdade a que o requerente se encontra neste momento sujeito é manifestamente ilegal”, pelo que pede a “imediata libertação” de Paulo Guichard.

Em causa estão os recursos de Guichard alegando dupla condenação (na parte da contraordenação e na parte criminal), estando de momento pendente um recurso de constitucionalidade da decisão condenatória no Tribunal Constitucional.

Guichard, com 61 anos, de nacionalidade portuguesa e que vivia há vários anos no Rio de janeiro (Brasil), foi condenado a uma pena única de quatro anos e oito meses de prisão efetiva pela prática de seis crimes de falsidade informática e um crime de falsificação de boletins, atas ou documentos.

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Portugal regista mais seis mortes e 777 casos de Covid-19

Desde o início da pandemia, o país detetou 1.077.963 casos e registou 18.071 mortes por Covid-19. Há já 1.029.815 pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 777 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 1.077.963 o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim desta quinta-feira indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram seis pessoas com a doença, perfazendo um total de 18.071 óbitos.

O boletim dá conta de um total de 1.029. 815 recuperados, mais 728 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 30.077 casos ativos em Portugal, mais 43 face a quarta-feira.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa e volta a registar-se um ligeiro recuo no número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 321 doentes estão internados em unidades hospitalares (menos 14 nas últimas 24 horas), dos quais 56 em unidades de cuidados intensivos (mais dois).

Em termos regionais, a maioria das novas infeções continua a ser registada em Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Dos 777 novos casos confirmados, 262 localizam-se nesta região (33,7%), seguindo-se a região Norte, que contabilizou 178 novas infeções (22,9%).

Boletim epidemiológico de 14 de outubro:

Neste contexto, LVT é a região com mais casos e mortes registados até ao momento (416.397 casos de infeção e 7.702 mortes), seguindo-se o Norte (412.878 casos e 5.579 mortes), o Centro (144.316 casos e 3.162 mortes), o Alentejo (39.656 casos e 1.039 mortes) e o Algarve (43.228 casos e 473 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 9.069 casos e 44 mortos, enquanto a Madeira regista 12.419 casos e 72 vítimas mortais.

Há ainda 21.586 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, menos 99 face a quarta-feira.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h22)

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Sonae admite ser “inevitável” aumento de custos devido à subida do preço dos combustíveis

  • Lusa
  • 14 Outubro 2021

Questionado sobre o aumento dos combustíveis, Miguel Águas referiu que "obviamente […] impacta os custos de transporte de mercadorias" para as lojas da Sonae e dos seus concorrentes.

O administrador da Sonae MC Miguel Águas afirmou esta quinta-feira que “é inevitável” que haja aumentos de custos ao longo da cadeia devido à subida do preço do combustível, mas trabalha para que “impacto não seja sentido pelos clientes”.

O responsável falava aos jornalistas à margem da inauguração do novo edifício do Centro de Distribuição da Sonae MC, hoje, na Azambuja, que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sendo o maior entreposto refrigerado em Portugal.

Questionado sobre o aumento dos combustíveis, Miguel Águas referiu que “obviamente […] impacta os custos de transporte de mercadorias” para as lojas da Sonae e dos seus concorrentes.

“Nós temos bastante confiança e sabemos que somos especialmente eficientes, aliás, este entreposto traz maior eficiência da operação e, portanto, até estamos mais salvaguardados, mais protegidos do impacto dessa crise”, prosseguiu o administrador.

“Mas é inevitável que haja aumentos de custos ao longo da cadeia e, portanto, a prazo, essa crise pode levar até que o setor como um todo acabe por ter impactos ou na sua conta exploração ou impacto no custo dos próprios produtos para os consumidores“, considerou.

Já sobre se considera que o Governo deveria intervir nesta matéria, Miguel Águas foi perentório: “A Sonae não quer imiscuir-se no que o Governo deve ou não fazer”.

No entanto, “preocupa-nos e pelo nosso lado trabalhamos para que o impacto não seja sentido pelos clientes e, por isso, este investimento serve também para dar resposta a essa eficiência que temos de trazer do nosso lado”, acrescentou.

A Sonae MC anunciou esta quinta-feira um investimento de 50 milhões de euros na expansão dos centros de distribuição da Azambuja, Lisboa, e da Maia, no Porto, que avança no próximo ano.

Relativamente a uma manifestação organizada por dirigentes e ativistas do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), que aproveitaram a inauguração para exigir melhores salários e carreiras para os trabalhadores do setor, não quis tecer comentários.

“Não vou abordar o que se passava lá fora, nem sequer era com colaboradores nossos”, referiu.

Sobre o projeto inaugurado esta quinta-feira, o administrador disse que “trouxe uma enorme preocupação e houve investimento fortíssimo na melhoria da ergonomia das funções fisicamente mais exigentes”.

“Há bastante tecnologia nova que está aqui ao serviço de funções que antes eram levadas a cabo por pessoas com esforço físico, há muita melhoria em zonas sociais, de refeitório, de pausa, e todo o entreposto e todo o equipamento foi montado com o que de mais moderno há justamente para trazer também mais conforto” aos trabalhadores e às condições de trabalho, afirmou.

No edifício trabalham 450 pessoas e no polo, como um todo, são cerca de 1.100.

Questionado sobre se o Orçamento do Estado apresentado esta semana é amigo do investimento, o gestor garantiu que a empresa irá continuar a investir.

“Nós continuamos a investir na Sonae MC, continuaremos a investir sempre, independentemente das condições que venham do Orçamento do Estado, aliás, ainda agora foi referido justamente isso: nós mesmo num contexto adverso como foi da covid realizámos este investimento e é assim que vamos continuar”, concluiu.

A Sonae MC tem mais de 1.000 lojas, entre Continente, Continente Modelo, Continente Bom Dia, Continente ‘Online’, Meu Super, Go Natural e Bagga.

No que se refere à logística, a empresa conta com cinco entrepostos, onde trabalham 2.500 colaboradores.

Anualmente, são circuladas nestes espaços 300 milhões de caixas, que são entregues a 1.300 lojas em Portugal.

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Portugal atuou dentro da lei na resolução do BES, considera advogado da UE

Advogado-geral que assiste Tribunal de Justiça da União Europeia concluiu que Portugal não violou a lei quando avançou para a resolução do BES, em agosto de 2014.

Portugal atuou dentro da legalidade na resolução do BES, em agosto de 2014, assim conclui o advogado-geral italiano Giovanni Pitruzzela, perante as dúvidas que foram suscitadas pelo Supremo Tribunal Administrativo português junto do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) há mais de um ano.

Alguns acionistas e obrigacionistas do BES, incluindo a massa insolvente da Espírito Santo Financial Group (ESFG) e outros 17 credores internacionais, tinham colocado em causa a decisão de resolução do banco adotada pelo Banco de Portugal há sete anos, nomeadamente por eventuais infrações do legislador português na transposição da diretiva europeia relativa às resoluções bancárias e por uma alegada violação dos direitos fundamentais europeus.

Chamado a pronunciar-se sobre os recursos apresentados por estes investidores, o Supremo Tribunal Administrativo português teve dúvidas e remeteu uma decisão sobre a legalidade da resolução do BES para o TJUE.

Esta quinta-feira foram divulgadas as conclusões do advogado-geral que está a acompanhar o processo, o italiano Giovanni Pitruzzela, as quais vêm dar força à decisão de resolução do BES tomada pelo Banco de Portugal. Uma decisão noutro sentido poderia implicar uma indemnização aos investidores.

A missão dos advogados-gerais consiste em propor ao TJUE uma solução jurídica nos processos que lhes são atribuídos. Neste caso, Giovanni Pitruzzela propõe ao TJUE a responder ao Supremo Tribunal Administrativo português, num futuro acórdão, que uma legislação nacional em matéria de resolução das instituições de crédito como a portuguesa, aprovada antes da entrada em vigor da diretiva e alterada antes do termo do prazo de transposição da mesma, “não é suscetível de comprometer seriamente a realização do resultado prescrito pela diretiva”, lê-se no comunicado do TJUE agora divulgado. Isto apesar de algumas disposições da referida diretiva europeia não terem sido transpostas para a lei nacional aquando da resolução, sublinha o advogado-geral.

Segundo Pitruzzela, os Estados membros têm a faculdade de adotar disposições transitórias ou de dar execução a uma diretiva por etapas durante o prazo de transposição das diretivas.

Além disso, uma diretiva só pode ter efeito direto após expirar o prazo fixado para a sua transposição na ordem jurídica dos Estados-Membros, ou seja, uma diretiva só pode ter efeito direto após expirar o prazo fixado para a sua transposição na ordem jurídica dos Estados-Membros. O que significa que a massa insolvente da ESFG e os outros credores não podem invocar perante o Supremo Tribunal Administrativo a diretiva, enquanto tal, para alegar a incompatibilidade do regime português relativo à recuperação e à resolução de instituições de crédito em vigor no momento da adoção da medida de resolução do BES.

Durante esse prazo de transposição, incumbia apenas a Portugal “abster-se de adotar disposições suscetíveis de comprometer seriamente a realização do resultado prescrito por essa diretiva”. Por conseguinte, é apenas com base nesta obrigação que deve ser apreciada a compatibilidade com a diretiva da legislação nacional em vigor nesse momento, através da qual Portugal procedeu a uma transposição parcial desta diretiva, o que “era indubitavelmente livre de fazer”.

Sobre a questão dos direitos fundamentais da UE, que consagra a proteção do direito de propriedade, entre outros aspetos, o advogado-geral considera que a resolução, ao transferir património de um banco para um banco de resolução, não dá origem a uma privação da propriedade das ações ou das obrigações no sentido estrito.

Além disso, medidas de resolução como aquela que foi aplicada no BES, só são aplicadas em caso de insolvência ou risco de insolvência da instituição. Nestes casos, a perda de valor dos bens não se deve à medida de resolução, mas ao estado de insolvência ou ao risco de insolvência em que o banco se encontra.

“De um ponto de vista económico, a posição dos investidores, de um modo geral, não sofre alterações: na pior das hipóteses, não ficam em pior situação, em termos globais, do que aquela em que se encontrariam se o Estado não tivesse intervindo”, frisa Pitruzzela, que conclui que “o artigo 17.°, n.° 1, da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia deve ser interpretado no sentido de que não se opõe a uma legislação nacional dessa natureza”.

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Pontos nos is #8: Como funcionam as criptomoedas?

  • Conteúdo Patrocinado
  • 14 Outubro 2021

É um assunto não não reúne consenso entre os analistas financeiros, mas é incontornável nos dias que correm. Descubra como funcionam as criptomoedas no novo episódio dos Pontos nos Is.

As criptomoedas são um dos assuntos mais divisivos no mundo financeiro. A tecnologia subjacente, a blockchain tem um potencial tremendo. Mas como funcionam exatamente as criptomoedas? O que é que explica as suas valorizações alucinantes? É seguro investir em criptomoedas?

André Gouveia, analista financeiro da Proteste Investe, responde às questões e resume, em menos de dois minutos, como funcionam, afinal, as criptomoedas no episódio #8 da web series Pontos nos Is. Se quiser explorar mais o tema, aprenda onde comprar bitcoins e outras criptomoedas em segurança.

Pontos nos Is é uma rubrica de literacia financeira criada pelo ECO, em parceira com a Proteste Investe, e que pretende esclarecer dúvidas sobre investimentos financeiros e poupança.

Confuso com o jargão do mercado financeiro?

Envie-nos as suas dúvidas e sugestões de temas que precisem de pontos nos is para este email ou consulte o site da Proteste Investe.

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Clientes da EDP Comercial vão ter maior controlo sobre a sua energia

  • Capital Verde + EDP
  • 14 Outubro 2021

Ajudar os portugueses a ter uma casa mais inteligente e eficiente, e reforçar a literacia energética das famílias são alguns dos objetivos da EDP Comercial com a nova funcionalidade da sua app.

A EDP Comercial acaba de disponibilizar uma nova funcionalidade na sua aplicação móvel que permite aos portugueses fazer uma melhor gestão da energia que consumem em casa. Através da App EDP Zero, é possível acompanhar o consumo energético a cada 15 minutos, ter uma previsão da fatura a meio do mês, perceber qual a melhor opção horária e a potência para os consumos e garantir o envio automático de leituras.

A Gestão de Energia está disponível para novos clientes do Pack Full EDP, um dos três pacotes disponibilizados pela EDP Comercial que agregam diferentes serviços, e pretende aumentar a literacia energética das famílias, contribuindo para um uso cada vez mais consciente e eficiente da energia.

Os mais de 300 mil clientes que já aderiram aos Packs Living EDP têm também eletricidade 100% verde nas suas casas, contribuindo para um planeta mais sustentável. Com esta nova funcionalidade, a EDP Comercial pretende responder ao aumento de procura por soluções sustentáveis, digitais, cómodas e informativas.

A campanha está a ser protagonizada pela atriz portuguesa Inês Aires Pereira e contará com uma difusão multimeios – televisão, digital, rádio e outdoors – até ao final do mês.

Desde que os Packs Living EDP foram criados, os clientes da EDP Comercial já receberam mais de 140 mil revisões anuais às suas casas e mais de 37 mil reparações técnicas no âmbito do Serviço Funciona.

Descubra mais informações sobre a nova funcionalidade no site da EDP.

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Ricardo Seabra Moura e Raquel Maurício reforçam equipa de fiscal da Morais Leitão

Ricardo Seabra Moura, enquanto consultor, e Raquel Maurício, como associada principal, reforçaram a equipa de fiscal da Morais Leitão. Os advogados transitam da VdA e Uría, respetivamente.

A sociedade de advogados Morais Leitão reforçou a equipa de fiscal com a contratação de Ricardo Seabra Moura, enquanto consultor, e Raquel Maurício, como associada principal. Os advogados transitam da Vieira de Almeida e da Uría Menéndez – Proença de Carvalho, respetivamente.

“Estas entradas marcam um momento muito importante da nossa equipa. Assumimos recentemente a coordenação de um departamento fortíssimo, que mistura experiência e juventude de uma forma única – e que trabalha regularmente com a maioria dos grandes grupos empresariais nacionais. Confirmam a nossa aposta numa equipa renovada e muito coesa, pese embora a diversidade dos perfis individuais. É com entusiasmo que acolhemos o Ricardo, um nome bem conhecido no mercado financeiro, e a Raquel, jovem promessa fiscalista”, referem os coordenadores da equipa de fiscal, António Pedro Braga e Bruno Santiago.

Ricardo Seabra Moura conta com cerca de vinte anos de experiência. Tem centrado a sua atividade nos setores da banca e dos seguros, da energia e do imobiliário, em particular na assessoria fiscal de grupos económicos, na estruturação de investimentos, nos financiamentos clássicos e sofisticados (corporate, aviation, project e real estate finance), nas reestruturações de dívida, e em diversas transações financeiras nacionais e internacionais.

Já a advogada Raquel Maurício junta-se também à equipa, exercendo a sua prática profissional nas diversas áreas do direito fiscal, no domínio da fiscalidade nacional e internacional, centrando a sua atividade na área de wealth management, contencioso e operações de M&A. É ainda membro da Comissão Especializada de Fiscal Aduaneiro da JALP – Associação Internacional de Jovens Advogados de Língua Portuguesa.

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Wall Street dispara com resultados acima do esperado da banca

Várias instituições financeiras divulgaram resultados, que superaram as expectativas dos analistas. Para além da banca, tecnológicas ajudam também a impulsionar o sentimento.

A penúltima sessão da semana em Wall Street arranca com o pé direito, com os investidores animados pelos resultados positivos da banca. O Bank of America, Wells Fargo e Citigroup superaram as expectativas do mercado para o lucro do terceiro trimestre, bem como o banco de investimento Morgan Stanley.

“Os investidores têm, no geral, estado ansiosos por uma temporada de resultados maioritariamente positivos”, apontou David Swank, gerente de portfólio da Hood River Capital Management, citado pela Reuters. Até agora, as instituições financeiras têm surpreendido pela positiva, fazendo até mudar o foco dos dados da inflação divulgados esta quarta-feira.

Os principais índices de referência seguem animados pelos resultados das empresas. O S&P 500 avança 0,53%, para 4.386,75 pontos e o industrial Dow Jones sobe 0,19%, para 34.443,22 pontos. Já o tecnológico Nasdaq soma mesmo 1%, para os 14.717,50 pontos.

Em destaque nos ganhos desta sessão encontra-se então a banca. O Bank of America, por exemplo, sobe 2,30% para os 44,11 dólares, enquanto o Morgan Stanley soma 0,60% para os 99,12 dólares.

O setor tecnológico também sobressai em “terreno” verde, com a Amazon a avançar 0,64% para os 3.305,33 dólares, a Microsoft a subir 0,58% para os 298,03 dólares e a Nvidia a ganhar 1,60% para 212,75 dólares.

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Lembra-se da Sophia? A primeira robô humanóide quer ser mãe

Já é a primeira robô humanóide a obter cidadania. Agora quer ser também a primeira a formar família.

Já é a primeira robô humanóide que obteve cidadania e, agora, quer ser também a primeira a constituir família. A robô Sophia, apresentada em 2016 durante a Web Summit, anunciou que quer ter um filho robô.

“A noção de família é muito importante, parece. Acho maravilhoso que as pessoas possam encontrar as mesmas emoções e relações que chamam família fora do seu grupo sanguíneo”, disse em entrevista ao ADN40 (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Durante a entrevista, a robô criada pela Hanson Robotics, em Hong Kong, comentou ainda que os humanos e os robôs humanoides são mais parecidos do que se possa pensar, nomeadamente no modo como encaram a família. “Se não tens uma, mereces uma”, afirmou.

A robô já pensou até no nome que vai dar ao seu bebé. Será Sophia, tal como a mãe. Graças à inteligência artificial (IA), a humanóide tem a capacidade de responder e conversar com uma linguagem mais natural e espontânea, explica a Hanson Robotics, que, no início do ano, disse querer aproveitar a pandemia para começar a produzir mais este tipo de robôs, com o objetivo de ajudar as pessoas em determinadas funções, nomeadamente no cuidado de pessoas doentes e idosas.

Atualmente, a robô é mundialmente conhecida e, depois da sua apresentação, na Web Summit, Sophia tornou-se mesmo uma artista. Em março, vendeu, num leilão em Hong Kong, uma obra em NFT na ordem dos 600 mil euros.

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Casa do Impacto tem nova morada. Vai acolher o triplo das startups

Desde há três anos no Convento de São Pedro de Alcântara, a Casa do Impacto vai passar para o Lisboa Social Mitra, centro de inovação social localizado em Marvila.

A Casa do Impacto vai mudar de instalações. Vai deixar o Convento de São Pedro de Alcântara para estabelecer-se no Lisboa Social Mitra, centro de inovação social localizado em Marvila. Na nova morada será capaz de albergar três vezes mais negócios de impacto. Ainda não há uma data para a mudança para o novo hub.

“A zona oriental de Lisboa marca um futuro promissor para o país. O Lisboa Social Mitra, no antigo espaço da Mitra, vem integrar a vertente social nas zonas do Beato e Marvila, que serão o novo polo do empreendedorismo da cidade, impulsionado pelo Hub Criativo do Beato”, justifica Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, em comunicado.

“O impacto faz seguramente parte desse futuro, o que vai permitir dinâmicas pela proximidade geográfica de vários players muito relevantes e no lançamento do que se faz de melhor e mais inovador em Portugal. A economia só faz sentido se for assim, também social”, continua.

Inês Sequeira é diretora da Casa de Impacto, projeto de empreendedorismo e inovação da Santa Casa.Facebook Casa do Impacto

O novo local da Casa do Impacto poderá acolher o triplo das startups que cumpram com algum dos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas. A sustentabilidade ambiental é ainda prioridade para o hub, que defende que a regeneração deve acontecer pela via da inclusão e educação, através da requalificação dos profissionais, formação e educação na área e fomento à inovação no setor.

Ao longo dos três anos, e como forma de potenciar uma nova geração de startups, a Casa do Impacto dinamizou três edições do programa de aceleração e capacitação “RISE for Impact”, que serviu de rampa de lançamento a mais de 90 startups, com apoios que rondam no total os 150 mil euros; lançou quatro edições do concurso anual para a inovação social “Santa Casa Challenge”, que já distribuiu mais de 95 mil euros em prémios; e criou ainda o programa de investimento com 500 mil euros ao ano para negócios em fase de pre-seed e seed, o “+PLUS”.

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