Mapa da cobertura de redes fixas e móveis recebe OK do Governo

O Governo aprovou em Conselho de Ministros o decreto-lei que cria o mapa da cobertura de redes de comunicações eletrónicas em Portugal. Instrumento vai permitir identificar zonas sem rede.

Três dias depois de receber o levantamento feito pela Anacom, o Governo aprovou esta quinta-feira o decreto-lei que “cria o mapa das redes de comunicações eletrónicas fixas e móveis”. A ferramenta vai ser usada para identificar as zonas do país onde não existe cobertura das operadoras, permitindo desenhar políticas públicas para colmatar essas falhas.

Num comunicado divulgado no fim do Conselho de Ministros, o Executivo considera que este instrumento é “fundamental para o Estado ter capacidade de tomar decisões, sustentadas em informação técnica”. Com ele, o Governo espera definir em que zonas serão feitos os “investimentos alavancados em instrumentos de financiamento europeus”.

Além disso, o mapa das redes fixas e móveis em Portugal vai ser usado pelas “diferentes entidades públicas” nas “áreas geográficas e de política pública da sua competência”, refere o comunicado.

Este instrumento é ainda “essencial para permitir aos cidadãos, às empresas e ao próprio Estado conhecer não apenas a cobertura e a disponibilidade de conectividade em diferentes áreas na rede móvel, como também na rede fixa, com um grau de pormenor que seja útil para, entre outros, apoiar a escolha da empresa que lhes oferece redes e serviços de comunicações eletrónicas”, remata ainda o Executivo.

Simplificando, o mapa das redes vai permitir às pessoas, empresas e Estado saber se há rede num determinado local, e qual a operadora que oferece o melhor serviço ao nível de qualidade — seja para chamadas de voz, seja para o acesso à internet, por exemplo.

“No âmbito do Programa do XXII Governo Constitucional, a transição digital é reconhecida como essencial na estratégia de desenvolvimento e de coesão territorial do país, pelo que é crucial o desenvolvimento de instrumentos que permitam conhecer e tornar público o estado de desenvolvimento das infraestruturas”, frisa o Governo de António Costa.

Esta aprovação dá-se três dias depois de a Anacom ter entregado ao Governo o levantamento que foi obrigada a fazer em 45 dias. A informação foi partilhada com os jornalistas na terça-feira pelo presidente da Anacom, João Cadete de Matos. O responsável enalteceu que o mapa tem um grau de detalhe tal, que uma aldeia com poucas centenas de habitantes pode ter informação discriminada para quatro subdivisões.

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Governo aprova empréstimos participativos para ajudar a financiar empresas

Os novos empréstimos participativos são remunerados com base nos lucros das empresas e podem ser convertidos em capital. Governo destaca necessidade "promover a capitalização" do tecido empresarial.

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, o decreto-lei do regime jurídico dos empréstimos participativos, um novo instrumento de financiamento ao dispor empresas, cuja remuneração é determinada pelos lucros e que permite a conversão do crédito em capital.

“Foi aprovado o decreto-lei que aprova o regime jurídico dos empréstimos participativos, uma figura inovadora no regime nacional, que estabelece que a remuneração corresponde a uma participação nos resultados do mutuário e atribui ao mutuário o direito de conversão dos créditos em capital, verificadas as condições previstas na lei e no contrato de empréstimo”, anunciou o Executivo esta quinta-feira.

“Face à necessidade de promover a capitalização das empresas aumentando o seu nível de capitais próprios, um instrumento de quase-capital é muito relevante, atendendo à possibilidade de ser contabilizado, total ou parcialmente, como capital próprio”, acrescentou.

Esta aprovação é importante para ajudar a viabilizar alguns aspetos importantes do PRR”, explicou Siza Vieira aos jornalistas à margem da conferência “Regulação e mobilidade: que futuro?”, promovida pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). “As empresas em vez de pagarem uma taxa de juro, pagam uma remuneração em função dos seus resultados. Pagarão mais se tiverem mais lucros ou pagarão menos se tiverem menos lucros”, explicou Siza Vieira. “O empréstimo em certas condições pode ser convertido e isso vai permitir às empresas beneficiarem de instrumentos de financiamento para reporem os seus capitais próprios sem terem, necessariamente de abrir o capital a terceiros”, acrescentou.

“As empresas podem contrair financiamento sem fazer um aumento de capital, que dilui pelos investidores os direitos de voto existentes”, sublinhou ao ECO Siza Vieira. Condicionar o pagamento da remuneração aos resultados faz com que os investidores também corram um pouco o risco da atividade, acrescentou o responsável pela pasta da Economia, lembrando que esta medida pode ajudar sobretudo as pequenas e médias empresas que têm mais dificuldade em emitir por exemplo obrigações convertíveis ou outras figuras de quase capital.

Caberá a cada contrato definir as condições exatas de tempo designadamente para reembolso e quais as consequências se não poder ser feito o reembolso naquele período de tempo“, acrescentou ainda Siza Vieira ao ECO.

O ministro das Finanças já tinha anunciado, há cerca de um mês, este novo instrumento para apoiar as empresas na retoma da economia, após o impacto da pandemia ter descapitalizadas ainda mais o tecido empresarial, deixando-o mais dependente do financiamento da banca. Os empréstimos participativos irão “flexibilizar as possíveis formas das empresas serem capitalizadas, em complemento ao financiamento bancário”, revelou João Leão na altura, durante o discurso de tomada de posse do novo presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Adiantou também que países como Espanha e França também já têm estas soluções de financiamento e que o Estado, por via do banco de fomento, também poderá tirar partido deste novo instrumento. Em todo o caso, destacou que os empréstimos participativos são direcionados para “o mercado em geral e para as empresas se financiarem”.

Esta é uma das medidas que visa também apoiar as empresas na saída das moratórias bancárias.

(Notícia novamente atualizada às 19h54 com as declarações do ministro da Economia)

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Há mais 23 mortes e 3.588 casos de Covid-19 em Portugal. Internamentos sobem

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Dezembro 2021

Desde o início da pandemia, o país soma 1.181.294 casos de infeção e 18.610 mortes por Covid-19. Há 1.097.554 pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 3.588 novos casos de Covid-19, o que eleva o número total de infetados desde o início da pandemia para 1.181.294. O boletim diário desta quinta-feira revela ainda mais 23 mortes associadas ao coronavírus nas últimas 24 horas, perfazendo um total de 18.610 óbitos.

Face ao balanço anterior, verifica-se uma subida dos internamentos, havendo agora 961 doentes hospitalizados (mais 44), dos quais 142 em unidades de cuidados intensivos (mais quatro). A maioria dos infetados está a recuperar em casa.

O número de casos ativos aumentou para 65.130, mais 2.296 do que na quarta-feira. O boletim dá ainda conta de 83.528 contactos sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto direto com pessoas infetadas, mais 1.451 nas últimas 24 horas.

Há mais 1.269 recuperados da doença, para um total de 1.097.554 pessoas recuperadas da Covid-19.

Boletim epidemiológico de 9 de dezembro de 2021:

As regiões Norte e Lisboa e Vale do Tejo (LVT) voltaram a superar os 1.000 casos diários: registaram, respetivamente, 1.161 e 1.104 novas infeções por Covid-19. O Centro confirmou 723 infeções, o Algarve teve mais 371 casos e o Alentejo registou 126 novas infeções. Os arquipélagos dos Açores e da Madeira registaram, respetivamente, 27 e 76 novos casos.

O maior número de mortes das últimas 24 horas é atribuído à região Norte que, do total de 23, confirmou mais 11 óbitos. LVT registou mais quatro óbitos, enquanto a região algarvia e a região Centro confirmaram, cada uma, três mortes. No Alentejo, há registo de mais duas mortes desde o último balanço.

(Notícia atualizada às 14h55)

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BCE estuda novo instrumento após fim do programa de compra de dívida de emergência

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2021

O Banco Central Europeu estuda novo instrumento de apoio a países em dificuldades após o fim do programa de compra de dívida de emergência adotado devido à pandemia, segundo a Bloomberg.

O Banco Central Europeu (BCE) estuda a criação de um novo instrumento para apoiar os países a enfrentarem dificuldades, após o fim do programa de compra de dívida de emergência adotado devido à pandemia, segundo a agência Bloomberg.

A agência de informação financeira cita fontes que pediram anonimato, dado que decorrem as discussões e nenhuma decisão foi tomada.

As compras de dívida no âmbito do programa PEPP (Pandemic Emergency Purchase Programme), com um volume total de 1,85 biliões de euros, terminam em finais de março de 2022 e o BCE terá de discutir o que se segue, para garantir uma transição suave nos mercados.

Na reunião de política monetária de 16 de dezembro são esperadas novidades sobre essa transição.

“O Conselho do BCE continuará a reinvestir os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos no contexto do PEPP, pelo menos, até ao final de 2023. De qualquer forma, a futura descontinuação gradual da carteira do PEPP será gerida de modo a evitar interferências com a orientação de política monetária apropriada”, indicou o banco central no comunicado divulgado após a sua reunião de 28 de outubro.

Até ao início desta semana, o BCE tinha adquirido com este programa PEPP dívida no valor de 1,547 biliões de euros.

Antes da adoção deste programa no início da pandemia, o BCE tinha lançado um outro programa de compra de ativos (Asset Purchase Programme – APP), cujas aquisições prosseguem a um ritmo mensal de 20 mil milhões de euros.

Na semana passada, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que haverá mais orientações sobre a política monetária após a reunião de dezembro.

Lagarde mostrou-se convicta de que o programa PEPP ficará concluído em março próximo e disse que o BCE tem mais instrumentos.

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Canadianos compram startup portuguesa Passworks

Grupo Fobi está interessado na Passworks de Francisco Belo e assinou um memorando de entendimento para a aquisição da totalidade das ações da startup.

A startup portuguesa Passworks vai ser comprada pela Fobi, uma empresa de análise de dados e personalização de experiências com base em inteligência artificial. As duas partes assinaram um “memorando de entendimento não vinculativo” abrangendo a venda de 100% da empresa ao grupo canadiano, anunciou a Fobi num comunicado

Fundada por Francisco Belo, a Passworks “permite às marcas interagir com os consumidores em tempo real” através da geolocalização e do recurso a aplicações como a Wallet dos iPhones e o Google Pay do sistema Android. A empresa tem entre os investidores a Faber e a Portugal Ventures, de acordo com a Crunchbase, permitindo-lhes a disponibilização de passes digitais, o envio de notificações, entre outras funcionalidades de marketing.

No comunicado, a Fobi, que tem sede em Vancouver, destaca o portefólio de clientes da Passworks, entre os quais a Hugo Boss e a Wunderman Thompson. “A aquisição será um acordo de compra de ações e é expectável que esteja finalizada no final de dezembro ou início de janeiro de 2022″, indica a empresa compradora.

Para o fundador, Francisco Belo, a venda da empresa é “o passo certo” para “continuar a crescer e fazer parte” de um grupo maior neste segmento de negócio: “A combinação das duas tecnologias vai criar sinergias, acelerar crescimento e permitir que ofereçamos aos clientes da Passworks e da Fobi uma oferta complementar ainda mais forte.”

Também citado em comunicado, o CEO da Fobi, Rob Anson, salienta, por sua vez, que esta aquisição vai permitir “acelerar” a “estratégia de negócio” e aumentar a consolidação da Fobi na indústria deste tipo de soluções. Todavia, a concretização do negócio ainda depende da “due dilligence satisfatória” de ambas as partes, entre outros fatores regulatórios. O montante a pagar pela Fobi não foi revelado.

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75% dos profissionais tech querem mudar de emprego em dois a três anos

Apesar de mais dispostos a mudar de emprego, com a tendência do trabalho remoto a aumentar, a disponibilidade dos profissionais para mudarem de país diminuiu.

Cerca de 40% dos profissionais que trabalham na área das tecnologias de informação estão já ativamente à procura de emprego e quase 75% espera deixar o seu cargo atual num futuro próximo, daqui a dois a três anos. O principal motivo prende-se com as oportunidades de progressão de carreira, mas os profissionais estão agora menos dispostos a mudar de país, conclui o relatório “Decoding the Digital Talent Challenge”, que resulta de um inquérito global realizado pela Boston Consulting Group (BCG) e pela The Network.

“Num setor tão competitivo como o da tecnologia, onde se encontram não só as tecnológicas, mas outras empresas de diferentes setores com departamentos de inovação e desenvolvimento, é essencial compreender o que procuram os profissionais. A pandemia veio derrubar barreiras físicas e a presença geográfica é um pormenor cada vez menos relevante na escolha de um emprego. É curioso, contudo, verificar que a realidade que temos vindo a observar em Portugal é uma tendência global e que podemos sobressair nesta competição, quanto mais cedo oferecermos opções realmente adequadas às preferências dos trabalhadores”, explica Eduardo
Bicacro, principal na BCG, citado em comunicado.

Apesar de mais dispostos a mudar de emprego, com a tendência do trabalho remoto a aumentar, a disponibilidade dos profissionais para mudarem de país diminuiu, registando 55%, menos 12 pontos percentuais do que em 2018. No entanto, 68% dos inquiridos estariam dispostos a trabalhar remotamente para um empregador sem presença física no seu país, um valor significativamente mais elevado do que a média de 57% de colaboradores de outras áreas de trabalho, que não tecnológicas.

Reter o talento, escutando-o

Entre os principais fatores que levam os profissionais das áreas tecnológicas a mudar de funções, destacam-se a oportunidade de progredirem nas suas carreiras e a procura por novos desafios, motivos indicados por 63% e 49% dos inquiridos, respetivamente. Para estes colaboradores, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional continua a ser o aspeto mais valorizado no emprego, ao qual se segue a boa relação com os colegas de trabalho.

Mas também a compensação financeira — tanto sob a forma de salário, como de incentivos a longo prazo — ganhou terreno, passando do quinto para o terceiro lugar nas preferências, quando comparado com os resultados do último inquérito, realizado em 2018.

Já a diversidade e a inclusão, assim como as questões ambientais, também aumentaram de importância no último ano para 61% dos profissionais da área tecnológica. Metade dos inquiridos não trabalharia para empresas que não partilhassem as suas crenças sobre diversidade e inclusão, enquanto 48% adotam a mesma posição relativamente a políticas ambientais.

O relatório “Decoding the Digital Talent Challenge” inquiriu cerca de 10.000 profissionais da área tecnológica, com o objetivo de compreender um dos setores mais competitivos a nível global e apoiar as empresas nas suas estratégias de retenção de talento.

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EID ganha contrato de 8,5 milhões de euros com Exército para sistema de comunicações

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2021

Empresa portuguesa de comunicações (EID) revelou que vai fornecer um sistema de última geração às forças de infantaria do Exército Português no valor de 8,5 milhões de euros.

A empresa portuguesa de comunicações de defesa (EID) revelou esta quinta-feira que ganhou um contrato do Exército Português no valor de 8,5 milhões de euros para fornecimento de um sistema de última geração destinado às forças de infantaria.

O sistema, chamado “Soldado do Futuro”, com desenvolvimento e produção em Portugal, abrange “uma gama completa de equipamentos de comunicação de voz e dados de alta tecnologia”, incluindo “rádios pessoais e de secção, terminais de dados e um integrador de dados e energia”, explica a EID em comunicado, sendo que, adicionalmente, pode integrar outros sensores externos que fazem parte do equipamento dos soldados.

E prossegue: “Completamente digitalizado, o seu sistema modular permite flexibilidade operacional e pode ser adaptado a situações e missões variadas, requisitos de todos os escalões de infantaria, permitindo a transmissão de voz e dados de forma segura e resiliente”.

Este sistema será ainda “totalmente compatível” com outros equipamentos de comunicações já em serviço no Exército Português, prevendo capacidade evolutiva futura, lê-se no comunicado.

A EID refere ainda que, através do terminal de dados, o sistema permite a “troca de dados em tempo real” entre os diferentes soldados da infantaria, o “veículo da secção” e “outras redes relevantes”, vitais para o conhecimento da situação no terreno.

Assim, com o “Soldado do Futuro” será possível trocar mensagens durante as missões e saber o posicionamento em tempo real de cada soldado no terreno.

Trata-se de um passo importante no processo de modernização do Exército Português, um “Exército focado e comprometido em ser credível, moderno e atrativo, com grande prontidão e competência”, salienta a empresa.

O presidente executivo da EID, Frederico Lemos, realçou que a empresa está “muito orgulhosa” com a conquista deste contrato com o Exército Português, após um “processo tão competitivo”.

“Esta solução de comunicações integradas irá aumentar significativamente a consciência situacional do soldado no terreno e proporcionar um maior comando e controlo às unidades do Exército, não só melhorando o seu desempenho, como a sua proteção”, disse o gestor.

Considerou ainda que equipar o Exército Português com este sistema de infantaria de última geração é um “marco importante”.

A EID faz parte da Cohort plc desde 2016, é uma empresa de tecnologia militar que tem a sua sede em Portugal e possui um vasto know-how e experiência nas áreas da eletrónica, comunicações e ‘comando & controlo’.

Além disso, a empresa está focada no ‘design’, fabrico e fornecimento de equipamentos e sistemas avançados e de alto desempenho para a comunidade de defesa mundial.

A EID está ativa em vários países a nível mundial, com clientes na Europa, África, América do Sul, Médio Oriente e na região da Ásia-Pacífico.

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DGS só vai divulgar nota técnica que resume parecer sobre vacinação de crianças contra a Covid-19

Graça Freitas aponta que o parecer técnico sobre a vacinação de crianças, elaborado por um órgão consultivo, não vai ser divulgado, mas será vertido no comunicado de imprensa e nota técnica.

No seguimento da recomendação da Direção-Geral da Saúde (DGS) para a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos contra a Covid-19, partidos começaram a exigir a divulgação dos pareceres técnicos que fundamentaram a decisão. Graça Freitas diz que o parecer não será divulgado, mas sim uma nota técnica que o resume.

“Não creio que não haja transparência”, defende a diretora-geral de saúde, quando questionada sobre as declarações de partidos como a Iniciativa Liberal e PSD, em declarações transmitidas pela RTP3. Os pareceres em causa “depois são vertidos em comunicados que fazemos que resumem o parecer, e depois são vertidos para normas, que remetem para pareceres e estudos que foram consultados”, explica.

Graça Freitas salienta assim que quando acabar o processo, já que ainda está a ser definido o intervalo entre as doses, a DGS vai receber o parecer e comunicar à tutela, e depois numa segunda fase “publicar uma nota técnica a explicar todos os procedimentos que estiveram na base da decisão”. A nota “resume o parecer da comissão técnica de vacinação”, que é um “órgão consultivo”, destaca.

Em relação ao universo de crianças vacinadas, a diretora-geral da Saúde aponta que existem 640 mil crianças no intervalo em causa, mas Portugal vai apenas receber 300 mil doses em dezembro. Assim, “vamos fazer uma vacinação planeada e faseada” deste grupo, sendo de destacar também que algumas crianças já terão tido Covid-19 e, por isso, vão ter de esperar os meses de intervalo para serem vacinadas.

Quanto à nova variante, Ómicron, Graça Freitas sublinha que “pelo menos até à data não demonstrou potencial de ser mais grave que as outras e os casos não têm estado associados a maior gravidade”. Ainda assim, é uma “variante de preocupação que é mais agressiva e virulenta que variantes que já conhecemos”.

É então necessário “esperar pela ciência” para conhecer mais dados, nomeadamente os períodos que a nova variante tem de incubação e infecciosidade. Aquilo que foi já decidido foi, quando há suspeita de um caso ou surto estar ligado à Ómicron, alargar o rastreamento de contactos e aumentar o isolamento para 14 dias. De resto, “não podemos tomar decisões antecipadas”, reitera Graça Freitas, pelo que será preciso saber todos os fatores.

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Fusões e aquisições em Portugal subiram 15% num ano

  • ADVOCATUS
  • 9 Dezembro 2021

Qual o volume de operações durante a pandemia? Quais os setores mais ativos do mercado? Como se comportou o investimento estrangeiro? Abreu e TTR explicam mercado de M&A.

Apesar da queda do volume de negócios, o valor total de operações de fusões e aquisições (M&A) em Portugal subiu 15% entre abril de 2020 e março de 2021. A injeção de recursos na economia (com o PRR) deverá conduzir a um maior investimento público, trazendo oportunidades para as empresas de setores emergentes, como infraestruturas, agricultura e farmacêutico. Mas, o private equity vai desempenhar um papel fundamental na procura de vantagens em áreas como energia, renováveis ​​e empresas tecnológicas na liderança.

Estas são algumas das conclusões do relatório “Portugal M&A: MovingForwardAfterCovid-19” — que estará oficialmente disponível na segunda-feira — realizado pela Abreu Advogados, em parceria com o TTR (Transactional Track Record). A base de estudo foram as transações em diversos setores e indústrias, em valor e quantidade, entre abril de 2020 e março de 2021, com vista a identificar a tendência em diversos setores da economia portuguesa em 2022.

“Os dados deste relatório retratam a resposta dos setores mais fortes da economia nacional ao longo do primeiro ano de pandemia e revelam novas mudanças operacionais destinadas a responder às necessidades dos mercados em rápida transformação, em setores como energia, imobiliário, financeiro e seguros e tecnologia“, pode ler-se no documento, a que o ECO/Advocatus teve acesso.

À beira de “colher os benefícios do Plano de Resiliência e Recuperação (PRR), Portugal deverá ser capaz de retomar a sua trajetória de crescimento. Com o objetivo de contribuir para uma recuperação rápida da atividade económica, a “bazuca” será a fonte de uma injeção massiva de recursos na economia que deverá levar a maiores investimentos públicos que, espera-se, tragam benefícios para o setor privado”, segundo o mesmo documento. No entanto, à medida que avança o abrandamento gradual das medidas de contenção, “é ainda inegável que o ambiente de incerteza possa continuar a travar muitas operações de M&A. Em breve, Portugal terá uma tábua de salvação financeira e as empresas têm aqui a oportunidade de inovar, crescer e expandir-se”.

Principais conclusões do relatório

  • Vamos encontrar o setor da energia e cada vez mais as renováveis ​​e empresas tecnológicas na liderança; com o private equity a desempenhar um papel fundamental na procura de vantagens de tamanho e escala para empresas de diversos setores;
  • O setor das Tecnologias e Telecomunicações registou um acréscimo de 40% no valor do negócio;
  • Portugal acompanhou a tendência de retoma das fusões e aquisições após o Outono de 2020;
  • As oportunidades de desenvolvimento de processos de fusões e aquisições deverão resultar da concretização de decisões de investimento adiadas, de operações de fusão e capitalização destinadas a estabelecer empresas mais sustentáveis e competitivas para enfrentar os novos choques e ainda de processos de restruturação;
  • Espera-se que os setores mais fortes se mantenham no domínio, em volume e quantidade de transações: energia, financeiro e seguros, imobiliário e construções e tecnologia e telecomunicações;
  • Considerando que Portugal irá em breve começar a colher os benefícios do Plano de Recuperação e Resiliência de 16 mil milhões, deverão surgir oportunidades para as empresas de setores emergentes, como infraestruturas, agricultura e farmacêutico;
  • A pandemia fez com que a atratividade do Investimento Direto Estrangeiro diminuísse 13%, face a 2019. Contudo, em 2020, Portugal entrou no top 10 dos países europeus mais atrativos para esse investimento (ver quadro em baixo);
  • Mesmo com o otimismo declarado, há riscos que terão de ser considerados, e não apenas devido a possíveis retrocessos no Plano de Contingência e Gestão de Crises na Pandemia;
  • De acordo com a próxima atualização das previsões económicas da OCDE, publicada em 1 de dezembro de 2021, o PIB deverá aumentar 3,7% em 2021 e 4,9% em 2022;
  • Durante abril de 2020 e março de 2021, as operações no setor imobiliário em Portugal caíram 56% — de 52 operações registadas em 2019 o período aqui considerado registou apenas 23;
  • Entre abril de 2020 e março de 2021, o setor de serviços financeiros e seguros registou uma queda de 33% do volume de negócios em operações de M&A, correspondendo a uma queda de 59% no valor do negócio.
  • Impulsionados pela migração de clientes para os canais digitais durante a pandemia, muitas FinTechs beneficiaram de um aumento na procura. Soluções tecnológicas abrem novas oportunidades para investidores estrangeiros, como os fundos de private equity e os grandes players de tecnologia;
  • A atividade relacionada com ativos desvalorizados aumentará à medida que clientes e investimentos na economia real enfrentam os seus desafios de liquidez;
  • Aparecimento de oportunidades relacionadas com a qualidade dos ativos e NPLs, à medida que começam a surgir em certos subsetores;
  • Em breve, todas as negociações serão analisadas de acordo com os parâmetros ESG. Os fundos de private equity e empresas vão precisar de incorporar os valores ESG em todas as transações, a fim de evitar impactos operacionais.
  • Para 2022, os esquemas Golden Visa e NHR vão alterar os seus critérios com vista a promover o desenvolvimento imobiliário das regiões do interior. Portugal deverá continuar a registar uma das maiores subidas de preços no imobiliário de entre os países europeus;
  • Entre abril de 2020 e março de 2021, o TMT superou o mercado, com o valor dos negócios com um aumento de 40%, apesar de uma quebra no volume de 17%. A atividade consistiu principalmente na revolução digital no local de trabalho, o crescimento do comércio
    eletrónico e a expansão dos conglomerados de media para plataformas de streaming;
  • As moratórias serão provavelmente mantidas por um período considerável e gradualmente reduzidas;
  • À medida que avança o abrandamento gradual das medidas de contenção, é ainda inegável que o ambiente de incerteza possa continuar a travar muitas operações de M&A;
  • O volume de negócios de M&A registado entre abril de 2020 e março de 2021 no segmento de infraestrutura atingiu 75% e aumentou 19% em valor agregado em relação ao ano inteiro de 2019;
  • Com as prioridades reorientadas para as necessárias reformas estruturais, assim como para a absorção de fundos da UE, o investimento estrangeiro deverá seguir-se e as exportações responderão positivamente (ver quadro em baixo);
  • O volume de negócios aumentou 40% no segmento farmacêutico, parafarmacêutico e de cosméticos entre abril de 2020 e março de 2021, refletindo-se num aumento de 662% em valor agregado em relação ao ano inteiro de 2019.

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Atividade económica dispara na primeira semana de dezembro

  • Lusa e ECO
  • 9 Dezembro 2021

O indicador de atividade económica, retrato em tempo quase real da economia portuguesa, apontou na semana terminada em 5 de dezembro uma variação superior à anterior divulgou o Banco de Portugal.

O indicador diário de atividade económica, que retrata em tempo quase real a evolução da economia portuguesa, aponta na semana terminada em 5 de dezembro para uma variação superior à da semana anterior, divulgou esta quinta-feira o Banco de Portugal. Já em comparação com o ano passado, altura em que o país estava em confinamento, o crescimento ultrapassou os 8%.

“Na semana terminada a 5 de dezembro, o indicador diário de atividade económica (DEI) aponta para uma taxa de variação da atividade superior à observada na semana anterior”, refere o Banco de Portugal (BdP) numa nota hoje divulgada.

Uma vez que a evolução recente do DEI se encontra “fortemente influenciada por efeitos base decorrentes dos eventos verificados durante 2020, o que afeta de forma significativa a evolução homóloga da atividade em 2021”, o banco central divulga também a evolução da taxa bienal, de forma a mitigar a influência destes efeitos base acumulando a variação, em dias homólogos, para um período de dois anos. Assim, na primeira semana de dezembro, o crescimento homólogo em Portugal foi de 8,4%, depois de ter crescido 5,6% na semana anterior, 5,3% na terceira semana de novembro e 3,4% na segunda semana anterior. Já no arranque do mês de novembro o crescimento foi de 1,4%.

O DEI é um indicador lançado pelo BdP para identificar “mais facilmente” alterações abruptas na atividade económica, mas não constitui uma previsão oficial do Banco de Portugal ou do Eurossistema.

Divulgado semanalmente à quinta-feira, com informação até ao domingo precedente, o DEI cobre diversas dimensões correlacionadas com a atividade económica em Portugal, sumariando a informação das seguintes variáveis diárias: tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes.

Conforme explica o BdP, a utilização deste tipo de dados de alta frequência “intensificou-se na sequência da crise desencadeada pela pandemia de Covid-19”, já que, dado o “curto desfasamento” da sua divulgação face ao período de referência, permitem “identificar atempadamente alterações bruscas na atividade económica”.

O DEI é normalizado de tal forma que a sua média trimestral tenha a mesma média e desvio-padrão da taxa de variação homóloga trimestral do PIB nos últimos anos e, para além do indicador diário, também se apresenta a média móvel centrada de sete dias numa frequência diária por forma a mitigar alguma irregularidade presente nas séries diárias.

A data prevista para próxima divulgação do DEI é 16 de dezembro.

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Esprinet reforça apoio à parentalidade. Colaboradores portugueses vão ter 80 horas adicionais

Trabalhadores portugueses, italianos e espanhóis vão ter melhorias ao nível dos seus benefícios sociais. Em Portugal estão previstas 80 horas adicionais na licença de maternidade e paternidade.

A Esprinet quer oferecer novos benefícios sociais aos colaboradores do grupo em 2022. No plano estratégico para 2022-2024, o bem-estar das pessoas é um pilar fundamental, inserindo-se medidas como mais dias de smart working ou mais dez dias úteis de licença de paternidade. Em Portugal estão em causa 80 horas adicionais de licença de maternidade e paternidade, até um máximo de uma hora por dia, no primeiro ano de vida do bebé.

“O cuidado com o bem-estar físico e mental e a melhoria da qualidade de vida dos nossos colaboradores e das suas famílias são fatores fundamentais para o crescimento saudável da empresa, uma vez que contribuem para aumentar a motivação, a produtividade, a qualidade das relações e o ambiente de trabalho interno, em consonância com os nossos objetivos e dinâmicas de negócio. As nossas pessoas e as suas valiosas competências são o futuro da empresa e o motor para alcançar novos e cada vez mais importantes objetivos”, diz Ettore Sorace, diretor de recursos humanos do grupo Esprinet.

A administração apresentou recentemente benefícios adicionais para os seus colaboradores, entre os quais mais dias de smart working a serem utilizados ao longo do ano, para além dos dois dias semanais já oferecidos. Na Península Ibérica, serão ainda atribuídas 80 horas adicionais de licença de parentalidade, até um máximo de uma hora por dia, no primeiro ano de vida do bebé; e, em Itália, a possibilidade de tirar mais dez dias úteis desta licença para além dos atualmente previstos em lei.

Além destas, foram anunciadas outras iniciativas de apoio a incapacidades e à inclusão, bem como a atribuição, a todos os colaboradores do grupo, de um montante destinado a regalias ao nível do bem-estar, que poderão usar de forma livre.

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“A corrupção é uma prática secular e é um combate permanente”, diz António Costa

O primeiro-ministro defende que é necessário avaliar a reforma feita no combate à corrupção feita há 20 anos e melhorar a legislação.

No dia internacional contra a corrupção, o primeiro-ministro afirmou que é necessário avaliar a reforma feita no combate à corrupção em Portugal. António Costa sublinhou ainda que a estratégia contra a corrupção “não se ficou pela enunciação de objetivos”.

“Passaram 20 anos sobre um conjunto destas reformas e é importante que se proceda à avaliação da sua eficácia, se possa melhorar todo o arsenal legislativo e se possa complementar tendo conta que a corrupção é uma prática secular e é um combate de todos os dias e permanente“, referiu António Costa em declarações na sede da Polícia Judiciária.

O primeiro-ministro acredita que a estratégia nacional de combate à corrupção não se ficou pela enunciação de objetivos nem pela pela enunciação de ideias comuns. Traduziu-se, antes, “num conjunto de iniciativas legislativas que têm vindo a ser aprovadas e que brevemente estarão todas a vigor“, acrescentou.

No âmbito da prevenção Costa relembrou que foi promulgado o diploma que cria um mecanismo anticorrupção e o regime geral de prevenção da corrupção. Um novo mecanismo que caracteriza como “independente” e que “visa agilizar de forma integrada quer a promoção das regras de transparência e de integridade”, quer também permitir atuar através dos instrumentos contraordenacionais, junto das instituição que não dotem os códigos de conduta ou que não os cumpram.

“O novo quadro legal veio também agilizar o acesso à utilização da informação financeira”, referiu. António Costa acrescentou ainda que este novo quadro legal veio criar também melhores condições para proteção dos denunciantes e para o arrependimento antes do início do processo.

O líder do Executivo referiu também o novo recrutamento de inspetores para a PJ e anunciou que está em curso um processo para dotar a PJ “com outras competências e com outros profissionais na área pericial, o que é fundamental no combate à criminalidade económica e financeira”.

No ano em que se assinala 20 anos sobre o conjunto de reformas que foram feitas no início deste século para criar melhores condições para o combate a corrupção no país, Costa destacou vários pontos. Entre eles, a lei da organização da investigação criminal que permitiu especializar a Polícia Judiciária e focá-la no combate à criminalidade organizada de maior complexidade, como os crimes de corrupção.

“Por se ter procedido à descentralização para a GNR e para a PSP dessa criminalidade de proximidade permitiu concentrar a PJ naquela que deve ser a sua função. Focar-se, mobilizar todos os seus meios no combate à criminalidade mais complexa, organizada e em particular à criminalidade económico-financeira e dentro destas, o combate à corrupção“, acrescentou.

António Costa sublinhou ainda que na sequência desta reforma foi possível adotar vários mecanismos, entre eles a redefinição do tipo de crime de corrupção e tráfico de influências e a utilização de novos instrumentos de investigação no combate ao crime de corrupção.

“A verdadeira sanção para o crime económico é a perda da vantagem. Por isso deduziu-se uma norma muito importante de qual decorre a inversão do ónus da prova sobre a legalidade da origem dos bens de todos aqueles que sejam condenados pela prática de um conjunto de crimes de catálogo”, referiu.

O primeiro-ministro notou ainda a importância deste princípio como forma de dotar as autoridades da capacidade de recuperação e apreensão de bens sem ter de provar que cada um daqueles bens teve origem na prática criminal.

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