Ministro das Finanças francês pede segunda dose de estímulos na UE

O ministro das Finanças francês veio a Lisboa com uma intenção: pressionar os seus colegas a falarem sobre uma segunda dose de estímulos para que a UE não fique atrás dos EUA e da China.

Bruno Le Maire aproveitou a entrada no Centro Cultural de Belém para deixar uma mensagem aos seus colegas ministros das Finanças: se a União Europeia não for capaz de fazer mais, ficará atrás dos Estados Unidos e da China. Para o ministro das Finanças francês a prioridade passa por implementar a “bazuca” europeia negociada no ano passado, mas já se deve começar a pensar numa segunda dose de estímulos.

Em primeiro lugar, os elogios: à chegada para a reunião do Eurogrupo esta sexta-feira, Le Maire elogiou António Costa e a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia pelo seu esforço neste período ao leme da UE. “É bom estar de volta e em Lisboa, esta cidade formidável”, declarou o ministro das Finanças francês, mostrando otimismo sobre os próximos meses da economia europeia.

Para Le Maire não há dúvidas:Em todo o lado na Europa, o crescimento está de volta“. Apesar das “coisas parecem estar muito bem”, é preciso uma “rápida implementação dos planos de recuperação e resiliência (PRR)” e o mais rapidamente possível deve concluir-se a ratificação dos recursos próprios que permitem a emissão de dívida que financia a “bazuca” e a aprovação dos PRR por parte da Comissão Europeia.

E definiu um objetivo que poderá ser ambicioso caso não se acelere o processo: “O nosso objetivo estratégico deve passar por ter os primeiros desembolsos dos recursos europeus o mais tardar no final de julho. Quero insistir nisto. As pessoas estão à espera do dinheiro europeu”, disse Le Maire.

Mas a União Europeia não pode ficar por aqui, na opinião do Governo francês. “A questão-chave que eu vou levantar hoje é: [o estímulo planeado] é suficiente?” Esta será a questão que o ministro das Finanças francês colocará aos seus colegas, argumentando que, “mesmo se chegarmos ao nível pré-crise no início de 2022, haverá uma perda de dois pontos percentuais do PIB face à tendência anterior [pré-Covid]”.

O Governo francês considera que a UE tem de decidir o que quer. “Queremos jogar na primeira liga ou queremos ficar atrás dos EUA e China?“, questiona Le Maire, garantindo que “França tudo fará para que a União Europeia fique na primeira liga e no mesmo nível dos EUA e China”. O objetivo de uma segunda dose de estímulos terá de passar por “melhorar o crescimento potencial da Europa”, especificou, sem referir de que forma tal deve ser alcançado: mais dívida comum ou esforços nacionais coordenados?

No passado domingo, a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, em entrevista ao jornal francês Les Echos, disse que era “demasiado cedo para considerar” um segundo plano de recuperação europeu. Para Vestager não há a “certeza de que é preciso” e neste momento “já temos tanto para fazer”.

Porém, não é um segundo plano de recuperação o que está na mente de Le Maire, clarificou a sua assessoria de imprensa mais tarde, explicando que o ministro quer promover um debate europeu sobre os investimentos e as reformas necessárias para aumentar o crescimento potencial da UE.

(Notícia atualizada às 14h complementando a visão de Le Maire face às palavras de Vestager)

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Biden quer que transferências com criptomoedas acima de 10.000 dólares sejam declaradas

  • ECO
  • 21 Maio 2021

O Tesouro norte-americano considera que as criptomoedas colocam um "problema de deteção significativo ao facilitar a atividade ilegal em geral, incluindo a evasão fiscal".

As transferências de criptomoedas que superem os 10.000 dólares terão de ser reportadas às autoridades fiscais dos EUA, de acordo com a proposta da administração Biden que surge numa altura em que estão a apertar as regras para as moedas digitais, noticia o Financial Times.

A proposta de declarar transferências com criptomoedas faz parte de um relatório do Tesouro que mostra como a Casa Branca de Joe Biden planeia colmatar a tal “lacuna fiscal” (diferença entre os impostos devidos ao governo dos EUA e os efetivamente pagos) através do reforço do Serviço de Receitas Internas. O relatório é o mais recente de uma série de propostas da Casa Branca que levariam os americanos mais ricos a pagar significativamente mais impostos, indica o jornal.

Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos EUA, já tinha avisado ser necessário “prestar atenção aos inovadores do setor privado que atualmente não estão dentro dos acordos regulamentares tradicionais aplicados aos bancos, empresas de investimento, e outros intermediários financeiros”, isto é, as criptomoedas.

Para o Tesouro norte-americano as moedas digitais vêm colocar um “problema de deteção significativo ao facilitar a atividade ilegal em geral, incluindo a evasão fiscal“. Algo com o qual os EUA não têm manobra para se preocupar, uma vez que a “lacuna fiscal” global foi de 600 mil milhões de dólares em 2020, e prevê-se que aumente para cerca de sete biliões de dólares na próxima década, caso não seja resolvida.

A proposta dos EUA é divulgada um dia depois da China ter feito algo semelhante. Depois da repressão destas moedas na China a bitcoin chegou a cair 30% antes de recuperar. Já depois do anúncio dos EUA a queda foi mais ligeira (-5%).

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IVAucher arranca a 1 de junho. “Não fazia sentido lançá-lo no primeiro trimestre”, diz Siza Vieira

O IVAucher vai sair da gaveta, embora mais tarde do que o previsto. O programa de incentivo ao consumo foi adiado devido à crise pandémica, mas agora vai ser lançado.

O Governo vai lançar o IVAucher a 1 de junho, anunciou esta sexta-feira o ministro da Economia, durante a apresentação do Plano de Aceleração do Turismo. Em causa está um programa extraordinário de incentivo ao consumo, que permitirá aos portugueses acumularem o IVA de uma despesa como “crédito” que poderão descontar, mais tarde, numa outra compra.

“Temos feito um trabalho muito intenso nos últimos tempos. Não fazia sentido lançá-lo no primeiro trimestre [como estava previsto inicialmente], uma vez que perante o confinamento não seria útil. Mas estamos em condições de lançar agora no início de junho”, disse Pedro Siza Vieira, em declarações aos jornalistas, referindo que as pessoas poderão usar estes créditos acumulados “mais para a frente”, remetendo mais detalhes para o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

Sobre a dotação orçamental prevista para este mecanismo, o ministro adiantou, em resposta à pergunta do ECO, que esta se mantém em cerca de 200 milhões de euros, tal como está previsto no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

Previsto no OE2021, o IVAucher foi pensado como um programa temporário de estímulo ao consumo nos setores “fortemente afetados pela pandemia”. Este mecanismo permitirá ao consumidor final “acumular o valor correspondente à totalidade do IVA suportado” em consumos no alojamento, cultura e restauração e utilizar esse montante (como desconto imediato) em consumos nesses mesmos setores.

O lançamento deste programa chegou a estar previsto para o início de 2021, mas o agravamento da pandemia levou o Governo a não avançar nesse sentido. Aliás, em entrevista ao ECO, no início de abril, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sublinhou que só faria sentido lançar o IVAucher quando houvesse condições “para que as pessoas poderem, em segurança, em termos de saúde, acorrer a esse tipo de atividades”.

No início de maio, o ministro da Economia foi ao Parlamento indicar que, “nas próximas semanas”, haveria condições para avançar com este programa extraordinário. “Julgamos que nas próximas semanas estaremos em condições de lançar o programa IVAucher, que se destina a incentivar o consumo. Julgamos que esta é a altura de lançar esse estímulo que incentivará o crescimento da procura”, disse Pedro Siza Vieira. Na altura, o ECO questionou o Ministério das Finanças sobre a data prevista para esse lançamento, mas a resposta foi que não havia ainda um momento fechado para tal.

O IVAucher é um dos mecanismos que fazem parte do Plano de Aceleração do Turismo, que foi tornado público esta sexta-feira. Durante a apresentação, Pedro Siza Vieira adiantou que este plano vai custar mais de seis mil milhões de euros, dos quais metade será para moratórias.

(Notícia atualizada às 10h55 com mais informações)

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“Bazuca” para o turismo ascende a seis mil milhões de euros. Metade é para capitalizar as empresas

O Governo apresenta esta sexta-feira o plano para reativar o turismo, cujo objetivo é alcançar em 2027 mais de 27 mil milhões de euros em receitas com o setor.

O Governo esteve nas últimas semanas a preparar um plano para reativar o turismo, que tem como principal objetivo alcançar em 2027 mais de 27 mil milhões de euros em receitas com o setor, uma meta já definida em 2017. Depois de um ano fortemente afetado pela pandemia, e com a recuperação a dar os primeiros passos este ano, o Executivo tem disponíveis mais de seis mil milhões de euros para investir neste plano.

“Esperamos em 2021 ultrapassar ligeiramente os números de 2020. Se mantivermos a nossa quota de mercado, em 2023 estaremos novamente nos 18 mil milhões de euros [em receitas turísticas]. Mas queremos acelerar a partir daí e assegurar que chegamos a 2027 com 27 mil milhões de euros [em receitas]. Achamos que isso é possível”, disse esta sexta-feira o ministro da Economia, durante a apresentação do Plano de Aceleração do Turismo.

Pedro Siza Vieira adiantou, assim, que este plano representa um “investimento de mais de seis mil milhões de euros para assegurar essa aceleração até 2027″. “Estas verbas não são europeias, nem principalmente europeias. O Banco de Fomento vai ter um papel essencial”, esclareceu.

Metade destes seis mil milhões será utilizada para resolver os problemas de capitalização das empresas. “O que vamos fazer terá maior incidência no setor do turismo. Há mais setores afetados, mas o turismo terá um apoio mais efetivo”, disse o ministro, estimando as necessidades do turismo no valor de três mil milhões de euros, parte disso por causa do fim das moratórias.

Contudo, Siza Vieira notou que estes três mil milhões de euros não são um valor fixo. “Responderemos à medida das necessidades”, disse, adiantando que o Governo tem de começar a “trabalhar nestas soluções nas próximas semanas, a tempo do final das moratórias no fim de setembro“.

Outra das medidas previstas no Plano de Aceleração do Turismo é o lançamento do IVAucher, que vai acontecer a 1 de junho, anunciou o ministro. “Temos feito um trabalho muito intenso nos últimos tempos. Não fazia sentido lançá-lo no primeiro trimestre [como estava previsto inicialmente], uma vez que perante o confinamento não seria útil. Mas estamos em condições de lançar agora no início de junho”, disse Pedro Siza Vieira.

Ainda entre as principais medidas, que contam com quatro pilares (apoiar as empresas, fomentar a segurança, gerar negócio e construir o futuro), destacam-se novas linhas de crédito, reforço de outras já existentes e campanhas de promoção do turismo.

“O impacto violento podia deitar muita coisa a perder, por isso fizemos um investimento muito importante para permitir que no momento em que se retomasse a atividade, tivéssemos a capacidade de a ela responder”, rematou o governante.

(Notícia atualizada às 11h15 com mais informação)

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Governo apresenta plano para relançar turismo. Acompanhe aqui

  • ECO
  • 21 Maio 2021

O plano do Executivo para puxar pelo turismo foi aprovado em Conselho de Ministros, mas será agora apresentado publicamente. Acompanhe aqui.

Com a pandemia a dar tréguas, o país desconfina. E começa a abrir portas ao exterior, procurando atrair os turistas que não visitaram o país durante o ano passado. E com a época alta à porta, o Governo lança o “Reativar o Turismo, Construir o Futuro”.

O plano do Executivo para puxar pelo turismo foi aprovado em Conselho de Ministros, mas será agora apresentado publicamente pelo ministro da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira, juntamente com a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

Acompanhe aqui a apresentação:

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Leão espera que Bruxelas confirme em junho suspensão do limite ao défice em 2022

O ministro das Finanças disse esta sexta-feira, antes do Eurogrupo, que espera que a Comissão Europeia confirme no início de junho a suspensão das regras orçamentais em 2022, tal como em 2020 e 2021.

O ministro das Finanças, João Leão, disse esta sexta-feira que está confiante na suspensão das regras orçamentais, nomeadamente o limite de 3% do PIB para o défice, em 2022, tal como aconteceu em 2020 e 2021. O também presidente do Ecofin, dado que Portugal tem a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, espera que a Comissão Europeia confirme essa recomendação no início de junho.

“Esperamos que no princípio de junho seja confirmado pela Comissão Europeia que essas regras se mantêm suspensas para o próximo ano”, afirmou Leão à entrada da reunião do Eurogrupo desta sexta-feira de manhã. Esta será a confirmação do que tem vindo a ser sinalizado nos últimos meses nas discussões europeias.

A expectativa é que a Comissão Europeia emita uma recomendação oficial a 2 de junho, referiu de seguida Paolo Gentiloni, comissário europeu para a economia. Bruxelas considera que as regras têm de se manter suspensas até que o PIB europeu recupere da pandemia, o que só acontecerá no próximo ano.

À entrada para o Eurogrupo, Leão disse ainda que esta reunião presencial, pela primeira vez desde setembro do ano passado, “marca um momento de viragem”. “Estamos a conseguir controlar a pandemia. Estão a ser retiradas as medidas de restrição. O plano de vacinação está a avançar e está a a sentir-se a reabertura. Vamos discutir como passar da fase de emergência para uma fase que assegura uma forte recuperação da economia europeia“, descreveu o ministro das Finanças.

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Apoio à subida do salário mínimo vai ser pago às empresas em julho

Novo subsídio varia entre 42,3 euros e 84,5 euros, tal como já tinha indicado o ministro da Economia. Empresas terão de fazer registo eletrónico, sendo depois creditado o apoio.

Há um novo subsídio para compensar os empregadores pela subida do salário mínimo. O apoio varia entre 42,3 euros e 84,5 euros e exigirá, segundo o decreto-lei publicado esta sexta-feira, às empresas um registo eletrónico para recolha das informações necessárias ao pagamento, a ser feito no prazo máximo de 30 dias. O valor será, depois, creditado na conta dos empregadores até 30 dias após o fim desse prazo, ou seja, em julho.

Em plena pandemia, o salário mínimo nacional subiu. Passou dos 635 euros que vigoraram em 2020 para 665 euros, considerando o Governo que tal atualização contribuiu para a melhoria do poder de compra dos trabalhadores e dos níveis de coesão social do país. “O relançamento da economia e a promoção do crescimento dependem, também, da coesão social existente e da capacidade de consumo interna”, sublinha o Executivo, no diploma publicado esta sexta-feira, 21 de maio, em Diário da República.

Ainda assim, e reconhecendo as dificuldades que a pandemia de coronavírus colocou às empresas, o Governo anunciou que o aumento do salário mínimo viria acompanhado de um novo subsídio para “compensar” os empregadores por essa subida. O apoio equivalerá, vem explicando o ministro da Economia, a uma parte do acréscimo dos encargos perante o Estado resultante da subida do salário mínimo, isto é, a uma fatia do aumento da taxa social única (TSU) das entidades empregadores decorrente do reforço da retribuição mínima garantida.

Esta medida deveria ter sido operacionalizada, segundo indicou inicialmente o Governo, no primeiro trimestre de 2021, mas o decreto-lei que a coloca em prática só foi publicado esta sexta-feira, dia 21 de maio.

Define esse diploma que este apoio é dirigido aos empregadores e pessoas singulares com um ou mais trabalhadores ao seu serviço, cuja remuneração, em dezembro de 2020, era igual ou superior a 635 euros, mas inferior a 665 euros.

No caso da remuneração base declarada em dezembro ser 635 euros, o subsídio pecuniário para as empresas será agora de 84,5 euros. Já se a remuneração tiver sido, nesse mês, superior a 635 euros, mas inferior a 665 euros, o subsídio é de 42,3 euros.

Em causa está, e todos os casos, um subsídio pecuniário pago de uma só vez diretamente às empresas pela Agência para a Competitividade e Inovação (IAPME) ou pelo Instituto do Turismo de Portugal, consoante o código de atividade.

Para terem acesso a este apoio, os empregadores precisam de ter, no momento do pagamento do subsídio, as situações tributárias e contributiva regularizadas; Além disso, terão de fazer um registo eletrónico disponibilizado pelo IAPMEI e o Turismo de Portugal para recolha de informação complementar, além da fornecida a essas entidades pela Segurança Social, nomeadamente: autorização de consulta à situação tributária e contributiva; indicação do IBAN da conta bancária de que o empregador seja titular; indicação da respetiva Classificação Portuguesa de Atividades Económicas principal; indicação do endereço eletrónico e, opcionalmente, telefone de contacto.

Diz o decreto-lei agora publicado que as empresas terão de fazer esse registo “no prazo de 30 dias a contar da entrada em vigor do presente decreto-lei”, sob pena de verem caducado o seu direito. Só corrido esse prazo é que se passará ao pagamento do subsídio pecuniário. “É efetuado no prazo máximo de 30 dias contados do término do prazo” para o registo, ou seja, deverá chegar em julho.

Este apoio para compensar a subida do salário mínimo pode ser cumulado com outros apoios ao emprego, incluindo os concedidos no âmbito da pandemia de coronavírus.

(Notícia atualizada às 10h40)

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Apoio adicional às microempresas sem travão extra aos despedimentos

A ajuda adicional prevista no apoio simplificado às microempresas para os empregadores que se mantenham em crise em junho não vai implicar um travão mais longo aos despedimentos.

As microempresas que, em junho, continuem em crise poderão pedir uma ajuda adicional ao abrigo do novo apoio simplificado à manutenção dos postos de trabalho, sem que isso signifique um prolongamento do travão aos despedimentos. Assim, os empregadores que, nesse âmbito, peçam mais um salário mínimo por trabalhador (além dos dois já previstos como apoio base na medida em causa) vão ficar proibidos de despedir pelos mesmos nove meses que se aplicarão às microempresas que recebam somente o apoio inicial.

O apoio simplificado para microempresas à manutenção dos postos de trabalho dirige-se aos empregadores com menos de 10 trabalhadores ao seu serviço, desde que tenham quebras de, pelo menos, 25%, tenham passado, em 2020, pelo lay-off simplificado ou pelo apoio à retoma, mas não tenham aderido a nenhum desses regimes no primeiro trimestre de 2021.

Este apoio corresponde a dois salários mínimos por trabalhador que tenha estado, em 2020, no lay-off simplificado ou no apoio à retoma; Ou seja, a empresa recebe 1.300 euros por trabalhador, sendo esse valor pago pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de forma faseada (duas prestações), ao longo de seis meses. A primeira prestação será paga no prazo de 10 dias úteis após a comunicação da aprovação do pedido; E a segunda, seis meses depois dessa aprovação.

Ao montante já referido poderá acrescer, por outro lado, uma ajuda adicional de um salário mínimo por trabalhador (665 euros), caso em junho o empregador continue em crise (isto é, com as tais quebras de, pelo menos, 25%) e não tenha, entretanto, recorrido aos regimes de lay-off. Esse apoio adicional poderá ser pedido entre julho e setembro.

De notar que este apoio simplificado está previsto desde o início do ano na legislação, mas só agora foi publicada a portaria que o regulamenta e permite a sua concretização. Esse diploma veio definir os procedimentos, condições e termo de acesso a este apoio, além de reforçar que os empregadores terão, em contrapartida, de cumprir três deveres principais: manter, comprovadamente, as situações contributiva e tributária regularizadas, não fazer cessar os contratos de trabalho por despedimento coletivo, despedimento por extinção do posto de trabalho e despedimento por inadaptação e de manter o nível de emprego observado no mês anterior ao da candidatura.

A referida portaria esclarece que esses deveres deverão ser cumpridos durante o período de concessão do apoio (seis meses), bem como nos 90 dias seguintes, ou seja, por nove meses contados a partir do pagamento da primeira prestação, segundo o IEFP. O diploma não explica, contudo, como ficam esses prazos no caso dos empregadores recorreram ao tal apoio adicional de um salário mínimo por trabalhador, além dos dois salários mínimos iniciais.

Ao ECO, o advogado Pedro da Quitéria Faria adianta que o IEFP tem veiculado, “ainda que telefonicamente”, que mesmo no caso das microempresas que adiram ao apoio adicional o travão aos despedimentos aplica-se por nove meses, isto é, pelo menos período que está previsto para as empresas que recebam somente dois (e não três) salários mínimos por cada trabalhador. Isto uma vez que o apoio adicional é atribuído ainda no âmbito da candidatura ao apoio simplificado, e o prazo de cumprimento dos deveres em causa arranca a partir do pagamento da primeira prestação.

“Se a empresa pedir o apoio adicional, por exemplo, em meados de agosto de 2021, cumpridos que estejam os requisitos, tal não deverá acarretar nem onerar a empresa por mais tempo“, defende o advogado da Antas da Cunha Ecija & Associados. E continua: “Por exemplo, podia pensar-se que, a partir de meados de agosto, voltariam a contar-se mais nove meses, ficando a empresa adstrita ao cumprimento dos deveres até meados de maio de 2022. Contudo, este não tem sido o entendimento veiculado pelo IEFP. Mais se diga que nem faria sentido que assim fosse, porquanto resultaria sobejamente penalizador para as empresas“.

Também a jurista Filipa Sá Silva, da RSN Advogados, considera que assim é: “Devemos entender que, nos casos em que os empregadores, chegados a junho solicitam um apoio adicional, se manterá o prazo de seis meses, acrescido dos 90 dias, caso contrário, haveria indicação de dilação do primeiro prazo estipulado”.

O apoio simplificado para microempresas tem de ser pedido através do portal online do IEFP, em formulário próprio, entre 19 e 31 de maio. O IEFP tem, depois, de emitir decisão no prazo de 15 dias úteis a contar da data de apresentação do requerimento.

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Nas notícias lá fora: Criptomoedas, McDonald’s e Whatsapp

  • ECO
  • 21 Maio 2021

Das criptomoedas às tecnologias, passando pelo coronavírus, conheça as notícias que estão a marcar o dia lá fora.

Os casos da nova variante indiana no Reino Unido duplicaram no espaço de uma semana. Nos EUA, Joe Biden quer que sejam declaradas as transferências com criptomoedas acima dos 10.000 dólares, enquanto o McDonald’s que foi multado por descriminação. E o Whatsapp vai permitir esconder conversas menos interessantes.

Bloomberg

Casos da variante indiana no Reino Unido mais do que duplicam

Os casos da variante indiana de coronavírus no Reino Unido mais do que duplicaram pela segunda semana consecutiva, depois de as autoridades britânicas terem descoberto uma nova mutação do vírus, acrescentando dúvidas aos planos para desconfinar toda a economia. Já foram detetados 3.424 casos de infeção desta variante, mais do que os 1.313 casos detetados na semana passada e do que os 520 da semana anterior a essa. Governo já decidiu encurtar o intervalo de tempo entre as doses da vacina. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Financial Times

Biden quer que transferências com criptomoedas acima de 10.000 dólares sejam declaradas

As transferências de criptomoedas que passem os 10.000 dólares terão de ser reportadas à máquina fiscal dos EUA de acordo com as novas propostas da administração Biden que surgem numa altura em que se estão a apertar as regras para as moedas digitais. A proposta dos EUA vem um dia depois de a China também ter imposto regras mais rígidas a este tipo de moedas. O preço da bitcoin caiu 5% com o anúncio desta medida. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

McDonald’s processada em 10 mil milhões de dólares por discriminação racial

A McDonald’s foi processada na quinta-feira em, pelo menos, 10 mil milhões por duas empresas de propriedade do empresário de media Byron Allen. O empresário acusa a rede de restaurantes de fast food de discriminação racial por não fazer tanta publicidade nos meios de comunicação cujos proprietários são negros. Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

El Economista

WhatsApp vai permitir esconder as conversas que não interessam

O WhatsApp, aplicação que pertence ao Facebook, incluiu um novo serviço para se livrar das conversas que não gosta, como grupos onde só se partilham memes ou onde a conversa não é interessante. A nova funcionalidade esconde o chat sem ninguém saber e sem ter de sair do grupo em causa. É diferente do modo “arquivar”, pois neste caso quando alguém falava o chat voltava ao ativo, o que não acontece com a nova funcionalidade. Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Tech Crunch

Apple lança programa de podcasts para utilizadores premium

A Apple revelou planos para um programa de podcasts pagos num aplicativo próprio para esse efeito — Apple Podcasts. A empresa pensou num programa que ajudará os criadores de podcasts a aumentarem a sua base de assinantes. O “Apple Services Performance Partner Program”, que já existe atualmente, vai expandir-se para incluir podcasts pagos, e será aberto a qualquer pessoa, embora a Apple acredita que faça mais sentido para editores e criadores já com um público definido. Leia a notícia completa no Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Novas pensões públicas sobem para 1.328 euros

  • ECO
  • 21 Maio 2021

O número de funcionários públicos a reformarem-se no ano passado foi o mais elevado desde 2016. Valor médio das pensões dos funcionários públicos é 229 euros acima do observado em 2019.

O valor médio das novas pensões subiu, num ano em que houve mais funcionários públicos a reformar-se. A média está nos 1.328 euros por mês, 229 euros acima do valor médio observado em 2019, de acordo com o relatório do Conselho de Finanças Públicas, noticia o Correio da Manhã.

O número de funcionários públicos a reformarem-se no ano passado foi o mais elevado desde 2016, quando foram contabilizadas novas 8.727 pensões. Em 2020, entraram para a reforma 16.696 funcionários públicos, mais 1.257 que em 2019.

Considerando todos os aposentados do Estado, a pensão média subiu 13 euros em 2020, passando para 1.342 euros. No geral, o número médio de pensionistas por “velhice e outros motivos” foi 411.541 o que, segundo o relatório, se deve em parte ao acesso à reforma antecipada dos beneficiários com, pelo menos, 60 anos de idade e 40 anos de serviço efetivo. Posto isto, a despesa da Caixa Geral de Aposentações atingiu, em 2020, 10194 milhões de euros, mais 1,4% face ao ano anterior.

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Lisboa avança com investidores a aplaudirem resultados

Bolsa portuguesa segue a tendência positiva da generalidade das praças europeias. PSI-20 beneficia da reação positiva dos investidores aos resultados das cotadas.

Lisboa está em alta. Num dia de ganhos para a generalidade dos mercados acionistas europeus, a praça nacional segue a tendência positiva, suportada nos resultados das cotadas. Os investidores estão a aplaudir as contas das empresas, nomeadamente as da Sonae.

Enquanto o Stoxx 600 soma 0,2%, o PSI-20 está a valorizar 0,26% para os 5.294,08 pontos, com a grande maioria dos 18 títulos que compõem o índice de referência a apresentarem ganhos.

O destaque vai para as cotadas que revelaram resultados do primeiro trimestre, como a Ramada, Novabase e a Sonae. A Ramada é mesmo a empresa que mais sobe nesta sessão, seguindo a valorizar mais de 8%.

A Novabase avança 3,5%, enquanto a Sonae ganha 2,5%, sendo a que mais contribuiu para o desempenho positivo da praça nacional. As ações refletem o crescimento das vendas no primeiro trimestre, período em que a “holding” apresentou um lucro de um milhão de euros.

Entre os “peso pesados”, nota para a EDP Renováveis, que avança mais de 1%, mas também para a EDP, embora com um ganho mais ligeiro de 0,24% para os 4,728 euros.

A Galp soma 0,14%, enquanto Ibersol e Corticeira Amorim perdem mais de 1%. A Nos está também a apresentar um desempenho negativo, recuando 0,25% para os 3,13 euros.

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Com investimento na ferrovia, Alstom quer voltar a Portugal

  • ECO
  • 21 Maio 2021

Alstom esteve afastada do país pela falta de investimento na ferrovia. Agora, é o momento certo para voltar a entrar no mercado português.

Gian Luca Erbacci, responsável pela Alstom (segundo maior construtor ferroviário mundial) disse, em entrevista ao Jornal Económico (link indisponível) que é “o momento certo para voltar a entrar no mercado português“, agora que o Governo voltou a apostar na ferrovia.

A Alstom – e o próprio Gian Luca Erbacci – foi a impulsionadora dos comboios pendulares em Portugal, comprados para a CP e que ainda hoje circulam. Desde então, o responsável reconheceu na entrevista que a empresa esteve afastada do país, mas foi “principalmente pela ausência de grandes projetos ferroviários no mercado português”.

Porém, essa situação pode mudar. “Agora, com o investimento que a CP pretende concretizar – anunciado pelo ministro das Infraestruturas, aliado ao fundo de recuperação da União Europeia –, consideramos que Portugal está pronto para modernizar as suas infraestruturas e o seu sistema de mobilidade. Este é o momento certo para voltar a entrar no mercado português, atendendo à lista de investimentos que Portugal quer realizar“, afirmou.

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