Lufthansa triplica reservas para Grécia, Itália, Portugal e Espanha

  • Lusa
  • 18 Maio 2021

Nos últimos sete dias, as reservas de voos para destinos de férias na Grécia, Itália, Portugal e Espanha triplicaram, em comparação com as semanas anteriores, revelou a Lufthansa esta terça-feira.

As companhias aéreas Lufthansa e Eurowings indicaram que triplicaram nos últimos sete dias as reservas de voos para destinos de férias na Grécia, Itália, Portugal e Espanha, em comparação com as semanas anteriores.

A Lufthansa informou esta terça-feira em comunicado, citado pela agência Efe, que a “procura de destinos de férias aumentou significativamente” à medida que mais pessoas são vacinadas contra a Covid-19 em vários países.

Em algumas rotas para Espanha, como Palma de Maiorca, Ibiza ou Barcelona as reservas são mais elevadas do que em 2019.

“Os voos para as ilhas Baleares e para as ilhas gregas são particularmente solicitados”, por isso, a Eurowings, a companhia de baixo custo do grupo Lufthansa, acrescentou mais de 500 voos adicionais para Palma de Maiorca, Ibiza ou para a Grécia, segundo a companhia.

Os voos de longo curso para Male (Maldivas), Cancun (México) e Punta Cana (República Dominicana) também registaram “um forte aumento na procura durante semanas”.

Nas últimas duas semanas, aumentou igualmente a procura de voos para os Estados Unidos no verão.

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Centeno duvida que seja possível Novo Banco comprar EuroBic

Governador não vê compatibilidade de calendário para que o Novo Banco possa avançar para a compra do EuroBic, pois está impedido de fazer aquisições até final do ano.

Mário Centeno duvida que seja possível o Novo Banco comprar o EuroBic. O governador do Banco de Portugal não vê compatibilidade de calendário para que o banco liderado por António Ramalho possa avançar para a compra do banco de Isabel dos Santos, pois está impedido de fazer aquisições até final do ano.

“O Eurobic está num processo de venda neste momento, que eu saiba o Novo Banco não pode fazer aquisições neste momento”, começou por explicar Centeno na comissão de inquérito ao Novo Banco.

“O Novo Banco tem de ser liberto pela Comissão Europeia dessas restrições. Isso não é um processo que eu veja compatível com o calendário que existe para a compra do EuroBic”, acrescentou o governador.

O Jornal Económico avançou que o Novo Banco estava no lote de interessados na aquisição do EuroBic, que foi colocado à venda pelos acionistas há um ano sequência da polémica em torno do Luanda Leaks.

Em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1, e questionado sobre o interesse no EuroBic, António Ramalho deixou pistas sobre qual a posição do banco neste processo. “Em 2020/2021, o banco deu um sinal muito claro ao mercado e abandonou todas as operações estrangeiras para se concentrar em Portugal. Vendemos a última operação relevante estrangeira que era a operação em Espanha. Isso significa que a nossa prioridade está na economia portuguesa, está nos particulares, nos negócios e nas empresas, é o financiamento da economia portuguesa que nos preocupa.”

De acordo com o contrato negociado com Bruxelas, o Novo Banco não pode fazer aquisições de outros bancos até ao fim do período da reestruturação, que termina a 31 de dezembro.

“Prémios neste contexto? Hum”

Sobre os prémios à gestão do Novo Banco Centeno insistiu que “são um erro, não cabe na politica atual do banco tomar essas decisões, e não deveria ser feito”.

Mais tarde voltou ao tema: “É um erro do ponto de vista reputacional de todas as dimensões que possamos imaginar. É muito bom que haja prémios, sou totalmente favorável. Às vezes não é o resultado final do ano que determina os prémios. Agora, neste contexto? Hum.

E deixou ainda uma observação curiosa sobre António Ramalho: “António Ramalho é CEO do Novo Banco. Não fui eu que o escolhi. (…) Tem-se vindo a explicar umas vezes melhor, outras vezes pior“.

(Notícia atualizada às 18h58)

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Países da UE admitem criação de lotaria europeia do património

  • Lusa
  • 18 Maio 2021

Graça Fonseca assinalou que está a decorrer "um debate político sobre o património cultural e sobre a diversificação de fontes e mecanismos de financiamento” na União Europeia.

A ministra portuguesa da Cultura, Graça Fonseca, disse esta terça-feira que os Estados-membros da União Europeia (UE) admitem a criação de uma lotaria europeia do património, como a que arranca agora em Portugal, para angariar verbas para o setor cultural.

“A lotaria é um instrumento muito popular em vários países, como em França, e hoje, na reunião do Conselho, foi mesmo sugerida por diferentes Estados-membros a criação de uma lotaria europeia para o património e, portanto, o debate tem de ser feito e está a ser feito”, declarou a governante, falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas.

Em declarações à margem de uma visita às obras dos artistas portugueses, expostas no edifício do Conselho, numa altura em que Portugal assume a presidência da UE, Graça Fonseca assinalou que, na reunião desta terça-feira dos ministros da Cultura da União, “foi feito um debate político sobre o património cultural e sobre a diversificação de fontes e mecanismos de financiamento”.

“Como dissemos sempre, […] é muito importante que os Estados procurem aumentar e diversificar o financiamento à reabilitação do nosso património cultural e este é um objetivo com que todos os Estados-membros concordam, como foi hoje evidente nesta discussão política, é algo que une os países”, observou Graça Fonseca.

Aludindo à iniciativa que arranca esta terça-feira em Portugal, a ministra da tutela notou que “a lotaria do património é um instrumento entre vários outros instrumentos que têm de ser realizados e que têm de ser testados para perceber o seu impacto”.

Além disso, “a lotaria do património é um instrumento que é muito popular em países como por exemplo França, onde, assim como muitos outros, se acredita que os cidadãos são capazes de tomar as suas próprias decisões”, reforçou.

Em causa está a lotaria instantânea do Património, que está disponível a partir desta terça-feira em Portugal, Dia Internacional dos Museus, e um ano depois do previsto, com o objetivo de angariar verbas para o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural.

Com um valor facial de um euro, a “raspadinha” do Património vai ter um prémio máximo de 10 mil euros, segundo o Ministério da Cultura.

A Lotaria do Património Cultural, que chegou a ser anunciada para o ano passado, foi inscrita no Orçamento do Estado de 2021 para ajudar a responder a “necessidades de intervenção de salvaguarda e investimento”, em património classificado ou em vias de classificação, segundo as prioridades definidas pelo Governo para este ano.

Além de servir para angariar verbas que irão reforçar o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural, segundo a ministra da Cultura, a Lotaria do Património Cultural tem também o objetivo de “envolver todos”.

Nestas declarações aos jornalistas, Graça Fonseca disse ainda que, no Conselho de Educação, Juventude, Cultura e Desporto desta terça-feira, presencial, em Bruxelas, as obras portuguesas em exposição “foram muito elogiadas e tiveram muito impacto”, apesar de não serem acessíveis ao público em geral, devido à pandemia.

Durante o primeiro semestre de 2021, a sede do Conselho da UE está decorada com arte contemporânea portuguesa, e vários espaços com uma forte componente humanista e ambiental, que procuram inspirar a tomada de decisões.

No átrio principal do edifício, por exemplo, está patente uma obra coletiva na qual participam 20 artistas plásticos representativos da arte portuguesa contemporânea e urbana, como Vhils.

Notando que toda a programação cultural da presidência portuguesa está orçada em um 1,5 milhões de euros, Graça Fonseca adiantou aos jornalistas que exposições como esta em Bruxelas permitem investir em artistas portugueses “numa altura muito difícil”, e ainda “permitir a sua internacionalização”.

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Assembleia-geral da mutualista Montepio aprovou novos estatutos e reunião continua dia 26

  • Lusa
  • 18 Maio 2021

Um dos associados presentes na reunião magna explicou que a assembleia foi suspensa pela meia-noite, uma vez que os pontos que ainda faltavam envolviam muito debate.

A assembleia-geral da Associação Mutualista Montepio Geral, realizada na segunda-feira à noite, aprovou as alterações aos novos estatutos, tendo sido posteriormente suspensa, continuando os outros pontos da reunião em discussão no dia 26.

Em comunicado, a mutualista indicou que na reunião magna, em que participaram cerca de 250 associados, foram aprovados os primeiros dois pontos da ordem de trabalhos, as alterações aos novos estatutos e a proposta de regulamento eleitoral dos órgãos sociais, tendo sido posteriormente suspensa por “não ser previsível poder concluir-se a discussão no tempo regulamentar”.

A nova assembleia-geral realiza-se a 26 de maio, às 21h00, no mesmo local (Auditório da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa).

Um dos associados presentes na reunião magna explicou à Lusa que a assembleia foi suspensa pela meia-noite, uma vez que os pontos que ainda faltavam envolviam muito debate (plano de ação de 2021, contas de 2020 e ainda propostas de melhoria dos estatutos que foram apresentadas durante a reunião) e seria incomportável levar os trabalhos a cabo pela madrugada dentro.

A Associação Mutualista Montepio Geral teve prejuízos de quase 18 milhões de euros em 2020, melhor do que os 408,789 milhões de euros negativos de 2019, segundo o relatório e contas que apresenta novamente reservas da auditora.

A PwC considera que o valor registado em ativos por impostos diferidos (de 867,6 milhões de euros, que permitem melhorar os resultados) não é recuperável.

Já o relatório do grupo de trabalho dos ativos diferidos, também divulgado no relatório e contas, diverge da PWC ao concluir da recuperabilidade desses ativos.

Em dezembro vão realizar-se eleições para a Associação Mutualista Montepio Geral, para eleição de Conselho de Administração, Conselho Fiscal, mesa da assembleia-geral e assembleia de representantes (o novo órgão social da mutualista, ao abrigo dos novos estatutos, que substitui o Conselho Geral).

O Expresso noticiou há duas semanas que candidatos que fizeram parte das listas derrotadas nas últimas eleições, em dezembro de 2018, lideradas então por Fernando Ribeiro Mendes e António Godinho, podem assumir uma candidatura conjunta para afastar a atual administração liderada por Virgílio Lima.

Poderá haver ainda uma terceira lista que envolve quadros e diretores do grupo.

Essa lista poderá concorrer autonomamente ou unir-se à lista da continuidade da direção atual ou à lista da oposição, segundo informações recolhidas pela Lusa.

A Associação Mutualista Montepio Geral – que tinha 598.438 associados no fim de 2020 (menos 3.346 do que em 2019) – tem como principal empresa o banco Montepio. É liderada por Virgílio Lima, que em dezembro de 2019 sucedeu a Tomás Correia (presidente durante 11 anos e que saiu face a processos de contraordenação).

Os candidatos à direção da mutualista e ao Conselho Fiscal deverão ter de apresentar-se ainda no verão, uma vez que os seus nomes terão antes das eleições de ser aprovados pela ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões.

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Governo reconhece que será “difícil” um consenso sobre nova lei das telecoms

  • Lusa
  • 18 Maio 2021

O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações admitiu "ser difícil" haver um "consenso amplo" em torno da nova lei das telecomunicações, que está em debate no Parlamento.

O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações afirmou esta terça-feira que a preocupação “efetiva” do Governo “é que saia uma boa lei” das comunicações eletrónicas, defendendo “um consenso mais amplo possível” sobre o diploma, que considerou “ser difícil”.

Hugo Mendes falava no Parlamento sobre a nova Lei das Comunicações Eletrónicas (LCE), que prevê a adoção de medidas necessárias para acesso do serviço universal e transpõe o Código Europeu das Comunicações Eletrónicas (CECE), que começou a ser debatida esta terça-feira.

“A nossa preocupação efetiva é que saia daqui uma boa lei”, disse o governante, depois de ouvir os vários grupos parlamentares sobre a proposta de lei do Governo. “E essa lei será tanto melhor quanto formos capazes de produzir um consenso mais amplo possível, que nós sabemos ser difícil”, sublinhou Hugo Mendes.

Isto porque “há aqui áreas onde é objetivamente exigente, para não utilizar outra palavra, encontrar uma plataforma comum a operadores e consumidores, por exemplo. Ou mesmo até entre regulador [Anacom] e o Governo”, prosseguiu.

“As entidades pensam de forma diferente, não há problema nenhum nisso, temos é que debater publicamente as posições e chegar a uma posição que seja aceitável e legítima”, defendeu Hugo Mendes.

Na questão do serviço universal, o secretário de Estado recordou que o Governo está a trabalhar na proposta de tarifa social de Internet, que esteja disponível no mercado “no início do segundo semestre”, a qual irá permitir que as pessoas com rendimentos mais baixos tenham acesso à Internet a “um preço muito acessível”.

O Governo, disse, “está a cumprir um capítulo importante do Código através da medida, sem prejuízo do debate que também vier aqui ocorrer”.

Governo prepara proposta sobre duração dos contratos (e não só nas telecomunicações)

Destacou ainda um tema que foi abordado “por todos os grupos parlamentares, pelo menos à esquerda”, que respeita à questão da resolução dos contratos de comunicações eletrónicas. “O Governo está a trabalhar numa proposta que não diz respeito apenas às comunicações eletrónicas”, mas que inclui outras áreas como ginásios, energia, entre outros, que envolve a duração dos contratos.

Além do anteprojeto da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), os deputados também conhecem os pareceres que foram enviados ao parlamento “nos últimos dias”, pelo que “poderão também fazer essas comparações”, prosseguiu o governante.

“Parece-me que também aqui não haverá um consenso entre todos na parte da resolução do contrato, vulgo regras das fidelizações e das indemnizações a pagar às operadoras, não haverá um consenso, mas o Governo vai tomar iniciativa sem prejuízo desta Assembleia poder avançar e ter um debate e tomar uma posição no fim”, disse Hugo Mendes.

Manifestou-se ainda “satisfeito com a aceitação do repto pela esmagadora maioria dos partidos, se não a totalidade, de iniciar um grupo de trabalho onde todas as entidades que participaram no grupo de trabalho inicial possam ser ouvidas e, eventualmente, também o Governo, que é participante deste processo”, e que seja possível “trabalhar ao longo das próximas semanas numa boa Lei das Comunicações Eletrónicas”.

Hugo Mendes salientou que o atual debate “deve servir de pontapé de saída” para o debate do diploma. “Esta é uma diretiva muitíssimo longa, complexa, o diploma tem quase 300 páginas”, sublinhou o secretário de Estado das Comunicações.

“Eu percebo que Portugal, de facto, já está em incumprimento. Já respondeu à Comissão Europeia, a Comissão Europeia não respondeu à resposta de Portugal. Portanto, se isso é um indicador de gravidade, eu recordo que, quando fomos notificados pela Comissão Europeia, quatro dos 27 países tinham transposto o Código Europeu das Comunicações Eletrónicas”, disse.

Embora isso não sirva “de desculpa, serve de enquadramento e de contextualização para o que se passou ao longo dos últimos dois anos, depois do Código ter sido publicado e, efetivamente, o contexto da pandemia não afetou certamente apenas Portugal”, acrescentou, em resposta ao PSD, que tinha acusado o Governo de ter deixado o diploma para a “25.ª hora”.

“Mas isso não é importante agora, seria estranho que o Governo agora estivesse a pressionar para — utilizando a expressão do PSD — ‘às três pancadas’ produzirmos um diploma fechado”, porque “o objetivo do Governo não é esse”, salientou.

“Nós temos plena consciência que o grupo de trabalho que funcionou durante vários meses não produziu o resultado que nós queríamos por decisão nossa, não por incumprimento do grupo de trabalho, houve vicissitudes várias que levaram a que o resultado final não fosse aquele que se pretendia no início da formação do grupo de trabalho”, explicou o secretário de Estado.

No entanto, a preocupação “desde o momento em que tomámos a decisão que iríamos fazer uma transposição o mais fiel possível da diretiva era que esse trabalho não fosse perdido e que todos os contributos que resultaram de um esforço longo de vários meses de todos os participantes, a começar pelo regulador, os consumidores que também estiveram representados, os operadores, pudessem eles próprios” ser debatidos publicamente “e não num grupo de trabalho fechado”.

Considerou que numa proposta de lei “desta envergadura e desta importância, o debate ganharia em ser público”, admitindo que “vai provavelmente atrasar um pouco mais”.

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ITUp vai formar 50 programadores OutSystems até final do ano

Os novos profissionais de programação serão formados de raiz e ficarão a trabalhar a partir de Portugal para o mercado norte-americano.

A portuguesa ITUp, a maior academia mundial de programação OutSystems, vai formar meia centena de novos programadores low-code até final do ano, em parceria com a Cloud Development Resources (CDR), principal fornecedora de desenvolvimento de software e soluções de TI OutSystems, na América do Norte. O curso, que terá a duração de 12 semanas, inicia-se a 7 de junho, e as inscrições já se encontram abertas.

Os 50 novos profissionais de programação serão formados de raiz e ficarão a trabalhar a partir de Portugal para o mercado norte-americano. “Dado o enorme crescimento do low-code, a necessidade de formar novos programadores na plataforma OutSystems nunca foi tão grande. Recorrer à empresa que mais e melhor forma a nível mundial, dá-nos uma garantia de experiência e qualidade que queremos usar não só internamente, mas também na revenda dos serviços da ITUp aos nossos clientes” explica Clark Swain, CEO da Cloud Development Resources, citado em comunicado.

A taxa de sucesso das saídas profissionais, conjugada com a pandemia Covid-19, tem levado a um “crescente interesse na nossa empresa e no nosso curso de especialização em OutSystems”, garante o CEO da ITUp, Luís Campos, considerando que “a possibilidade de reconversão rápida de carreiras, nomeadamente, de pessoas que não são da área das TI, ajuda a explicar o aumento da procura por este tipo de formação”.

Luís Campos, CEO da ITUpITUp

Dirigida a qualquer pessoa, independentemente do seu grau académico ou experiência profissional, a formação em OutSystems é procurada maioritariamente por pessoas que sentem necessidade de uma mudança de carreira profissional ou pela vontade de fazer algo que tenha um retorno financeiro significativo num curto espaço de tempo.

Desde 2016, a ITUp formou cerca de 3500 programadores, a maioria dos quais vindos de áreas não ligadas às TI, garantindo uma taxa de empregabilidade acima de 95% e com salários muito acima da média nacional. De acordo com o Salary Survey 2019, da consultora Robert Walters, um programador OutSystems com dois a cinco anos de experiência pode receber, em média, em Portugal, entre 25 e 40 mil euros brutos anuais, podendo mesmo chegar aos 50 mil euros, caso tenha entre cinco a dez anos de experiência.

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Ministro defende “mudança prudente e ponderada” na reforma militar

  • Lusa
  • 18 Maio 2021

Na resposta às críticas dos ex-chefes militares às mudanças na estrutura de comando, o ministro da Defesa argumentou ainda que as “Forças Armadas não existem para si próprias".

O ministro da Defesa Nacional respondeu esta terça-feira às críticas à reforma da estrutura das Forças Armadas afirmando tratar-se de uma “mudança prudente e ponderada, sustentada e aconselhada” pela experiência de Governos do PS e do PSD/CDS.

“Esta é uma mudança prudente e ponderada, sustentada e aconselhada pela experiência das reformas de 2009 e 2014, e também pelas experiências acumuladas na gestão das missões diversas das Forças Armadas”, afirmou João Gomes Cravinho, na abertura do debate, no parlamento, das duas propostas de lei para rever a Lei de Defesa Nacional e a Lei Orgânica das Forças Armadas (LOBOFA).

Para João Gomes Cravinho, esta é “a oportunidade e a obrigação”, “em nome do investimento” nas Forças Armadas, “do esforço de cada um dos militares”, e “do pleno cumprimento das múltiplas missões” e também uma de “evitar a dispersão de meios e algumas entropias legais que ainda condicionam” o seu desempenho.

A reforma que concentra mais poder no Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas está esta terça-feira em debate no parlamento, depois de semanas de críticas de ex-chefes militares e de dois antigos Presidentes, Ramalho Eanes e Cavaco Silva.

Forças Armadas “não existem para si próprias”

Na resposta às críticas dos ex-chefes militares às mudanças na estrutura de comando, o ministro da Defesa argumentou ainda que as “Forças Armadas não existem para si próprias, e os ramos não existem para si próprios”.

“Esta é uma reforma a olhar para os desafios do presente e do futuro global, não para o passado. As Forças Armadas não existem para si próprias, e os ramos não existem para si próprios. Estão ao serviço da defesa eficaz do interesse nacional num Mundo cada vez mais conflituoso, mais competitivo, e em mudança mais acelerada”, disse João Gomes Cravinho.

Na abertura do debate, no parlamento, das duas propostas de lei para rever a Lei de Defesa Nacional e a Lei Orgânica das Forças Armadas (LOBOFA), o ministro afirmou que as mudanças têm em conta o “posicionamento estratégico e a postura” das Forças Armadas que “estão em transformação”.

E apontou quatro fatores, “alterações na distribuição de poder a nível global e regional”, o “rápido desenvolvimento de novas capacidades”, as “mudanças na tipologia de ameaças” e no tipo de “missões prioritárias”.

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“É um insulto que possa ter beneficiado a minha família”, reage Rui Moreira

Presidente da Câmara do Porto vai sentar-se no banco dos réus no âmbito do processo Selminho e garante que é um "insulto sequer pôr a hipótese de ter beneficiado a família", afirma Rui Moreira.

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, vai a julgamento no âmbito do processo Selminho, onde é acusado de favorecer a imobiliária da família, da qual era sócio, em detrimento do município. O autarca já reagiu à decisão do tribunal e diz que “a acusação não tem qualquer fundamento” e que “é um insulto que possa ter beneficiado a família”, diz Rui Moreira.

“Esta decisão não me deu nem tirou razão. É uma decisão que lamento e a acusação não tem qualquer fundamento (…) considero um insulto e uma infâmia que se possa sequer pôr a hipótese de ter beneficiado a minha família, ainda para mais, num assunto que, como se sabe, a minha família acabou por perder os terrenos a favor da Câmara”, garante Rui Moreira, em declarações à imprensa.

O autarca diz que “é absolutamente inequívoco que não tive qualquer participação em qualquer processo em que estivesse envolvida a minha família e não tomei, direta ou indiretamente, ou por qualquer interposta pessoa, qualquer decisão que alterasse a posição do município em qualquer processo judicial”, referiu Rui Moreira.

Rui Moreira lembra ainda que tudo que respeita a “relação” do município com a Selminho “teve início em 2006” e o processo judicial “entre o município e a Selminho teve início em dezembro de 2010, muito antes de eu ser presidente da Câmara e numa altura em que nem sequer equacionava tal hipótese”, destacou.

Rui Moreira garante que processo não interferirá na recandidatura ao Porto

Rui Moreira é candidato ao terceiro mandato da Câmara Municipal do Porto para as próximas eleições autárquicas. O autarca garante que este processo não vai interferir na sua candidatura, refere o presidente da Câmara Municipal do Porto.

“Quero deixar bem claro, principalmente para aqueles que me querem afastar dos portuenses, que este processo não irá interferir na avaliação sobre a minha recandidatura a presidente da Câmara Municipal do Porto. Isso seria uma traição a tudo aquilo que acredito”, afirma Rui Moreira.

No final das declarações, Rui Moreira diz “acreditar que a verdade prevalecerá e a justiça chegará um dia”.

O Ministério Público (MP) já tinha pedido que o autarca fosse a julgamento, reiterando que Rui Moreira agiu em seu benefício e da família, em detrimento do município no negócio dos terrenos da Arrábida.

Em dezembro do ano passado, o Ministério Público (MP) acusou o autarca independente de prevaricação, em concurso aparente com um crime de abuso de poder, incorrendo ainda na perda de mandato, por alegadamente favorecer uma sua imobiliária e da sua família (Selminho), já durante o seu mandato (tomou posse em 23 de outubro de 2013), em detrimento da autarquia.

Isto num conflito judicial que opunha há vários anos o município à empresa imobiliária, que pretendia construir num terreno na escarpa da Arrábida.

(Notícia atualizada às 17h27 com mais informação)

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BCP avança mais de 3% e dá quinta subida consecutiva ao PSI-20

As ações do BCP e da EDP Renováveis subiram mais de 3%, permitindo ao PSI-20 fechar pela quinta sessão consecutiva em alta. Na Europa, os índices também valorizaram.

O PSI-20 subiu 0,7% para os 5.278,8 pontos na sessão desta terça-feira, acumulando cinco sessões consecutivas de ganhos. O principal índice nacional fechou em máximos de janeiro deste ano, mantendo-se abaixo dos valores registados antes da pandemia. Durante a sessão, a praça lisboeta chegou a tocar em máximos (intradiários) de fevereiro do ano passado, altura em que as bolsas começaram a cair a pique por causa da Covid-19.

Na sessão desta terça-feira, as principais praças europeias também valorizaram, ainda que menos do que o PSI-20. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, subiu 0,3%, ao passo que o alemão DAX e o espanhol IBEX avançaram 0,1%.

Em Lisboa, apenas quatro cotadas desvalorizaram, de onde se destaca a Ibersol com uma queda de 1,33% para os 5,92 euros, e duas ficaram inalteradas (REN e Sonae). As restantes cotadas registaram valorizações significativas com a maioria a subir mais de 1%.

Esse foi o caso do BCP que avançou 3,75% para os 16,62 cêntimos, acumulando dez sessões consecutivas de ganhos. A cotada está em máximos de final de fevereiro, mantendo-se ainda abaixo do nível pré-pandemia em que negociava nos 20 cêntimos. Neste momento, os investidores digerem os resultados do banco: no primeiro trimestre conseguiu lucrar 57,8 milhões de euros, mais 60% do no mesmo período do ano passado, apesar das perdas na Polónia.

É de destacar ainda a subida de 3,74% da EDP Renováveis para os 18,88 euros e a valorização de 3,63% dos CTT para os 3,99 euros. Nota também para o avanço da Mota-Engil de 3,30% para os 1,44 euros e a subida de 2,04% da EDP para os 4,64 euros.

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22 Estados-membros já ratificaram recursos próprios, faltam 5

  • Lusa
  • 18 Maio 2021

A “Áustria, a Hungria, a Holanda, a Polónia e a Roménia ainda têm de aprovar a sua decisão sobre os recursos próprios”, informou esta terça-feira Valdis Dombrovskis.

Um total de 22 Estados-membros da União Europeia (UE) já ratificaram a decisão dos recursos próprios, faltando agora cinco dar este passo para permitir à Comissão Europeia ir aos mercados obter verbas para a recuperação, foi anunciado esta terça-feira.

O anúncio foi feito pelo vice-presidente executivo da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis que, questionado numa conferência de imprensa em Bruxelas, à margem da apresentação de uma comunicação relativa a “Fiscalidade das Empresas no Século XXI”, revelou que, “até agora, 22 Estados-membros [de 27] finalizaram os seus processos nacionais sobre os recursos próprios”.

“E congratulamo-nos muito com o facto de, há apenas algumas horas atrás, a Finlândia ter ratificado a sua decisão sobre os seus próprios recursos”, acrescentou.

Observando que “a Áustria, a Hungria, a Holanda, a Polónia e a Roménia ainda têm de aprovar a sua decisão sobre os recursos próprios”, Valdis Dombrovskis instou todos estes “restantes Estados-membros a fazê-lo o mais rapidamente possível, antes do final deste mês”.

“É do interesse de toda a UE [já que] a ratificação da decisão sobre os recursos próprios por todos os Estados-membros é uma condição prévia para a Comissão Europeia ir aos mercados financeiros angariar o dinheiro necessário para iniciar os desembolsos”, vincou o responsável.

A este propósito, António Costa, através de uma publicação na sua conta na rede social Twitter, referiu que a “rápida conclusão deste processo é fundamental para lançar a recuperação económica e social”, acrescentando que os “cidadãos e empresas” da União Europeia “não podem esperar mais”.

Em causa está o Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR), avaliado em 672,5 mil milhões de euros (a preços de 2018) e elemento central do “Next Generation EU”, o fundo de 750 mil milhões de euros aprovado pelos líderes europeus em julho de 2020 para a recuperação económica da UE da crise provocada pela pandemia de covid-19.

O MRR irá disponibilizar aos Estados-membros um total de 312,5 mil milhões de euros em subvenções e 360 mil milhões de euros em empréstimos.

Para aceder ao mecanismo, os países da UE têm de submeter a Bruxelas os seus PRR com os programas de reforma e de investimento até 2026, sendo que 18 Estados-membros (incluindo Portugal) já o fizeram.

Mas para que este fundo de recuperação chegue ao terreno é também necessário que cada país ratifique a decisão sobre recursos próprios, passo esse que permite à Comissão ir aos mercados angariar financiamento.

Esta terça-feira, a presidência portuguesa da UE reconheceu o “desafio enorme” que constitui para a Comissão a avaliação dos Planos de Recuperação e Resiliência, mas disse manter-se fortemente apostada na aprovação de um primeiro pacote em junho, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Intervindo em representação do Conselho da UE num debate no Parlamento Europeu sobre o direito à informação da assembleia relativamente à avaliação em curso dos planos nacionais, Augusto Santos Silva apontou por diversas vezes que “a questão do tempo é decisiva”, reiterando a importância de os primeiros desembolsos terem lugar antes do final do verão.

“Do lado da presidência, os prazos são claros: nós estamos inteiramente disponíveis para que seja já em junho, no Conselho Ecofin de junho, que os primeiros planos nacionais de Recuperação e Resiliência sejam aprovados e contamos trabalhar com a Comissão Europeia para cumprir esse propósito, porque aqui a questão do tempo é decisiva”, afirmou o chefe da diplomacia portuguesa.

Na semana passada, em entrevista à agência Lusa, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, afirmou partilhar a convicção da presidência portuguesa de que será possível aprovar um primeiro pacote de Planos de Recuperação e Resiliência em junho, embora advertindo que o Conselho também deve ser célere.

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86% dos portugueses vão passar férias em Portugal com um orçamento mais apertado

Um em cada quatro portugueses ficará hospedado num hotel, mas vão gastar menos quando comparado com o ano passado, de acordo com o Observador Cetelem.

Falta pouco mais de um mês para o verão e a grande maioria dos portugueses (86%) vai optar por passar férias em território nacional, enquanto apenas 6% vai passar férias no estrangeiro. Este ano, o orçamento dos portugueses é mais apertado, tendo em conta que esperam gastar durante as férias de verão aproximadamente 750 euros, menos 160 euros que no ano passado, de acordo com um inquérito do Observador Cetelem.

Os homens pretendem gastar mais que as mulheres (829 euros contra 687 euros o ano passado). A faixa etária que está disposta a gastar mais (845 euros) nas férias de verão é a dos 45-54, contrariamente à faixa etária dos 65 aos 74 que esperam gastar menos (519 euros).

De acordo com este inquérito que teve por base uma amostra de mil pessoas, 31% dos portugueses vão pagar as despesas associadas às férias através do cartão de crédito, um aumento de cinco pontos percentuais face ao ano passado.

Mais de metade (53%) está a planear fazer férias fora da sua residência principal. No processo de marcação destas férias, os portugueses têm um comportamento diferente do ano passado, tendo em conta que têm recorrido mais às agências de viagens e arrendamento de casas (31% contra 11% em 2020) e aos hotéis (12% contra 2% em 2020).

Neste sentido, este ano, os hotéis voltaram a recuperar a preferência dos portugueses: um em cada quatro vai passar as férias em hotéis, quando em 2020 eram apenas 5%. No entanto, a maioria continua a preferir ficar hospedada numa casa, seja ela de familiares/amigos (30%), uma residência secundária (23%) ou uma casa alugada (18%).

Outra das conclusões deste inquérito é que 6% dos portugueses vai optar pelo turismo rural, um número semelhante (7%) ao ano passado.

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Para ser neutro em carbono antes de 2050, Portugal tem de acelerar 20% a descarbonização e investir 7% do PIB ao ano

“A descarbonização vai exigir de Portugal um investimento anual de 7% do PIB. A alteração dos fluxos de capital poderá criar oportunidades de até 10-15% do PIB português”, considera a McKinsey.

O primeiro-ministro António Costa e o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, não se cansam de repetir que Portugal foi o primeiro país do mundo a anunciar a meta de se tornar neutro em carbono em 2050. Agora, há um novo estudo que vai mais longe e diz mesmo que o objetivo net zero” pode ser atingido ainda antes de 2050, dado o potencial de descarbonização a baixo custo que Portugal apresenta, relativamente aos restantes países europeus, podendo assim contribuir para o caminho de descarbonização mais eficiente da União Europeia.

De acordo com Hugo Espírito Santo, partner na McKinsey, “a descarbonização vai exigir de Portugal um investimento inicial que poderá ter um peso de cerca de 7% do PIB ao ano, maioritariamente redirecionado de tecnologias com elevada pegada carbónica. Por outro lado, a alteração dos fluxos de capital no mundo poderá criar oportunidades de crescimento até 10-15% do PIB português”.

A conclusão é do relatório “Net-Zero Portugal – Caminhos de Portugal para a descarbonização”, elaborado pela McKinsey & Company com a colaboração do BCSD Portugal, e apresentado esta terça-feira. Além disso, o estudo prevê ainda que o país tem de acelerar em 20% as tendências recentes de descarbonização conseguidas entre 2005 e 2019, isto se quer acompanhar o objetivo de redução da União Europeia de 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990.

Se o fizer, Portugal tem condições para descarbonizar cerca de 50% até 2030 (face a 1990) “dada a posição mais favorável do setor eletroprodutor, a maior penetração de veículos elétricos, assim como um maior potencial da floresta para sequestro de emissões”. Mas para isso o país terá de somar mais capacidade elétrica renovável, estimular a adoção de veículos elétricos e desenvolver novas cadeias de valor, como o hidrogénio verde, combustíveis de baixo carbono e CCUS (captura, utilização e/ou armazenamento de carbono). “É também necessária uma abordagem estratégica à floresta e ao uso do solo, bem como uma ação decisiva dos setores privado e público e da sociedade civil”, refere a McKinsey em comunicado.

Já para João Meneses, secretário-Geral do BCSD Portugal, “Portugal partiu para o desafio da descarbonização com a vantagem de já ter uma elevada presença de fontes renováveis no seu mix energético”.

No entanto, ressalva, “para sermos um país neutro em carbono, até 2050, teremos de acelerar o ritmo. Será necessária 5-6 vezes mais capacidade eólica e solar para eletrificar a economia, adotar novas tecnologias em larga escala, melhorar a gestão das florestas, dos solos e dos resíduos, rever as políticas e os incentivos públicos, e a adoção de novos comportamentos por parte dos portugueses. A neutralidade carbónica está ao nosso alcance, mas será um processo exigente. A boa notícia é que parece haver um consenso público nesse sentido, bem como soluções e financiamento disponíveis”, disse, citado no mesmo comunicado

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