Vêm aí mais 30 milhões para casas eficientes. Novo apoio chega “em dias”, diz ministro

  • Capital Verde e Lusa
  • 11 Maio 2021

A segunda edição do Programa “Edifícios + Sustentáveis 2021” vai voltar a abrir candidaturas muito em breve e desta vez tem uma dotação sete vezes superior do que no ano passado, vinda de Bruxelas.

O ministro do Ambiente anunciou esta terça-feira em dois momentos diferentes que o Governo vai lançar “em dias” um aviso de 30 milhões de euros para projetos de melhoria da eficiência energética de edifícios residenciais, no âmbito das verbas do PRR.

A segunda edição do Programa “Edifícios + Sustentáveis 2021” vai assim voltar a abrir candidaturas muito em breve e desta vez tem uma dotação sete vezes superior do que no ano passado, vinda de Bruxelas. Isto depois de esgotados por completo os 8,5 milhões de euros (4,5 milhões em 2020 mais um reforço extra de 4 milhões em 2021) que o Governo destinou para a primeira edição do Programa “Edifícios + Sustentáveis”.

“Vamos lançar em dias, dos 300 milhões que são destinados aos edifícios residenciais, um aviso de 30 milhões de euros, para poder desenvolver esses mesmos projetos casa a casa”, anunciou João Pedro Matos Fernandes, na comissão parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território.

“Queremos no muito curto prazo lançar o primeiro aviso de 30 milhões de euros”, reafirmou o governante no mesmo dia, na abertura da VII Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa sobre “o PRR e a aposta na reabilitação urbana”.

No site do Fundo Ambiental encontra-se já a informação de que está a ser preparada a segunda fase do Programa de Apoio aos Edifícios Mais Sustentáveis 2021 (PAE+S2021). “Ainda não é possível a submissão de candidaturas a este novo Programa. Após a publicação do regulamento em Diário da República, o Fundo Ambiental disponibilizará o regulamento publicado e restante informação sobre a fase II do PAE+S (PAE+S2021) na página dedicada“, pode ler-se no site.

Quanto ao processo de avaliação das candidaturas submetidas ao até 31 de dezembro de 2020, o mesmo está ainda a decorrer, informa igualmente o Fundo Ambiental. “Encontra-se disponível para consulta um ponto de situação, atualizado quinzenalmente, do processo de avaliação das candidaturas submetidas”.

“No início do verão, em julho, faremos igual anúncio, igual aviso para o combate à pobreza energética, aqui não é a distribuição de dinheiro, mas é a distribuição de ‘vouchers’, para poder pagar esses mesmos projetos”, acrescentou o governante.

Este aviso de 30 milhões para janelas eficientes e painéis solares, entre outros investimentos, agora anunciado pelo ministro para os próximos dias insere-se no âmbito das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vindas de Bruxelas, que destina 610 milhões de euros para a eficiência energética de edifícios, dos quais 300 milhões são para residências.

Na segunda edição do Programa “Edifícios + Sustentáveis 2021”, a taxa de comparticipação dos investimentos continua a manter-se nos 70%, mas soma-se uma inovação que passa por uma verba extra de cinco milhões de euros para apoiar a instalação de painéis fotovoltaicos, baterias e outros sistemas de armazenamento no âmbito nas novas comunidades de energia que o Governo quer promover, acrescentou ainda o governante ao Jornal de Notícias. Desta forma, além das famílias, ficam as candidaturas abertas também a câmaras municipais, caso tenham comunidades de energia em bairros sociais.

Famílias carenciadas recebem 1.300 euros para aquecer a casa a partir do verão

No combate à pobreza energética, o Governo tem 130 milhões, abrangidos pelo PRR, para distribuir vales: primeiros 26 milhões podem chegar a 20 mil famílias ainda em 2021.

Ministério do Ambiente vai atribuir, já em 2021, 56 milhões de euros às famílias para tornarem as suas habitações mais eficientes e combater a pobreza energética. Deste valor, 30 milhões são então para os Edifícios Mais Sustentáveis e os restantes 26 milhões destinam-se a agregados familiares pobres, sendo que cada um receberá um vale de 1.300 euros. Estima-se que estes 26 milhões cheguem a 20 mil agregados, mas tudo depende das candidaturas a concurso, que o Governo espera iniciar no verão.

Este valor está incluído no Plano de Recuperação e Resiliência. Os vales para eficiência energética têm uma dotação de 130 milhões e pretendem chegar a um total de 100 mil famílias com carências económicas. No total, cerca de 300 milhões do PRR destinam-se ao combate à pobreza energética.

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Fisco já devolveu mais de mil milhões de euros em IRS

A Autoridade Tributária processou 1.084.219 declarações de IRS que deram lugar a reembolso. No total, os portugueses já receberam de volta mais de mil milhões de euros.

Passado um mês e poucos dias desde que a campanha do IRS começou, a Autoridade Tributária e Aduaneira já devolveu 1.015 milhões de euros aos portugueses, de acordo com um balanço divulgado esta terça-feira pelo Ministério das Finanças.

Dado que o número de declarações de IRS que deu lugar a reembolso foi de 1.084.219, o reembolso médio neste momento é de 936,34 euros por cada declaração.

No comunicado, o gabinete de João Leão adianta que até às 12h desta terça-feira tinham sido submetidas pelos portugueses 3,68 milhões declarações de IRS. Tendo em conta os números do ano passado, o total de declarações entregues estará perto de seis milhões.

62% das declarações foram entregues por declaração manual enquanto as restantes 38% correspondem ao IRS Automático, uma opção que foi alargada a mais contribuintes este ano e que será ainda mais no próximo ano.

Do universo de declarações entregues, o fisco liquidou 1.855.691 declarações, das quais 1.084.219 deram lugar a reembolso e 188.230 a notas de cobrança — cujo valor total pago não é divulgado pelo Ministério das Finanças.

As restantes 583.242 correspondem a um saldo nulo, situação em que o contribuinte não tem nada a pagar nem a receber neste acerto de contas do IRS com o fisco.

A entrega da declaração de IRS em 2021, referente aos rendimentos auferidos em 2020, é feita exclusivamente através do Portal das Finanças, sendo que os contribuintes podem recorrer à linha de apoio da AT através do 217 206 707. Cerca de dois terços dos contribuintes beneficiam do IRS Automático, se preferirem, o que facilita o preenchimento da declaração. O prazo de entrega acaba no dia 30 de junho.

(Notícia atualizada às 18h52 com mais informação)

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Cerca sanitária levantada em Odemira

Primeiro-ministro confirmou que a cerca sanitária seria levantada a partir das 00h00 de dia 12 de maio. Foram também assinados dois acordos para resolver problemas habitacionais.

O Presidente da República, em visita ao Minho, revelou esta terça-feira o fim da cerca sanitária em Odemira: “Fui informado pelo senhor primeiro-ministro que seria levantada a cerca sanitária hoje [terça-feira] mesmo“. Porém, o levantamento só iria ocorrer depois da meia-noite, como confirmou o primeiro-ministro, que esteve na vila alentejana.

O primeiro-ministro, António Costa, deslocou-se a Odemira onde revelou que recebeu uma proposta esta manhã que pedia o levantamento da cerca sanitária. Segundo essa proposta os novos casos correspondiam a cadeias de contágio já identificadas “não havendo neste momento transmissão comunitária” e o número de casos tem vindo a diminuir. Por isso, “a partir das 00h de amanhã ou das 24h de hoje a cerca sanitária será levantada”.

Em causa está a cerca sanitária imposta na sequência da situação epidemiológica no concelho de Odemira, em Beja, às freguesias de São Teotónio e Longueira-Almograve. Foram ainda avançadas medidas de rastreio, isolamento dos infetados por Covid-19 e também houve um reforço na vacinação.

“Levantada a cerca sanitária não significa que o problema tenha desaparecido. Existe aqui em Odemira e existe em todo o país”, lembrou o chefe do Governo.

Assinados dois novos acordos habitacionais

Marcelo Rebelo de Sousa avançou ainda que será feito um acordo com o Estado e autarquia para reverter a situação temporária em que se encontram alguns imigrantes e trabalhadores do setor agrícola, nomeadamente no que diz respeito aos problemas de habitação. Segundo o Presidente, a solução poderá passar por fundos europeus.

Os acordos foram explicados em detalhe pelo primeiro-ministro: primeiro um acordo para os trabalhadores sazonais foi assinado com “os proprietários [das empresas agrícolas] para que promovam a existência de condições de habitação condigna para aqueles que para si trabalham numa base sazonal e nós [Governo] comprometemo-nos a usar verbas do fundo europeu do desenvolvimento regional para apoiar a criação dessas condições”.

Por outro lado, António Costa avançou que há ainda uma nova geração de políticas de habitação que criam condições para que “cada município gira a sua política local de habitação”. Foi esse acordo que foi assinado com o autarca de Odemira.

“São duas propostas habitacionais para duas situações distintas. É uma resposta estrutural para esta realidade, aqui em Odemira ou para qualquer zona do país onde este problema existe”, referiu.

O primeiro-ministro considerou que se, no início do próximo ano, regressar a Odemira e já observar trabalho feito para “habitação condigna” de trabalhadores agrícolas, isso significará que o Governo retirou “as devidas consequências políticas” da atual situação.

António Costa afirmou que o Governo terá “bons motivos” para poder dizer “com orgulho” que tirou “as devidas consequências políticas” da situação de Odemira, se, no início de 2022, voltar à vila para “ver já concluído este trabalho da habitação para trabalhadores sazonais” e a “avançar a execução dos trabalhos necessários para habitação condigna para todos os residentes”.

A situação em que se encontram estes trabalhadores tem gerado um longo debate em torno das condições habitacionais e de trabalho a que os imigrantes estão sujeitos. Como não havia condições para se isolarem quando infetados com o novo coronavírus, o Governo fez uma requisição civil do resort Zmar, para onde estas pessoas se dirigiram, o que gerou muita polémica entre políticos, advogados e mesmo proprietários de casas no resort.

(Notícia atualizada às 21h53)

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EDP Brasil duplica aposta em distribuição e investe em energia solar

  • Lusa
  • 11 Maio 2021

O objetivo da gestão de João Marques da Cruz "é atingir as metas do plano estratégico para o período de 2021-2025, que incluem investimentos de 1,5 mil milhões de euros.

A EDP Brasil duplicou a aposta em redes de distribuição de energia e aumentou os investimentos em energia solar para mitigar riscos e cumprir as metas de cinco anos no Brasil, disse João Marques da Cruz, novo presidente da empresa.

O executivo, que assumiu funções de presidente da EDP Brasil em fevereiro passado, afirmou numa entrevista à agência Lusa que o objetivo de sua gestão é atingir as metas do plano estratégico para o período de 2021-2025, que incluem investimentos de 10 mil milhões de reais (1,5 mil milhões de euros na cotação atual) e está balizado em dois vetores principais: redes de distribuição e transmissão de energia e geração de energia solar.

“As prioridades [da EDP Brasil] são arrojadas e a empresa em 2025 será melhor do que é hoje, mas será uma empresa diferente. Em termos de geração [de energia] terá mais sol [energia solar] e menos água [energia hidroelétrica] e em termos de redes será maior do que os ativos de redes que temos hoje”, frisou.

Segundo Marques da Cruz, o plano estratégico tem como objetivo mitigar os riscos de operação no Brasil.

“Nós temos usinas [centrais] hídricas que são muito boas, mas o Brasil tem uma seca estrutural. Obviamente, que há anos mais húmidos e há anos mais secos, mas antigamente havia uma média. Agora, a dita média de anos secos e húmidos estão [com] mais [anos] secos do que húmidos. Os anos secos estão mais frequentes e isto faz uma pressão no preço”, explicou.

É muito importante reduzir o risco hídrico não a geração, e nós queremos continuar a apostar na geração [de energia] e o sol há sempre. Logo a aposta mais sol, menos água nos permite reduzir o risco”, acrescentou.

Além de mitigar riscos de operação no país sul-americano, onde a EDP obteve lucro líquido de 1,5 mil milhões de reais (235 milhões de euros) em 2020, Marques da Cruz disse que empresa privilegiará uma adaptação à transição energética a partir de um investimento de seis mil milhões de reais (940 milhões de euros) em redes de distribuição, o dobro do que foi investido nos cinco anos anteriores.

“Adaptarmos a transição energética é investir na modernização das redes e investir na geração descentralizada solar. A razão [do plano estratégico tem a ver] com as alterações climáticas e o risco hidrológico e a adaptação da transição energética que será uma realidade no Brasil”, destacou.

O presidente da EDP Brasil destacou que “as redes são a prioridade número um. O solar é uma prioridade para substituição de algum [empreendimento] hídrico”.

A empresa estima investir três mil milhões de reais (471 milhões de euros) em energia fotovoltaica para atingir a geração de 1GWp, aumentando em 20 vezes a sua produção atual neste segmento no Brasil.

Questionado sobre informações acerca da intenção da empresa em vender três hidroelétricas no Brasil, Santo Antônio do Jari e Cachoeira Caldeirão, ambas no estado brasileiro do Amapá, e Mascarenhas, no Espírito Santo, que somadas tem capacidade para produzir 800 megawatts, Marques da Cruz não confirmou as negociações.

“Não confirmo [a intenção de] venda [das hidroelétricas] mas confirmo que nós, em relação a estas ‘hídricas’ estamos escutando o mercado. É verdade que estamos escutando o mercado e em função de uma auscultação, nesta fase atual, ainda não vinculante, é que decidiremos se queremos fazer venda ou não”, afirmou.

Marques da Cruz acrescentou que a EDP Brasil não confirma nenhuma intenção porque ainda não existe “nenhuma decisão formal de venda“.

“Mas, é verdade que estamos escutando o mercado”, e portanto, segundo o executivo, aquela hipótese também não está descartada.

A EDP Brasil divulgará informações sobre seu desempenho financeiro no primeiro trimestre do ano de 2021 na quarta-feira (12 de maio).

Questionado sobre se vê com otimismo as condições do mercado brasileiro, país duramente atingido pela pandemia de covid-19 e que antes da crise sanitária apresentava uma lenta recuperação de uma recessão registada nos anos de 2015 e 2016, o responsável respondeu afirmativamente.

“É evidente que o Brasil, do ponto de vista económico, tem vivido muitos ciclos, vários problemas (…) Nós estamos numa fase que basta ler qualquer jornal para perceber que há um afluxo de capitais para fora do Brasil. O saldo líquido de capitais curativos, das empresas, está mais no sentido de saída do que da entrada, mas nós apostamos no Brasil”, apontou.

Nós acreditámos estruturalmente no Brasil. É evidente que a EDP define regras de exposição aos mercados, que são públicas, há um limite, mas estamos longe deste limite e por isto achamos que há oportunidade no Brasil em redes [de transmissão de energia] e energia solar e vamos investir nestes segmentos”, concluiu.

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Lisboa segue quedas da Europa. Energia pressiona

Setor energético pesou na bolsa, mas o destaque foi para as ações dos CTT que caíram mais de 6%. O BCP voltou a brilhar, subindo mais de 2%.

A bolsa nacional encerrou no “vermelho”, com apenas quatro cotadas a escaparem às perdas. A contribuir para esta “maré vermelha” em Lisboa estiveram as empresas do setor energético, sendo que o destaque da sessão foi para os CTT que caíram mais de 6%. O BCP, por seu lado, subiu mais de 2%, impedindo uma descida mais acentuada do índice.

O PSI-20 deslizou 1,82% para 5.083,02 pontos, com apenas três cotadas no “verde” e uma inalterada. Nas subidas, destaque para os títulos do BCP que somaram 2,01% para 0,1418 euros, representando a maior valorização nesta sessão, isto apesar dos prejuízos apresentados pelo Bank Millennium, na Polónia.

A Semapa e a Ibersol acompanharam a tendência positiva, registando ganhos de 0,68% e 0,33% respetivamente. A Corticeira Amorim, por seu lado, manteve-se inalterada.

A contribuir para esta “maré vermelha” na bolsa nacional estiveram as empresas do setor energético. A EDP Renováveis caiu 3,75% para 17,95 euros, enquanto a EDP recuou 3,84% para 4,381 euros. Ainda a pressionar Lisboa esteve a Galp Energia que perdeu 1,86% para 10,04 euros.

Destaque ainda para os CTT, cujas ações afundaram 6,32% para quatro euros, representando a maior descida desta sessão. A Nos perdeu 1,61% para 2,936 euros, enquanto a Jerónimo Martins desvalorizou 1,72% para 15,395 euros.

BCP brilha em “dia negro” em Lisboa

No resto da Europa a tendência é igualmente de perdas, num dia em que os investidores estão de olhos postos no setor tecnológico. As ações tecnológicas começaram a desvalorizar no início deste ano, com receios relacionados com a inflação, que podem levar a uma subida dos juros, especialmente nos EUA.

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Representante do Lone Star assessorou Fundo de Resolução na venda do Novo Banco

Evgeny Kazarez, atual presidente da subsidiária que representa o Lone Star no capital do Novo Banco, disse no Parlamento que fez parte da equipa que assessorou o FdR na venda da instituição em 2017.

Antes de ser presidente da Nani Holdings, a subsidiária do Lone Star que detém a participação no Novo Banco, Evgeny Kazarez era membro da equipa do Deutsche Bank em Londres que assessorou o Fundo de Resolução na venda do banco ao fundo norte-americano. A informação foi revelada pelo próprio numa audição no Parlamento.

Kazarez explicou que, além de representar a Nani Holdings atualmente, é funcionário da Hudson Advisers. Mas, antes de entrar nesta empresa, “fazia parte de uma equipa responsável por assessorar instituições financeiras em transações estratégicas”.

“Como parte dessa equipa, trabalhei em algumas transações em Portugal e fui parte da equipa do Deutsche Bank que assessorou o Fundo de Resolução na venda do Novo Banco”, disse aos deputados na comissão de inquérito ao Novo Banco, quando questionado nesse sentido pela centrista Cecília Meireles.

Por outras palavras, o responsável que atualmente representa o comprador Lone Star, anos antes, participou na equipa que assessorou o vendedor, o Fundo de Resolução.

Questionado sobre potenciais conflitos de interesse, Kazarev disse que a Nani Holdings, enquanto entidade regulada, levou a que tivesse de ser alvo de uma avaliação do Banco de Portugal e do Banco Central Europeu, pelo que diz ter feito “todas as divulgações” necessárias sobre as suas funções anteriores e atuais.

Na mesma audição, questionado sobre eventuais passagens de quadros da Hudson Advisers para o Novo Banco, Kazarev admitiu ter conhecimento de uma funcionária que “demitiu-se da Hudson Advisors” e “aproveitou uma oportunidade de emprego no Novo Banco”.

A pessoa em questão, revelou, é Miriam Forte, que, alegadamente, é hoje “diretora do departamento de recuperação” do Novo Banco. No LinkedIn, Miriam Forte surge como diretora de recuperação de crédito corporativo desde abril de 2021, sendo antes vice-presidente da Hudson Advisors.

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Nos passa de prejuízos a lucros de 30,5 milhões de euros. Confinamento trava receitas

Operadora liderada por Miguel Almeida apresentou lucros de 30 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, período marcado por um novo confinamento. Tanto o EBITDA como as receitas caíram.

A Nos passou de prejuízos a lucros no primeiro trimestre. A operadora ganhou 30,5 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, período marcado pelo novo confinamento que, apesar de não ter impacto nos resultados líquidos, pesou nas contas da empresa liderada por Miguel Almeida. As receitas caíram.

“O resultado líquido consolidado situou-se em 30,5 milhões de euros face aos 10,4 milhões negativos registados um ano antes”, refere a Nos em comunicado enviado à CMVM. O EBITDA consolidado cedeu 0,4%, para 152,2 milhões de euros, enquanto as receitas recuaram 2,3% para os 337,4 milhões de euros.

“O EBITDA de comunicações aumentou 1,2%, neste período, para 143,5 milhões de euros. Na área de cinema e audiovisuais, a quebra dos resultados operacionais atingiu 20,6% face aos primeiros três meses do ano passado”, refere a empresa, sendo este resultado reflexo do encerramento destes espaços devido à pandemia.

“As receitas de telecomunicações, apesar dos efeitos da pandemia sobre as receitas de roaming, registaram um crescimento de 0,8% face ao período homólogo, atingindo 335,7 milhões de euros”, nota a Nos. “As receitas consolidadas, não comparáveis com as do período homólogo de 2020 devido ao encerramento dos cinemas e ao impacto verificado com o confinamento neste trimestre, registaram um decréscimo de 2,3% para 337,4 milhões de euros”, salienta.

Mais clientes, mais investimento

A Nos revela que nas comunicações móveis “verificou-se um crescimento de 3% no número de serviços, que passam a totalizar 4,992 milhões”. E diz que esta tendência foi também sentida nos serviços de banda larga fixa, que cresceram em 37 mil, totalizando 1,462 milhões, e também nos serviços de voz fixa, que atingiram 1,771 milhões, mais 14 mil serviços, face ao ano anterior.

O 5G é uma tecnologia disruptiva na qual a Nos pretende ter uma posição de liderança.

Miguel Almeida

CEO da Nos

“O número de clientes convergentes e integrados alcançou 62,9% da base total de clientes fixos, mais 2,2 pontos percentuais do que no final de março de 2020”, refere no comunicado enviado ao regulador do mercado de capitais. “No final do primeiro trimestre de 2021, a base de serviços totais prestados pela Nos atingia 9,902 milhares de RGUs, um crescimento de 2,1% face ao período homólogo”, remata.

Neste período, a Nos fez chegar a sua rede a mais casas: “a cobertura de rede fixa de nova geração atingiu, no final deste trimestre, 4,913 milhões de casas, mais 274 mil face ao final do trimestre homólogo”, diz. A Nos “reforçou os seus investimentos, em particular na área de comunicações. O Capex total do grupo, excluindo os contratos de leasing, aumentou 8,7% e atingiu 96 milhões de euros”, salienta.

Nos quer posição de liderança no 5G

Os investimentos vão prosseguir, especialmente nas redes de nova geração, o 5G. Isto apesar de Miguel Almeida salientar as dificuldades que o 5G enfrenta no mercado nacional.

“Apesar de todas as dificuldades regulatórias que se têm enfrentado em Portugal, o 5G é uma tecnologia disruptiva, na qual a Nos pretende ter uma posição de liderança, focada numa abrangente implementação e na superação contínua das expectativas dos nossos clientes, que constituem o centro da nossa atividade”, diz o CEO.

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Ministro reconhece que venda de barragens “é incomum” mas não afeta territórios

  • Lusa
  • 11 Maio 2021

“As concessões mantêm o seu período de duração e também a forma de exploração”, referiu Matos Fernandes sobre a venda das barragens da EDP à Engie.

O ministro do Ambiente e Ação Climática reconheceu que a transmissão de concessões de barragens no Douro “não é comum”, mas considerou que não prejudicarão os territórios que abrangem.

Falando numa audição na Comissão Parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, João Pedro Matos Fernandes afirmou que “a transmissão da concessão das barragens, não sendo comum no nosso país, nada atrasa ou adianta ao projeto de desenvolvimento destes territórios”.

“As concessões mantêm o seu período de duração e também a forma de exploração”, referiu, salientando que a empresa que vai gerir a concessão das barragens, vendida pela EDP à empresa Engie, tem sede em Miranda do Douro, no centro do território do Douro Internacional, um dos “dois mais frágeis do país”.

As três barragens que se situam no Douro Internacional, as mais antigas, justificam que “o investimento per capita em Miranda e Mogadouro, municípios onde se localizam esses equipamentos, em muito ultrapassa a média dos outros concelhos” incluídos no grupo de 10 autarquias do Nordeste Transmontano envolvidos na área de influência das barragens.

Matos Fernandes acusou o movimento Terras de Miranda, que criticou o negócio, de “personalizar” acusações em si e “nem sequer participar no encontro que há quatro meses lançou o grupo de trabalho” que analisou o impacto da venda das concessões das barragens em Trás-os-Montes.

“Nos tempos que correm, não vale a pena vir para a praça pública discutir contra aqueles que, por não serem agentes políticos, são sempre livres de pecado – sem preocupação de redenção”, argumentou.

O deputado Nelson Peralta, do Bloco de Esquerda, acusou o Governo de não ter travado o negócio, argumentando que o podia ter feito “se quisesse” e de não ter garantido o pagamento de 110 milhões de euros em imposto de selo que o Bloco considera que deviam ter sido pagos pela venda de concessões.

Matos Fernandes acusou o Bloco de querer politizar a Autoridade Tributária, que considera ser a responsável pelo apuramento de alguma irregularidade no negócio.

O ministro reiterou que nos próximos seis anos serão investidos 92 milhões de euros no Nordeste Transmontano, mais de metade dos quais no próximo quadro de financiamento europeu.

Do quadro atual, serão investidos 11,7 milhões para ciclo urbano da água e mobilidade sustentável e até 2023 serão aplicados 6,5 milhões de euros em recursos hídricos e 5 milhões para conservação da natureza, bem como 15 milhões do Fundo Ambiental para gestão de resíduos urbanos e mobilidade.

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Quer ir a banhos? Época balnear começa a 12 de junho na maioria das praias

  • Lusa
  • 11 Maio 2021

O Governo aprovou as regras de acesso e ocupação das praias durante o verão, com mudanças em relação ao ano passado ao nível da atividade desportiva no areal e da utilização de equipamentos de lazer.

A maior parte dos municípios decidiu iniciar a época balnear em 12 de junho, disse esta terça-feira o ministro do Ambiente e da Ação Climática, indicando que a fixação dessa data vai ser publicada esta semana.

“Depende de município para município, porque são os municípios que fixam essa mesma data. Sei dizer que a maior parte dos municípios escolheu o sábado, dia 12 de junho, para o início da época balnear”, afirmou o governante João Matos Fernandes, no âmbito de uma audição regimental na comissão parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território.

O tema da época balnear surgiu pela voz do deputado do CDS-PP Pedro Morais Soares, que questionou o ministro sobre a data de início e quando está previsto sair o diploma sobre as regras da Direção-Geral da Saúde para as praias.

Relativamente às regras de acesso e ocupação das praias, o ministro do Ambiente referiu que o decreto-lei foi aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministro e ainda tem de ser promulgado pelo Presidente da República, para que possa ser publicado no Diário da República.

“Acreditamos que as regras, sendo tão semelhantes às do ano passado, não há nenhuma razão para que não seja [promulgado] e será publicado em breve”, declarou João Matos Fernandes.

Na quinta-feira, o Governo aprovou as regras de acesso e ocupação das praias durante a época balnear, com alterações em relação ao ano passado ao nível da atividade desportiva no areal e da utilização de equipamentos de lazer.

Em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, a ministra da Presidência revelou que se mantêm “em larga medida” as regras aplicadas na época balnear de 2020 devido à pandemia da covid-19, com exceção das “relativas à atividade desportiva no areal ou à utilização de alguns equipamentos de lazer nas praias”.

“As restantes medidas, como a necessidade de uso de máscara no acesso aos cafés ou restaurantes e às casas de banho, e a não necessidade de uso de máscara no areal mantêm-se”, afirmou Mariana Vieira da Silva, sem especificar as alterações a introduzir este ano.

Na semana anterior à aprovação do diploma, também em conferência de imprensa após a reunião semanal do executivo, o primeiro-ministro, António Costa, tinha revelado que o Governo iria manter este ano as mesmas regras para o acesso às praias que estabeleceu no ano passado devido à pandemia.

“Os utentes das praias e as entidades concessionárias devem cumprir as normas e orientações emitidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), assegurar o distanciamento físico de segurança, a etiqueta respiratória e a limpeza e higienização dos espaços, proceder à higienização frequente das mãos, utilizar máscara, quando tal se revele necessário e adequado”, lê-se no comunicado hoje divulgado, no ponto relativo à aprovação do decreto-lei que “estabelece o regime aplicável ao acesso, à ocupação e à utilização das praias”.

No ano passado foi determinado que os utentes das praias deviam assegurar um distanciamento físico de 1,5 metros entre diferentes grupos e afastamento de três metros entre chapéus de sol, toldos ou colmos.

A utilização do areal das praias estava interdita a “atividades desportivas com duas ou mais pessoas, exceto atividades náuticas, aulas de surf e desportos similares”.

Nos toldos, colmos e barracas de praia, “em regra, cada pessoa ou grupo só podia alugar de manhã [até 13:30] ou tarde [a partir das 14:00]”, com o máximo de cinco utentes.

Foi também instalada uma “sinalética tipo semáforo”, em que a cor verde indicava ocupação baixa (1/3), amarelo ocupação elevada (2/3) e vermelho ocupação plena (3/3).

A informação sobre o estado de ocupação das praias era atualizada de forma contínua e em tempo real na aplicação ‘Info praia’ e no sítio na internet da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

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Governo garante que atraso na Entidade da Transparência não será por questões orçamentais

O atraso no arranque dos trabalhos da Entidade da Transparência não está relacionada com questões orçamentais, garantiu o secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, em audição no Parlamento.

O Governo garante que não será por questões orçamentais que a Entidade da Transparência não avançará o mais rapidamente possível. A sede da Entidade ficará no Colégio de Santa Rita, em Coimbra, e as obras necessárias para cumprir com o requisitos do Tribunal Constitucional serão pagas pela Universidade de Coimbra. A renda mensal poderá superar os três mil euros.

Não será certamente por falta ou por qualquer condicionalismo de natureza orçamental que a Entidade da Transparência não deixará de nascer e de se instalar fisicamente com pessoas e a instalação informática que se considerar mais adequada“, assegurou Miguel Cruz, secretário de Estado do Tesouro, esta terça-feira numa audição na Assembleia da República na comissão parlamentar de Transparência e Estatuto dos Deputados. Esta Entidade irá fiscalizar as declarações de rendimentos entregues pelos políticos e titulares de cargos públicos.

O governante garantiu que o Ministério das Finanças irá “apoiar em todos os processos” para que o processo seja o mais “célere” possível. Após ter recebido os requisitos do Tribunal Constitucional — que vai albergar a Entidade da Transparência, tal como já tem a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (que fiscaliza as contas dos partidos e campanhas) — a 27 de abril sobre como quer o espaço configurado, o próximo passo passa pelo início das obras que ficarão ao encargo da Universidade de Coimbra.

Não há aqui nenhum tipo de mal-entendido com o Tribunal Constitucional“, assegurou Miguel Cruz, afastando algumas dúvidas levantadas pelos deputados sobre a coordenação entre o Governo e o TC neste processo. O secretário de Estado admitiu que “não foi fácil encontrar instalações com base nos critérios definidos” e, por isso, “demorou mais do que gostaríamos”. Para o futuro, apontou um “prazo relativamente curto” para a finalização das obras, sem se comprometer com uma data.

Naquilo que à instalação da Entidade está em causa, não me parece que o Orçamento seja uma restrição ativa para a sua instalação“, acrescentou, argumentando que o “compromisso do Governo é claro: o que nos preocupa é que a entidade possa começar a operar tão cedo quanto possível”. O governante disse que há calendários que podem ser “geridos em simultâneo” para acelerar o processo e que está disponível para assegurar “qualquer solução transitória” que seja necessária.

Questionado sobre onde vão ser instalados os servidores da Entidade da Transparência, Miguel Cruz disse não saber dado que não é algo que esteja dentro das suas responsabilidades, mas notou que a “questão da segurança” esteve “em cima da mesa” nas conversações com o TC.

A nova Entidade da Transparência foi aprovada pelo Parlamento em 2019 e fará a “apreciação e fiscalização da declaração única de rendimentos, património e interesses dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos”. Recentemente, o Presidente da República pressionou o Governo dizendo que “é muito importante que instituições como essa [a Entidade da Transparência] estarem operacionais o mais depressa possível”.

O OE 2021, que entrou em vigor a 1 de janeiro, determina que o Governo tem 60 dias (ou seja, até ao início de março) para disponibilizar as instalações adequadas para a sede da Entidade, o que não aconteceu. Posteriormente, cabe ao TC determinar “a data de entrada em funcionamento da Entidade para a Transparência, para efeitos do exercício das suas competências” e para que arranque o mandato dos membros designados.

O Tribunal Constitucional já avisou que, mesmo correndo tudo no melhor cenário, a Entidade para a Transparência só deverá funcionar a 100%, em velocidade de cruzeiro, em 2022, de acordo com o Expresso. Além do processo das instalações, também será moroso a contratação de peritos e a criação da plataforma eletrónica da entidade.

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Remuneração média de trabalhadores dependentes atinge 1.162,55 euros em fevereiro

  • Lusa
  • 11 Maio 2021

O número de trabalhadores dependentes ascendeu a 3.569.851 pessoas singulares, sendo o valor global das remunerações declaradas de 4.150,15 milhões de euros.

O valor médio da remuneração dos trabalhadores dependentes foi de 1.162,55 euros brutos em fevereiro, mais 28,64 euros face ao mesmo mês do ano passado, segundo as estatísticas oficiais da Segurança Social.

Esta informação sobre as remunerações declaradas passou agora a ser disponibilizada no novo ‘site’ da Segurança Social, juntando-se ao rol de outros dados estatísticos que são habitualmente atualizados todos os meses, relativos a prestações sociais.

De acordo com a Segurança Social, em fevereiro o número de trabalhadores dependentes ascendeu a 3.569.851 pessoas singulares, sendo o valor global das remunerações declaradas de 4.150,15 milhões de euros, o que resulta numa remuneração média de 1.162,55 euros por pessoa. Os dados mostram ainda que o valor médio da contribuição para a Segurança Social foi em fevereiro de 379,45 euros.

o número de trabalhadores independentes (pessoas singulares com contribuições) era em fevereiro de 362.990, menos 22.935 trabalhadores comparando com o mesmo mês de 2020, antes da pandemia de covid-19. O valor total das contribuições para a Segurança Social dos trabalhadores independentes em fevereiro foi de 39,5 milhões de euros, menos 4,9 milhões face ao mês homólogo.

A informação indica ainda que o número de entidades empregadoras com remunerações declaradas em fevereiro foi de 402.722, menos 9.081 face ao mesmo mês do ano passado.

O valor das remunerações declaradas pelas entidades empregadoras ascendeu a 3,52 mil milhões de euros (mais 37,9 milhões em termos homólogos) enquanto as contribuições das remunerações declaradas totalizaram 1,15 mil milhões de euros (menos 37,7 milhões face a fevereiro de 2020).

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Governo garante novo investimento de 92 milhões em Terras de Miranda com a venda das barragens

  • Lusa
  • 11 Maio 2021

O Movimento Cultural Terras de Miranda considerou que o ministro do Ambiente fez uma "ação de propaganda" ao anunciar investimentos de 91,7 milhões com promessas que se são "uma mão cheia de nada".

O ministério do Ambiente recusou que 28 dos 92 milhões de euros de investimento anunciados para a bacia hidrográfica do Douro digam respeito a projetos já concluídos, como referiu o Movimento Cultural Terras de Miranda (MCTM).

“Não é verdadeira a informação [divulgada pelo MCTM] de que 28 milhões se referem a projetos já concluídos e oito milhões a projetos em execução. Existem 133 projetos/empreitadas previstos, correspondendo a 92 milhões de euros”, alertou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática num esclarecimento enviado à Lusa.

De acordo com a tutela, “o MCTM leu erradamente o relatório” relativo a 10 municípios, confundindo “execução dos projetos” com “projetos de execução” (que têm necessariamente de existir para a realização de qualquer empreitada) no distrito de Bragança.

Destas empreitadas, “38 (equivalentes a 28 milhões de euros) têm projetos de execução concluídos e nove (8 milhões de euros) têm o respetivo projeto de execução em curso”, descreve o ministério.

“Ou seja, estas empreitadas não foram ainda iniciadas e a existência de projetos garante a celeridade do seu início”, assegura.

O ministério tutelado por João Pedro Matos Fernandes indica ainda que “a referência ao próximo Quadro Comunitário de Apoio é também erradamente descrita pelo MCTM, uma vez que o protocolo a que se referem, assinado em Mogadouro, no sábado, consagra a reserva de verbas no contexto desse quadro de apoio”.

Isto, diz o ministério, “torna seguro o financiamento das empreitadas”

O Movimento Cultural Terras de Miranda (MCTM) considerou hoje que o ministro do Ambiente fez uma “ação de propaganda” ao anunciar investimentos de 91,7 milhões com promessas que se traduzem “numa mão cheia de nada”.

“O ministro veio à terra de Miranda numa mera ação de propaganda. De todos os projetos que foram a anunciados, num total de 133, alguns deles já estão executados, outros em execução e os que restam serão enquadrados no próximo quadro comunitário, que terá de ter o aval do Estado. No fundo, foi uma mão cheia de nada”, disse à Lusa Aníbal Fernandes, membro do movimento de Miranda do Douro, distrito de Bragança.

Segundo Aníbal Fernandes, o dinheiro vem do próximo quadro comunitário de apoio, “o que significa que ainda não existe”.

João Pedro Matos Fernandes esteve no sábado em Mogadouro, no distrito de Bragança, para anunciar o Roteiro para o Desenvolvimento Sustentável e Integrado das Terras de Miranda, Sabor e Tua, que resultou da análise que um grupo de trabalho criado pelo Governo fez ao impacto da vendas de seis barragens transmontanas pela EDP à Engie.

O ministro anunciou um pacote de 91,7 milhões de euros, que contemplam 133 projetos em 10 municípios.

O MCTM afirma, em comunicado enviado à Lusa que 28 milhões se referem a projetos “já concluídos” e oito milhões a “projetos em execução”, estranhando a sua inclusão neste relatório.

Ou seja, dos 91,7 milhões, só 55 milhões se referem a projetos novos, alertam.

As contas feitas pelo movimento indicam que se trata de um plano a seis anos, pelo que “serão pouco mais de nove milhões por ano, uma média de menos de um milhão de euros para cada um dos dez municípios”.

“Trata-se de cerca de 5% do orçamento de cada um dos municípios de Miranda e Mogadouro (ou seja, o correspondente ao que cada um destes municípios gasta em menos de 20 dias), e nada para Vimioso, que também integra a Terra de Miranda. Estes valores não passam de meras intenções”, vinca o MTCM.

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse na altura ser “inegável” associar que a venda das concessões das seis barragens transmontanas “precipitou” investimentos no valor 91,7 milhões em 10 concelhos deste território.

De entre os 133 projetos anunciados, destacam-se intervenções ao nível do ciclo urbano da água (41 milhões de euros), da conservação da natureza e florestas (12,5 milhões de euros), da transição e eficiência energética (12,3 milhões de euros) ou da mobilidade sustentável (11,2 milhões de euros).

A EDP concluiu, em 17 de dezembro, a venda por 2,2 mil milhões de euros de seis barragens na bacia hidrográfica do Douro a um consórcio de investidores formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova.

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