Derby lisboeta: Benfica mais valioso que os campeões nacionais

No primeiro derby entre Benfica-Sporting, marcado para esta sexta-feira às 21h15, o ECO foi descobrir qual das duas equipas tem maior valor de mercado.

Benfica e Sporting defrontam-se esta sexta-feira pela primeira vez nesta época desportiva, a contar para a 13ª jornada da Liga Bwin, num duelo para conquistar três pontos preciosos para manter os lugares cimeiros no campeonato. O Sporting está à frente do Benfica — separa-os um ponto na tabela classificativa –, mas a equipa encarnada é a mais valiosa, de acordo o site Transfermarkt. Separa-os 82,8 milhões de euros.

Os três primeiros classificados estão separados apenas por apenas um ponto de diferença na tabela classificativa – os ‘leões’ partilham a liderança com o FC Porto com 32 pontos conquistados, mais um que os ‘encarnados’.

Mas, numa perspetiva mais económica do duelo e focando no valor dos plantéis de ambas as equipas, o emblema das ‘águias’ vai entrar em campo em vantagem perante o seu rival da segunda circular. De acordo com o site especializado Transfermarkt, o Benfica tem o plantel mais caro com um valor estimado a rondar os 281 milhões de euros — sendo que Rafa Silva é o jogador mais valioso da equipa com um valor de mercado de 24 milhões de euros — versus os 198,2 milhões de euros do Sporting.

Do lado do clube verde e branco, os jogadores ao dispor do treinador Rúben Amorim, apesar de serem os atuais detentores do título de campeão nacional, estão avaliados em 198,2 milhões de euros, ou seja, menos 82,8 milhões que os ‘encarnados’, que terminaram a temporada anterior no terceiro lugar da Liga. O atleta que mais contribuiu para o valor global do plantel foi o médio Pedro Gonçalves, com uma avaliação no mercado de 25 milhões de euros.

Derby lisboeta com sabor agridoce

O duelo entre Benfica e Sporting acontece numa altura em que a pandemia de Covid-19 volta a trazer novos constrangimentos, com impacto no acesso aos eventos desportivos. Com o aumento de casos verificado nas últimas semanas, o governo de António Costa decidiu impor a obrigatoriedade de apresentar um teste negativo, para além do certificado de vacinação, para aceder a recintos desportivos. Uma medida que poderá afastar inúmeros adeptos de uma ida ao estádio.

Mesmo com medidas de contenção, o vírus acabou por chegar ao mundo do futebol. Depois dos recentes surtos na Belenenses SAD e Tondela, o Sporting também foi afetado e viu Sebastián Coates testar positivo para o novo coronavírus, falhando assim o derby da capital. Quanto aos restantes jogadores de ambos plantéis, foram testados mais que uma vez e apenas o internacional uruguaio ficou infetado.

O central não será a única ausência do Sporting para o encontro, Jovane Cabral e João Palhinha também vão falhar esta jornada por lesão. No caso do Benfica, a única baixa é Lucas Veríssimo devido a uma entorse grave do joelho direito.

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Estado e empresas juntos. Querem requalificar profissionais para trabalho do futuro

A iniciativa europeia "Reskilling 4 Employment", pretende requalificar um milhão de profissionais no desemprego ou em profissões em risco na Europa, até 2025.

Portugal vai dar início ao primeiro projeto-piloto do programa “Reskilling 4 Employment” (R4E), uma iniciativa inovadora a nível europeu que pretende, até 2025, requalificar um milhão de profissionais no desemprego ou em profissões em risco na Europa, permitindo o desenvolvimento de competências em áreas com maior procura de trabalhadores qualificados. Sonae, SAP e Nestlé e o IEFP são os impulsionadores deste programa em Portugal, em colaboração com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e outras empresas como a EDP, a Delta Cafés e a Sogrape.

“A transformação das economias pela dupla transição climática e digital e potenciada pela crescente utilização de novas tecnologias, tais como a inteligência artificial e a automação, terão um papel cada vez mais preponderante na sociedade e, em especial, nas novas necessidades do mercado de trabalho. A pandemia da Covid-19 veio acelerar estas tendências, tornando ainda mais urgente a necessidade de uma abordagem conjunta à requalificação da população”, pode ler-se em comunicado.

O R4E vem, assim, ajudar a mobilizar instituições dos setores público, privado e social para contribuir para superar este desafio a nível europeu. Desenhado pela European Round Table for Industry (ERT), uma associação que junta cerca de 60 das maiores empresas europeias, o programa tem como objetivo combater o desemprego e promover a requalificação de profissionais para a dupla transição digital e climática.

Estão em preparação projetos-piloto em Portugal, Espanha e Suécia, sendo as primeiras ações de formação agora apresentadas no nosso país.

Primeira ação de formação começa em janeiro

Entre as áreas prioritárias de atuação do programa estão a indústria, o digital, a economia verde, a excelência nas vendas, a agricultura e a saúde. A primeira ação de formação, para técnicos de manutenção, será liderada pela Nestlé, dirigindo-se à requalificação de profissionais para o setor da indústria. A formação irá arrancar já em janeiro, no Serviço de Formação do Porto do IEFP, e terá a duração aproximada de seis meses.

Em breve, serão anunciadas novas ações de formação em diversas áreas profissionais, lideradas por empresas representativas das áreas prioritárias definidas: Sogrape em agricultura, SAP em digital, EDP em economia verde e Delta Cafés em sales excellence.

Os candidatos selecionados terão acesso ao programa de formação tecnológica de cariz intensivo — que inclui formação prática em contexto real de trabalho, acompanhada por um profissional da empresa com experiência na área — bem como ao apoio por parte da rede “PRO_MOV” para encontrarem emprego após conclusão da formação.

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Portugal realiza novos voos de apoio ao regresso entre Lisboa e Maputo

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2021

Nos dias 9 e 11 haverá dois novos voos de apoio ao regresso a Lisboa, cm origem em Maputo. Voos serão operados pela TAP.

O Governo português vai realizar novos voos de apoio ao regresso entre Lisboa e Maputo, no próximo dia 8, e no sentido inverso, nos dias 9 e 11, anunciou esta sexta-feira a embaixada portuguesa na capital moçambicana.

Os voos serão operados pela companhia aérea portuguesa TAP e, segundo a embaixada, “subsequentemente, serão organizados voos adicionais desta natureza de acordo com as necessidades”. Anteriormente, as autoridades portuguesas tinham anunciado a realização de um voo entre Portugal e Moçambique para esta sexta-feira, que chega este sábado a Maputo, regressando a Lisboa no mesmo dia.

Uma outra ligação está prevista entre Lisboa e Maputo no domingo e regressando a Moçambique na segunda-feira. A segunda ligação sai da capital portuguesa no domingo, aterrando em Maputo na segunda-feira, dia 6, voando nesse dia para Lisboa.

Os voos servem de apoio ao regresso nos dois sentidos, depois de os Estados-membros da União Europeia (UE) terem decidido suspender temporariamente ligações aéreas com sete países da África Austral, incluindo Moçambique, devido à identificação da variante Ómicron do cornavírus, na África do Sul.

Podem embarcar no voo Maputo-Lisboa passageiros com nacionalidade portuguesa, titulares de autorização de residência em Portugal e cidadãos nacionais da UE, Estados associados ao Espaço Schengen e membros das respetivas famílias.

Podem ainda embarcar nacionais de países terceiros com residência legal num Estado-membro da UE, em trânsito para o país de origem ou de residência legal, além de outros que se enquadrem em situações humanitárias.

A reserva deverá ser feita diretamente junto da TAP, mas o consulado geral de Portugal em Maputo bem como o consulado geral na Beira disponibilizam-se para contactos por parte de quem tenha “dificuldade em efetuar a sua reserva” e tenha “comprovada urgência na deslocação, por motivos graves de saúde ou partida definitiva do país”.

Nos voos para Lisboa, todos os passageiros, vacinados ou não, terão de apresentar um resultado negativo de teste RT-PCR ou teste de amplificação de ácidos nucleicos (NAAT) semelhante.

“O teste deve ser realizado até 72 horas antes da partida”, sendo que, como alternativa, os passageiros podem fazer “um teste de antígenio (TRAg) até 48 horas antes da partida”.

No trajeto Lisboa-Maputo, todos os passageiros com mais de 11 anos devem apresentar um comprovativo de teste PCR negativo, realizado nas 72 horas anteriores à partida.

Gozam de exceções à obrigatoriedade de apresentação de testes covid-19 os portadores de certificado digital covid-19 da UE de recuperação, válido por 180 dias, assim como crianças com menos de 12 anos.

“Os passageiros dos voos com origem em Moçambique e os que, independentemente da origem, tiverem estado em Moçambique, África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbabué nos 14 dias anteriores à sua chegada a Portugal, devem cumprir um período de isolamento profilático de 14 dias à chegada, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde”, acrescenta a embaixada.

À chegada a Portugal, todos os passageiros serão encaminhados para “local próprio no interior do aeroporto para efeitos de realização de um novo teste” de amplificação de ácidos nucleicos ou teste rápido de antigénio, “para despiste de infeção por SARS-CoV-2 e posterior sequenciação genómica, assim como para determinação de isolamento profilático pelas autoridades de saúde”, conclui a embaixada.

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Defined.ai lidera consórcio de 124,8 milhões. Vai criar 200 postos de trabalho na área de IA

Projeto vai desenvolver uma "plataforma modular, pioneira em assistentes virtuais por indústria no mercado português e europeu, com recurso a tecnologia de IA conversacional em texto e voz."

A tecnológica Defined.ai de Daniela Braga lidera o consórcio Vox.ai, no âmbito das Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PPR), que junta academia, multinacionais, startups e entidades públicas, para acelerar a transformação digital no atendimento dos serviços públicos e capacitar as empresas privadas com tecnologia de suporte a clientes em sete línguas. O projeto envolve um investimento de 124,8 milhões de euros e vai criar 200 postos de trabalho na área de Inteligência Artificial (IA) em Portugal.

“O Vox.ai é o primeiro marco do Centro de Excelência em Portugal. A aposta nesta agenda reflete o investimento do Governo português no ecossistema tecnológico nacional e é um incentivo aos especialistas em IA para fazerem de Portugal a sua casa. Com a Inteligência Artificial a ser a nova internet, este é um passo crucial na digitalização de Portugal e da Europa,” refere a fundadora e CEO da Defined.ai, Daniela Braga, citada em comunicado.

Neste consórcio, junta-se à empresa de dados de treino para IA a unicórnio Talkdesk, a NOS, a Hewlett Packard Enterprise (HPE), a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), o INESC ID, a Clarin, a IBM, a KPMG e a Microsoft, que integram o Conselho de Orientação e Fiscalização. A Segurança Social, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), a Agência para a Modernização Administrativa (AMA), a Caixa Geral de Depósitos, o Novo Banco, o banco Santander e a EDP também entram no projeto como clientes desta tecnologia feita em Portugal.

O projeto Vox.ai — que visa melhorar as interações dos serviços de apoio ao cliente de serviços públicos e privados em dez línguas e sete indústrias com recurso a IA – vai investir 124,8 milhões de euros no desenvolvimento de uma “plataforma modular, pioneira em assistentes virtuais por indústria no mercado português e europeu, com recurso a tecnologia de IA conversacional em texto e voz.

A tecnologia irá suportar, numa primeira fase, interações em português (Portugal), espanhol (Espanha), francês (França), italiano, inglês (Reino Unido), inglês (Estados Unidos), português (Brasil), chinês, e japonês, servindo serviços públicos como Saúde, Segurança Social e Administração Pública, e as indústrias do Retalho, Seguradoras, Energia, Banca, Saúde e Telecomunicações.

A agenda Vox.ai tem como objetivo “acelerar a transformação digital no atendimento dos serviços públicos”, bem como “capacitar as empresas privadas com tecnologia de suporte a clientes em português europeu”.

“O avanço e melhoria destas tecnologias garante suporte permanente aos clientes, a resolução automática de 80% das questões mais frequentes, e permite que as franjas tipicamente infoexcluídas consigam interagir com sistemas tecnológicos de maneira eficaz através de voz e texto”, destaca a empresa em nota de imprensa.

“O desenvolvimento deste projeto irá criar mais de 200 postos de trabalho altamente qualificados em Portugal na área da IA, e reduz os custos de serviços de apoio ao cliente drasticamente”, refere ainda.

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António Costa diz que foi Cabrita quem pediu a exoneração

Costa reage após a demissão de Eduardo Cabrita, no dia em que foi conhecida a acusação de homicídio por negligência do motorista que causou a morte a um trabalhador na A1.

“Quero aqui agradecer estes seis anos de colaboração de Eduardo Cabrita, quero enfatizar os ganhos na segurança que o país teve ao longo destes anos” e “na diminuição do número de incêndios”. Acrescenta que é “um ciclo que termina e irei informar Marcelo Rebelo de Sousa quem exercerá o cargo nestes dois meses”. O chefe do Executivo justifica a demissão nesta fase devido à acusação conhecida.

“O MAI entendeu que estando a decorrer um inquérito, não deveria tomar nenhuma iniciativa que significasse a antecipação ou recusa de responsabilidade”, disse o PM. E relembrou que a acusação é relativa ao motorista de Eduardo Cabrita e não em relação ao próprio Cabrita. Explicando que foi Cabrita quem fez o pedido de exoneração.

Sobre as declarações de Cabrita desta manhã — quando afirmou ser um “apenas um passageiro” — António Costa rejeitou comentar, referindo “respeitar” os trâmites das instituições portuguesas. Sobre a “falta de idoneidade da GNR e Ministério Público apontadas por alguns” António Costa diz que fica provado que “ninguém está acima da Lei” e que as “autoridades judiciárias investigam”.

Esta sexta-feira, a dois meses das eleições legislativas antecipadas, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, demite-se. Esta decisão acontece no dia em que se conheceu o conteúdo do despacho de acusação de homicídio por negligência do Ministério Público relativo ao motorista de Cabrita no acidente mortal provocado pelo carro em que ia o ministro na A6.

Entendi solicitar hoje a exoneração das minhas funções de ministro da Administração Interna ao primeiro-ministro“, afirmou Eduardo Cabrita numa declaração aos jornalistas esta sexta-feira, sem direito a perguntas. Esta decisão do ministro socialista é justificada pelo “aproveitamento político absolutamente intolerável” que diz ter sido alvo por causa deste caso e que poderia “penalizar” o PS à porta de eleições.

Esta sexta-feira o Observador noticiou que o motorista de Eduardo Cabrita que atropelou mortalmente um trabalhador na A6 em junho foi acusado de homicídio por negligência e que o carro circulava na via da esquerda a uma velocidade de 166 km/h, segundo o despacho de acusação do Ministério Público.

Na declaração ao país, o ministro da Administração Interna mostrou “estupefacção pelo aproveitamento político” desta situação, lamentando a “trágica perda irreparável” do trabalhador Nuno Santos. Em relação ao processo judicial, Cabrita disse que este só “reforça a minha confiança no Estado de direito e no funcionamento das instituições”.

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Ministério Público contradiz Eduardo Cabrita

O despacho do Ministério Público de Évora -- que acusa o motorista de Eduardo Cabrita de homicídio por negligência -- é claro. Vítima e local de obras estavam sinalizados.

O despacho do Ministério Público de Évora — que acusa o motorista de Eduardo Cabrita de homicídio por negligência — é claro: “a atividade dos trabalhadores na A6 estava devidamente sinalizada por veículo de proteção que, no taipal de trás, dispunha do sinal de trabalhos na estrada, como complemento dispunha do sinal de obrigação de contornar obstáculos à esquerda e duas luzes rotativas, a qual se encontrava a cerca de 100m/150m do local de realização dos trabalhos”. Além disso, todos os trabalhadores envergavam vestuário de alta visibilidade.

Uma explicação que contradiz o que Eduardo Cabrita disse esta sexta-feira à tarde, quando se tornou pública esta acusação, quando afirmou que ainda teriam “de ser esclarecidas as condições do atravessamento de uma via não assinalada”, afirmou o ministro da Administração Interna.

O motorista de Eduardo Cabrita que atropelou mortalmente um trabalhador na A6 em junho foi acusado de homicídio por negligência, segundo avançou o Observador que acrescenta que o carro, onde também seguia o ministro da Administração Interna, circulava na via da esquerda a uma velocidade de 166 km/h. Confrontado com estas informações, Eduardo Cabrita reagiu, dizendo ser “o Estado de Direito a funcionar”. “Essa é a confiança que sempre tenho nas instituições. Têm de ser esclarecidas as condições do atravessamento de uma via não assinalada”, afirmou o ministro da Administração Interna, a partir de Lagos. “Eu sou passageiro. O esclarecimento dos factos tem de ser efetuado e sem qualquer aproveitamento político daquilo que é uma tragédia pessoal”, acrescentou ainda.

O Ministério Público entende que o motorista, Marco Pontes, não teve uma “condução segura”, circulando sempre pela via da esquerda sem justificação, acabando por embater com a parte lateral esquerda da viatura no trabalhador que se encontrava no separador central.

Um dos assessores que viajava com o ministro, David Rodrigues, confirmou ao MP que não existiam indicações quanto à velocidade, mas que “teve a perceção de ter visto uma viatura de sinalização de obras, parada na berma à direita, momentos antes do embate com Nuno Santos”.

Inquirido pelo DIAP de Évora, Eduardo Cabrita afirmou que “não deu qualquer indicação quanto à velocidade a adotar, nem de urgência em chegar ao destino“. Quanto à sua agenda de trabalho, “precisou que não tinha compromissos externos agendados, apenas reuniões internas com entidades do MAI e elementos do seu gabinete, a partir das 14H30 e a ter lugar no Ministério.”

Na altura, fonte oficial do Ministério da Administração Interna disse num comunicado que “o trabalhador atravessou a faixa de rodagem, próxima do separador central, apesar de os trabalhos de limpeza em curso estarem a decorrer na berma da autoestrada”.

A investigação da GNR apurou que o motorista, que embateu com a parte lateral esquerda do carro no trabalhador que se encontrava no separador central, excedeu mais de 40 quilómetros a velocidade prevista na lei. Concluiu também que apesar das obras junto à faixa lateral direita da autoestrada, que não havia trânsito, que o local estava em bom estado e que em nada “se justificou a opção pela condução pela via da esquerda”.

O acidente ocorreu a 18 de junho de 2021 quando o carro em que seguia Cabrita atropelou Nuno Santos, de 43 anos, que fazia parte de uma equipa de trabalhadores que se encontrava junto à faixa do lado direito da estrada.

 

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Cabrita demite-se após acusação do MP ao acidente mortal

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou esta sexta-feira que pediu a demissão. Primeiro-ministro já aceitou.

A dois meses das eleições legislativas antecipadas, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou esta sexta-feira que vai pedir a demissão ao primeiro-ministro. Esta decisão acontece no dia em que se conheceu o conteúdo do despacho de acusação do Ministério Público relativo ao acidente mortal provocado pelo carro em que ia o ministro na A6.

Entendi solicitar hoje a exoneração das minhas funções de ministro da Administração Interna ao primeiro-ministro“, afirmou Eduardo Cabrita numa declaração aos jornalistas esta sexta-feira, sem direito a perguntas. Esta decisão do ministro socialista é justificada pelo “aproveitamento político absolutamente intolerável” que diz ter sido alvo por causa deste caso e que poderia “penalizar” o PS à porta de eleições. O primeiro-ministro já confirmou que aceitou a demissão.

Esta sexta-feira o Observador noticiou que o motorista de Eduardo Cabrita, que atropelou mortalmente um trabalhador na A6 em junho, foi acusado de homicídio por negligência e que o carro circulava na via da esquerda a uma velocidade de 166 km/h, segundo o despacho de acusação do Ministério Público.

Na declaração ao país, o ministro da Administração Interna mostrou “estupefacção pelo aproveitamento político” desta situação, lamentando a “trágica perda irreparável” do trabalhador Nuno Santos. Em relação ao processo judicial, Cabrita disse que este só “reforça a minha confiança no Estado de direito e no funcionamento das instituições” e notou que não seria “legítimo fazer qualquer comentário” sobre o processo antes de ter sido conhecida a acusação, após ter sido criticado durante meses por não dizer a que velocidade a que o carro circulava.

Sobre a sua continuação no Governo até ao momento, o socialista disse que “só a lealdade, o tempo e as circunstâncias que enfrentávamos há seis meses e a solidariedade do primeiro-ministro” o levaram a prosseguir o exercício das suas funções “durante este verão tão difícil”. Porém, a dois meses das eleições, a avaliação é diferente: “Hoje não posso permitir” que o casoseja utilizado para penalizar a ação do Governo, contra o primeiro-ministro ou mesmo contra o PS”, justificou.

A Assembleia da República deverá ser dissolvida este fim de semana, na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022, para que as eleições se realizem a 30 de janeiro, como anunciado pelo Presidente da República, mas o Governo continuará em funções por mais dois meses pelo que terá de ser nomeado outro ministro da Administração Interna ou essa pasta tem de ser entregue a um outro ministro.

Após a declaração de Cabrita, António Costa confirmou que aceitou a demissão do ministro e anunciou que irá informar o Presidente da República sobre quem exercerá o cargo até às eleições. “Quero aqui agradecer estes seis anos de colaboração de Eduardo Cabrita, quero enfatizar os ganhos na segurança que o país teve ao longo destes anos” e “na diminuição do número de incêndios”, notou o primeiro-ministro, repetindo o balanço positivo que o ministro fez no início da sua declaração.

Esta manhã Eduardo Cabrita tinha reagido às notícias do despacho de acusação dizendo que era “apenas um passageiro” no carro. E acrescentou que ainda teriam “de ser esclarecidas as condições do atravessamento de uma via não assinalada”, uma afirmação que é contrariada pela versão do Ministério Público. O acidente ocorreu a 18 de junho de 2021.

(Notícia atualizada às 18h20 com mais informação)

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Portugal entra na quinta geração

Clientes da Nos e da Vodafone já podem aceder à rede 5G, esperando-se que a Meo lance em breve a tecnologia. O país é o penúltimo da União Europeia a entrar na quinta geração.

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Portugal já tem rede 5G. A Nos foi a primeira a lançar a tecnologia e depois foi a Vodafone. As duas empresas vão oferecer o 5G a todos os clientes móveis até 31 de janeiro. Depois, seguem estratégias diferentes. Fora da lista está a Meo. A empresa ainda não pagou as licenças e por isso não pode lançar a tecnologia. Deverá fazê-lo nos próximos dias.

O Boletim Digital é uma produção semanal do ECO, pela voz do jornalista Flávio Nunes. Siga-o no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts ou onde quer que oiça os seus podcasts.

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Quase um milhão e meio de pessoas já recebeu dose de reforço da vacina Covid-19

A par do reforço contra a Covid-19, Portugal já administrou mais de dois milhões de doses da vacina contra a gripe.

Portugal já administrou quase um milhão e meio (1.411.271) de doses da vacina contra a Covid-19, mais 65.695 do que no dia anterior, e pouco mais de dois milhões de vacinas contra a gripe (2.015.103), adiantou esta sexta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Relativamente ao dia anterior, foram registadas mais de 112.254 inoculações de vacinas contra a Covid-19 (esquema primário completo e reforço) e contra a Gripe”, adianta a DGS.

Por faixa etária, até ao momento já foram administradas cerca de meio milhão de doses de reforço (520.096) a pessoas com 80 ou mais anos, 465.240 doses a pessoas entre os 70 e os 79 anos e cerca de 200 mil doses (204.132) a utentes entre os 65 e 69 anos.

Portugal já tem mais de oito milhões e meio de pessoas com a vacinação primária completa (8.589.153) contra a Covid-19, mais 4.447 nas últimas 24 horas.

A DGS sublinha que a “intensificação do ritmo de vacinação continua a ser uma prioridade”, numa altura que o número de mortos e infeções por Covid-19 está a aumentar.

O reforço da vacinação contra a Covid-19 já tem então vindo a avançar nas faixas prioritárias, sendo que este fim de semana arranca o reforço para aqueles vacinados com a Janssen. Os centros de vacinação vão estar abertos a 5, 8, 12 e 19 de dezembro para vacinar pessoas com mais de 50 anos que tenham sido vacinados com este fármaco, sendo que os restantes “serão progressivamente agendados, por faixa etária, até janeiro”.

(Notícia atualizada às 17h49 com mais informação)

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Investigação e Desenvolvimento: o setor no PRR

  • ECO + Millennium bcp
  • 3 Dezembro 2021

Quais são as medidas com maior impacto potencial na atividade das empresas que atuam no âmbito do Investigação e Desenvolvimento (I&D)? Descubra aqui.

A atividade de Investigação e Desenvolvimento (I&D) tem como objetivo a obtenção de novos conhecimentos para o desenvolvimento sistemático de novos materiais, de novos produtos e/ou processos, sistemas e serviços ou a melhoria substancial dos já existentes.

No Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é dado grande enfoque a estas atividades por forma a garantir a convergência de Portugal com a Europa até 2030, através do aumento da competitividade da economia portuguesa, baseada na investigação, desenvolvimento e inovação, bem como nas condições de emprego qualificado em Portugal no contexto internacional, juntamente com o aumento do investimento público e privado em atividades de I&D.

Segundo o relatório divulgado pelo Eurostat em 2019, Portugal registou o sétimo maior aumento, desde 2015, no que diz respeito ao investimento em atividades de I&D. Em 2019, Portugal consolidou o 14º lugar no ranking dos Estados-membros que mais investem em I&D (15º lugar em 2015), num processo de convergência com a média europeia, de acordo com dados da Agência Nacional da Inovação (ANI) e da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

Investigação e Desenvolvimento no PRR

Da análise ao Plano de Recuperação e Resiliência (documento submetido a consulta pública) foi possível identificar quais as medidas com maior impacto potencial na atividade das empresas que atuam no âmbito da Investigação e Desenvolvimento, quer na qualidade de beneficiárias diretas, quer enquanto fornecedoras de competências e conhecimento para outros setores de atividade, nomeadamente o setor público.

É tempo de pôr a economia a andar. Vamos lá!

Se antecipa poder vir a beneficiar destas medidas, seja por via da candidatura a apoios diretos, seja pela oportunidade de fornecimento das necessidades públicas de investimento, o Millennium bcp presta apoio na candidatura com as soluções de que necessita e o aconselhamento especializado. Enquanto Banco do Plano de Recuperação e Resiliência, o Millennium bcp é o banco que está ao lado das empresas.

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Bolsa de Lisboa cai pela terceira semana consecutiva

O principal índice português fechou a semana prolongando a queda expressiva registada em novembro. Greenvolt destaca-se nesta sessão com subida de mais de 5%.

O principal índice bolsista português desvalorizou pela terceira semana consecutiva, acompanhando as perdas da generalidade das bolsas europeias. A praça portuguesa continuou sob a forte pressão da incerteza em torno de uma nova e preocupante variante do coronavírus, e num contexto de subida generalizada de preços um pouco por todo o mundo.

O PSI-20 entra assim no mês de dezembro com uma queda acumulada de 0,45%, que se soma à desvalorização de 5,22% registada em novembro, o pior mês para a bolsa portuguesa desde setembro de 2021. A sessão desta quinta-feira foi particularmente volátil, com o índice a registar ganhos e perdas, acabando por encerrar a sessão a cair 0,12%, cotando nos 5.417,41 pontos.

A sessão foi mais penalizadora para a Semapa, que viu os seus títulos caírem mais de 2%, para 11,42 euros. Mas foi o banco BCP o que mais contribuiu para as perdas na bolsa de Lisboa, recuando 1,58%, para 14,29 cêntimos cada título. Na mesma linha, a EDP Renováveis derrapou 1,57%, para 21,36 euros.

O PSI-20 acabou por ser contrabalançado por algumas subidas notórias. A Greenvolt recuperou 5,30%, para 6,26 euros, enquanto a Galp Energia valorizou 1,68%, para 8,596 euros. A Nos ganhou 0,60%, numa altura em que dá os primeiros passos na era do 5G.

Estes desempenhos acontecem num dia em que o pan-europeu Stoxx 600 cedeu 0,78%, registando-se perdas semelhantes por toda a Europa.

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ECO do Dinheiro. Empresas vão investir 9,7 mil milhões

  • ECO
  • 3 Dezembro 2021

O PRR vai apoiar até 64 empresas com 930 milhões de euros, no âmbito das Agendas Mobilizadoras. Projetos totalizam 9,7 mil milhões de euros nos próximos anos. Veja o vídeo.

Um conjunto de 64 consórcios propõem-se investir 9,7 mil milhões de euros em Portugal, nos próximos anos, com a ajuda do Plano de Recuperação e Resiliência.

https://videos.sapo.pt/56n2GLfL6O6OpFVqOm2E

As chamadas Agendas Mobilizadoras têm 930 milhões de euros para o desenvolvimento de setores considerados estratégicos, estimulando a ligação entre as empresas e o sistema científico. Candidataram-se 144 projetos, mas só 64 passaram à fase de pré-qualificação, todos com uma classificação final de “muito bom”.

E que investimentos querem estes consórcios fazer?

A Galp, por exemplo, pretende investir 958 milhões na extração e refinação de lítio. A Efacec lidera dois consórcios que pretendem investir 1,3 mil milhões na criação de uma fileira industrial de combustíveis verdes, com destaque para o hidrogénio.

Há também projetos da economia azul, como o da Acuinova, dona da unidade de aquicultura de Mira. A Volkswagen AutoEuropa quer criar “a fábrica do futuro” em Palmela, enquanto a Stellantis pretende desenvolver um veículo eletrificado em Mangualde.

Além dos 930 milhões de euros que serão atribuídos a fundo perdido, o governo admite recorrer aos 2,69 mil milhões em empréstimos do PRR para disponibilizar mais dinheiro às empresas. Os primeiros investimentos poderão arrancar no próximo verão.

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