Ferro considera “muito urgente” esclarecer constitucionalidade de leis de apoios sociais

  • Lusa
  • 31 Março 2021

Ferro Rodrigues considerou "da maior importância" esclarecer a constitucionalidade das três leis do parlamento sobre apoios sociais e pediu ao Tribunal Constitucional uma "decisão muito urgente".

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, considerou esta quarta-feira “da maior importância” esclarecer a constitucionalidade das três leis do parlamento sobre apoios sociais e pediu ao Tribunal Constitucional uma “decisão muito urgente”.

Esta posição de Ferro Rodrigues foi assumida através de um comunicado divulgado depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter anunciado que vai pedir a fiscalização sucessiva da constitucionalidade destas leis que no entender do Governo violam a chamada “lei-travão” inscrita no artigo º 2 do artigo 167.º da Constituição.

“Tendo presente a declaração desta quarta-feira do primeiro-ministro sobre três diplomas da Assembleia da República, sobre apoios sociais para a situação pandémica vivida, promulgados pelo Presidente da República no dia 29 de março, considero da maior importância que não subsistam dúvidas sobre a sua constitucionalidade, sobretudo atenta a relevância da matéria, pelo que apelo a decisão muito urgente do Tribunal Constitucional”, afirma Ferro Rodrigues.

De acordo com o n.º 2 do artigo 167.º da Constituição, os deputados e grupos parlamentares “não podem apresentar projetos de lei, propostas de lei ou propostas de alteração que envolvam, no ano económico em curso, aumento das despesas ou diminuição das receitas do Estado previstas no Orçamento”.

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Afinal, complemento de estabilização e apoio aos ‘recibos verdes’ não pagam IRS

Afinal, o complemento de estabilização e o apoio aos trabalhadores independentes não terão de ser declarados no IRS. O esclarecimento chega a um dia do arranque da campanha do IRS.

Ao contrário do que a Autoridade Tributária tinha indicado ao ECO no início de março, os rendimentos obtidos através do complemento de estabilização e do apoio extraordinário à redução da atividade económica dos trabalhadores independentes (‘recibos verdes’) não terão de ser declarados no IRS. Isto é, não terá de pagar imposto. Os únicos apoios que pagarão IRS — e, por isso, terão de ser declarados — são o do lay-off simplificado, o apoio à retoma progressiva e os apoios excecionais à família.

O princípio é simples: apoios a salários pagam IRS enquanto apoios para compensar perda de rendimentos não pagam. “Os apoios pagos aos trabalhadores pela Segurança Social no âmbito das medidas excecionais e temporárias de resposta à pandemia Covid-19 para compensação de retribuições estão sujeitos a IRS, enquanto os apoios destinados à compensação de perda de rendimentos estão excluídos de tributação em sede de IRS“, revela o Ministério das Finanças em comunicado divulgado esta quarta-feira.

O enquadramento tributário dos apoios foi decidido pela Autoridade Tributária em cooperação com a Segurança Social e chega apenas um dia antes do arranque da campanha do IRS. Além disso, contradiz informações que tinham sido dadas anteriormente pelo fisco. Como o ECO noticiou no início de março, a orientação anterior era de que os trabalhadores que, por terem estado, pelo menos, 30 dias em lay-off, receberam o complemento de estabilização, no verão do ano passado, vão ter agora de o incluir na declaração anual de IRS. De acordo com o Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho (MTSSS), 353.296 trabalhadores receberam o complemento em causa em 2020.

Havia também a expectativa de que os apoios aos recibos verdes fossem entrar no IRS, como indicava o Público no final de fevereiro, com base numa explicação dada pela Autoridade Tributária onde se interpretava que os apoios dados aos recibos verdes não podiam ser considerados prestações sociais para efeitos fiscais.

Agora o Ministério das Finanças deixa claro que a maioria dos apoios que os portugueses, incluindo os trabalhadores independentes, receberam em 2020 não tem de ser declarada para efeitos de IRS e, por isso, não contribuíram para o seu rendimento bruto, a partir do qual se calcula o imposto devido. Há, porém, três exceções, como mostra a tabela divulgada pelo comunicado do gabinete de João Leão.

Os apoios à manutenção do emprego como o lay-off simplificado, apoio à retoma progressiva e o apoio excecional à família pagam IRS e, inclusive, já terão sido alvo de retenção na fonte ao longo do ano, no caso dos rendimentos acima de 659 euros mensais. Ainda assim, poderão ficar isentos de IRS os rendimentos brutos anuais até aos 9.315,01 euros, o novo valor do mínimo de existência que foi reforçado em 100 euros pelo Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021).

Eis a lista dos apoios que estão isentos de IRS:

  1. Proteção na doença, parentalidade (isolamento profilático, doença COVID, assistência a filho por isolamento profilático ou doença);
  2. Prorrogação das prestações do subsídio de desemprego;
  3. Apoio extraordinário à redução da atividade económica de trabalhador (trabalhadores independentes e membros dos órgãos estatutários que exerçam funções de administração e gerência);
  4. Medida extraordinária de inventivo à atividade profissional;
  5. Complemento de estabilização;
  6. Medida de enquadramento de situações de desproteção social;
  7. Apoio extraordinário a trabalhadores;
  8. Linha de apoio social adicional aos artistas, autores, técnicos e outros profissionais da cultura.

(Notícia atualizada às 20h25 com mais informação)

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“Querela política”, “um erro”, “crise artificial”. Conheça as reações dos partidos

  • Lusa e ECO
  • 31 Março 2021

Os partidos políticos começaram a reagir à decisão de António Costa enviar os três diplomas, aprovados pelo Parlamento e promulgados pelo Presidente, para o Tribunal Constitucional.

O primeiro-ministro anunciou aos portugueses que vai enviar os diplomas do Parlamento sobre os apoios sociais para o Tribunal Constitucional e os partidos políticos já reagiram à decisão do Governo. O Bloco de Esquerda acusa Governo de “querela política com o parlamento” sobre apoios sociais, enquanto o PSD pede ao Governo “soluções criativas” para os portugueses e concorda com o Presidente da República. Já o PCP considera “um erro” pedido do Governo de fiscalização dos apoios sociais.

BE fala em “querela política com o parlamento”

O BE considerou esta quarta-feira o pedido de fiscalização do Governo ao Tribunal Constitucional dos diplomas sobre apoios sociais “uma querela política com o parlamento e um jogo partidário”, reiterando que, independentemente desta decisão, os apoios têm que ser, entretanto, pagos.

“Não sendo um problema de dinheiro, não sendo um problema de falta de necessidade porque há dinheiro para pagar estes apoios sociais e eles são necessários para 130 mil pessoas, a única coisa que resta – e daí que nós retiramos esta declaração do senhor primeiro-ministro – é que há uma querela política com o parlamento, um jogo partidário que não ajuda nada a dar segurança e tranquilidade às pessoas, num momento em que a insegurança e a intranquilidade impera na vida de muitas centenas de milhares de pessoas”, criticou o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, numa declaração aos jornalistas no parlamento.

Numa primeira reação ao anúncio de António Costa de que o Governo vai suscitar a fiscalização sucessiva junto do Tribunal Constitucional dos diplomas sobre apoios sociais, no âmbito da epidemia de Covid-19, aprovados pelo parlamento e promulgados pelo Presidente da República, o bloquista deixou ainda a certeza de que “o Governo vai fazer aquilo que tem que fazer”.

“A lei é para cumprir e o Governo não está à margem da lei: tem de pagar os apoios sociais que foram decididos na Assembleia da República e promulgados pelo Presidente da República”, avisou.

PSD pede ao Governo “soluções criativas” para os portugueses e concorda com PR

O PSD reclamou esta quarta-feira do Governo “soluções criativas” para os problemas dos portugueses, considerando que o parlamento “fez o seu trabalho e legislou, o Presidente promulgou”, e o executivo está “no seu direito de recorrer ao Tribunal Constitucional”.

“Nós estamos de acordo com a posição do senhor Presidente da República. O que o PSD reclama do Governo é que o primeiro-ministro, em vez de dizer que o Presidente tem uma interpretação criativa da Constituição, tenha soluções criativas para os portugueses”, afirmou o líder parlamentar Adão Silva, em declarações aos jornalistas no parlamento.

O deputado social-democrata salientou que o país vive “uma hora extrema, de grande delicadeza” e é necessário “encontrar soluções boas e integradoras de famílias, empresários e trabalhadores”.

“Numa situação de dramatismo social, o parlamento não pode ficar de braços cruzados: o parlamento legislou dentro das suas competências, o Presidente da República promulgou, o senhor primeiro-ministro não está de acordo e recorre para instância Tribunal Constitucional, está no seu direito”, disse.

No entanto, defendeu, “no meio desta eventual querela entre Presidente da República e Governo estão os portugueses que não podem ser esquecidos e não podem ser usados como uma espécie de campo de batalha entre dois órgãos da maior relevância”. “O fundamental é que, no meio deste jogo institucional, não fiquem esquecidos os portugueses”, reforçou.

PCP considera “um erro” pedido do Governo de fiscalização dos apoios sociais

O PCP considerou esta quarta-feira “um erro” a decisão do Governo de pedir a fiscalização das leis aprovadas pelo parlamento que reforçam os apoios sociais e usou uma posição do ministro das Finanças para responder a António Costa.

Quando o ministro João Leão “diz que é possível acomodar no Orçamento estas medidas, só diz isso porque elas encaixam” e, “se encaixam, o Governo não precisava de agitar os argumentos de inconstitucionalidades para impedir a aplicação”, afirmou João Oliveira, líder parlamentar do PCP, num primeiro comentário à decisão do executivo.

“A melhor resposta ao Governo é dada pelo ministro das Finanças”, insistiu.

Para o presidente da bancada parlamentar do PCP, o executivo tem, no Orçamento do Estado de 2021, “a base do que necessita para dar respostas às necessidades do país”, com a aprovação de decretos relativos a apoios que “teve e criar em função do novo confinamento” originado pela pandemia de Covid-19.

Ventura nota conflitualidade entre Costa e Marcelo e isolamento do PS

O presidente do Chega assinalou esta quarta-feira “desconforto” e “clima de conflitualidade” entre primeiro-ministro e Presidente da República e crescente isolamento do PS no parlamento, após anúncio de recurso ao Tribunal Constitucional por António Costa sobre apoios sociais.

“Parece-nos evidente o desconforto e o clima de conflitualidade que se adensa entre o primeiro-ministro e o Presidente da República. Torna-se também evidente que o PS está a ficar cada vez mais isolado aqui na Assembleia da República. Se fosse há dois anos, ninguém duvida que o PS conseguiria, ou com PCP ou com BE, reverter esta situação”, afirmou André Ventura, em declarações nos Passos Perdidos do parlamento.

CDS-PP considera que pedido de fiscalização de apoios é “maior gesto de falência política”

O CDS-PP considerou esta quarta-feira que a decisão do Governo de pedir a fiscalização das leis aprovadas pelo parlamento que reforçam os apoios sociais “é o maior gesto de falência política que o Governo poderia ter”.

“Remeter para o Tribunal Constitucional o destino das soluções em vez de procurar o diálogo e o compromisso para encontrar respostas é o maior gesto de falência política que o Governo poderia ter. Esta postura não augura nada de bom para o futuro dificílimo que vamos ter que enfrentar todos juntos e este braço de ferro entre um Governo que é minoritário e os partidos que no parlamento o viabilizaram deixa em todos nós, os portugueses, as maiores dúvidas acerca da viabilidade desta soluções governativa neste contexto tão difícil que vivemos”, destacou a porta-voz do partido.

Cecília Anacoreta Correia reagiu esta quarta-feira, através de um vídeo enviado à comunicação social, ao anúncio do primeiro-ministro de que o Governo vai pedir ao Tribunal Constitucional a fiscalização sucessiva da constitucionalidade dos diplomas aprovados pelo parlamento que reforçam apoios sociais.

Na ótica do CDS-PP, com esta decisão “o Governo remete para uma dimensão jurídica aquilo que é essencialmente um problema político e social” e António Costa deixou “péssimas notícias” aos portugueses.

PAN critica opção “precipitada” que revela “teimosia do Governo”

O PAN considerou esta quarta-feira que a decisão do Governo de enviar para o Tribunal Constitucional (TC) os diplomas do parlamento de reforço de apoio é “precipitada” e “revela teimosia”, defendendo mais diálogo com o parlamento.

Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, a líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real, avisou que “o Governo vai ter de decidir a quem quer dar a mão” durante a crise provocada pela pandemia de Covid-19.

“Se é às famílias e empresas ou se é aos interesses até aqui instalados”, desafiou, dizendo referir-se, por exemplo, à banca ou às empresas poluentes.

Inês Sousa Real afirmou que o PAN já tinha alertado o Governo, aquando da promulgação dos diplomas pelo Presidente da República no domingo, para não enviar estes diplomas para o TC, considerando que a sua aprovação parlamentar foi “da mais elementar justiça”.

IL acusa Governo de “arrogância”

A Iniciativa Liberal acusou o PS de “manifestação de arrogância” no pedido feito pelo Governo ao Tribunal Constitucional, considerando que, em vez de reconhecer a necessidade dos apoios sociais aprovados pelo parlamento, optou por “criar uma crise artificial”.

Os liberais consideraram que o PS se comporta “como se tivesse formado um Governo maioritário”. “Em vez de reconhecer que os apoios que são devidos àqueles que o Estado proíbe de trabalhar são insuficientes e têm evidentes lacunas, o Governo opta por criar uma crise artificial que se espera não seja o prenúncio de uma guerrilha institucional com o Presidente da República”, argumentam.

(Notícia atualizada às 20h40 com reação do PSD, PCP, Chega, CDS-PP e PAN)

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Cloudware revoluciona o software de gestão em Portugal

  • Conteúdo Patrocinado
  • 31 Março 2021

Conheça a empresa com maior crescimento na área do software de gestão e que faz da automatização de processos e da inteligência artificial o caminho para o futuro da gestão e contabilidade online.

Criada em 2011, e em pouco mais de 9 anos no mercado do software de gestão, a Cloudware é já a referência no software de gestão e contabilidade online em Portugal.

Apostando no modelo de software como serviço, foi pioneira no desenvolvimento de soluções de gestão e contabilidade colaborativas, que promovem o trabalho conjunto de empresários e contabilistas, na criação de valor para os negócios e empresas.

Exclusivamente para Contabilistas, desenvolve o TOConline, da Ordem dos Contabilistas Certificados, que se destaca pela simplificação de tarefas e automatização de operações, com informação em tempo real para os contabilistas e empresários.

Criou igualmente um serviço de referência para as empresas e ENI’s – o Cloudware Business, o mais completo software de gestão e contabilidade integrado online. Com esta solução, o empresário tem toda a informação de gestão, contabilística e financeira da sua empresa num único software, sempre atualizada.

Recentemente, apresentou ao mercado a solução ponto de venda online, complementar para restaurantes, cafés, lojas de retalho e online – o POS Cloudware, que integra em tempo real toda a informação com o TOConline e Cloudware Business, permitindo a contabilização automática dos documentos.

Num projeto inovador de open banking, em parceria com o Millennium BCP, desenvolve o M Contabilidade, um serviço de integração bancária que facilita a reconciliação de transações e a emissão de pagamentos a fornecedores e ao Estado.

Fechou o ano de 2020 com um crescimento em novas subscrições acima dos 25%, alcançando o número de 120.000 empresas ativas a utilizar as suas soluções online.

Para 2021, está a preparar o lançamento de funcionalidades inovadoras e que vão acrescentar inteligência e produtividade às suas plataformas.

O arquivo e classificação automática das despesas das empresas a partir de uma simples fotografia das faturas vai passar a ser uma realidade.

Com a leitura inteligente do código QR nas faturas, o registo e contabilização dos documentos de compra e despesa vai passar a ser realizado de forma automática.

O sistema baseia-se num robô de classificação que tem inteligência para ler a imagem do documento, descodificar toda a informação do Código QR, descobrir o tipo de despesa em que se enquadra e aprender com a experiência passada e registar automaticamente na contabilidade.

A reconciliação dos movimentos bancários entra numa nova era.

Partindo da agregação da informação das contas bancárias empresariais nas suas soluções, e através de um algoritmo inovador, a conferência automática dos movimentos bancários vai alcançar uma taxa de sucesso superior a 85%.

Este mecanismo inteligente de integração e conferência de movimentos da conta bancária no software de gestão vai permitir uma gestão de tesouraria interativa e com previsibilidade em tempo real.

Este será o primeiro passo para uma gestão verdadeiramente integrada com os sistemas bancários.

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França fecha escolas durante três semanas

  • Lusa
  • 31 Março 2021

A partir de 5 de abril todas as creches e escolas vão fechar e as férias da Páscoa vão ser antecipadas, sendo gozadas entre os dias 12 e 26 de abril.

O Presidente francês Emmanuel Macron anunciou esta quarta-feira que as escolas vão fechar durante três semanas para tentar travar a terceira vaga de covid-19 e as medidas em vigor, nas regiões mais afetadas, vão ser alargadas a todo o país.

Macron falou ao país e explicou que a partir de 05 de abril todas as creches e escolas vão fechar e que as férias da Páscoa vão ser antecipadas, sendo gozadas entre os dias 12 e 26 de abril.

No fim de abril as creches e escolas primárias vão reabrir, mas o ensino básico e secundário só reabre no início de maio.

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PSD pergunta à KPMG acerca da garantia soberana de Angola ao BESA

  • Lusa
  • 31 Março 2021

Em requerimento, o PSD faz um conjunto de perguntas ao presidente da KPMG Portugal e Angola, Sikander Sattar, sobre a garantia soberana de Angola ao BESA.

O PSD perguntou ao presidente da KPMG Portugal e Angola, Sikander Sattar, no âmbito da comissão de inquérito sobre o Novo Banco, se conhece a garantia soberana sobre o BES Angola (BESA) e quem a poderia interpretar.

Conhece a garantia soberana prestada pelo Governo de Angola ao BESA? Conhece os anexos? Alguma vez viu os anexos completos? Sabe quem tinha o poder de interpretar a garantia? Sabe de quem era o foro para a resolução de conflitos?”, são algumas das questões num requerimento do PSD conhecido esta quarta-feira e a que a Lusa teve acesso.

Sobre a garantia, o PSD pergunta a Sikander Sattar “como classifica a decisão do Banco de Portugal de desconsiderar, para efeitos prudenciais, a garantia soberana prestada ao BESA”, e se a KPMG “pediu alguma vez autorização ao Banco Nacional de Angola para prestar informação protegida pelo sigilo bancário angolano ao Banco de Portugal”, e se não, “porquê”.

Numa audição de 24 de março, o antigo administrador do BES e Novo Banco José Honório disse que o antigo Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, era o único que podia interpretar os anexos da garantia dada ao BES Angola.

A exposição do BES ao BESA entre 2008 e 2014 passou de 1.700 para 3.300 milhões de euros, sendo correspondente a 47% dos fundos próprios do BES à data da resolução.

Ainda dentro do tema do BES Angola, o PSD questiona “como é que o auditor externo avaliza as contas anuais de uma instituição durante anos, sem que aparentemente tenha tido acesso aos dossiers completos de diversos créditos concedidos”, no caso do BESA.

“Porque é que isso só foi reportado em 2013, depois de ter havido uma mudança de administração, que se confrontou com uma completa desorganização e inexistência de documentos de suporte às transações, nomeadamente de concessão de crédito?”, perguntam os sociais-democratas a Sikander Sattar, interrogando ainda se “os ficheiros existiam e depois, de repente, desapareceram”.

O PSD questiona ainda “como é possível” saber-se “que tinham sido concedidos créditos, não interessa a quem, e que os mesmos nunca tinham sido objeto de qualquer reembolso regular, parcial ou total”, sem obrigar à constituição de provisões ou imparidades.

Na sequência do caso BES, a KPMG foi alvo de vários processos de aplicação de coimas, por exemplo, do Banco de Portugal (BdP), da qual foi absolvida, e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), atualmente em recurso.

Noutros assuntos, o PSD questiona o presidente da KPMG se “concorda com a afirmação de que os auditores só veem aquilo que lhes é mostrado”, se sentiu que em algum momento a “informação relevante e pedida não lhe foi facultada por qualquer empresa do GES”.

Já sobre o aumento de capital no BES, os sociais-democratas questionam se “é verdade que a KPMG recomendou ao BES, em 7 de fevereiro de 2014, a constituição de uma provisão no valor de 700 milhões de euros”, e se a consultora enviou à CMVM ou ao Governo informação sobre o aumento de capital ou sobre a situação no BES.

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“Lei é lei”. Governo vai pedir fiscalização dos diplomas dos apoios sociais

O primeiro-ministro anunciou aos portugueses que vai enviar os diplomas do Parlamento sobre os apoios sociais para o Tribunal Constitucional.

Após a aprovação no Parlamento e a promulgação do Presidente da República, o Governo decidiu enviar os diplomas que ditam a subida dos apoios sociais para o Tribunal Constitucional. O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo primeiro-ministro numa comunicação aos portugueses: “Lei é lei”, disse. Os juízes do Palácio Ratton irão fazer a fiscalização sucessiva, a qual não tem prazos para se anunciar uma decisão.

A incerteza jurídica gera insegurança e mina a confiança dos cidadãos nas instituições. Entendo ser o meu dever solicitar ao Tribunal Constitucional a apreciação das normas aprovadas pelo Parlamento e que as considere inconstitucionais“, afirmou António Costa esta quarta-feira numa comunicação aos portugueses a partir de São Bento, avisando que “é perigoso que se forme um precedente que abra a porta de a prática parlamentar ser de constante desfiguração do Orçamento”.

O primeiro-ministro justificou a decisão não só com o “precedente” que quer evitar, mas também com questões que “subsistem”. Em primeiro lugar, Costa explicou que o Governo tem de cumprir as alterações aprovadas pelos deputados e promulgadas pelo Presidente da República enquanto essa versão da lei estiver em vigor, mesmo que a considere inconstitucional. Só a decisão do Tribunal Constitucional é que tem efeito prático.

Além disso, o chefe de Governo considera que os “cidadãos beneficiários têm o direito de saber com o que podem contar” e que não existe uma “forma justa” de executar as alterações aprovadas dentro dos “limites orçamentais”. “Como iríamos aplicar este limite? Dando apoios a uns e não a outros, até se esgotar o plafond? Ou reduzindo o montante do apoio a todos, violando assim a lei?”, questionou o primeiro-ministro.

Contudo, não é claro que uma eventual decisão do Tribunal Constitucional resolva o problema do Governo, desde logo porque não existem prazos para a fiscalização sucessiva, sendo que tanto pode demorar meses como anos. Dado que estes apoios sociais extraordinários só vigoram durante o período de maior confinamento pelo que a declaração de inconstitucionalidade por parte do Palácio Ratton pode não chegar em tempo útil.

Questionado pelos jornalistas, Costa argumentou que a fiscalização sucessiva continua, no entanto, a ser “útil” uma vez que Portugal poderá entrar em confinamento noutro período, ainda este ano, e nesse caso estes apoios sociais teriam de regressar no modelo aprovado pelo Parlamento e não no modelo original do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021). Nesse caso, o impacto orçamental de 40,4 milhões de euros por mês seria ainda maior porque acumularia mais meses.

Outra questão é se, declarada a inconstitucionalidade, os beneficiários do aumento dos apoios sociais vão ter de devolver o “excesso” que receberam entre o momento atual e o momento da decisão do TC. Na conferência de imprensa desta quarta-feira, o primeiro-ministro disse que é “provável” que os juízes restrinjam os efeitos da sua decisão ao momento a partir da divulgação do acórdão, sem uma ação retroativa que obrigue à devolução de apoios.

O primeiro-ministro notou também que, no caso do apoio à família (para os pais que têm de tomar conta dos filhos com menos de 12 anos), estas mudanças do Parlamento nem se vão aplicar uma vez que o apoio deixará de existir dado que as escolas do segundo ciclo do ensino básico (5.º ano e 6.º ano) voltarão a abrir a partir da próxima segunda-feira.

Despesa com a pandemia já vai nos 4.729 milhões de euros

No início da sua comunicação aos portugueses, António Costa deu ênfase ao que já foi feito até ao momento para combater o impacto económico da pandemia: “A resposta à pandemia tem exigido um enorme esforço financeiro do Estado, isto é, de todos nós contribuintes, numa mobilização solidária da comunidade nacional em favor dos que mais têm sido afetados, bem sabendo que, perante a violência desta crise, tudo é sempre pouco para satisfazer as necessidades de cada um“.

Segundo o primeiro-ministro, as medidas extraordinárias relacionadas com a pandemia levaram a um aumento da despesa de 4.729 milhões de euros até fevereiro deste ano, o que equivale a cerca de 2,5% do PIB. Só nos primeiros três meses deste ano, “os apoios extraordinários pagos pela Segurança Social já representam 45% do valor despendido pela Segurança Social nesse tipo de apoios no conjunto do ano passado”.

Este aumento da despesa social tem sido assumido, sem aumento de impostos, sem cortes no investimento público, nos salários ou nas pensões“, fez questão de sublinhar, argumentando que “qualquer medida de austeridade seria profundamente errada”. Costa reforçou que “foram melhorados apoios sociais já existentes, como o subsídio de desemprego ou o regime de apoio à família, e criados novos apoios extraordinários para os trabalhadores em situação de desproteção social”.

Quanto à interpretação da lei fundamental, o primeiro-ministro não tem dúvidas. “A nossa Constituição é muito clara na repartição de poderes: o Parlamento é soberano na aprovação do Orçamento e o Governo é totalmente responsável pela sua execução” e, por isso, “uma vez aprovado o Orçamento, a Assembleia não pode, nem aumentar a despesa, nem diminuir a receita, previstas nesse Orçamento“, detalhou António Costa.

Dito isto, a conclusão do Governo é a de que “violam por isso a Constituição as três leis da Assembleia da República que impõem um aumento da despesa fixada no Orçamento“. “Lei é Lei e a Constituição é a Lei Suprema, que é nosso dever cumprir e fazer cumprir, sejam as medidas populares ou impopulares, estejamos ou não em ano eleitoral, seja ou não o Governo maioritário”, disse Costa, assinalando que não está em causa o “mérito” das propostas.

António Costa reconheceu que o Presidente da Repúblicaprocurou limitar os danos constitucionais destas leis ao propor uma interpretação que esvazia o seu efeito prático, e até reforça os poderes do Governo“. Ainda assim, o Executivo sentiu a necessidade de enviar os três diplomas para o TC. Durante a conferência de imprensa, o primeiro-ministro evitou criticar a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa, optando por apontar as críticas aos deputados.

Leia a declaração de António Costa:

(Notícia atualizada às 19h34 com mais declarações)

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Costa anuncia decisão sobre apoios sociais. Acompanhe aqui em direto

  • ECO e Lusa
  • 31 Março 2021

O primeiro-ministro fala aos portugueses para anunciar o resultado da reflexão do Governo sobre a subida dos apoios sociais decidida pelo Parlamento e promulgada pelo Presidente da República.

A partir da residência oficial do primeiro-ministro em São Bento, António Costa dirige-se esta quarta-feira às 18h30 aos portugueses para falar sobre a subida dos apoios sociais decidida pelo Parlamento, contra a vontade do PS, e promulgada pelo Presidente da República, contra a vontade do Governo. O chefe do Executivo deverá anunciar se enviará ou não a legislação para o Tribunal Constitucional para suscitar a fiscalização sucessiva.

O Governo considera que os diplomas aprovados pela Assembleia da República são inconstitucionais na medida em que violam a norma-travão instituída na Constituição, a qual impede os deputados de aprovarem leis que acrescem despesa ou diminuam receita durante o ano, fora do processo orçamental. O ministro das Finanças, João Leão, disse “o que está em causa não é tanto o impacto financeiro da medida, cerca de 40 milhões de euros mensais, mas, sobretudo, o princípio, porque a Constituição é muito clara ao dizer que o parlamento não pode, durante a execução orçamental, aprovar medidas com impacto na despesa ou na receita”.

Em causa estão três diplomas aprovados apenas com a oposição do PS: um alarga o universo e o âmbito dos apoios sociais previstos para trabalhadores independentes, gerentes e empresários em nome individual; outro aumenta os apoios para os pais em teletrabalho; e um terceiro estende o âmbito das medidas excecionais para profissionais de saúde à recuperação dos cuidados primários e hospitalares não relacionados com a Covid-19.

Acompanhe aqui em direto a comunicação de António Costa:

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ERSE propõe aumento de 0,8% nas tarifas reguladas de gás natural para as famílias

  • ECO e Lusa
  • 31 Março 2021

Numa fatura média mensal de 20,31 euros para um casal com dois filhos, o impacto da variação média da tarifa final regulada proposta para os clientes domésticos será de mais 2 euros por ano.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) propôs esta quarta-feira um aumento de 0,8% nas tarifas de gás natural para os clientes finais do mercado regulado, a partir de outubro e até setembro de 2022.

De acordo com o regulador, considerando uma fatura média mensal de 20,31 euros para um casal com dois filhos, o impacto da variação média da tarifa final regulada que é proposta para os clientes domésticos será de mais 15 cêntimos no valor mensal a pagar. Ao fim de um ano são quase mais dois euros na fatura de gás das famílias.

“Estão sujeitos a estas variações os cerca de 245 mil consumidores que permanecerem no comercializador de último recurso e que representam cerca de 2% do consumo nacional”, diz a ERSE.

Em comunicado, o regulador indicou que os preços de venda de gás natural “a clientes finais do mercado regulado com consumos inferiores ou iguais a 10.000 m3/ano [metros cúbicos por ano” apresentam uma variação de 0,8% a partir de outubro.

“Apesar da redução da tarifa de acesso às redes, perspetiva-se uma subida no custo de aprovisionamento do gás natural, o que justifica o acréscimo nas tarifas transitórias de venda a clientes finais”, apontou a ERSE.

Já os consumidores com tarifa social beneficiarão de um desconto de 31,2% sobre as tarifas transitórias de Venda a Clientes Finais, conforme Despacho n.º 3163/2021, de 24 de março, do membro do Governo responsável pela área da energia, refere o comunicado da ERSE.

A documentação que sustenta a proposta tarifária da ERSE para o período de 01 de outubro de 2021 a 30 de setembro de 2022 é submetida a parecer do Conselho Tarifário (CT) e a consulta de algumas entidades.

O CT deve emitir o seu parecer em 30 dias, cabendo depois ao regulador tomar a decisão final até 01 de junho.

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Entre as grandes cidades europeias, só Roma vai crescer menos que Lisboa até 2025

A equipa da Oxford Economics prevê que, entre as grandes cidades europeias, Lisboa vai ser a segunda que menos crescerá até 2025. O pior lugar é ocupado por Roma.

As grandes cidades do sul da Europa mais dependentes do turismo sofreram um maior impacto da crise pandémica e terão uma recuperação mais lenta do que outras grandes cidades europeias. É o caso de Lisboa que será a segunda que menos crescerá entre 2019 e 2025, de acordo com as previsões da Oxford Economics divulgadas esta quarta-feira. Roma é a cidade que menos crescerá nesse período.

Na Europa, a maioria das grandes cidades analisadas neste estudo só recuperará a atividade económica pré-pandemia em 2022. Apenas sete conseguem concretizar esse objetivo já este ano: é o caso de Dublin (cujas estatísticas são influenciadas pelo registo de propriedade intelectual na Irlanda), Bucareste (Roménia), Zurique (Suíça), Oslo (Noruega), Estocolmo (Suécia), Sofia (Bulgária) e Varsóvia (Polónia). As restantes 23 cidades, incluindo Lisboa, só lá chegam no próximo ano.

2021 é, com sorte, um ano de recuperação económica em todas as cidades europeias, com as mais afetadas, como as do Reino Unido e de Espanha, a registar as retomas mais rápidas. Mas com os Governos ainda a lutar para conter o coronavírus, a maior parte das cidades não regressará aos níveis do PIB de 2019 até 2022″, antecipa Richard Holt, Head of Global Cities Research da Oxford Economics.

Este é o caso de Lisboa que, a par das grandes cidades do Sul da Europa, foi mais afetada pela crise pandémica e demorará mais tempo a recuperar. O ritmo de crescimento em 2021 até é elevado, mas tal justifica-se pelo maior impacto sofrido em 2020, o que influencia a variação percentual homóloga. A Oxford Economics prevê que a economia lisboeta se expanda cerca de 5% entre 2019 e 2025, o segundo pior desempenho entre as grandes cidades europeias.

Roma tem o pior desempenho com um crescimento que deverá ficar-se pelos 3%. Esta dificuldade da cidade italiana de sair da crise dita que só em 2023 é que chegará ao nível pré-pandemia, ainda mais tarde do que a maior parte das cidades europeias. Esse é também o caso de Barcelona, apesar da forte retoma que terá em 2021, a qual não é suficiente para compensar o colapso de 2020. Já Lisboa consegue recuperar da pandemia em 2022.

No médio prazo, os analistas da Oxford Economics perspetivam um crescimento das grandes cidades europeias “ligeiramente abaixo” do ritmo anterior a 2019, o que é explicado pelos danos duradouros da crise pandémica.

No caso de Lisboa, os setores ligados ao turismo como o do alojamento e restauração, assim como o do transporte e comércio, vão recuperar já em 2022 os níveis registados em 2019 — esta é uma perspetiva otimista face aquilo que as instituições estimam para o turismo no conjunto do país. Contudo, o setor das artes e do entretenimento demorará mais um ano, recuperando totalmente apenas em 2023.

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TAP recebeu novo avião de longo curso

A entrega da aeronave pela Airbus acontece numa altura em que a TAP está prestes a fechar a venda de oito aviões da mesma fabricante.

A TAP recebeu um novo avião de longo curso da Airbus na semana. A adição à frota da companhia aérea — que está a alvo de reestruturação — é um dos passos da empresa para olhar para a retoma, segundo anunciaram o chairman Miguel Frasquilho e o CEO Ramiro Sequeira numa comunicação interna a que o ECO teve acesso.

“Seguimos em frente. Na passada sexta-feira recebemos o nosso sétimo A 321 Long Range, o CS- TXG, uma aeronave que é chave na nossa retoma e estratégia, permitindo servir o longo curso com maior eficiência”, refere a comunicação assinada por Frasquilho e Sequeira, em que aponta para “novos caminhos”, “novos planos” e “recomeços”.

A entrega da aeronave pela Airbus acontece numa altura em que a TAP está prestes a fechar a venda de oito aviões da mesma fabricante, esperando um encaixe financeiro entre 35 e 40 milhões de euros. Esta operação faz parte do redimensionamento da frota que a companhia aérea está a levar cabo para se adaptar ao impacto da pandemia na procura por viagens. No fim do período, em 2025, a frota será composta por 99 aviões, menos nove do que no final do ano passado.

Ter recebido o novo avião não é, no entanto, o único indicador de que já está a preparar o futuro. Os dois líderes da empresa referem que, de segunda para terça-feira, “realizámos num A321 LR da TAP, o voo mais longo: de Maputo a Praia, num total de 4.500 milhas e 10 horas e 7 minutos de tempo de viagem”. Este é um recorde mundial com um A321 Long Range, um avião narrow-body que permite aumentar a eficiência no consumo de combustível e respetivas emissões de CO2. A TAP já conta com uma frota de sete aviões deste modelo e vai receber mais três ainda este ano.

No que diz respeito às rotas, há também novidades. No sábado “inaugurámos Cancun, um destino considerado seguro, seguindo os protocolos, muito apreciado pelos nossos clientes europeus e que reforça a competitividade do nosso hub de Lisboa”. Na sexta feira, a TAP apresentou o plano de rotas e frequências para o verão, que prevê 879 voos por semana, num total de 100 rotas, em agosto. “A partir de amanhã, 1 de abril, já estaremos a 39% da nossa capacidade, face a abril de 2019, com cerca de 100 voos por dia”, dizem.

A comunicação interna assinada por Frasquilho e Sequeira é focada na retoma, mas não ignora o processo de reestruturação pelo qual a companhia aérea está a passar. Esta quarta-feira era a data prevista para serem efetivadas as adesões ao programa de medidas voluntárias (rescisões por mútuo acordo, reformas antecipadas, pré-reformas, trabalho a tempo parcial e licenças sem vencimento) depois de os trabalhadores se terem candidatado até 24 de março.

Frasquilho e Sequeira dizem que “dezenas de colegas” aderiram, mas não avançam um número final porque “hoje não é dia de fazer balanços” do programa. “Hoje é dia de honrar e agradecer o contributo individual e coletivo de cada um destes colegas por fazerem a TAP voar mais alto, sempre ao serviço dos colegas e dos nossos clientes. Colegas que dedicaram anos de vida e de trabalho, que perfilam a história e o legado da TAP”, apontam. Todos vamos sentir a falta uns dos outros. O impacto de cada saída, de todas as saídas, vai sentir-se por toda a organização”.

(Notícia atualizada às 15h30 de 1 de abril para com mais informações)

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Governo finlandês recua no confinamento considerado “inconstitucional”

Primeira-ministra finlandesa diz que o assunto será debatido esta quarta-feira no Conselho de Estado. Ainda assim, pediu aos finlandeses que restringissem os seus contactos e viagens na Páscoa.

O Governo finlandês decidiu dar um passo atrás e não irá confinar a população de algumas cidades, medida que tinha sido proposta para conter a propagação da pandemia de Covid-19. A decisão, anunciada pela primeira-ministra no Twitter, segue um parecer da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais finlandesa que considera a medida inconstitucional.

A Finlândia, tal como outros países europeus, tem vindo a impor confinamentos, limitando a circulação e dizendo às pessoas para ficar em casa devido à pandemia de Covid-19. Porém, como anunciou a governante, Sanna Marin, a comissão não apoia essas medidas. “O Governo considera que o parecer da Comissão Constitucional significa que a proposta de restringir temporariamente a liberdade de circulação deve ser retirada do Parlamento“, escreveu na rede social, acrescentando que o assunto será debatido ainda esta quarta-feira.

Mas a primeira-ministra avisou também que “a situação da doença permanece grave e cada um de nós deve evitar qualquer contacto adicional”. Numa altura em que a Europa se tem fechado por causa da Páscoa, Marin relembrou que “devem ser evitadas viagens desnecessárias“.

“Ainda precisamos de trabalhar em conjunto para tornar o verão mais brilhante para todos nós”, concluiu.

A mesma situação já tinha ocorrido na Holanda. Em janeiro, um juiz do tribunal de Haia considerou que o Governo fez uma execução errada dos seus poderes de emergência para impor o primeiro confinamento no país desde a ocupação nazi. No entanto, um dia depois, a sentença foi contrariada por outro tribunal holandês.

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