PSD isolado na defesa de adiamento das eleições autárquicas por dois meses

  • Lusa
  • 25 Março 2021

A maioria dos partidos considera que não há dados suficientes que justifiquem adiar as eleições autárquicas por dois meses, como defende o PSD.

O PSD ficou esta quinta-feira isolado na defesa do adiamento das autárquicas por dois meses, com a maioria dos partidos a considerar não existirem dados que demonstrem que será preferível realizar as eleições no final do ano em vez de no início do outono.

Na apresentação da proposta, o secretário-geral e deputado do PSD, José Silvano, considerou que “o argumento real” do PS para rejeitar este adiamento “é puramente partidário e não tem nada a ver com a democracia”.

O PS tem mais presidências de câmaras e não quer a oposição a fazer campanha para mais facilmente as poder manter”, acusou.

José Silvano recordou que foram várias as vozes a defender o adiamento das recentes eleições presidenciais, entre as quais a do presidente do Conselho Económico e Social Francisco Assis ou o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira.

“Estranhamente, a 14 de março [Rui Moreira] já afirmava que não concordava com o adiamento das autárquicas”, apontou.

Na resposta, a deputada do PS Isabel Oneto considerou que o PSD “não traz um único critério objetivo” para sustentar a bondade do adiamento das eleições de setembro/outubro para novembro/dezembro.

Além de considerar que nada permite prever que, em dezembro, a situação estará melhor que depois do verão, Isabel Oneto lembrou qual foi a razão que levou o legislador a alterar a lei eleitoral em 2005 e fixou a realização das autárquicas entre 22 de setembro e 14 de outubro.

“Para que as autarquias possam ter orçamentos municipais aprovados a tempo e horas e não entrarem em duodécimos”, apontou, salientando que este vai ser um ano muito exigente para as autarquias, que terão um papel importante na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Precisamos de eleições no tempo normal da democracia”, defendeu.

Na mesma linha, o deputado do PCP António Filipe disse não ver na proposta do PSD “nenhum atentado à democracia”, mas também descartou a necessidade de adiamento.

“Fizemos eleições presidenciais num contexto à partida mais difícil, nada nos garante que a situação em outubro seja melhor que em dezembro, teríamos de ir adiando ‘sine die’?”, questionou.

Também o deputado do BE José Maria Cardoso disse ser “sensível” a alguns dos argumentos do PSD, mas considerou que não se pode adiar as eleições com base “numa data hipotética de imunização”.

“O verdadeiro objetivo do PSD tem a ver com o tempo político do processo orçamental”, disse.

O líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, considerou o diploma do PSD nasce de “uma boa preocupação, mas não é necessariamente uma boa ideia”, reiterando a ideia de que não existem, para já, dados que apontem para uma melhor situação em dezembro.

Igualmente, José Luís Ferreira, pelos Verdes, questionou a “pressa do PSD em adiar as eleições”, dizendo ser “prematura” qualquer decisão.

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Rede de casinos Caesers reclama 2000 milhões aos seguros por causa da Covid-19

  • ECO Seguros
  • 25 Março 2021

A gigante da indústria de entretenimento pede em tribunal que lhe seja reconhecido direito a compensação por perdas relacionadas com a pandemia. A maioria dos litígios terminam a favor das seguradoras

A Cæsers, rede norte-americana de casinos e estâncias de turismo e hotelaria (resorts), avançou com uma ação judicial contra um grupo de seguradoras que, segundo a companhia, recusam compensar perdas estimadas em mais de dois mil milhões de dólares que o grupo averbou em resultado da pandemia de Covid-19.

Na ação judicial entregue a um tribunal de Clark County, no Nevada (EUA), a Caesers Entertainment alega que adquiriu coberturas para todos os riscos de perdas físicas e danos, incluindo interrupção de negócio (Business Interruption) e que a maior parte das apólices não indica exclusão de perdas e danos causados por vírus ou pandemia.

A queixosa argumenta que depois de ter pago mais de 25 milhões de dólares em prémios de seguro para prevenir um conjunto de riscos com capital limite de 3,4 mil milhões de dólares, não obteve ainda qualquer indemnização por parte das seguradoras contratadas.

O grupo resultante da combinação recente entre a Caesers Entertainment Corporation e a Eldorado Resorts Incorporated fechou o exercício de 2020 com resultado líquido negativo de 1,76 mil milhões de dólares, penalizado pelo encerramento de estabelecimentos por causa da pandemia. A receita anual caiu 55% nas unidades em Las Vegas e em 34,5% na operação internacional do grupo que averbou queda de 42,5% na receita consolidada, face a 2019, para cerca de 3,5 mil milhões de dólares em 2020, indica o relato financeiro da rede de entretenimento e dormida.

A rede de casinos afirma que continua a acumular perdas por causa da crise sanitária, apesar de ter adotado medidas de mitigação dos riscos associados ao SARS-CoV-2 (Covid-19). Alegando que as seguradoras estão a violar contratos e a leis dos seguros do Nevada, a Caesers pede ao tribunal que reconheça e declare que as perdas estão cobertas pelas apólices de seguro.

De acordo com The Wall Street Journal (WSJ), o processo acionado pela Caesers Entertainment é mais um entre muitos em que as empresas reclamam indemnizações do seguro para recuperar perdas de exploração relacionadas com a pandemia.

Até agora, de acordo com uma faculdade de Direito, da Universidade da Pensilvânia, que tem acompanhado os litígios judiciais no âmbito da pandemia, as seguradoras levam vantagem na contenda. Em mais de 200 processos opondo companhias a clientes segurados, mais de 80% das sentenças foram favoráveis às seguradoras, complementa o WSJ (conteúdo de acesso gratuito, em língua inglesa).

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Restauração recebeu mais apoios do que todos os outros setores

Os dados da execução orçamental mostram que em janeiro e fevereiro a restauração recebeu mais apoios ao abrigo do programa Apoiar.pt do que todos os outros setores.

O setor da restauração recebeu 198,5 milhões de euros em janeiro e fevereiro, ao abrigo do Apoiar.pt, mais do que os 146,2 milhões de euros que foram canalizados para os outros setores abrangidos pelo programa. O valor da restauração supera também o montante gasto no lay-off simplificado. Estes dados constam da síntese de execução orçamental divulgada esta quinta-feira pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).

No total, o Estado gastou 662,5 milhões de euros em apoios diretos às empresas e ao emprego em janeiro e fevereiro, período marcado pelo segundo confinamento e o respetivo impacto na atividade económica. A maior parte dessa verba (198,5 milhões) foram para apoios à restauração (que foi obrigada a fechar, operando só em entregas ao domicílio ou takeaway), ao abrigo do Apoiar.pt, seguindo-se os apoios aos outros setores (ginásios, teatros, alojamento, turismo, entre outros) com 146,2 milhões de euros. Houve ainda 19 milhões do Apoiar.pt para bolsas de formação e 3,7 milhões para o programa Adaptar.

A restante despesa foi canalizada diretamente para os apoios ao emprego. O Estado gastou 134,7 milhões de euros com o lay-off simplificado nos dois primeiros meses do ano, 115,9 milhões de euros com o apoio extraordinário à retoma progressiva da atividade (sucessor do lay-off) e 44,5 milhões com o incentivo à normalização.

Além de tentar preservar o emprego, o Estado apoiou os rendimentos dos cidadãos com 194 milhões através de várias medidas: 88,5 milhões para o apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores (a nova prestação criada pelo OE2021), 29,3 milhões para o isolamento profilático, 42,1 milhões para o subsídio de doença, 2,4 milhões para prestações por doenças profissionais, 6,7 milhões para o apoio excecional à família, 7,2 milhões para os subsídios de assistência a filho e a neto e 17,8 milhões para outros apoios de proteção social.

Por fim, o Estado gastou 175,4 milhões de euros a reforçar a resposta de saúde à Covid-19. O maior gasto foi com o equipamento de proteção individual (EPI), medicamentos e outros, com 52,4 milhões, seguindo-se os 44,3 milhões gastos em contratações, horas extraordinárias e outros abonos. O subsídio de risco atribuído aos profissionais de saúde só deverá constar das próximas sínteses de execução orçamental uma vez que só foi pago em março.

Fonte: Direção-Geral do Orçamento (DGO).

Em janeiro e fevereiro, o Governo gastou 24,7 milhões com a testagem, 30 milhões para adquirir vacinas e 16 milhões para comprar doses de tratamento de remdesivir. Por fim, foram gastos oito milhões em equipamentos e outros.

“Os dados que se apresentam referem-se apenas às principais medidas com maior expressão nas Administrações Públicas, não sendo exaustivos”, explica a DGO na síntese.

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Navio encalhado no Canal do Suez causa milhões de perdas a seguradoras

  • ECO Seguros
  • 25 Março 2021

O MV Ever Given é um gigante dos oceanos com capacidade para 20 mil contentores marítimos de 20 pés. Fustigado por uma rajada de vento atravessou-se no Canal, encalhou e está a bloquear o tráfego.

O proprietário e as seguradoras de um dos maiores navios porta-contentores do mundo, encalhado há três dias no Canal do Suez (Egito), irão confrontar-se com milhões de dólares em pedidos de indemnização mesmo que o barco volte a flutuar e desimpeça a via nos próximos dias.

O gigante MV Ever Given, um navio com pavilhão de Taiwan, medindo 400 metros de comprimento, 59 metros de largura e capacidade para 20 mil TEU (1 TEU é a medida unitária utilizada no transporte marítimo para contentores marítimos de 20 pés) encontra-se atravessado no canal impedindo o tráfego de outras embarcações numa das rotas mais utilizadas pelo comércio global por via marítima.

Segundo atualização divulgada nesta quinta-feira pela entidade egípcia que gere o canal (Suez Canal Authority), a navegação continua “temporariamente suspensaaté que se consiga recolocar o Ever Given a flutuar. A mesma fonte referiu que 13 navios que largaram de Port Said deveriam lançar âncora nas proximidades de Bitter Lakes e aguardar pela libertação do porta-contentores encalhado e a reposição das condições de navegação.

A Evergreen Line, empresa de shipping do conglomerado Evergreen International Corp (com origem em Taiwan) opera o navio em regime de leasing e a embarcação tem feito a rota que liga Extremo-Oriente à Europa. Segundo comunicação desta empresa, o acidente ocorreu seis milhas náuticas após entrada do Canal, pelo lado sul, vindo do Mar Vermelho em direção ao Mar Mediterrâneo. O navio encalhou após perder a linha de navegação por efeito de rajadas de vento de 30 nós (cerca de 56 quilómetros/hora), admite o transitário.

Os grandes porta-contentores com a capacidade do Ever Given estão provavelmente segurados por danos no casco e maquinaria por um valor entre 100 e 140 milhões de dólares, adiantaram fontes da indústria seguradora à agência Reuters.

O UK P&I Club confirmou que detém a cobertura de danos próprios e risco de eventual poluição causada pelo navio, sem mais comentários. No entanto, outras fontes referem que a operação (carga), casco e maquinaria estão segurados no mercado japonês. Os encargos que irão recair sobre o proprietário da embarcação e as seguradoras incluem a perda de receitas associadas à carga do navio e os prejuízos de outros navios cuja passagem está a ser impedida pelo incidente, segundo fontes dos seguros e de corretagem.

O custo da operação de salvamento também deverá ser suportado pela seguradora do casco e da maquinaria. “É potencialmente o maior desastre mundial de sempre com navios porta-contentores sem que haja perda total do navio”, disse um jurista especialista em navegação que preferiu manter anonimato.

O incidente já afetou o comportamento do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Os efeitos do bloqueio causado pelo navio encalhado no Suez estará a afetar mais de 9,5 mil milhões de dólares em volume de tráfego comercial por dia (nos dois sentidos do trânsito marítimo), segundo estimativa avançada pela imprensa internacional citando a Lloyd’s List.

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Governo quer alterar aplicação ‘Stayaway Covid’

  • Lusa
  • 25 Março 2021

O projeto do Governo pretende agilizar o processo de obtenção e comunicação do código de legitimação. Comissão de Proteção de Dados recomenda alterações.

O Governo quer alterar a aplicação ‘Stayaway Covid’ para agilizar a obtenção e comunicação de códigos, recorrendo a meios automatizados e a mais profissionais de saúde, mas a Comissão de Proteção de Dados (CNPD) recomenda alterações.

O projeto de decreto-lei do Governo pretende agilizar o processo de obtenção e comunicação do código de legitimação, permitindo que seja gerado por outros profissionais de saúde, que não apenas médicos, e por meios totalmente automatizados.

O parecer da CNPD, assinado na quarta-feira pela presidente, Filipa Calvão, diz que o projeto elimina “a referência à regulação da intervenção do médico”, aditando que o diploma regula o código de legitimação do sistema ‘Stayaway covid’, recomendando ao executivo que defina quais as categorias de profissionais de saúde abrangidas “pelo novo perfil de acesso”.

Quanto à interoperabilidade da ‘Stayaway Covid’ com outros sistemas, a CNPD defende a necessidade de adoção de medidas de segurança que protejam a informação e “a sua natureza pseudonimizada”.

O projeto do Governo pretende alterar o regime que, em agosto do ano passado, criou esta aplicação de rastreio de contactos de infetados pela doença covid-19.

Desde o lançamento da aplicação, em 01 de setembro, foram gerados e inseridos na aplicação mais de 12 mil códigos referentes a utilizadores que testaram positivo ao novo coronavírus, divulgou em janeiro o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).

A aplicação contava, até ao momento, com 2.970.708 ‘downloads’ dos sistemas operativos da Google, Apple e Huawei, estimando o instituto do Porto que 40% das aplicações estejam ativas.

A aplicação móvel permite rastrear de forma rápida e anónima, através da proximidade física entre smartphones, as redes de contágio por covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus.

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Só há sete países da UE que estão a vacinar menos que Portugal

A par com Itália, Portugal está a administrar 15,8 doses de vacinas contra a Covid-19 por cada 100 habitantes. Bulgária, Letónia, Croácia, Luxemburgo, Holanda, Bélgica e Alemanha ficam mais atrás.

Desde o final do ano passado, a vacinação contra a Covid-19 tem sido uma das principais preocupações dos países a nível mundial. Numa altura em que a pandemia continua a não dar tréguas, com mais de 125 milhões diagnosticados e 2,7 milhões de mortes em todo o mundo, a União Europeia une esforços para acelerar a vacinação, fazendo mira ao objetivo de ter 70% da população vacinada (com pelo menos uma dose) até ao fim do verão. Contudo, a escassez de vacinas e os atrasos das entregas têm “baralhado” as contas dos líderes europeus.

Em Portugal, a primeira fase do plano de vacinação delineado pela task force arrancou a 27 de dezembro, destinando-se numa fase inicial a profissionais de saúde e a utentes e trabalhadores de lares. E durante estes quase três meses estendeu-se já a pessoas entre os 50 e os 79 anos com patologias associadas, a pessoas com idade igual ou superior a 80 anos, titulares de órgãos de soberania, profissionais de serviços essenciais, entre outros.

Desde então e até à passada terça-feira, Portugal já administrou 903.964 primeiras doses, das quais 447.552 segundas doses, de acordo com os mais recentes dados compilados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), referentes a 23 de março. De sublinhar que estes números têm uma ligeira discrepância com os dados comunicados pela DGS, no reporte semanal do plano de vacinação.

Contas feitas, Portugal administrou, em média, 15,8 doses por cada 100 habitantes com idade igual ou superior a 18 anos, o que coloca o país na 16ª posição no ritmo de administração de vacinas, “a par e passo” com Itália. E se anteriormente, Portugal estava ligeiramente acima da média dentro do bloco comunitário, os dados mais recentes revelam que o ritmo de administração de vacinas abrandou ligeiramente, o que coloca Portugal abaixo da média da UE, que se situa nas 16,9 doses administradas por 100 habitantes.

Trata-se, portanto, de uma diferença de 1,1 pontos percentuais. Há neste momento apenas sete países com um ritmo de administração de vacinas inferior a Portugal: Bulgária, Letónia, Croácia, Luxemburgo, Holanda, Bélgica e Alemanha. Não obstante, importa lembrar que Portugal, à semelhança dos outros países da UE, tem feito um esforço para acelerar o plano de vacinação, nomeadamente através do alargamento de alguns grupos prioritários que não estavam inicialmente incluídos. Contudo, a escassez de vacinas e os atrasos de entregas das mesmas, bem como, a suspensão da vacina da administrarão da vacina AstraZeneca (que já foi novamente retomada) têm sido alguns dos grandes desafios.

A partir de abril, com a chegada da vacina de toma única da Janssen e assim que se confirmem as expectativas quanto às entregas acordadas com as farmacêuticas, Portugal espera acelerar o processo, tendo definido com meta administrar, em média, 95 mil vacinas por dia, já no segundo trimestre. Para o efeito, serão criados mais de 150 postos de vacinação, que contarão com o apoio das autarquias.

Malta é o Estado-membro mais rápido a vacinar. Áustria na oitava posição

Esta é já considerada uma das maiores campanhas de vacinação da história mundial. Só na União Europeia já foram administradas mais de 39,5 milhões de primeiras doses de vacinas, das quais mais de 16,5 milhões de segundas doses, segundo os dados do ECDC. E tal como mencionado anteriormente, a escassez de vacinas tem levado a UE a apertar os mecanismos de exportações de vacinas, por forma a garantir que as farmacêuticas cumprem com os objetivos acordados com os 27 Estados-membros e que as vacinas não são “desviadas” para fora do bloco comunitário. Mas, afinal, quais são os Estados-membros da União Europeia onde se administraram mais doses de vacinas por cada 100 indivíduos?

Com um total de 101.451 doses de vacinas contra a Covid-19 administradas, das quais 44.483, Malta apresenta-se atualmente como o país da União Europeia com um maior número de doses distribuídas por cada 100 indivíduos: 35,3. Este configura-se, assim, como o Estado-membro que, desde o final de dezembro, tem sido capaz de impor um maior ritmo ao seu plano de vacinação.

A este país segue-se, dentro da União Europeia, a Hungria. Dados atualizados na terça-feira mostram como, por cada 100 habitantes, já tinham sido aplicadas 23,2 doses. Isto numa altura em que o país foi já capaz de distribuir pela sua população um total de 1.442.024 doses da substância, das quais 427.994 segundas tomas. De sublinhar que além das três vacinas diferentes aprovadas pelo regulador europeu (Pfizer, Moderna e AstraZeneca), as autoridades de saúde húngaras aprovaram unilateralmente outras vacinas, como a vacina chinesa Sinopharm e a vacina russa Sputnik V.

A fechar o pódio surge a Estónia. Com um total de 167.488 doses já administradas, das quais mais de 57 mil segundas doses. O país foi capaz de distribuir, até ao momento, 21 doses de vacina por cada 100 pessoas.

Face aos atrasos das vacinas e às discrepâncias do ritmo de vacinação dentro do bloco comunitários têm surgido algumas críticas relativamente à equidade na distrubuição das doses disponíveis dentro da UE. Entre os maiores críticos tem estado o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, que na reunião desta quinta-feira do Conselho Europeu referiu que “a palavra solidariedade está sempre a ser invocada e utilizada com tanta frequência na União Europeia. Mas há Estados-membros que têm muito menos vacinas disponíveis do que outros”.

Nesse contexto, o líder pediu por isso, que se encontre uma solução para o problema, caso contrário a situação “pode causar danos à União Europeia”. Não obstante, os dados do ECDC revelam que a Áustria é, a par com a Lituânia, o oitavo país da UE com um maior ritmo de vacinação. No total, o país já administrou 976.948 doses, das quais 324.117, o equivalente a 17,8 doses administradas por cada 100 habitantes. De sublinhar que além deste país, Croácia, Bulgária, Eslovénia, Letónia e República Checa pediram à Comissão Europeia que crie um mecanismo que corrija o que consideram ser uma “distribuição injusta de vacinas”.

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Parlamento alemão aprova legislação para UE emitir dívida. Mais de metade dos países já ratificaram

O Bundestag aprovou esta quinta-feira o aumento dos recursos próprios da UE que permitirá emitir dívida para financiar a "bazuca". Mais de metade dos Estados-membros ratificaram a legislação.

Os deputados alemães aprovaram esta quinta-feira no Bundestag a legislação sobre o aumento dos recursos próprios da União Europeia, que permitirá a emissão de dívida comum por parte da Comissão Europeia em nome dos Estados-membros, cujo dinheiro servirá para financiar o fundo de recuperação europeu. A Alemanha junta-se assim aos 13 países que já tinham ratificado, de acordo com a contabilização do ECO, o que faz com que mais de metade dos 27 Estados-membros tenha dado este passo.

No Parlamento alemão, 478 deputados votaram a favor (os conservadores da CDU de Merkel, os social-democratas do SPD, os Verdes e os liberais do FDP), 95 votaram contra (extrema-direita AfD) e 72 abstiveram-se (partidos de esquerda), de acordo com a informação divulgada no site do Bundestag. Os deputados aprovaram também uma obrigação do Governo alemão apresentar relatórios adicionais sobre a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) alemão, o qual será financiado por esta emissão de dívida.

Em causa estão os 750 mil milhões de euros em nome da UE, os quais irão financiar a #PróximaGeraçãoUE, o nome dado ao fundo de recuperação europeu. Para que a Comissão Europeia possa ir aos mercados financeiros endividar-se em nome da União, os parlamentos nacionais dos 27 Estados-membros têm de ratificar a legislação que aumenta os recursos próprios da UE e que foi acordada entre os líderes europeus no Conselho Europeu de 14 de dezembro.

Há uma semana havia 11 países — Croácia, Chipre, Eslovénia, Portugal, França, Bulgária, Malta, Itália, Espanha, Bélgica e Grécia — que já tinham ratificado a legislação. Desde então, de acordo com António Costa, o Luxemburgo e a Dinamarca aprovaram essa legislação e esta quinta-feira foi a vez da Alemanha. Assim, há pelo menos 14 países que cumpriram este requisito, faltando os restantes 13. “Renovo o apelo à ratificação pelos demais Estados Membros face à importância da conclusão deste procedimento para pôr em marcha uma recuperação económica e social justa“, escreveu o primeiro-ministro no Twitter, em nome da presidência portuguesa do Conselho da UE.

Numa carta endereçada por António Costa aos outros Chefes de Estado, a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia pediu aos Estados-membros que concluíssem o processo o mais tardar no final do primeiro trimestre para que a Comissão Europeia pudesse começar as emissões de dívida já em abril. Esse objetivo foi definido por Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, em declarações ao ECO em janeiro: o Governo esperava ter “esse processo concluído ao longo do primeiro trimestre de 2021”, mas não se excluía o cenário de um potencial bloqueio num dos parlamentos nacionais.

Tendo em conta os números atuais e alguns problemas à vista, as expectativas da presidência portuguesa mudaram. Faltando apenas uma semana para o final do mês, é improvável que os 13 países em falta finalizem o processo. Os problemas passam pelas negociações de formação do Governo na Holanda após as eleições gerais da semana passada, o que poderá atrasar ainda mais o calendário desta legislação, e pela Roménia onde o partido social-democrata (PSD, que faz parte do grupo dos socialistas europeus) ameaça não aprovar a legislação, para a qual é necessária uma maioria de dois terços, caso o Governo não apresente o plano nacional de recuperação e resiliência, de acordo com o Euractiv.

Em resposta ao ECO na semana passada, fonte oficial da presidência portuguesa assume que o objetivo alterou-se: “A Presidência portuguesa espera que todos os Estados-Membros ratifiquem esta decisão até ao final de abril“. Ou seja, um mês depois do objetivo inicial. O ECO sabe que as expectativas em Bruxelas já se alteraram também: apesar da vontade e necessidade de fazê-lo o mais cedo possível, o cenário mais provável e realista para a Comissão Europeia é que a primeira emissão de dívida em nome da União Europeia deve acontecer a meio de 2021, ou seja, em junho (ainda dentro da presidência portuguesa) ou em julho.

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Plano de vacinação e testes rápidos à Covid-19 vão ser fiscalizados por inspeção-geral

  • Lusa
  • 25 Março 2021

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde prevê desenvolver este ano 80 ações de fiscalização. Entre as áreas a fiscalizar consta o teletrabalho obrigatório durante o estado de emergência.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou esta quinta-feira que vai desenvolver este ano 80 ações de fiscalização em várias áreas, incluindo à implementação do plano de vacinação e à realização de testes rápidos de despiste da covid-19.

Segundo adiantou a IGAS em comunicado, o total de 80 fiscalizações previstas no plano de trabalho para este ano é mais do dobro das realizadas em 2020, ano em que foram efetuadas 37 ações de natureza inspetiva.

Este organismo, dotado de autonomia administrativa e integrado no Ministério da Saúde, avançou que entre as áreas a fiscalizar constam ainda o teletrabalho obrigatório durante o estado de emergência, o controlo de infeção por legionela, a execução de medidas de internamento em unidades de saúde mental, a interrupção voluntária da gravidez e a medicina dentária e cuidados de saúde oral.

Além destas, a IGAS pretende também fiscalizar a organização e funcionamento das unidades de prestação de cuidados de saúde na área das dependências e dos comportamentos aditivos e o funcionamento das unidades privadas de saúde de radiologia na área da ecografia obstétrica diferenciada.

A IGAS desenvolveu 27 processos de fiscalização em 2018, número que subiu para os 53 em 2019, baixando para os 37 em 2020. Para além dos estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde e dos organismos do Ministério da Saúde, a ação inspetiva da IGAS abrange as entidades privadas que atuam neste setor.

O resultado destas ações de fiscalização poderá traduzir-se na instauração de processos de contraordenação cuja competência seja legalmente atribuída à IGAS, na sequência dos quais podem ser aplicadas sanções. Para além desta atividade, a IGAS disponibiliza guias e ferramentas práticas que apoiam os gestores das entidades abrangidas pela fiscalização na melhoria da gestão e da qualidade dos serviços que prestam aos cidadãos, adiantou o organismo.

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Já abriram novas candidaturas ao programa Apoiar. Abrangem mais setores

Estão abertos concursos para o programa Apoiar.pt e Apoiar Restauração, que abrangem novos setores, como panificação, e têm diferentes limites máximos.

Já foram lançados novos concursos para o programa Apoiar, que estão abertos até 16 de abril de 2021 ou até se esgotar a dotação. O Governo decidiu voltar a abrir as candidaturas para este apoio, depois de várias empresas sinalizarem que não conseguiram aceder, alargando a mais setores afetados pela pandemia e aumentando os limites máximos para as empresas com quebras superiores a 50%.

Este programa concede um “apoio ao financiamento do fundo de maneio das Micro, Pequenas e Médias Empresas localizadas no território do continente que registem forte redução do volume faturação e que atuem nos setores mais afetados pelas medidas excecionais de mitigação da crise sanitária”.

As candidaturas dizem respeito ao Apoiar.pt e o Apoiar Restauração. Passam agora a ser abrangidos mais setores, nomeadamente a panificação; pastelaria; fabricação de explosivos e artigos de pirotecnia; outras atividades educativas e atividades de serviços de apoio à educação. A lista inclui também atividades de prática médica de clínica especializada, em ambulatório; estomatologia, atividades de medicina dentária e odontologia.

Podem ainda aceder empresas de gestão de instalações desportivas, atividades de ginásio (fitness); outras atividades desportivas; reparação de computadores e de bens de uso pessoal e doméstico e outras atividades de serviços pessoais.

Os limites dos apoios foram aumentados para as empresas com quebras superiores a 50%, incluindo o apoio extraordinário, e passam a ser:

  • Empresários em nome individual (ENI) em regime de contabilidade simplificada: passa de cinco mil para 7.500 euros
  • Microempresas: passa de 12.500 para 18.750 euros
  • Pequenas empresas: passa de 68.750 para 103.125 euros
  • Médias e NPME: passa de 168.750 para 253.125 euros

O programa tem uma dotação total de 1.020 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), a que acrescem 80 milhões de euros de fundos nacionais. No Apoiar.pt, a taxa de financiamento a atribuir é de 20% do montante da diminuição da faturação da empresa comunicada ao Fisco no sistema e-Fatura.

Candidaturas ao Apoiar + Simples também reabrem

Foram também lançados esta quinta-feira os concursos para o Apoiar + Simples, depois de o Governo decidir alargar o programa a empresários em nome individual (ENI) sem contabilidade organizada e que não tenham trabalhadores a cargo (eram apenas abrangidos aqueles com trabalhadores a cargo).

As candidaturas para este apoio ao financiamento do fundo de maneio dos empresários em nome individual sem contabilidade organizada, nos setores abrangidos pelo Programa Apoiar, decorrem entre esta quinta-feira e dia 16 de abril de 2021, ou até ao esgotamento da dotação, que é de 50 milhões de euros do FEDER.

Neste programa também passam a ser abrangidos os setores mencionados acima, nomeadamente a panificação e fabricação de explosivos e artigos de pirotecnia.

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Novo Banco: PSD acusa PS de “brincar” com comissão de inquérito de forma “execrável”

  • Lusa
  • 25 Março 2021

PSD acusa PS de estar a “brincar” com comissão de inquérito ao Novo Banco e com a realidade de forma “execrável” ao pedir depoimentos de ex-governantes sociais-democratas e a audição de Carlos Moedas.

O PSD acusou esta quinta-feira o PS de estar a “brincar” com a comissão de inquérito ao Novo Banco e com a realidade de forma “execrável”, ao pedir depoimentos escritos de ex-governantes sociais-democratas e a audição de Carlos Moedas.

“O PS brincou durante anos com o Novo Banco, o PS está hoje a brincar com o parlamento, está hoje a brincar com esta comissão de inquérito”, acusou o deputado social-democrata Duarte Pacheco, em declarações aos jornalistas nos Passos Perdidos no parlamento.

Em causa está o facto de o PS ter requerido hoje os depoimentos por escrito do ex-Presidente Cavaco Silva, dos antigos primeiros-ministros Durão Barroso e Passos Coelho e a audição presencial do ex-comissário europeu e atual candidato à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, na comissão de inquérito do Novo Banco.

“Querer ouvir ex-Presidentes da República, ex-primeiros ministros sobre aquilo que os administradores propostos pelo doutor Ricardo Salgado vêm dizer, quando essas mesmas pessoas disseram isso na primeira comissão de inquérito e, na altura, eles não sentiram essa necessidade, eu pergunto se não é brincar com a realidade de forma inaceitável e execrável”, apontou.

Duarte Pacheco lembrou que “na anterior comissão de inquérito” à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo, que terminou em 2015, “houve um trabalho sério que prestigiou o parlamento e prestigiou os deputados que a integravam”.

“E nesse relatório, que foi aprovado só com o voto contra do PCP – recordo, só com o voto contra do PCP – está claro que o Governo da altura [PSD/CDS] nunca foi confrontado com uma proposta concreta de recapitalização do BES, fosse essa recapitalização pública ou privada”, argumentou.

O deputado continuou, dizendo que “hoje os tempos são outros e a atual comissão de inquérito parlamentar está a investigar aquilo que o Governo do PS fez: o seu comportamento, a alienação do banco, o modo como acompanhou a gestão e automaticamente o comportamento do PS alterou-se, passou de responsabilidade a irresponsabilidade”.

“E esse comportamento irresponsável do PS ficou bem evidente no requerimento que agora apresentou”, apontou o deputado.

Duarte Pacheco vincou que “sem dados novos, com base num depoimento que já tinha acontecido na primeira comissão de inquérito de administradores, propostos pelo doutor Ricardo Salgado”, o PS “vem abraçar a narrativa do doutor Salgado sobre a viabilidade do BES”.

Para o deputado, este facto é “incompreensível” e “esta aliança entre o PS e a narrativa do dr. Ricardo Salgado é inaceitável, é inesperada, é execrável”.

Duarte Pacheco fez ainda um apelo ao “bom senso” para que “o parlamento não saia mais desprestigiado por comportamentos de brincadeira que o PS infelizmente quer pôr em cima da mesa para iludir e esconder as suas responsabilidades”.

O anúncio dos pedidos do PS foi feito esta quinta-feira no parlamento pelo coordenador do PS nesta comissão de inquérito, João Paulo Correia, um dia depois da audição de José Honório, ex-administrador do BES e Novo Banco, que segundo o socialista revelou que o antigo presidente do BES Ricardo Salgado entregou, em 2014, um memorando a cada uma das autoridades políticas em que dava conta do “buraco gigante em que estava enfiado o GES”.

Numa publicação na rede social Twitter, o presidente do PSD, Rui Rio, relacionou esta quinta-feira o pedido feito pelo PS para ouvir Carlos Moedas no inquérito sobre Novo Banco com as próximas eleições autárquicas, ironizando que podem chamar também ao processo os candidatos do PSD ao Porto e Gaia.

Carlos Moedas, que era neste período secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, será o candidato da coligação PSD/CDS-PP à Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas.

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Presidente da República assina decreto de renovação do estado de emergência

A decisão foi comunicada por via de uma nota no site oficial da Presidência da República, depois da Assembleia da República ter votado favoravelmente a aprovação do decreto.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assinou esta quinta-feira o decreto que prolonga o estado de emergência que atualmente vigora no país até 15 de abril. A posição do chefe de Estado foi comunicada através de uma publicação no site oficial da Presidência da República.

“Na sequência da votação amplamente favorável da Assembleia da República esta tarde, o Presidente da República assinou o Decreto que renova o Estado de Emergência até 15 de abril“, pode ler-se na referida nota. Desta forma, o estado de emergência irá existir, pelo menos, até essa data, embora Marcelo Rebelo de Sousa tenha já adiantado que há a possibilidade deste regime excecional ter de ser estendido até ao mês de maio, como forma de conter a pandemia.

Esta quinta-feira, a Assembleia da República esteve reunida para votar o decreto proposto pelo Executivo. O decreto relativo ao 14.º estado de emergência foi aprovado pelo PS, PSD, CDS e PAN. O PCP, o PEV, o Chega e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreita opuseram-se. Por sua vez, o Bloco de Esquerda absteve-se, ao passo que o deputado único da Iniciativa Liberal não marcou presença nesta votação.

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Teleperformance ganha Pessoas Award para “Recrutador” de 2020

"A Teleperformance vai ao mundo todo e convence os seus potenciais colaboradores de que Portugal é um bom sítio para trabalhar e, mais importante do que isso, para viver", destaca o júri dos prémios.

Nomeada juntamente com a Mercadona e a Revolut, a Teleperformance é a vencedora do Pessoas Award na categoria de “Recrutador”. A empresa, que é uma das maiores recrutadoras a nível nacional, “vai ao mundo todo e convence os seus potenciais colaboradores de que Portugal é um bom sítio para trabalhar e, mais importante do que isso, para viver”, refere o júri do concurso.

“Quando recrutamos estamos a pedir um exercício bastante complicado às pessoas”

Com uma equipa em Portugal de 11.200 pessoas de 96 nacionalidades diferentes, o responsável de recursos humanos na Teleperformance, João Tavares, diz que 2020 foi um ano de desafios. O primeiro foi colocar os colaboradores a trabalharem remotamente em pouco mais de três semanas, o segundo foi o tema da saúde mental. “Tivemos de construir um conjunto de iniciativas que nos permitissem, por um lado, monitorar, na medida do possível, o estado de saúde mental dos nossos colaboradores e, por outro lado, criar condições para manter o espírito em alta ou, se necessário, dar um apoio mais específico”, conta.

A estratégia de atração e retenção de talento da Teleperformance está assente, não só em vender o serviço da empresa mas também em apresentar Portugal e Lisboa como um sítio ideal para trabalhar. Isto numa oferta integrada aos candidatos que tem de ser muito atrativa. “Quando recrutamos, estamos a pedir um exercício bastante complicado às pessoas. Basicamente estamos a dizer ‘deixa o teu país natal ou o país onde vives neste momento e vem para aqui viver connosco’”, afirma João Tavares, acrescentando que é preciso garantir três dimensões, começando desde logo por oferecer contrapartidas “muito estimulantes” e assegurar as condições mais básicas, como o alojamento ou o apoio fiscal. Já o terceiro ponto está relacionado com a criação de “uma noção de comunidade bastante grande”.

“Hoje em dia temos de conseguir adaptar-nos a estas três dimensões e pensá-las em 36 culturas diferentes. Isto porque maioritariamente nós não recrutamos só de uma nacionalidade, o que nos traz algo ainda mais acrescido, que é dentro da nossa comunidade Teleperformance trabalharmos os aspetos culturais dos franceses, dos alemães e por aí fora. É um desafio extremamente interessante”, remata.

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