Abaixo-assinado da Fenprof pede testes, vacinação e teletrabalho nas escolas

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2021

O abaixo-assinado apresenta seis exigências que já vinham sendo pedidas por professores e restantes funcionários escolares.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) lançou um abaixo-assinado a exigir a realização de testes na comunidade escolar, a priorização dos profissionais das escolas na vacinação contra a Covid-19 e a possibilidade do teletrabalho.

O abaixo-assinado apresenta seis exigências que já vinham sendo pedidas por professores e restantes funcionários escolares.

Com a aprovação de um novo confinamento, que entrou em vigor na passada sexta-feira e mantêm as escolas abertas, a Fenprof decidiu transformar as reivindicações em abaixo-assinado para que o Governo garante “condições reforçadas de prevenção e segurança sanitária, o que até agora não fez”.

Os professores e educadores voltam a exigir a realização periódica de testes a toda a comunidade escolar, bem como, sempre que surjam casos de Covid-19, aos contactos próximos das pessoas infetadas.

Na passada quinta-feira, no final da reunião de Conselho de Ministros, destinada a definir as regras do novo Estado de Emergência, o primeiro-ministro António Costa anunciou a realização de uma “campanha permanente” e testagem nas escolas, não especificando no entanto de que forma seria feita.

Outra das exigências do abaixo-assinado é a “consideração dos docentes e demais trabalhadores das escolas como prioritários, passando a integrar a 2.ª fase de vacinação”. Questionado sobre esta opção, António Costa remeteu, na passada quinta-feira, para a task force do plano de vacinação contra a Covid-19: “O critério de vacinação é definido por um grupo técnico e dirá o que terá a dizer sobre essa matéria”.

“A efetiva proteção dos docentes de grupo de risco, sendo-lhes autorizado o teletrabalho ou garantido o salário, caso ultrapassem os 30 dias de faltas justificadas em tais circunstâncias” é a terceira exigência do abaixo-assinado.

Na passada quinta-feira, o Governo decidiu manter em regime presencial todos os níveis de ensino, desde o pré-escolar ao superior.

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Tráfego aéreo em Portugal recuou para níveis de 1998 por causa da pandemia

A NAV Portugal geriu 345,3 mil voos em 2020, o pior registo desde 1998 por causa da pandemia do novo coronavírus.

Num ano fortemente impactado pela pandemia de Covid-19, o tráfego aéreo gerido pela NAV Portugal caiu para valores que não eram vistos desde 1998. A NAV Portugal geriu 345,3 mil voos em 2020, abaixo dos 357 mil voos geridos nesse ano, no final do século XX.

“De 1998 para cá, o total de movimentos controlados pela NAV manteve-se em crescimento praticamente constante até ao máximo registado em 2019, quando a NAV controlou 816 mil voos. O valor de 2020 representa assim uma quebra de 58% no tráfego de 2019 para 2020 e um recuo de praticamente 22 anos em termos de total de aeronaves no espaço aéreo sob responsabilidade de Portugal”, revelou a NAV num comunicado.

Segundo a empresa que gere o espaço aéreo, a queda em Portugal foi superior aos 55% de quebra registada no tráfego de toda a rede Eurocontrol. “Foi uma situação que apanhou todos desprevenidos. Nunca ninguém julgou ser possível que a aviação chegasse à quase total imobilidade”, considerou o presidente da NAV, Manuel Teixeira Rolo, citado na mesma nota informativa.

Foi uma situação que apanhou todos desprevenidos. Nunca ninguém julgou ser possível que a aviação chegasse à quase total imobilidade.

Manuel Teixeira Rolo

Presidente da NAV Portugal

“Depois de os dois primeiros meses de 2020 terem decorrido em condições ‘normais’, com a NAV a registar os mesmos 119 mil movimentos registados em janeiro e fevereiro de 2019, em março a OMS [Organização Mundial da Saúde] declarou a Covid-19 como uma pandemia, e diversas ligações aéreas começaram a ser suspensas e a procura a cair”, recordou a NAV.

Assim, “os efeitos no tráfego foram imediatos, com os voos geridos pela NAV a cair para -94% em abril, -92% em maio e -88% em junho em comparação com os mesmos meses de 2019”. “Ao longo do verão, o tráfego registou ligeiras melhorias, ‘estabilizando’ em níveis equivalentes a -55% em relação ao mesmo período de 2019, mas os últimos meses do ano ficaram marcados por nova deterioração, tendência que se mantém nestes primeiros dias de 2021″, acrescentou.

Segundo o presidente da NAV Portugal, “adaptar a operação às condições da pandemia e, em simultâneo, às exigências inadiáveis de transporte de material médico, voos de emergência e centenas de voos de repatriamento para vários países europeus, foi um dos maiores desafios que a NAV alguma vez enfrentou”. “É com um misto de tristeza e orgulho que encaramos este ano que passou”, disse.

Segundo a NAV, “o Eurocontrol estima que o tráfego total em 2021 persista bastante aquém dos valores pré-pandemia, ainda que se espere que o próximo verão traga alguma recuperação mais acelerada do total de voos”. “Já o regresso a valores próximos do total de voos registados em 2019 só deverá ocorrer em 2024, prevê o Eurocontrol”, acrescentou a empresa.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h53)

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Ainda vale a pena as organizações preocuparem-se com as carreiras?

  • PESSOAS + EY
  • 18 Janeiro 2021

Luísa Antunes, Consultora Senior EY, People Advisory Services, fala da diferença entre gestão, desenvolvimento e caminhos de progressão de carreira e dos três atores envolvidos.

Ouvimos com frequência falar de Gestão de Carreiras, Desenvolvimento de Carreiras ou Caminhos de progressão de Carreira, como uma e a mesma coisa. A dificuldade na distinção destes conceitos é um fator limitador ao seu desenvolvimento. Comecemos então por ‘desatar este novelo’.

O primeiro passo é clarificar que há neste processo três atores críticos com papéis complementares e fundamentais a uma gestão de carreiras.

O primeiro é o do colaborador; a ele cabe decidir o que pretende para o seu futuro profissional, que funções quer desempenhar, que competências pretende adquirir, quais as responsabilidades que deseja assumir e em que organizações o deseja fazer. A estas decisões e ações individuais chama-se o Desenvolvimento de Carreira.

"Na atual pandemia, com uma situação económica desafiante e a necessidade de se reinventarem, as organizações precisam da vantagem competitiva que é ter pessoas com as competências certas para suportar e conduzir essa transformação. Subestimar a importância das carreiras poderá ser um erro amargo.”

Luísa Antunes

Consultora Senior EY, People Advisory Services

Às organizações, através dos Gestores de Pessoas, cabe o papel estratégico de antecipar as necessidades de competências que o crescimento do negócio trará, assim como aquelas que serão originadas pela tecnologia e pelo normal processo de envelhecimento e reforma. Este trabalho resulta naquilo a que se chama a Gestão das Carreiras. Para a definir são frequentemente utilizados os tradicionais Caminhos de progressão de Carreira (career path), que não são mais que grupos de funções dentro de um mesmo cluster de conhecimento que os colaboradores esperam poder prosseguir, com variações crescentes de competências e responsabilidades.

Por fim, o papel tradicional do Manager tem sido o de encaminhar as pessoas dentro do seu career path e de identificar os colaboradores prontos para dar o próximo passo nesse percurso.

No entanto, hoje em dia as pessoas não procuram um emprego para a vida e não se satisfazem com um career path tradicional. Acresce que diariamente são inventadas novas tecnologias, criadas novas competências, novas profissões e funções não previstas nas carreiras mais comuns.

Por isso a pergunta: ainda vale a pena as organizações preocuparem-se com as carreiras? Sim, cada vez mais.

Na atual pandemia, com uma situação económica desafiante e a necessidade de se reinventarem, as organizações precisam da vantagem competitiva que é ter pessoas com as competências certas para suportar e conduzir essa transformação. Subestimar a importância das carreiras poderá ser um erro amargo.

"Devemos encarar a Gestão de Carreiras como o processo que leva as pessoas onde elas desejam e que garante à organização ter pessoas onde elas são necessárias.”

Luísa Antunes

Consultora Senior EY, People Advisory Services

Com as reestruturações e os down-sizings diários, os colaboradores de todos os níveis colocam a si mesmos algumas questões: o meu emprego está seguro? Devo ficar ou procurar outra organização? Devo mudar de carreira? Volto a estudar para ganhar outra competência que me ajude a mudar?

Hoje, o processo tradicional de evoluir num cluster de competências (e, naturalmente, de níveis salariais) não serve as organizações nem as pessoas. E, por isso, a Gestão de Carreiras ganha um papel ainda mais importante.

Devemos encarar a Gestão de Carreiras como o processo que leva as pessoas onde elas desejam e que garante à organização ter pessoas onde elas são necessárias.

Ter pessoas dedicadas e motivadas implica dar-lhes as ferramentas que precisam para reforçar conhecimentos e para se reinventarem, seja através de formação ou experiências em novos projetos, ou até através de processos de mobilidade interna que permitam aos colaboradores terem experiências de trabalho mais enriquecedoras e dinâmicas, gerando ao mesmo tempo mais competências dentro da organização.

Se tem interesse em receber comunicação da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc), por favor clique aqui.

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Portugal é dos países da UE que menos gasta em cuidados de saúde preventivos

Abaixo de Portugal, apenas se encontram cinco países europeus: Roménia, Grécia, Chipre, Malta e Eslováquia.

Portugal é o sexto país da União Europeia que gasta uma menor percentagem das despesas correntes referentes à saúde em cuidados preventivos. Dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat mostram que, no que toca à média dos países da União Europeia, a despesa pública e privada em cuidados preventivos representou 2,8% da despesa total com saúde em 2018, percentagem que baixa para os 1,7% no caso português.

Abaixo de Portugal, apenas se encontram cinco países europeus neste âmbito: Roménia (1,4%), Grécia (1,3%), Chipre (1,3%), Malta (1,3%) e Eslováquia (0,8%). Em sentido oposto, Itália (4,4%), Finlândia (4,0%), Estónia (3,3%), Países Baixos (3,3%) e Suécia (3,3%) são os que mais investem no cuidado preventivo de doenças.

Considerando a despesa gasta em cuidados de saúde preventivos por habitante, Portugal apresenta-se um pouco melhor classificado, embora bastante abaixo da média europeia, que se fixa nos 82 euros por cidadão. Assim, Portugal gastou, em 2018, uma média de 32 euros em cuidados preventivos com cada um dos seus habitantes, fixando-se na 16.ª posição da tabela que engloba os 27 Estados-membros da União Europeia.

Neste sentido, a Suécia (165 euros por cidadão), a Finlândia (152 euros por habitante) e a Alemanha (148 euros por pessoa) são os que mais gastam no âmbito da prevenção de doenças. Ao contrário daquilo que ocorre nestes países, é na Eslováquia (8 euros por indivíduo) e na Roménia (8 euros por habitante) que menos se investe neste campo da saúde.

De destacar ainda como o Reino Unido se sobrepõe a todos os países que fazem parte da União Europeia, tanto no que diz respeito ao valor gasto em cuidados preventivos por cidadão (185 euros por habitante), bem como no que toca à percentagem gasta com este tipo de intervenções, considerando a totalidade da despesa tida na área da saúde (5,1%).

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Primeiro-ministro japonês garante realização dos Jogos Olímpicos apesar de nova vaga da pandemia

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2021

Segundo o governante, serão adotadas "todas as medidas possíveis" para prevenir o contágio, com o Comité Olímpico Internacional a esperar que o número não supere os seis mil atletas.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, garantiu esta segunda-feira que o Japão continua comprometido em realizar os Jogos Olímpicos Tóquio2020 no verão, apesar do número crescente de casos de Covid-19 no mundo.

“Vamos preparar os Jogos, como prova de que a Humanidade ultrapassou o novo coronavírus”, disse Suga, num discurso de abertura de uma sessão parlamentar.

A mensagem, de resto, tem sido a que o governo japonês repete quando questionado sobre o tema, mesmo face a uma terceira vaga da pandemia de Covid-19 que o país asiático, bem como outros territórios mundiais, enfrenta atualmente.

Segundo o governante, serão adotadas “todas as medidas possíveis” para prevenir o contágio para que se brinde “à esperança e à coragem em todo o mundo” ao celebrar a competição, que deveria ter acontecido no verão passado, mas foi adiada devido à pandemia para o período entre 23 de julho e 8 de agosto deste ano.

O Comité Organizador disse esta segunda-feira à agência noticiosa France-Presse que o número de atletas nas cerimónias de abertura e encerramento devem ser reduzidos e, segundo o jornal japonês Yomiuri Shimbun, o Comité Olímpico Internacional (COI) espera que o número não supere os seis mil atletas, bem abaixo dos 11 mil previstos para o evento.

A redução dever-se-á, nomeadamente, às restrições ao número de dias que os atletas poderão passar na Aldeia Olímpica, que passará a ter em permanência apenas atletas que vão competir num prazo máximo de cinco dias, saindo, o mais tardar, dois dias depois de competirem.

O arranque de Tóquio2020 está agendado para 23 de julho, daqui a pouco mais de seis meses, com as questões e dúvidas a levantarem-se cada vez mais quanto à capacidade de realizar um evento desta envergadura em pleno período pandémico.

O porta-voz do Governo, Katsunobu Kato, já tinha reforçado no domingo que os preparativos continuam, embora a opinião pública japonesa seja favorável a novo adiamento ou ao cancelamento, segundo sondagens recentes.

Na última semana, o ministro com a pasta da reforma administrativa e regulatória, Taro Kono, disse que o futuro dos Jogos podia seguir “em qualquer direção”, tornando-se no primeiro membro do executivo de Suga, que chegou ao cargo em setembro de 2020, a colocar a realização em dúvida.

Já o antigo vice-presidente do COI Kevan Gosper sugeriu no domingo que as Nações Unidas fossem consultadas sobre a realização, ou cancelamento, do evento, numa entrevista à cadeia televisiva ABC.

Em 8 de janeiro, o Japão decretou um novo estado de emergência, em vigor em 11 das 47 prefeituras do país, nas quais está concentrada mais de metade da população e perto de 80% dos contágios contabilizados.

Cerca de 40% dos mais de 320 mil casos e 4.500 mortes atribuídas à Covid-19 foram confirmadas no último mês, com Tóquio a revelar esta segunda-feira ter registado 1.204 novos positivos, o segundo valor mais alto a uma segunda-feira.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.022.740 mortos resultantes de mais de 94,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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Número de passageiros nos aeroportos nacionais afunda 82% em novembro

Os aeroportos nacionais receberam apenas cerca de 715 mil de passageiros em novembro, menos 82% do que no ano passado. Esta diminuição é resultado da pandemia.

Os aeroportos nacionais receberam cerca de 715.000 viajantes em novembro do ano passado, o equivalente a uma redução de 82,1% face ao mesmo mês do ano passado. Esta queda foi ainda maior do que a observada em outubro (74,1%). A estimativa rápida publicada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) comprovam o impacto que a pandemia continua a ter no setor da aviação.

Em novembro, aterraram nos aeroportos nacionais 6.100 aeronaves em voos comerciais, menos 61,4% do que no período homólogo, que transportaram 715.000 pessoas. No que diz respeito ao movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais, foram transportadas 14.200 toneladas, menos 27,2% do que em novembro do ano passado.

“Analisando o número de aeronaves aterradas e o número de passageiros desembarcados diariamente entre janeiro e outubro de 2020, e comparando com o período homólogo, é visível o impacto da pandemia e das medidas adotadas ao nível do espaço aéreo a partir do início da segunda quinzena do mês de março”, refere o INE, salientando que, “apesar da recuperação verificada nos meses de julho e de agosto, a partir de setembro verificou-se uma inversão da tendência e em novembro registou-se um novo agravamento no número de passageiros desembarcados“.

Aeronaves aterradas e passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais entre janeiro e novembro de 2020 | Fonte: INE

Entre janeiro e novembro, aterraram nos aeroportos nacionais 93.400 aeronaves em voos comerciais, o equivalente a uma descida de 55,9%, e foram movimentados 17,4 milhões de passageiros (-69%).

O aeroporto de Lisboa movimentou 50,3% do total de passageiros (8,7 milhões) e registou um decréscimo de 69,8%. Considerando os três aeroportos com maior tráfego de passageiros, o aeroporto do Faro foi o que evidenciou maior decréscimo do número de passageiros movimentados entre janeiro e novembro de 2020 (-75,4%).

Ainda nos primeiros onze meses do ano, “considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais, França foi o principal país de origem e de destino dos voos”, refere o INE, que aponta o Reino Unido como o segundo principal país de origem e de destino e evidenciou a maior redução do número de passageiros desembarcados e embarcados face ao período homólogo.

(Notícia atualizada às 11h14 com mais informação)

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Administração Trump volta a atacar Huawei através de fornecedores

  • ECO
  • 18 Janeiro 2021

Donald Trump impôs novas restrições aos fornecimentos para a Huawei, bloqueando remessas da Intel e de outros grupos. É a última ação do presidente contra ao conglomerado chinês.

A Administração Trump notificou os fornecedores da Huawei, incluindo a fabricante de processadores Intel, de que revogou certas licenças de venda à empresa chinesa e pretende rejeitar dezenas de outros pedidos de fornecimento à empresa de telecomunicações, avança a Reuters.

Fontes da agência indicaram que não foi só a Intel o fornecedor visado pelas restrições. No total, para já, foram retiradas oito licenças a quatro empresas. O fabricante japonês de pens e de cartões de memória Kioxia Corp (antiga Toshiba Memory Corp) teve pelo menos uma licença revogada, apontam duas das fontes.

O objetivo do ainda presidente dos EUA é o de enfraquecer o maior fabricante mundial de equipamentos de telecomunicações, que Washington vê como uma ameaça à segurança dos EUA. Esta será a última ação contra a Huawei por parte de Trump, que cede esta semana o lugar ao presidente eleito Joe Biden.

Segundo a agência, antes desta decisão, estavam pendentes cerca de 150 licenças no valor de 120 mil milhões de dólares (cerca de 99 mil milhões de euros) de bens e tecnologia, que tinham sido retidas pois várias agências americanas não conseguiram chegar a acordo sobre a sua concessão. Faltam ainda serem processados 280 mil milhões de dólares (232 mil milhões de euros) em pedidos de licenças, mas o mais provável é que sejam negados.

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Perto de 13 mil pessoas em confinamento e idosos pediram para votar

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2021

Na terça-feira e na quarta-feira, equipas municipais, devidamente equipadas, irão recolher os votos, porta a porta, a casa de quem está confinado e aos lares de idosos.

Perto de 13 mil pessoas em confinamento devido à Covid-19 e idosos em lares inscreveram-se para o voto antecipado nas presidenciais de domingo, informou esta segunda-feira o Ministério da Administração Interna (MAI).

O prazo para as inscrições terminou no domingo e a administração eleitoral recebeu 12.906 pedidos, segundo informação do MAI.

Na terça-feira e na quarta-feira, equipas municipais, devidamente equipadas e com regras sanitárias estritas, irão recolher os votos, porta a porta, a casa de quem está confinado e aos lares de idosos.

Só podiam fazer o pedido para o voto antecipado em confinamento os eleitores a quem tivesse sido decretado confinamento pelas autoridades de saúde pública até quinta-feira, 14 de janeiro, dez dias antes das presidenciais. É o que estipula a lei aprovada em outubro, no parlamento, que regula o direito de voto Covid-19, em atos eleitorais e referendários em 2021.

O que quer dizer que quem foi confinado a partir de sexta-feira, seja por estar doente seja por isolamento profilático (devido a um contacto com uma pessoa infetada), já não pode pedir para votar antecipadamente.

A falta de informação sobre esta regra causou alguma confusão entre os eleitores, o que motivou várias queixas à Comissão Nacional das Eleições (CNE).

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de Covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

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Em busca da sustentabilidade em toda a cadeia de valor

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 18 Janeiro 2021

Pedro Sampaio, diretor do departamento de Leaf da Philip Morris International (PMI), fala deste centro que apoia as boas práticas agrícolas na Europa, Médio-Oriente e África a partir de Sintra.

O Grupo Philip Morris International tem um centro de excelência para as boas práticas agrícolas sediado em Portugal. É a partir de Sintra e do Leaf PMI para a Europa, Médio-Oriente e África que se presta apoio a milhares de produtores de tabaco, presentes em mais de uma dezena de países, como Espanha, Itália, Grécia, Macedónia do Norte, Polónia, Suíça, Líbano, Turquia, África do Sul, Malawi e Moçambique.

A Tabaqueira e a empresa-mãe, Philip Morris International (PMI), têm amplamente comunicado a sua visão de transformar a indústria do tabaco e criar um futuro livre de fumo. Mas não só. É também nosso compromisso construir um futuro melhor, mais sustentável e capaz de esbater desigualdades. Acreditamos que a nossa atividade é essencial para melhorar a qualidade de vida dos muitos milhares de pessoas e as boas práticas das inúmeras empresas que fazem parte da nossa cadeia de valor integrada, nos mais de 180 países onde estamos presentes.

A sociedade contemporânea espera que as empresas invistam parte dos seus lucros na procura de soluções que protejam um bem comum – o nosso planeta – e contribuam para proporcionar uma vida digna a milhões de pessoas nos países em vias de desenvolvimento.

"Temos a nível global quase três mil técnicos no terreno que, diretamente e através dos nossos fornecedores, prestam assistência aos nossos 335 mil produtores de tabaco, presentes em 24 países.”

Pedro Sampaio

Director Leaf EU-EEMA da Philip Morris International

O esforço de transformação em busca de soluções sustentáveis passou a ser uma preocupação global e inclui a defesa da sociedade e a proteção do meio ambiente. Este trabalho deve iniciar-se desde logo nos primeiros estágios das cadeias produtivas. No nosso caso, esta ação começa nos remotos campos de tabaco, junto das populações locais, antes mesmo de se iniciar o cultivo da matéria-prima que chegará, mais tarde, às unidades produtivas do grupo.

É precisamente nesta linha de ação que se destaca o papel da Tabaqueira e do centro de excelência que o Grupo PMI escolheu estabelecer em Portugal. A partir de Sintra, a equipa de profissionais do Leaf, que integra especialistas provenientes de áreas como Agronomia e Sustentabilidade, trabalha todos os dias para apoiar as boas práticas agrícolas na Europa, Médio-Oriente e África. Para levar a cabo essa exigente missão, temos a nível global quase três mil técnicos no terreno que, diretamente e através dos nossos fornecedores, prestam assistência aos nossos 335 mil produtores de tabaco, presentes em 24 países, tais como Moçambique, Brasil, EUA, Turquia, Grécia, Indonésia, Malawi, Argentina, África do Sul, Paquistão, Filipinas, Itália e Polónia, entre outros.

Pedro Sampaio, Director Leaf EU-EEMA, responsável pelo departamento de Leaf da Philip Morris International, que apoia as boas práticas agrícolas na Europa, Médio-Oriente e África, e que está sediado na Tabaqueira, em Sintra.

Tendo por base os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” (ODS) da Nações Unidas, o Grupo PMI delineou o seu novo Roteiro para 2025, onde estabelece compromissos ambiciosos, cujo progresso é medido anualmente. Uma das frentes de ação a que se propõe é, precisamente, o “Bem-estar Socioeconómico das comunidades de produtores de tabaco”, com metas bem definidas:

  • 100% dos trabalhadores em explorações de tabaco com alojamento condigno até ao final de 2020;
  • 100% dos produtores e respetivos trabalhadores com equipamentos de proteção individual (EPI) para aplicação de agentes protetores de cultivos, igualmente até ao final de 2020;
  • 100% dos trabalhadores em explorações de tabaco que fazem parte da nossa cadeia de abastecimento a receber salário mínimo legal até 2022;
  • 100% dos produtores dos agricultores na cadeia de abastecimento da PMI com acesso a um Living Income, rendimento de subsistência anual que permita ao agregado familiar aceder a bens que proporcionem acesso a todos os bens essenciais, até 2025;
  • Zero trabalho infantil na cadeia produtiva até 2025;
  • Acesso a água potável a menos de um quilómetro, em todas as explorações até 2025, e acesso a todas as condições de higiene e sanidade até 2030.

Deste Roteiro da PMI destaca-se também outra linha de ação de grande relevância: “Proteger o meio-ambiente”, cujas metas estabelecidas para a cadeia produtiva de tabaco foram alcançadas até ao final de 2020:

  • 100% do tabaco comprado curado com madeira será não proveniente de florestas nativas;
  • 0% de utilização de carvão para cura de tabaco;
  • 70% do tabaco curado terá origem em combustíveis de fontes renováveis;
  • 100% do tabaco sem vestígios de pesticidas altamente nocivos.

Moçambique, um dos países produtores prioritários

A PMI abastece-se hoje em mais de duas dezenas de países produtores com níveis de desenvolvimento muito diferentes. Enquanto alguns atingem já a maioria ou a totalidade dos nossos objetivos de longo prazo, outros, infelizmente, encontram-se numa fase de desenvolvimento económico e social deficitário onde as nossas metas representam um enorme desafio.

Estas geografias são, por isso, classificadas como prioritárias para a nossa organização e, em conjunto com fornecedores e em parceria com organizações governamentais, não-governamentais e privadas, desenvolvemos planos que nos permitam alcançar os objetivos globais a que nos propomos em todos os mercados em que operamos e de acordo com o calendário definido, sem exceção.

"Nesta frente da proteção do meio ambiente, trabalhamos na redução da nossa pegada de carbono pela proteção das florestas nativas, apoiando o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes para a cura de tabaco, potenciando as explorações de madeira comerciais sustentáveis e certificadas e promovendo a correta utilização de pesticidas e proteção dos recursos hídricos.”

Pedro Sampaio

Director Leaf EU-EEMA da Philip Morris International

Um dos países em que estamos muito empenhados em contribuir para uma mudança positiva das populações rurais nas províncias produtoras de tabaco – e que, para nós, Tabaqueira, é muito próximo até pelos laços históricos que temos e cultivamos – é Moçambique. Com um dos PIB mais baixos do continente africano, as prioridades da nossa ação são múltiplas e imediatas.

Na componente de direitos dos trabalhadores de tabaco:

  • Até ao final de 2020, todos os trabalhadores em campos de tabaco terão uma habitação que cumpra os critérios de habitabilidade;
  • Todos os agricultores têm formulários de contratos para os trabalhadores e recebem formação relativa a direitos dos trabalhadores, incluindo o pagamento de salário mínimo;
  • Todos os produtores e trabalhadores recebem Equipamento de Proteção Pessoal. Da mesma forma, a PMI fornece todos os agentes protetores de cultivo com rótulo azul (ou seja, não apresentam níveis altos de toxicidade).

Na vertente de erradicação da pobreza:

  • Todos os mais de 100 mil agricultores contratados recebem anualmente semente híbrida de milho para um hectare de cultivo, de forma a assegurar o fornecimento de comida e algum rendimento adicional;
  • Em 2019, foram realizados 60 furos artesianos e estão a ser terminados mais 50, até ao final de 2020, por forma a garantir que, até 2025, todos os produtores e agricultores terão acesso a água potável a menos de um quilómetro da exploração onde trabalham;
  • Mais de dois mil produtores receberam, em 2019, uma bomba a pedal, sementes para hortícolas e adubos para que, assim, possam produzir alimentos durante a estação seca, complementar a nutrição e obter uma nova fonte de receitas. Em 2020 estendemos este tipo de apoio a mais 1.800 produtores;
  • Iniciámos a instalação de campos experimentais em colaboração com outras empresas para estudar o potencial de culturas complementares, tendo sido já observados progressos notáveis com algodão e milho para a indústria de cereais. Tão importante como produzir bem é o estabelecimento dos canais comerciais que garantam o escoamento dos bens agrícolas a preços vantajosos para os agricultores.

Nesta frente da proteção do meio ambiente, trabalhamos na redução da nossa pegada de carbono pela proteção das florestas nativas, apoiando o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes para a cura de tabaco, potenciando as explorações de madeira comerciais sustentáveis e certificadas e promovendo a correta utilização de pesticidas e proteção dos recursos hídricos.

Acreditamos que, no curto prazo, Moçambique poderá constituir-se como um caso de estudo – podendo afirmar-se como um exemplo para o continente africano. Mas esta transformação, da qual muito nos orgulhamos, só chegará a bom termo com o somatório dos esforços de várias entidades, incluindo governos regionais e nacionais.

O Governo Moçambicano tem sido um parceiro da PMI, por excelência, e muito comprometido com a nossa ação. Depositamos muitas esperanças no programa “Sustenta”, que o Executivo lançou recentemente e que visa, precisamente, o desenvolvimento sustentável das zonas rurais em parceria com entidades privadas.

Já iniciámos colaborações, em Moçambique e noutras geografias também, com outras empresas do setor privado que têm programas similares e estamos ativamente em busca de novas parcerias.

Na PMI e na Tabaqueira, a sustentabilidade social e ambiental da nossa cadeia produtiva já não é uma opção, mas sim um compromisso assumido em toda a sua plenitude. As empresas que pretendam prevalecer no futuro terão de ter como prioridade uma estratégia clara de sustentabilidade, capaz de estabelecer metas agressivas, destinar recursos significativos para esses mesmos objetivos e desenvolver esforços em parceria e de uma forma integrada.

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Capacidade dos privados para ajudar na resposta à Covid-19 também “está perto do limite”, alerta Marcelo

No debate para as Presidenciais, Marcelo Rebelo de Sousa admite diferenças no confinamento atual face ao de março. Fala da situação crítica no SNS, mas diz que privados estão no limite.

Com o número de casos de Covid-19 a disparar, Marcelo Rebelo de Sousa alertou para a situação crítica vivida no Serviço Nacional de Saúde (SNS), sinalizando que nem os privados poderão dar grande ajuda na resposta ao aumento de internamentos. O recandidato a Belém diz que a “capacidade dos privados também está neste momento perto do limite”.

“Neste momento, prevê-se para sexta-feira cerca de 700 a 800 internados em UCI, ao ritmo de 10, 11, 12 14 mil casos por dia e cinco mil internados”, apontou Marcelo Rebelo de Sousa no Debate das rádios para a Presidenciais, com seis dos sete candidatos, já que André Ventura não compareceu. E salientou o reforço da oferta de cuidados de saúde.

Vai abrir uma unidade de apoio na Cidade universitária, vão abrir reforços nos hospitais de Lisboa, mas com escassez de equipas, tem havido envio de pacientes para o resto do país, e temos ainda a capacidade das forças militares”. Questionado sobre os privados, o atual Presidente salientou que a capacidade “é muito limitada”.

“A capacidade dos privados também está perto do limite”, notou Marcelo, isto depois dos alertas deixados já este fim de semana, ao mesmo tempo que a ministra da Saúde, Marta Temido, para a situação crítica do SNS. De qualquer modo, defende que sejam avaliadas as possibilidades de acordos com os hospitais privados, notando que até agora não foi preciso recorrer à requisição civil. Mas se for necessário, deve recorrer-se a esse mecanismo.

Mais gente a trabalhar, menos a confinar

Portugal tem registado, consecutivamente, mais de uma dezena de milhares de novos casos de Covid-19 nos últimos dias, havendo cada vez mais pessoas internadas. Um cenário que levou o Governo a decretar um novo confinamento que, contudo, tem merecido críticas tendo em conta as várias exceções que permitem a saída à rua.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que em março, abril e maio de 2020 o país teve “um estado de emergência com fronteiras fechadas. Agora é diferente. As fronteiras estão abertas, entrada de estirpes é possível, as exportações aumentam” e há mais trabalhadores a contribuírem para a economia.É uma economia mais aberta. Mais gente a trabalhar, menos gente a confinar”, diz.

Recuperando o alerta deixando no fim de semana, Marcelo lembra que poderá ser preciso reavaliar algumas das restrições adotadas neste confinamento. “É importante ir ajustando as medidas à realidade”, notou, salientando que “o Governo tem procurado equilíbrio” entre a economia e a saúde, mas “estão interligadas”. Esse equilíbrio está a ser ponderado pelo Governo num Conselho de Ministros extraordinário.

“O que o Conselho de Ministros está a ponderar a esta hora será restringir mais ou menos as atividades económicas” que decidiu manter abertas. Entre as alterações às atuais regras estão a reversão da possibilidade de venda ao postigo para lá dos estabelecimentos que vendem produtos alimentares, notou o Presidente.

(Notícia atualizada às 9h56 com mais informação)

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Nas notícias lá fora: Ataque à Huawei, alertas do BCE e Yellen

  • ECO
  • 18 Janeiro 2021

Trump voltou a atacar a Huaweii, enquanto a nova presidência afasta um cenário de dólar fraco. Na Europa, há alertas do BCE para a banca.

O Presidente cessante dos Estados Unidos da América (EUA) voltou a atacar a China, através da empresa de telecomunicações Huawei, impedindo remessas da Intel e outros fornecedores. Ainda nos EUA, a secretária do Tesouro nomeada irá afastar a ideia de um dólar fraco. Na Europa, a empresa Deliveroo recebeu mais 149 milhões de euros e a Suez prepara-se para uma luta com a rival Veolia, depois de receber uma nova proposta. O Banco Central Europeu ameaçou os bancos com mais requisitos de capital por causa dos créditos de risco.

Bloomberg

Suez recebe proposta de 11,3 mil milhões de euros

As empresas privadas Ardian SAS e Global Infrastructure Partners estão preparadas para oferecer 11,3 mil milhões de euros pela Suez, uma proposta que agrada à empresa de tratamento de águas francesa, pois está a tentar resistir à aquisição pela rival Veolia Environnement. A Suez indicou estar pronta para falar com a Veolia e a Ardian disse que a solução tem que ser encontrada entre as duas empresas. A Veolia não tenciona vender a participação de 29,9% que comprou em outubro e apenas quer falar sobre o seu projeto para a Suez.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês)

Reuters

Administração Trump volta a atacar Huawei

A administração Trump notificou os fornecedores da Huawei, incluindo a fabricante de chips Intel, que está a revogar certas licenças de venda à empresa chinesa e pretende rejeitar dezenas de outros pedidos de fornecimento a empresa de telecomunicações. O objetivo de Donald Trump é enfraquecer o maior fabricante mundial de equipamento de telecomunicações, que Washington vê como uma ameaça à segurança dos EUA.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

BCE ameaça os bancos com mais requisitos de capital por causa dos crédito de risco

O Banco Central Europeu (BCE) ameaça impor requisitos de capital adicionais aos bancos que continuam a ignorar os pedidos para controlar o risco no mercado de empréstimos arriscados. A falta de medidas para apertar os controlos de risco no mercado a alguns mutuantes europeus pode levar a problemas de reembolso se as taxas de juro subirem. Se as práticas da indústria não mudarem, o regulador europeu “não hesitará em impor acréscimos de capital” através do seu processo anual de Revisão de Supervisão e Avaliação.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Wall Street Journal

Yellen afasta cenário de um dólar fraco

Espera-se que Janet Yellen, antiga presidente da Reserva Federal nomeada para secretária do Tesouro dos Estados Unidos da América (EUA), afirme o compromisso do país com as taxas de câmbio determinadas pelo mercado quando testemunhar no Capitólio na terça-feira. Segundo funcionários responsáveis pelo discurso, Yellen deixará claro que os EUA não procuram um dólar mais fraco para obter vantagem competitiva.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês).

The Guardian

Deliveroo capta mais 149 milhões de euros. Prepara IPO

A Deliveroo obteve mais 180 milhões de dólares (cerca de 149 milhões de euros) de financiamento dos acionistas, incluindo a Amazon, numa ação que valoriza a empresa de entregas de mercadorias em mais de 7.000 milhões de dólares (5.793 milhões de euros). Will Shu, fundador e chefe executivo confirmou que a empresa está a trabalhar para avançar com uma oferta pública inicial (IPO na sigla inglesa).

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Certificado de vacinação? O que é, para que serve e quem o defende

A UE pondera criar um "certificado de vacinação" de modo a permitir que os cidadãos possam viajar livremente. Mas afinal, para que serviria este documento e quem defende a sua implementação?

Os líderes europeus estão a ponderar criar um “certificado de vacinação”, por forma a permitir que os cidadãos possam viajar livremente. A proposta foi apresentada na semana passada pelo primeiro-ministro grego, contando já com o apoio expresso da Presidente da Comissão Europeia, bem como do primeiro-ministro português. Segundo a Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês) a medida deverá ser debatida na reunião por videoconferência da Comissão Europeia, na próxima quinta-feira, dia 21 de janeiro. Mas afinal, para que serviria este certificado e quem defende a sua implementação?

Em causa está uma carta enviada pelo Chefe de Governo grego à presidente da Comissão Europeia a referir que considera ser “urgente adotar uma visão comum sobre como deveria estruturar-se um certificado de vacinação para que seja aceite em todos os Estados membros“, citada pela agência EFE. Nesse sentido, Kyriakos Mitsotakis defende que “aqueles que se vacinaram deveriam ser livres” para se deslocarem, assinalando que a liberdade de movimento no espaço Schengen é “uma necessidade, uma prioridade fundamental para todos nós”.

Ainda assim, a Grécia sublinha que não estabelecerá a vacinação como um requisito obrigatório para se poder viajar, pelo que diz que esta medida visa “oferecer um incentivo para os cidadãos se vacinarem”, bem como contribuir para restaurar a mobilidade a nível global e, desse modo, recuperar a atividade económica.

Numa altura em que o crescente aumento de novos casos de infeção por Covid-19 tem levado vários países a decretarem novos confinamentos um pouco por toda a Europa, bem como, a diluir as esperanças relativas a uma recuperação económica mais célere, a proposta de conceder privilégios especiais a pessoas vacinadas ganha cada vez mais força, segundo revelou uma autoridade da UE à Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Ainda assim, outro diplomata aponta que há alguma resistência por parte de outros governos, e quaisquer limites à liberdade de movimento por esse motivo podem ser ilegais.

Também a presidente da Comissão Europeia veio recentemente a público manifestar a sua concordância com a medida. “Com a vacinação é uma obrigação médica ter-se um certificado de vacinação. Portanto, a proposta do primeiro-ministro grego de um certificado de vacinação reconhecido mutuamente é bem-vinda“, disse Ursula Von der Leyen, em entrevista coletiva com órgãos de comunicação social portugueses, em Bruxelas. Não obstante, a responsável não deu grandes detalhes sobre para que efeitos seria utilizado este certificado, mas salientou que é preciso definir em que circunstâncias será exigido. “O que depois será decidido, se dá prioridade ou acesso a determinados bens, isso será uma decisão política e legal que terá de ser discutida a nível europeu”, sublinhou.

Com as campanhas de vacinação contra a Covid-19 a demorar mais do que o esperado, devido à limitação de vacinas existentes — em larga medida provocada pelo facto de apenas ainda terem sido aprovadas duas vacinas diferentes pelo regulador europeu –,Von der Leyen sublinhou a necessidade de encontrar uma solução comum em toda a UE. “É preciso encontrar um equilíbrio junto face aos que não tiveram acesso à vacinação”, apontou a presidente da Comissão Europeia, na conferência conjunta com António Costa, a propósito da Presidência Portuguesa da UE, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Nesse sentido, a responsável deu como exemplo que seja utilizado “um teste negativo” de Covid-19, em alternativa ao certificado de vacinação, por forma a não excluir os cidadãos que não foram vacinados.

Também o primeiro-ministro português defendeu que é “essencial” que o bloco comunitário arranje “uma forma de que a liberdade de circulação na UE seja fluida e que nenhum país tenha a necessidade de voltar a fechar fronteiras”, para conter a pandemia, justificando que a “liberdade de circulação é uma das mais valias da UE” e que a quebra do turismo tem afetado vários países europeus, como Portugal e a Grécia. António Costa pede também que os critérios sejam “homogéneos” e defende que o certificado de vacinação seja “aprovado tão rapidamente quanto possível” visto que esta semana há já países europeus a administrarem a segunda dose da vacina, estando, por isso, prontos a emitirem “eles próprios os certificados de vacinação”, assinalou.

Da Dinamarca à Índia, até Israel, há países a apostarem nos “passaporte de vacina”

Certo é que há já alguns países europeus, assim como fora do Velho Continente a apostarem em medidas semelhantes. É o caso da Dinamarca que está a desenvolver um “passaporte de vacina” digital para os cidadãos que tenham recebido a vacina contra o novo coronavírus. Tendo já inoculado cerca de 1% da sua população, o Ministério da Saúde dinamarquês anunciou que este documento será lançado nos primeiros meses deste ano, tendo como objetivo permitir que os seus concidadãos possam viajar para países onde tal documentação poderá ser necessária durante a pandemia.

“Espera-se que possa haver exigências de outros países para apresentar a documentação da vacina no momento da entrada. Um passaporte dinamarquês da vacina pode ser usado aqui”, lê-se num e-mail enviado pelo governo dinamarquês, citado pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). No entanto, o ministério não esclareceu se este passaporte poderia ser acedido através de uma app.

Ainda pela Europa, também a Estónia avançou com uma ideia semelhante, ainda que não direcionada às vacinas. No ano passado, o país referiu que estava a testar um “passaporte de imunidade digital” para rastrear os doentes recuperados da Covid-19 e que, por isso, ganharam alguma imunidade à doença.

Considerado um país de sucesso no que toca à vacinação contra a Covid-19, também Israel anunciou na semana passada que vai lançar um certificado de vacinação contra o novo coronavírus, ou aquilo que está a ser chamado como o “livrete verde”. “O Ministério da Saúde emitirá o certificado da vacina após cada cidadão receber a segunda dose”, informou o Ministério da Saúde de Israel citado pela CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês). Este documento “entrará em vigor 7 dias depois, sem contar o dia da administração da vacina”. Nesse sentido, este documento dará mais liberdade aos cidadãos, ficando estes excluídos de terem de cumprir quarentena quando tenham contactado com um caso positivo ou quando viajarem para países considerados como uma “zona vermelha” da Covid-19.

Ao mesmo tempo, também na Índia há quem admita que um “certificado de vacinação” através de um QR code pode ser visto como uma “ferramenta facilitadora”, permitindo que os cidadãos viagem dentro do país mas também para o exterior. “Cada indivíduo vacinado deverá preservar o QR code, com o objetivo de declarar que a pessoa completou a vacinação na Índia“, assinalou Dileep Patil, alto funcionário de saúde pública em Pune, citado pelo The Times if India (acesso livre, conteúdo em inglês). Segundo explicou o responsável, este código estaria vinculado ao número de telefone do cidadão, bem como ao seu cartão de identificação, sedo fornecido pelas autoridades de saúde”. “É uma espécie de passe digital”, apontou.

Nesta linha e na altura em que vários países começaram a exigir testes à Covid-19 foram várias as iniciativas que surgiram a nível mundial para dar mais segurança aos cidadãos. É o caso da CommonPass uma app criada com o propósito de ser a primeira prova mundialmente reconhecida de que um passageiro apresentou um teste negativo à Covid-19, utilizando um certificado digital.

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