PSI-20 segue para o quinto dia de quedas, o pior ciclo desde setembro

A bolsa nacional está a descer no início da sessão desta quinta-feira, após ter caído nas últimas quatro sessões. Se acumular cinco quedas consecutivas, este será o pior ciclo desde setembro.

O PSI-20 está a desvalorizar 0,22% para os 5.076,91 pontos no início da sessão desta quinta-feira, acumulando cinco desvalorizações seguidas. O principal índice português está a ser penalizado pelas quedas da Ramada, da Jerónimo Martins e da Pharol.

Na Europa, o sentimento é misto no arranque da sessão. O alemão DAX sobe 0,3%, o francês CAC não mexe e o espanhol IBEX desce 0,2%. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, sobe 0,2%. Nos mercados internacionais, os investidores aguardam pormenores sobre o segundo impeachment de Donald Trump e sobre as intenções do presidente eleito, Joe Biden, quanto a estímulos à economia norte-americana.

Em Lisboa, o PSI-20 está perto de atingir o maior ciclo de perdas desde setembro, altura em que esteve a cair mais de uma semana seguida.

A pesar no índice está a Ramada que desvaloriza 5,13% para os 4,44 euros, seguindo-se a Jerónimo Martins com uma queda de 2,47% para os 14,4 euros, corrigindo da forte subida da sessão anterior. Nota ainda para a Pharol cujas ações deslizam 1,59% para os 13,58 cêntimos.

Neste momento, apenas três cotadas sobem. É o caso da EDP Renováveis, que valoriza 0,85% para os 23,7 euros, e do BCP, que avança 0,45% para os 13,42 cêntimos. Várias cotadas estão inalteradas face ao fecho desta quarta-feira.

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Desemprego obriga 340 imigrantes a regressarem ao seu país

  • ECO
  • 14 Janeiro 2021

Devido à pandemia, a Organização Internacional para as Migrações registou o dobro dos pedidos. Desemprego e dificuldades no acesso ao mercado de trabalho são os principais motivos do regresso.

A pandemia agravou as condições económicas e sociais e são muitos os imigrantes que pedem para regressar ao país de origem. Em 2020, a Organização Internacional para as Migrações Portugal ajudou 340 pessoas, pagando-lhes as viagens, avança o Diário de Notícias (acesso pago) esta quinta-feira.

O desemprego é a principal razão que obriga os imigrantes a regressarem ao país de origem, mas há outros fatores que agravam a situação de migrante, refere Vasco Malta, chefe de missão da OIM Portugal. “Falamos de desemprego ou dificuldades no acesso ao mercado de trabalho, dificuldades no que diz respeito à regularização e a situação económica em Portugal. Tudo isso foi agravado no ano passado com a pandemia”, destaca Vasco Malta.

O número de pedidos que se registaram o ano passado representa o dobro do verificado em 2019, ano em que o Programa de Apoio ao Retorno Voluntário e à Reintegração ajudou 161 migrantes. Nos últimos cinco anos regressaram 1.208 imigrantes.

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Complemento Solidário para Idosos deverá subir

  • ECO
  • 14 Janeiro 2021

O objetivo do Governo é que o Complemento Solidário para Idosos (CSI) suba para um valor acima do limiar da pobreza, mas ainda não há um calendário definido para o fazer.

A Estratégia Nacional de Combate à Pobreza irá prever que o Complemento Solidário para Idosos (CSI) suba para um valor acima do limiar de pobreza, de acordo o Público (acesso condicionado) desta quinta-feira. A comissão de coordenação criada em outubro para desenhar a estratégia tem essa medida no caderno de encargos, “de modo a reforçar a garantia da eficácia desta iniciativa de combate à pobreza entre os idosos”, uma promessa eleitoral do PS.

Quando chegar ao terreno esta subida irá beneficiar 165 mil idosos, dos quais 116 mil são mulheres, que tiveram salários baixos ou carreiras contributivas curtas. Atualmente, os idosos recebem a diferença entre o seu rendimento anual e o valor de referência deste apoio (5258,63 euros por ano, o que corresponde a 375 euros a 14 meses). O limiar do risco de pobreza em 2019 era de 6.014 euros.

Esta foi uma proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda no passado, mas que o Governo e o PS tinham rejeitado. Os socialistas defendem que a subida tem de ser “gradual e sustentável“, mas ainda não se conhece o calendário desta subida do CSI que é consensual na comissão de coordenação da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza.

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Lesados do BES e Banif podem não ter garantia do Estado

  • ECO
  • 14 Janeiro 2021

Os lesados das sucursais exteriores do BES e os do Banif querem uma solução idêntica à dos lesados do papel comercial do GES. O Governo poderá não prestar a garantia estatal.

O Governo aguarda pela análise do Banco de Portugal sobre a capacidade de recuperação dos créditos através dos tribunais. Só depois decidirá se vai conceder ou não uma garantia do Estado para que se crie um fundo que compense esses lesados. Contudo, o Executivo já assumiu que é preciso “prudência” na concessão de garantias públicas, escreve o Jornal de Negócios (acesso pago) esta quinta-feira.

Em causa estão perto de três mil pequenos investidores não qualificados do Banif e do BES cuja comercialização de produtos apresenta indícios de atos ilícitos. As duas comissões de peritos independentes, nomeadas pela Ordem dos Advogados, concluíram que havia 2.723 reclamações de lesados, que envolviam a venda de 3.594 produtos financeiros, elegíveis para uma solução de ressarcimento.

Os lesados do Banif e das sucursais exteriores do BES querem beneficiar de um mecanismo idêntico ao que foi dado aos lesados do BES (papel comercial da Rioforte e da Espírito Santo International) em que o Estado prestou uma garantia de quase 300 milhões de euros que acabaria por ser ativada uma vez que o fundo de recuperação de crédito nunca foi reconhecido como credor pela comissão liquidatária do BES.

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Esquema de fuga ao Fisco com carros no Grande Porto e Minho rende quatro milhões

  • ECO
  • 14 Janeiro 2021

Rede conseguiu importar e vender mais de seis mil viaturas e escapar ao pagamento de IVA.

Membros de uma rede criminosa conseguiram importar e vender mais de seis mil viaturas e escapar ao pagamento de IVA. A fraude fiscal atingiu os 4,3 milhões de euros, avança o Correio da Manhã (acesso pago) esta quinta-feira.

A Polícia Judiciária do Porto e a Autoridade Tributária partiram quarta-feira para o terreno e já foram detidas sete pessoas, entre as quais estão três empresários do ramo automóvel e dois contabilistas. Um dos detidos é Augusto Fernandes, o dono do stand da Póvoa de Varzim de onde saiu o BMW no qual o cantor Angélico morreu em 2011.

O esquema passava pela criação de empresas-fantasma, que importavam carros de países como Alemanha e França. Posteriormente forjavam os documentos informáticos e alteraram o regime de IVA, o que fazia com que o valor a entregar ao Estado fosse muito menor. Nesta fiscalização foram apreendidos 30 carros e 100 mil euros.

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Hoje nas notícias: Lesados, desemprego e Fisco

  • ECO
  • 14 Janeiro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Esta quinta-feira o destaque da imprensa nacional vai para o novo confinamento que se inicia às zero horas de sexta-feira, mas há outras notícias como a previsão de subida do complemento solidário para idosos, a possibilidade de os lesados do BES e do Banif ficarem sem uma garantia do Estado e o desemprego que obriga imigrantes a regressarem aos seus países. Ainda nota para um esquema de fuga ao Fisco com carros no norte do país e a ministra da Justiça que não comenta o caso dos jornalistas vigiados pela justiça.

Complemento Solidário para Idosos deverá subir

A Estratégia Nacional de Combate à Pobreza irá prever que o Complemento Solidário para Idosos suba para um valor acima do limiar de pobreza. Esta foi uma proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda no passado, mas que o Governo e o PS tinham rejeitado. A comissão de coordenação criada em outubro para desenhar a estratégia tem essa medida no caderno de encargos. Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Lesados do BES e Banif podem não ter garantia do Estado

O Governo aguarda pela análise do Banco de Portugal sobre a capacidade de recuperação dos créditos através dos tribunais. Só depois decidirá se vai conceder ou não uma garantia do Estado para que se crie um fundo que compense esses lesados. Contudo, o Executivo já assumiu que é preciso “prudência” na concessão de garantias públicas. Em causa estão perto de três mil pequenos investidores não qualificados do Banif e do BES cuja comercialização de produtos apresenta indícios de atos ilícitos. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Esquema de fuga ao Fisco com carros no Grande Porto e Minho rende 4 milhões

Membros de uma rede criminosa conseguiram importar e vender mais de seis mil viaturas e escapar ao pagamento de IVA. A fraude fiscal atingiu os 4,3 milhões de euros. A Polícia Judiciária do Porto e a Autoridade Tributária partiram quarta-feira para o terreno e já foram detidas sete pessoas, entre as quais estão três empresários do ramo automóvel e dois contabilistas. O esquema passava pela criação de empresas-fantasma, que importavam carros de países como a Alemanha e França. Posteriormente forjavam os documentos informáticos e alteravam o regime de IVA, o que fazia com que o valor a entregar ao Estado fosse muito menor. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Desemprego obriga 340 imigrantes a regressarem ao seu país

A pandemia agravou as condições económicas e sociais e são muitos os imigrantes que pedem para regressar ao país de origem. O desemprego é a principal causa. Em 2020, a Organização Internacional para as Migrações Portugal ajudou 340 pessoas, pagando-lhes as viagens. É mais do dobro do verificado em 2019, ano em que o Programa de Apoio ao Retorno Voluntário e à Reintegração ajudou 161 migrantes. Nos últimos cinco anos regressaram 1.208 imigrantes. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

 

Ministra não comenta caso de jornalistas vigiados

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, recusa comentar o processo que tem como arguidos dois jornalistas da revista Sábado e do jornal Correio da Manhã, que foram alvo de vigilâncias da PSP por suspeitas de violação do segredo de Justiça. A ministra lembra que cabe ao Conselho Superior do Ministério Público “instaurar inquéritos a magistrados por atos praticados no exercício das suas funções”. Francisca Van Dunem disse respeitar “a liberdade de imprensa, em todas as suas dimensões”, mas tem “todavia um dever de reserva relativamente a investigações criminais em curso”. Leia a notícia completa no Observador (acesso pago).

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“Podemos fechar em segurança” central de Sines, mas falta linha da REN para sul, diz Galamba

O secretário de Estado deixa a ressalva: "Claro que para termos as condições plenas de segurança é preciso a construção da linha de alta-tensão da REN Ferreira do Alentejo-Tavira".

Na última semana de funcionamento da maior central a carvão do país, o secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, garante que “podemos fechar em segurança” a icónica central termoelétrica da EDP em Sines. Mas deixa, ainda assim, uma ressalva: falta auma peça importante do puzzle, que é a linha de alta-tensão da REN para sul.

Esta linha deve estar pronta em 2022, para que as novas centrais solares, que já entraram ou que vão começar a entrar em funcionamento, se possam ligar à rede e a produzir eletricidade de origem renovável.

Claro que para termos as condições plenas de segurança é preciso a construção da linha de alta-tensão Ferreira do Alentejo-Tavira que estamos, juntamente com a REN, a assegurar que estará pronta em tempo devido. Mas estamos neste momento com a segurança suficiente para fechar Sines com os ganhos ambientais que daí advêm sem pôr em risco a estabilidade de rede e a segurança de abastecimento“, disse o governante ao ECO/Capital Verde.

O fecho da central de Sines chegou a estar previsto pelo Governo de António Costa apenas para 2023, uma vez que dependia da entrada em funcionamento das três barragens que a Iberdrola está a construir no Alto Tâmega e a construção de uma nova linha de eletricidade entre Ferreira do Alentejo e o Algarve, ambos os projetos ainda por concluir.

A Iberdrola garante que “o Sistema Eletroprodutor do Tâmega está a avançar conforme o previsto e os aproveitamentos hidroelétricos de Gouvães e Daivões e estarão disponíveis para entrar em operação no final de 2021”, com uma potência de 880 MW e 118 MW, respetivamente.

“Temos trabalhado com a REN e com a ERSE nos últimos meses para assegurar que as condições que permitem o encerramento estão no terreno e temos já hoje essas garantias. Entre a mobilização de um conjunto de cogerações e de outras medidas mitigadoras de riscos, podemos encerrar Sines mantendo os padrões de risco a que estamos obrigados no sistema elétrico nacional”, frisou Galamba, sublinhando que o Governo se viu confrontado com o pedido da EDP para encerrar a central, porque deixou de ser competitiva.

“O carvão, a partir do momento em que começou a deixar de ter as isenções fiscais que tinha, perdeu competitividade e saiu do mercado. Antes de autorizar o encerramento tivemos de verificar que era possível e que não punha em causa nem a segurança de abastecimento nem a estabilidade da rede”, rematou.

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5 coisas que vão marcar o dia

Portugal entra num novo confinamento geral, resultado do forte aumento dos casos de infeção por Covid-19. Arranca também a fase principal do leilão do 5G.

Portugal entra num novo confinamento que durará, pelo menos, um mês, isto na sequência dos últimos números relacionados com o coronavírus no país. Ainda esta quinta-feira é dia de começar a fase principal do leilão do 5G, mas também de arrancar o julgamento do recurso da KPMG às coimas aplicadas pela CMVM.

Arranca novo confinamento geral

O país entrou à meia-noite naquele que é o segundo confinamento geral, depois de um primeiro em março do ano passado. Esta decisão do Governo surge na sequência do disparo dos casos de infeção dos últimos dias, e traduz-se numa série de medidas de restrição para a população e para as empresas. A restauração fica, assim, de portas fechadas, bem como o comércio não essencial.

Pandemia continua a bater recordes?

Portugal tem vindo a registar mais de 10 mil novos casos de infeção nos últimos dias, sendo que a Covid-19 está a provocar mais de uma centena de mortes por dia. Têm sido atingidos novos recordes, tendência que deverá manter-se no curto prazo. Foi em resultado deste forte aumento dos números que o Governo decidiu decretar um novo confinamento, semelhante ao de março do ano passado.

Fase principal do leilão do 5G começa hoje

Arranca esta quinta-feira a fase principal do leilão de 5G. Nesta fase, as entidades são chamadas para licitar, tal como confirmou o ECO junto de fontes das operadoras. Espera-se que Meo, Nos e Vodafone, entre outras empresas interessadas, licitem as frequências para a quinta geração que são disponibilizadas pela Anacom. Os 54 lotes que vão a leilão nesta fase, em várias faixas de frequências, assumem um preço de reserva total de 195,9 milhões de euros.

Início do julgamento do recurso da KPMG às coimas aplicadas pela CMVM

Arranca esta quinta-feira o julgamento do recurso apresentado pela KPMG às coimas aplicadas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A entidade multou a consultora em um milhão de euros depois de encontrar irregularidades na sua atuação no âmbito da certificação legal de contas do antigo BES. Em causa estão factos ocorridos entre 2012 e 2015, sendo que, a decisão foi impugnada judicialmente pela KPMG.

Central a carvão de Sines fecha portas

Esta quinta-feira é o último dia de atividade da icónica central termoelétrica da EDP em Sines. O secretário de Estado Adjunto e da Energia afirma ser possível “fechar em segurança”, mas sublinha que falta ainda uma peça importante do puzzle: a linha de alta-tensão da REN para sul. Esta linha deve estar pronta em 2022, para que as novas centrais solares, que já entraram ou que vão começar a entrar em funcionamento, se possam ligar à rede e a produzir eletricidade de origem renovável.

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Votar antecipadamente, usar máscara e levar a própria caneta. Como se vota em pandemia?

  • ECO
  • 14 Janeiro 2021

Se estiver em confinamento obrigatório tem de se inscrever para votar entre 14 e 17 de janeiro. No dia das eleições, 24, tem de usar máscara e levar a própria a caneta.

No domingo, 24 de janeiro, o país vai a votos no meio de uma pandemia para decidir qual o próximo Presidente da República. Há novas regras e nunca o voto antecipado foi tão importante.

Logo a partida as secções de voto foram reforçadas para as eleições presidenciais de 2021. No total há 12.287 secções de voto e 61.435 membros de mesa, mais 2.087 secções de voto e mais 10.435 elementos do que em eleições anteriores. Adicionalmente, foram distribuídos por todos os municípios materiais de proteção (máscaras, luvas, viseiras e gel desinfetante).

A medida do voto antecipado em mobilidade – que foi pela primeira vez usado nas eleições para o Parlamento Europeu em 2019 – continua em vigor e foi também criado um regime excecional de voto antecipado para aqueles que estão em isolamento por causa da Covid-19.

Quero votar em mobilidade, como faço?

Para votar em mobilidade é necessário inscrever-se em www.votoantecipado.mai.gov.pt até esta quinta-feira, 14 de janeiro. A votação decorre a 17 de janeiro no local de voto escolhido. Caso um cidadão esteja inscrito no voto antecipado e não o exerça, poderá votar no dia 24.

E se estiver em isolamento profilático?

O pedido de inscrição também é feito no mesmo site, mas entre 14 e 17 de janeiro. No entanto, para ser elegível, a medida de confinamento obrigatório deve ter sido decretada pelas autoridades de saúde até ao dia 14 de janeiro.

Depois, o voto será recolhido entre 19 e 20 de janeiro na morada indicada por equipas constituídas por representantes dos presidentes da Câmara de cada município. A morada da inscrição deve coincidir com o domicílio registado no sistema de registo dos doentes com Covid-19 gerido pela Direção-Geral de Saúde.

Como faço para votar dia 24 de janeiro?

É necessário dirigir-se ao local onde está recenseado. Se não souber, pode obter essa informação através do site www.recenseamento.mai.gov.pt, ou através de um SMS gratuito para 3838, com a mensagem «RE (espaço) número de CC/BI (espaço) data de nascimento no formato AAAAMMDD».

Para votar tem de usar máscara, manter o distanciamento físico, seguir os circuitos recomendados, desinfetar as mãos à entrada e à saída do estabelecimento e, preferencialmente, levar uma caneta de casa.

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Fase principal do leilão do 5G começa esta quinta-feira

A fase do leilão do 5G destinada a empresas como a Meo, Nos e Vodafone começa esta quinta-feira, depois da conclusão da fase exclusiva para novos entrantes, que fez duplicar o valor do espetro.

A fase principal do leilão do 5G começa esta quinta-feira, na qual são chamadas a licitar as principais empresas do setor em Portugal, confirmou o ECO junto de fontes das operadoras. Espera-se que Meo, Nos e Vodafone, entre outras empresas interessadas, licitem as frequências para a quinta geração que são disponibilizadas pela Anacom.

As três grandes operadoras portuguesas já tinham confirmado que se inscreveram no leilão, mas não confirmaram a disposição para licitarem o espetro. Cada uma delas tem em curso na Justiça processos para tentarem travar o leilão em curso, por considerarem que as regras são injustas e colocam em causa os seus negócios e o setor.

Lotes disponíveis e preços de reserva

Categorias B e D reservadas a novos entrantes. Fonte: Anacom

Os 54 lotes que vão a leilão nesta fase, em várias faixas de frequências, assumem um preço de reserva total de 195,9 milhões de euros. O espetro mais apetecível será os seis lotes na faixa dos 700 MHz, necessária à transição do 4G para o 5G, assim como os lotes nos 3,6 MHz, que é outra das faixas mais relevantes para a quinta geração. Nesta faixa, uma dezena de lotes estão sujeitos a uma restrição e só poderão ser explorados a partir de 5 de agosto de 2025, ano em que expiram as licenças já detidas pela empresa Dense Air.

Na segunda-feira terminou a primeira fase do leilão do 5G, destinada exclusivamente a novos entrantes — isto é, a empresas externas ao setor em Portugal que queiram entrar no mercado português de 5G. As licitações ao longo de oito dias fizeram o espetro a leilão valorizar para o dobro, de 42 milhões de euros para 84,371 milhões de euros.

A concurso estavam três lotes na faixa dos 1.800 MHz e um lote na faixa dos 900 MHz, com preços de reserva por lote de, respetivamente, 4 milhões e 30 milhões de euros. Ao final de oito dias de licitações, o preço de cada lote na faixa dos 1.800 MHz encareceu para 18,117 milhões de euros, enquanto o preço do lote na faixa dos 900 MHz manteve-se nos 30 milhões de euros.

A subida é demonstrativa do interesse de “novos entrantes” no mercado português, depois de a Anacom ter avançado com condições e regras menos apertadas para estas empresas. No entanto, para já, desconhece-se ao certo quem foram as empresas vencedoras dos lotes a concurso.

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REN, Semapa e Sonae são as ações portuguesas preferidas do CaixaBI para 2021

Banco de Investimento cobre 14 das 18 cotadas do PSI-20 e antecipa que o índice valoriza entre 20% e 30% em 2021. Considera que a discrepância face a Wall Street dá confiança numa retoma da Europa.

O banco de investimento da Caixa Geral de Depósitos (CGD) escolheu três ações da bolsa de Lisboa como as preferidas para 2021. O pagamento de dividendos (apesar do impacto da pandemia), bem como a capacidade de resistência e recuperação face ao vírus estão entre os principais fatores que levam os analistas do Caixa Banco de Investimento (BI) a escolher a REN, a Sonae e a Semapa como top picks para 2021.

“Apesar de 2020 ter sido um ano atípico em termos de resultados das empresas na maioria dos setores, afetados negativamente pela pandemia, os índices da América do Norte atingiram máximos históricos, sugerindo que os preços das ações europeias têm potencial de recuperação nos próximos meses“, aponta o relatório do CaixaBI de revisão anual das recomendações, a que o ECO teve acesso.

Na Europa, a generalidade das bolsas fechou o ano de 2020 no “vermelho”, sendo que o Stoxx 600 perdeu 4,2% e o português PSI-20 recuou 5,7%. A exceção foi o alemão DAX, que valorizou 3,5%, tal como as bolsas norte-americanas. Não só Wall Street registou ganhos acumulados no ano como os índices S&P 500 e Nasdaq renovaram máximos.

É esta discrepância que leva o banco a acreditar que as bolsas europeias irão acelerar. “Tendo em conta as avaliações das empresas sob a nossa cobertura, antecipamos que o PSI-20 tenha um potencial de valorização entre 20% e 30% em 2021“, diz. O CaixaBI analisa 14 das 18 cotadas do índice de referência nacional. Destas, há três preferidas.

"Os índices da América do Norte atingiram máximos históricos, sugerindo que os preços das ações europeias têm potencial de recuperação nos próximos meses. Tendo em conta as avaliações das empresas sob a nossa cobertura, antecipamos que o PSI-20 tenha um potencial de valorização entre 20% e 30% em 2021.”

Equipa de equity research

Caixa Banco de Investimento

Elevada dividend yield, clara política de remuneração acionista e perfil defensivo com resultados previsíveis e visíveis são as razões para o banco colocar a REN na lista. É um dividendo “assegurado”, que irá manter-se em 0,171 euros por ação em 2021 e, depois disso, o banco espera a esperar “uma política generosa” devido à capacidade de gerar cash flow, apesar do elevado endividamento. O banco recomenda a “compra” das ações, cujo fair value vê nos 3,15 euros (com um potencial de valorização de 32%).

A recomendação para a Sonae é também de “compra”, sendo que, neste caso, o preço-alvo é de 1,30 euros por ação, mais 89% do que o preço de fecho esta terça-feira em bolsa. É preferida por ser “líder no mercado português de retalho alimentar”, por ter um portefólio distribuído por todos os canais de distribuição, devido à perceção da marca e ainda pela participação na Nos, “com uma política de dividendos muito interessante”.

Semapa com potencial de subida de 85%

A terceira cotada preferida é a Semapa, que deverá beneficiar da recuperação da procura por cimento em mercados chave, bem como da exposição à Navigator. O banco lembra “sólida” geração de free cash flow (FCF) em 2020, acima de 2019, e ao forte desempenho do cimento em Portugal e no Brasil. “No caso da Navigator, acreditamos que o mercado está a subavaliar a empresa, o que pode ser um ponto de entrada interessante para um investimento de médio prazo”. O CaixaBI recomenda aos clientes a “compra” das ações, às quais atribui um potencial de valorização de 85% até aos 17 euros.

Consumo, investimento e exportações podem levar PIB a crescer 3,9% em 2021

A pandemia atirou, em 2020, as economias para uma recessão profunda devido ao impacto no turismo, bem como na procura interna e externa. Para travar o tombo da economia, os governos apressaram-se a injetar dinheiro, levando a um agravamento das contas públicas. Para 2021, o Caixa BI espera “a gradual retoma da atividade com o controlo da pandemia”, a “recuperação do consumo privado, investimento e exportações” e “uma melhoria dos indicadores de finanças públicas”.

Face a estas tendências, o CaixaBI estima que a economia portuguesa tenha afundado 8,1% em 2020 e vê uma recuperação de 3,9% este ano. O Governo português antecipa uma recessão de 8,5% em 2020, seguida de uma retoma de 5,4%. Antecipa, no entanto, que a taxa de desemprego agrave de 7,3% no ano passado para 8,8% este ano. Tal como o Ministério das Finanças de João Leão, o banco de investimento nacional vê uma redução do défice orçamental de 7,3% em 2020 para 4,3% em 2021.

Além do impulso dado pela vacinação, a recuperação das economias globais deverá ser ajudada pelos estímulos de bancos centrais e governos. “É esperado que a política monetária continue expansionista nas maiores economias de forma a apoiar a recuperação da atividade após a pandemia, usando as taxas de juro próximas de zero e um conjunto abrangente de instrumentos não convencionais, com impactos positivos para os custos de financiamento de governos, empresas e famílias”, diz o banco.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) tem um envelope com 1,85 biliões de euros para comprar dívida até, pelo menos, março de 2022. Já ao nível dos estímulos orçamentais da União Europeia, há mais 1,8 biliões de euros a serem usados ao longo da próxima década pelos Estados-membros: 1,15 biliões de euros através do orçamento comunitário (o Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027) e 750 mil milhões de euros através do Fundo de Recuperação europeu criado especificamente por causa da crise pandémica.

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Após mudança “surpresa”, experiência do novo CEO da Galp no Brasil é aplaudida

Reação inicial em bolsa foi de receio face a um eventual conflito interno, mas os analistas esperam que haja continuidade e que o novo CEO não comprometa a estratégia definida pela empresa.

A Galp Energia está prestes a mudar de CEO. Carlos Gomes da Silva vai sair quase dois anos antes do tempo, numa decisão que está a ser vista como surpreendente e eventualmente relacionada com um conflito com os acionistas. Quanto ao novo líder, Andy Brown, é aplaudida a experiência — especialmente no Brasil — do gestor, que terá pela frente o desafio da transição energética.

“A saída de Carlos [Gomes da Silva] é uma surpresa. A nossa lista dos últimos 100 anos de grandes CEO da energia mostra que cada um fica no cargo, em média, durante nove anos. Carlos foi CEO cerca de seis anos, tendo assumido funções em abril de 2015, colocando um fim antecipado ao mandato, o que nos apanhou de surpresa e, acreditamos, ao mercado também“, aponta uma nota do Bernstein, assinada por Oswald Clint e Robert Heywood.

Saídas antecipadas têm, de forma geral, dois tipos de causa: razões pessoais ou conflitos internos. Consideramos que o caso de Carlos Gomes da Silva e da Galp é o segundo“, dizem. A “ideia divergente” entre o gestor (que fica em funções até 19 de fevereiro) e o principal acionista, a família Amorim, centra-se no ritmo de transição energética.

"Saídas antecipadas têm, de forma geral, dois tipos de causa: razões pessoais ou conflitos internos. Consideramos que o caso de Carlos Gomes da Silva e da Galp é o segundo.”

Oswald Clint e Robert Heywood.

Bernstein

A “surpresa” é partilhada pelos analistas do CaixaBank / BPI e do Caixa Banco de Investimento (BI). “É uma mudança inesperada, tendo em conta que o mandato de Carlos Gomes da Silva terminava apenas em dezembro de 2022 (i.e. estava no meio do segundo mandato). O anúncio imediato de um novo CEO sugere que a decisão foi tomada antecipadamente“, dizem os analistas do banco espanhol.

Na bolsa de Lisboa, as ações da petrolífera reagiram em conformidade: cederam 2,6% para 9,262 euros na primeira sessão após o anúncio oficial da mudança de CEO. A perda de capitalização bolsista pela empresa é, aliás, um dos desafios com o qual o novo CEO terá de lidar. Em 2020, a Galp perdeu 41% do valor, para menos de 7 mil milhões de euros. Apesar da reação inicial à decisão e dos receios face a um possível conflito interno, os analistas não veem com maus olhos a escolha de novo CEO.

Desempenho da Galp no PSI-20

Novo CEO não deverá comprometer estratégia definida

O britânico Andy Brown é um veterano do petróleo, tendo estado 35 anos na Shell. “Para a estratégia do grupo, poderá estar nas cartas com este movimento uma aceleração nos investimentos em fontes de energia limpa. A expectativa é que o novo CEO Andy Brown traga uma visão internacional mais abrangente ao setor da energia para acelerar a transição da Galp“, acrescenta o CaixaBank / BPI.

A experiência de Brown — que teve uma passagem pela reforma (depois de sair da Shell em 2019 esteve como consultor em várias organizações) — foca-se essencialmente no upstream, que dirigia na petrolífera britânica, mas também do negócio brasileiro. “Dado que a maioria da produção da Galp vem do pré-sal do Brasil, e que estes ativos têm uma sobreposição significativa com a Shell, antecipamos que Andy os conheça bem“, aponta Biraj Borkhataria, managing director da RBC Capital Markets.

"Dado que a maioria da produção da Galp vem do pré-sal do Brasil e que estes ativos têm uma sobreposição significativa com a Shell, antecipamos que Andy os conheça bem.”

Biraj Borkhataria

RBC Capital Markets

Apesar do reforço do investimento em renováveis, é o petróleo, especialmente do Brasil, que sustenta as contas da empresa. A relação de Brown com a brasileira Petrobras (parceira da Shell) reforça a expectativa dos analistas sobre o novo CEO. Em simultâneo, o britânico tem-se especializado, nos últimos anos, no hidrogénio, o que poderá também vir a ser importante para a estratégia da petrolífera.

A Galp mantém-se como um dos poucos nomes do setor que pode substancialmente reduzir o capex a curto prazo sem ter um impacto material nos volumes“, lembra ainda Borkhataria. Tanto o RBC Capital Markets como o CaixaBI vê a decisão como neutra para a ação.

“Neste momento, assumimos um posicionamento neutral em relação a estas notícias, sublinhando que a empresa deverá seguir o plano de negócio apresentado no passado e que o novo CEO é um agente experiente no setor“, acrescenta o banco de investimento português. “O facto de a indústria estar a enfrentar um momento decisivo de transformação deverá ter tido um papel importante neste desenvolvimento”.

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