Dr. Bernard’s abre “cowork” para transformar a Costa da Caparica na “Venice Beach” portuguesa

O espaço de "cowork" faz parte de um plano de investimento do Dr. Bernard's a cinco anos, na ordem dos 500 mil euros.

Trabalhar fora do escritório com vista para o mar. É esta a proposta do novo espaço de cowork que acaba de nascer na Costa da Caparica, o Dr. Bernard’s Coworking, o novo projeto do empresário Gregory Bernard que quer transformar a Costa da Caparica na nova Venice Beach portuguesa. O cowork faz parte de um plano de investimento a cinco anos, na ordem dos 500 mil euros.

“O projeto para a Costa passa pela expansão do Grupo e pela contínua criação de conceitos inovadores, que se foquem nos três pilares do grupo: comida, alma e movimento, que continuem a trazer projetos diferentes para a Costa da Caparica como foi o projeto ‘DragTaste is on the Beach’, no final do verão, e outros eventos semanais que explorem a arte e cultura. O projeto pretende atrair a comunidade e servir a comunidade local“, adianta Gregory Bernard à Pessoas, explicando como pretende transformar a Costa na Venice Beach portuguesa.

Gregory Bernard abriu em 2018 o primeiro Dr. Bernard — o nome é uma homenagem ao pai, médico — depois de viver nos Estados Unidos e em Inglaterra. O conceito do grupo, que emprega 25 pessoas, assenta quatro eixos — restauração, surf, ioga e bem-estar — com um objetivo: combater o stress.

Agora acrescenta ao conceito um cowork. “É o nosso primeiro coworking space e vai ao encontro procura cada vez maior por espaços deste tipo na Costa da Caparica, respondendo por isso a uma necessidade que sentíamos. O aumento dessa procura já era sentido durante a pandemia e os trabalhadores remotos usavam os nossos restaurantes, mas tinham algumas condições como secretarias e cadeiras de escritório ou o problema da distração com o barulho da música e movimento”, descreve o CEO do Dr. Bernard’s.

“Este espaço vem responder a esses pedidos e ao mesmo tempo dar mais opções à crescente comunidade de nómadas digitais que têm escolhido a Costa da Caparica como o seu destino de trabalho“, reforça.

O espaço — a um minuto das praias da Costa e a cerca de 15 minutos de carro de Lisboa — tem 80 m2, com capacidade para receber 20 pessoas, mas o empresário já está a planear a sua expansão, para 120 m2.

O espaço é descrito como tendo uma “vibração” alinhada “com a simplicidade e o minimalismo moderno-industrial”, dispõe de uma ligação à Internet de alta velocidade, mesas privadas dentro de cubículos de vidro coloridos — “que fornecem uma dose extra de positivismo” — uma sala de reuniões e uma varanda exterior virada para o oceano. “Cafeína não vai faltar e a possibilidade de ir surfar entre reuniões e afazeres”, promete.

Os preços começam nos 10 euros por dia, com diferentes packs (5 dias – 40 euros, 10 dias – 70 euros, 1 mês – 95 euros). Ao aluguer da secretária é possível associar outras experiências, tais como, refeições no Dr. Bernard ou no Palms Blitz, aulas de surf, ginásio ou ioga.

“O investimento está dentro de um plano maior que passou pela criação deste novo espaço, pela abertura de um novo restaurante em Lisboa e por mais investimentos na Costa da Caparica. A quantificação fica dentro de um plano global de mais de 500 mil euros. O cowork deve representar cerca de 5% desse valor”, adianta. “O plano financeiro foi projetado a 5 anos e já foi executado certa de 25%.”

O restaurante Dr. Bernard, o novo Palms, aberto em 2020, o Dr. Bernard Surf Center e o Dr. Bernard Wellness & Gym Center são alguns dos espaços do grupo.

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O que muda no processamento salarial? Três tendências que vão marcar 2022

Pagar além fronteira, com foco no impacto positivo na experiência do colaborador e com recurso à digitalização, automatização e análise preditiva são as tendências antecipadas pela Seresco.

Com o ano a terminar, é altura de as empresas refletirem e prepararem os seus budgets para 2022, nomeadamente para a área do processamento salarial. E há novas tendências a marcar esse procedimento ou não estivesse o local a partir do qual os trabalhadores exercem funções também ele a mudar. Prepara-se para a glocalização. Mas não só. Carteiras digitais e EarnedWage Access são outras tendências que irão marcar o próximo ano. Profissionais ligados ao processamento salarial serão os novos “conselheiros estratégicos”.

“Pessoas que prestam serviços independentemente do país onde residem e empresas globais que fornecem serviços ou produtos altamente localizados para satisfazer cada país ou área em que operam é uma realidade crescente”, alerta a Seresco, empresa tecnológica especializada em processamento salarial e RH, em comunicado.

A nível salarial, isto significa que as empresas devem estar preparadas para efetuarem os pagamentos para além das suas próprias fronteiras, e para além da sua própria moeda. “Ao mesmo tempo, as exigências salariais da empresa como um todo serão um alvo em constante movimento e, por isso, a tecnologia ágil será vital para acompanhar as exigências salariais globais de forma precisa e eficiente”, refere.

Além da “glocalização”, a Seresco adianta que as empresas já começam a procurar ativamente formas de processamento salarial com impacto positivo nas experiências dos colaboradores. “Estão a ser mais procurados métodos de pagamento alternativos, e prevemos que estes, já em 2022, passarão de meras tendências para realidade corrente”, antecipa.

Entre estes métodos estão as carteiras digitais, onde os utilizadores podem gerir o seu dinheiro e fazer pagamentos eletronicamente, da mesma forma que usam os sistemas Apple Pay e o Google Pay nas suas compras. “E este é um método que está a ser implementado para entrega de pagamentos de salários em regiões mais remotas, como em África, onde os pagamentos móveis são muito mais convenientes para os colaboradores e os seus ordenados não ficam ‘retidos'”, explica.

“Por outro lado, o Earned Wage Access é uma forma criativa e já implementada de oferecer aos colaboradores uma app de self-service, onde podem receber o seu salário e depois retirar o que necessitam sempre que necessitam. E esta plataforma deverá ganhar muito mais visibilidade nas empresas que procuram maximizar a flexibilidade do processamento salarial”, continua a tecnológica.

Mais comum nas organizações, a digitalização, automatização e análise preditiva são algumas das inovações que continuarão a desempenhar um papel importante na racionalização dos processos salariais, “reduzindo os erros humanos no processamento mensal de salários” e “poupando tempo e recursos vitais para as equipas utilizarem em áreas que necessitam de um pensamento mais crítico”.

Desta forma, os profissionais ligados à área de processamento salarial poderão, em vez de apenas aconselharem o que é melhor do ponto de vista técnico, ser “conselheiros estratégicos”.

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Crescimento económico na Zona Euro volta a acelerar em novembro

  • Lusa
  • 23 Novembro 2021

Apesar da aceleração, os analistas da Markit consideram que a previsão de crescimento para o final do quarto trimestre é consideravelmente mais fraca do que a do terceiro trimestre.

O crescimento da atividade empresarial na Zona Euro acelerou em novembro depois de ter caído em outubro, segundo a Markit, que adverte, no entanto, que o ressurgimento de casos de Covid-19 ameaça prejudicar o trimestre em curso.

A estimativa do indicador PMI (Purchasing Managers’ Index) flash composto da atividade da Markit na Zona Euro — feito com base em inquéritos aos gestores de compras dos setores dos serviços e da indústria transformadora — subiu para 55,8 pontos em novembro, o nível mais alto dos últimos dois meses e 1,6 pontos acima dos 54,2 pontos de outubro, quando atingiu um novo mínimo de seis meses.

O relatório da Markit, publicado esta terça-feira, destaca a melhoria da atividade apesar de as pressões inflacionistas continuarem a intensificar-se, uma vez que os custos que as empresas enfrentam e os preços médios cobrados tanto pelos produtos como pelos serviços “aumentaram a ritmos recorde”.

Apesar desta aceleração, os analistas da Markit assinalaram que a previsão para o final do quarto trimestre é de um crescimento consideravelmente mais fraco do que o do terceiro trimestre.

Entre os fatores que influenciam este abrandamento, citaram “preocupação renovada com a Covid-19” – devido ao ressurgimento de contágios em vários países europeus – e problemas “persistentes” de abastecimento.

“Uma expansão mais forte da atividade total em novembro contrariou as expectativas dos economistas de um abrandamento, mas é pouco provável que impeça a Zona Euro de sofrer um crescimento mais lento no quarto trimestre”, disse Chris Williamson, economista chefe do IHS Markit, num comunicado.

Na opinião de Williamson, o número crescente de contágios com Covid-19 irá provocar novos desafios para a economia em dezembro.

Por setores, o dos serviços registou um desempenho superior em novembro pelo terceiro mês consecutivo, pois embora o transformador também esteja em alta, a sua expansão é mais fraca.

“Em ambos os setores o crescimento melhorou graças à chegada ligeiramente maior de novas encomendas, embora em ambos os casos as taxas de crescimento da procura tenham permanecido muito abaixo das observadas nos meses de Verão”, afirmaram os analistas do IHS Markit.

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IKEA quer eliminar plástico das embalagens até 2028, mas mantém na gama alimentar

Ikea investe mais de mil milhões de euros em 920 mil toneladas de materiais. Atualmente, menos de 10% do volume total de materiais utilizados nas embalagens pela IKEA são plásticos.

A cadeia sueca de mobiliário Ikea anunciou esta terça-feira o compromisso de eliminar progressivamente o plástico das embalagens dos seus produtos. O processo não vai acontecer de um dia para o outros e acontecerá ao longo de diferentes fases: começando pela gama de novos produtos até 2025, e das gamas já existentes até 2028. No entanto, a marca poderá ter de manter o plástico na sua gama alimentar.

Com esta medida, diz a IKEA, a ambição é contribuir para um mundo sem desperdício, ajudando a reduzir a
poluição e, ao mesmo tempo, levar a indústria a pensar em alternativas recicladas e recicláveis.

Atualmente, menos de 10% do volume total de materiais utilizados nas embalagens pela IKEA são plásticos. Ao deixar de utilizar esta matéria-prima nas embalagens, a marca diz que quer irá reforçar o caminho de utilizar apenas materiais renováveis ou reciclados.

“Este é um passo muito importante neste caminho para sermos um negócio circular e com impacto positivo no clima. Sem dúvida que é um grande desafio, mas sabemos que é fundamental encontrar alternativas sustentáveis ao plástico e isso só é possível quando estabelecemos estas metas e objetivos muito concretos e trabalhamos em conjunto com fornecedores e parceiros. Esperamos que esta medida inspire outras pessoas, empresas e indústrias a agir” refere Ana Barbosa, Responsável de Sustentabilidade da IKEA Portugal.

Anualmente, a Ikea comunica que investe mais de mil milhões de euros em, aproximadamente, 920 mil toneladas de materiais. Esta eliminação total do plástico descartável no embalamento irá exigir a procura de novas soluções, bem como uma estreita colaboração com várias equipas e fornecedores em todo o mundo.

Apesar das metas agora anunciadas, a marca ressalva que “é possível que seja necessário manter algumas embalagens de plástico na gama alimentar da IKEA, uma vez que as mesmas são necessárias para garantir os padrões de qualidade e segurança alimentar”.

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Costa fala na quinta-feira sobre novas medidas para controlar a Covid-19

  • Lusa
  • 23 Novembro 2021

O primeiro-ministro recebe, entre terça e quarta-feira, os partidos com representação parlamentar sobre a situação epidemiológica em Portugal. Na quinta-feira, falará sobre eventuais medidas.

O primeiro-ministro, António Costa, recusou esta terça-feira antecipar novas medidas para conter a pandemia de covid-19, remetendo um eventual anúncio para quinta-feira, quando se reúne o Conselho de Ministros, e depois de consultados os partidos.

“Hoje não é dia de falar, hoje é dia de ir ouvir os partidos, amanhã continuar a ouvir os partidos e quinta-feira falarei”, disse António Costa quando questionado sobre a pandemia de covid-19. O chefe de Governo prestou esta breve declaração aos jornalistas à margem do 9.º Congresso Nacional dos Economistas, que decorre esta terça-feira em Lisboa.

O primeiro-ministro recebe, entre hoje e quarta-feira, os partidos com representação parlamentar sobre a situação epidemiológica em Portugal, num momento em que o país regista um crescimento das taxas de incidência e de transmissão (Rt) da covid-19, antes de o Governo aprovar medidas contra a covid-19, o que poderá acontecer no Conselho de Ministros de quinta-feira. Hoje, o primeiro-ministro vai reunir-se com a Iniciativa Liberal, Chega, PEV, PAN, CDS-PP, PCP e BE.

No final da reunião do Infarmed de sexta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que continua a haver “conjugação total dos órgãos de poder político” na resposta à covid-19, mas escusou-se a falar de medidas, remetendo essa decisão para o Governo, após consulta aos partidos.

Quanto às medidas a adotar, o chefe de Estado disse que “os especialistas apresentaram o que consideravam indispensável para esta fase” e que “a decisão sobre essa matéria pertencerá naturalmente ao Governo”, que “vai ouvir os partidos políticos e vai decidir”. Já hoje, Marcelo Rebelo de Sousa afastou a ideia de um novo confinamento para responder ao aumento de casos de covid-19, afirmando que a “situação não aponta para isso” e “não tem comparação” com a de “há um ano”.

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Maioria dos trabalhadores independentes da UE são homens

A maioria dos trabalhadores da União Europeia exercem as suas funções por conta de outrem. Entre os 13% que trabalham por conta própria, a maioria são homens, segundo o Eurostat.

A maioria dos trabalhadores independentes da União Europeia são homens, indicam os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat. Já entre os trabalhadores por conta de outrem, há quase tantas mulheres quanto homens, sendo a diferença entre estes grupos de apenas quatro pontos percentuais.

De acordo com o gabinete de estatísticas da União Europeia, no segundo trimestre do ano, 13% dos trabalhadores com 20 a 64 anos exerciam funções por conta própria enquanto 86% eram trabalhadores por conta de outrem.

Entre aqueles que trabalhavam de forma independente, 67% eram homens e apenas 33% eram mulheres. Em contraste, entre os trabalhadores dependentes, 52% eram homens e 48% eram mulheres.

Por outro lado, o Eurostat indica que o trabalho independente é “ligeiramente mais comum” entre os europeus com níveis de educação inferiores. Assim, 16% das pessoas com baixos níveis de educação estavam a trabalhar por conta própria entre abril e junho. Já entre as pessoas com níveis de educação médios, 12% trabalhavam de forma independente. E 13% das pessoas com níveis de educação elevados eram trabalhadoras independentes.

Quanto às faixas etárias mais propícias ao trabalho por conta própria, o gabinete de estatística sublinha que 17% dos trabalhadores com 55 a 64 anos praticam hoje as suas funções de forma independente, fatia que compara com 4% dos trabalhadores com 15 a 24 anos e 13% dos trabalhadores com 25 a 54 anos.

A nota divulgada, esta terça-feira, pelo Eurostat dá conta ainda da proporção de trabalhadores que têm hoje um segundo emprego. “No segundo trimestre de 2021, pouco menos de 4% das pessoas empregadas com 20 a 64 anos tinham um segundo emprego na União Europeia“, é explicado. Ora, desse total, 57% das pessoas têm um trabalho por conta de outrem como segundo emprego e 39% trabalham por conta própria.

Entre os vários Estados-membros, é na Holanda (10%) que se encontram mais pessoas a exercer dois trabalhos, seguindo-se a Finlândia e a Dinamarca (ambos 7%), a Estónia e a Lituânia (6%). Do outro lado da tabela, aparecem a Bulgária, a Roménia e a Suécia, países em que menos de 0,5% da população empregada tem uma segunda ocupação profissional.

Em Portugal, em torno de 4,4% da população empregada tem um segundo trabalho, segundo as contas do ECO. A fatia lusa está, assim, acima da média comunitária, sendo Portugal o sétimo país da UE com a proporção mais expressiva de trabalhadores que acumulam duas ocupações profissionais.

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Itália multa Amazon e Apple em 200 milhões por infrações às regras da concorrência

  • Lusa
  • 23 Novembro 2021

Segundo as autoridades italianas, as companhias tecnológicas Amazon e Apple estabeleceram "um acordo restritivo" impedindo as atividades dos restantes distribuidores.

As autoridades italianas impuserem às empresas Apple e Amazon uma multa de 200 milhões de euros por infrações às regras da concorrência devido às restrições de acesso à plataforma Amazon por alguns revendedores de produtos da Apple.

Deste modo, a Autoridade Antimonopólio italiana “impõe uma multa de 68,7 milhões de euros às empresas do grupo Amazon e uma multa de 134,5 milhões de euros às companhias do grupo Apple”, indica um comunicado divulgado esta terça-feira em Roma. Na prática, segundo as autoridades italianas, as companhias tecnológicas Amazon e Apple estabeleceram “um acordo restritivo” impedindo as atividades dos restantes distribuidores.

De acordo com as autoridades de Roma, as duas empresas mantinham “um acordo restritivo que não permitia a todos os distribuidores legais de produtos Apple e Beats (‘autênticos’) operar no mercado da Amazon.it (portal em Itália)”, podendo apenas vender apenas a “determinadas entidades escolhidas de forma individual e discriminatória”.

A investigação permitiu constatar que determinadas cláusulas contratuais do acordo datado de 31 de outubro de 2018 “infringem o artigo 101 do Tratado de Funcionamento da União Europeia” suscitando a multa de 68,7 milhões de euros às empresas do grupo Amazon e a multa de 134,5 milhões de euros às empresas do grupo Apple”.

“A vontade de introduzir uma restrição meramente quantitativa do número de revendedores permitia apenas à Amazon – e a outras determinadas entidades identificadas de forma discriminatória -, operar no portal Amazon.it. As restrições do acordo refletiram-se ao nível dos descontos praticados por terceiros na Amazon.it, diminuindo a quantidade (dos produtos)”, refere-se no mesmo comunicado.

“O caráter restritivo destas condutas confirma que a Amazon.it representa um centro de comércio eletrónico em que se realiza, pelo menos, 70% das compras de produtos eletrónicos em Itália, dos quais 40% estão representados por retalhistas que utilizam a Amazon como plataforma de mediação”, acrescenta-se no documento.

Para as autoridades italianas, “é fundamental a aplicação das normas da concorrência para que sejam garantidas condições equitativas para todos os retalhistas (…) sobretudo no contexto atual, evitando condutas discriminatórias que restrinjam a concorrência”.

Assim, a decisão do organismo “reconhece, em concordância com a jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia, a necessidade dos sistemas de distribuição, para que sejam compatíveis com as regras da concorrência e com base em critérios qualitativos, não discriminatórios e aplicados sem distinção a todos os potenciais retalhistas.

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Novo normal: 4 tendências do marketing para 2022

  • ECO + Salesforce
  • 23 Novembro 2021

Conheça as principais conclusões da sétima edição do relatório State of Marketing, conduzido pela Salesforce, com base num inquérito a mais de oito mil profissionais da área em todo o mundo.

Os profissionais de marketing em Portugal estão otimistas acerca do futuro das suas organizações, apesar das mudanças e desafios sem precedentes do passado recente, que corresponderam a um investimento significativo em ferramentas, tecnologia e canais, consideradas indispensáveis na era do mercado a partir de qualquer lugar. Esta é uma das principais conclusões da sétima edição do relatório State of Marketing, baseado num inquérito que contou com a participação de mais de oito mil e 200 líderes de marketing em 37 países e seis continentes, incluindo 91 de Portugal.

“Ao longo de pouco mais de um ano, os profissionais de marketing em Portugal navegaram por mudanças no comportamento do cliente que normalmente acontecem em vários anos”, afirma Fernando Braz, Country Leader da Salesforce Portugal. “Os insights da edição deste ano do State of Marketing Report facultam-nos uma boa referência para o que mudou, o que é consistente e para onde se dirige a arte e a ciência do marketing a partir daqui”.

"A multiplicação de canais de interação tem aumentado a complexidade e é cada vez mais difícil dar respostas que satisfaçam plenamente as expectativas dos clientes”

Laura Guzmán Linares

Area Vice President Cloud Sales da Salesforce Iberia

Múltiplos canais, mais dados

De acordo com o documento, 67% dos profissionais de marketing portugueses concordam que as expectativas do cliente são mais difíceis de responder do que há um ano. Para se adaptarem, os profissionais de marketing estão a inclinar-se para as transformações digitais que iniciaram antes da pandemia — 49% afirmam que a pandemia mudou a sua estratégia de envolvimento digital e 43% dizem que alterou a sua conjugação de canais de marketing.

Laura Guzmán Linares, Area Vice President Cloud Sales da Salesforce Iberia.

“A multiplicação de canais de interação tem aumentado a complexidade e é cada vez mais difícil dar respostas que satisfaçam plenamente as expectativas dos clientes”, contextualiza Laura Guzmán Linares, Area Vice President Cloud Sales da Salesforce Iberia, que considera “essencial adotar uma ‘cultura de dados’ nas empresas, que permita aproveitar ao máximo toda a informação sobre os clientes, recolhida através dos diferentes canais, a fim de oferecer o produto ou serviço mais adequado às suas necessidades e expectativas”.

66%
Proporção de profissionais de marketing portugueses que espera um crescimento nas receitas da sua organização nos próximos 12 a 18 meses

Conheça, de seguida, as principais tendências do marketing identificadas no relatório.

  1. Aceleração digital e multiplicação dos canais
    À medida que os consumidores aderem à transição digital, os profissionais de marketing multiplicam os canais de comunicação com o público. O website/app, as redes sociais e o vídeo são os três canais de marketing mais utilizados em Portugal. Também as plataformas usadas pelos profissionais para acompanhar o envolvimento do público se multiplicam. Como resultado, 83% dos profissionais dizem que a sua capacidade de corresponder às expectativas dos clientes depende das suas habilidades digitais, que se tornaram ainda mais relevantes com a pandemia.
  2. Colaboração a partir de qualquer lugar
    78% das organizações de marketing em Portugal estão a adotar novas políticas em relação ao trabalho remoto, mas esta é uma tendência que se estende um pouco por todo o mundo, embora com diferenças regionais. De forma global, 75% dos profissionais de marketing dizem que a pandemia transformou permanentemente a forma como colaboram e se comunicam no trabalho. Esta colaboração deixou de estar ligada a escritórios — agora, um grupo de trabalho distribuído está a reavaliar a forma como se envolve não apenas com os clientes, mas entre si.
  3. Marketing escreve-se com dados
    A gestão de dados está a tornar-se mais complexa à medida que as fontes se multiplicam. Os profissionais de marketing em todo o mundo esperam um aumento de 40% no número de fontes de dados que utilizam entre 2021 e 2022. Em Portugal, 63% dos profissionais afirmam que as suas interações com os clientes são orientadas por dados e apenas 31% dizem estar satisfeitos com a utilização de dados na criação de experiências mais relevantes.
  4. Evolução continuada das métricas e KPIs
    A definição de sucesso na área do marketing já estava a transformar-se antes de 2020, mas a pandemia impulsionou a mudança radical das expectativas e comportamento dos consumidores, além dos objetivos de negócio, acelerando a transformação de fundo. Em Portugal, 70% dos profissionais de marketing reavaliaram os seus KPIs e métricas de sucesso devido à pandemia, sendo que 89% avaliam o impacto das ações de marketing nas vendas, 75% na faturação e 74% no envolvimento com os conteúdos criados.

Aceda aqui ao relatório completo State of Marketing Report da Salesforce.

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Juros implícitos no crédito à habitação sobem pela primeira vez num ano

As taxas de juro implícitas no crédito à habitação subiram em outubro, pela primeira vez no último ano, à boleia do fim das moratórias bancárias. Os juros fixaram-se em 0,803%.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação aumentou ligeiramente em outubro, a primeira subida no último ano, após 13 meses consecutivos de quedas. Ainda assim, o juro implícito continuou abaixo de 1%, situando-se em 0,803%, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta terça-feira.

“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 0,803% em outubro (0,785% no mês anterior)”, revela o gabinete de estatísticas, explicando que “os resultados do mês de outubro estão influenciados pelo fim do regime de moratórias bancárias no crédito à habitação, implementadas no contexto da pandemia Covid-19 que, recorde-se, teve início em abril de 2020 e originou reduções na taxa de juro implícita e na prestação média“.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação é estimada com base nos juros totais vencidos no mês em causa. Porém, nos créditos em moratória, esse juro não era pago e por isso não era considerado nesta estatística. Esse efeito levou a uma queda da taxa de juro, mas o inverso aconteceu no momento em que as moratórias acabaram no final de setembro e que esses créditos voltaram a contar para as estatísticas.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)

Apesar desta subida, os 0,803% continuam a ser um dos valores mais baixos de sempre, apenas superado pelos juros registados em setembro e agosto.

Além disso, é de realçar que “nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 0,702% em setembro para 0,665% em outubro”, nota o INE. Isto é, os novos contratos continuam a ser assinados com juros cada vez mais baixos.

No que diz respeito ao capital médio em dívida, em outubro observou-se uma subida de 354 euros, para 57.688 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi 118.486 euros, menos 1.032 euros que em setembro.

Na prestação média mensal a pagar ao banco também é visível o efeito do fim das moratórias. “A prestação média apresentou o maior aumento desde o início da atual série, subindo 14 euros, para 251 euros“, refere o gabinete de estatísticas, especificando que “39 euros (16%) correspondem a pagamento de juros e 212 euros (84%) a capital amortizado”.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE).

Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu 21 euros para 290 euros.

(Notícia atualizada às 11h27 com mais informação)

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RRP Advogados assessora Medway na compra de material circulante de 93 milhões

A equipa da RRP Advogados foi composta pelo partner Carlos Vaz de Almeida e pelo associate José Manuel Alves da equipa de Banking & Projects do escritório.

A RRP Advogados assessorou a Medway Transporte & Logística na aquisição de 16 novas locomotivas elétricas interoperáveis e 113 novos vagões, num investimento total de 93 milhões de euros.

“A operação realizada pela Medway, o maior operador ferroviário privado de transporte de mercadorias na Península Ibérica, dotará a empresa de uma frota mais eficiente e ‘verde’, dando cumprimento à sua missão de contribuir para a descarbonização, ao mesmo tempo que assegura a eficácia e a qualidade no transporte de mercadorias”, refere a firma em comunicado.

A assessoria jurídica da RRP Advogados envolveu, entre outros, a estruturação jurídica da operação e a preparação e negociação dos contratos de aquisição do material circulante. A equipa foi composta pelos advogados Carlos Vaz de Almeida, partner, e José Manuel Alves, associate, da equipa de Banking & Projects do escritório.

“A RRP Advogados congratula a Medway Transporte & Logística, pela realização deste investimento, que representa um dos maiores negócios de aquisição de material circulante e de investimento privado em ferrovia nos últimos anos na Península Ibérica”, refere Carlos Vaz de Almeida, partner da RRP.

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Huawei promete desconto de 100% na Black Friday… mas só nos EUA, onde está proibida de vender telemóveis

  • Joana Abrantes Gomes
  • 23 Novembro 2021

A Huawei anunciou na segunda-feira 100% de desconto nos seus telemóveis à venda nos EUA. Não passa de uma brincadeira, já que a empresa chinesa está proibida de vender telemóveis naquele país.

Desde a última semana que várias marcas têm lançado promoções apelativas face à aproximação da Black Friday, que acontece já na próxima sexta-feira. No mundo dos telemóveis, empresas como a Google ou a Samsung estão a apresentar produtos a excelentes preços, mas é a Huawei que está a ser o centro das atenções, depois de anunciar na sua conta oficial do Twitter, na segunda-feira, um desconto de 100% em todos os seus telemóveis vendidos atualmente nos EUA.

Seria um negócio incrível, até se perceber que a Huawei não vende telemóveis nos EUA. Ainda que uma nova administração tenha tomado posse no início deste ano, Joe Biden decidiu manter as restrições impostas à tecnológica chinesa pelo anterior presidente dos EUA, Donald Trump.

A Huawei foi “expulsa” do mercado norte-americano por alegadas questões de segurança nacional, estando completamente impedida de fazer negócios com empresas sediadas no país, como é o caso da Google. Informações recentes davam conta de que a multinacional chinesa tem tentado licenciar tecnologia a empresas terceiras, de forma a evitar sanções, depois de vender a submarca Honor para manter os equipamentos com acesso à Google Play Store.

Assim sendo, quem vive nos EUA esteja à procura de um telemóvel gratuito nesta altura de promoções, que marca o início da época natalícia, terá de continuar a procurar. Já nos países onde a Huawei tem autorização de venda, como em Portugal, há uma série de descontos nos seus produtos – mas nenhum chega aos 100%.

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Regiões já podem candidatar-se aos 110 milhões do PRR para reconverter Áreas de Acolhimento Empresarial

Candidaturas serão avaliadas com base no número de empresas instaladas e o número de postos de trabalho em cada Área de Acolhimento Empresarial. Projetos do interior são discriminados positivamente.

As várias regiões do país já podem candidatar-se aos 110 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para reconverter e transformar Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE).

O Executivo anunciou a abertura das candidaturas esta terça-feira, através das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR). O objetivo da medida é modernizar as áreas de acolhimento já existentes, “para as preparar para as transições verde e digital e para garantir uma melhoria da competitividade das empresas já instaladas”, explica o Ministério da Coesão em comunicado.

Os apoios destinam-se a investimentos na auto produção e armazenamento de energia renovável, ilhas de qualidade energética A+, soluções de carregamento de viaturas elétricas e abastecimento a hidrogénio, cobertura de Banda Larga Rápida (5G) em áreas do Interior com comprovada falha de mercado ou soluções de resiliência ativa a incêndios, consoante as características das AAE, detalha ainda o mesmo comunicado.

As candidaturas serão avaliadas tendo em conta o número de empresas instaladas e o número de postos de trabalho em cada Área de Acolhimento Empresarial. Entre os critérios de seleção estará ainda o número de negócios associados a cadeias de logística e a forma como se articula o trabalho dessas empresas com o Sistema Regional de Inovação em questão. As áreas localizadas no interior terão sempre discriminadas positivamente no processo de seleção, que é composto por duas fases.

Até 15 de setembro foram submetidas às CCDRC 81 manifestações de interesse por parte de municípios e entidades municipais gestoras de áreas de acolhimento empresarial, avança o Ministério liderado por Ana Abrunhosa. “As CCDR selecionaram 38 projetos: nove na Região Norte, 18 na Região Centro, quatro na Área Metropolitana de Lisboa, cinco no Alentejo e duas no Algarve, detalhe o comunicado. “Estes 38 projetos podem agora, até 2 de dezembro, ser candidatados a esta segunda fase do concurso, que vai selecionar as intervenções a apoiar”, conclui a nota.

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