Siza Vieira não prevê ruturas de stocks nas próximas semanas

  • Lusa
  • 22 Novembro 2021

Governo transmite mensagem de tranquilidade sobre o abastecimento de bens nos setores agroalimentar e retalho. No entanto, Siza Vieira admite haver aumento de custos para produtores e intermediários.

O Governo transmitiu esta segunda-feira uma mensagem de tranquilidade sobre o abastecimento de bens nos setores agroalimentar e do retalho, depois da primeira reunião do grupo de trabalho que concluiu não haver problemas nem previsões de rutura de stocks.

“Não se verificou até ao momento nenhuma rutura de stocks, nem se prevê que possa ocorrer nas próximas semanas”, afirmou o ministro da Economia, Siza Vieira, no final da primeira reunião do grupo de trabalho de acompanhamento e avaliação das condições de abastecimento de bens nos setores agroalimentar e do retalho, criado em 16 de novembro.

Acompanhado pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e pelos secretários de Estado do Comércio, João Torres, e das Infraestruturas, Jorge Delgado, Siza Vieira deixou uma mensagem de “tranquilidade” sobre a possibilidade de problemas de abastecimento devido às perturbações significativas, como lhe chamou Siza Vieira, dos últimos meses face ao aumento de custos de transporte, energia e matérias-primas.

O grupo de trabalho vai reunir-se quinzenalmente, explicou Siza Vieira, para antecipar dificuldades de abastecimento de bens, mitigando problemas da cadeia de valor e aferir se poderão haver problemas de aprovisionamento de bens.

“A reunião confirmou que não existe carência de abastecimento ou rutura de stocks“, reafirmou o governante, explicando que, com o passar do tempo, se espera uma normalização da situação e que a economia se recomponha.

Mas Siza Vieira admitiu haver um aumento de custos para produtores e intermediários, aumento que está a ser absorvido pelos retalhistas, na sua maioria, e lembrou que a taxa de inflação em Portugal está abaixo da média europeia, mas admitiu que o aumento possa repercutir-se no consumidor.

“Temos [no grupo de trabalho] de acompanhar, mas não prevemos aumento muito significativo”, estimou Siza Vieira.

O Grupo de Acompanhamento e Avaliação das Condições de Abastecimento de Bens nos Setores Agroalimentar e do Retalho em Virtude das Dinâmicas de Mercado tem como missão avaliar e acompanhar as condições de abastecimento de bens nos setores agroalimentar e do retalho cujas dinâmicas de mercado sejam influenciadas pelo contexto global, designadamente ao nível dos ‘stocks’ de matérias-primas.

O grupo vai também avaliar e acompanhar os níveis de reserva e armazenamento daqueles bens, a execução dos contratos de fornecimento, nacionais e internacionais, daqueles bens, e “delinear, a título antecipatório, eventuais oportunidades de intervenção destinadas a manter ou restabelecer as normais condições de abastecimento”.

Segundo o despacho, o grupo de trabalho tem de apresentar aos membros do Governo, que subscrevem o despacho, um primeiro relatório de avaliação do contexto atual “no prazo de duas semanas a contar da data da publicação” do despacho, e ainda relatórios ordinários abreviados, com uma periodicidade quinzenal, ou extraordinários, quando necessidades concretas de adoção de medidas assim o determinem, e um relatório final.

O grupo é composto por 15 membros, incluindo representantes da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares (ADIPA), Associação Nacional de Armazenistas, Comerciantes e Importadores de Cereais e Oleaginosas (ACICO), Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) ou Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA).

O Governo já tinha criado, em março de 2020, um grupo para acompanhar a cadeia de abastecimento alimentar, com idênticos objetivos, e que se extinguiu com a apresentação do relatório final.

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Biden nomeia Powell para novo mandato à frente da Fed

O Presidente dos EUA reconduziu Jerome Powell à frente da Reserva Federal norte-americana. Biden indicou ainda Lael Brainard para o cargo de vice-presidente do banco central dos EUA.

Era um anúncio aguardado com expectativa: o Presidente dos EUA, Joe Biden, nomeou Jerome Powell para um novo mandato à frente da Reserva Federal norte-americana (Fed), o banco central dos EUA.

O anúncio põe termo a semanas de especulação em torno do novo presidente da Fed, com rumores de que Powell, 68 anos, poderia ser substituído no cargo de chairman da Fed pela governadora Lael Brainard. Em vez disso, Biden reconduziu Powell para um novo mandato e indicou Brainard para vice-presidente do poderoso banco central norte-americano, ficando com o pelouro da supervisão. Brainard, 59 anos, sucede a Richard Clarida, cujo mandato termina a 31 de janeiro de 2022. As nomeações terão agora de ser confirmadas pelo Senado, controlado pelos democratas.

“Como disse anteriormente, não podemos voltar ao ponto onde estávamos antes da pandemia, precisamos de reconstruir a economia melhor, e estou confiante de que o foco do chairman Powell e de Brainard em manter a inflação baixa, os preços estáveis e proporcionar um pleno emprego vai tornar a nossa economia mais forte do que nunca”, afirmou Biden em comunicado.

Os últimos meses foram marcados por uma intervenção ativa da Fed no apoio massivo à economia, em resposta ao impacto da pandemia, algo que foi destacado pela Casa Branca. “Powell teve uma liderança estável durante um período desafiador sem precedentes, incluindo a maior desaceleração económica da história moderna e ataques à independência da Fed”, disse.

“Durante esse período, Lael Brainard — uma das macroeconomistas de topo do nosso país — desempenho um papel de liderança chave na Fed, trabalhando com Powell para ajudar a impulsionar a recuperação económica robusta do nosso país”, frisou ainda a Administração Biden.

"Não podemos voltar ao ponto onde estávamos antes da pandemia, precisamos de reconstruir a economia melhor, e estou confiante de que o foco do chairman Powell e de Brainard em manter a inflação baixa, os preços estáveis e proporcionar um pleno emprego vai tornar a nossa economia mais forte do que nunca.”

Joe Biden

Presidente dos EUA

Enquanto esse processo de retoma prossegue, ameaçado por novas vagas de casos da Covid-19, a elevada inflação também tem motivado apreensão e pode obrigar a Fed a agir mais cedo do que o esperado, nomeadamente com a retirada dos estímulos e a subida dos juros do banco central. A maioria dos membros da Fed não antecipa uma subida dos juros até que se comece a reduzir as compras de títulos de dívida.

Após este anúncio, Wall Street abriu a sessão desta segunda-feira em alta: o S&P 500 soma 0,53%, o Dow Jones avança 0,44% e o tecnológico Nasdaq valoriza 0,57%, depois de ter superado os 16.000 pontos pela primeira vez na sexta-feira.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h38)

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Sword Health fecha ronda de 189 milhões. É o sexto unicórnio com cores nacionais

Com esta ronda a startup vai "acelerar a expansão global, intensificar o desenvolvimento de novas terapias digitais e recrutar 300 colaboradores em Portugal e globalmente durante os próximos meses".

A Sword Health fechou uma ronda de investimento série D de 189 milhões de dólares, tendo atingido o estatuto unicórnio. A startup portuguesa, que criou a primeira solução digital para o tratamento de patologias músculo-esqueléticas, está avaliada em dois mil milhões de dólares. É o sexto unicórnio com ADN nacional e a startup portuguesa mais rápida a atingir o estatuto unicórnio. Com esta ronda, a startup vai “acelerar a expansão global, intensificar o desenvolvimento de novas terapias digitais e recrutar 300 colaboradores em Portugal e globalmente durante os próximos meses”.

“Tem sido verdadeiramente gratificante ver o impacto que a Sword está a ter em milhares de pessoas em todo o mundo. Com esta nova ronda de financiamento, vamos acelerar a criação de valor para os nossos clientes, à medida que continuamos a construir a principal solução digital para tratamento de patologias músculo-esqueléticas no mundo dos cuidados de saúde, disponível em qualquer lugar e para todos”, diz Virgílio Bento, fundador e CEO da Sword Health, citado em comunicado.

A Sapphire Ventures liderou esta ronda de investimento, com a participação de novos e atuais investidores, como a General Catalyst, a Transformation Capital, a Khosla Ventures, a Founders Fund, a Bond, a Green Innovations, entre outros.

A ronda conhecida esta segunda-feira surge depois de a Sword Health ter levantado, em janeiro, 25 milhões de dólares numa ronda Série B, e de ter fechado em junho 85 milhões de dólares numa ronda Série C. Até ao momento, a startup recebeu mais de 320 milhões de dólares nas várias rondas de investimento.

Criada em 2015 pelo português Virgílio Bento, com sede tecnológica no Porto mas com presença à escala global, a Sword Health é a “startup portuguesa mais rápida a atingir o estatuto de unicórnio”, reforça a companhia. É o sexto unicórnio com ADN nacional, depois da Farfetch, Outsystems, Feedzai, Talkdesk e Remote, a última a atingir este estatuto.

O novo unicórnio marca ainda o reforça do ecossistema de startups em Portugal. As startups nacionais levantaram até setembro, mil milhões de dólares, e, ao ECO, durante a Web Summit, o secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, admitia que o país tinha “um pipeline muito grande de potenciais unicórnios que ao longo dos próximos meses vão chegar a esse patamar”.

“Portugal compara muito bem, porque temos em termos de rácio de unicórnios por milhão de habitantes, mais de duas vezes o que tem por exemplo a França ou a Alemanha, o que demonstra que, à nossa escala, estamos com uma performance de ecossistema melhor”, referiu ainda o secretário de Estado, à margem da apresentação da startup vencedora do programa Road 2 Web Summit.

A Sword Health é uma das startups com “maior crescimento nos EUA no último ano”. Segundo informa a empresa, a sua valorização disparou 20 vezes, o número de empresas clientes aumentou 12 vezes para mais de 150, tendo o número de minutos de terapia crescido dez vezes em apenas um ano. A empresa registou um “crescimento de três vezes do número dos seus colaboradores face ao ano passado, contando atualmente com mais de 250.”

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Nenhum banco cumpriu expectativas de gestão dos riscos climáticos e ambientais

  • Lusa
  • 22 Novembro 2021

O BCE afirmou que os bancos “estabeleceram planos para melhorar as práticas” ambientais, mas que “os progressos são demasiados lentos”. Nenhum banco está próximo de satisfazer todas as expectativas.

Nenhum dos bancos supervisionados pelo Banco Central Europeu (BCE) satisfaz as expectativas de gestão dos riscos climáticos e ambientais pela entidade monetária, o que pode exigir às instituições mais capital para os cobrir.

O BCE afirmou esta segunda-feira que os bancos “estabeleceram planos para melhorar as práticas”, mas que “os progressos são demasiados lentos”.

Os supervisores informaram os bancos sobre as principais deficiências e irão rever completamente as práticas em 2022.

O BCE publicou esta segunda-feira a sua primeira avaliação em grande escala sobre a forma como os bancos europeus se estão a adaptar à gestão dos riscos climáticos e ambientais, segundo as expectativas estabelecidas nas orientações de novembro de 2020.

O banco central europeu concluiu que os bancos tomaram as primeiras medidas para incorporar os riscos relacionados com o clima, mas que nenhum deles está próximo de satisfazer todas as expectativas de supervisão.

No total, a análise do BCE abrangeu 112 bancos que, em conjunto, possuem ativos no valor de 24 biliões de euros.

“Metade destes bancos espera que os riscos climáticos e ambientais tenham impacto no seu perfil de risco nos próximos três a cinco anos”, assinalou o BCE.

Todos os bancos que disseram não estar expostos a riscos relacionados com o clima apresentaram “deficiências significativas” na sua avaliação de risco.

Segundo o mesmo relatório, nenhum dos bancos planeou ações concretas para integrar os riscos climáticos e ambientais nas suas estratégias empresariais e menos de um quinto desenvolveu uma observação de indicadores-chave de risco.

Apenas um em cada três bancos tem planos adequados e metade não terá completado os seus planos até ao final do próximo ano.

Por outro lado, o BCE também identificou algumas “boas práticas”.

Segundo o banco central, dois terços progrediram na integração dos riscos relacionados com o clima na sua gestão do risco de reembolso do crédito, por exemplo, limitando o financiamento de atividades altamente expostas aos riscos climáticos.

Os bancos analisados também começaram a avaliar as certificações energéticas quando avaliam as garantias imobiliárias, embora a maioria ainda não inclua os resultados quando concedem empréstimos.

O BCE enviou aos bancos cartas para colmatarem as suas deficiências e alguns deles irão receber um requisito qualitativo como parte do processo de avaliação e revisão, podendo levar a que alguns tenham de apresentar mais capital.

O BCE vai publicar no primeiro trimestre de 2022 um relatório sobre a forma como os bancos fornecem informações sobre os riscos climáticos e ambientais, assim como comentários individuais aos bancos.

Depois disso, o BCE vai efetuar uma análise completa da forma como os bancos irão gerir estes riscos no primeiro semestre de 2022, sendo que enviará, ainda este ano, pedidos de informação a estas instituições financeiras.

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Federação de grupos de ação local rejeita exclusão do Acordo de Parceria

  • Lusa
  • 22 Novembro 2021

O Acordo de Parceria exclui o desenvolvimento local de base comunitária, de natureza multifundo, e, por conseguinte, os GAL, gestores destas medidas territoriais nos últimos períodos de programação.

A Federação Minha Terra, que reúne 60 grupos de ação local (GAL), disse esta segunda-feira que o desenvolvimento local de base comunitária (DLBC) foi excluído do Acordo de Parceria, o que “penaliza gravemente os territórios”.

Em comunicado, aquela entidade manifesta “insatisfação e preocupação por esta que [os GAL] consideram ser uma lacuna que penaliza gravemente os territórios, privando-os de dotações financeiras territorializadas que consolidem as estratégias de desenvolvimento local, o surgimento de ações e projetos delineados ao encontro das suas especificidades e a garantia política de maior equidade e coesão entre todas as regiões”.

O Acordo de Parceria, apresentado na semana passada pelo ministro do Planeamento, Nelson de Souza, “exclui o DLBC, de natureza multifundo, e, por conseguinte, os GAL, gestores destas medidas territoriais nos últimos períodos de programação”, explica a Federação Minha Terra, presidida pela Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça (Dueceira), com sede na Lousã, distrito de Coimbra.

“O objetivo estratégico 5 do Acordo de Parceria – ‘Portugal territorialmente mais coeso e mais próximo dos cidadãos’ – aparentemente induz a aposta e o reforço de processos participativos, mas na verdade propõe novas intervenções”, salienta.

É o caso das chamadas “parcerias para a coesão”, as quais, no seu entender, “mais não são do que uma tentativa de transcrever os princípios subjacentes à abordagem DLBC numa abordagem top-down, com um caráter opcional, sem expressão financeira e sem integrar sistemas de apoio ao investimento de base local ou à promoção do emprego, nem o reforço da governança local, princípios fundamentais de uma participação efetiva das comunidades”.

“Estamos em presença de um retrocesso no princípio do envolvimento dos cidadãos e das comunidades nos processos de participação e decisão sobre as políticas e apoios públicos que os afetam, iniciado no quadro de programação Portugal 2020, e que colocou o país como um bom exemplo europeu, quando decidiu mobilizar o DLBC multifundo no âmbito das políticas de coesão”, lamenta a coordenadora da Dueceira e presidente da Federação Minha Terra, Ana Souto, citada na nota.

Relativamente ao Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PAC), que define os apoios à agricultura e desenvolvimento rural, de 2023 a 2029, “as verbas para o Leader não compensarão a redução de financiamento por via da retirada dos apoios via Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e Fundo Social Europeu (FSE) do DLBC enunciada no Acordo de Parceria”.

“Não obstante propor [para o Leader] uma dotação ligeiramente acima do mínimo imposto pelo regulamento comunitário”, o Plano Estratégico da PAC traduz-se “numa opção minimalista e num corte expressivo de quase 50% em relação ao atual período de programação, em prejuízo das comunidades rurais de todo o país”, segundo a federação.

“Este panorama evidencia um total desrespeito e desconsideração pelo trabalho dos GAL” nos últimos 30 anos, critica, antecipando as posições que vai assumir no âmbito das consultas públicas em curso para estas matérias.

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“Portugal precisa de ser libertado da extrema-esquerda”, diz Salvador Malheiro

O diretor da campanha interna de Rui Rio defendeu que é preciso libertar o país da extrema-esquerda nas próximas eleições legislativas.

No dia em que formalizou a candidatura interna de Rui Rio, o diretor da campanha afirmou que “Portugal precisa de ser libertado da extrema-esquerda” para que o país consiga criar riqueza. Em declarações aos jornalistas, Salvador Malheiro disse estar confiante que a “militância de base” estará com o atual presidente do PSD no ato eleitoral de sábado.

A nossa estratégia é clara: queremos governar Portugal ao centro e nesse contexto estamos prontos para analisar os resultados que acontecerem no dia 30 de janeiro, nunca fechando a porta às forças políticas democráticas e tendo a perfeita consciência de que Portugal precisa de ser libertado da extrema-esquerda“, afirmou o presidente da câmara da Ovar, em declarações transmitidas pelas televisões.

Para o vice-presidente do PSD tem sido a governação à esquerda que tem impedido a criação de riqueza no país, algo que tem de ser invertido para que se consiga “proporcionar melhores condições de vida à classe média”.

O diretor da campanha interna de Rui Rio esteve esta segunda-feira na sede do PSD em Lisboa para formalizar a recandidatura do atual presidente do partido e para entregar a moção de estratégia “Governar Portugal”. Malheiro mostrou-se confiante na mobilização dos militantes de base, dos quais espera uma “força muito grande”.

Ao todo, estão registados para votar 46 mil militantes social-democratas, o que para o diretor de campanha de Rio é uma “amostra significativa” nos tempos pandémicos em que vivemos. Acresce que, para Malheiro, há muitos militantes que não percebem o porquê de haver eleições internas neste momento”.

Em relação à constituição das listas de deputados com que o PSD se vai apresentar às legislativas de 30 de janeiro, Salvador Malheiro garantiu que o “o bom senso há de prevalecer, mas é a comissão política nacional que tem de tratar disso e já iniciámos esse processo“. Tudo dependerá de quem vencer as eleições internas a 27 de novembro.

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Horários alargados para renovar e entregar Cartão de Cidadão vão manter-se

Em causa estão nove locais: oito lojas de cidadão (Laranjeiras, Marvila, Odivelas, Porto, Vila Nova de Gaia, Coimbra, Braga e Faro) e o balcão do Campus da Justiça.

O regime de Casa Aberta para a entrega e renovação do Cartão de Cidadão (CC) e do Passaporte vai manter-se, com algumas diferenças, em nove locais espalhados pelo país, anunciou a ministra da Justiça. Este prolongamento, entre 27 de novembro e 28 de fevereiro, deve-se ao facto de a medida que permitiu que os documentos caducados continuassem válidos vai terminar no final do ano, o que vai “gerar pressão adicional”.

Com a “pressão adicional” que se vai registar devido ao fim da validade dos CC que caducaram até fevereiro de 2020, no final de dezembro, o Governo entendeu que “faria sentido manter esta modalidade: manter o registo de aumento do tempo de atendimento, na generalidade dos locais que integravam o sistema Casa Aberta”, explicou Francisca Van Dunem, esta segunda-feira, em conferência de imprensa transmitida pela RTP3.

Em causa estão então nove locais: oito lojas de cidadão (Laranjeiras, Marvila, Odivelas, Porto, Vila Nova de Gaia, Coimbra, Braga e Faro) e o balcão do Campus da Justiça. “A única loja que não é incluída é a do Saldanha, uma vez que na avaliação que fazemos das lojas em Lisboa seria suficiente” o número que fica, esclareceu a ministra.

A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, também presente nesta conferência, sinalizou que o balanço da medida que alargou o atendimento nas lojas para resolver as pendências acumuladas durante o período pandémico é “muito positivo”, sendo que foram feitos cerca de 50 mil atendimentos de todos os serviços abrangidos.

Neste regime, os espaços abrangidos vão funcionar em horário alargado: entre segunda-feira e sexta-feira, das 8h00 às 20h00 e sábado das 8h00 às 15h00.

(Notícia atualizada com mais informação às 18h00)

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PCP “sempre” disponível para convergências para resolver problemas do país

  • Lusa
  • 22 Novembro 2021

Jerónimo de Sousa afirma que o PCP está sempre disponível para uma convergência que tenha como objetivo a resolução dos problemas do país.

O secretário-geral comunista sustentou esta segunda-feira que o partido está sempre disponível para uma convergência que tenha como objetivo a resolução dos problemas do país e disse que ainda é cedo para falar sobre listas para as legislativas.

“O PCP contará sempre para a convergência em torno de uma política capaz de enfrentar a difícil situação atual”, disse Jerónimo de Sousa, em conferência de imprensa, na sequência de uma reunião do Comité Central do partido, que decorreu no domingo.

Ladeado pelos dirigentes comunistas Teresa Chaveiro e Miguel Madeira, na sede do partido, em Lisboa, o secretário-geral do PCP advertiu que “a questão não é, em abstrato, sobre se se quer ou não convergir, mas sobre os conteúdos em torno dos quais se tem de convergir”.

“É essa a convergência, determinada, por uma política que abra perspetivas de resposta aos problemas nacionais, a que o PS foge”, completou.

O membro do Comité Central do PCP reforçou que durante a próxima legislatura, independentemente dos resultados do sufrágio de 30 de janeiro, o partido vai fazer “o máximo de convergência” quando as matérias assim o justificaram. Em “todas as medidas positivas” vai haver “a marca do PCP” garantiu.

Jerónimo de Sousa também foi questionado pelos jornalistas sobre se vai voltar a ser o rosto do PCP nas eleições legislativas. O dirigente do partido disse já disse em várias ocasiões que estava disponível para isso, se o partido assim o entender e se a saúde lhe permitir.

Na resposta, o membro do Comité Central comunista disse que o partido ainda está em “fase de preparação das listas, dos seus encabeçamentos, mas no plano pessoal não há grande novidade”.

O secretário-geral foi também interpelado sobre se há probabilidade de João Ferreira (dirigente comunista, vereador na Câmara de Lisboa, antigo eurodeputado e candidato a Presidente da República), Bernardino Soares (dirigente comunista e antigo presidente da autarquia de Loures) ou Vasco Cardoso (dirigente comunista) integrarem as listas pelo PCP.

Sobre esta matéria, Jerónimo de Sousa preferiu dizer que o conteúdo das listas vai ser conhecido “atempadamente”.

“Seria injusto que se comecem a anunciar candidatos de forma avulsa, quando se trata de listas. O encabeçamento é importante, mas a equipa, aqueles que estão colocados com possibilidade de ir a eleições também contam muito. Posso dizer-lhe que não vai assistir, como acontece particularmente nos partidos da direita, àquele frenesim e aquela estonteante forma de escolher os candidatos”, elaborou.

O secretário-geral do PCP também rejeitou as críticas de que o ‘chumbo’ do Orçamento do Estado tenha aberto a porta à direita: “O PCP abriu a porta ao PSD e ao CDS para os afastar do Governo [em 2015]”.

“Há aqui um problema de facto, a que o primeiro-ministro poderá responder. Porquê esta pressa em meter a mão na maçaneta? O futuro dirá”, completou.

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Greve nas rodoviárias privadas com adesão entre 60% e 100% no norte e centro

  • Lusa
  • 22 Novembro 2021

Os trabalhadores das empresas de transportes rodoviárias privadas estão contra as propostas de atualização salariais. A nova paralisação está marcada para o dia 2 de dezembro.

A greve de trabalhadores das transportadoras rodoviárias privadas que está a ser cumprida esta segunda-feira está a ter uma “forte adesão” no norte e centro do país, entre os 60% e os 100%, disse à Lusa o coordenador da Fectrans.

“É uma greve que está ao nível das greves anteriores, com uma forte adesão mais no centro e norte do país, onde inclusivamente houve empresas e locais de trabalho que nas anteriores não tinham estado em greve e que agora estão, com os locais de trabalho totalmente paralisados”, referiu o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira.

Segundo o dirigente sindical, naquelas zonas “há adesões que vão desde os 60% até aos 100%”, dependendo da empresa.

Os trabalhadores das empresas de transportes rodoviárias privadas cumprem esta segunda-feira 24 horas de greve, contra as propostas de atualização salariais que lhes foram apresentadas, tendo já estado em greve nos dias 20 de setembro e 01 de outubro e uma nova paralisação marcada para o dia 02 de dezembro.

Segundo a Fectrans, os níveis de adesão à greve de hoje mantêm-se estáveis, quando comparados com os das paralisações anteriores.

Se numa empresa ou outra possa ter decrescido, os números foram compensados pelo aumento da adesão noutras empresas”, explicou José Manuel Oliveira.

Assim, em Coimbra a adesão ronda os 60%, em Viseu os 90% e em Aveiro, onde as greves anteriores não tiveram uma adesão expressiva, há hoje empresas com adesões superiores a 50%, detalhou o responsável.

Já no sul do país “nem todas as empresas estão envolvidas”, referiu, mas “continua a haver uma boa adesão na Rodoviária de Lisboa, que tem sido uma empresa que tem estado num processo de luta muito grande”, bem como na Vimeca, onde a adesão está na ordem dos 50%.

Os níveis mais baixos de adesão registam-se nas regiões do Algarve e do Alentejo.

A Fectrans espera que estes valores se mantenham durante as restantes horas da paralisação.

A greve, anunciada em 05 de novembro, foi também subscrita pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA) e o Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM).

“Perante as propostas da ANTROP [Associação Nacional de Transportes de Passageiros] e Transdev de atualização salarial em 2022 de 10,5 euros por mês e 10 euros por mês, respetivamente, e após análise das organizações subscritoras da proposta comum, a Fectrans (STRUP e STRIN) e o SITRA decidiram avançar com um novo pré-aviso de greve para o próximo dia 22 de novembro e 02 de dezembro”, lê-se no comunicado divulgado na ocasião.

A greve abrange todos os trabalhadores das empresas privadas do setor rodoviário de passageiros, associadas na ANTROP e as da Transdev, onde se aplica o Contrato Coletivo de Trabalho Vertical (CCTV).

Na mesma nota, a Fectrans e o SITRA defenderam que as propostas dos patrões estão “muito distantes” das apresentadas pelos sindicatos, traduzindo-se “numa atualização de 0,33 euros por dia, que nem dá para beber mais um café”.

Os trabalhadores reivindicam o aumento do salário base do motorista para 750 euros, bem como uma atualização, na mesma percentagem, para os demais trabalhadores.

Por outro lado, exigem uma atualização do subsídio de refeição “nos mesmos termos percentuais” do aumento do salário do motorista e a redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas.

Os sindicatos reiteraram estar disponíveis para negociar propostas que permitam um acordo de valorização dos salários.

“São reivindicações que uniram os trabalhadores nas greves passadas e que continuam a ser razões para manter e ampliar a unidade na ação”, vincaram.

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Conversas sobre propriedade intelectual: o papel da inovação na retoma da economia

  • ECO
  • 22 Novembro 2021

A temática da propriedade intelectual dá o mote para um conjunto de debates organizados pela AIPPI e a ACPI. A primeira aconteceu dia 29 de novembro, sobre o papel da inovação na retoma da economia.

A Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual (AIPPI) e a Associação Portuguesa dos Consultores em Propriedade Intelectual (ACPI) vão dinamizar um conjunto de talks com o objetivo de debater a temática da propriedade intelectual e as várias áreas do quotidiano a que se aplica.

A primeira, dedicada ao tema “O papel da inovação na retoma da economia”, pretende encontrar respostas para questões como: Que papel desempenha a inovação no contexto do relançamento da economia portuguesa, sobretudo no atual contexto pós-pandemia?; Como se inova e como se retira valor da inovação?; A proteção da inovação é indispensável para assegurar direitos económicos aos seus titulares, capazes de gerar valor, sendo efetivados na criação de marcas, processos e produtos. A inovação e os direitos que lhes estão associados são ativos das empresas, que podem ser licenciados ou transferidos. Para tanto, precisam de ser protegidos ou salvaguardados. As empresas portuguesas estão conscientes desta realidade?; Têm políticas para esta dimensão de proteção quando iniciam os seus processos de inovação?; Inovar é um custo ou investimento?; Precisamos de inovação para crescer?

Estas e outras questões estiveram em debate numa conversa de 40 minutos que contará com a presença de Gonçalo de Sampaio, Presidente da AIPPI e de João Pereira da Cruz, presidente da ACPI, que terão como convidados Pedro Reis, ex-presidente da AICEP e atual candidato a Bastonário da ordem dos Economistas, e Ana Lehmann, ex-secretária de Estado da Indústria e Docente Universitária. André Veríssimo, redator principal do ECO, ficará a cargo da moderação do debate.

Assista aqui:

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Abreu Advogados assessora o Grupo Sacoor no lançamento da nova marca

A equipa da Abreu Advogados foi liderada por César Bessa Monteiro, jr, sócio da área de Societário, Comercial e M&A.

A Abreu Advogados prestou assessoria jurídica ao Grupo Sacoor no âmbito do lançamento da sua nova marca Sacoor Blue, um novo conceito com foco nas questões ambientais e na sustentabilidade.

Já presente no Almada Forum, Alegro Setúbal, Alegro Montijo, Alegro Sintra e no Mar Shopping Matosinhos, e com previsão de abertura de mais seis lojas até ao final do ano, a marca Sacoor Blue tem como público-alvo as gerações mais jovens e apresenta roupa produzida com algodão orgânico e fibras recicladas.

A equipa da Abreu Advogados foi liderada por César Bessa Monteiro, jr, sócio da área de Societário, Comercial e M&A, e contou com a participação do associado João Amaral Cabral, da advogada estagiária Sofia Lopes Agostinho e da solicitadora Maria José Ricardo.

 

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Efacec assinou este ano contratos internacionais de valor superior a 220 milhões de euros

  • Lusa
  • 22 Novembro 2021

Em comunicado, a Efacec diz apresentar "resultados alinhados com o plano de negócio para este período, superando em mais de 35 milhões de euros o período homólogo".

A Efacec assinou este ano novos contratos internacionais de valor superior a 220 milhões de euros na Europa, América Latina e Emirados Árabes Unidos, numa carteira global “superior a 500 milhões de euros”, anunciou a empresa esta segunda-feira.

Em comunicado, a Efacec – que atua nos setores da energia, engenharia e mobilidade e está em processo de reprivatização – diz apresentar “resultados alinhados com o plano de negócio para este período, superando em mais de 35 milhões de euros o período homólogo”. “Os projetos comprovam a competitividade da empresa e o reconhecimento da sua excelência em território nacional e além-fronteiras”, sustenta.

Em Espanha, a Efacec recorda estar “presente há mais de 20 anos de forma significativa, com uma relevante quota de mercado junto das ‘utilities’ espanholas” e “contratos emblemáticos com as principais operadoras”, tendo atualmente em curso o fornecimento e instalação de dois transformadores de 165 MVA (megavolt-ampere) e 185 MVA 132/30 kV (quilovolt), destinados a um parque solar que vai beneficiar 50.000 famílias com energia limpa”.

Segundo salienta, trata-se de “um projeto que representa mais uma grande contribuição para a produção de energia renovável, evitando a emissão de gases nocivos e apoiando a transição energética sustentável”.

Ainda no mercado espanhol, a Efacec diz estar a executar um contrato iniciado em 2021 e associado ao fornecimento de vários transformadores de potência “para uma das maiores empresas na área”, perfazendo um total superior a 30 milhões de euros, a ser concluído até dezembro de 2024. “Estes contratos de longa duração refletem o reforço da confiança nas competências da marca Efacec, assim como na capacidade de entrega de equipamentos, fator crítico para a rede de energia do mercado espanhol”, considera.

Em França, onde atua “há mais de 30 anos” com projetos nas áreas de aparelhagem, transformadores, automação, mobilidade elétrica e ‘service’, a Efacec contratou com “uma empresa de referência” o fornecimento de transformadores de potência até 2027, num projeto orçado em cerca de 100 milhões de euros.

Ainda no negócio dos transformadores, a empresa portuguesa de energia, engenharia e mobilidade diz ter assinado contratos no Reino Unido, Holanda e Portugal de valor superior a 30 milhões de euros e que “têm vários tempos de execução, desde 2023 a 2027”.

no âmbito da estratégia de exportação da área de transformadores para os mercados da América Latina, onde afirma ter vindo a construir “fortes relações com diversas ‘utilities’ na Argentina, Colômbia, Chile e Panamá”, a Efacec “foi contratada para modernizar várias subestações da rede de distribuição até 2023”.

No mercado italiano, a Efacec vai estrear-se com a execução de “um contrato na área de aparelhagem acima dos 20 milhões de euros”, enquanto em Portugal diz estar a “fortalece[r] a sua atuação no mercado da automação com o fornecimento de sistemas de comando e proteção para a remodelação de subestações de energia”. Ambos os contratos serão executados em 2022.

No seguimento do recente lançamento de uma nova gama de soluções para mobilidade elétrica, a Efacec reporta ainda a assinatura de três novos contratos no Luxemburgo, Portugal e Emirados Árabes Unidos, para fornecimento de “produtos mais sustentáveis e preparados para a digitalização e indústria 4.0”. “Estas soluções são cruciais para um mundo mais sustentável e vão ao encontro das maiores exigências do mercado, marcando o futuro da sociedade”, assegura.

Citado no comunicado, o administrador da Efacec responsável pela área comercial, Michael Silva, afirma: “Todos estes projetos são um orgulho para a empresa e reforçam a nossa presença em Portugal e no mundo. Comprovam o reconhecimento do nosso ‘know-how’ junto dos maiores players nas áreas da energia, mobilidade e ambiente e motivam-nos a trabalhar sempre para a excelência”.

Os trabalhadores da Efacec anunciaram na passada sexta-feira novas greves para os dias 30 de novembro, 9 e 16 de dezembro, exigindo ao Governo a compra de matérias-primas, contestando a reprivatização e reclamando a demissão da administração da empresa.

Segundo avançou à agência Lusa fonte do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site-Norte), as greves decorrerão entre as 14 e as 16 horas, à semelhança do que já aconteceu na paralisação do passado dia 10. As novas greves surgem na sequência das paragens de laboração vários setores da empresa reportadas pelos trabalhadores e que o sindicato atribui à falta de liquidez para adquirir matérias-primas e pagar a fornecedores.

O Site-Norte tem vindo a reclamar a intervenção do Governo, enquanto “dono da Efacec”, para garantir que a empresa dispõe das matérias-primas necessárias para retomar a atividade com normalidade. Num comunicado divulgado na sequência da greve do passado dia 10, a administração da Efacec garantiu, contudo, que a empresa continua “a responder aos pedidos de clientes, a prestar serviço e a desenvolver novos projetos”.

“A empresa tem sentido o impacto global em todos os setores e áreas, devido à disrupção nas cadeias de abastecimento, causada pela pandemia, mas a produção mantém um ritmo variável dependendo das encomendas que tem em curso”, sustentou na altura.

O Governo pretende que o processo de reprivatização dos 71,73% do capital social da Efacec atualmente nas mãos do Estado esteja concluído antes do final do ano, tendo a resolução do Conselho de Ministros que aprovou a terceira fase do processo de reprivatização, admitindo a participação dos dois grupos que apresentaram propostas vinculativas – DST SGPS e Sing – Investimentos Globais –, sido publicada em 08 de setembro em Diário da República.

Ao jornal Público, a Parpública adiantou que a terceira fase de negociações “iniciou-se no passado dia 28 de setembro, com diversos encontros com os investidores interessados na aquisição da referida participação social, devendo as propostas finais ser recebidas dentro de cerca de três semanas”.

A aprovação em Conselho de Ministros do decreto de lei para nacionalizar 71,73% do capital social da Efacec decorreu da saída do capital de Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, na sequência do envolvimento no caso ‘Luanda Leaks’, no qual o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou mais de 715 mil ficheiros que detalham alegados esquemas financeiros da empresária.

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