Hoje nas notícias: Montepio, CTT e Rendeiro

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Banco Montepio deverá ter prejuízos de “dezenas de milhões” de euros este ano. Os CTT têm mais de meio milhão de encomendas paradas em armazéns, enquanto na Autoeuropa haverá, em breve, um novo diretor-geral. Destaque ainda para João Rendeiro que terá “escondido” cerca de 21 milhões de euros numa conta offshore.

Montepio com “dezenas de milhões” de prejuízo este ano

O Banco Montepio foi o único a manter-se no vermelho, nos primeiros seis meses de 2021, e deverá fechar o ano com prejuízos de “algumas dezenas de milhões” de euros. Essa informação é avançada pelo presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, Virgílio Lima, que prevê que o regresso aos lucros acontecerá no próximo ano. O Montepio tem sido fortemente afetado pela crise pandémica. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

CTT têm mais de meio milhão de encomendas paradas no armazém

Os CTT garantem que já trataram mais de 450 mil encomendas com origem extracomunitária desde o início de julho, mas têm, nas suas instalações, mais de meio milhão de pacotes a acumular-se por causa da cobrança de IVA em todas as encomendas vindas de fora do espaço comunitário. As queixas dos clientes multiplicam-se e, sem capacidade de resposta, a empresa ter-se-á visto mesmo forçada a recorrer a outros armazéns para guardar as encomendas. Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

João Rendeiro esconde 21 milhões de euros em offshore

O ex-presidente do BPP, João Rendeiro, terá tido movimentos de mais de 21,88 milhões de euros numa conta bancária, na Suíça, de uma sociedade offshore — a Oltar Investments Ltd tinha sede nas Ilhas Virgens Britânicas, nas Caraíbas –, da qual Rendeiro era o seu último beneficiário. Três meses após renunciar à presidência do BPP, em março de 2009, terá transferido pelo menos 7,83 milhões de euros para uma conta em Singapura, país para onde terá fugido à Justiça. Estes dados constam num relatório do Fisco sobre o património dos ex-administradores do BPP. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

CEO da Autoeuropa vai ser substituído por gestor estrangeiro

Miguel Sanches vai ser substituído na liderança da Autoeuropa pelo alemão Thomas Hegel Gunther. O atual diretor-geral ocupa o cargo desde o final de 2015 e está agora de saída para o Brasil, onde poderá vir a preencher o cargo de vice-diretor de operações da VW Brasil. A administração da Autoeuropa não faz, pelo menos para já, comentários, sendo que o calendário para estas mudanças ainda não é conhecido. Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Empresas impedidas de questionar trabalhadores sobre estado de vacinação à Covid

A partir desta sexta-feira, dia em que entram em vigor as novas regras de desconfinamento, as empresas é que decidem sobre o uso da máscara no local de trabalho. Porém, não podem perguntar aos trabalhadores se estão vacinados ou não e, muito menos, usar essa informação de alguma maneira, de acordo com juristas. Estas regras constam de dois diplomas publicados na quarta-feira, sem que nenhum deles faça referência à vacinação. Ainda assim, houve empresas que admitiram ao Público que os serviços de medicina no trabalho estavam a questionar os trabalhadores, como a Galp e a TAP, embora sublinhem que a resposta é “voluntária”. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

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Contas da Mutualista Montepio aprovadas por “maioria inequívoca”

  • ECO
  • 1 Outubro 2021

Associados aprovaram as contas negativas depois de saberem que a Associação Mutualista Montepio Geral registou entre janeiro e agosto de 2021 um resultado líquido positivo de 16 milhões de euros.

As contas da Mutualista Montepio passaram no escrutínio dos associados. Os resultados negativos foram aprovados por uma maioria esmagadora de 97,28% de votos a favor, durante uma assembleia geral ordinária em que Virgílio Lima revelou que até agosto os valores inverteram para positivo, chegando os lucros aos 16 milhões de euros.

“A assembleia de associados aprovou as contas por maioria inequívoca, depois de os associados terem sido amplamente informados sobre o desempenho muito positivo registado já em 2021, com crescimento do número de associados, da margem financeira, dos resultados e dos indicadores de eficiência”, diz o presidente da Mutualista em comunicado.

A Associação Mutualista Montepio Geral registou entre janeiro e agosto de 2021 um resultado líquido positivo de 16 milhões de euros, “além de um crescimento da margem associativa para 89 milhões de euros (até setembro), depois da reposição de 147 milhões de vencimentos até 30 de setembro, e um aumento do número de associados para 602.822”, diz a Mutualista.

“Ninguém tem orgulho de resultados negativos [de 89 milhões de euros registos em 2020], mas enche-nos de orgulho o caminho de recuperação que o Grupo Montepio regista já nesta data e o desempenho de todos os nossos colaboradores nos anos de 2020 e 2021, num quadro de restruturação ao nível do Grupo”, acrescenta o responsável da associação.

Virgílio Lima aproveitou para salientar, no âmbito da reestruturação, a simplificação no número de entidades instrumentais, mas também o ajustamento do número de balcões e das equipas de trabalho, numa base sempre voluntária“.

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Já pode usar o saldo que acumulou no IVAucher. Veja como funciona

O saldo acumulado nas compras feitas na restauração, alojamento e cultura pode ser usado nestes setores entre outubro e dezembro, no programa IVAucher. Saiba como.

A partir de 1 de outubro já é possível começar a gastar o saldo acumulado no programa IVAucher, com compras nos setores da restauração, alojamento e cultura. Esta fase dura até 31 de dezembro e permite ter descontos de até 50% nos setores abrangidos, através de um reembolso feito pelos bancos que aderiram ao programa.

Para começar, primeiro que tudo, tem de saber quanto acumulou, nas compras nos setores abrangidos entre junho e agosto. Para ter acumulado IVA tem que ter feito compras na restauração, alojamento e cultura e pedido fatura com NIF. Para saber o saldo, basta ir à app E-Fatura ou ver no no Portal E-fatura, sendo que o apuramento final do montante foi feito durante o mês de setembro.

À esquerda, o saldo do IVAucher; à direita, a opção para ver a lista das faturas.Flávio Nunes/ECO

Sabendo quanto saldo tem para gastar, tem de aderir ao programa para o poder descontar. A adesão, que pode ser feita no Portal do IVAucher ou na rede de clientes Saltpay, consiste em registar o NIF, nome, email e número de telemóvel, não sendo necessário associar os cartões de pagamentos. A adesão é possível, no limite, até ao último dia do programa, ou seja, até ao dia 28 de dezembro.

Para poder utilizar o saldo “terá de utilizar cartões de pagamento que pertençam à rede de bancos aderentes”, lê-se no Portal. A lista de bancos aderentes está em atualização e pode ser consultada no Portal, sendo que contempla já mais de 15 instituições financeiras.

Tendo feito a adesão, já é possível começar a gastar o saldo, o que apenas pode ser feito nos setores abrangidos, sendo que são elegíveis os estabelecimentos de restauração, alojamento e espaços de cultura (cinemas, teatros e outras salas de espetáculo) cujo CAE principal conste da lista do programa, se o comerciante estiver registado no IVAucher. Em caso de dúvida, pode procurar o selo IVAucher nos estabelecimentos.

Nesses locais, faz-se o pagamento de forma normal, com um cartão dos bancos aderentes. Depois, é do saldo IVAucher do NIF associado ao cartão de pagamento que será descontado o benefício, pelo que o cartão tem de ser do consumidor. Além de usar diretamente os cartões bancários, também poderá utilizar a aplicação para smartphones MB Way, da SIBS, para usufruir dos descontos, bastando que o cartão associado seja de um banco aderente.

Assim, o consumidor paga a totalidade da fatura, e é depois reembolsado até um máximo de 50% do valor da despesa, no prazo de dois dias úteis na conta bancária associada ao cartão de pagamento utilizado. Desta forma, se for jantar a um restaurante e a conta for de 20 euros, o desconto pode ser de até 10 euros, dependendo do saldo que acumulou.

Quanto à utilização do saldo em plataformas digitais, esta deverá ser possível, sendo que no Portal é dada a indicação de que está a ser trabalhada a integração neste tipo de intermediários. A lista de plataformas digitais aderentes estará disponível na página no arranque da fase de utilização.

De referir ainda que os montantes que não forem utilizados no âmbito deste programa, serão depois considerados para efeitos das referidas deduções à coleta em sede de IRS.

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Senado dos EUA aprova orçamento provisório para evitar paralisação do Estado federal

  • Lusa
  • 1 Outubro 2021

Lei permitirá financiar as atividades da administração Biden até 03 de dezembro, altura em que democratas e republicanos terão de alcançar um novo acordo para evitar fechar as portas.

O Senado dos Estados Unidos aprovou um orçamento temporário que terá ainda de ser adotado pela Câmara dos Deputados e promulgado esta quinta-feira, 30 de setembro, pelo Presidente, Joe Biden, para evitar a paralisação dos serviços do Estado federal.

O texto, que prevê a prorrogação do orçamento até 03 de dezembro, foi aprovado com apoio de republicanos e também de democratas.

A iniciativa ultrapassou a barreira dos 60 votos que precisava para ser aprovada (65 votos a favor e 35 contra) e, agora, segue para debate na Câmara dos Deputados, onde deverá receber a anuência sem problemas e tornar-se lei com a assinatura do Presidente dos Estados Unidos.

O líder da maioria democrata, Chuck Schumer, saudou o “raro momento de união”.

“Há tanto a resolver aqui”, disse, aludindo à ameaça de ‘default’ soberano dos Estados Unidos e às acaloradas negociações no Congresso em torno dos planos de investimento de Biden.

Democratas e republicanos chegaram a um acordo nas últimas horas para evitar que a principal potência mundial fique sem fundos já a partir de sexta-feira, o que teria um impacto negativo na economia dos Estados Unidos e também na mundial.

“São boas notícias. O Senado aprovou hoje uma resolução que elimina a possibilidade de o Governo encerrar esta noite”, salientou Schumer.

A lei permitirá financiar as atividades da administração Biden até 03 de dezembro, altura em que democratas e republicanos terão de alcançar um novo acordo para evitar fechar as portas.

Desde 1976, quando as novas leis orçamentais foram aprovadas, o Governo ficou sem fundos cerca de 20 vezes, embora na maioria delas tenha sido apenas por um dia.

A paralisação governamental mais longa, de 35 dias, ocorreu durante a presidência de Donald Trump (2017-2021) devido a divergências sobre os fundos para o muro que queria construir na fronteira com o México.

Quando o Governo fica sem fundos, a maioria das agências governamentais, museus e parques nacionais fecham portas, enquanto centenas de milhares de funcionários federais ficam temporariamente desempregados e sem remuneração.

Desta vez, o debate sobre o financiamento do governo foi afetado pela batalha entre democratas e republicanos para aprovar a suspensão do teto da dívida e evitar que os Estados Unidos deixem de pagar a dívida nacional a partir de 18 de outubro.

Inicialmente, os democratas condicionaram a aprovação de uma lei para evitar a paralisação do governo ao teto da dívida. No entanto, nos últimos dias, tiveram de separar as duas iniciativas porque os republicanos opõem-se à suspensão do limite do nível de endividamento dos Estados Unidos.

Segundo Schumer, a próxima batalha sobre o teto da dívida pode acontecer “já na próxima semana”, quando o Senado analisar um projeto de lei que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados para evitar a suspensão de pagamentos.

Os republicanos, porém, já alertaram que vão bloquear a medida, que pode colocar mais uma vez em risco a economia norte-americana numa altura em que ainda está a tentar superar os efeitos da pandemia.

O trabalho para manter os serviços federais em funções serviu de pano de fundo num dia caótico para os democratas, que lutavam para definir as principais prioridades domésticas de Biden.

Com energia focada na agenda de Biden, os democratas recuaram, porém, no confronto sobre o limite da dívida na conta de financiamento do governo, decidindo desvincular o teto de empréstimos por insistência dos republicanos.

A secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, já alertou que, se esse limite não for aumentado até 18 de outubro, os Estados Unidos poderão, provavelmente, enfrentar uma crise financeira e uma recessão económica.

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5 coisas que vão marcar o dia

Serão conhecidos indicadores como a dívida pública e a inflação na Zona Euro, no dia em que arranca a fase de utilização do saldo acumulado no programa IVAucher.

O último dia da semana marca uma nova fase no plano de desconfinamento, com o levantamento de várias restrições que tinham sido aplicadas durante a pandemia, bem como o início da fase de utilização no programa IVAucher, no qual os consumidores podem ter descontos com base no saldo acumulado nas compras na restauração, alojamento e cultura. Serão também conhecidos indicadores como a dívida pública em agosto e a inflação na Zona Euro, isto no dia em que o Parlamento debate o Estado da União, numa discussão onde o Governo marca presença.

Como evoluiu a dívida pública?

O Banco de Portugal vai divulgar os dados relativos à dívida pública em agosto. Em julho, a dívida pública, na ótica de Maastricht (a que interessa a Bruxelas), caiu 2,9 mil milhões de euros para os 274,6 mil milhões de euros, depois de ter atingido um novo máximo no mês anterior. Para além disso, a instituição liderada por Mário Centeno publica também dados sobre as taxas de juro e os montantes dos novos empréstimos.

Eurostat divulga inflação na Zona Euro

O Eurostat publica esta sexta-feira a estimativa rápida da inflação para a Zona Euro. O gabinete de estatísticas da União Europeia dá também a conhecer vários outros indicadores, nomeadamente sobre o fator de produção de trabalho, o envelhecimento na Europa, bem como as licenças para construção e a produção e comércio de café em 2020.

Arranca fase de utilização do saldo do IVAucher

Começa esta sexta-feira a fase em que pode gastar o saldo que acumulou no programa IVAucher. Este programa, destinado a estimular o consumo nos setores da restauração, alojamento e cultura, mais afetados pela pandemia, permitiu a acumulação de IVA nas compras entre junho e agosto. Agora, entre outubro e dezembro, o saldo poderá ser utilizado em compras nestes mesmos setores, dando um desconto máximo de 50%.

Entra em vigor novo levantamento de restrições da Covid-19

Portugal entra esta sexta-feira na terceira e última fase do plano de desconfinamento, que representa um grande alívio nas medidas aplicadas no último ano e meio. Os bares e as discotecas voltam a abrir portas, as máscaras e os certificados deixam de ser obrigatórios em vários setores e terminam os limites impostos aos horários e lotação das atividades.

Governo debate Estado da União

Toma lugar esta quinta-feira de manhã, na reunião plenária no Parlamento, o debate relativamente ao Estado da União, que vai contar com a participação do Governo. Esta discussão ocorre porque a Assembleia da República tem de se pronunciar, bem como fazer o acompanhamento e a apreciação, sobre o processo de construção da UE.

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Famílias pagam luz e gás mais caros em outubro

A 1 de outubro, a luz volta a aumentar 3% no mercado regulado, como aconteceu em julho. A culpa é da escalada de preços no Mibel, que também deve afetar o mercado livre. Já o gás sobe para todos.

Pela segunda vez em 2021, algo nunca visto antes em Portugal, as faturas de eletricidade das 993 mil famílias que permanecem no mercado regulado vão subir mais 3% a partir desta sexta-feira, 1 de outubro. Isto depois de um primeiro aumento de 3% já decretado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos e que entrou em vigor a 1 de julho.

Para a maioria dos clientes domésticos do mercado regulado, com potência contratada de 3,45 kVA, a nova atualização será agora de mais 1,05 euros na fatura média mensal. No entanto, para os casais com dois filhos e potência contratada de 6,9 kVA, há que voltar a somar 2,86 euros à conta da luz, tal como já fizeram em julho.

A ERSE justifica esta decisão com a subida continuada dos preços da energia elétrica no mercado grossista de eletricidade ibérico, onde o mês de setembro fechou com o preço médio mensal mais alto de sempre: 156,53 euros por MWh. Entretanto, outubro arranca hoje com um máximo histórico de 216,01 euros por MWh.

Daqui a duas semanas, a 15 de outubro, o regulador apresenta a sua proposta tarifária para 2022, que só ficará fechada a 15 de dezembro. O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, já se adiantou e veio anunciar que o preço da eletricidade não aumentará no mercado regulado no próximo ano, indo até mais longe: “Não excluo que, ainda de forma marginal, os preços possam baixar”.

Para conseguir que 20% das famílias portuguesas não tenham um aumento dos preços da luz no próximo ano, o Governo revelou um pacote de medidas no valor total de 815 milhões de euros. Cabe agora ao regulador fazer as contas.

Como fica a fatura de quem está no mercado livre?

Quanto ao mercado livre, onde está a esmagadora maioria dos consumidores domésticos (80%), o Governo aí não tem poder de intervenção e não pode comprometer-se com tarifas mais baixas em 2022, mas o ministro lembrou que as ofertas reguladas têm sido sempre mais caras. Se este cenário se inverter, os consumidores podem regressar ao mercado regulado “num piscar de olhos”, frisou o ministro, admitindo também “conversar com comercializadores, se for necessário”.

A ERSE admite que a escalada de preços no Mibel já levou muitos comercializadores que operam no mercado livre a fazer uma “revisão em alta das condições de preço para novos contratos de fornecimento de eletricidade desde o início do ano”.

No entanto, a EDP mantém que “não vai alterar os preços para os clientes domésticos ao longo de 2021, quer para os clientes atuais, quer para novos clientes que queiram aderir à empresa”. A elétrica continua a acompanhar com atenção a subida dos preços no mercado grossista e está a aguardar pela proposta tarifária da ERSE a 15 de outubro.

Também a Galp sublinha que tem vindo a garantir nos últimos meses que o aumento do custo de energia não é refletido nos clientes domésticos.

Pelo contrário, Endesa e Iberdrola admitiram já rever em alta os valores dos seus tarifários de energia para clientes domésticos no contexto da continuada escalada de preços no mercado grossista ibérico (Mibel), que se agravou em agosto e setembro.

Preços do gás sobem em outubro tanto no mercado livre como no regulado

No gás, o cenário já é diferente. Além da subida de 0,3% nos preços do mercado regulado que entra em vigor também esta sexta-feira, 1 de outubro, EDP e Galp já avisaram os seus clientes que também vão ver as faturas aumentar neste mês.

No regulado, o aumento abrange cerca de 243,5 mil consumidores, que permanecem no comercializador de último recurso, e representam cerca de 2% do consumo nacional.

De acordo com os cálculos da ERSE, para um casal sem filhos [consumo tipo 138m3/ano], com uma fatura média mensal de 10,90 euros, o aumento será de 0,04 euros. Para um casal com dois filhos [consumo tipo 292m3/ano] e uma fatura média mensal de 20,23 euros a variação será de 0,07 euros por mês.

“Apesar da redução da tarifa de acesso às redes, perspetiva-se uma subida no custo de aprovisionamento do gás natural, o que justifica o acréscimo nas tarifas transitórias de venda a clientes finais”, diz a ERSE.

No mercado livre, a EDP já confirmou que vai atualizar os preços do gás a partir de 1 de outubro, em linha com a decisão da ERSE. A atualização será de 14 cêntimos por mês para os casais sem filhos (perfil 1 definido pelo regulador), 6 cêntimos mensais para casais com dois dependentes (perfil 2) e de 19 cêntimos por mês para famílias numerosas (perfil 3, quatro dependentes)

O mesmo disse a Galp, que vai “atualizar a 1 de outubro os preços finais, uma atualização que decorre nos termos contratualmente previstos e que reflete o aumento do custo da aquisição de gás natural, bem como as tarifas de acesso às redes aprovada pela ERSE”. Nesta comercializadora, o impacto mensal será traduzido em “acréscimos médios entre os 50 e os 84 cêntimos nas tipologias de consumo mais representativas”.

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Setor automóvel em crise pede ao Governo regresso do lay-off simplificado

Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) vai reunir-se esta sexta-feira com o ministro da Economia para pedir o regresso do lay-off simplificado.

A indústria dos componentes automóveis está a sofrer com a grande instabilidade que atravessa o setor automóvel em paragens sucessivas devido à falta de semicondutores. Uma situação que deveria estar resolvida até final deste ano, mas que agora já se admite estar regularizada apenas em 2023. Por isso, a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) vai reunir-se esta sexta-feira com o ministro da Economia para pedir o regresso do lay-off simplificado.

“Dada a situação altamente instável devido à escassez de semicondutores defendemos o regresso do lay-off simplificado para o setor”, disse ao ECO, o secretário-geral da AFIA. Adão Ferreira recorda que os clientes, ou seja, os construtores automóveis, estão parados devido à falta de chips e semicondutores — a que acrescem nos últimos tempos falta de algumas matérias-primas como o alumínio — e “por arrasto levam os seus fornecedores. É um efeito dominó“, frisa Adão Ferreira.

Com o lay-off simplificado, as empresas podem cortar os horários de trabalho ou até suspender os contratos firmados com os seus trabalhadores. Além disso, ao abrigo deste regime extraordinário, as empresas recebiam da Segurança Social um apoio para o pagamento dos salários e beneficiam da isenção (total) das contribuições sociais. Este apoio correspondia a 100% do salário (até 1.995 euros). Só eram elegíveis as entidades empregadoras que se encontrem sujeitas ao dever de encerramento de instalações por determinação do Governo, no âmbito da pandemia. Mas com o processo de vacinação a abranger quase 85% da população nacional e o país a entrar na última fase de desconfinamento na sexta-feira, este apoio deixou de estar disponível.

Mas a AFIA levou a acabo um questionário junto dos seus associados para saber qual a sua previsão até ao final do ano e a conclusão é que as coisas se vão agravar e as perdas serão mais avultadas do que em 2019. A situação depende de empresa para empresa, mas para a maior parte dos associados as perdas serão superiores a 10% face a 2019.

Com grandes construtoras automóveis, como a Autoeuropa em paragens sucessivas, as empresas de componentes têm dificuldade em ajustar a sua produção. A Autoeuropa tem as linhas de montagem novamente paradas até 4 de outubro, a segunda paragem desde que regressaram de férias. Já nessa altura a construtora admitia que seria obrigada a parar mais vezes até ao final do ano e voltar a recorrer ao lay-off.

Já a Continental Antenna, por exemplo, decidiu reduzir a semana de trabalho para quatro dias. A unidade de Vila Real da Continental é uma das principais fabricantes mundiais de antenas para veículos e a quase totalidade da sua produção é exportada. Os mais de 500 funcionários vão ter, temporariamente, a sexta-feira de férias. A paragem “é transitória” e a solução “ajustada às exigências do momento”, explicou o CEO Miguel Pinto, sublinhando que acredita “no célere regresso à normalidade”. O responsável disse ainda que as interrupções causadas pela crise imposta pela Covid-19 provocaram uma “extrema volatilidade em toda a indústria automóvel”.

Mas o caso mais extremo é mesmo o da Saint-Gobain, produtora de vidros para a indústria automóvel, que fechou portas e está em processo de despedimento coletivo. Ao fim de de um mês de negociações, a empresa deu por terminado o processo negocial que mantinha com os representantes dos trabalhadores, “e anunciou que vai avançar com o processo formal de despedimento coletivo dos 130 colaboradores.

Caso a situação do setor automóvel se mantenha em contraciclo este pode não ser caso único na indústria.

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Chegou o dia “D”. Saiba o que muda com a terceira fase do desconfinamento

A partir desta sexta-feira, Portugal aproxima-se do antigo "normal". Das discotecas aos restaurantes, passando pelas máscaras e até ao certificado digital, saiba tudo o que vai mudar.

Chegou o “dia D”. Portugal entra esta sexta-feira na terceira e última fase do plano de desconfinamento. Não é a libertação total, mas representa um grande alívio nas medidas face às aplicadas no último ano e meio. Os bares e as discotecas voltam a abrir portas, as máscaras e os certificados deixam de ser obrigatórios em vários setores e terminam os limites impostos aos horários e lotação das atividades.

Portugal está “agora em condições de poder avançar para a terceira fase” do desconfinamento, disse o primeiro-ministro na semana passada, em conferência de imprensa após Conselho de Ministros. Com o país a escassas décimas de ter 85% da população com a vacinação completa, Portugal dá assim um passo em frente, sendo que a responsabilidade individual e a avaliação do risco passam a ser determinantes no combate à pandemia. Mas, afinal, o que muda?

Bares e discotecas voltam a abrir portas com certificado Covid

Esta é uma das grandes novidades. A partir desta sexta-feira, os bares e discotecas voltam a abrir portas, mediante apresentação do certificado digital numa das seguintes modalidades: de vacinação (com a vacinação completa há mais de 14 dias), de recuperação (isto num período entre 11 a 180 dias após o registo da infeção) ou de testagem (os testes PCR têm uma validade de 72 horas, ao passo que nos testes rápidos a validade é encurtada para 48 horas). De fora, ficam, portanto, os autotestes, tal como tinha sido noticiado pelo ECO.

Esta exigência é, aliás, agora limitada a muito menos atividades. Se até agora os portugueses tinham que apresentar este documento na restauração, hotelaria, ginásios ou spas, a partir de hoje (além dos bares e discotecas) só precisam de apresentar o certificado digital Covid para efeitos de viagens por via aérea ou marítima, nas visitas a lares e estabelecimentos de saúde e em grandes eventos culturais, desportivos ou corporativos.

Máscara deixa de ser obrigatória nos restaurantes e nas lojas de rua

Depois de ter deixado de ser obrigatória na rua, o Executivo decidiu voltar aliviar as medidas em torno da utilização de máscara, pelo que a partir desta sexta-feira já não será obrigatório utilizar máscara para entrar nos restaurantes ou no comércio local.

Ainda assim, continua a ser obrigatória em espaços comerciais com mais de 400m2 (incluindo centros comerciais), Lojas de Cidadão, nas escolas (exceto nos espaços de recreio ao ar livre), nas salas de espetáculos, cinemas, salas de congressos, recintos de eventos, recintos desportivos, estabelecimentos e serviços de saúde, estruturas residenciais ou de acolhimento ou serviços de apoio domiciliário para populações vulneráveis, pessoas idosas ou pessoas com deficiência, bem como nos transportes públicos.

Quanto aos locais de trabalho, a decisão de utilização ou não de máscara cabe às empresas .Não obstante, os trabalhadores dos bares, discotecas, restaurantes e similares, bem como dos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços em que necessariamente ocorra contacto físico com o cliente, são obrigados a usar máscara. Recorde-se que a partir desta sexta-feira o teletrabalho deixa de ser recomendado e termina também a obrigatoriedade de testagem em locais de trabalho com mais de 150 trabalhadores.

Casamentos, espetáculos e futebol com capacidade total

A partir desta sexta-feira, terminam todas as limitações de lotações em espaços como o comércio, casamentos e batizados, espetáculos culturais, bem como nos estádios.

Especificamente sobre os recintos desportivos, a norma 009/2021 atualizada na quinta-feira pela DGS determina que quando estão em causa lugares sentados a respetiva lotação “pode ser em conformidade com a capacidade total licenciada do recinto”, não obstante, quando não há lugares sentados fixos a determinação da lotação deve ser definida em conjunto com “a entidade licenciadora da lotação, a Autoridade de Saúde territorialmente competente e as Forças de Segurança do território”. E não se esqueça: para o acesso aos recintos desportivos é obrigatório o uso de máscara, bem como a apresentação de certificado digital Covid, tal como mencionado anteriormente.

Por fim, terminam também todas as limitações de horário para qualquer estabelecimento, pelo que estes podem agora funcionar para além das 2h00.

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Salgado e ex-administradores vão recorrer da sentença do Tribunal da Concorrência

  • Lusa
  • 30 Setembro 2021

As defesas de Ricardo Salgado e de ex-administradores do BES, condenados esta quinta-feira pelo Tribunal da Concorrência, anunciaram que vão recorrer das coimas de 120 mil a 4 milhões de euros.

As defesas de Ricardo Salgado e de antigos administradores do Banco Espírito Santo condenados esta quinta-feira pelo Tribunal da Concorrência a coimas que vão dos 120.000 aos quatro milhões de euros anunciaram que vão recorrer da sentença.

Adriano Squilacce, mandatário do antigo presidente do BES, afirmou que vai recorrer da decisão anunciada pelo Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), que reduziu a coima a que Ricardo Salgado havia sido condenado pelo Banco de Portugal (BdP) nos processos BESA (1,8 milhões de euros) e Eurofin (4 milhões de euros), dos 5,8 milhões para 4 milhões de euros, valor máximo permitido face às coimas anteriores já transitadas em julgado.

Também Susana Silveira, advogada de defesa do ex-administrador financeiro do BES Amílcar Morais Pires, condenado ao pagamento de uma coima de 3,5 milhões de euros – uma redução em relação aos 4,7 milhões da decisão administrativa (1,2 milhões do processo BESA e 3,5 milhões do Eurofin) – declarou o seu “total desacordo” com a decisão e a parte da fundamentação lida pela juíza Mariana Machado.

Já o mandatário de José Manuel Espírito Santo Silva, que havia sido condenado pelo BdP ao pagamento de uma coima de 1,250 milhões de euros no âmbito do processo Eurofin, disse estar satisfeito com a decisão, de mera admoestação e reconhecimento de que o antigo administrador do Grupo Espírito Santo não agiu com dolo, mas sim por negligência.

Rui Patrício salientou, ainda, o facto de o TCRS ter tido em conta o estado de saúde de José Manuel Espírito Santo e ter considerado, em seu favor, traços da sua conduta, quer antes quer depois da resolução do BES, nomeadamente o facto de ter sido o único a pedir desculpas públicas pelo que aconteceu ao banco.

O advogado de Gherardo Petracchini, Carlos Almeida Lemos, referiu o “valor significativo” da coima aplicada ao seu cliente – o TCRS manteve os 120.000 euros de multa da decisão administrativa (relativa ao processo BESA), suspensa em três quartos por cinco anos -, sublinhando que o seu cliente, que reside em Itália, continua sem conseguir trabalhar na área e vive “sem rendimentos”.

No caso de Rui Silveira, que viu a coima de 400.000 euros ser reduzida pelo TCRS para os 120.000 euros, o advogado Luís Pires de Lima aderiu ao pedido dos mandatários que reclamaram da decisão da juíza Mariana Machado, que, num despacho proferido assim que acabou de ler o resumo da sentença, concedeu um prazo de 12 dias para recurso e outro tanto para resposta.

Aos advogados que anunciaram ir pedir a nulidade/irregularidade do despacho, Mariana Gomes Machado lembrou que o prazo legalmente previsto para recurso é de dez dias, salientando que o recurso para o Tribunal da Relação de Lisboa apenas pode incidir sobre matéria de direito, que, no caso, “é sobejamente conhecida dos arguidos”.

Ainda assim, acabou por conceder mais três dias, recordando que o processo tem natureza urgente dado o risco de prescrição.

Na decisão proferida, fundamentada em 1.900 páginas, o TCRS julgou totalmente improcedente o recurso apresentado por Ricardo Salgado, condenando o antigo presidente do BES pela prática de 10 infrações, a que, em cúmulo jurídico, correspondeu uma coima única de 4 milhões de euros, o máximo permitido face às condenações contraordenacionais anteriores.

As infrações referem-se à não implementação de normativos ou procedimentos que permitissem o acompanhamento das operações realizadas pelo BES Angola nem de processos de análise ao risco de crédito contratado com aquela sucursal, incumprimento dos deveres de comunicação obrigatória ao BdP dos problemas associados às carteiras de crédito e de imobiliário do BESA.

Salgado viu ainda confirmada a condenação pela prática de atos dolosos de gestão ruinosa praticados em detrimento de depositantes, investidores e demais credores, desobediência ilegitima a determinações do supervisor, como a alimentação da conta ‘escrow’ (conta de garantia) com recursos alheios à Espírito Santo Finantial Group e a obrigação de eliminar a exposição não garantida do Grupo ESFG à ESI/ESR.

No âmbito do processo Eurofin, foi, ainda, condenado por infrações como desobediência à proibição do aumento da exposição direta e não coberta do BES à ESI (cartas de conforto), bem como da comercialização, de forma direta ou indireta, de dívida de entidades do ramo não financeiro do GES junto de clientes de retalho.

As restantes contraordenações hoje confirmadas respeitam à desobediência à proibição de concessão de financiamentos ou refinanciamentos, diretos ou indiretos, às entidades financeiras do GES que não integravam o grupo BES e violação das regras sobre conflito de interesses.

Também Amílcar Morais Pires viu o TCRS julgar totalmente improcedente o seu recurso, condenando-o pela prática de sete infrações, três relativas ao processo BESA (coincidentes com as aplicadas a Ricardo Salgado) e quatro do Eurofin.

Gherardo Petracchini foi condenado pela prática a título negligente de duas infrações, por não implementação de sistemas de controlo interno impostos pelo aviso do BdP 5/2008 e por ausência de identificação das deficiências de controlo interno pela ESFG.

O recurso de Rui Silveira foi julgado parcialmente improcedente, tendo sido condenado a título negligente pelo incumprimento dos deveres de comunicação ao supervisor dos problemas associados às carteiras de crédito e de imobiliário do BESA.

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480 mil consumidores já aderiram ao IVAucher

  • ECO
  • 30 Setembro 2021

Há já cerca de 4.000 empresas aderentes e 480 mil contribuintes registados na plataforma SaltPay. A partir desta sexta-feira, já é possível começar a gastar o saldo acumulado no IVAucher.

A partir desta sexta-feira, já é possível começar a gastar o saldo acumulado no programa IVAucher. Atualmente há cerca de 4.000 empresas aderentes e 480 mil contribuintes registados na plataforma SaltPay, segundo avança o Público (acesso pago).

Apesar de este ser o universo de empresas associadas, o número de estabelecimentos onde pode efetivamente acionar este benefício fiscal poderá ser superior, dado que estas 4 mil empresas correspondem apenas às sociedades que se registaram junto da Saltpay. Ou seja, uma mesma sociedade poderá ter várias lojas.

Neste contexto, a empresa contratada para implementar a solução de devolução do IVA não conseguiu precisar ao Público o número exato de estabelecimentos que permitirão aplicar estes descontos. Não obstante, estas 4 mil empresas têm 18 mil terminais de pagamento automático, segundo o mesmo jornal.

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Fundadores da Sensei vencem Prémio João Vasconcelos

Fundadores da Sensei juntam-se assim a Daniela Braga (DefinedCrowd) e André Jordão (Barkyn), os vencedores das duas primeiras edições do prémio criado em homenagem a João Vasconcelos.

Joana Rafael, Nuno Moutinho, Paulo Carreira e Vasco Portugal são os vencedores do Prémio João Vasconcelos – Empreendedor do Ano 2021. Os fundadores da Sensei, start-up que desenvolve a tecnologia que permite lojas sem caixa, juntam-se assim a Daniela Braga (DefinedCrowd) e André Jordão (Barkyn), os vencedores das duas primeiras edições.

“Temos um ecossistema muito maduro e podemos dizer que a Startup Lisboa tem contribuído de forma decisiva para uma comunidade de empreendedores mais cosmopolita, mais internacional e mais exposta a outras geografias que não a nossa. Hoje, celebramos o ecossistema e um amigo que foi indispensável para o seu desenvolvimento, João Vasconcelos”, afirmou Miguel Fontes, presidente da Startup Lisboa, citado em comunicado.

Ao prémio, no valor de 10 mil euros, criado em 2019 para homenagear João Vasconcelos, antigo secretário de Estado e ex-líder da Startup Lisboa, concorriam ainda Christopher Barnes e Jeferson Valadares (Doppio), Hugo Venâncio (REATIA), Marta Palmeiro (StudentFinance), Miguel Santo Amaro (Coverflex), Philip Källberg (Shake).

O Continente Labs, primeira loja da Sonae MC sem checkout, é um dos exemplos da aplicação da tecnologia baseada em computer vision para a área do retalho desenvolvida pela Sensei. Fundada em 2017, por Joana Rafael, Nuno Moutinho, Paulo Carreira e Vasco Portugal, a start-up, já investida pela Techstars, Seaya Ventures, Iberis, Bright Pixel, Ideias Glaciares e pela alemã METRO AG, ambiciona entrar com lojas autónomas em cinco países, através da criação de parcerias com as principais cadeias de retalho da Europa, fazendo crescer a sua equipa de 36 para 100 pessoas.

O prémio foi patrocinado pela Semapa NEXT, venture capital focada em Series A e Growth, tendo esta edição contado ainda com o apoio da Basinghall Partners e dos associados fundadores da Startup Lisboa, a Associação Mutualista Montepio Geral, Câmara Municipal de Lisboa e o IAPMEI.

Foi também entregue o Prémio de Melhor Pitch, de entre os finalistas do prémio, a Joana Rafael, que representou a equipa na cerimónia. Esta iniciativa pretende premiar o mérito da apresentação dos candidatos.

No Demo Day, os investidores selecionaram o melhor Pitch de entre as 25 start-ups incubadas pela Startup Lisboa, tendo vencido este prémio a Skoach, coach virtual para equipas de trabalho, e a Hunter Boards, start-up que constrói veículos premium de micro-mobilidade inteligente.

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Wall Street fecha o terceiro trimestre com o pior desempenho desde o início da pandemia

Os mercados acionistas norte-americanos fecharam o terceiro trimestre com o pior desempenho trimestral desde o início da pandemia. 

Wall Street terminou a sessão desta quinta-feira no “vermelho”, com os investidores preocupados com o aumento das infeções associadas à variante Delta, o aumento da inflação e de olhos postos nas negociações em torno dos limites da dívida pública dos EUA. Os mercados acionistas fecharam o terceiro trimestre com o pior desempenho trimestral desde o início da pandemia.

O índice de referência S&P 500 cedeu 1,06% para 4.313,11 pontos, enquanto o industrial Dow Jones desvalorizou 1,46% para 33.887,21 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,31% para 14.467,29 pontos.

Em termos trimestrais, o S&P 500 fechou o terceiro trimestre com ganhos de 0,2%. Em contrapartida, o Dow Jones recuou 1,9% e o Nasdaq perdeu 0,4%. Já em termos mensais, as perdas foram ainda mais acentuadas, com o S&P 500 a ceder 4,8%, o Dow Jones a cair 4,3% e o Nasdaq a tombar 5,3%.

Neste contexto, os principais índices norte-americanos fecham o trimestre com o pior desempenho trimestral desde os primeiros meses de 2020, quando a pandemia eclodiu e suspendeu as economias a nível global, segundo a Reuters.

Nesta sessão, os investidores estiveram a digerir os dados económicos relativos ao desemprego e ao PIB. Dados do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos da América (EUA) apontam para um aumento de 11 mil pedidos de desemprego, na semana terminada a 25 de setembro. Há atualmente, mais 362 mil pessoas a receberem o subsídio de desemprego do outro lado do Atlântico. Ainda assim, este valor ficou aquém das estimativas avançadas pelos analistas que apontavam para 335 mil pedidos, segundo a Reuters.

Quanto ao PIB, os dados revelam que entre abril e junho a maior economia mundial cresceu 6,7%, o que representa uma revisão em alta face à anterior estimativa (6,6%).

Os investidores estiveram ainda atentos às declarações do presidente da Fed e da secretária norte-americana do Tesouro que estiveram perante a comissão dos serviços financeiros da Câmara dos Representantes. Jerome Powell abordou uma vez mais a questão do aumento dos preços no consumidor, referindo que espera algum alívio da inflação no primeiro semestre de 2022.

Em foco esteve ainda o acordo entre os legisladores dos EUA para estender o financiamento do governo federal e evitar um shutdown. O texto, que prevê a prorrogação do orçamento até 3 de dezembro, foi aprovado com apoio de republicanos e também de democratas no Senado e na Câmara dos Representantes, pelo que falta apenas ser promulgado por Joe Biden, avança a CNBC. Recorde-se que a secretária de Estado do Tesouro avisou que a capacidade de o governo federal dos EUA se financiar acabaria em 18 de outubro, se o limite da dívida pública não fosse elevado.

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