Farmácias fizeram 286 mil testes à Covid pagos pelo Estado

Desde o inicio de julho, as farmácias portuguesas realizaram 286.720 testes à Covid, no âmbito do regime excecional de comparticipação criado pelo Governo, adiantou fonte oficial da ANF ao ECO.

No espaço de três meses, as farmácias portuguesas realizaram mais de 286 mil testes à Covid, no âmbito do regime excecional de comparticipação criado pelo Governo, adiantou fonte oficial da Associação Nacional de Farmácias ao ECO. Este regime termina esta quinta-feira.

Desde 1 de julho, os testes rápidos de antigénio à Covid-19 passaram a ser comparticipados a 100% pelo Estado, mediante algumas condições. Só nesse mês, o Governo pagou quase 144 mil testes, o que se traduziu numa despesa de cerca de 1,4 milhões de euros.

E se desde então a medida tem sido renovada todos os meses, o Governo decidiu não a prolongar em outubro, pelo que este regime de comparticipação termina esta quinta-feira. Ao ECO, o Ministério da Saúde justifica a decisão pelo facto de Portugal estar prestes a ter 85% da população com a vacinação completa, pelo que a população abrangida por esta medida é “residual”.

Ao ECO, a presidente da ANF diz que compreende a decisão do Executivo “tendo em conta os critérios de elegibilidade que tinham sido estabelecidos (nomeadamente a exclusão de pessoas já vacinadas), associado à percentagem de população já vacinada” e sublinha que esta medida foi “essencial para reabrir a economia com segurança”. Nestes três meses, a ANF realizou 286.720 testes à Covid ao abrigo deste regime, acrescenta ainda Ema Paulino. Contas feitas, foram cerca de 3.185 testes por dia, nas mais de 2.700 farmácias associadas por este organismo.

Sem adiantar números, também a Associação de Farmácias de Portugal sublinha que esta medida “teve um impacto positivo”, dado que “permitiu aumentar a equidade no acesso dos utentes a este serviço”. E se as farmácias “registaram uma grande procura” por parte deste serviço, agora é expectável que a procura “venha a diminuir”, tendo em conta o alívio de restrições”, afirma Manuela Pacheco, presidente desta associação que conta com cerca de 160 associados, ao ECO. Não obstante, as farmácias reforçam que este serviço vai continuar a existir nas farmácias, apesar de deixar de ser comparticipado pelo Estado.

Esta medida, que deixa de vigorar a partir de 1 de outubro, prevê que sejam realizados, no máximo, quatro testes por mês nas farmácias ou laboratórios aderentes, sendo que o Estado paga 10 euros por testes às farmácias e laboratórios. Atualmente, há já 533 farmácias e 115 abrangidos por esta comparticipação, segundo a última atualização do Infarmed.

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37% dos infetados por Covid-19 ficam com pelos menos um sintoma de longo prazo

Os sintomas mais comuns são problemas respiratórios, fadiga, dor e ansiedade, de acordo com estudo da Universidade de Oxford. Sintomas foram encontrados em 37% dos pacientes após serem infetados.

Pelo menos um sintoma de longo prazo foi encontrado em 37% das pessoas infetadas com a Covid-19 passados entre três a seis meses depois de serem infetados com o vírus, de acordo com um estudo da Universidade de Oxford e do Instituto Nacional de Investigação da Saúde.

Os sintomas mais comuns são problemas respiratórios, fadiga, dor e ansiedade, diz a Universidade de Oxford, depois de investigar sintomas em mais de 270 mil pessoas em recuperação, avança a Reuters (acesso livre).

De acordo com o estudo, os sintomas são mais frequentes entre as pessoas que tinham sido anteriormente hospitalizadas com a Covid-19 e são ligeiramente mais comuns entre as mulheres. As pessoas mais idosas e os homens apresentam mais dificuldades respiratórias e problemas cognitivos, enquanto nos jovens e mulheres os sintomas mais comuns são dores de cabeça, sintomas abdominais e ansiedade ou depressão.

“Precisamos de identificar os mecanismos subjacentes aos diversos sintomas que podem afetar os sobreviventes”, diz o professor da Universidade de Oxford Paul Harrison. Para o docente, esta informação “será essencial para prevenir ou tratar eficazmente as consequências a longo prazo da Covid-19 para a saúde”, acrescentou Harrison.

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DGS acaba com limites à lotação nos estádios, mas é obrigatória máscara, teste ou vacina

A Direção-Geral da Saúde decidiu levantar os limites à lotação dos estádios desportivos, mas frisa que o uso de máscara facial permanece obrigatório.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) decidiu levantar os limites à lotação dos estádios desportivos, mas frisa que o uso de máscara facial permanece obrigatório e que tanto o público como os colaboradores têm de apresentar o certificado digital ou um teste negativo à Covid-19. A atualização das orientações para recintos desportivos em ambiente fechado e aberto foi divulgada esta quinta-feira pelas autoridades.

No documento publicado, a DGS sublinha que a ocupação dos lugares sentados “pode ser em conformidade com a capacidade total licenciada do recinto”, o que significa que deixa de ser aplicar as restrições até agora vigentes para mitigar a propagação do vírus pandémico. Já nos recintos desportivos sem lugares individuais sentados, a lotação fixa “deve ser objeto de determinação conjunta entre a entidade licenciadora da lotação, a autoridade de saúde territorialmente competente e as forças de segurança”.

Por outro lado, o “uso adequado” de máscara facial permanece obrigatório, sendo que cabe ao organizador do evento desportivo garantir que “todos os colaboradores e público” dispõem deste tipo de material de proteção individual, no momento de entrada no recinto, no decorrer do evento e no momento de saída.

Ainda no que diz respeito às máscaras, a DGS determina que o organizador do evento deve garantir a presença de assistentes de recinto desportivos em número suficiente “para que os espetadores se acomodem e mantenham nos seus lugares sentados e utilizem adequadamente as máscaras em permanência“. Além disso, no recinto, o organizador “deve garantir a existência de contentores adequados e em número suficiente para o depósito de máscaras usadas“.

Por outro lado, as autoridades frisam, esta quinta-feira, que o acesso ao recinto depende da apresentação de certificado digital ou de prova de teste negativo à Covid-19, cabendo ao organizador desenhar um plano de operacionalização para a verificação do cumprimento dessas obrigações.

Os recintos desportivos devem, também, elaborar ou atualizar o plano de contingência para a Covid-19, à luz das orientações da DGS. “A autoridade de saúde local valida as condições para a realização dos eventos desportivos“, é acrescentado no pacote de orientações publicado esta manhã, no qual se detalha que os recintos em ambiente fechado deve ser “ventilados de forma natural” ou mecânica.

Quanto aos horários, a DGS indica que o período de entrada para o evento “deve ser alargado, de forma a evitar aglomerados de pessoas e filas de espera extensas, reduzindo e fracionando a afluência de espetadores até ao início do espetáculo”. E “recomenda-se que as entradas e saídas tenham circuitos próprios, reduzindo o contacto e o cruzamento entre pessoas”. É também recomendado que, durante os intervalos, a circulação do público seja reduzida.

As autoridades de saúde lembram, por outro lado, que nas entradas e saídas e pontos estratégicos do recinto devem ser afixadas de forma visível as medidas de prevenção e controlo de infeção, como a automonitorização de sintomas, a sinalética dos circuitos de circulação, o uso correto de máscara por todas as pessoas, o cumprimento de medidas de etiqueta respiratória e a lavagem ou desinfeção das mãos.

Portugal já tem mais de 84% da população residente com a vacinação contra a Covid-19 completa, pelo que o Governo também já anunciou um novo alívio das restrições, que produzirá efeitos a partir de 1 de outubro.

(Notícia atualizada às 9h53).

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Empresários reclamam alterações fiscais para apoiar resiliência, indica estudo da EY

  • Lusa
  • 30 Setembro 2021

Empresários ouvidos pela EY dão avaliação global de 2,02 numa escala de um a cinco ao sistema fiscal português, menos do que no último inquérito.

Os empresários portugueses inquiridos num estudo da EY “chumbam” o sistema fiscal português e reclamam alterações ao IRS, IRC e IVA no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), para apoiar a resiliência das famílias e das empresas.

Segundo as conclusões da quarta edição do “Survey EY” sobre o OE2022 – a divulgar esta quinta-feira e que, entre 06 e 24 de setembro, inquiriu 72 empresas com operação em Portugal – os empresários nacionais “chumbam” o sistema fiscal português, atribuindo-lhe uma avaliação global de 2,02 numa escala de um a cinco, abaixo dos 2,15 da análise anterior.

Quanto às medidas prioritárias defendidas no OE2022, 92% dos inquiridos apelam a um alívio no IRS “para proteger as empresas e famílias e colocar o país no caminho do crescimento” após a pandemia, enquanto 67% elegeram a redução da carga fiscal pela eliminação de situações em que se observa uma cumulação de impostos, taxas e contribuições (como a incidência de IVA sobre taxas e outros impostos devidos na aquisição de alguns bens e serviços).

No terceiro e quarto lugar da lista de prioridades identificadas pelos empresários surgem alterações ao IVA e ao IRC, consideradas fundamentais por cerca de 60% da amostra.

Relativamente ao IRS, dois terços dos inquiridos gostariam de ver no OE2022 uma redução da progressividade da taxa de imposto, enquanto 63% defendem um aumento do limite global de deduções à coleta das despesas de saúde e das despesas gerais familiares, “para fazer face às despesas acrescidas decorrentes da pandemia”. Praticamente metade da amostra (49%) pede que sejam atualizadas as tabelas de retenção de IRS, de forma a proteger o rendimento líquido das famílias ao longo de 2022.

Já em matéria de IRC, as medidas apontadas como tendo “maior potencial para estimular o tecido empresarial português” são a redução das taxas de tributação autónoma e da derrama estadual e as relacionadas com a flexibilização de prazos para reporte de créditos e prejuízos fiscais.

Também amplamente defendidas são iniciativas que estimulem o investimento, nomeadamente a majoração de amortizações de investimentos a realizar em 2022 que visem a criação de postos de trabalho e o alargamento do prazo para reinvestimento de mais-valias fiscais que caduquem em 2022.

De forma a “estimular a sua competitividade e contribuir para a dinamização do mercado de trabalho”, cerca de seis em cada 10 empresários (63%) pedem a reintrodução do benefício fiscal associado à criação de emprego jovem e a criação de um crédito fiscal (57%) para atenuar os custos do investimento em processos de digitalização.

No capítulo do IVA, 75% dos empresários defendem que o alargamento da taxa intermédia de IVA a todos os escalões de consumo de eletricidade “é a medida que teria um impacto económico mais positivo”.

Simultaneamente, e “reconhecendo a importância dos setores da hotelaria e restauração para o crescimento económico”, as empresas defendem “a aplicação generalizada das taxas reduzidas de IVA aos respetivos serviços, de forma a compensar as fortes perdas registadas ao longo do último ano e meio”.

No que se refere aos impostos especiais sobre o consumo, 63% dos empresários consideram importante a manutenção das taxas do ISV (Imposto Sobre Veículos) e IUC (Imposto Único de Circulação), “para salvaguardar impactos negativos adicionais sobre o setor automóvel”. Segundo nota a EY, “ainda que se trate de uma fatia importante da amostra, esta percentagem traduz um forte decréscimo face ao survey anterior, em que 88% dos empresários apelaram à não alteração destes impostos”.

No setor imobiliário, o estudo revela que os inquiridos “veriam com bons olhos a eliminação do adicional ao IMI [Imposto Municipal Sobre Imóveis] para as empresas”, sendo esta uma medida considerada importante por 61% dos respondentes.

O inquérito da EY evidencia ainda que, “em termos globais, o sentimento dos empresários portugueses em relação ao sistema fiscal piorou este ano”, passando dos 2,15 para 2,02 (numa escala de um a cinco). “Todos os domínios analisados mereceram nota negativa por parte dos empresários, com destaque para o acesso e celeridade do sistema de justiça fiscal (1,46) e o elevado peso da carga fiscal total (1,68), as duas áreas mais mal avaliadas pelas empresas”, aponta.

Por outro lado, os incentivos fiscais à inovação e à I&D (Investigação & Desenvolvimento, 2,71) e a qualidade da interação com a Autoridade Tributária e Aduaneira (2,51) são os domínios que “merecem maior reconhecimento” por parte das empresas, enquanto a avaliação da estabilidade do sistema fiscal (2,10) é a mais elevada desde que o ‘survey’ é realizado.

“Apesar de, em termos estatísticos, Portugal ser a oitava economia da União Europeia com menor carga fiscal (34,8% do PIB [Produto Interno Bruto] em 2020, com base nos resultados divulgados em maio de 2021 pelo Instituto Nacional de Estatística) a mesma tem vindo a crescer gradualmente nos últimos anos, sendo este o valor mais alto de sempre”, refere o country tax leader da EY, Luís Marques, citado num comunicado.

O inquérito foi realizado maioritariamente a empresas dos setores da indústria transformadora (21) e retalho e bens de consumo (10), a maior parte das quais com um volume de faturação superior a 25 milhões de euros (44) e mais de 250 trabalhadores (39). Os entrevistados são, sobretudo, responsáveis pela área fiscal (18), diretores financeiros (CFO – 11), diretores administrativos ou financeiros (10), presidentes executivos (CEO – 11) e outros (22).

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Nas notícias lá fora: Rendas nos EUA, energia na China e a ABB

Rendas nos EUA estão a aumentar mais de 10%, enquanto crise energética ameaça a indústria chinesa. ABB lança o carregador de carro eléctrico mais rápido do mundo.

As rendas nos EUA estão a aumentar 11,5%, com algumas cidades a registarem aumentos de 25%. Na China, a crise energética está a ameaçar a indústria. Estudo da Universidade de Oxford concluiu que 37% das pessoas infetadas com Covid-19 ficam com pelo menos um sintoma de longo prazo. Destaque ainda para a suíça ABB que lançou o carregador de carro elétrico mais rápido do mundo, mas também para as falhas na Apple Pay que deixa a porta aberta a piratas informáticos.

Bloomberg

Rendas nos EUA estão a aumentar mais de 10%

As rendas nos EUA estão a aumentar 11,5%, com algumas cidades como a Flórida, Geórgia e estado de Washington a registarem aumentos de 25%, de acordo com o índice do Zillow Group. As rendas em agosto nos EUA aumentaram quase 200 dólares (172 euros) em relação ao ano anterior. Desde o início da pandemia, a renda média de um apartamento de dois quartos subiu 13,1% para 1.663 dólares (1.428 euros), mostram os dados Zumper. “Ter um crescimento de renda de dois dígitos ao longo de um ano e meio é um nível de crescimento chocante”, lê-se no relatório Zumper.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês).

Financial Times

Crise energética ameaça indústria chinesa

Pela primeira vez desde o início da crise pandémica, a indústria chinesa contraiu. A crise energética que o país atravessa explica essa evolução e está mesmo por detrás da perda de ânimo registada, de forma generalizada, na economia chinesa. A pressionar a China estão também os surtos esporádicos da variante Delta do novo coronavírus, que é altamente infecciosa.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Reuters

37% dos infetados por Covid-19 ficam com pelo menos um sintoma de longo prazo

Passados três a seis meses depois de terem sido infetados com a Covid-19, 37% das pessoas ficam com pelo menos um sintoma de longo prazo, de acordo com um estudo da Universidade de Oxford e do Instituto Nacional de Investigação da Saúde. Os sintomas mais comuns incluem problemas respiratórios, fadiga, dor e ansiedade, disse a Universidade de Oxford, depois de investigar sintomas em mais de 270 mil pessoas em recuperação.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Economic Times

ABB lança o carregador de carro elétrico mais rápido do mundo

A ABB, empresa de engenharia suíça, lançou o carregador de carro elétrico mais rápido do mundo, disse a empresa esta quinta-feira. O novo carregador modular da empresa pode carregar até quatro veículos ao mesmo tempo e tem capacidade para carregar qualquer carro elétrico em 15 minutos. O dispositivo, que pode fornecer 100 quilómetros de autonomia em menos de três minutos, estará disponível na Europa até ao final do ano.

Leia a notícia completa no The Economic Times (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Telegraph

Falhas na Apple Pay deixam porta aberta a piratas informáticos

Os piratas informáticos podem “extrair” milhões de euros das contas dos utilizadores da Apple Pay à boleia de uma falha no sistema de pagamentos contactless. De acordo com especialistas em cibersegurança, o modo como o sistema da Apple Pay está desenhado no que diz respeito ao uso de cartões de crédito ou débito Visa para pagamento de viagens em transportes públicos poderá deixar a “porta aberta” para que os piratas consigam fazer pagamentos sem necessidade de o utilizador inserir qualquer código ou dar autorização.

Leia a notícia completa no The Telegraph (acesso pago, conteúdo em inglês).

 

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COSEC lança seguro de créditos exclusivo para grandes empresas

  • ECO Seguros
  • 30 Setembro 2021

A seguradora portuguesa, participada em partes iguais pelo BPI e a Euler Hermes, já deu início à apresentação de propostas junto das empresas elegíveis para a nova solução.

A Companhia de Seguro de Créditos (Cosec) acaba de lançar o COSEC – Euler Hermes World Program, dirigido a grandes empresas com atividade em duas ou mais geografias e que permite contratar, de forma centralizada e à escala global, os seguros de créditos para todas unidades de um Grupo, incluindo as unidades internacionais, mas “garantindo uma gestão de risco próxima e descentralizada ao nível dos diversos países”.

A nova solução tem a capacidade de se adaptar às mais diferentes estratégias de crescimento dos negócios das grandes empresas, permitindo também uma “atuação imediata em situações de sinistro através das mais variadas diligências locais de cobrança e recuperação dos créditos,” segundo comunicado da Cosec.

Este programa revela-se de grande interesse para as grandes empresas portuguesas com presença internacional, em particular no atual contexto de incerteza e ainda tendo em atenção as diferentes realidades económicas das várias geografias. A COSEC já iniciou o processo de apresentação do COSEC – Euler Hermes World Program junto das empresas cujas características permitem o acesso a esta solução”, afirma Maria Celeste Hagatong, presidente do conselho de administração da Cosec.

O programa protege os negócios globais dos riscos decorrentes da insolvência de uma carteira de clientes, atraso nos pagamentos de créditos comerciais ou de situações de risco político. Este último inclui proteção em situações de guerra, conflitos, restrições à exportação/importação, restrições de transferência e conversão de moeda e, ainda, restrições impostas por decisões governamentais.

Assim, afirma a companhia, “os Segurados beneficiam de uma elevada capacidade de cobertura destes riscos e de proteção de fluxo de caixa nos países onde estão presentes“.

Além de se adaptar às mais diferentes estratégias de crescimento dos negócios das grandes empresas, apoiando-as na escolha dos melhores parceiros comerciais, assegurando acesso a informação com recurso a ferramentas digitais que permitem uma análise sempre atualizada das diferentes economias e dos mercados em tempo real, a proposta assegura apoio por parte de especialistas, com anos de experiência em diferentes ciclos económicos, na avaliação e gestão do risco.

O COSEC – Euler Hermes World Program permite ainda a “atuação imediata em situações de sinistro através das mais variadas diligências locais de cobrança e recuperação dos créditos,” acrescenta a companhia.

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Fernando Ulrich é a Personalidade do Ano para a APFIPP

Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) destacou a “carreira dedicada ao desenvolvimento do mercado financeiro nacional".

Fernando Ulrich, presidente do conselho de administração do BPI e Administrador do CaixaBank, foi considerado Personalidade do Ano 2021 pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP).

“É uma honra receber esta distinção de uma associação com o prestígio da APFIPP, cujos membros incluem os melhores profissionais e sociedades gestoras em Portugal. Quem me conhece, sabe que participei sempre com grande entusiasmo nas atividades dos mercados de capitais e, por isso, ainda valorizo mais esta distinção. O meu percurso não teria existido sem o meu primeiro patrão, Francisco Balsemão; o embaixador Manuel Bello, que me levou para a OCDE; os meus ministros João Morais Leitão e João Salgueiro; Isidro Fainé, Presidente da Fundação “la Caixa”; Gonzalo Gortázar, CEO do CaixaBank; e, last but not least, Artur Santos Silva, com quem, desde julho de 1983, acumulei uma dívida de gratidão que nunca poderei pagar,” afirmou Fernando Ulrich, citado em nota de imprensa.

João Pratas, presidente da APFIPP, salientou o percurso do gestor e a “carreira dedicada ao desenvolvimento do mercado financeiro nacional, com especial ênfase para o papel que desempenhou na promoção da Gestão de Activos e de Fundos de Pensões, em Portugal”.

Fernando Ulrich, de 69 anos, teve como primeiro emprego o jornalismo económico, no Expresso, aquando da sua fundação, onde esteve durante dois anos. Desempenhou funções na Delegação de Portugal da OCDE em Paris (1975-1979), no Ministério dos Negócios Estrangeiros (1979-1980) e como Chefe de Gabinete do Ministro das Finanças (1981-1983), tendo mais tarde, em 1983, entrado para a Sociedade Portuguesa de Investimento, antecessora do BPI, a convite de Artur Santos Silva, atual presidente honorário do BPI.

Em abril de 2004, já como vice-presidente do BPI, tornou-se presidente executivo da entidade, cargo que ocupou até abril de 2017, quando assumiu a presidência do Conselho de Administração, a convite do acionista CaixaBank.

Desde março de 2021, é também Administrador do CaixaBank, em Espanha. Entre 2009 e 2013 foi Presidente do Conselho Geral da Universidade do Algarve.

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BCP avança mais de 3% e anima bolsa de Lisboa

O BCP está a brilhar, no arranque da penúltima sessão da semana. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya sobem mais de 3% e puxam por Lisboa.

A bolsa de Lisboa está em “terreno positivo“, com o BCP a valorizar mais de 3%. Também as energéticas estão a contribuir para o bom desempenho da praça nacional. Entre as cotadas do PSI-20, apenas uma negoceia abaixo da “linha de água”.

O índice de referência na praça nacional, o PSI-20, está a somar 0,88% para 5.466,98 pontos. Lisboa segue a tendência positiva registada nas demais praças europeias esta quinta-feira, com o Stoxx 600 a subir 0,5% para 457,30 pontos, o alemão DAX a crescer 0,038% para 15.370,58 pontos, o francês CAC 40 a avançar 0,27% para 6.578,31 pontos e o espanhol IBEX a subir 0,38% para 8.913,40 pontos.

Por cá, destaque para os títulos do BCP, que sobem 3,05% para 0,1555 euros. Isto um dia depois do banco de Miguel Maya ter anunciado que irá pagar uma taxa de 1,75% na emissão de dívida sustentável, cujo montante é de 500 milhões de euros. Os fundos serão “aplicados prioritariamente no financiamento e/ou refinanciamento dos empréstimos concedidos ao abrigo das linhas Covid-19”.

Também no “verde” está a EDP, cujas ações somam 1,33% para 21,38 euros, estando a recuperar das perdas registadas na quarta-feira. Já os títulos EDP Renováveis sobem 1,61% para 21,44 euros. Também na energia, as ações da Galp Energia avançam 0,73% para 9,648 euros — ainda que, em Londres, o Brent esteja em baixa — e os da GreenVolt valorizam 2,07% para 5,91 euros.

No retalho, os títulos da Jerónimo Martins sobem 1,21% para 17,515 euros e os da Sonae avançam 1,1% para 0,9225 euros. Para as papeleiras, esta sessão também está a ser sinónima de ganhos. As ações da Navigator somam 1,2% para 3,046 euros, as da Altri sobem 1,02% para 5,44 euros e as da Semapa valorizam 1,67% para 12,2 euros.

Destaque ainda para a Nos, cujos títulos avançam 1,04% para 3,5040 euros, e para a Mota-Engil, cujas ações somam 1,82% para 1,398 euros.

Fora do PSI-20, as ações da SAD do Benfica valorizam 2,34% para 4,81 euros, depois de o clube das águias ter vencido frente ao Barcelona por três a zero, na Liga dos Campeões.

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Colaboradores da Farfetch vão trabalhar remotamente 60% do tempo

O modelo híbrido vai imperar na Farfetch no regresso ao escritório, com os colaboradores, sempre que as funções o permitirem, a poder realizar 60% das suas funções de forma remota.

Ana Sousa, VP People da FarfetchD.R.

A Farfetch vai manter um modelo híbrido de trabalho e permitir que os mais de 5 mil colaboradores trabalhem remotamente 60% do seu tempo, adianta Ana Sousa, VP People da Farfetch à Pessoas. Na unicórnio luso-britânica, a vacinação dos colaboradores “deve ser uma escolha pessoal de cada um“. A startup, que apresentou na semana passada o futuro campus em Matosinhos, está a criar viagens virtuais dos escritórios da empresa espalhados pelo mundo para melhor receber os novos colaboradores e promover a sua integração.

“Futuramente, acreditamos que o modelo híbrido é a chave — reconhecemos as vantagens e as potencialidades que o trabalho remoto oferece, mas queremos continuar a desenvolver e a alimentar uma cultura próxima e forte onde o espaço físico e o contacto com a equipa e com o escritório são cruciais”, começa por referir Ana Sousa, VP People da Farfetch à Pessoas. “Os nossos colaboradores poderão, depois do levantamento das medidas restritivas e se a sua função o permitir, continuar a trabalhar remotamente 60% do seu tempo”.

Com presença em vários mercados — tem escritórios em 13 países — e mais de 5 mil colaboradores, num momento em que as empresas discutem o regresso ao escritório, Ana Sousa fala ainda de uma “fase de muitas incertezas” no que toca à evolução da pandemia. “Estamos todos a adaptar-nos: as empresas, a sociedade civil, as entidades públicas.”

Os nossos colaboradores poderão, depois do levantamento das medidas restritivas e se a sua função o permitir, continuar a trabalhar remotamente 60% do seu tempo.

“A Farfetch tem mais de 5.000 colaboradores em todo o mundo. Neste momento, cada país está numa fase diferente da epidemia e consequentemente há escritórios ainda em total trabalho remoto e outros já em fase de regresso a alguma normalidade”, diz a VP Person.

“Seguimos sempre as indicações dos governos locais, portanto não há uma medida igual para todos, mas, ainda assim, conseguimos criar uma política comum a que chamamos de ‘Make Work, Work For You’. Esta medida é centrada no bem-estar dos colaboradores, não só incentivando o trabalho híbrido, como a mobilidade internacional, as licenças sabáticas e os dias de descanso extra. Todos estes incentivos são importantes para que os colaboradores se sintam apoiados, seja em trabalho remoto ou no escritório”, explica.

A companhia também não está a impor nenhum requisito de vacinação obrigatória. “Neste momento, temos a maioria dos colaboradores em casa e estamos a repensar o regresso aos escritórios que será sempre em formato híbrido. Apesar de encorajarmos a segurança e a saúde física e psicológica dos colaboradores, consideramos que, no que toca à vacinação, essa deve ser uma escolha pessoal de cada um”, defende a VP Person da Farfetch.

Apesar de encorajarmos a segurança e a saúde física e psicológica dos colaboradores, consideramos que, no que toca à vacinação, essa deve ser uma escolha pessoal de cada um.

Dos mais de 5 mil colaboradores, perto de 2 mil terão sido contratados no último ano, adiantou José Neves, o CEO da unicórnio luso-britânica durante a apresentação do novo campus em Portugal. E o empresário conta “ter muitos mais” quando estiver concluído o Fuse Valley — no início de agosto a empresa tinha mais de 900 vagas, das quais 379 para posições a partir de Portugal, tal como avançou na época a Pessoas.

Onboarding digital com viagens virtuais aos escritórios

Para melhor receber os novos colaboradores, a empresa criou vídeos com viagens virtuais, para melhor promover a integração dos novos elementos nos processos de onboarding digital.

“Na Farfetch pensamos em todas as iniciativas na perspetiva de proporcionar a melhor experiência para o colaborador. O onboarding é uma fase crucial na vida de quem integra uma empresa pela primeira vez e a situação pandémica levou-nos a ter de optar por uma experiência de integração totalmente remota. Quisemos adaptar o programa para garantir que os novos membros continuam a sentir-se apoiados, garantindo a sua segurança”, justifica Ana Sousa.

“Temos a ambição de que as pessoas que se juntam a nós comecem a viver os nossos valores e cultura desde o primeiro dia, compreendam o negócio de uma forma mais ágil, clara e envolvente, ao mesmo tempo fomentamos a construção de equipas e o networking”, refere ainda.

Para isso, uma das iniciativas que a empresa levou a cabo foi uma Virtual Tour de todos os escritórios em Portugal, “de forma a criar uma experiência imersiva e dar a conhecer o escritório, mesmo que virtualmente”, justifica a responsável da unicórnio.

“Esta viagem digital mostra a cidade em que o escritório está integrado (Porto, Lisboa, Braga ou Guimarães), além de outros fun facts e curiosidades. Este tour também integra tutoriais rápidos para a execução de tarefas e procedimentos gerais do próprio escritório”, diz ainda.

Neste momento, estão a ser preparadas as virtual tours para todos os escritórios em Portugal, mas “em breve iremos também fazer para outros escritórios globalmente”

Iniciativas de receção de novos colaboradores que não se ficam por aqui. “O programa de onboarding da Farfetch é, já por si, bastante extenso e completo. Estando em trabalho remoto, os novos membros recebem em casa tudo o que necessitam para desempenhar as suas funções ainda antes do próprio dia de entrada na empresa”, garante Ana Sousa.

“Na semana inicial de onboarding existe um programa muito variado para que saibam mais sobre o negócio e os vários departamentos e ainda há tempo para se conhecerem uns aos outros e criar alguns laços. Finalizada essa semana, as pessoas são integradas nas suas equipas. Existe assim, um acompanhamento muito individualizado”, descreve.

A companhia está também a desenvolver outras iniciativas digitais, como a “criação de Digital Learning Paths para suporte ao longo dos três primeiros meses para aumentar o conhecimento sobre o negócio, os clientes e a cultura da empresa”, adianta.

“Estes recursos podem ser e-learning, bite sized courses, podcasts ou artigos. Também estamos a organizar workshops globais, complementares aos locais, para promover networking e integração com os farfetchers de diferentes localizações.”

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Novas regras de isolamento em vacinados publicadas ainda esta semana

  • ECO
  • 30 Setembro 2021

Marta Temido adianta que até ao final desta semana será publicada a revisão das condições de isolamento para vacinados.

A ministra da Saúde, Marta Temido, adiantou que a Direção Geral da Saúde (DGS) está a ultimar a revisão da norma do isolamento em vacinados e que as novas regras vão ser publicadas ainda esta semana, revela em entrevista à Radio Renascença (acesso livre).

“A DGS está a ultimar estas análises técnicas que são complexas e que conta publicá-las até ao final desta semana, sendo que o final da semana é ao domingo”, adianta Marta Temido.

Marta Temido lembra que a norma “não pode ser encarada como uma medida única” e que “as pessoas, pelo facto de estarem vacinadas, não estão todas nas mesmas condições”. Está em cima da mesa uma “diferenciação entre condições de habitação e saúde”.

“Fará sentido uma diferenciação da classificação de contactos de risco, relevando o estado vacinal. As pessoas, pelo facto de estarem vacinadas, não estão todas nas mesmas condições, não têm todas o mesmo contexto, a mesma situação de saúde e isso tem de ser ponderado. Imagino que não possa ser uma medida única, tenha de ter em vista, por exemplo, o local de residência, como será o caso de pessoas em estruturas residenciais para idosos”, adianta a ministra da Saúde.

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Candidaturas às agendas mobilizadoras terminam hoje

Candidaturas submetidas serão avaliadas por um júri que ainda terá de ser escolhido. Acrescentar valor à estrutura produtiva será um elemento chave na análise. Apoio a fundo perdido é de 930 milhões.

O prazo para os consórcios entre empresas e instituições académicas poderem apresentar candidaturas às agendas mobilizadoras termina esta quinta-feira. Em causa estão, para já, 930 milhões de euros de incentivos a fundo perdido para que o país ganhe novos produtos e serviços, com valor acrescentado, que ajudem a aumentar o volume das exportações de bens e serviços para 53% do PIB até 2030.

As agendas mobilizadoras vão ser selecionadas através de convites abertos e competitivos à apresentação de planos estratégicos propostos por consórcios entre empresas e instituições académicas. Mas, antes de se chegar à fase do convite, é preciso começar por apresentar uma manifestação de interesse, sendo esta quinta-feira o último dia para o fazer.

Empresas, universidades e politécnicos têm de identificar claramente o consórcio que estão a formar e o modelo de governação seguido. Além disso, têm de entregar um plano de atividades; um cronograma, orçamento e recursos humanos envolvidos; as metas e indicadores de impacto e ainda uma avaliação económico/financeira com projetos e entidades promotoras.

Depois é feita uma pré-qualificação das candidaturas submetidas, por um júri a ser escolhido, segundo o ministro do Planeamento. As regras determinam que deverá contar com a participação de personalidades internacionais. Só então, é que abrem os convites para a apresentação de projetos finais.

O ministro Nelson de Souza não se compromete com datas para as fases seguintes neste processo, porque se trata de uma “experiência inovadora”. “As agendas mobilizadoras são a experiência mais inovadora que temos, por isso não está fixada a fase subsequente de tramitação” deste processo, explicou Nelson de Souza na quarta-feira perante uma sala cheia de empresários num evento organizado pela AmCham Portugal, ansiosos por saber detalhes sobre estes apoios do Plano de Recuperação e Resiliência.

Numa fase inicial, são 558 milhões de euros para as Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial e 372 milhões de euros para as Agendas Verdes para a Inovação Empresarial. Mas estes 930 milhões de euros de incentivos a fundo perdido ficaram aquém dos 1.364 milhões inicialmente apontados. No entanto, o Governo já admitiu a possibilidade desta verba ser reforçada para 2,3 mil milhões caso a procura assim o justifique. Um reforço que será financiado pelo empréstimo de 2,3 mil milhões de euros que o Executivo já pré-reservou junto de Bruxelas. Apesar de o Estado contrair um empréstimo, sobre o qual terá de pagar juros, as verbas serão disponibilizadas às empresas a fundo perdido (exceto os montantes que se destinarem à capitalização das empresas).

O elemento central da nossa avaliação das agendas mobilizadoras é o que vão fazer para acrescentar à nossa estrutura produtiva.

Nelson de Souza

Ministro do Planeamento

A avaliação das propostas será feita com base em oito critérios, mas o fator preponderante será “acrescentar alguma coisa à estrutura produtiva nacional”, frisou Nelson de Souza. “O grande objetivo é termos novos bens e serviços face ao que temos hoje no país. Coisas com valor acrescentado e com futuro. O fundamental é fazer coisas novas porque hoje o que fazemos de mais sofisticado está ameaçado”, sublinhou o ministro do Planeamento. O responsável deu o exemplo da indústria automóvel cujo “futuro é incerto”.

Questionado sobre se os consórcios depois de formados poderiam acrescentar novos elementos, Nelson de Souza disse que “será muito difícil”, já que as propostas de consórcios são privadas. “Não me parece que do nosso lado possamos impor a presença de outros”, disse. “Mas o nosso softpower pode levar à sugestão de integrar alguns parceiros (mas não formalmente), mediante a constatação de que falta alguma componente”, explicou.

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Salário mínimo pode subir para perto de 705 euros

  • ECO
  • 30 Setembro 2021

A UGT quer um aumento do SMN de 50 euros, a CGTP de 185 euros e os patrões defendem indexar a evolução a indicadores específicos. Governo pondera subir retribuição mínima em 40 euros para 705 euros.

O valor ainda não está fechado, mas no próximo ano o salário mínimo poderá subir para perto de 705 euros, de acordo com várias fontes ouvidas pelo Jornal de Negócios (acesso pago). A confirmar-se, estará em causa um aumento nominal de 6%, o mais expressivo desde 1993, segundo os registos oficiais da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho.

Os 705 euros ficam quase a meio caminho entre o atual salário mínimo deste ano (665 euros) e o que o Governo fixou como meta para 2023 (750 euros) e representam uma aceleração da trajetória da retribuição mínima garantida para compensar o abrandamento causado pela crise pandémica (em 2021, o aumento nominal foi de 4,7%).

O valor da subida do salário mínimo nacional é geralmente apresentado aos parceiros sociais entre novembro e dezembro, a par de uma fase mais avançada de negociação do Orçamento do Estado. Da parte dos sindicatos, a UGT defende um aumento de 50 euros e a CGTP quer que o SMN chegue aos 850 euros já em 2020. Já os patrões entendem que a evolução da retribuição mínima deveria ser indexada a indicadores de crescimento, inflação e produtividade. O Jornal de Negócios escreve, além disso, que não é certo quantos trabalhadores estão hoje a receber o salário mínimo e serão, assim, abrangidos pela atualização que o Governo já disse que tenciona fazer.

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