Economia estabiliza na semana do levantamento das restrições

Primeira fase do novo plano de desconfinamento, ligado ao critério da vacinação, entrou em vigor na semana passada e resultou numa estabilização da economia portuguesa, segundo o Banco de Portugal.

A economia portuguesa estabilizou na semana passada, apesar do levantamento de restrições da “fase um” do novo plano de desconfinamento, que já tem em conta o critério da vacinação. Segundo o Banco de Portugal (BdP), “o indicador diário de atividade económica (DEI) e a taxa bienal correspondente apresentaram uma estabilização face à semana anterior”.

Os dados desta quinta-feira referem-se à semana que terminou no domingo, 8 de agosto. A primeira semana completa de “fase um” do novo plano de desconfinamento. Com a entrada em vigor no domingo de 1 de agosto, as regras de controlo da pandemia passaram a ser iguais em todo o território continental de Portugal, o teletrabalho deixou de ser obrigatório, acabou o recolher obrigatório noturno, reabriram os bares com regras iguais às dos restaurantes e a generalidade dos estabelecimentos retomou os horários regulares de funcionamento.

Tal resultou somente na estabilização de um indicador económico de alta frequência que mede o pulso à atividade económica em Portugal, e que vinha a cair com o avanço da quarta vaga da pandemia. Tanto a taxa “normal” como a taxa bienal, que faz a comparação com 2019, apresentaram meras estabilizações, segundo o Banco de Portugal.

A explicação para esta estabilização prende-se com diversas razões: “a comparação com a semana homóloga é penalizada pelo facto de, há um ano, o país tinha um nível de desconfinamento superior e com a presença de mais turistas estrangeiros, que ajudaram a impulsionar a economia”, aponta ao ECO o economista chefe do BCP. Por outro lado, “em termos de atividade económica o desconfinamento foi apenas marginal, traduziu-se, sobretudo, na possibilidade de permanência nos restaurantes durante mais horas”, acrescenta José Maria Brandão de Brito.

Evolução do DEI desde o início de 2020:

 

Fonte: Banco de Portugal

Evolução da taxa bienal do DEI:

Fonte: Banco de Portugal

O DEI é um indicador económico de alta frequência, calculado diariamente, mas apenas divulgado pelo Banco de Portugal à quinta-feira, com os dados até ao domingo anterior. O Banco de Portugal incorpora no cálculo do DEI uma série de dados que refletem diversas componentes da economia, como o “tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes”.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h20)

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85,3% dos portugueses estão no mercado livre de eletricidade

  • ECO
  • 12 Agosto 2021

Número de clientes no mercado livre aumentou 2%, enquanto o consumo subiu cerca de 1,3% em junho. EDP Comercial manteve-se como principal operador no mercado livre.

O mercado livre de eletricidade conta com mais de 5,4 milhões de clientes em junho, uma subida de 2% face ao mês de maio, de acordo com o mais recente Boletim do Mercado Liberalizado de Eletricidade publicado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). O consumo neste mercado subiu cerca de 1,3% em junho, embora em termos homólogos tenha descido devido à pandemia.

Os números mostram que 85,3% dos clientes já estão no mercado livre, contando-se apenas 933.037 no mercado regulado, com tarifas definidas pela ERSE. Em junho, houve 21.814 clientes a entrarem para o mercado livre e 9.222 a saírem. Do universo de inscritos neste mercado, 98,9% dizem respeito a clientes residenciais (5.341.354), indica o regulador.

Já em termos de consumo no mercado livre em junho, este fixou-se em 42.590 GW, uma subida de 1,3% face a maio. Contudo, relativamente a junho de 2020, representa uma descida, que continua a refletir o impacto da pandemia. “A queda de consumo anualizado durante o mês em análise continua associada aos impactes da pandemia”, diz a ERSE.

No que diz respeito a quota de mercado, a EDP Comercial manteve a sua posição como principal operador no mercado livre em número de clientes (74,3%) e em consumo (41,7%). Contudo, face a maio, a sua quota diminuiu 0,2 pontos percentuais em número de clientes, situação que já vem a ocorrer desde fevereiro de 2020, tendo sido o comercializador que mais clientes perdeu naquele mês.

Olhando para junho de 2020, a EDP foi o comercializador que perdeu mais quota de clientes (2,8 pontos percentuais no espaço de um ano), enquanto a Goldenergy foi aquela com maior ganho de quota em número de clientes (um ponto percentual). No que toca ao consumo, a Endesa foi a que ganhou mais quota em termos de consumo (0,7 pontos percentuais), já a Iberdrola liderou nas perdas de quota de consumo (três pontos percentuais).

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Portugal desce para o oitavo lugar no ‘ranking’ da FIFA

  • Lusa
  • 12 Agosto 2021

Portugal, eliminado nos oitavos de final do Euro2020 de futebol, caiu para o oitavo lugar no ‘ranking’ da FIFA, divulgado esta quinta-feira, com uma descida de três posições.

Portugal, eliminado nos oitavos de final do Euro2020 de futebol, caiu para o oitavo lugar no ‘ranking’ da FIFA, divulgado esta quinta-feira, com uma descida de três posições, numa tabela que continua a ser liderada pela Bélgica.

Os belgas, que eliminaram Portugal no Europeu (1-0), mas perderam nos quartos de final, diante da Itália, continuam no topo da classificação, mas agora ‘perseguidos’ pelo Brasil, que ‘destronou’ a França da vice-liderança.

A seleção sul-americana subiu de terceiro para segundo lugar depois de ser finalista derrotada na Copa América, diante da Argentina (1-0), que na classificação da FIFA ‘aproveitou’ a conquista para subir da oitava para a sexta posição.

Entre as seleções europeias, a Itália venceu o Euro2020 – batendo na final, no desempate por grandes penalidades, a Inglaterra, que mantém o quarto lugar no ‘ranking -, pelo que subiu duas posições e é agora quinta classificada.

Em contrapartida, Portugal, bem como França (eliminada nos oitavos de final) e Espanha (eliminada nos quartos de final), caíram posições, com a equipa das ‘quinas’ em oitavo, a campeã mundial França em terceiro e os espanhóis em sétimo.

Os campeonatos continentais trouxeram mexidas significativas na classificação do futebol mundial, como a Gold Cup, competição da América Central, Norte e Caraíbas, em que o título dos Estados Unidos ‘catapultou’ a equipa para o top-10.

Os norte-americanos subiram 10 posições, até ao 10.º lugar, enquanto os mexicanos, finalistas vencidos da prova, passaram da 11.ª para a nona posição.

No ‘ranking’, destaque também pela negativa para a Polónia, de Paulo Sousa, eliminada ainda na fase de grupos do Europeu e que caiu para o 27.º lugar, bem como para a Venezuela, de José Peseiro, última no seu grupo na Copa América, que passou de 30.ª para 40.ª.

Ranking da FIFA:

  1. (1) Bélgica, 1.822 pontos.
  2. (2) Brasil, 1.798.
  3. (3) França, 1.762.
  4. (4) Inglaterra, 1.753.
  5. (7) Itália, 1.745.
  6. (8) Argentina, 1.714.
  7. (6) Espanha, 1.680.
  8. (5) Portugal, 1.662.
  9. (11) México, 1.658.
  10. (20) Estados Unidos, 1.648.

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Talkdesk levanta 230 milhões de dólares em ronda de investimento. Triplica valorização para mais de 10 mil milhões

O financiamento eleva a valorização da empresa unicórnio de ADN português para mais de 10 mil milhões de dólares.

A Talkdesk angariou 230 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 196 milhões de euros, numa ronda de investimento série D. O financiamento eleva a valorização da empresa unicórnio de ADN português para mais de 10 mil milhões de dólares, sendo a primeira empresa nacional a atingir este patamar.

“Para muitas organizações, o contact center está a tornar-se, rapidamente, um motor de resultados de negócios tangíveis e um trunfo para os atingir, e a Talkdesk tem vindo, desde a sua fundação, a desafiar o status quo e a habitual forma de atuação da indústria para tornar isto uma realidade. Estamos gratos pela confiança contínua na nossa estratégia e cada dia mais determinados sobre a nossa capacidade única de ajudar as empresas a proporcionarem experiências memoráveis aos clientes”, afirma Tiago Paiva, fundador e chief executive officer da Talkdesk, em comunicado.

A ronda de investimento contou com a participação de novos investidores, como a Whale Rock Capital Management, a TI Platform Management e o Alpha Square Group, bem como de investigadores já existentes, como a Amity Ventures, Franklin Templeton, Top Tier Capital Partners, Viking Global Investors e a Willoughby Capital. Desde a fundação, a tecnológica já arrecadou 498 milhões de dólares de financiamento.

O novo financiamento irá “impulsionar a segunda década de crescimento da Talkdesk, uma vez que a empresa continua concentrada em expandir a sua presença a nível internacional“, lê-se em comunicado.

Equipa de liderança aumenta com nomeação da primeira CFO da empresa

A nomeação de Sydney Carey, especialista na indústria de de software-as-a-service (SaaS), é também um reflexo do amadurecimento corporativo da Talkdesk. A profissional torna-se a primeira CFO da empresa e faz com que, agora, metade dos cargos de liderança executiva seja ocupada por mulheres.

No currículo, Sydney Carey conta com passagens pela Sumo Logic, Duo Security, Apptus e MangoDB. Foi também presidente executiva e CFO da TIBCO Software e é ainda membro do executive board da Asana, a plataforma que dá cartas no mercado de software para gestão de equipas.

“Estou orgulhosa de juntar-me à Talkdesk neste momento crucial da empresa. Algumas das experiências mais gratificantes da minha carreira têm-se centrado em ajudar empresas inovadoras de rápido crescimento, como a Talkdesk, a gerir a aceleração, a escalar eficazmente para responder às mudanças que o negócio exige e a formalizar operações. Junto-me a uma equipa executiva brilhante e estou ansiosa por trabalhar ao lado de cada um destes líderes para levar a empresa à sua próxima década de crescimento transformacional”, refere a nova CFO.

Nos últimos dois anos, a Talkdesk introduziu no mercado mais de 30 inovações de produto, abriu operações na Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Itália, México, Países Baixos, Sudeste Asiático e Espanha. Além disso, expandiu o seu ecossistema de revendedores, distribuidores de cloud, alianças estratégicas e parcerias de mercado AppConnect a mais de 300 parceiros contratados e milhares de subagentes. Duplicou o número de colaboradores para quase 2.000 e nomeou Laura Butler como a primeira chief human resources officer.

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PRA representa grupo de trabalhadores no processo de insolvência da Groundforce

Joana de Sá irá liderar a equipa de laboral da PRA que vai representar um grupo de trabalhadores no processo de insolvência da Groundforce.

A PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados vai assegurar a representação de um grupo de trabalhadores no processo de insolvência da Groundforce através da sua equipa de laboral, liderada por Joana de Sá.

“Esta é uma intervenção obrigatória, de modo a garantir que sejam assegurados os direitos dos trabalhadores, num momento de incerteza que é o destino da Groundforce“, refere a firma em comunicado.

Integram ainda a task force, criada para o efeito, os advogados Joana Cadete Pires, Joana Antunes, Ana Cardoso Monteiro e Diogo Soares Loureiro da equipa de Laboral da PRA, através dos seus escritórios de Lisboa, Porto e Faro.

Menos de três meses depois de TAP ter avançado com o pedido de insolvência, no seguimento da Groundforce ter rasgado contratos de sale and leaseback que tinham sido firmados com a companhia aérea, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa tomou a decisão de declarar a insolvente a Groundforce. Alfredo Casimiro, que é o maior acionista da empresa de handling, já disse que vai recorrer da decisão, mas isso não vai parar o processo. E também não significa o fim de uma empresa essencial ao funcionamento dos aeroportos de Portugal.

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Altice vai despedir 204 trabalhadores, menos 28 pessoas

  • Lusa
  • 12 Agosto 2021

Afinal, Altice diminuiu o número de pessoas que serão abrangidas pelo despedimento coletivo. Face ao inicialmente previsto de 232 trabalhadores, 204 que ficarão desempregados.

O despedimento coletivo na Altice envolverá 204 trabalhadores, depois da decisão final do grupo, que acabou por reduzir o número, face ao inicialmente previsto de 232 pessoas, indicou a Comissão de Trabalhadores da Meo, em comunicado.

Assim, o processo de despedimento coletivo iniciado pela Meo – Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A. com 232 trabalhadores e pela PT Contact com 14 trabalhadores, “em 30 de junho de 2021, e após a conclusão da fase de informações e negociação prevista no artigo 361.º do Código do Trabalho, com a participação da CT da Meo e da DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho], em 26 de julho, foi agora objeto de decisão final das empresas e envolve 204 trabalhadores”, lê-se na mesma nota.

De acordo com a CT, na Meo foi possível “reduzir o número dos trabalhadores no processo de despedimento coletivo de 232 para 193 trabalhadores”, acrescentando que “neste número estão incluídos os quatro trabalhadores que estão ao abrigo do Artigo 63.º do Código do Trabalho que estão abrangidos pela proteção em caso de despedimento de trabalhadora grávida, puérpera ou lactante ou trabalhador no gozo da licença parental”.

A organização espera que a CITE – Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego dê “parecer negativo ao despedimento destes trabalhadores e que assim sejam retirados desta ‘tenebrosa’ listagem”. Por outro lado, na PT Contact “foi possível reduzir o número dos trabalhadores no processo de despedimento coletivo de 14 para 11”.

A CT revelou ainda que já seguiu “a comunicação para todos os trabalhadores abrangidos pelos presentes processos de despedimento, com a decisão final de cessação dos respetivos contratos de trabalho a 31 de outubro de 2021”, acrescentando que “tem conhecimento que 32 trabalhadores não aceitaram o acordo proposto pela Meo”.

“Perante a situação existente, os processos para tribunal estão a ser preparados com o apoio e o empenho dos sindicatos da frente sindical e no caso de existirem trabalhadores que interponham providências cautelares, só há cinco dias após a comunicação da empresa para o fazer”, avisou a CT.

Em 22 de junho, a Altice Portugal confirmou à Lusa que daria início, “nas próximas semanas”, a um processo de rescisões de contratos de trabalho através de despedimento coletivo, no âmbito do Plano Integrado de Reorganização, abrangendo menos de 300 pessoas.

Contactada pela Lusa na altura, fonte oficial da dona da Meo explicou que, “decorrente da circunstância de, apesar do balanço positivo do Programa Pessoa, o Plano Integrado de Reorganização da Altice Portugal estar ainda aquém do efeito pretendido, é agora o momento” de se iniciar “uma nova etapa no âmbito da transformação da empresa, “com vista à reorganização, reestruturação e racionalização de algumas das áreas da Altice”.

A Altice Portugal sublinhou então tratar-se de “uma decisão difícil, mas que se afigura como indispensável, essencialmente devido ao contexto muito adverso que se vive no setor das comunicações eletrónicas”.

Os representantes dos trabalhadores têm protestado contra este despedimento, tendo mesmo realizado uma greve no dia 21 de julho e já pediram a intervenção do Governo.

Para sexta-feira, estão agendados uma concentração e um plenário de trabalhadores da Altice contra o despedimento coletivo, junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.

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O que temos de fazer hoje para garantir que existimos amanhã?

  • ECO + EY
  • 12 Agosto 2021

Esta é hoje a questão fundamental da função financeira e fiscal, e a resposta é crucial para o futuro de todos os que nela trabalham.

A função financeira (em sentido lato, incluindo a função fiscal) está a levar o tema da transformação da função financeira para o topo da agenda C-suite de empresas de todas as dimensões e setores.

À medida que o mundo do trabalho se torna mais digital, está também a tornar-se mais complexo e mais exigente, e estamos todos enquadrados numa economia global hiper-conetada com novos modelos de negócio que exigem transformação.

Rui Henriques, Global Compliance & Reporting Leader EY, Tax Technology & Transformation Leader.

Embora nem sempre lidere a discussão sobre a transformação, a função financeira tem que estar à mesa, o que significa estar associada ao core da empresa e a sua dinamização com a transformação digital.

A função financeira tem um papel fundamental para ajudar as organizações a enfrentar os seus desafios, ao mesmo tempo que redefine a sua função para a era digital. Com foco nas principais áreas de transformação, integração empresarial, dados e análise, inteligência e a automação de processos, governação e gestão de risco, a função financeira tem um papel essencial para acelerar o processo de transformação e ajustamento à realidade de negócio atual, num contexto global, demonstrando que a sua própria existência é rentável e aborda os novos desafios, riscos e oportunidades de forma ágil e diferenciadora.

Os CFO’s são os value creators do futuro nas organizações empresariais.

Potenciar a forma como a função financeira funciona cruza-se funcionalmente como parte de um ecossistema alargado para permitir novos modelos de negócio e criação de valor.

"Os CFOs e a função financeira têm que ativamente afastar-se da imagem de ser a maquinaria / “robôs humanos” para produzir e reportings contabilísticos, financeiros e fiscais, e dinamizar o brainstorming para alargar o âmbito tradicional da carteira de serviços da área financeira e fiscal.”

Rui Henriques

Global Compliance & Reporting Leader EY, Tax Technology & Transformation Leader

E a existência daqueles que trabalham a função financeira no amanhã, dependerá de cada um deles e de em conjunto terem a capacidade de entender a sua organização, e o seu posicionamento no mercado, com uma visão holística, estratégica, bem como a capacidade de entender a história que a organização tem para contar aos seus investidores e stakeholders.

A tecnologia vai assegurar o compliance. As pessoas e o seu talento vão redefinir a função financeira como o departamento de “Insights Estratégicos”.

Os CFOs e a função financeira têm que ativamente afastar-se da imagem de ser a maquinaria / “robôs humanos” para produzir e reportings contabilísticos, financeiros e fiscais, e dinamizar o brainstorming para alargar o âmbito tradicional da carteira de serviços da área financeira e fiscal.

Funções financeiras de alto desempenho definem visões claras para orientar tudo o que fazem. Essa visão reflete-se na forma como acontecem os processos, se avaliam as soluções tecnológicas, e estruturam os dados para permitir a gestão e capacitar a decisão. Por isso, como primeiro passo, é crucial avaliar e definir o novo leque de serviços que a função financeira desempenha dentro da organização.

"O objetivo é acrescentar valor às empresas, com forte enfoque nas tendências, agindo de forma integrada na restante organização, com um serviço ágil e prestador de valor a custos competitivos – não como centro de custos.”

Rui Henriques

Global Compliance & Reporting Leader EY, Tax Technology & Transformation Leader

Um posicionamento em torno de serviços de valor acrescentado irá responder mais eficazmente às necessidades do negócio do que assentar em torno de processos de transação limitados, como tem sido comum no passado.

A função financeira passa a ser o parceiro de valor e integrador interno, gestor de tendências e especialistas em facilitar uma comunicação clara e objetiva da organização com os stakeholders.

Uma visão global da função financeira é alinhada com a visão da empresa e articulada numa história clara e holística de investidores para os próximos cinco anos (não apenas KPI’s financeiros, fiscais e de lucro, mas incluindo gender mix, sustentabilidade, etc.).

O objetivo é acrescentar valor às empresas, com forte enfoque nas tendências, agindo de forma integrada na restante organização, com um serviço ágil e prestador de valor a custos competitivos – não como centro de custos. E a implementação estratégica desta visão inclui Pessoas, Tecnologia e Processos, com objetivos mensuráveis. KPI’s mensuráveis para orientar o desempenho da função financeira, totalmente incorporados na organização e medidos de forma transparente.

“O futuro só está fora de alcance se não embarcares na viagem em direção a ele…”

Por Rui Henriques, Global Compliance & Reporting Leader EY, Tax Technology & Transformation Leader

Para saber mais sobre Tax & Finance, visite a página da EY. Se tiver interesse, subscreva aqui as comunicações da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc).

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Jovens portugueses só deixam a casa dos pais depois dos 30 anos

Os jovens adultos portugueses deixam a casa dos pais, em média, aos 30 anos, o que coloca Portugal em 5.º lugar entre os Estados membros da UE e acima da média europeia, fixada nos 26,4 anos.

Os jovens adultos portugueses deixam a casa dos pais, em média, aos 30 anos, o que coloca Portugal acima da média entre os Estados-membros da UE, de 26,4 anos em 2020, apontam dados do Eurostat divulgados esta quinta-feira.

A Croácia é o país onde os jovens saem mais tarde de casa dos pais (32,4), seguida da Eslováquia (30,9), Malta e Itália (ambas com 30,2). Portugal ocupa a quinta posição. Por outro lado, é na Dinamarca (21,2 anos), Luxemburgo (19,8) e Suécia (17,5) que os jovens deixam o ninho mais cedo.

Fonte: Eurostat

Outra conclusão é que os países onde os jovens deixam o agregado familiar numa idade mais avançada são mais propensos a ter uma maior percentagem de jovens sem emprego, e com menos educação e formação.

Mulheres saem mais cedo da casa dos pais

Em 2020, foram as mulheres quem saiu mais cedo de casa dos pais em quase todos os Estados membros. Na UE, em média, os homens abandonaram o agregado familiar com 27,4 anos de idade, e as mulheres com 25,4 anos. Esta tendência foi observada em todos os países, sendo a única ligeira exceção na Suécia, onde as mulheres abandonaram em média 0,1 anos após os homens.

As maiores disparidades de género foram encontradas na Roménia, onde os jovens do sexo masculino saíram aos 30, e as mulheres aos 25,5 anos (4,5 anos de disparidades de género), seguidas pela Bulgária (4,2 disparidades de género), com os homens a saírem aos 32, e as mulheres aos 27,8 anos. Na Croácia, tanto os homens jovens como as mulheres mudaram-se o mais tardar na UE (com 34,0 e 30,9 anos, respetivamente), representando a terceira maior diferença de género de 3,1 anos.

A Suécia, Luxemburgo e Estónia registaram as menores disparidades de género com 0,1, 0,4 e 0,5 anos de diferença, respetivamente, entre jovens do sexo masculino e feminino que deixam a casa dos pais.

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PCP quer fichas de exercícios grátis, à semelhança dos manuais escolares

  • Lusa
  • 12 Agosto 2021

Comunistas defendem que gratuitidade das fichas de exercícios para todos os alunos do ensino obrigatório é uma forma de "valorização da escola pública".

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu esta quinta-feira a gratuitidade das fichas de exercícios para todos os alunos do ensino obrigatório, à semelhança dos manuais escolares, como forma de “valorização da escola pública”.

“No sentido da valorização da escola pública o PCP bater-se-á para que a gratuitidade seja alargada às fichas de exercícios para todos os alunos do ensino obrigatório assim como outras propostas para reforço das condições de aprendizagem e de funcionamento das escolas”, declarou Jerónimo de Sousa, num vídeo enviado à imprensa.

O líder comunista sustenta que “vários estudos apontam as condições socioeconómicas das famílias e as dificuldades dos pais acompanharem os filhos em idade escolar como uma das principais causas para que se mantenham elevadas taxas de abandono e insucesso escolar”.

Jerónimo de Sousa lembra que a consagração da distribuição gratuita dos manuais escolares no ensino obrigatório, “decorreu de uma proposta apresentada ao longo de anos pelo PCP” e que esta “se efetivou na legislatura anterior”.

Para o PCP, esta foi uma medida “de enorme progresso e de justiça para as crianças e suas famílias, contribuindo decisivamente para a concretização do princípio constitucional de gratuitidade do ensino”. Contudo, para os comunistas, este princípio “continua por garantir, devido ao facto das famílias continuarem a suportar outros custos, nomeadamente com as fichas de exercícios”.

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Menor adesão ao lay-off faz remuneração média dos trabalhadores subir 5,1%

Entre abril e junho, a remuneração média dos trabalhadores portugueses voltou a subir. Fixou-se em 1.395 euros, mais 5,1% do que há um ano.

A remuneração bruta mensal média por trabalhador registou uma subida homóloga de 5,1% para 1.395 euros, no segundo trimestre do ano. De acordo com os dados divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta evolução é explicada pela diminuição significativa do recurso ao lay-off simplificado, já que o período compreendido entre abril e junho ficou marcado por um processo progressivo de desconfinamento e retoma da atividade.

No trimestre terminado em junho, a remuneração bruta regular média por trabalhador — que exclui os subsídios de férias e natal e, por isso, é menos sazonal — aumentou, em termos homólogos, 4,6% para 1.112 euros. Já a remuneração bruta base mensal média por posto de trabalho — que cobre somente a remuneração base — cresceu 4,2% para 1.046 euros. Em ambas as componentes, está em causa uma aceleração face aos aumentos registados nos primeiros três meses do ano. Se descontarmos a variação do Índice de Preços do Consumidor, as subidas da remuneração total, regular e base foram, respetivamente, de 4,3%, 3,8% e 3,4%, dizendo todos estes dados respeito a cerca de 4,2 milhões de postos de trabalho, de beneficiários da Segurança Social e subscritores da Caixa Geral de Aposentações.

Na nota divulgada esta manhã, o INE explica que esta evolução das remunerações médias registada no segundo trimestre do ano “foi influenciada pela diminuição significativa do recurso ao lay-off simplificado“, regime extraordinário que permite aos empregadores em dificuldades cortarem os horários de trabalho ou até suspender os contratos firmados com os seus trabalhadores. É importante notar que o período compreendido entre abril e junho de 2021 ficou marcado por um processo de desconfinamento, que levou as empresas a voltarem progressivamente ao trabalho e a abandonarem, em consequência, a referida medida de apoio ao emprego.

Os dados mostram isso mesmo. Em junho, apenas 2,9% do total das empresas tinham trabalhadores em lay-off simplificado, quando, em março, essa fatia tinha estado nos 16,7% e, em junho de 2020, nos 26,7%. E no sexto mês de 2021, 4% dos trabalhadores estiveram abrangidos por este regime. Isto quando, em março, 32,9% dos trabalhadores tinham estado nessa situação e, em junho de 2020, 48,9% dos trabalhadores tinham estado em lay-off simplificado.

Por outro lado, o INE detalha que, em junho, a remuneração total variou entre 844 euros nas atividades de agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca e 3.051 euros nas atividades da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio. Em comparação com o período homólogo de 2020, foram as atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas a registar o maior aumento da remuneração total (13,6%), seguindo-se o alojamento, restauração e similares (11,4%). Também estas variações foram fortemente influenciadas pelo menor recurso ao lay-off simplificado.

Quanto à remuneração por dimensão da empresa, no segundo trimestre, voltaram a ser os empregadores com 250 a 499 trabalhadores a garantir os que melhores salários aos seus trabalhadores (1.788 euros). Já os ordenados mais baixos foram registados nas empresas com um a quatro trabalhadores. “Em relação ao período homólogo, as maiores variações da remuneração total foram observadas nas empresas de 20 a 49 trabalhadores e de dez a 19 trabalhadores (8,1% e 8,0%, respetivamente)”, lê-se na nota divulgada esta quinta-feira.

O INE acrescenta que no setor privado os salários médios aumentaram mais do que no público (0,5% contra 6,9%), sendo que também neste caso as dinâmicas são explicadas, em grande medida, pela diminuição da adesão aos regimes de lay-off por parte dos empregadores privados.

Aliás, o instituto faz questão de salientar que as remunerações mensais médias têm sido significativamente influenciadas pelo impacto económico decorrente da crise pandémica, avançando que nas empresas que estiveram, pelo menos, um mês em lay-off os ordenados médios ficaram, em junho, 10,3% abaixo da média da economia. “E os das empresas não lay-off [ficaram] acima daquela média (14,9% acima)”, é dito, na referida nota estatística.

(Notícia atualizada às 11h50)

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Portugal teve o segundo maior recuo na produção industrial na Europa

  • Lusa
  • 12 Agosto 2021

Produção industrial na Europa teve subida homóloga de 10% em junho. Os maiores crescimentos registaram-se setores dos bens de consumo duráveis e de bens intermédios.

A produção industrial na Europa registou um aumento em torno dos 10% em junho, face ao mesmo mês de 2020, mas um ligeiro recuo na comparação em cadeia, relativamente a maio, revelam os dados desta quinta-feira do Eurostat. Face ao mês anterior Portugal registou em junho o segundo maior recuo na produção industrial entre os Estados-membros.

De acordo com o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), na comparação com junho do ano passado, a produção industrial subiu 9,7% na zona euro e 10,5% no conjunto dos 27 Estados-membros.

Evolução da produção industrial de fevereiro de 2015 a junho de 2021.Eurostat 12 Agosto, 2021

Já face ao mês anterior, a produção industrial teve ligeiros recuos, tanto no espaço da moeda única, de 0,3%, como no conjunto da UE, de 0,2%, aponta o Eurostat.

Na comparação homóloga, os maiores aumentos foram registados nos setores dos bens de consumo duráveis (15,7% na zona euro e 16,4% na UE) e bens intermédios (15,7% no espaço da moeda única e 16,1% em toda a União).

Já na comparação em cadeia, o maior recuo foi observado nos bens de investimento, com quedas de 1,5% na zona euro e de 1,2% no conjunto da União a 27.

Produção industrial em junho de 2021, em comparação com período homólogo de 2020, por estado-membro da União Europeia, com indicação da média comunitária.Eurostat 12 Agosto, 2021

Ainda na comparação com maio, Portugal registou em junho o segundo maior recuo na produção industrial entre os Estados-membros para os quais há dados disponíveis, com uma queda de 2,6%, apenas superada pela da Irlanda, de 4,4%.

No entanto, na comparação com junho de 2020, Portugal registou um aumento da produção industrial de 10%, colocando-se precisamente entre a média da zona euro e da UE.

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Inspetores do SEF em greve parcial entre 14 e 31 de agosto

  • Lusa
  • 12 Agosto 2021

Parlamento aprovou proposta do Governo que prevê dispersão das competências policiais do SEF. Inspetores vão estar em greve contra a falta de respostas do Executivo quanto aos seus direitos.

Os funcionários da carreira de investigação e fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que trabalham nos principais postos de fronteira do país começam sábado uma greve parcial que vai durar até ao final do mês, anunciou o sindicato.

Em comunicado, o Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF) explica que esta greve parcial decorre da falta de resposta do Governo quanto aos direitos destes inspetores na sequência da aprovação da proposta de lei que “prevê a dispersão de competências policiais do SEF pela PJ, PSP e GNR“. Fonte do sindicato adiantou à Lusa que a greve parcial será de duas horas por dia.

O sindicato considera que esta lei “ditará, inapelavelmente, o fim do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras”, lembra que numa reunião em junho o ministro da Administração Interna definiu o final de mês de junho como data limite para apresentar um documento com “os termos em que se asseguravam os direitos” destes inspetores e lamenta que tal ainda não tenha acontecido. “Até à presente data tal documento não chegou a este sindicato, tampouco foi indicado o motivo justificativo de tal omissão”, sublinha.

O sindicato diz que o ministro tem conduzido este processo com “opacidade e leviandade” e repudia “a patente falta de compromisso por parte do Governo”, considerando que coloca em causa a boa-fé do executivo em todo o processo de reestruturação e representa uma “clara intenção de extinção desta carreira policial”.

“Perante esta postura do Governo, que continua a escusar-se em esclarecer os profissionais do SEF quanto ao seu futuro, resta-nos somente o recurso à contestação através dos meios legais de que dispomos”, refere o sindicato, anunciando uma greve parcial dos funcionários da carreira de investigação e fiscalização entre 14 e 31 de agosto.

A Assembleia da República aprovou em julho a proposta do Governo que define a passagem das competências policiais do SEF para a PSP, GNR e Polícia Judiciária. O diploma foi aprovado na generalidade e será agora discutido em comissão, juntamente com projetos de lei do PSD e do BE.

A proposta de lei do Governo visa “a reformulação das forças e serviços de segurança que, nos termos da lei, exercem a atividade de segurança interna, alterando-se para tal a Lei de Segurança Interna, a Lei de Organização da Investigação Criminal e as leis orgânicas da GNR e PSP”.

Esta alteração define a passagem das competências policiais do SEF para a Guarda Nacional Republicana (GNR), Polícia de Segurança Pública (PSP) e Polícia Judiciária (PJ) e, segundo o governo, concretiza “a separação entre as funções policiais e as funções administrativas de autorização e documentação de imigrantes” prevista no programa do Governo.

A proposta define ainda as atribuições em matéria administrativa, nomeadamente a criação do Serviço de Estrangeiros e Asilo (SEA), que terá “atribuições de natureza técnico-administrativa” para acompanhamento dos imigrantes, e a passagem de competências para o Instituto dos Registos e Notariado (IRN), que ficará responsável pela renovação das autorizações de residência.

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