Inflação na Alemanha em máximos de dezembro de 1993

  • Lusa
  • 11 Agosto 2021

Esta subida em julho de 2021 era de esperar, pois o corte do IVA há um ano levou a uma redução dos preços de muitos produtos.

A taxa de inflação homóloga na Alemanha subiu para 3,8% em julho, o nível mais alto desde dezembro de 1993, quando atingiu 4,3%, informou esta quarta-feira a agência federal de estatística alemã (Destatis).

O índice de preços no consumidor (IPC) na Alemanha era de 2,3% em junho e 2,5% em maio.

Segundo a Destatis, que confirmou os dados provisórios divulgados em 29 de julho, a taxa de inflação aumentou 0,9% em julho em comparação com o mês anterior.

O IPC tinha caído acentuadamente em julho do ano passado para níveis negativos na sequência do corte temporário do IVA — de 19% para 16% e de 7% para 5% para a taxa reduzida — introduzido naquele mês na Alemanha e que vigorou durante todo o segundo semestre do ano para aumentar o consumo e ajudar a contrariar o impacto da pandemia.

Esta subida em julho de 2021 era de esperar, pois o corte do IVA há um ano levou a uma redução dos preços de muitos produtos, disse Christoph-Martin Mai, especialista em inflação da Destatis. “Este efeito ascendente sobre os preços é aumentado pela evolução em particular de certos produtos, especialmente energéticos“, acrescentou Mai.

O IPC harmonizado da Alemanha, que é calculado segundo os critérios da União Europeia, aumentou em 3,1% em julho em termos homólogos e 0,5% em face ao mês anterior.

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Notícias lá fora: Portos, Dileveroo e aquisição da Vectura

  • ECO
  • 11 Agosto 2021

A imprensa internacional destaca a quebra de distribuição dos portos, o aumento de receitas da Dileveroo e a vantagem da Philip Morris na aquisição da Vectura.

As principais manchetes da imprensa internacional destacam a maior crise na distribuição marítima em 65 anos, devido à pandemia. Por outro lado, a Covid-19 não prejudicou as receitas da Dileveroo, que duplicou o valor dos pedidos na plataforma. A Bloomberg destaca a oferta final da Carlyle, menos 11 cêntimos por ação do que a da Philip Morris, sua principal rival na aquisição da Vectura, empresa de fabrico de medicamentos para doenças respiratórias, que pode vir a ser detida por uma empresa produtora de cigarros. O jornal francês Les Echos alerta para a forte contestação do sindicato alemão, IG Metall, contra o projeto de reagrupamento das atividades de montagem das estruturas de aviões da Airbus em duas novas filiais. Por último, mais de 116 mil pessoas foram retiradas do regime de lay-off, em Espanha, desde maio, à medida que os setores da hotelaria e comércio recuperam.

Cinco Días

Hotelaria e comércio retiraram mais de 116 mil trabalhadores do “lay-off” espanhol desde maio

Com o alívio das restrições sanitárias, o avanço da campanha de vacinação e a chegada do verão, a taxa de saída do ERTE (Expediente de Regulação Temporária do Emprego) em Espanha, um regime semelhante ao lay-off, foi especialmente elevada na hotelaria e no comércio. Assim, desde maio até à primeira semana de agosto, voltaram à atividade 116.344 pessoas abrangidas pelo regime, nesses setores.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Portos enfrentam a maior crise desde o início do envio de contentores

A pandemia trouxe a maior quebra na distribuição desde há 65 anos e revelou a necessidade de investimentos nos portos, segundo John Manners-Bell, chefe executivo na consultoria de Inteligência de transportes. Com as restrições de circulação entre países, distanciamento social e encerramento de fábricas, neste momento, existem cerca de 353 navios transportadores de carga que estão ancorados fora dos portos. Este número representa o dobro do que existia no início do ano passado, segundo dados em tempo real da empresa de logística Kuehne + Nagel. O atraso provocou diminuição nos stocks, levando à a inflação dos preços e ao aumento da frustração dos consumidores, numa era pandémica em que as compras online aumentaram.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Les Echos

Reorganização da Airbus gera onda de contestação na Alemanha

O projeto de reagrupar as atividades de montagem das estruturas de aviões da Airbus em duas novas filiais, em França e na Alemanha, está a ser bloqueado por uma recusa do poderoso sindicato alemão IG Metall. Mas do lado francês o projeto também está a gerar algum ceticismo. Numa entrevista ao jornal regional Augsburger Allgemeine, o responsável do IG Metall para a Baviera, Johann Horn, apelou aos trabalhadores da Premium Aerotec, a filial alemã da Airbus, a saírem à rua para defenderem a sua empresa que, segundo ele, está em risco de desaparecer.

Leia a notícia completa no Les Echos (acesso condicionado, conteúdo em francês)

Reuters

Dileveroo duplicou o valor bruto de pedidos no primeiro semestre do ano

A Dileveroo, empresa de distribuição de comida, reportou um aumento para o dobro do valor de pedidos na plataforma, durante os primeiros seis meses de 2021. O valor bruto de transação aumentou 102%, para 3,386 mil milhões de libras, correspondendo a 4 milhões de euros. A empresa, que faz a ponte entre os restaurantes e mercearias e o consumidor, numa lógica de outsourcing do serviço, disse que a reabertura geral dos restaurantes no Reino Unido, o maior mercado da empresa, não influenciou este aumento. Will Shu disse que o crescimento foi forte tanto para restaurantes, como para mercearias: “A procura tem sido elevada entre consumidores”, disse, “Aumentámos a nossa clientela, vimos pessoas a continuar a encomendar com frequência e agora estamos a trabalhar com mais mercados do que qualquer outra plataforma no Reino Unido”.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Bloomberg

A oferta final do grupo Carlyle para a Vectura abre caminho para a Philip Morris

O grupo Carlyle apresentou uma proposta final de 958 milhões de libras (1130.25 milhões de euros), que dá margem à oferta de Philip Morris sobre a aquisição da Vectura. A oferta do Philip Morris é de 10 pence por ação (11 cêntimos) mais alta do que a da Carlyle, 155 pence por ação (1,83 euros). Philip Morris pode ainda aumentar a sua oferta de 165 pence por ação (1,95 euros) para agregar apoio dos acionistas mais céticos quanto a vender uma empresa de medicamentos para doenças respiratórias a uma de tabaco. Com efeito, algumas instituições solidárias de saúde e organizações científicas já se mostraram reticentes em trabalhar com a Vectura se passar a pertencer a uma fabricante de cigarros. A European Respiratory Society alertou que tal aquisição pode ser muito prejudicial para a Vectura, que perderá receitas se os profissionais de saúde deixarem de receitar os seus medicamentos para não enriquecer a indústria do tabaco, altamente prejudicial à saúde.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

 

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Lloyd’s e Tesouro britânico lançam resseguro de 750 milhões para festivais e eventos ao vivo

  • ECO Seguros
  • 11 Agosto 2021

Companhias que operam no hub londrino de (re)seguros, incluindo as seguradoras Arch, Beazley, Hiscox e Munich Re apoiam a iniciativa público-privada que pretende apoiar espetáculos e eventos ao vivo.

A indústria seguradora, representada por diversos sindicatos que operam no mercado Lloyd’s of London, associou-se a uma iniciativa do governo britânico para fornecer cobertura de seguros à indústria de eventos e espetáculos ao vivo, um setor fragilizado pelas restrições da pandemia.

Com as pessoas em desconfinamento e a economia a reanimar, à medida que cresce a proporção de vacinados e diminuem as restrições impostas pela pandemia, Rishi Sunak, responsável do Tesouro britânico, anunciou o esquema de resseguro, por montante estimado de até 750 milhões de libras esterlinas (cerca de 880 milhões de euros), para proteger um setor que, representando 70 mil milhões de libras anuais para a economia e mais de 700 mil empregos, tem enfrentado dificuldade de acesso a seguros adequados aos riscos que a pandemia coloca aos promotores de eventos, como festivais de música ao vivo.

A parceria entre a chancelaria do Tesouro e a Lloyd’s visa a criação do Events Reinsurance Scheme, integrado no programa do governo para o Emprego (Plan for Jobs), formaliza-se através de um mecanismo – para programação de espetáculos futuros – no qual o Governo do Reino Unido atuará como “ressegurador”, fornecendo a garantia pública de que as seguradoras precisam para responder às necessidades de proteção reclamada pelas empresas de espetáculos ao vivo, feiras e outros eventos públicos de empresas abertos ao público em geral.

O Lloyd’s tem apoiado os clientes desde o princípio da pandemia, e temos gosto em renovar esse esforço através da parceria com o governo do Reino Unido para concretizar o Live Events Reinsurance Scheme,” disse John Neal, CEO, do Lloyd’s of London.

O novo mecanismo de resseguro para eventos com público prevê que os organizadores possam contratar apólices de forma mais flexível e, em caso de cancelamento devido a restrições decretadas pelo governo, sejam indemnizados com base num esquema de risco partilhado entre o Tesouro e as seguradoras, explica um comunicado.

Diversos syndicates do hub londrino de seguros, incluindo companhias como Arch, Beazley, Hiscox e Munich Re apoiam a iniciativa público-privada, lista o site Insurance Times.

Numa primeira fase, o governo assume 95% da compensação e as seguradoras o restante das perdas incorridas pelos segurados. Progressivamente, 97% do pagamento caberá ao Tesouro e 3% à seguradora e, finalmente, o Tesouro assumirá até 100% do prejuízo, consoante a dimensão das perdas e o que já tiver sido adiantado pela seguradora.

A pandemia ainda não terminou, mas com grande parte da população vacinada, “o país poderá aprender a viver com Covid-19 sem maiores restrições sociais e económicas“, afirma o gabinete do responsável das Finanças do Reino Unido no comunicado que junta declarações de diversos organizadores de espetáculos.

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Sindicatos e patrões esticam margens do Governo na agenda laboral

  • ECO
  • 11 Agosto 2021

Centrais sindicais e organizações patronais remetem cadernos de encargos alternativos em resposta às propostas do Governo. Despedimentos, apoios e acordos de rendimentos em foco.

Em resposta ao pedido do Governo de contributos para a agenda do trabalho digno, os parceiros sociais enviaram cadernos de encargos alternativos, puxando pelas margens da negociação, avança o Diário de Notícias (acesso pago). Preocupações prendem-se com apoios, despedimentos e acordo de rendimentos.

Os patrões querem mais flexibilidade para despedir e que as empresas não sejam obrigadas a reintegrar quem foi ilegalmente despedido, por exemplo. Pedem também o regresso do lay-off simplificado nos moldes iniciais. Por outro lado, os sindicatos querem o regresso à discussão de um acordo de rendimentos, mudanças nos horários de trabalho, e revisitar a legislação da troika.

Já no que diz respeito ao teletrabalho, os patrões pedem ao Governo que permita que os empregadores possam recusar os pedidos de teletrabalho para quem tem filhos até aos oito anos, medida prevista na proposta do Executivo, segundo adianta o Jornal de Negócios (acesso pago). Por outro lado, a UGT concorda com o alargamento das situações em que se garante o direito de acesso a teletrabalho, mas alerta para o impacto do “recurso mais massivo àquela forma de prestação de trabalho”.

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PSI-20 na linha de água em dia de recorde nas bolsas europeias

Quedas do grupo EDP e do BCP penalizam o desempenho do índice de referência nacional. Pela Europa, pan-europeu Stoxx 600 atinge máximos.

A bolsa nacional arrancou o dia a negociar junto da linha de água, oscilando entre ganhos e perdas. A praça lisboeta não é assim contagiada pelo sentimento positivo entre as congéneres europeias, com o índice pan-europeu Stoxx 600 a atingir um recorde. A Galp Energia impulsiona o desempenho nacional, enquanto o grupo EDP e o BCP travam maiores ganhos.

O principal índice de referência nacional, o PSI-20, sobe 0,13% para os 5.159,67 pontos. Entre as 18 cotadas, a maioria arranca o dia a negociar em “terreno” verde.

A liderar os ganhos encontrava-se a Corticeira Amorim, a avançar 1,59% para os 11,50 euros. No entanto, a cotada inverteu a tendência numa questão de minutos, seguindo agora a recuar mais de 1%.

Em “terreno” verde, o destaque vai para a Galp Energia, que soma 0,71% para os 8,556 euros, e para a Jerónimo Martins, que valoriza 0,49% para os 17,29 euros.

Já nas quedas, sobressai o grupo EDP. A subsidiária EDP Renováveis perde 0,58% para os 20,48 euros, enquanto a EDP recua 0,31% para os 4,503 euros. Nota também para o BCP, que cai 0,16% para os 0,1248 euros.

Pela Europa, o dia arranca positivo, com o Stoxx 600 a subir 0,2% para um novo máximo. Olhando para as principais praças, o espanhol IBEX-35 ganha 0,3%, a par com o francês CAC-40. Já o britânico FTSE 100 soma 0,4%, enquanto o alemão DAX avança 0,1%.

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Lisboa sem vagas para agendar o cartão de cidadão até outubro

  • ECO
  • 11 Agosto 2021

Sindicato culpa a falta de profissionais pelas longas filas e alerta que os utentes já chegaram a provocar desacatos e violência contra os funcionários.

Em algumas zonas do país, tem de se esperar mais de três meses para pedir ou renovar o cartão do cidadão, segundo o Jornal de Notícias (acesso condicionado). A situação da falta de vagas é particularmente grave na Área Metropolitana de Lisboa, onde em 17 dos 18 concelhos têm as vagas todas preenchidas até outubro. Em Gondomar, Paredes e Trofa, concelhos da Área Metropolitana do Porto, também só têm vagas disponíveis a partir de 1 de novembro. O agendamento online realiza-se no portal do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN).

Longas filas para tratar do cartão do cidadão em 2019.

Há 20 anos, existiam 5282 oficiais de registo. Em 2020, estavam a trabalhar 3447, menos 35%, segundo o Sindicato Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN). Esta quebra é a razão pela qual há falta de vagas, que leva as pessoas a formarem longas filas de espera, muitas vezes desde as cinco e as seis da manhã, “à espera que haja uma desistência”, avisa Arménio Maximino, do sindicato. “Depois, fazem pressão, há insultos e agressões, há colegas que têm ficado magoados, e isto não devia acontecer. Nos primeiros dias de agosto, as filas têm sido agravadas com os pedidos dos emigrantes”. O STRN alertou ainda que, na semana passada, funcionários “foram agredidos a murro e pontapé por pessoas que forçaram a entrada na conservatória e exigiram ser atendidas”, no Barreiro e na Amadora.

O Governo espera que esta situação retome à normalidade, embora tenha reaberto a possibilidade do atendimento sem marcação, numa altura em que os serviços estão ocupados com os agendamentos prévios. “A abertura do atendimento espontâneo, sem marcação, foi uma estupidez, na medida em que as conservatórias têm tudo preenchido com o agendamento”, revela o presidente do STRN. Trata-se de uma “rutura completa”, porque é impossível responder a estes utentes que surgem sem marcação, enquanto se dá prioridade a quem agendou atempadamente, alerta o sindicato.

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Campanha de Moedas prevê gastar 300 mil euros, Medina chega aos 236 mil

  • ECO
  • 11 Agosto 2021

Apesar de não ficar à frente nas despesas com as campanhas nas maiores cidades, no total para estas eleições, é o PS que estima gastar mais: 10,2 milhões de euros.

A coligação entre PSD, CDS, PPM, MPT e Aliança para Lisboa é a que prevê despesas e receitas mais elevadas com a campanha, de acordo com os orçamentos entregues pelos partidos à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) para as próximas autárquicas e citados pela TSF e Público. Estão orçamentados 300 mil euros de despesa com a campanha.

Já a campanha de Fernando Medina, atual presidente da autarquia, estima receitas e gastos de 236.500 euros. Nos orçamentos para a campanha na capital lisboeta segue-se a CDU (100 mil euros), o BE (59.642 euros) e a Iniciativa Liberal (41 mil euros). Já o PAN prevê gastar 33 mil euros e o Chega de 16 mil.

No Porto, a campanha do PSD também, tendo como cabeça de lista Vladimiro Feliz, também se destaca, ao orçamentar 200 mil euros. No entanto, não está ainda disponível o orçamento da campanha do independente Rui Moreira (nem de outro grupo de cidadãos). O PS planeia gastar com a campanha para a candidatura de Tiago Barbosa Ribeiro 167 mil euros.

Quanto às campanhas dos outros partidos para as eleições autárquicas na Invicta, a da CDU planeia uma despesa de 57 mil euros, a do BE 48 mil, a do Chega 16 mil e a do PAN 14.500 euros.

Apesar de não ficar à frente nas despesas com as campanhas nas maiores cidades, no total para estas eleições, é o PS que estima gastar mais: 10,2 milhões de euros. Já o PSD tem orçamentados 9,2 milhões de euros.

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Governo rejeita atrasos na negociação do PT2030

  • ECO
  • 11 Agosto 2021

A discussão pública do documento será feita depois das eleições autárquicas, para permitir a conclusão dos "programas operacionais algures em finais de outubro, meados de novembro".

O Governo garante que não descurou a preparação do próximo quadro comunitário de apoio e rejeitas críticas de atrasos. O ministro do Planeamento, em declarações ao Jornal de Negócios (acesso pago), diz que a “macroprogramação do Portugal 2030”, aprovada no Conselho de Ministros de 29 de julho, assim como a organização e distribuição dos grandes pacotes, será discutida com os parceiros sociais em setembro, seguindo para Bruxelas o Acordo de Parceria “no final de setembro”.

Miguel Poiares Maduro, que foi o ministro com a tutela dos fundos europeus no Governo de Pedro Passos Coelho e que teve a seu cargo a negociação do atual quadro comunitário sublinhou os atrasos, lembrando que Portugal foi o primeiro a entregar o Acordo de Parceria do Portugal 2020 a Bruxelas, um marco que não se poderá repetir desta vez, porque a Grécia já entregou o seu. Luís Marques Mendes, no seu espaço de cometário semanal na SIC, retomou o tema lembrando que o Executivo “acelerou a bazuca”, mas cometeu “uma falha grave” ao negligenciar o PT 2030 que “está atrasado”.

Nelson Souza explica que o Governo não coloca os “instrumentos de financiamento à frente da estratégia” 2030, na qual o Executivo está a trabalhar para responder aos desafios da próxima década, e reitera que os primeiros concursos do Portugal 2030 serão abertos antes do final de 2021. O ministro com a tutela dos fundos recorda que as empresas vão poder contar com seis mil milhões de euros no PT2030 — cinco milhões para o mesmo tipo de apoios de que já beneficiam e mil milhões para incentivar a transição energética e a descarbonização, uma forma de cumprir as regras definidas pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

A discussão pública do documento será feita depois das eleições autárquicas, para permitir a conclusão dos “programas operacionais algures em finais de outubro, meados de novembro”. António Costa no debate do Estado da Nação, já tinha delineado este calendário dizendo que queria “arrancar logo no próximo ano com a execução dos 23 mil milhões de euros do PT 2030”.

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Hoje nas notícias: autárquicas, PT2030 e trabalho

  • ECO
  • 11 Agosto 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A coligação que apoia Carlos Moedas na candidatura para Lisboa planeia gastar 300 mil euros com a campanha, enquanto o orçamento da campanha do socialista Fernando Medida ascende a 236 mil. No que diz respeito à negociação do PT2030, o Governo assegura que está em andamento, afastando um cenário de atraso. Quanto às conversações para a agenda laboral, os parceiros sociais estão a esticar as margens do Governo. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Campanha de Moedas prevê gastar 300 mil euros, Medina chega aos 236 mil

A coligação entre PSD, CDS, PPM, MPT e Aliança para Lisboa é a que prevê despesas e receitas mais elevadas com a campanha, de acordo com os orçamentos entregues pelos partidos à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) para as próximas autárquicas. Estão orçamentados 300 mil euros de despesa com a campanha. Já a campanha de Fernando Medina, atual presidente da autarquia, estima receitas e gastos de 236.500 euros. Segue-se a CDU (100 mil euros), o BE (59.642 euros) e a Iniciativa Liberal (41 mil euros). Já o PAN prevê gastar 33 mil euros e o Chega de 16 mil.

Leia a notícia completa na TSF (acesso livre)

Governo rejeita atrasos na negociação do PT2030

O Governo garante que não descurou a preparação do próximo quadro comunitário de apoio e rejeitas críticas de atrasos. O ministro do Planeamento diz que não coloca os “instrumentos de financiamento à frente da estratégia” 2030, na qual o Executivo está a trabalhar para responder aos desafios da próxima década e reitera que os primeiros concursos do Portugal 2030 serão abertos antes do final de 2021. Nelson Souza confirma ainda que a “macroprogramação do Portugal 2030” foi aprovada no Conselho de Ministros de 29 de julho, assim como a organização e distribuição dos grandes pacotes. O documento será discutido com os parceiros sociais em setembro.

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Sindicatos e patrões esticam margens do Governo na agenda laboral

Em resposta ao pedido do Governo de contributos para a agenda do trabalho digno, os parceiros sociais enviaram cadernos de encargos alternativos, puxando pelas margens da negociação. Os patrões querem mais flexibilidade para despedir e que as empresas não sejam obrigadas a reintegrar quem foi ilegalmente despedido, por exemplo. Por outro lado, os sindicatos querem o regresso à discussão de um acordo de rendimentos, mudanças nos horários de trabalho, e revisitar a legislação da troika. Já no que diz respeito ao teletrabalho, os patrões pedem ao Governo que permita que os empregadores possam recusar os pedidos de teletrabalho para quem tem filhos até aos oito anos, medida prevista na proposta do Executivo.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Agendar o cartão de cidadão ainda demora três meses

A falta de funcionários, que diminuíram 35% em 20 anos, está a fazer com que se tenha de esperar três meses para encontrar vagas para tratar do cartão do cidadão, avisa o Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado. A situação é particularmente grave na Área Metropolitana de Lisboa, onde todas as vagas já foram ocupadas em 17 dos 18 concelhos, até outubro. Em Gondomar, Paredes e Trofa, pertencentes à Área Metropolitana do Porto, também só há vagas depois de 1 de novembro. O sindicato alerta ainda para a escalada de violência nas longas filas de espera, que muitas vezes começam entre as cinco e as seis da manhã, e já resultaram na agressão a funcionários.

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Brisa só pagou cinco dos 6,8 milhões reclamados pelo Estado

A Brisa ainda tem de devolver 1,8 milhões de euros ao Estado Português, de um total de 6,8 milhões. A Inspeção Geral das Finanças refere que a diferença de valores pagos “resulta de divergências de entendimento no critério de apuramento do montante dos trabalhos a mais comparticipáveis pelo Estado (1,1 milhões de euros) e do alegado direito a juros de mora relativos à comparticipação do Estado nas taxas de portagem aplicáveis aos veículos das classes 3 e 4”, isto é, 700 mil euros. O valor total a pagar pela Brisa resultou de um acerto de contas quanto à execução do acordo de concessão rodoviária, assinado em 2008, e a um acerto de contas relativamente a encargos assumidos pelo Estado por investimentos que derivaram da Brisa.

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Vacinas da Covid-19 injetam milhões nas contas das farmacêuticas

As empresas responsáveis pelas quatro vacinas aprovadas na UE melhoraram todas os seus resultados no primeiro semestre. Para algumas, a vacina foi mesmo a principal fonte de receita.

As primeiras vacinas contra a Covid-19 surgiram mais rápido do que seria de esperar à luz do passado. Para bem da Humanidade, em vez de uma década de desenvolvimento, várias empresas farmacêuticas foram capazes de produzir, aprovar e fabricar em massa diversas vacinas no espaço de poucos meses desde a sequenciação genética do vírus descoberto em Whuan, China.

Na União Europeia, a vacinação arrancou em simultâneo nos 27 Estados-membros no final de dezembro de 2020. E existem quatro vacinas já aprovadas de emergência pela Agência Europeia do Medicamento: Comirnaty (do consórcio BioNTech/Pfizer), Vaxzevria (da AstraZeneca), Spikevax (da Moderna) e a vacina de dose única da Janssen, subsidiária do grupo Johnson&Johnson. Menos de um ano depois, Portugal já injetou pelo menos uma dose destas vacinas em mais de 7,3 milhões de pessoas, 71% da população.

Agora, as cinco farmacêuticas envolvidas nessas quatro vacinas começam a colher os lucros de um ano de trabalho. A análise aos resultados do primeiro semestre de 2021 põe a descoberto melhorias significativas no desempenho financeiro que apresentaram aos investidores. O escrutínio é possível porque as cinco empresas estão cotadas em bolsa, pelo que são obrigadas a publicar trimestralmente esta informação.

De prejuízos a lucros no semestre

A última a apresentar publicamente os resultados foi a alemã BioNTech. O relatório mostra que a empresa passou de um prejuízo de 141,7 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2020 para um lucro de 3,9 mil milhões de euros até junho de 2021. As receitas totais da companhia passaram de 69,4 milhões para cerca de 7,36 mil milhões no semestre, de acordo com a informação não auditada apresentada pela companhia. Nem tudo se deve a esta vacina. Porém, a empresa admite que ela foi a grande impulsionadora das suas contas.

Em conjunto com a norte-americana Pfizer, as duas empresas já forneceram a mais de 100 países um total de mil milhões de doses de vacina anti-Covid. Planeiam fornecer um total de 2,2 mil milhões de doses no ano completo de 2021 e têm contratos para mais de mil milhões de doses adicionais para 2022 em diante. Neste contexto, os resultados da Pfizer também registaram melhorias expressivas.

Recentemente, a empresa reportou um lucro de 10,4 mil milhões de dólares nos primeiros seis meses de 2021, um crescimento de 53% face ao semestre homólogo do ano passado. O negócio das vacinas superou largamente aquele que era, até então, a principal rubrica de receita da empresa: os tratamentos oncológicos.

Desta feita, no semestre, a Pfizer gerou receitas de 9,2 mil milhões de dólares com a vacina da Covid-19, o que compara com as receitas de 1,2 mil milhões registadas no mesmo semestre de 2020, altura em que ainda não havia esta vacina. Deste montante, a vacina em concreto contribuiu com 7,8 mil milhões em vendas diretas e indiretas. O desempenho positivo levou mesmo a Pfizer a rever em alta a estimativa de receitas com a vacina para o ano de 2021: 33,5 mil milhões, ao invés dos 26 mil milhões que previa anteriormente.

A vacina da Covid-19 também amparou as contas da norte-americana Moderna. Nos primeiros seis meses de 2020, a empresa tinha perdido 241 milhões de dólares. No primeiro semestre de 2021, contudo, obteve um resultado líquido positivo de 4 mil milhões. No campo das receitas, se, até aqui, a Moderna não tinha gerado qualquer rendimento com vendas de produtos, acabou por obter 5,93 mil milhões de dólares com a venda da vacina entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2021.

Uma gota no oceano

Dos EUA para o Reino Unido, a britânica AstraZeneca desenvolveu uma vacina contra a Covid-19 em conjunto com a Universidade de Oxford. É uma vacina que tem sido alvo de algumas restrições, incluindo em Portugal, depois das preocupações suscitadas por casos extremamente raros de coágulos sanguíneos.

Os lucros da AstraZeneca na primeira metade do ano subiram quase 38%, para 2,49 mil milhões de dólares, assumindo um lucro por ação de 1,61 dólares reportado pela companhia, multiplicado por quase 1,55 mil milhões de ações, que compara com o lucro por ação de 1,17 dólares reportado no primeiro semestre de 2020. Mas a vacina da Covid-19 teve pouco peso nas contas da empresa, a avaliar pelas declarações financeiras do grupo: contribuiu com 1,17 mil milhões de dólares para as receitas totais de 15,54 mil milhões.

Quanto à Johnson&Johnson, que produziu a única vacina que só exige uma dose, e que foi distribuída pela subsidiária Janssen, os lucros semestrais da empresa cresceram 32,4%, para 12,5 mil milhões de dólares. Mas a vacina da Covid-19 também foi uma gota no oceano do grupo. No conjunto do semestre, a empresa registou vendas de 264 milhões de dólares com a vacina.

Estes resultados surgem numa altura em que se discute a administração de uma terceira dose em alguns países, incluindo em Portugal (ou uma segunda dose, no caso da vacina da Janssen). Além disso, no início deste mês, o jornal Financial Times noticiou que a Pfizer e a Moderna aumentaram o preço das suas vacinas contra a Covid-19. O preço de uma dose de vacina da Pfizer terá aumentado de 15,50 euros para 19,50 euros, enquanto o preço de uma dose da vacina da Moderna terá subido para 21,48 euros, face aos anteriores 19 euros.

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Quais os países da UE que mais usam energias renováveis?

A Suécia surge destacada, com mais da metade de energia proveniente de fontes renováveis ​​no seu consumo final bruto de energia (56,4%). Portugal surge em 7º na lista, com 30,6% de renováveis.

A Europa quer tornar-se no primeiro continente do mundo neutro em carbono até 2050, tal como dita o Green Deal, e as energias renováveis são um forte aliado para lá chegar: reduzem as emissões de gases de efeito estufa, diversificam as fontes energia e baixam a dependência face aos combustíveis fósseis (petróleo e gás).

Em 2019, as energias renováveis ​​representavam 19,7% da energia consumida na UE-27, apenas 0,3% abaixo da meta traçada por Bruxelas de 20% para 2020, revelam os dados mais recentes do Eurostat. Em 2004, esta percentagem era de apenas 9,6%. Ou seja, no espaço de 16 anos a percentagem do consumo final bruto de energia de fontes renováveis ​​mais do que duplicou na UE, um aumento expressivo ditado sobretudo pelas leis do Executivo europeu.

“Esta evolução positiva foi motivada pelos objetivos juridicamente vinculativos de aumento da quota de energia proveniente de fontes renováveis, promulgados pela Diretiva 2009/28 relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis”, refere o Eurostat.

No entanto, e mesmo que a UE, como um todo, esteja em vias de cumprir os seus objetivos para as energias renováveis, alguns Estados-membros estão ainda longe da meta e terão de levar a cabo “esforços adicionais” para cumprir as suas obrigações no que diz respeito à quota global de energia proveniente de fontes renováveis ​​no consumo final bruto de energia e à presença de energia limpa nos transportes.

Com mais da metade de energia proveniente de fontes renováveis ​​em seu consumo final bruto de energia, a Suécia (56,4%) teve de longe a maior participação entre os Estados-membros da UE em 2019, à frente da Finlândia (43,1%), Letónia (41,0%), Dinamarca (37,2%), Áustria (33,6%) e Estónia (31,9%).

Nesta lista, Portugal é o sétimo país da UE com maior percentagem de renováveis, com 30,6%.

No extremo oposto da escala, as menores percentagens de energias renováveis ​​foram registadas no Luxemburgo (7,0%), Malta (8,5%), Países Baixos (8,8%) e Bélgica (9,9%).

Os dados do Eurostat indicam que 14 países da UE já ultrapassaram os seus próprios objetivos em termos de renováveis para 2020. Seis países estão já muito perto dos seus objetivos: Hungria, Áustria e Portugal a 0,4 pontos percentuais (pp), Alemanha (0,6 pp), Malta (1,5 pp) e Espanha (1,6 pp).

Em contrapartida, ainda bastante distantes dos seus objetivos nacionais encontram-se a França (5,8 pp), Países Baixos (5,2 pp), bem como a Irlanda e o Luxemburgo (ambos a 4 pp).

Portugal é o 4º país da UE com mais renováveis na eletricidade

Olhando mais em pormenor, o Eurostat revela que em 2019, as fontes de energia renovável ​​representaram 34% do consumo bruto de eletricidade na UE-27, ligeiramente acima dos 32% registados em 2018. Portugal é o 4º país da UE-27 com maior peso de energias limpas na energia elétrica, apenas atrás da Áustria, Suécia e Dinamarca.

As energias eólica e hídrica representaram dois terços do total da eletricidade produzida a partir de fontes renováveis ​​(35% cada). O restante foi gerado a partir de energia solar (13%), biocombustíveis sólidos (8%) e outras fontes renováveis ​​(9%).

“A energia solar é a fonte de crescimento mais rápido: em 2008, era responsável apenas por 1%. Isso significa que o crescimento da eletricidade proveniente da energia solar foi dramático, passando de apenas 7,4 TWh em 2008 para 125,7 TWh em 2019”, refere o gabinete de estatísticas da UE na sua análise.

Entre os 27 Estados-Membros da UE, mais de 70% da eletricidade consumida em 2019 foi produzida a partir de fontes renováveis ​​na Áustria (75%) e na Suécia (71%).

O consumo de eletricidade proveniente de fontes renováveis ​​também foi elevado na Dinamarca (65%), Portugal (54%) e Letónia (53%), representando mais de metade da eletricidade consumida.

No outro extremo da escala, a participação da eletricidade proveniente de fontes renováveis ​​era de 10% ou menos em Malta (8%), Chipre, Luxemburgo e Hungria (todos 10%).

Transportes com apenas 8,9% de energia renovável em 2019

Os países da UE chegaram a acordo para estabelecer uma meta comum de 10% para a parcela de energia renovável (incluindo biocombustíveis líquidos, hidrogénio, biometano, eletricidade “verde”, etc.) usada nos transportes até 2020. No entanto, em 2019 esta percentagem estava ainda nos 8,9%.

Também aqui Portugal surge bem classificado, em sexto lugar na tabela, com 9,1%.

Entre os Estados-Membros da UE-27, a percentagem de energia renovável no consumo de combustível para transportes oscilou entre máximos de 30,3% na Suécia, 21,3% na Finlândia e 12,5% nos Países Baixos até 4% ou menos na Grécia e Lituânia (ambos 4,0%) e Chipre (3,3%).

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Zona Euro é o nono lugar do mundo onde é mais caro comprar um Big Mac

O índice Big Mac foi criado nos anos 80 pela The Economist e serve de indicador formal do poder de compra e da valorização das moedas em cada um dos países em que esse famoso hambúrguer é vendido.

Um hambúrguer comprado no McDonald’s pode ser mais do que uma refeição. Nos anos oitenta do século passado, a revista The Economist transformou o Big Mac num índice que, informalmente, avalia o poder de compra e a valorização das moedas de cada um dos países em que a referida cadeia está presente. Hoje é na Venezuela que é mais caro comprar um desses famosos hambúrgueres, sendo o bolívar a moeda mais sobrevalorizada do conjunto das regiões analisadas. A Zona Euro aparece no nono lugar dessa lista, descendo uma posição face a 2020.

De acordo com os dados da revista britânica, comprar um Big Mac na área da moeda única custa 4,27 euros. Já nos Estados Unidos, são precisos 5,65 dólares para adquirir um desses hambúrgueres. Ou seja, está implícita uma taxa de câmbio de cerca de 0,76. Ora, a taxa de câmbio que está efetivamente em vigor está fixada em 0,85, o que sugere, calcula a The Economist, que o euro está subavaliado em 11,1%.

Por outro lado, custa 30.164.100 bolívares para comprar um Big Mac na Venezuela (país onde, por exemplo, o salário mínimo está fixado nos 10 milhões de bolívares). Como nos Estados Unidos esse mesmo hambúrguer custa 5,65 dólares, está implícita uma taxa de câmbio de 5.338.778,76. A diferença entre esse valor e a taxa atualmente em vigor — 3.613.989,07 — indica que a moeda venezuelana está sobrevalorizada em 47,7%, estima a The Economist.

A Venezuela é, de resto, o país cuja moeda é alvo de maior sobrevalorização, de acordo com o Índice Big Mac. É importante notar que este país atravessa uma crise económica há vários anos, que tem sido acompanhada por hiperinflação.

Depois do bolívar venezuelano, é o franco suíço a moeda mais sobreavaliada. Desde o início de 2015 que esta moeda ocupava a posição cimeira dessa tabela, tendo perdido agora esse lugar para o bolívar. Na Suíça, comprar um Big Mac custa 6,50 francos, valor que, quando comparado com o preço praticado nos Estados Unidos, indica que a taxa de câmbio implícita é de 1,15. Ora, a taxa de câmbio que está a ser atualizada é de 0,92, o que significa que o franco suíço está sobrevalorizado em 24,7%.

Por outro lado, é a libra libanesa a moeda mais subvalorizada do conjunto avaliado pela The Economist. Isto já que comprar um Big Mac no Líbano custa 37.000 libras, o que significa que há uma taxa de câmbio implícita, face ao preço praticado nos Estados Unidos, de 6.548,67. “A diferença entre este valor e a taxa de câmbio real, 22.000, sugere que a libra libanesa é subvalorizada em 70,2%“, sublinha a revista britânica. Na base da tabela, aparece ainda a moeda russa, que é alvo de uma subvalorização de 59,9%, segundo as contas da The Economist.

O Índice Big Mac foi criado em 1986 como uma ferramenta informal para avaliar se as moedas estão ou não “no seu nível correto”, explica a revista. Este indicador é baseado na teoria da paridade do poder de compra, que diz que, a longo prazo, as taxas de câmbio devem caminhar para um nível que permita igualar os preços de um determinado cabaz de produtos (neste caso, um hambúrguer do McDonald’s) entre países.

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