Apenas 10% das empresas de TI em todo mundo implementaram práticas de inclusão e diversidade

Um estudo recente conduzido pelo Capgemini Research Institute revela que apenas 10% das empresas de TI a nível mundial foram capazes de implementar práticas avançadas de inclusão e de diversidade.

A inclusão e a diversidade continuam a não ser um dos principais focos das empresas: apenas 10% das empresas de TI a nível mundial foram capazes de implementar práticas avançadas de inclusão e de diversidade, segundo um estudo da Capgemini Research Institute, intitulado “The key to designing inclusive tech: creating diverseand inclusive tech teams”. Uma grande maioria das instituições (90%) pretende ainda colocar em prática medidas inclusivas.

“Num mundo em que a procura por produtos e serviços assentes em tecnologia que não sejam discriminatórios e que tenham sido desenvolvidos com base em critérios inclusivos continua a crescer, a importância de implementar equipas, culturas e práticas tecnológicas inclusivas é mais importante do que nunca”, alertou Shobha Meera, Chief Corporate Social Responsibility Officer e Executive Committee Member do Grupo Capgemini, em comunicado.

A aposta em práticas de inclusão e diversidade podem trazer, para além do benefício social, retornos financeiros para as instituições com departamentos de TI. Olhando para os números, empresas que implementaram tais medidas beneficiaram de mais-valias, que permitiram aumentar as suas receitas (56%) e melhorar os níveis de satisfação dos clientes (51%), revela ainda o estudo da CapgeminiResearchInstitute.

Gestores e trabalhadores com opiniões diferentes

Gestores e trabalhadores têm, no entanto, uma grande disparidade de perceção sobre a existência de inclusão e diversidade dentro das suas empresas. Enquanto 85% dos gestores considera que as suas empresas oferecem oportunidades justas de desenvolvimento de carreiras e de promoção a todos os seus trabalhadores, apenas 18% dos trabalhadores do sexo feminino e dos que pertencem a minorias étnicas partilha da mesma opinião. De salientar também que 16% dos trabalhadores entrevistados acreditam ter sido bem representados nas suas equipas.

O estudo também ressalva que o fosso de perceção existente entre os gestores e os seus trabalhadores do sexo feminino e de minorias étnicas sobre o nível de inclusão é menor nas organizações que possuem uma cultura inclusiva mais avançada.

A investigação foi conduzida em 1000 pessoas que trabalham na área tecnológica. Das pessoas inquiridas, 500 eram mulheres e pessoas de minorias étnicas a nível mundial e as outras 500 eram gestores.

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EDP Renováveis e BCP prolongam ganhos do PSI-20

A bolsa de Lisboa prolongou os ganhos registados na semana passada, ao somar mais 0,34%, amparada pela EDP Renováveis e pelo BCP. No lado oposto, correção dos CTT impediu um avanço maior do PSI-20.

A bolsa de Lisboa prolongou os ganhos da semana passada, impulsionada pelos setores da eletricidade, banca e telecomunicações. O índice nacional PSI-20 acompanhou a tendência das principais praças europeias, que também registaram ganhos esta segunda-feira.

Depois da melhor semana em quatro meses, na qual subiu mais de 2%, o principal índice português continuou a somar ganhos nesta sessão. Avançou 0,34%, para 5.151,98 pontos, com 11 cotadas em terreno positivo, seis em terreno negativo e a tecnológica Novabase com o preço inalterado face a sexta-feira.

A empresa que registou o melhor desempenho foi a Semapa, ao somar 3,02%, para 11,58 euros. Mas a EDP Renováveis e o BCP foram as empresas que mais ampararam o PSI-20. A empresa de energias renováveis ganhou 1,79%, para 20,42 euros, enquanto o banco avançou 1,04%, para 12,67 cêntimos.

Cotação da EDP Renováveis em Lisboa:

A operadora Nos também contribuiu, ao valorizar 0,87%, para 3,264 euros. Do lado dos ganhos, nota ainda para a EDP, cujas ações subiram 0,40%, para 4,503 euros nesta sessão.

Em sentido inverso, os CTT pesaram de forma expressiva na bolsa de Lisboa. A empresa postal eliminou parte dos ganhos obtidos na semana anterior, depois de ter apresentado resultados que animaram os investidores, caindo 3,37%, para 4,59 euros.

Num contexto de queda dos preços do petróleo, a Galp Energia também deslizou: recuou 0,43%, para 8,41 euros, num dia em que o preço do barril de Brent, referência para as importações nacionais, cede 2,69%. Os futuros trocam de mãos a 68,8 dólares em Londres.

No resto da Europa, o Stoxx 600 avançou 0,6%, o francês CAC-40 e o espanhol IBEX-35 somaram 0,1%, o britânico FTSE 100 ganhou 0,2% e o alemão DAX fechou inalterado.

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Banco de Portugal explica reforço da proteção a clientes após fim das moratórias

O Banco de Portugal (BdP) esclareceu como vão funcionar as "novas regras" que dão um alívio aos clientes após o fim das moratórias, previsto para 30 de setembro.

Já estão em vigor as “novas regras” que protegem os clientes bancários após o fim das moratórias. Num comunicado que esclarece como vão funcionar as medidas, o Banco de Portugal (BdP) lembra que o decreto-lei obriga os bancos a contactarem os clientes bancários que tenham créditos abrangidos pela moratória pública que termina a 30 de setembro.

Ao abrigo do diploma do Governo, que entrou em vigor a 7 de agosto, o supervisor recorda que os bancos “passam a estar” obrigados a “contactar os clientes bancários” com empréstimos sob moratória “com a antecedência mínima de 30 dias” face à data prevista de fim das moratórias. Este contacto tem o objetivo de recolher elementos para que o banco possa avaliar a capacidade financeira dos clientes e medir o pulso ao risco de incumprimento.

No caso de o banco considerar existir risco de incumprimento de um determinado cliente, mas estimar que este tem “capacidade financeira”, a instituição tem de “apresentar, com a antecedência mínima de 15 dias face à data prevista para o fim da moratória, propostas que visem evitar a entrada do contrato de crédito em incumprimento”. Os clientes têm cinco dias para prestar estas informações.

O supervisor liderado por Mário Centeno informa ainda que o “regime geral do incumprimento passa a abranger os créditos concedidos por sociedades financeiras, instituições de pagamento e de moeda eletrónica, bem como os contratos de locação financeira”. Há ainda um reforço das obrigações dos bancos no que toca ao plano de ação para o risco de incumprimento (PARI) e ao procedimento extrajudicial de regularização de situações de incumprimento (PERSI).

“Relativamente ao PARI, as instituições devem promover, com a regularidade a definir pelo BdP, uma avaliação dos contratos de crédito celebrados com vista a identificar indícios de degradação da capacidade financeira dos respetivos mutuários. O desemprego, a perda de rendimentos do mutuário e o facto de o cliente desenvolver a sua atividade profissional num setor em dificuldades passam a integrar os indícios de risco de incumprimento”, lê-se no comunicado.

Além disso, “caso a instituição confirme o risco de incumprimento e o cliente bancário disponha de capacidade financeira, no prazo de 15 dias após a disponibilização das informações e dos documentos solicitados ao cliente, a instituição deve apresentar-lhe propostas adequadas a prevenir a entrada do contrato de crédito em incumprimento” que podem passar por várias vias.

Entre elas estão, por exemplo, a “renegociação do contrato de crédito, através da alteração de uma ou mais condições (por exemplo, o alargamento do prazo, a definição de um período de carência ou o diferimento de parte do capital para o final do contrato)”, mas também a “consolidação do contrato de crédito com outros contratos de crédito de que o cliente seja mutuário” ou mesmo o “refinanciamento da dívida”.

Os clientes que se encontrem em risco de incumprimento de um contrato de crédito podem recorrer à Rede de Apoio ao Consumidor Endividado. Como explica o BdP, “é uma rede de entidades constituída por centros de informação e arbitragem de conflitos de consumo e por outras pessoas coletivas”, que “prestam, a título gratuito, informação, aconselhamento e acompanhamento dos clientes bancários em risco de incumprimento ou em mora no cumprimento de contratos de crédito”.

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Ouro em mínimos de quatro meses com receios à volta da Fed

Dados animadores do emprego nos Estados Unidos aumentaram receios de que o banco central aumente as taxas de juro mais cedo que o previsto. Ouro cai 8% desde janeiro.

O ouro está a cair mais de 4% nos mercados, tocando mínimos de mais de quatro meses. Este desempenho do metal precioso acontece numa altura em que aumentam os receios de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) comece em breve a reduzir os seus estímulos monetários, aumentando os juros mais rapidamente do que esperado. Isso faria subir o custo de manter o ouro sem juros.

Faz este mês um ano que o ouro tocou um máximo histórico de cerca de 2.040 dólares (1.734,41 euros). Atualmente, o metal precioso está quase 15% abaixo desse patamar. Hoje, está a cair 1,5% para 1.736,65 dólares (1.476,50 euros), o valor mais baixo desde março. Nas últimas sete semanas, a perda acumulada é de 4% e desde o início do ano já desvalorizou 8%.

Desempenho do ouro desde agosto de 2020, mês em que bateu um máximo histórico.Reuters

Este desempenho de queda foi ainda mais acentuado pelos dados económicos dos Estados Unidos, revelados na semana passada. As estatísticas do emprego foram animadoras e mostraram que em julho as empresas contrataram o maior número de trabalhadores em quase um ano. Isso alimentou rumores de que a Fed poderá aumentar as taxas de juro mais depressa do que o esperado.

Esta segunda-feira deu-se uma ligeira recuperação, mas o metal precioso continua sob forte pressão. “O ouro recuperou durante a negociação, à medida que os caçadores de pechinchas aproveitaram o preço baixo para entrar no mercado”, diz Falkmar Butgereit, trader sénior da Heraeus Metals Germany GmbH, citado pela Bloomberg (conteúdo em inglês).

Ainda assim, o especialista nota que “muitos investidores agora temem que a Fed comece em breve a reduzir as compras de títulos, aumentando as expectativas de aumentos das taxas de juros em 2022/2023″.

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Despedimentos coletivos caem para níveis pré-pandemia

Nos primeiros seis meses do ano, foram comunicados 220 despedimentos coletivos. Número de processos iniciados está em queda há cinco meses consecutivos.

O número de despedimentos coletivos está em queda. Nos primeiros seis meses do ano, foram comunicados 202 processos, menos 129 do que no semestre anterior. Em causa está o valor semestral mais baixo de toda a crise pandémica, estando Portugal agora em níveis semelhantes aos registados antes do impacto da Covid-19 no mundo do trabalho.

De acordo com a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), em junho, e pelo quinto mês consecutivo, o número de despedimentos coletivos desceu. Foram comunicados 24 processos, menos dois do que em maio e menos 28 do que no mesmo mês de 2020. Estes dados permitem, de resto, fazer já um balanço do primeiro semestre do ano.

Tudo somado, nos primeiros seis meses de 2021, foram comunicados 202 processos de despedimentos coletivos: 72 em microempresas, 81 em pequenas empresas, 33 em médias empresas e 16 em grandes empresas. Mais de 60% desses processos foram abertos na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Face ao semestre anterior, houve uma redução de quase 39% dos processos comunicados. E em comparação com o período homólogo, registou-se uma quebra de quase 45%, sendo que o primeiro semestre de 2020 foi o primeiro a ser prejudicado pela pandemia de coronavírus, o que explica este recuo significativo. Os 202 processos do primeiro semestre de 2021 ficam próximos, de resto, do valor (198) registado no último semestre livre de Covid-19.

Despedimentos coletivos estão em queda

Fonte: DGERT

Segundo a DGERT, até junho, havia 2.342 trabalhadores a despedir abrangidos por processos de despedimento coletivo e 2.108 já tinha sido despedidos. Em comparação, nos primeiros seis meses de 2020, 3.303 trabalhadores já tinha sido despedidos ao abrigo de processos deste tipo.

Só em junho, há a contabilizar 528 trabalhadores a despedir, número superior ao registado nos cinco meses anteriores: é preciso recuar a dezembro de 2020 para encontrar um valor mensal de trabalhadores a despedir mais elevado, apesar do número de processos de despedimento comunicado estarem em queda nos últimos meses. Ainda assim, em junho de 2020, havia 684 trabalhadores nessa situação, o que significa que houve uma melhoria no mercado de trabalho. Além disso, 426 trabalhadores foram efetivamente despedidos em junho. No período homólogo foram 655.

De notar que dois dos despedimentos coletivos mais polémicos deste ano — o da TAP e o da Altice — só deverão ter sido comunicados em julho, pelo que não entram ainda neste balanço de processos iniciados nem de trabalhadores a despedir nesse âmbito.

Apoios travam despedimentos, retoma ajuda

A justificar a evolução positiva dos despedimentos coletivos está o processo de desconfinamento progressivo que aconteceu a partir de meados de março, que permitiu a uma parte significativa das empresas retomarem os seus negócios e viabilizou a manutenção dos postos de trabalho.

Por outro lado, esta redução continuada dos despedimentos coletivos explica-se também pelo efeito dos apoios extraordinários, que apoiam o emprego ao mesmo tempo que impedem os empregadores de iniciarem processos deste tipo durante a aplicação das ajudas e até vários meses depois (três meses, no caso do apoio à retoma progressiva) da passagem pelos regimes de apoio ao emprego.

Tal significa que à medida que a economia recuperar e as empresas se libertarem destes apoios, mais empregadores passarão a poder avançar com despedimentos coletivos, ainda que, na fase da retoma, por precisarem de recursos humanos, deverão evitar seguir por esse caminho. No segundo trimestre, a economia acabou, assim, por disparar 15,5% e o ministro da Economia já acredita que o PIB português crescerá perto de 5%, o que deverá levar os empregadores a não recorrer a despedimentos.

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Quer saber como o diretor de RH da Fnac retém o talento? Cinco dicas

Remuneração "justa", plano de benefícios "excelente" e "bom" clima social são estratégias fundamentais - mas também eficazes - para reter os profissionais.

Remuneração, meritocracia e planos de benefícios, a par de uma estratégia sólida de aprendizagem e desenvolvimento e um ambiente de trabalho colaborativo são elementos essenciais para segurar os profissionais nas organizações e não deixar “fugir” o melhor talento.

A Pessoas foi falar com Joaquim Almeida, o diretor de recursos humanos da Fnac Portugal, para saber que estratégias é que o líder considera fundamentais – mas também mais eficazes – para reter o talento. A gerir pessoas na retalhista há quatro anos, mas a colaborar com a marca há mais de 20, Joaquim Almeida passou pela direção comercial e pela direção de operações até chegar à área de recursos humanos.

“Tive oportunidade de acompanhar a evolução sólida de vários profissionais, corroborando a existência de várias estratégias com o propósito de ‘segurar talento'”, conta.

Joaquim Almeida, diretor de recursos humanos da Fnac Portugal.

1. Construa uma “adequada” e “justa” política de remunerações

“Considero fundamental”, começa por dizer Joaquim Almeida. Para o gestor de pessoas da Fnac é essencial procurar um equilíbrio entre a componente do salário fixa e a componente do salário variável, sem nunca esquecer a meritocracia. “O foco é valorizar mais quem mais contribui e produz, quem tem mais potencial e talento, quem é mais crítico para a operação e desenvolvimento da empresa.”

2. Trabalhe num plano de benefícios “excelente”

Depois do salário, as atenções devem voltar-se para os benefícios, um tema que tem ganho a cada vez maior importância e que é já um dos principais critérios para reter os profissionais. “A sua permanente atualização e enriquecimento é fundamental”, diz o diretor de recursos humanos da empresa.

3. Cultive um “bom clima social”

Promover e manter um “bom clima social na empresa” é também importante, influenciando diretamente o bem-estar e motivação das pessoas. Joaquim Almeida diz que isso passa pelo espírito de equipa, compromisso, entreajuda, colaboração e cooperação. Ingredientes indispensáveis que têm de ser trabalhados “com persistência e determinação”.

4. Invista numa política de desenvolvimento pessoal e profissional

O papel do learning & development é já indiscutível nas organizações e assume uma grande relevância na retenção dos profissionais. “É fundamental dispor de uma política de desenvolvimento pessoal e profissional, apoiada na formação e nas promoções internas”, refere, salientando, contudo, que os recrutamentos externos são igualmente necessários para “injetar sangue novo e ideias diferentes”.

5. Incentivar inovação e autonomia

“Não menos importante é incentivar a iniciativa, a inovação, a capacidade de decisão e a autonomia. Saber escutar e participar na vida da empresa é crucial para desenvolver e inovar, elevando também o nível de compromisso e de pertença dos colaboradores”, finaliza.

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Ministro do Ambiente diz que “é tempo” de parar com combustíveis fósseis

  • Lusa
  • 9 Agosto 2021

Matos Fernandes comentava o sexto relatório do IPCC, que prevê que a temperatura global subirá 2,7 graus Celsius em 2100 mantendo-se o atual ritmo de emissões de gases com efeito de estufa.

O ministro do Ambiente defendeu esta segunda-feira que é tempo de parar de investir na produção de combustíveis fósseis, alertando que construir o futuro com instrumentos do passado vai resultar no desaparecimento da espécie humana do planeta.

João Matos Fernandes comentava à agência Lusa o sexto relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), divulgado esta segunda-feira, em que os cientistas preveem que a temperatura global subirá 2,7 graus Celsius em 2100, se se mantiver o atual ritmo de emissões de gases com efeito de estufa.

Para o governante, este relatório tem “uma grande novidade” que é o ritmo a que o aquecimento global está a acontecer e as consequências que está a provocar.

“Sendo verdade, e é verdade, ele [relatório] vem no tempo certo porque estamos a três meses da Conferência do Clima”, seis anos depois da cimeira de Paris, “e é o tempo de o Mundo assumir o compromisso que a Europa já assumiu e no qual Portugal liderou que é o de sermos neutros em carbono em 2050”, salientou.

E, para o ministro, não há alternativa: “eu direi que mais do que salvar o planeta é salvar-nos a nós próprios como espécie. Nós de facto não conseguimos suportar este aumento de temperatura e aquilo que ele provoca dia a dia e com os fenómenos extremos que está também a condicionar”.

E, por isso, defendeu, “a economia tem de crescer de forma completamente diferente e com investimentos que sejam focados na sustentabilidade com a certeza de que esses investimentos vão provocar, se calhar, ainda mais riqueza do que os investimentos tradicionais e emprego mais qualificado”.

Este é o tempo de parar, de explorar e de continuar a investir na produção de combustíveis fósseis”, advogou o ministro, lembrando o caminho que o país tem feito neste sentido.

Portugal tem feito um caminho que, obviamente, tem que ser sempre acelerado, que não está isento obviamente de falhas, mas não só no compromisso, fomos os primeiros do mundo a dizer vamos ser neutros em carbono em 2050, como nos investimentos que são consequência desse compromisso”, salientou.

A este propósito, lembrou que 38% dos investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência são dedicados à ação climática, e recordou o que país tem feito para a redução dos gases que produzem efeito estufa, como a compra de 700 autocarros de “elevada performance ambiental”, os investimentos feitos nos Metro de Lisboa e Porto e a adaptação no litoral, nos mil quilómetros de rios e de ribeiras recuperados apenas com soluções de base natural.

Recordou ainda o apoio que está a ser dado às famílias, avançando que quase 17 mil já apresentaram candidaturas para tornarem os seus edifícios mais eficientes do ponto de vista energético.

“Mas nunca nada é muito quando se trata de investir para nos salvarmos a nós próprios enquanto espécie do planeta”, reiterou.

O ministro salientou que os fenómenos “assustadores” que estão a acontecer, como as cheias no centro da Europa, os incêndios na parte oriental da bacia do Mediterrânico e na Califórnia, os 50 graus em Vancouver, no Canadá, têm que fazer as populações pensar, agir e assumirem o compromisso de mudança de hábitos num “modelo de democracia aberta”.

É inevitável que o Estado tome as decisões certas e faça os investimentos certos, mas isto não vai lá sem o esforço de todos”, deixando de usar combustíveis fósseis, plástico de uso simples, o petróleo, “reduzir muito” as embalagens, beber água da torneira, utilizar os transportes públicos.

“Não nego que tem de haver aqui um pequeno sacrifício da parte de cada um de nós, porque construir o futuro com os instrumentos do passado já sabemos o que é que daí vai resultar: a espécie humana vai desaparecer do planeta”, rematou João Matos Fernandes.

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Vão ser feitos testes de diagnóstico aos professores, diz Lacerda Sales

  • Lusa
  • 9 Agosto 2021

O objetivo do Governo é “continuar a testar, não só em lares, mas em muitos segmentos da atividade económica e não só”, afirmou o secretário de Estado António Lacerda Sales.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, disse esta segunda-feira que serão feitos testes de diagnóstico aos professores, para que o próximo ano letivo possa iniciar-se em segurança.

Em declarações aos jornalistas no final da sessão comemorativa do Dia do Município de Gouveia, António Lacerda Sales referiu que o objetivo do Governo é “continuar a testar, não só em lares, mas em muitos segmentos da atividade económica e não só”.

Queremos também testar professores nas escolas, porque é muito importante para que se dê um início ao ano letivo o mais normal possível e com a maior segurança possível”, frisou.

O secretário de Estado disse, no entanto, ainda não poder apontar datas e outros pormenores.

“Esse tem sido um movimento e um esforço que temos feito sempre em conjunto com o setor da educação. Tem sido a educação que tem liderado esse movimento, e muito bem”, acrescentou.

Na sua opinião, “a testagem é uma arma enorme, uma boa ferramenta” para, no âmbito da pandemia de Covid-19, “normalizar, o mais depressa possível”, as vidas das pessoas e para que haja “uma recuperação económica o mais rápida possível”.

“Obviamente que vamos continuar a testar e quanto mais testarmos melhor, porque mais depressa fazemos o diagnóstico e mais depressa podemos atuar em conformidade”, sublinhou.

No sábado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou que o Governo vai promover a realização de um estudo serológico a cinco mil funcionários e utentes de lares de idosos, para aumentar o conhecimento científico sobre a duração dos efeitos da vacina nesta população.

O objetivo, explicou o ministério, é aumentar o conhecimento científico atual sobre a duração dos efeitos da vacina na população idosa, analisando a imunidade nos idosos mais vulneráveis que já foram vacinados, comparando-a com a dos funcionários vacinados na mesma altura.

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Sentimento misto em Wall Street, com receio da variante Delta

As bolsas dos EUA negoceiam mistas, com os investidores novamente preocupados com a propagação da variante Delta. Setor petrolífero entre os mais penalizados, com a queda das cotações do "ouro negro".

Os principais índices dos EUA arrancaram a semana com sentimento misto, depois dos recordes da sessão anterior, numa altura em que os investidores estão novamente preocupados com a propagação da variante Delta do coronavírus. As empresas do setor petrolífero estão entre as mais penalizadas, num contexto de queda de cotações do petróleo.

O índice de referência S&P 500 apresenta um ganho marginal de 0,02%, para 4.437,49 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq valoriza 0,16%, para 14.860,16 pontos. O industrial Dow Jones desvaloriza 0,08%, para 35.180,75 pontos.

As negociações estão a ser condicionadas pelo aumento do número casos de Covid-19 nos EUA, associado à variante Delta. No último domingo, foram reportados 2.783 novos casos, o que fez subir a contabilização total para 35,94 milhões de infeções, de acordo com os dados da Reuters.

O aumento de casos provocado por esta estirpe — que é 60% mais transmissível que o vírus original –, pode atrasar os planos para o regresso à normalidade e, consequentemente, prejudicar a recuperação económica, temem os investidores.

Entre as empresas mais penalizadas nesta sessão estão as cotadas ligadas ao setor petrolífero. A Chevron recua 1,32%, para 100,60 dólares; a Exxon Mobil perde 1,50%, para 56,99 dólares; enquanto a Halliburton cede 2,30%, para 19,54 dólares.

Estas empresas estão a ser penalizadas pelas fortes quedas dos preços do petróleo nos mercados internacionais. O Brent está a recuar 2,59%, para 68,88 dólares, enquanto o WTI cai 2,67%, para 66,46 dólares.

Em contraciclo, a BioNTech destaca-se pela positiva nesta sessão, ao subir 9,60%, para 426,34 dólares, depois de ter revelado que, no primeiro semestre, lucrou 3,9 mil milhões de euros, recuperando do prejuízo de 141,7 milhões de euros de há um ano.

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pbbr assessora venda do edifício de escritórios Cais Office

Os advogados da pbbr Pedro Pinto, Isabel Brazão de Castro, André Marcos e Mário Silva Costa estiveram diretamente envolvidos na transação.

A sociedade de advogados pbbr assessorou um grupo de investidores na venda do edifício de escritórios Cais Office, no Parque das Nações, ao Grupo AGEAS. A transação tem um valor aproximado de 22 milhões de euros.

A operação contou com o envolvimento de uma equipa multidisciplinar das áreas de Imobiliário, Corporate e Tax da pbbr. Os advogados Pedro Pinto, Isabel Brazão de Castro, André Marcos e Mário Silva Costa estiveram diretamente envolvidos na transação.

O edifício de escritórios Cais Office possui 4.900 metros quadrados e 118 lugares de estacionamento, detalhou a Ageas em comunicado.

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Greve na CGD foi “um êxito” para sindicato. Banco assegura que só 20% dos balcões encerraram

A CGD diz que apenas 20% dos balcões encerraram com a greve dos trabalhadores esta segunda-feira. Um sindicato contesta e diz que o protesto foi "um êxito".

Para o sindicato, a greve dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi um “êxito”. Para o banco público, as razões deste protesto “banalizam o direito à greve” e a adesão foi relativamente baixa.

O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC) indica, num comunicado citado pela Lusa, que os funcionários do banco “mostraram hoje [segunda-feira] a sua indignação à administração pela forma completamente insensível como estão a ser tratados, relativamente à revisão da tabela salarial e ao assédio que sobre eles recai e que se reveste de várias formas”.

O STEC garantiu ainda que “não há agências a funcionar com normalidade”, classificando a ação como “um êxito”. “Apesar das pressões e ameaças, das transferências à pressa para substituir os trabalhadores em greve, muitas dezenas de agências estão encerradas, muitas outras dezenas estão abertas, mas de porta fechada, apenas com a gerência, sem efetuar operações e só para se dizer e contabilizar que estão abertas, outras ainda estão a funcionar com base em estagiários que não podem fazer greve”, acrescentou a estrutura.

Por sua vez, noutro comunicado, a CGD transmite uma visão bem diferente. O banco começa por indicar que a greve “é um direito que assiste a todos os trabalhadores”, mas tem de cumprir “todas as formalidades que são definidas na lei”. “A Caixa entende que as razões invocadas pelos sindicatos aderentes à greve de hoje banalizam o direito à greve, como é demonstrado pela adesão dos colaboradores, inferior em 50% em relação à última greve de 2018”, calcula o banco.

“Nesta greve, a Caixa tem 80% das agências abertas e processou um volume de transações totais superior em 4% (às 12 horas) face ao período homólogo do ano anterior”, acrescenta ainda a empresa.

A CGD esclarece, também, que “tem uma tabela de remunerações muito acima dos restantes bancos com quem concorre” e que “nunca esteve, nem está, em cima da mesa qualquer hipótese de um despedimento coletivo”. “Pelo contrário, para os colaboradores que têm escolhido sair, as condições de saída, quer seja por pré-reforma ou mútuo acordo têm sido das mais favoráveis da banca portuguesa”, argumenta o banco presidido por Paulo Macedo.

A CGD ataca, por fim, os sindicatos, acusando-os de insensibilidade na escolha do momento do protesto. “Convocada para o dia em que muitos portugueses recebem as suas pensões e pretendem honrar pontualmente os seus compromissos, esta é uma greve que demonstra insensibilidade por parte das estruturas sindicais que a convocaram, prejudicando alguns dos mais vulneráveis, mais desfavorecidos e com menor literacia financeira”, conclui a instituição financeira.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h08)

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Mais 18 mortes e 1.094 casos de Covid-19, um mínimo desde o final de junho

  • ECO
  • 9 Agosto 2021

Desde o início da pandemia, o país somou 988.061 casos e 17.485 mortes por Covid-19. Até ao momento, contam-se 925.842 pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 1.094 novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 988.061 o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim desta segunda-feira indica que, nas últimas 24 horas, morreram 18 pessoas com a doença, perfazendo um total de 17.485 óbitos.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que 857 (+8) estão internados em unidades hospitalares, dos quais 189 (+5) nos cuidados intensivos. Há mais de 62 mil pessoas sob vigilância das autoridades de saúde.

O número de recuperados está atualmente nos 925.842, mais 1.275 pessoas face ao balanço anterior. Portugal regista ainda 44.734 casos ativos.

Boletim epidemiológico de 9 de agosto

O Norte concentrou a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 1.094 novos casos registados nas últimas 24 horas em todo o país, 393 foram nesta região, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo com 374.

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do Rt, que mostra quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 0,93 quer a nível nacional, quer no continente. Trata-se, portanto, de uma subida face ao último balanço, o que coloca Portugal na zona laranja da matriz de risco do Governo.

Por sua vez, a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) voltou a cair, estando agora em 336,1 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e em 341,4 no continente.

(Notícia atualizada às 14h29 com mais informação)

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