Apenas 10% das empresas de TI em todo mundo implementaram práticas de inclusão e diversidade
Um estudo recente conduzido pelo Capgemini Research Institute revela que apenas 10% das empresas de TI a nível mundial foram capazes de implementar práticas avançadas de inclusão e de diversidade.
A inclusão e a diversidade continuam a não ser um dos principais focos das empresas: apenas 10% das empresas de TI a nível mundial foram capazes de implementar práticas avançadas de inclusão e de diversidade, segundo um estudo da Capgemini Research Institute, intitulado “The key to designing inclusive tech: creating diverseand inclusive tech teams”. Uma grande maioria das instituições (90%) pretende ainda colocar em prática medidas inclusivas.
“Num mundo em que a procura por produtos e serviços assentes em tecnologia que não sejam discriminatórios e que tenham sido desenvolvidos com base em critérios inclusivos continua a crescer, a importância de implementar equipas, culturas e práticas tecnológicas inclusivas é mais importante do que nunca”, alertou Shobha Meera, Chief Corporate Social Responsibility Officer e Executive Committee Member do Grupo Capgemini, em comunicado.
A aposta em práticas de inclusão e diversidade podem trazer, para além do benefício social, retornos financeiros para as instituições com departamentos de TI. Olhando para os números, empresas que implementaram tais medidas beneficiaram de mais-valias, que permitiram aumentar as suas receitas (56%) e melhorar os níveis de satisfação dos clientes (51%), revela ainda o estudo da CapgeminiResearchInstitute.
Gestores e trabalhadores com opiniões diferentes
Gestores e trabalhadores têm, no entanto, uma grande disparidade de perceção sobre a existência de inclusão e diversidade dentro das suas empresas. Enquanto 85% dos gestores considera que as suas empresas oferecem oportunidades justas de desenvolvimento de carreiras e de promoção a todos os seus trabalhadores, apenas 18% dos trabalhadores do sexo feminino e dos que pertencem a minorias étnicas partilha da mesma opinião. De salientar também que 16% dos trabalhadores entrevistados acreditam ter sido bem representados nas suas equipas.
O estudo também ressalva que o fosso de perceção existente entre os gestores e os seus trabalhadores do sexo feminino e de minorias étnicas sobre o nível de inclusão é menor nas organizações que possuem uma cultura inclusiva mais avançada.
A investigação foi conduzida em 1000 pessoas que trabalham na área tecnológica. Das pessoas inquiridas, 500 eram mulheres e pessoas de minorias étnicas a nível mundial e as outras 500 eram gestores.
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