Sindicatos mantêm pré-avisos de greve até trabalhadores da Groundforce receberem

  • Lusa
  • 22 Julho 2021

Trabalhadores da Groundforce têm nova greve marcada para os dias 31 de julho, 01 e 02 de agosto. Pré-avisos mantêm-se até os pagamentos serem efetivamente concretizados.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP) e o Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA) anunciaram que mantêm os pré-avisos de greve em vigor até que os pagamentos aos trabalhadores da Groundforce sejam concretizados.

“O STTAMP e o STAMA manterão os avisos prévios de greve em vigor até à data em que os pagamentos forem efetivamente concretizados e na exata medida em que a proporcionalidade dos acontecimentos assim o exija”, informaram as estruturas sindicais, em comunicado.

Esta posição surge no seguimento de uma reunião com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, na quarta-feira, na qual foi comunicado aos sindicatos que “a TAP vai proceder ao pagamento do valor correspondente ao subsídio de férias e às anuidades em atraso diretamente aos trabalhadores” da empresa de handling.

De acordo com o STTAMP e o STAMA, foi possível ainda alcançar o compromisso de “processamento por parte da TAP, com efeitos imediatos, dos subsídios de férias e seu pagamento a todos os trabalhadores, indo ao encontro do que havia ficado acordado na reunião anterior e que, por mera teimosia obtusa do senhor Alfredo Casimiro, não aconteceu antes”.

Ficou ainda acordada uma “garantia dada pela TAP da antecipação em alguns dias do pagamento à Groundforce da fatura sobre os serviços prestados em junho”, ainda que a fatura só vença em 31 de julho, comprometendo-se a companhia aérea a “transferir para a SPdH/Groundforce o valor da mesma, de modo a que fique assegurado o pagamento atempado da totalidade dos salários do mês de julho”.

Quanto ao futuro da empresa, a tutela transmitiu aos sindicatos que o Montepio é, neste momento, o detentor da participação da Groundforce que pertencia a Alfredo Casimiro e “está já a avaliar as propostas de potenciais interessados na aquisição do capital, tendo sido referido que, para a TAP, é condição imperativa que o parceiro seja uma empresa credível no ramo do handling [assistência nos aeroportos], com licenças para a operação, válidas em território Europeu”.

“É nosso entendimento que o conjunto de soluções que nos foram apresentadas representam uma abordagem positiva dos vários aspetos da difícil situação em que a SPdH/Groundforce se encontra, com vista a que sejam resolvidos, pelo menos em parte, os problemas dos trabalhadores”, consideraram os representantes dos trabalhadores.

Os trabalhadores da Groundforce cumpriram dois dias de greve no fim de semana, convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), como protesto pela “situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias” que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021.

A paralisação levou ao cancelamento de voos, sobretudo no aeroporto de Lisboa.

Os trabalhadores da Groundforce têm nova greve marcada para os dias 31 de julho, 01 e 02 de agosto.

Além desta greve, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24:00 do dia 31 de outubro de 2021.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.

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Portugal Space lança novos concursos para bolsas de doutoramento

Com o apoio da FCT, os concursos pretendem atrair estudantes de doutoramento com ideias e projetos relacionados com segurança espacial e observação da Terra. As candidaturas terminam a 12 de setembro.

A Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space abriu dois novos concursos para a atribuição de seis bolsas de doutoramento em áreas de investigação ligadas ao espaço. Com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), os concursos pretendem atrair estudantes de doutoramento com ideias e projetos relacionados com segurança espacial e observação da Terra. As candidaturas terminam a 12 de setembro.

“O programa de bolsas de doutoramento da Agência Espacial Portuguesa pretende reforçar os projetos de investigação, desenvolvimento e formação avançada relevantes para um crescimento sustentável e de longo prazo de todas as atividades relacionadas com o espaço em Portugal, e, por isso, também visam o progresso industrial e científico do país”, afirma Marta Gonçalves, gestora de projetos da área científica e educação na Portugal Space e responsável pelo programa de bolsas de doutoramento, em comunicado.

O foco está nos estudantes que queiram prosseguir os seus doutoramentos nos campos da meteorologia espacial, defesa planetária ou lixo espacial, trabalhando no desenvolvimento de ferramentas que aliem inteligência artificial e machine learning.

“A ameaça do lixo espacial ou de eventos associados à meteorologia espacial são cada vez mais evidentes e as suas consequências podem ser devastadoras considerando a crescente dependência da humanidade das atividades e ativos espaciais. Estas são áreas estratégicas para a Agência Espacial Portuguesa e precisamos do contributo de todos, da academia e da indústria, para garantir que temos projetos que nos permitam manter uma posição de liderança na investigação e desenvolvimento de tecnologia neste setor”, diz Inês d’Ávila, gestora de projetos de segurança espacial.

O concurso pretende ainda promover investigação na área da meteorologia espacial, com o objetivo de criar um sistema meteorológico espacial unificado capaz de prever e preparar a humanidade para futuros eventos solares. Estão igualmente incluídos projetos que visem a defesa planetária, nomeadamente investigação e desenvolvimento de uma resposta rápida perante a eventualidade de impacto de um asteroide de grandes dimensões com a Terra.

A abertura de candidaturas para a atribuição de bolsas de doutoramento nas áreas da segurança espacial e observação da Terra acontecem numa altura em que se prepara a divulgação de resultados dos dois primeiros concursos. Em causa está a atribuição de até sete bolsas de estudo.

Os interessados podem submeter a sua candidatura através deste link.

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Portuguesa Wavecom vende GoContact por 21 milhões

  • ECO
  • 22 Julho 2021

A Wavecom, uma empresa de engenharia d e telecomunicações de Aveiro, vendeu o seu spin-off GoContact por 21 milhões de euros. Compradores são os norte-americanos da Broadvoice.

A empresa portuguesa de engenharia de telecomunicações Wavecom vendeu a totalidade do capital da GoContact, que comercializa software de contact center, à norte-americana Broadvoice. A operação está avaliada em 21 milhões de euros, avançou a Wavecom em comunicado.

“Com crescimentos assinaláveis desde 2014, quer no panorama nacional como internacional, a GoContact, uma das várias spin-offs da aveirense Wavecom, foi vendida por valor recorde em termos de múltiplos europeus para este tipo de transações, sem qualquer ronda de investimento anterior”, diz a empresa.

Citado no comunicado, Nuno Marques, co-CEO da Wavecom, diz que o negócio irá permitir à Wavecom “continuar a investir em tecnologias IoT [internet das coisas] e em I&D [investigação e desenvolvimento] para os setores da Saúde, Indústria, Transporte e Smart Cities“.

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Apesar da pandemia, portugueses reembolsaram 4,2 mil milhões em crédito da casa antes do prazo

Pandemia atirou muitas famílias para as moratórias, mas houve quem tivesse conseguido liquidar o crédito da casa aos bancos antes do tempo. Reembolsos antecipados atingiram 4,2 mil milhões em 2020.

No ano da pandemia, que atirou muitas famílias para as moratórias bancárias, houve quem tivesse capacidade para liquidar os créditos da casa ao banco antes do tempo. Dados do Banco de Portugal mostram que o montante dos reembolsos antecipados totais ou parciais caiu em 2020 por causa da crise pandémica, tendo atingido, ainda assim, os 4,2 mil milhões de euros.

De acordo com o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2020, ao todo, foram realizados 98.330 reembolsos antecipados totais ou parciais em contratos de crédito à habitação, o que traduz uma redução de 5,8% em relação a 2019.

“Estes reembolsos envolveram um capital amortizado de 4,2 mil milhões de euros (menos 13,4% face a 2019), correspondendo a cerca de 4,7% do saldo em dívida da carteira a 31 de dezembro de 2020”, acrescenta o Banco de Portugal.

Por outro lado, o montante médio por reembolso também diminuiu, recuando de 46.600 euros em 2019 para 42.844 euros em 2020.

Maioria foram reembolsos totais

A maioria optou por reembolsar a totalidade o empréstimo da habitação ao banco. Dos mais de 98 mil reembolsos antecipados ocorridos em 2020, mais de 66 mil foram reembolsos antecipados totais (67%), “aos quais correspondeu um montante reembolsado de 3,9 mil milhões de euros”, mostram os dados do Banco de Portugal.

Aqui, os reembolsos caíram tanto em número como em montante em relação a 2019, mas o montante médio subiu ligeiramente para de 57.595 euros em 2019 para 57 978 euros em 2020.

Já os quase 32 mil reembolsos antecipados parciais corresponderam a apenas 359 milhões de euros. Sobe em número, mas desce em montante e em reembolso médio, de acordo com o supervisor.

“Em média, cada reembolso parcial ocorrido em 2020 correspondeu a 11.262 euros, um valor inferior ao de 2019 (14.955 euros). Em 56,3% dos reembolsos antecipados parciais, o montante entregue não superou os 5.000 euros, e em 17,6% dos casos o montante reembolsado foi superior a 17.500 euros”, detalha o Banco de Portugal.

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Um quarto dos novos créditos para a casa em 2020 teve spread até 1%

Bancos concederam menos créditos, mas de maior valor. E o custo dos empréstimos para a compra de casa encolheu no ano passado, por causa das Euribor mas também dos spreads mais baixos.

Em ano de pandemia, a compra e venda de casas encolheu, embora os preços tenham continuado a valorizar. Houve, por isso, menos créditos à habitação concedidos por parte dos bancos (na sua maioria a taxa variável), embora o valor concedido tenha aumentado. Mas refletindo a maior apetência do setor na atribuição destes financiamentos, bem como a maior concorrência, o custo destes empréstimos encolheu à boleia de spreads mais baixos. Um quarto dos financiamentos teve spreads até 1%.

“Em 2020, foram concedidos, em média, 901,6 milhões de euros por mês em crédito à habitação (mais 4,7% do que em 2019), no âmbito da celebração de 7.553 contratos (menos 1,9%)”, diz o Banco de Portugal no Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2020. “No final do ano, existiam 1,45 milhões de contratos de crédito à habitação na carteira das instituições”, nota.

Nestes empréstimos, com um prazo médio de 33,1 anos, a “taxa variável representou 82,3% dos contratos celebrados em 2020 e 82,9% do montante de crédito concedido, proporções inferiores às de 2019 (respetivamente, 86,4% e 87,4%)”, com a Euribor a 12 meses a manter a preferência. Os contratos remanescentes foram realizados com recurso à taxa mista (fixa e variável) e à fixa, correspondendo a 12% e 5,7% do total.

Além da taxa variável ser mais baixa do que as restantes, reflexo do contexto de juros baixos do Banco Central Europeu que mantém as Euribor em valores negativos, os novos créditos contaram ainda com custos mais baixos por causa das margens cobradas pelos bancos nestes empréstimos, tradicionalmente de menor risco.

“O spread médio dos novos contratos indexados à Euribor a 3, 6 e 12 meses fixou-se em 1,19 pontos percentuais, menos 0,13 pontos percentuais do que em 2019″, diz o Banco de Portugal. Para esta média contribuiu o aumento da proporção de spreads baixos, inferiores a 1%.

Segundo o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2020, “aumentou de forma significativa o peso dos spreads entre os 0,5 e 1 pontos percentuais, que passaram a representar cerca de um quarto dos contratos a taxa variável, o que compara com 8% em 2019″. Isto acontece depois de um ano em que várias instituições passaram a apresentar margens mínimas de 1%, ou ligeiramente abaixo disso.

Ainda assim, “a maioria dos contratos celebrados a taxa variável em 2020 (65%) continuou a ter spreads entre 1 e 1,5 pontos percentuais, embora os spreads neste intervalo tenham perdido importância, face a 2019 (70,7%)”. “Destaca-se ainda a diminuição do peso dos spreads entre 1,5 e 2 pontos percentuais, de 17,2% em 2019, para 8,4% em 2020″, remata o Banco de Portugal.

Esta “evolução dos spreads médios nos novos contratos contribuiu para uma ligeira redução do spread médio da carteira, que se fixou em 1,24 pontos percentuais no final de 2020 (1,27 pontos percentuais no final de 2019)”, conclui o regulador do setor.

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Transformação digital no setor segurador

  • ECOseguros + EY
  • 22 Julho 2021

Diogo Viana, Associate Partner EY, Consulting Financial Services, explica o impacto que a transformação digital tem na indústria seguradora nas suas diferentes dimensões.

Num contexto económico desafiante, atormentado pelos efeitos da pandemia, por baixas taxas de juro e por uma pressão significativa sobre o capital e a liquidez, são várias as opções a serem consideradas pelas seguradoras, desde restruturações a desinvestimento. No entanto, independentemente das iniciativas estratégicas a colocar em prática, o digital continua a ser uma aposta do setor.

A transformação digital tem impacto em diferentes dimensões de uma organização, apesar de por vezes ser vista como um tema meramente tecnológico. Em particular no setor segurador, onde muitas companhias são ainda marcadas por uma cultura organizacional resistente à mudança e com fracas competências digitais, a dimensão humana é claramente um aspeto fundamental a ter consideração. O processo de transformação tem necessariamente de passar pela adoção de metodologias ágeis, pela criação de equipas multidisciplinares que permitam unir o negócio à tecnologia, e pelo recrutamento de colaboradores com novas competências digitais. Em relação a este último ponto, as seguradoras devem trabalhar e tirar maior proveito do seu propósito, suportado numa preocupação corporativa e social, de forma a conseguirem atrair jovens talentos ansiosos por pertencerem a organizações inovadoras e empenhadas em causas nobres.

transformação digital

Ao nível da experiência do cliente, a transformação digital vem proporcionar às seguradoras a possibilidade de darem um salto qualitativo no relacionamento com os diferentes intervenientes, permitindo o desenvolvimento de novas jornadas digitais mais alinhadas com as expectativas do consumidor. A exploração eficiente dos dados, com a aplicação de modelos de inteligência artificial, é a chave para as seguradoras conhecerem melhor os seus clientes, entenderem as suas verdadeiras necessidades, e terem a capacidade de oferecer os produtos mais adequados em cada momento. Adicionalmente, a evolução das competências analíticas é um fator crucial para uma gestão mais eficiente do risco.

"A par do valor das comissões e da transparência no seu cálculo, a disponibilização de ferramentas digitais inovadoras é um fator decisivo para a angariação e retenção dos melhores agentes.”

Diogo Viana

Associate Partner EY, Consulting Financial Services

A transformação digital é também fundamental para melhorar a eficiência operacional da rede de distribuição, em muitos casos suportada em modelos tradicionais de venda através de agentes. É necessário continuar a investir no desenvolvimento de plataformas tecnológicas de suporte à atividade diária da rede, incorporando novas funcionalidades digitais na comercialização dos produtos, e oferecendo uma melhor experiência de utilização a agentes e mediadores. A par do valor das comissões e da transparência no seu cálculo, a disponibilização de ferramentas digitais inovadoras é um fator decisivo para a angariação e retenção dos melhores agentes.

O setor segurador continua a avançar com a transformação digital, apesar de nem todas as companhias caminharem à mesma velocidade. Para além da aposta na renovação tecnológica, criação de uma cultura agile e utilização intensa de dados, muitas seguradoras estão também a investir na exploração de ecossistemas e parcerias, capazes de trazer novas fontes de receita e experiências aos seus clientes.

Será desafiante acompanhar esta evolução num setor que, apesar de um despertar tardio, está cada vez mais digital.

Se tiver interesse, subscreva aqui as comunicações da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc).

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82 empresas portuguesas assinam manifesto para impedir que o mundo aqueça 2,9 graus

  • Capital Verde e Lusa
  • 22 Julho 2021

O manifesto foi promovido pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável e apresenta 11 objetivos para travar as alterações climáticas.

A três meses da próxima reunião mundial sobre o clima, em Glasgow, de 31 de outubro a 12 de novembro, mais de 80 empresas portuguesas assinaram o manifesto “Rumo à COP26”, no qual alertam que se a ação climática se limitar às políticas em curso o mundo vai aquecer 2,9⁰C, “incompatível com a ambicionada proteção para a biosfera e vida na Terra”.

O manifesto foi promovido pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (“Business Council for Sustainable Development” – BCSD), uma organização que junta mais de 100 empresas comprometidas com uma transição para a sustentabilidade. O BCSD faz parte de uma rede global de empresas, a “World Business Council for Sustainable Development”, WBCSD.

O documento apresenta 11 objetivos para travar as alterações climáticas e considera que o momento atual é decisivo e que é crucial aproveitar as lições da pandemia de covid-19 “para acelerar a transição necessária”. E conclui que é preciso que a COP26 seja um sucesso, “de forma a evitar consequências desastrosas para as sociedades e economias”.

Conheça os 11 objetivos deste Manifesto “Rumo à COP26”

1. Setor energético

Assegurar a neutralidade carbónica global até 2050, usando como referência global a ambição expressa no Roteiro para a Neutralidade Carbónica (RNC2050), designadamente, a ambição de mais de 80% do mix energético ter origem em fontes renováveis até 2050.

2. Natureza

Alinhar agendas e reconhecer que os objetivos de mitigação e adaptação às alterações climáticas não podem ser concretizados sem a promoção eficaz de soluções baseadas na natureza (nomeadamente, valorizando os sumidouros naturais de carbono, como a floresta e os oceanos), e o restauro, a conservação e a valorização dos recursos naturais.

3. Serviços de ecossistema

Adotar mecanismos de remuneração que permitam a valoração dos serviços que a natureza nos presta, geralmente não remunerados, para garantir que os seus benefícios, essenciais à economia, à regulação do clima e da diversidade biológica, e à nossa saúde, são assegurados no futuro.

4. Contribuições Nacionalmente Determinadas

Aumentar o número de países ativamente comprometidos em reduzir em 50% as emissões até 2030 e em atingir emissões net zero até 2050, tornando os seus compromissos juridicamente vinculativos. Paralelamente, garantir a finalização do Livro de Regras do Acordo de Paris e, no caso dos países da UE, garantir que as políticas nacionais acompanham as metas definidas.

5. Subsídios e mecanismos de mercado

Atribuir um preço de carbono, de modo a internalizar os seus impactes ambientais, e eliminar gradual e efetivamente subsídios injustificados ou incompatíveis com o objetivo de redução de emissões de Gases com Efeito de Estufa, através de instrumentos transparentes e robustos, de alcance global e equilibrados entre espaços económicos, de forma a evitar distorções concorrenciais que levem à exportação de emissões para geografias menos exigentes, ou à circulação de produtos que não cumpram os requisitos aplicáveis, assegurando a erradicação da pobreza energética, salvaguardando a segurança do abastecimento e contribuindo para transformar o comportamento dos consumidores.

6. Mercados de carbono internacionais

Definir regras claras e robustas para o funcionamento do Artigo 6º do Acordo de Paris sobre mercados de carbono, que evitem a dupla contabilização de créditos de carbono, garantam uma redução global das emissões e contribuam para a construção de uma economia neutra em carbono.

7. Financiamento de países em desenvolvimento

Cumprir o compromisso, definido no Acordo de Paris, de apoio aos países em desenvolvimento, no valor de 100 mil milhões US$ por ano, enquanto fator crítico na proteção contra os impactes climáticos e na aceleração da descarbonização a nível global, com regras e monitorização.

8. Finanças sustentáveis

Criar incentivos de mercado que direcionem o financiamento e o investimento para soluções de baixo carbono, nomeadamente, soluções de finanças sustentáveis, procurando assegurar normas universais de medição e reporte do risco e dos impactes climáticos.

9. Investigação, desenvolvimento e inovação (I&D&I)

Apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias e a alteração de métodos produtivos, através da colaboração entre empresas e academia, e da dinamização de parcerias público-privadas em prol da neutralidade carbónica.

10. Transição justa

Criar mecanismos para qualificação e requalificação das pessoas mais afetadas pela transição, baseados no diálogo entre trabalhadores, empregadores, governos, comunidades e sociedade civil, para que ninguém fique para trás e se garanta que os custos e benefícios da ação climática são distribuídos de forma equitativa.

11. Planos de adaptação

Incentivar os países a desenvolverem estratégias de resiliência que acautelem os riscos climáticos físicos nos locais chave das cadeias de valor globais e para as comunidades e populações locais.

“Empresas têm um papel decisivo na ação climática”

Com estes 11 objetivos, as empresas e membros do conselho consultivo do BCSD chamam a atenção para a necessidade de energias renováveis, para a proteção e valorização da natureza, ou para a importância de mais países se comprometerem em reduzir em 50% as emissões de gases com efeito de estufa até 2030 (e emissões neutras em 2050).

As organizações deixam ainda conselhos sobre o mercado do carbono, sobre os apoios a países mais pobres, sobre o financiamento e investimento em soluções de baixo carbono ou sobre a importância dos planos de adaptação às alterações climáticas.

“As empresas têm um papel decisivo na ação climática, não só pelos impactos das suas cadeias de valor, mas sobretudo pelo seu potencial de investimento, conhecimento e inovação”, diz, citado num comunicado sobre o manifesto entretanto divulgado, o secretário-geral do BCSD Portugal, João Meneses.

Já João Castello Branco, Presidente da Direção do BCSD Portugal e Presidente do Conselho
de Administração da The Navigator Company, sublinha a importância desta iniciativa,
explicando que “não podemos deixar que a ação climática se limite às políticas e
iniciativas atualmente em curso, sob pena de isso resultar num aquecimento global no
mínimo de 2,9⁰C” o que não é, de todo, compatível com a proteção que se ambiciona para o planeta e para a biosfera.

O manifesto foi já assinado por 82 empresas: Abreu Advogados, Águas
e Energia do Porto, Algebra Capital, Altice Portugal, Altri, SGPS, AMBIOSFERA LDA, ANA
Aeroportos de Portugal, APCER – Associação Portuguesa de Certificação, APlanet,
Avenue, BioRumo – Consultoria em Ambiente e Sustentabilidade, Biosphere Portugal,
Bondalti, Brisa, Carglass, Casa Mendes Gonçalves, Cimpor Portugal Cabo Verde
Operations, CMS – Rui Pena e Arnaut, Cocoon Experience, Companhia das Lezírias,
CONSULAI, Corticeira Amorim, CTT, Deloitte Technology, Delta Cafés, EDIA – Empresa de
Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, EDP – Energias de Portugal, Efacec,
Endesa, Everis Portugal, EY, Fidelidade, Finerge, FLEXDEAL, Fujitsu Technology Solutions,
Galp, GoWithFlow, Grosvenor House of Investments, Grupo Ageas Portugal, Grupo
Águas de Portugal, Grupo ProCME, Hovione, HyChem – Química Sustentável, Jerónimo
Martins, Joyn SGPS, Lidergraf – Sustainable Printing, LIPOR – Serviço Intermunicipalizado
de Gestão de Resíduos do Grande Porto, Loyal, ManpowerGroup Portugal,
Metropolitano de Lisboa, Millennium bcp, Mota-Engil, NOS, Oney Bank, Prio Bio, REN –
Redes Energéticas Nacionais, Resíduos do Nordeste, Saint-Gobain Portugal, Sair da
Casca, Santander, Savills Portugal, Schneider Electric Portugal, Schréder, SECIL, Signium
| Xara-Brasil, Sofid, SOJA DE PORTUGAL, Sonae GPS, SOVENA, Stravillia Sustainability
Hub, SUMOL+COMPAL, Super Bock Group, SUSTAINAZORES, Tabaqueira, TECNOPLANO,
S.A., The Navigator Company, Tintex Textiles, TRIVALOR SGPS, UCI – Dê Crédito à sua
Vida, VINCI Energies Portugal, Vogue Homes, Zolve – Logística e Transporte, Presidente
e Vice-Presidente do Conselho Consultivo do BCSD Portugal

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Exportações agrícolas aumentaram quase 6% em ano de pandemia

  • Lusa
  • 22 Julho 2021

As exportações de produtos agrícolas e agroalimentares aumentaram 5,8% em relação a 2020, enquanto as importações diminuíram 1,8%. O saldo da balança comercial melhorou.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) considerou esta quinta-feira que o ano agrícola 2019/2020 evidenciou “uma resiliência que não foi patente em muitos outros setores”, num ano de pandemia com aumentos de exportações e diminuição de importações.

“A agricultura globalmente terá atravessado um ano marcado pela pandemia Covid-19, evidenciando uma resiliência que não foi patente em muitos outros setores da atividade económica nacional”, pode ler-se nas Estatísticas Agrícolas de 2020, divulgadas esta quinta-feira pelo INE.

O instituto de estatística salienta que, em 2020, as exportações de produtos agrícolas e agroalimentares, exceto bebidas, “aumentaram 5,8% face ao ano anterior (uma evolução contrária à redução de 10,2% registada nas exportações globais de bens)”.

As importações “diminuíram 1,8%, refletindo-se numa melhoria do saldo da balança comercial (diminuição do défice em 429,7 milhões de euros)”, refere a nota do INE.

Quanto às áreas semeadas de cereais praganosos, desceu ligeiramente face a 2019 (-1,3%), com as condições meteorológicos a serem favoráveis “para o desenvolvimento vegetativo dos cereais de inverno, registando-se uma produção semelhante à média do último quinquénio”.

“Nas culturas de primavera-verão registou-se uma diminuição generalizada de áreas, que resultaram em quebras de produção de 12,8% no tomate para a indústria, 17,8% no arroz e 9,7% no milho para grão”, e a produção animal “foi semelhante à registada no ano anterior”.

EPA/Jesus DigesEPA/Jesus Diges

Segundo o INE, “o ano agrícola 2019/2020 caracterizou-se meteorologicamente por um outono normal em relação à temperatura do ar e à precipitação, seguido por um inverno extremamente quente (segundo mais quente desde 1931) e seco (78% do valor médio)”.

“As regiões a sul do Tejo registaram situações de seca meteorológica, com maior persistência e severidade no Baixo Alentejo e Algarve. A primavera e o verão continuaram a classificar-se como muito quentes, com destaque para julho (o mais quente desde 1931)”, destaca o INE.

Quanto a indicadores ambientais, ainda relativos a 2019, o instituto refere que Portugal é o Estado-membro da União Europeia “com menor consumo de fertilizantes minerais (azoto e fósforo), registando em 2019 um consumo aparente de 31 kg [quilogramas] por hectare de Superfície Agrícola Utilizada (SAU), menos de metade da média da UE27″.

“Em 2019 foram vendidos 2,2 kg de substância ativa dos principais grupos de pesticidas por hectare de SAU, proporção acima da média da UE27 (1,8 kg de substância ativa por hectare de SAU)”, estando 5,3% da SAU certificada para o modo de produção biológico, sendo a meta para 2030 de 25%.

Já a importância dos gases de efeito de estufa “emitidos pela atividade agrícola em Portugal em 2019 (10,1% da emissão total dos GEE) era próxima da média da UE27 (10,3%)”.

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INE mostra dados preliminares dos Censos na quarta-feira. 99% responderam via digital

Os portugueses vão poder espreitar os primeiros dados preliminares dos Censos 2021 na quarta-feira, 28 de julho. Instituto Nacional de Estatística destaca adesão massiva aos canais digitais.

O INE vai divulgar os primeiros resultados dos Censos 2021 a 28 de julho, anunciou o organismo nacional de estatísticas. A esmagadora maioria das famílias responderam ao recenseamento geral através de meios digitais, sobretudo o portal na internet.

“É já no próximo dia 28 de julho que o INE divulgará os primeiros resultados do XVI Recenseamento Geral da População e VI Recenseamento Geral da Habitação – Censos 2021, uma operação que contou com 99,3% das respostas da população através de canais digitais”, anunciou o INE num comunicado.

O instituto destaca que, entre o total de 99,3% de respostas digitais, “o meio mais utilizado foi o do acesso direto das famílias ao website (87,5%), seguindo-se as respostas com recurso à aplicação móvel do recenseador (7,7%), e, finalmente, o preenchimento dos questionários nos ‘ebalcões’ localizados as Juntas de Freguesia (4,1%)”.

Esta adesão massiva à internet “contribuiu decisivamente” para a “qualidade” da operação, avança o INE, incluindo para a “tranquilidade e segurança exigidas” no contexto da pandemia da Covid-19. A fase de recolha de respostas decorreu entre 5 de abril e 31 de maio e “contou com a participação empenhada da população”.

Graças aos canais digitais, foi possível concluir a “maior parte dos trabalhos apenas seis semanas depois da data do momento censitário”, a 19 de abril. A operação dos Censos 2021 envolveu cerca de 15 mil pessoas.

Segundo o INE, os resultados que serão apresentados na próxima quarta-feira, 28 de julho, “têm ainda um caráter preliminar, na medida em que são baseados em contagens resultantes do processo de recolha e divulgados antes do final de todo o processo de tratamento e validação da informação recolhida”. Está prevista ainda uma segunda divulgação de dados provisórios, em fevereiro de 2022, mas os dados finais só chegarão no quarto trimestre desse ano. “Contámos todos. Contámos com todos”, conclui o instituto.

Apesar dos canais digitais terem facilitado a operação do INE, também geraram alguns problemas. A 27 de abril, na sequência de queixas de cidadãos, a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) ordenou ao INE a “suspensão do envio de dados dos Censos para os EUA”, o que estaria a ocorrer ao abrigo de um contrato estabelecido com a empresa Cloudflare, que presta serviços de resiliência aos websites, incluindo ao portal dos Censos.

“A Cloudflare é uma empresa com sede na Califórnia. Pelo tipo de serviços que fornece, está diretamente sujeita à legislação norte-americana de vigilância para fins de segurança nacional, a qual lhe impõe a obrigação legal de dar acesso irrestrito às autoridades dos EUA aos dados pessoais que tenha na sua posse ou à sua guarda ou custódia, sem que possa disso dar conhecimento aos seus clientes”, argumentou a CNPD na altura

O INE acabou por respeitar a ordem da CNPD, rasgando o contrato com a Cloudflare. Mas, como noticiou o ECO, o caso deixou uma mancha nas relações bilaterais, tendo provocado grande desconforto na diplomacia americana.

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Retalhistas britânicos pedem ao Governo para flexibilizar regras de isolamento

  • Lusa
  • 22 Julho 2021

O pedido surge na sequência das fotos de prateleiras vazias de supermercados no Reino Unido, devido à falta de profissionais, por estarem em isolamento profilático.

A federação de retalhistas britânicos exortou esta quinta-feira o Governo a flexibilizar as regras que obrigam ao isolamento de um número crescente de pessoas que tiveram contacto com infetados com Covid-19 devido ao risco para o abastecimento de supermercados.

Fotos de prateleiras vazias dominam as primeiras páginas da imprensa britânica esta manhã, ilustrando as queixas de grupos de supermercados, associações de produtores e transportadores de carne e companhias de combustível sobre a falta de mão-de-obra, que está já a afetar os seus serviços.

Os números oficiais mais recentes, divulgados pela BBC, indicam que um novo máximo de 618.903 pessoas recebeu, na semana entre 08 e 15 de julho, um alerta de que tiveram um contacto de risco através da aplicação de telemóvel do serviço público de saúde NHS em Inglaterra e País de Gales.

Reportagem nos supermercados a propósito do Covid-19 - 12MAR20

Esta notificação, apelidada informalmente de ping, estipula que a pessoa inicie um isolamento profilático de 10 dias desde o contacto, o que resultou no termo “pingdemia”, que simboliza o impacto da situação na pandemia.

Nas últimas semanas, o número de casos diários de Covid-19 subiu substancialmente no Reino Unido devido à variante Delta, ultrapassando os 50.000 em alguns dias, o que está a afetar vários setores económicos.

O presidente do grupo de supermercados Iceland, Richard Walker, revelou ter sido forçado a fechar algumas lojas ou a reduzir o horário de funcionamento e a contratar temporariamente 2.000 funcionários adicionais para compensar a ausência de 1.000 dos 30.000 empregados atualmente em isolamento. Alguns postos de combustível da BP em Inglaterra também foram fechados devido à falta de motoristas para o abastecimento.

“Esta ‘pingdemia’ atual está a aumentar a pressão sobre a capacidade dos retalhistas para manter o horário de funcionamento e as prateleiras cheias”, afirmou o diretor da federação de retalhistas British Retail Consortium, Andrew Opie, urgindo o Governo a “agir rapidamente”.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, prometeu na segunda-feira isentar alguns trabalhadores essenciais da obrigação de se isolarem por dez dias se tiverem a vacinação completa ou um teste negativo, cuja lista de profissionais abrangidos deverá ser publicada esta quinta-feira. A medida será generalizada a partir de 16 de agosto para todos os vacinados e menores.

 

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Prémio Fidelidade Comunidade dá 150 mil euros a 9 instituições

  • ECO Seguros
  • 22 Julho 2021

Com 263 candidaturas à primeira fase da 4ª edição o júri atribuiu prémios em áreas do envelhecimento, inclusão social de pessoas com deficiência e incapacidade e prevenção em saúde.

O júri do Prémio: Isabel Capeloa Gil, Reitora da Universidade Católica Portuguesa, Jorge Magalhães Correia, Presidente do Conselho de Administração da Fidelidade, Filipe Almeida, Presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social, Maria de Belém Roseira, ex-Ministra da Saúde e da Igualdade e Madalena Santos Ferreira, jurista.

A primeira fase da 4ª edição do Prémio Fidelidade Comunidade distinguiu nove instituições sociais de todo o país, incluindo a Região Autónoma da Madeira, com um prémio no valor total de 150 mil euros. Este ano e excecionalmente, o prémio de valor total de 750 mil euros foi dividido em duas fases, com dotações de valor diferentes.

A primeira fase premiou projetos urgentes ou emergentes, com valores entre 5 mil e 20 mil euros, com o objetivo de, segundo a Fidelidade “dar uma resposta imediata a necessidades locais e aos desafios urgentes do setor social, muitos deles decorrentes da pandemia”.

Com 263 candidaturas recebidas nesta fase, a maioria das instituições vencedoras apresentou projetos na área do envelhecimento, seguindo-se a de inclusão social de pessoas com deficiência ou incapacidade e, em menor número, a área da prevenção em saúde. Os apoios mais solicitados ao Prémio Fidelidade Comunidade prendem-se com a contratação de recursos humanos, compra de viaturas, obras, e, equipamento hospitalar.

Os premiados da 1ª fase foram:

  • A Gralha – Associação para o Desenvolvimento de Porto Covo, de Sines;
  • Associação de Apoio a Idosos e Jovens da Freguesia de Meca, de Alenquer;
  • Associação Portuguesa de Deficientes, do Porto;
  • Centro Paroquial Social Padre Agostinho Caldas Afonso, de Viana do Castelo;
  • Centro Social e Paroquial de S. Martinho de Bougado, da Trofa;
  • Centro Social Paroquial do Carmo, da Madeira;
  • Clube Desportivo Garachico, da Madeira;
  • Santa Casa da Misericórdia de Melgaço, de Viana do Castelo;
  • Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe, de Viseu.

A segunda fase do Prémio tem um valor de 600 mil euros e destina-se a projetos entre 50 mil e 100 mil euros que promovam a sustentabilidade das organizações, prevendo a Fidelidade o seu lançamento para outubro deste ano.

Esta premiação está “inserida na estratégia de sustentabilidade e negócio da Companhia”, e reflete como a empresa estrutura a sua resposta às problemáticas da sociedade”, afirma seguradora acrescentando que desta forma se “materializa o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável da comunidade, através do fortalecimento do setor social privado”.

O Prémio Fidelidade Comunidade integra um júri independente, descrito pela empresa como integrando “personalidades que refletem diferentes visões, experiências e grande conhecimento da realidade social portuguesa e sensibilidade para os assuntos relacionados com a sustentabilidade e responsabilidade social das empresas”.

O júri é constituído por Maria de Belém Roseira, ex-Ministra da Saúde e da Igualdade, Madalena Santos Ferreira, jurista, Isabel Capeloa Gil, Reitora da Universidade Católica Portuguesa, Filipe Almeida, Presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social e Jorge Magalhães Correia, Presidente do Conselho de Administração da Fidelidade.

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Prazo para pedir vouchers para manuais gratuitos arranca a 16 de agosto

A partir de 16 de agosto, todos os estudantes que não tenham mudado de ciclo podem pedir os vouchers para ter manuais escolares gratuitos. Para os restantes, prazo arranca a 23 de agosto.

Já é conhecido o calendário em que podem começar a ser pedidos os vouchers para ter acesso aos manuais escolares gratuitos. A partir de 16 de agosto, todos os estudantes do 1º Ciclo ao Ensino Secundário que não tenham mudado de ciclo podem fazer o pedido, para os restantes (isto é, em início de ciclo) o prazo arranca a 23 de agosto.

Segundo a plataforma MEGA – Manuais Escolares Gratuitos, há duas datas para os encarregados de educação pedirem os vouchers para acesso aos manuais escolares gratuitos. A partir de 16 de agosto podem fazê-lo os alunos que frequentem os seguintes anos de ensino:

  • 1º Ciclo: 2º, 3º e 4º anos;
  • 2º Ciclo: 6º ano;
  • 3º Ciclo: 8º e 9º anos;
  • Secundário: 11º e 12º anos.

Uma semana depois, a partir de 23 de agosto, é a vez dos alunos que começam um novo ciclo submeterem o pedido. Aqui incluem-se os seguintes anos de escolaridade:

  • 1º Ciclo: 1º ano;
  • 2º Ciclo: 5º ano;
  • 3º Ciclo: 7º ano;
  • Secundário: 10º ano.

Para o efeito, os respetivos encarregados de educação devem inscrever-se na plataforma MEGA ou descarregar a app Edu Rede Escolar, sendo que os respetivos vouchers são emitidos aleatoriamente, pelo tanto podem atribuir livros reutilizados como novos.

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