BE mantém prioridades para OE2022 e critica política de mínimos que “saiu muito cara ao país”

"O que dizíamos há um ano mantém-se como urgente e por isso não temos outra solução se não voltar a apresentar as mesmas prioridades", diz Catarina Martins.

A política de mínimos saiu muito cara ao país, porque fez com que se adiassem sempre investimentos necessários”, disse Catarina Martins, acusando o Executivo de não ter preparado a segunda, terceira e quarta vaga da pandemia. A líder do Bloco de Esquerda avança que o partido vai voltar a apresentar as mesmas prioridades — Saúde, Proteção Social e Trabalho — nas negociações para o Orçamento do Estado de 2022 (OE2022).

“Cada vez que se adiam esses investimentos Portugal fica com um enorme problema sanitário, social e económico”, acrescentou a líder do Bloco de Esquerda, em declarações transmitidas pelas televisões. Catarina Martins alerta que “fazer de conta que este não é um problema prolongado, fazer de Portugal o país que menos gastou na resposta à pandemia não faz nenhum bem à economia nem às contas públicas”, vaticinou.

Questionada sobre as prioridades do Bloco de Esquerda para o OE2022, Catarina Martins foi perentória: “A vida demonstrou que o Orçamento do Estado para 2021 não respondeu ao necessário. O que dizíamos há um ano mantém-se como urgente e por isso não temos outra solução se não voltar a apresentar as mesmas prioridades — Saúde, Proteção Social e Trabalho”.

O Bloco de Esquerda vai reunir em breve com o Executivo para discutir o próximo Orçamento, tal como os outros partidos que viabilização o Orçamento anterior (PCP, PAN e deputadas não inscritas). A principal crítica tem sido de que o Executivo ainda não cumpriu as medidas acordadas no atual Orçamento. Para acelerar as negociações, o Governo já elaborou mesmo uma lista com as medidas já executadas — 34 até 15 de julho — e as que ainda se compromete a levar a cabo.

O Governo começou na semana passada a fazer o ponto de situação com os partidos sobre a execução do Orçamento do Estado em vigor, o qual servirá de ponto de partida para as negociações do próximo que vão arrancar depois do Estado da Nação. Após ter conseguido aprovar dois Orçamentos de emergência durante a pandemia, o OE2022 terá outra filosofia (de retoma da economia), vários milhares de milhões vindos da União Europeia e ainda será sem obrigação de cumprir as regras orçamentais, o que dá ainda menos motivos para haver roturas. Porém, a secretária de Estado do Orçamento já avisou a esquerda de que não se pode perder o foco das regras.

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Lay-off simplificado: o alargamento do apoio à manutenção dos contratos de trabalho

  • ECO + EY
  • 22 Julho 2021

Vera Gomes, Manager EY, Global Compliance & Reporting, resume os principais pontos do alargamento do apoio extraordinário à manutenção dos contratos de trabalho aprovado em março deste ano.

A evolução da situação epidemiológica causada pela COVID-19 levou o governo português a tomar medidas para controlar a pandemia, nomeadamente, através do encerramento parcial ou total de algumas atividades económicas.

Neste sentido, algumas medidas de apoio aos agentes económicos decretadas pelo Governo têm vindo a ser reforçadas, tais como o apoio extraordinário à manutenção de contrato de trabalho, que tem sido um importante instrumento de apoio financeiro às entidades empregadoras que se encontram em crise financeira.

Vera Gomes, Manager EY, Global Compliance & Reporting.

Foi neste contexto que foi aprovado, através do Decreto-Lei n.º 23-A/2021, de 24 de março, o alargamento da medida de apoio extraordinário à manutenção dos contratos de trabalho, dando a possibilidade aos agentes económicos, em que a atividade não estando suspensa ou encerrada, tenha sido significativamente afetada pela interrupção das cadeias de abastecimento globais, da suspensão ou cancelamento de encomendas.

Assim sendo, são elegíveis para este apoio os agentes económicos que se encontrem em paragem total ou parcial da atividade superior a 40%, tendo em consideração os seguintes requisitos:

  • quebra da faturação superior a 40%, desde que se deva a cancelamento de encomendas ou a interrupção de cadeias de abastecimento globais;
  • quebra de atividade superior a 40%, motivada pelo cancelamento ou suspensão de encomendas ou a interrupção de cadeias de abastecimento globais;
  • mais de metade da faturação no ano anterior tenha sido realizada a atividades e setores que estejam suspensos ou encerrados, por determinação legislativa ou administrativa de fonte governamental.

Esta medida teve como objetivo garantir um apoio correspondente a 100% da retribuição normal ilíquida do trabalhador, não podendo ultrapassar 3 RMMG (1995 euros), sendo suportado pela entidade empregadora 30% daquele montante, e os restantes 70% pela Segurança Social. Durante a vigência do lay-off simplificado, a compensação é paga mensalmente aos trabalhadores pela entidade empregadora e, posteriormente, o apoio suportado pela Segurança Social será transferido para o empregador.

Adicionalmente, os agentes económicos que estejam abrangidos por este apoio extraordinário encontram-se isentos de pagamento das contribuições para a Segurança Social, a cargo da entidade empregadora (23,75%), mantendo-se os 11% de quotização referente ao trabalhador.

A adesão a este apoio extraordinário é requisitada mensalmente, através do formulário específico que se encontra disponível na Segurança Social Directa. Contudo, é de salientar que, durante o período em que a entidade empregadora usufrua do lay-off simplificado, bem como, nos 60 dias seguintes, não pode cessar o contrato de trabalho de quaisquer trabalhadores ao abrigo de despedimento coletivo ou despedimento por extinção do posto de trabalho.

Esta medida tem permitido às entidades empregadoras, que tenham direito a este apoio financeiro, a manutenção dos contratos de trabalho e assim a sua capacidade de produção/prestação de serviço, evitando despedimentos devido à crise económica, bem como, aos trabalhadores a segurança dos seus postos de trabalho. Subjacente a este regime, existem um conjunto de requisitos formais que devem observados para que os incentivos em causa não venham a ser postos em causa.

Para saber mais sobre Tax & Finance, visite apágina da EY. Se tiver interesse, subscreva aqui as comunicações da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc).

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Gulbenkian lança ferramenta para medir impactos de políticas no futuro

  • Lusa
  • 22 Julho 2021

"Uma política é justa quando permite responder às necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”, diz a fundação.

A Fundação Gulbenkian disponibiliza a partir desta quinta-feira uma ferramenta para verificar como uma política pública tem impacto na atualidade mas também nas próximas gerações.

Segundo informação divulgada esta quinta-feira pela instituição, pretende-se com a iniciativa ajudar os decisores a considerarem todos os fatores quando adotam uma determinada política e se ela é benéfica a curto prazo e ao mesmo tempo não prejudica gerações que ainda nem nasceram.

A ferramenta estará disponível para todos, de políticos a institutos públicos, de universidades a organizações não-governamentais. Mas a Gulbenkian avisa que quem não trabalha diretamente com políticas públicas precisará de formação para usar a ferramenta, estando previstas para setembro sessões de formação para todos os interessados.

A ferramenta surge no âmbito do projeto dedicado à Justiça Intergeracional que a Fundação está a desenvolver, focado nos direitos das pessoas que ainda não nasceram, e é feito em parceria com a School of International Futures (uma organização britânica).

Luís Xavier, que coordena o projeto Justiça Intergeracional, explicou à Lusa que a ferramenta é adaptável e que pode ser mais ou menos abrangente consoante as necessidades, e que “torna mais claras as decisões”.

“É quase como um manual de boas práticas”, disse, acrescentando considerar importante criar algo que permitisse perceber o impacto hoje e no futuro de uma determinada decisão.

A ferramenta “mais do que tudo faz perguntas, ajuda a fazer as perguntas certas em relação a leis, ajuda quem quer fazer uma lei justa para todas as gerações”. E depois, acrescentou, vai também ajudar as entidades que têm a função de analisar as leis, mesmo organizações ambientalistas, mesmo órgãos de comunicação social.

Luís Xavier explicou ainda que a ferramenta pode ser aplicada a uma lei que está para ser discutida/adotada mas também a uma lei que já exista.

“Será que determinada lei vai restringir o campo de opções de gerações futuras? Se aumentarmos agora muito a dívida pública as próximas gerações não terão menos opções?”, questionou.

O responsável do projeto acrescentou que os discursos sobre temas como ambiente, pensões ou dívida pública são muito centrados no hoje e que a ferramenta é uma forma de criar “uma pressão positiva nos decisores políticos” para que tenham boas políticas, com impactos a longo prazo.

A ferramenta, Metodologia de Avaliação do Impacto Intergeracional das Políticas Públicas, tem cinco etapas, aplicáveis a qualquer tipo de política ou decisão estratégica, e a avaliação termina com um relatório que inclui as principais conclusões e recomendações para os decisores e uma classificação global da política, explica a Fundação Gulbenkian num comunicado.

Permite também, acrescenta, testar várias hipóteses e diferentes cenários, “sempre no princípio de que uma política é justa quando permite responder às necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”.

A ferramenta, assegura a Gulbenkian, baseia-se nas melhores e mais recentes práticas, gestão de risco e prospetiva estratégica, e foi inspirada em experiências internacionais bem-sucedidas de países como o Japão, Singapura, País de Gales e França.

A metodologia, desenvolvida nos últimos dois anos, foi testada e revista por especialistas de instituições nacionais e internacionais, como o Banco de Portugal, Conselho de Finanças Públicas, Tribunal de Contas, OCDE, Comissão Europeia, ou Nações Unidas.

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Economia abranda na semana em que mais concelhos recuaram no desconfinamento

Na semana em que 44 concelhos recuaram no desconfinamento, o indicador diário de atividade económica (DEI) do Banco de Portugal voltou a recuar, sinalizando um abrandamento da economia em Portugal.

A atividade económica em Portugal já teve semanas melhores. Na que terminou a 18 de julho, o indicador diário de atividade económica (DEI) e a taxa bienal correspondente “diminuíram face à semana anterior”, mostram os dados publicados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), repetindo a tendência da semana anterior.

Evolução do DEI:

Fonte: Banco de Portugal

A recente evolução do DEI sugere que a atividade económica tem abrandado à medida que mais concelhos são adicionados à lista de “risco muito elevado”, sujeitos, por isso, a restrições mais apertadas. A 8 de julho, Porto, Gaia e 26 outros concelhos foram adicionados pelo Conselho de Ministros a esse escalão de risco, onde já se encontrava Lisboa. A 15 de julho, a lista voltou a engordar, com a adição de mais 44 concelhos, à medida que a situação pandémica continua a agravar-se no território nacional. Estão, atualmente, 47 municípios nessa lista.

O BdP incorpora no cálculo do DEI uma série de dados que refletem diversas componentes da economia, como o “tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes”. É um indicador de alta frequência, que mede o pulso à economia todos os dias, apesar de ser apenas divulgado à quinta-feira. Em contrapartida, o indicador mais comum, o Produto Interno Bruto (PIB), é apenas atualizado trimestralmente.

O DEI compara a atividade económica de um determinado dia com a do mesmo dia anterior (independentemente de serem dias da semana diferentes). Uma vez que, desde março, a comparação é feita com um período de 2020 em que a Covid-19 já estava disseminada em Portugal, o BdP passou a publicar também a taxa bienal, comparando não com 2020, mas com 2019, o último ano antes dos efeitos da pandemia. Ora, mesmo nessa comparação, a atividade económica recuou face à semana anterior.

Taxa bienal do DEI:

Fonte: Banco de Portugal

(Notícia atualizada pela última vez às 11h25)

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Concursos desertos e obras mais caras forçam IP a definir novo calendário para Ferrovia 2020

  • ECO
  • 22 Julho 2021

Materiais de construção mais caros e novos concursos públicos obrigam à Infraestruturas de Portugal o atraso do calendário dos trabalhos para o Ferrovia 2020.

A Infraestruturas de Portugal (IP) alterou o calendário para os trabalhos do Ferrovia 2020. Materiais de construção mais caros e novos concursos públicos para atrair candidatos levaram a IP a atrasar os trabalhos do Ferrovia 2020, inicialmente avaliados em 2,175 mil milhões de euros, avançou o Diário de Notícias (acesso livre), esta quinta-feira.

Inicialmente, os trabalhos do Ferrovia 2020, apresentado em 2016, deveriam estar todos prontos até setembro deste ano. Agora, só estarão terminados na data limite para receber fundos comunitários, ou seja, até ao final de 2023, já que qualquer obra que fique concluída depois de 31 de dezembro desse ano perde acesso aos fundos comunitários.

Fonte oficial da IP, citada pelo Diário de Notícias, explica que a gestora “tem estado a analisar os valores base dos concursos que está a lançar, em consequência do acompanhamento que faz da variação para cima dos custos das matérias-primas bem como da mão-de-obra”. Para além disso, as próprias construtoras têm pedido para estender os prazos de apresentação de propostas: “A grande quantidade de concursos públicos simultâneos lançados pela IP, e outras entidades, tem levado a que a capacidade de resposta dos candidatos se esgote, pelo que, tendo como objetivo obter propostas adequadas, bem formuladas e competitivas, se tenham ajustado alguns prazos de apresentação de candidaturas”.

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Dívida pública da Zona Euro ultrapassa 100% do PIB pela primeira vez

  • ECO e Lusa
  • 22 Julho 2021

Pela primeira vez, no primeiro trimestre, a dívida pública da Zona Euro, superou os 100% do PIB e a da EU subiu para os 92,9%, segundo o Eurostat. Défice público nos 7,4% na Zona Euro e 6,8% na UE.

A dívida pública da Zona Euro acelerou para os 100,5% no primeiro trimestre do ano, excedendo pela primeira vez os 100% do PIB, e a da União Europeia (UE) subiu para os 92,9%, segundo o Eurostat.

De acordo com dados do gabinete estatístico europeu, nos primeiros três meses do ano, o peso da dívida pública da Zona Euro ultrapassou pela primeira vez os 100% do Produto Interno Bruto (PIB) e acelerou para os 100,5%, face aos 97,8% homólogos e aos 86,1% do trimestre anterior.

Na UE, a dívida agravou-se para os 92,9% do PIB, quer na comparação com os 79,2% do trimestre homólogo, quer face aos 86,1% dos últimos três meses de 2020.

Em ambas as zonas, a dívida está sob o forte impacto das medidas políticas tomadas para mitigar o impacto económico e social da pandemia de Covid-19 e do pacote de estímulos, que continuou a resultar em necessidades de financiamento acrescidas.

Os rácios mais elevados da dívida pública em relação ao PIB no primeiro trimestre de 2021 foram registados na Grécia (209,3%), Itália (160,0%), Portugal (137,2%), Chipre (125,7%), Espanha (125,2%), Bélgica (118,6%) e França (118,0%) e os mais baixos na Estónia (18,5%), Bulgária (25,1%) e Luxemburgo (28,1%).

Rácios da dívida pública nos Estados-membros da UE no primeiro trimestre de 2021Fonte: Eurostat

Além de se manter como o Estado-membro com a terceira maior dívida pública, Portugal teve a quinta maior subida do peso da dívida (18 pontos percentuais) face ao primeiro trimestre de 2020 (119,2% do PIB).

Zona Euro com défice público de 7,4% no primeiro trimestre

O défice público foi, no primeiro trimestre, de 7,4% do Produto Interno Bruto (PIB) na Zona Euro e de 6,8% na União Europeia (UE), divulgou também esta quinta-feira o Eurostat.

Na Zona Euro, o défice recuou face aos 8,1% do PIB do último trimestre de 2020, mas teve uma forte subida na variação homóloga. Na UE, o défice de 6,8% do PIB compara-se com o de 7,5% do trimestre anterior e o de 0,3% dos primeiros três meses de 2020.

Evolução do défice público na Zona Euro e UEFonte: Eurostat

O gabinete estatístico europeu atribuiu o recuo trimestral do défice público em ambas as zonas à diminuição das despesas, sendo que estas, bem como as receitas, continuam a ser influenciadas pelas políticas públicas de resposta à pandemia da Covid-19.

No primeiro trimestre do ano, a maior parte dos Estados-membros apresentou défices nas contas públicas, com destaque para Malta (-9,9%), França (-9,3%) e Espanha (-8,2%).

O Luxemburgo (3,0%) e a Alemanha (0,3%) apresentaram excedentes nas contas públicas.

Portugal registou no primeiro trimestre um défice de 5,3% do PIB, um agravamento quer face ao de 0,5% homólogo, quer comparando com o de 5,1% do trimestre anterior.

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NOS abre programa de estágios. Tem 30 vagas para jovens talentos tech e biz

O programa NOS Alfa regista uma taxa de conversão positiva de cerca de 80% e é uma fonte de contratação com um peso significativo na NOS, diz a operadora. Os estágios são remunerados.

A NOS abriu uma nova edição do programa NOS Alfa. A operadora tem 30 vagas para jovens talentos nas áreas de tecnologias e economia e gestão. Os estágios remunerados, com duração de um ano, iniciam-se em outubro. O onboarding será em modelo híbrido.

A decorrer desde 2015, o NOS Alfa já acolheu mais de 180 estagiários, abrindo nesta 7ª edição 30 novas vagas, para a vertentes Alfa Tech – dirigida a candidatos com formação em advanced analytics, big data, cybersecurity, software development, system engineering e multimedia – e Alfa Biz, para candidatos nas áreas de gestão e economia e tecnologias de informação.

O programa dirige-se a “finalistas de mestrado ou jovens recém-graduados, com experiência profissional máxima de um ano e alinhados com a cultura de excelência e inovação da empresa”, explica a NOS em nota enviada às redações.

Além dos conhecimentos académicos, é essencial que os candidatos estejam “motivados” e “ambicionem fazer a diferença num mercado tão competitivo e dinâmico como o das telecomunicações”.

Saiba como se candidatar aqui

“O objetivo é encontrar pessoas com atitude, vontade de construir o futuro, ambição e sentido de equipa, para exercerem funções nas estruturas da NOS em Lisboa e no Porto”, refere a companhia.

O programa tem a duração de 12 meses dando aos estagiários a “oportunidade real de contribuir para o crescimento da empresa, num dos setores mais competitivos e inovadores”, garante a NOS.

Durante esse período, o trainee irá desenvolver “dois projetos de forte impacto para a organização, em rotação por duas áreas de negócio”, o programa Inclui ainda “uma vertente de mentorship com um acompanhamento de um elemento experiente da empresa, aliado a uma formação especifica e desenhada à medida das necessidades da empresa e perfil do candidato.”

Os jovens talentos irão ainda “participar em diversas formações disponíveis na plataforma interna NOS Campus, aprofundando competências e alargando os seus conhecimentos.”

“Estes estágios, remunerados, têm início em outubro. Após o período de estágio, os trainees podem vir a integrar aos quadros da NOS. O programa NOS Alfa regista uma taxa de conversão positiva de cerca de 80% e é uma fonte de contratação com um peso significativo na NOS”, garante a companhia.

Face ao atual contexto de pandemia, a operadora adaptou alguns procedimentos ao processo de recrutamento do programa: as entrevistas, agora decorrem online e a fase de onboarding acontece num modelo híbrido, entre remoto e presencial.

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Ventura teve a subvenção mais alta nas Presidenciais e Marcelo foi quem menos recebeu

  • ECO
  • 22 Julho 2021

Dos três candidatos com direito a subvenção, André Ventura foi quem recebeu o montante mais elevado, ao passo que Marcelo Rebelo de Sousa foi quem recebeu menos. No total, foram pagos 302.333 euros.

As últimas eleições presidenciais foram as mais baratas para os cofres do Estado desde que as contas são auditadas. Dos três candidatos com direito a subvenção, André Ventura foi quem recebeu o montante mais elevado ao passo que Marcelo Rebelo de Sousa foi quem recebeu menos, revela o Diário de Notícias (acesso pago).

O líder do Chega, que ficou em terceiro lugar nas Presidenciais 2021, foi quem teve direito a uma subvenção pública mais elevada, totalizando 146.072 euros, segundo os dados da secretaria-geral da Assembleia da República. Segue-se Ana Gomes que recebeu 132.434 euros. Com um montante, bem inferior ficou Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente da República, que venceu o escrutínio eleitoral por larga margem (com 60,7% dos votos), recebeu 23.826 euros, ou seja, uma diferença de mais de 122 mil euros face a André Ventura.

No total, as subvenções pagas pela Assembleia da República acenderam a 302.333 euros, montante muito inferior ao teto fixado em 3,5 milhões disponíveis para este efeito. Todos os outros candidatos às presidenciais não receberam qualquer apoio público, dado que a lei impõe uma barreira mínima de 5% dos votos para ter acesso à subvenção.

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Realidade aumentada para a indústria vence Acelerador 5G

  • Helena C. Peralta
  • 22 Julho 2021

Desenvolvido em parceria entre a Nos e a Amazon Web Services, e com o apoio da Startup Lisboa e da Armilar Venture Partners, o Acelerador 5G recebeu mais de 50 candidaturas.

Selecionada entre mais de 50 candidaturas, a KIT-AR é a vencedora da edição Acelerador 5G – Programa de Inovação Colaborativa, projeto que resulta de uma parceria entre a Nos e a Amazon Web Services (AWS), e que contou ainda com o apoio da Startup Lisboa e da Armilar Ventures Partners, sociedade gestora do Fundo Nos 5G.

Lançado em março deste ano, este programa foi desenvolvido com o objetivo impulsionar startups com ideias ou negócios que possam vir a ser potenciados pela tecnologia 5G. Com velocidades muito mais rápidas, baixa latência e com capacidade de ligar entre si milhões de equipamentos e dispositivos, o 5G será um dos principais impulsionadores de uma verdadeira economia digital, necessidade que a pandemia de Covid 19 veio acelerar. A Nos e a AWS pretendem, com este programa, apoiar a construção de um ecossistema de inovação e empreendedorismo 5G no País, potenciando a criação de oportunidades associadas a esta tecnologia.

Das cinco dezenas de projetos candidatos chegaram à fase final 13, envolvendo 29 participantes oriundos de Portugal, Brasil, Espanha e México. Em fase de maturidade média-elevado, algumas das startups tinham já uma sólida base de clientes, em áreas tão diversas como a do turismo, do ambiente, das smart cities, da saúde e da indústria. Todas elas envolviam tecnologias passíveis de serem exponenciadas pela quinta geração de redes móveis, tais como a Internet das Coisas (IoT), realidade virtual, realidade aumentada, entre outras.

"Ficámos bastante satisfeitos com o nível dos projetos participantes, alguns já com o produto estabilizado, com clientes e com um bom nível de maturidade.

Pedro Abrantes

Diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócio da NOS

“Ficámos bastante satisfeitos com o nível dos projetos participantes, alguns já com o produto estabilizado, com clientes e com um bom nível de maturidade. O programa tinha também como objetivo selecionar oportunidades de investimento nesta área e acreditamos que isso foi conseguido, pois os projetos conseguiram alcançar uma boa exposição. Temos já algumas startups no radar e queremos continuar a acompanhar estes projetos. Acreditamos que podemos ajudar no crescimento destes negócios”, afirma Pedro Abrantes, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócio da Nos.

Esta foi a primeira edição do programa, não havendo, para já planos, para uma segunda, ainda que Pedro Abrantes refira que foi uma iniciativa que correu de uma forma muito satisfatória, pelo que todas as possibilidades estão em aberto.

O mesmo responsável afirma ainda que um outro objetivo deste programa de aceleração se prende com a área de responsabilidade corporativa, ou seja, a empresa pretende “dar ao tecido empresarial condições para poderem acelerar os seus ativos e ainda estar na linha da frente na oferta de infraestruturas tecnológicas no 5G”. Para Pedro Abrantes estes programas fomentam uma importante discussão sobre a necessidade de ter infraestruturas para dar resposta às soluções que o mercado está a desenvolver. “Vimos muito potencial nestes projetos, e em várias áreas, como por exemplo, na agricultura. Isto leva-nos a perceber que temos de ter a infraestrutura disponível também nesta atividade”, refere Pedro Abrantes.

KIT-AR foi a grande vencedora

A KIT-AR, que apresenta uma solução de realidade aumentada e machine learning para a indústria, destacou-se entre as demais concorrentes e vai ter acesso direto à fase de incubação na Startup Lisboa. Este projeto vai receber ainda um prémio monetário de 7.500 euros, cerca de 100 mil euros em créditos AWS e ainda 10 mil euros em suporte técnico.

O júri do Programa – constituído por elementos da Nos, da AWS, da Armilar Ventures Partners e da Startup Lisboa – considerou a KIT-AR como o projeto mais inovador e promissor, destacando-se como o que melhor conseguiu aplicar as potencialidades da tecnologia 5G. Esta solução de realidade aumentada e machine learning destinada à indústria visa capacitar os operadores das fábricas e optimizar os processos de produção através de tecnologia 5G, aumentando assim a capacidade de processamento de dados e disponibilizando métodos sofisticados para aplicação na Indústria 4.0.

"Na KIT-AR, focamo-nos em melhorar a qualidade nas linhas de produção valorizando um dos elementos mais centrais da Indústria 4.0: o trabalhador.”

Manuel Oliveira

CEO da KIT-AR

O piloto desta solução já está disponível no mercado, e empresa terá agora o apoio necessário ao seu desenvolvimento. “Na KIT-AR, focamo-nos em melhorar a qualidade nas linhas de produção valorizando um dos elementos mais centrais da Indústria 4.0: o trabalhador. O nosso produto permite que cada trabalhador, utilizando tecnologias emergentes como realidade aumentada e inteligência artificial, contribua para reduzir ou até eliminar erros e desperdícios nas linhas de produção”, explica Manuel Oliveira, CEO da KIT-AR, explicando ainda que a solução permite ainda recolher insights mais completos de todos os processos, essenciais para a melhoria contínua da empresa.

Manuel Oliveira explica ainda que participar no Programa de Inovação Colaborativa “precipitou a integração do 5G no nosso plano de desenvolvimento e a abordagem altamente prática e a disponibilidade da Nos em nos apoiar ao longo de todo o processo fizeram toda a diferença”. Para este responsável, “igualmente importante foi o calibre dos mentores colocados à nossa disposição, que tiveram um impacto visível e muito positivo. Conhecendo os projetos e tendo trabalhado com as restantes empresas ao longo destes dois meses, posso afirmar, sem dúvida alguma, que é um privilégio enorme sermos os vencedores desta primeira edição”.

O programa envolveu, ao longo de sete semanas, mais de 150 sessões de mentoring, com recurso a cerca de 40 mentores nacionais e internacionais, que contribuíram, através das suas áreas de conhecimento e recursos em tecnologia, para a melhoria dos projetos participantes. As startups puderam ainda testar as suas soluções através da rede 5G da Nos e do apoio técnico desta operadora.

As finalistas estiveram reunidas num bootcamp virtual durante dois dias, que decorreu em maio último, em que o objetivo foi perceber melhor as potencialidades da nova tecnologia, aplicações futuras do 5G, discutir o seu estado de implementação a nível mundial e explorar casos de uso relevantes. Manuel Oliveira afirma ainda que “a visibilidade nacional e internacional deste prémio já criou diversas oportunidades comerciais, que estamos a acompanhar de perto”.

Fundo NOS 5G com 10 milhões para investir

Esta iniciativa vem reforçar a aposta no ecossistema de empreendedorismo no 5G nacional, que a Nos já fizera em 2019 com a constituição do Fundo de Capital de Risco NOS 5G, com uma dotação de 10 milhões de euros. Este programa de aceleração tinha também como objetivo identificar potenciais oportunidades de investimento através deste fundo.

Duarte Mineiro, responsável pela sociedade de capital de risco portuguesa, e um dos jurados do Acelerador 5G, congratula-se pela qualidade dos projetos participantes e pelo bom mix conseguido entre projetos mais pequenos e desconhecidos e outros maiores e mais consistentes. Esta diversidade permitiu ao fundo analisar várias startups, no sentido de um possível investimento futuro. Para já, nada avança em concreto.

Além da empresa vencedora do Acelerador 5G, foi ainda atribuída uma menção honrosa à startup GoClever, que recebeu um prémio monetário de 2.500 euros. A sociedade é responsável pelo desenvolvimento de uma solução para digitalizar o mundo físico em busca de ganhos económicos. Focada em portos marítimos, a solução cria gémeos digitais tridimensionais dos portos, usando sensores remotos e processamento na cloud e através de inteligência artificial permite análises em tempo real, automatizar operações, detetar anomalias e remover ineficiências.

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TikTok quer ser o LinkedIn da geração Z. Lança piloto para fazer o match entre jovens e vagas

O "TikTok Resumes" pretende fazer a ponte entre os jovens da geração Z e o mercado de trabalho. O programa piloto dura até final do mês e os currículos enviam-se em formato de vídeo.

O TikTok já conquistou a geração Z. Mais de metade dos seus utilizadores têm menos de 24 anos, mas, do entretenimento e vídeos virais, esta rede social quer dar, agora, um novo passo. Quer ser uma espécie de LinkedIn para estes jovens, fazendo a ponte com o mercado de trabalho. Mas sem perder a sua essência. O piloto, ao qual aderiram 37 empresas, já está a funcionar nos Estados Unidos.

Aproveitando o facto de os jovens da geração Z (pessoas nascidas, em média, entre a segunda metade dos anos 1990 até o início do ano 2010) estarem ainda pouco presentes no LinkedIn (19,3%), o TikTok lançou o “TikTok Resumes”, um programa piloto que liga jovens a grandes empresas, como a Shopify ou a Alo Yoga, que tenham processos de recrutamento a decorrer.

O programa aceita apenas currículos em formato vídeo e com uma duração limitada, à semelhança do que já acontece nesta rede social. A plataforma já foi lançada e aceitará candidaturas até 31 de julho, numa fase ainda de testes e apenas disponível nos Estados Unidos, avança o Insider.

Os recrutadores podem publicar as ofertas de emprego no site criado pela rede social e os usuários interessados podem candidatar-se à posição enviando um vídeo no qual deem a conhecer, de forma divertida e criativa, as suas competências e experiências, utilizando o hashtag #TikTokResumes.

Além disso, os utilizadores do TikTok têm utilizado a plataforma como uma ferramenta para partilhar vagas atuais e dar dicas para aplicar em entrevistas de emprego ou na construção do currículo.

Para já, 37 empresas, incluindo o próprio TikTok, estão a publicar as suas vagas de emprego no site. Chipotle, Target, WWE, Alo Yoga, Shopify, Contra e Movers+Shakers são apenas algumas delas.

Pode aceder ao programa “TikTokResumes” através da aplicação, recorrendo ao hashtag #TikTokResumes, ou atarvés do site www.tiktokresumes.com.

É tempo de explorar novos canais para atrair os futuros líderes

Recorrer a formas menos convencionais e mais criativas para atrair o talento não é, contudo, novidade. As novas gerações estão mais exigentes e conquistá-las é uma tarefa muito mais desafiante. Para chegar até elas e conseguir despertar a vontade de “vestir a camisola” com orgulho, algumas empresas têm vindo a recorrer a outras redes sociais para anunciar as suas vagas.

Contando com milhões de utilizadores, muitas empresas e marcas fazem do Instagram a porta de entrada para potenciais colaboradores, tentando transmitir a sua filosofia e valores através de conteúdo sobretudo em fotografias e vídeos. E divulgar ofertas de emprego também é opção, aproveitando o público e o alcance da sua conta.

A empresa espanhola Papiroga, com mais de 44 mil seguidores, criou um destaque nas histórias chamado “We are hiring!”, através do qual anuncia as vagas na empresa. É normal aparecerem nos stories as líderes da marca a divulgarem a vaga, dando alguma informação adicional e remetendo os interessados para o link de candidaturas.

Mas há ainda quem vá mais longe e utilize uma plataforma de música para ajudar no recrutamento de novos talentos. O Spotify oferece a possibilidade de criar listas de músicas pessoais e personalizadas, que podem ser criadas para serem dirigidas aos candidatos e a determinado processo de recrutamento.

A ideia sugerida pela plataforma Match.hr, desenvolvida em colaboração com o Cambridge Psychometric Centre, é que, depois de uma conta criada na plataforma de música, a empresa recrutadora crie uma lista de reprodução para o seu candidato, à qual pode, por exemplo, dar o nome de “Junte-se à equipa”, “Queremos contar consigo” ou, diretamente, “Estamos à procura de um programador”.

Com o nome escolhido, a ideia é que procure músicas que tenham como título palavras que façam parte da mensagem que quer transmitir. Ou seja, lendo os títulos das canções que compõe a lista, o candidato consegue perceber a mensagem.

“Com base na nossa experiência, esta abordagem consegue melhorar a taxa de resposta em 15%”, diz a Match.hr. “As pessoas gostam quando os recrutadores as tratam como humanos e não apenas como robôs ou trabalhadores”, acrescenta, salientando que, às vezes, uma pequena surpresa divertida num processo de recrutamento faz toda a diferença.

“É o recrutamento mais original e criativo que já vi”. “Isto é único”. “A ideia de recrutar com o Spotify é a melhor que vi em todo o ano”. “Gostei da playlist”. Estas foram algumas das mensagens enviadas pelos candidatos abordados através deste método divertido e original para atrair talento.

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Nas notícias lá fora: moedas digitais, habitação e Covid

  • ECO
  • 22 Julho 2021

O Governo espanhol está a ultimar um decreto para prorrogar indefinidamente a limitação de despejos, já no Reino Unido, os empresários estão contra medida que obriga funcionários a isolarem-se.

Um inquérito do Goldman Sachs revela que os agregados familiares ultra ricos querem incluir moedas digitais nas suas carteiras de investimento. Ainda no plano empresarial, as três maiores distribuidoras norte-americanas de opioides assinaram um acordo milionário. Em Espanha, o Governo de Pedro Sanchéz está a ultimar um decreto para prorrogar indefinidamente a limitação de despejos enquanto que no Reino Unido, os empresários estão contra medida que obriga funcionários a isolarem-se, após contacto de risco da Covid.

Bloomberg

Ultra ricos querem acrescentar moedas digitais às suas carteiras de investimento

Os agregados familiares ultra ricos querem incluir moedas digitais nas suas carteiras de investimento, segundo um inquérito do banco Goldman Sachs às gestoras das suas fortunas. O universo inquirido traduziu-se em cerca de 150 respostas daquelas entidades, das quais um quinto (22%) está a gerir ativos no montante mínimo de cinco mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros), enquanto quase metade (45%) têm ativos sob gestão, em montantes situados entre mil milhões e 4,9 mil milhões de dólares. Cerca de metade destas gestoras de fortunas expressaram a vontade dos seus clientes acrescentarem as moedas digitais, também designadas cripto moedas, aos seus investimentos.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Cinco Días

Governo espanhol prepara decreto para prorrogar indefinidamente limitação de despejos

O Governo espanhol está a preparar os últimos detalhes de um decreto que visa prorrogar indefinidamente a limitação de despejos a famílias vulneráveis e sem morada alternativa. O objetivo é que este diploma esteja pronto a partir de 9 de agosto, altura em que cessa o decreto vigente. A ideia é replicar a norma e tornar estrutural a limitação dos despejos até que seja cumprida definitivamente a lei da habitação, que continua a ser negociada entre PSOE e Unidos Podemos com um certo consenso no que diz respeito aos despejos, mas com fortes divergências quanto às regras para os arrendamentos.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Financial Times

Líderes empresariais no Reino Unido contra medida que obriga funcionários a isolarem-se, após contacto de risco da Covid

O “Dia da Liberdade” chegou ao Reino Unido na segunda-feira e trouxe consigo o fim do uso obrigatório de máscara e do distanciamento social, contudo, o país entra agora um novo fenómeno conhecido porpingdemia”. Com o aumento dos contactos sociais, aumentam também os contactos de risco detetados pelo NHS (o equivalente ao SNS português) e, por isso, há cada vez mais pessoas a serem notificadas para cumprir quarentena. Essa notificação é enviada através da aplicação do NHS, instalada nos telemóveis dos ingleses. Esta medida está a gerar críticas por parte de vários líderes empresariais que exigem ao Governo soluções para o facto de centenas de trabalhadores precisaram de se isolar após serem notificados pelo serviço nacional de saúde inglês, pelo que pedem exceções para os funcionários de setores essenciais, como a alimentação e a energia.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

CNBC

Empresas norte-americanas de opioides fazem acordo milionário

As três maiores distribuidoras de medicamentos dos Estados Unidos e a farmacêutica Johnson & Johnson concordaram pagar 26 mil milhões de dólares em compensação pela suposta interferência na crise dos opioides, informaram as autoridades. “A Johnson & Johnson, a McKesson, a Cardinal Health e a Amerisource Bergen não só acenderam o pavio, como alimentaram o fogo do vício em opiáceos por mais de duas décadas. Hoje, estamos a responsabilizar essas empresas e a injetar milhares de milhões de dólares nas comunidades de todo o país”, disse a procuradora-geral do estado de Nova Iorque, Letitita James, em comunicado. O acordo histórico vai encerrar as ações judiciais movidas por vários estados e cidades dos EUA contra as quatro empresas e vai oferecer recursos significativos para apoiar as comunidades mais afetadas pela adição e pelos casos de overdose com medicamentos.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

Reuters

Diretor de Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos demite-se por antissemitismo

O comediante Kentaro Kobayashi, um dos diretores artísticos da Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, apresentou a demissão, a um dia do evento, após por piadas antissemitas num espetáculo em 1998. O afastamento surgiu após vários protestos contra o envolvimento do comediante, de 48 anos, que pediu desculpa pelos comentários feitos “quando era jovem” e que considera agora “inapropriados”. Esta nem sequer é a única polémica com a sessão inaugural, já que ainda esta semana o compositor designado, o músico Keigo Oyamada, conhecido por Cornelius, se demitiu, devido a um ‘escândalo’ com bullying que o próprio dirigiu a pessoas com deficiência.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Parque de campismo Zmar obrigado a devolver ajudas públicas por falta de pagamentos

Dona do Zmar está quase falida, devendo mais de 50 milhões de euros a cerca de 420 credores. Estado é um deles. Empresa falhou pagamento de prestações do plano de reembolso dos incentivos.

O parque de campismo Zmar, no Alentejo, vai ter de devolver os apoios públicos que recebeu por incumprimento do contrato de investimento que assinou com a Aicep. A agência responsável pela promoção do investimento e exportações, anulou o contrato celebrado com a Multiparques a Céu Aberto – Campismo e Caravanismo em Parques, Lda. (Multiparques) e a Pasiton Holdings, sua casa-mãe e sócia, por falha nos reembolsos dos incentivos.

A dona do Zmar está quase falida, devendo mais de 50 milhões de euros a cerca de 420 credores, como avançou o Expresso. Um desses credores é o Estado e perante a ausência dos pagamentos acordados em contrapartida dos seis milhões de euros em incentivos atribuídos, a Aicep decidiu resolver o contrato de investimento que tinha assinado com a empresa em junho de 2010. “No decurso da vigência do Contrato, constatou-se que a Multiparques incorreu no incumprimento das suas obrigações contratuais, nomeadamente, as obrigações pecuniárias, de informação e solicitação de autorização prévia para a alteração da sua estrutura acionista, bem como de manutenção do ratio de autonomia financeira”, pode ler-se no despacho publicado esta quinta-feira em Diário da República.

A Aicep explica que a empresa não efetuou o pagamento de todas as prestações previstas no plano de reembolso inicialmente acordado, nem os pagamentos que eram devidos por força dos subsequentes planos de reembolso acordados no seguimento dos respetivos pedidos de renegociação apresentados pela própria empresa. Este é o segundo contrato de investimento que a Aicep revoga esta semana. Na terça-feira foi publicada também em Diário da República a anulação do contrato à empresa americana 52-Fresh que deveria ter avançado com um investimento de 50 milhões de euros para instalar uma unidade de cenouras bebés em Almeirim.

O investimento de 30 milhões de euros, que foi considerado um projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN), fez manchetes de jornais recentemente por ter sido a opção encontrada pelo Executivo para alojar os trabalhadores das estufas de fruta em Odemira que ficaram infetados com Covid-19 ou que precisavam de ser colocados em isolamento. Como viviam em condições impróprias, o Governo escolheu o parque de campismo de 4 estrelas para colocar estes trabalhadores. Após a requisição civil do espaço e muita polémica, o Governo chegou a acordo com a empresa aceitando pagar 3.400 euros diários pela cedência de 34 habitações durante 63 dias, independentemente de serem usadas ou não.

No conjunto de argumentos para resolver o contrato e obrigar a Multiparques a devolver os apoios recebidos, a Aicep elenca ainda a “violação do dever de informação” por omissão nos seus contactos com a agência de “informação sobre a venda de participação no seu capital social (quando esta se encontrava em curso)”, por “não ter solicitado autorização prévia para a alteração da sua estrutura acionista” e por “não ter apresentado, ao longo da sua vigência, evidência de um ratio de autonomia financeira positivo e crescente”.

(Notícia atualizada com mais informações)

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