Embaixadores da UE aprovam 12 PRR, incluindo o português

Os embaixadores da UE, cada um em representação do seu Estados-membro, aprovaram os 12 Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) que tiveram a luz verde da Comissão Europeia. Portugal está incluído.

O comité de representantes permanentes dos Governos dos Estados-Membros da União Europeia (COREPER) endossou esta sexta-feira os doze Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) que já tinham tido a avaliação positiva da Comissão Europeia. A aprovação formal ocorrerá na próxima terça-feira no ECOFIN e posteriormente a Comissão poderá libertar a primeira tranche.

Boas notícias“, escreveu a conta da representação permanente de Portugal junto da União Europeia, anunciando que a COREPER II aprovou os planos nacionais, incluindo o português.

Esta não é uma aprovação formal dado que este grupo de embaixadores não é um órgão de decisão da UE, mas é um indicador da decisão que será formalizada pelo Conselho dos Assuntos Económicos e Financeiros (ECOFIN), com os ministros da Economia e das Finanças, na próxima semana.

Assim que o ECOFIN aprovar o PRR nacional, Portugal tem de assinar com a Comissão Europeia o acordo de financiamento e o acordo do empréstimo.

Posteriormente, receberá um pré-financiamento cerca de 1,8 mil milhões de euros, o que corresponde a 13% das verbas alocadas ao país. Além disso, receberá 350 mil euros relativos a 13% do valor em empréstimos que solicitou. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, indicou que espera que o primeiro pagamento aconteça ainda em julho.

As restantes tranches serão libertadas consoante o cumprimento das metas e objetivos que estão definidos e calendarizados no PRR.

No total, Portugal receberá 13,9 mil milhões de euros em subvenções e 2,69 mil milhões de euros em empréstimos. Os valores finais ainda poderão mudar ao longo dos anos uma vez que haverá uma parcela que está dependente do impacto da pandemia nos Estados-membros.

Portugal é representado neste órgão que prepara as reuniões do Conselho por Nuno Brito, cujo trabalho foi elogiado pelo primeiro-ministro António Costa no âmbito dos seis meses da presidência portuguesa do Conselho da UE que terminou a 30 de junho.

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Portugal bateu recorde de mais de 60 mil testes à Covid por dia na primeira semana de julho

Dados cedidos ao ECO revelam, que entre 1 e 6 de julho, Portugal realizou 364.380 testes à Covid, o que dá uma média de 60 mil testes por dia e é o valor mais elevado desde o início da pandemia.

Só nos primeiros seis dias de julho foram feitos 364.380 testes à Covid-19 em Portugal, o que representa uma média de mais de 60 mil testes diários e o valor mais elevado desde o início da pandemia, segundo os dados cedidos pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) ao ECO.

Face à rápida disseminação da variante Delta, o Governo tem centrado a sua estratégia no reforço da vacinação contra a Covid, bem como no incentivo à testagem em massa, por forma a evitar danos mais pesados na Economia. Assim, e dado que os testes de despiste à doença são necessários para o acesso a cada vez mais espaços, o que levou o Executivo a comparticipar a 100% a realização de quatro testes por mês, a testagem tem aumentado nos últimos dias.

“Entre 1 e 6 de julho, foram realizados em Portugal 364.380 testes de diagnóstico à Covid”, dos quais 208.384 são testes PCR (57,2% do total) e 155.996 são testes rápidos de antigénio (42,8%), o que coloca o país com uma “média diária de 60.730 testes”, sinaliza a entidade liderada por Fernando de Almeida, em resposta ao ECO. Esta é, portanto, a média diária mais elevada desde o início da pandemia, superando a fasquia atingida em janeiro, no pico da terceira vaga, com cerca de 52 mil testes realizados por dia.

Este facto tinha sido também salientado pela ministra da Saúde na quarta-feira, na audição regimental da Comissão da Saúde, em que Marta Temido tinha garantido que “a campanha de testagem tem sido reforçada”, pelo que “nestes poucos dias de julho, a média diária de testes é a mais alta desde o início da pandemia”. O último relatório de monitorização das “Linhas Vermelhas”, divulgado na sexta-feira passada pelo INSA, já apontava para um aumento, avisando, no entanto, que dado o agravamento da pandemia a taxa de positividade se situava nos 3,2%, isto é, “mais próximo, do limiar definido de 4%”.

É possível também constatar que o número de testes tem aumentado progressivamente desde que arrancou o segundo desconfinamento, a 15 de março, ainda que no mês de maio se tenha verificado uma quebra. Em março, foram realizados em Portugal 866.283 testes à Covid, dos quais mais de 70% foram testes PCR (631.241) e apenas 27,1% testes rápidos de antigénio, o que significa uma média diária 27.945 testes por dia. Isto é, menos de metade da média da primeira semana de julho.

Já em abril, foram realizados 1.484.897 testes em Portugal, sendo que neste mês os testes rápidos de antigénio começaram a ganhar força, tendo sido feitos 702.049 testes (47,3% do total) e 782.848 testes PCR (52,7%). Feitas as contas, nesse mês foram feitos, em média, 49.497 testes por dia.

Ao mesmo tempo, durante todo o mês de maio foram feitos 1.236.934 testes, o que representa uma quebra de quase 248 mil testes face ao mês anterior. Deste total, 72,5% foram PCR (897.216) e 27,5% foram testes rápidos de antigénio (339.718). Contas feitas, são quase 40 mil testes por dia. Recorde-se que foi neste mês que Portugal entrou na terceira fase do plano de desconfinamento e quando começou a surgir um aumento mais acentuado de número de infeções, principalmente na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Por fim, e no que diz respeito a junho, foram feitos mais de 1,5 milhão de testes em Portugal, dos quais cerca de um milhão PCR (65,6% do total) e 524.208 de antigénio (34,4%). Este valor significa uma média diária de 50.813 testes realizados, o que coloca este mês como o segundo mês com mais testes realizados, depois de janeiro (foram feitos mais de 1,6 milhão de teste nesse mês). O marco foi, entretanto, assinalado pelo INSA, através de uma publicação na rede social Twitter.

 

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Malta torna-se primeiro país da UE a fechar fronteiras para todos os viajantes não vacinados

Apenas os viajantes que possuem um certificado de vacinação britânico ou da União Europeia terão permissão para entrar em Malta a partir de 14 de julho.

Malta anunciou que será o primeiro país europeu a fechar as fronteiras para qualquer pessoa que não tenha sido totalmente vacinada contra o coronavírus, decisão tomada após registar um aumento nos casos de Covid-19. O país já tem, atualmente, 79% da população adulta totalmente vacinada contra a Covid-19.

Apenas aqueles que têm um certificado de vacinação britânico ou da União Europeia (UE) terão permissão para entrar a partir de 14 de julho, adiantou o ministro da Saúde de Malta, Chris Fearne. “Seremos o primeiro país da Europa a dar esse passo”, disse, citado pela AFP (acesso livre, conteúdo em inglês).

Anteriormente, turistas do resto da UE, dos Estados Unidos e de alguns outros países eram permitidos em Malta se apresentassem um teste de PCR negativo para coronavírus ou se estivessem totalmente vacinados.

Atualmente, já está em vigor na UE o certificado digital Covid, que identifica as pessoas que foram vacinadas, bem como aquelas que tiveram um teste negativo ou recuperaram da doença. No entanto, alguns países têm aplicado medidas relativas ao turismo e viagens de outros Estados-membros individualmente.

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Lisboa valoriza em linha com Europa com BCP a subir mais de 4%

A praça lisboeta começou o dia abaixo da linha de água mas conseguiu terminar em "terreno positivo", puxada pelo BCP. Os títulos do banco valorizaram mais de 4%.

Lisboa encerrou a última sessão da semana em “terreno positivo”, acompanhando a tendência positiva registada nas demais praças europeias, ainda que, por cá, os ganhos tenham sido mais ligeiros. Esta sexta-feira, foi o BCP a cotada que mais brilhou, tendo os seus títulos valorizado 4%, depois das quedas dos últimos dias.

O índice de referência na praça nacional, o PSI-20, terminou a sessão a valorizar 0,47% para 5.173,040 pontos. O arranque da sessão ficou marcado por perdas ligeiras, mas, entretanto, o índice em causa conseguiu passar para o verde, acompanhando, então, a tendência positiva registadas nas demais bolsas do Velho Continente. O Stoxx 600, por exemplo, somou 1,3% para 457,46 pontos, o alemão Dax subiu 1,65% para 15.674,33 pontos, o francês CAC 40 avançou 1,96% para 6.521,81 pontos e espanhol Ibex valorizou 1,42% para 8.772,80 pontos.

Por cá, foi o BCP a protagonizar os ganhos mais expressivos. Os títulos do banco somaram 4,74% para 0,1347 euros, recuperando das quebras dos últimos dias. Ainda esta quinta-feira, o BCP esteve sob pressão depois de o seu banco na Polónia ter anunciado provisões de 100 milhões de euros para os créditos hipotecários em moeda estrangeira.

Do outro lado da linha de água, destaque para a EDP Renováveis, cujas ações recuaram 1,16% para 20, 48 euros, mas também para a EDP, cujos títulos caíram 0,52% para 4,636 euros. Ainda na energia, as ações da Galp Energia subiram 0,22% para 8,9780 euros, recuperando do recuo de quinta-feira. Isto numa sessão em que, em Londres, o Brent está a valorizar mais de 2%.

Ainda no verde, os títulos da Jerónimo Martins valorizaram 0,36% para 16,6350 euros e os títulos dos CTT destacaram-se ao subir 1,8% para 5,10 euros.

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PSD propõe que haja menos 15 deputados e legislaturas de 5 anos

O PSD apresentou esta sexta-feira a sua proposta de revisão constitucional com uma série de alterações. Entre elas está a redução do número de deputados e o aumento do período das legislaturas.

Rui Rio anunciou esta sexta-feira uma proposta de revisão constitucional e as mudanças são muitas, da organização económica à política, aos direitos fundamentais e ao funcionamento da democracia portuguesa. O PSD propõe uma redução de pelo menos 15 deputados e um aumento do período de cada legislatura de quatro para cinco anos.

Esta proposta de revisão constitucional apresentada esta sexta-feira será entregue na mesa da Assembleia da República (AR) no início da próxima sessão legislativa, em setembro. Na conferência de imprensa, o líder do PSD apelou ao PS para ter uma atitude reformista e deixar de ser um “partido que é ele próprio o sistema”: “Deve haver uma negociação com o Partido Socialista e bem“, disse, explicando que só há alteração à Constituição com dois terços dos votos na AR.

A partir de Coimbra, cidade para onde quer que o Tribunal Constitucional se mude, Rui Rio elencou uma série de alterações que quer ver inscritas na Constituição da República Portuguesa, a começar pelo funcionamento da democracia portuguesa. Na versão do PSD, o Parlamento passaria a ter um intervalo de deputados entre 181 e 215 (atualmente vai de 180 a 230), o período da legislatura aumentaria para cinco anos e as eleições seriam num momento em que ainda fosse possível apresentar, discutir e votar atempadamente o Orçamento do Estado para o ano seguinte.

Rui Rio disse que o número final de deputados ainda teria de ser discutido, dentro daquele intervalo, mas explicou que a redução não pode ser maior, caso contrário os “partidos pequenos seriam aniquilados”. “Queremos manter a sua representatividade”, comprometeu-se.

Além disso, os limites à dissolução do Parlamento — após as eleições legislativas ou antes do fim do mandato do Presidente da República — seriam reduzidos de seis para três meses e ficaria prevista a hipótese de haver não-deputados nas comissões de inquérito, sem direito a voto. A revisão constitucional do PSD também aperta as regras para os Governos, impedindo-os de fazer nomeações definitivas quando estão em gestão (após a dissolução da AR, por exemplo).

A proposta dos social-democratas dá uma série de novos poderes ao Presidente da República, além de aumentar os seus mandatos dos atuais cinco para os seis anos (mantendo o limite de dois mandatos). O chefe de Estado passaria a nomear o governador do Banco de Portugal — uma mudança há muito discutida –, assim como os presidentes das entidades reguladoras como a ERC, ERSE, entre outras. O Presidente teria ainda de nomear membros do Conselho Superior do Ministério Público e dois dos membros do Tribunal Constitucional, reduzindo a “partidarização” do TC uma vez que é o Parlamento que os elege, notou Rio.

O PSD pretende também que os referendos possam coincidir com outro ato eleitoral e que se elimine a participação mínima de metade dos eleitores recenseados para que o referendo tenha um efeito vinculativo.

PSD quer limites ao endividamento público

Na organização económica do país, o PSD quer inscrever na Constituição um “limite plurianual ao endividamento público no Orçamento”.

Os social-democratas querem também antecipar a aprovação da conta geral do Estado para até ao fim do terceiro trimestre do ano económico seguinte — antes da apresentação do próximo Orçamento a 10 de outubro –, “o qual deve ser acompanhado de relatório dos desvios ocorridos e estimados até final do ano no orçamentado para esse exercício”.

No que toca à função pública, o PSD propõe que fique estabelecido que a progressão na carreira dos funcionários públicos “seja efetuada com base em critérios objetivos de avaliação do mérito”.

Constituição mais simples e pequena sem “marcas ideológicas desatualizadas”

O PSD pretende também adaptar o texto constitucional para o “modernizar” e “simplificar”, relatou Paulo Mota Pinto, também presente na conferência de imprensa, afirmando que esta proposta mostra o caráter “reformista” do partido. O número de artigos da CRP passaria de 296 para 267, uma redução de 10%, e seria eliminada a linguagem constitucional “ainda com marcas ideológicas desatualizadas”.

Além disso, o texto seria adaptado ao novo Acordo Ortográfico e seria utilizada uma terminologia mais inclusiva. Por exemplo, a expressão “direitos do Homem” seria substituída por “direitos humanos”.

A proposta dá ainda resposta a necessidades que emergiram com a pandemia. O PSD propõe que a Constituição passe a prever expressamente o “estado de emergência especificamente por razões de saúde pública, com duração a fixar por lei (lei de emergência sanitária)“. Além disso, deve prever a “possibilidade de confinamento ou internamento de pessoa com grave doença contagiosa, se necessária por razões de saúde pública, mesmo sem decisão judicial, em condições a determinar por lei” e assegura que o “acesso a cuidados de saúde do serviço nacional de saúde não pode em caso algum ser recusado por insuficiência de meios económicos”.

(Notícia atualizada às 17h45 com mais informações)

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Futebol profissional com 33% da lotação dos estádios no arranque da época

  • Lusa
  • 9 Julho 2021

“Os titulares de ingresso devem apresentar certificado digital covid-19, que comprove vacinação completa, teste negativo nas 48 horas anteriores ou verificação de cura até 180", dita a Liga.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciou esta sexta-feira que competições profissionais vão começar com a possibilidade de 33% de lotação dos estádios, depois de reuniões com o Governo e a Direção-geral da Saúde (DGS).

“No seguimento das reuniões levadas a cabo nas últimas semanas com o Governo e a DGS foi hoje definida a norma que será aplicada ao regresso do público aos estádios. Depois de uma luta da direção da Liga e das sociedades desportivas, é com enorme satisfação que vemos concretizada a reivindicação da Liga Portugal e das suas associadas de ter os adeptos de regresso aos estádios”, refere o organismo, em comunicado.

A Liga de clubes, liderada por Pedro Proença, explica que, em breve, a DGS vai publicar “todas as regras e condições de acesso do público aos estádios”, acordadas esta sexta-feira com a Liga de clubes, que passam por um arranque das competições profissionais com “a possibilidade de 33% de lotação dos recintos”.

“Os titulares de ingresso devem apresentar certificado digital covid-19, que comprove vacinação completa, teste negativo nas 48 horas anteriores ou verificação de cura até 180. Todas as infraestruturas desportivas deverão cumprir o plano de contingência já definido para a época 2020-21 para cada um dos estádios das competições profissionais”, salienta.

A LPFP refere ainda que limites de lotação e condições de acesso “serão reavaliados ao longo da época, em função da evolução epidemiológica do país e da progressão do processo de vacinação e consequente alcance da imunidade de grupo”.

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Banco de Portugal avalia envolvimento de Vítor Fernandes no caso Vieira

O supervisor diz que vai analisar as informações da Operação Cartão Vermelho. O nome do chairman do banco de fomento aparece no processo em que o Ministério Público investiga Luís Filipe Vieira.

Poderá a Operação Cartão Vermelho tramar Vítor Fernandes no Banco Português de Fomento? De acordo com a Sábado e o Observador, o antigo administrador do Novo Banco terá alegadamente favorecido Luís Filipe Vieira na dívida de 54 milhões de euros da Imosteps.

Como o ECO avançou, Vítor Fernandes já passou no processo de fit and proper do Banco de Portugal para assumir funções de chairman no novo banco de fomento. Agora, o supervisor diz que vai analisar as novas informações trazidas com o caso que levou à detenção do presidente do Benfica esta semana. Admitindo-se que possa ter de reavaliar a idoneidade do gestor.

Toda a informação será devidamente ponderada pelo Banco de Portugal no exercício das suas competências”, respondeu o supervisor bancário à questão do ECO sobre as suspeitas envolvendo Vítor Fernandes (ex-Novo Banco), o empresário Luís Filipe Vieira e a compra da dívida da Imosteps pelo empresário e amigo José António dos Santos.

Vítor Fernandes está referenciado pelo Ministério Público, mas não é arguido e nem lhe é imputado qualquer alegado ilícito criminal, conta o Observador.

Ainda assim, há suspeitas de que o antigo administrador do Novo Banco tenha ajudado o presidente do Benfica, com quem tinha “uma relação privilegiada”. Vieira conseguiu o apoio de Vítor Fernandes “para, além do acesso a informação sobre o procedimento de venda, tentar convencer o Fundo de Resolução a aceitar a venda em separado dos créditos da Imosteps”, refere o despacho do juiz Carlos Alexandre, citado pela revista Sábado.

Cresap decide em 10 dias

Vítor Fernandes foi o nome escolhido pelo ministro da Economia para liderar o novo banco de fomento. Siza Vieira já teve de vir a público defender a sua escolha, depois das dúvidas com a sua passagem pela Caixa Geral de Depósitos. “O doutor Vítor Fernandes tem uma carreira inteira na banca”, disse o ministro em fevereiro. Na véspera, o ministro das Finanças lembrou o “cv relevante” de Vítor Fernandes.

Falta ainda o parecer da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) para a conclusão do processo de nomeação da nova equipa de gestão do Banco Português de Fomento. Ao ECO, fonte oficial deste organismo disse que “já recebeu os nomes e tem dez dias para se pronunciar”.

O estatuto de gestor público, que a Cresap avalia, diz que “os gestores públicos são escolhidos de entre pessoas com comprovadas idoneidade, capacidade e experiência de gestão, bem como sentido de interesse público.

O que está em causa?

Agora, são levantadas novas dúvidas com a Operação Cartão Vermelho. Contam as duas publicações que Vieira fez uma primeira tentativa de adquirir o crédito, mas terá sido avisado por Vítor Fernandes de que o seu nome nunca poderia aparecer como comprador da sua própria dívida (até porque tinha avales pessoais).

Na segunda tentativa, o presidente do Benfica fê-lo através do amigo José António dos Santos, designadamente através de um fundo subscrito pelo “Rei dos frangos”. O Novo Banco aprovou a proposta, mas o processo foi travado pelo Fundo de Resolução devido aos conflitos de interesse entre Luís Filipe Vieira e o fundador da Valouro.

Foi então que Vítor Fernandes terá informado Vieira que a dívida da Imosteps iria ser vendida na carteira Nata II. Esta carteira acabou por ser comprada pelo fundo Davidson Kempner, que revendeu logo a seguir o crédito da Imosteps a um fundo de José António dos Santos. Vieira contou no Parlamento que foi ele quem recomendou o negócio ao seu amigo de longa data.

“Apareceu aquele fundo americano a falar com o José Gouveia [diretor financeiro da Promovalor], que me contou o que se estava a passar. Quando [o fundo] fez a oferta de oito milhões, eu disse ao Zé [António dos Santos] que estava aqui um bom negócio e disse-lhe que só queria as garantias para este lado. Queria libertar os avales”, afirmou Luís Filipe Vieira aos deputados da comissão de inquérito ao Novo Banco.

A dívida de 54 milhões da Imosteps acabou por ser comprada pelo fundo Davidson Kempner ao Novo Banco por seis milhões, tendo sido comprada por José António dos Santos por nove milhões.

(Notícia atualizada às 17h43 com reação da Cresap)

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#26 Vieira roubou o Benfica? Dez mistérios sobre a detenção do ano

  • ECO
  • 9 Julho 2021

Episódio especial sobre a detenção de Luís Filipe Vieira. E não é sobre futebol: é sobre liderança, empresas, regulação e negócios.

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Luís Filipe Vieira roubou o Benfica? Pode o Benfica pode viver sem o seu líder? Vieira deixa o Benfica melhor ou pior? E é o Benfica mesmo uma grande empresa? O que pode acontecer às ações do Benfica? A CMVM tramou Vieira na OPA?

Estas são algumas das dez perguntas colocadas neste episódio especial d’O Mistério das Finanças, quase integralmente dedicado aos efeitos económicos e empresariais da detenção de Luís Filipe Vieira, agora com funções suspensas por decisão própria. Há ainda espaço para a Boa Moeda (Gabriela Figueiredo Dias) e má moeda (relações dos políticos com o futebol). E para a manchete dos leitores.

O Mistério das Finanças é um podcast semanal do ECO, apresentado pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro, disponível nas plataformas habituais, em Spotify e Apple Podcasts.

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Há 130 concelhos com mais de 120 casos por 100 mil habitantes. Veja como está o seu

Em 22 municípios do país, a incidência da Covid-19 já ultrapassa os 480 casos por 100 mil habitantes. Albufeira e Loulé estão já no escalão mais elevado, com mais de 960 casos por 100 mil habitantes.

Existem 130 concelhos do país com uma incidência da Covid-19 acima do limiar de risco, de 120 casos por 100 mil habitantes. São mais 43 do que na semana passada, segundo mostram os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS). Passam também a existir dois concelhos no nível de mais alto de risco, com mais de 960 casos por 100 mil habitantes.

Olhando apenas para o território continental, há 125 concelhos com mais de 120 casos por 100 mil habitantes. Estes números surgem numa altura em que “continua a verificar-se um agravamento da pandemia”, como sinalizou a ministra da Presidência, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros desta quinta-feira. Na atualização desta semana, 28 municípios recuaram no desconfinamento, enquanto 34 ficaram em alerta.

Entre os concelhos que recuaram nas medidas da Covid-19 encontra-se o Porto, que tem agora uma incidência de 484 casos por 100 mil habitantes. Já Lisboa também continua a ver a situação agravar-se, contando agora 749 casos por 100 mil habitantes.

No total, entre todos os municípios de Portugal, existem 64 concelhos entre os 120 e 240 casos por 100 mil habitantes, 44 com uma incidência do vírus que oscila entre os 240 e 480 casos, 20 no grupo entre 480 e 960 casos e dois no último escalão.

Há uma semana, não existia nenhum concelho acima dos 960 casos por 100 mil habitantes, mas há agora dois neste escalão: Albufeira (997 por 100 mil habitantes) e Loulé (1.016 casos).

Veja em que escalão está o seu concelho

> 960 casos:

Albufeira
Loulé

480-960 casos:

Almada
Amadora
Avis
Elvas
Faro
Lagoa [R.A. Açores]
Lagos
Lisboa
Lourinhã
Mafra
Mira
Mourão
Nazaré
Olhão
Portimão
Porto
Sesimbra
Silves
Sobral de Monte Agraço
Viana do Alentejo

240-480 casos:

Albergaria-a-Velha
Alcochete
Arouca
Arraiolos
Arruda dos Vinhos
Aveiro
Barreiro
Benavente
Carregal do Sal
Cascais
Castro Marim
Chaves
Constância
Ílhavo
Lagoa
Loures
Matosinhos
Moita
Monchique
Montemor-o-Novo
Montijo
Odivelas
Oeiras
Oliveira do Bairro
Palmela
Paredes de Coura
Pedrógão Grande
Peniche
Reguengos de Monsaraz
Ribeira Grande
Santiago do Cacém
Santo Tirso
São Brás de Alportel
Seixal
Setúbal
Sines
Sintra
Torres Vedras
Trancoso
Vagos
Vila do Bispo
Vila Franca de Xira
Vila Nova de Gaia
Viseu

120-240 casos:

Alcobaça
Alenquer
Aljezur
Aljustrel
Almodôvar
Alpiarça
Azambuja
Barcelos
Batalha
Bombarral
Braga
Caldas da Rainha
Calheta [R.A. Madeira]
Cantanhede
Cartaxo
Castro Verde
Chamusca
Cinfães
Coimbra
Espinho
Évora
Fafe
Figueira da Foz
Gavião
Gondomar
Gouveia
Grândola
Guarda
Guimarães
Idanha-a-Nova
Leiria
Lousada
Mação
Maia
Mangualde
Montalegre
Moura
Murça
Óbidos
Odemira
Oliveira do Hospital
Paredes
Ponta Delgada
Portel
Porto de Mós
Póvoa de Varzim
Ribeira Brava
Rio Maior
Salvaterra de Magos
Santa Marta de Penaguião
Santarém
Sardoal
Serpa
Soure
Tavira
Tondela
Trofa
Valongo
Valpaços
Vila Nova de Famalicão
Vila Real
Vila Real de Santo António
Vila Viçosa
Vouzela

0-120 casos:

Abrantes
Águeda
Aguiar da Beira
Alandroal
Alcácer do Sal
Alcanena
Alcoutim
Alfândega da Fé
Alijó
Almeida
Almeirim
Alter do Chão
Alvaiázere
Alvito
Amarante
Amares
Anadia
Angra do Heroísmo
Ansião
Arcos de Valdevez
Arganil
Armamar
Arronches
Baião
Barrancos
Beja
Belmonte
Borba
Boticas
Bragança
Cabeceiras de Basto
Cadaval
Calheta [R.A. Açores]
Câmara de Lobos
Caminha
Campo Maior
Carrazeda de Ansiães
Castanheira de Pêra
Castelo Branco
Castelo de Paiva
Castelo de Vide
Castro Daire
Celorico da Beira
Celorico de Basto
Condeixa-a-Nova
Coruche
Corvo
Covilhã
Crato
Cuba
Entroncamento
Esposende
Estarreja
Estremoz
Felgueiras
Ferreira do Alentejo
Ferreira do Zêzere
Figueira de Castelo Rodrigo
Figueiró dos Vinhos
Fornos de Algodres
Freixo de Espada à Cinta
Fronteira
Funchal
Fundão
Góis
Golegã
Horta
Lajes das Flores
Lajes do Pico
Lamego
Lousã
Macedo de Cavaleiros
Machico
Madalena
Manteigas
Marco de Canaveses
Marinha Grande
Marvão
Mealhada
Mêda
Melgaço
Mértola
Mesão Frio
Miranda do Corvo
Miranda do Douro
Mirandela
Mogadouro
Moimenta da Beira
Monção
Mondim de Basto
Monforte
Montemor-o-Velho
Mora
Mortágua
Murtosa
Nelas
Nisa
Nordeste
Oleiros
Oliveira de Azeméis
Oliveira de Frades
Ourém
Ourique
Ovar
Paços de Ferreira
Pampilhosa da Serra
Penacova
Penafiel
Penalva do Castelo
Penamacor
Penedono
Penela
Peso da Régua
Pinhel
Pombal
Ponta do Sol
Ponte da Barca
Ponte de Lima
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Excluindo medidas Covid, défice melhora face a 2020 por causa da retoma

  • Lusa
  • 9 Julho 2021

Segundo a UTAO, o impacto das medidas de política discricionária covid-19 "ascendeu a 2.716 milhões de euros no final do mês de maio".

O saldo orçamental excluindo as medidas para fazer face à pandemia de covid-19 melhorou 423 milhões de euros até maio deste ano face ao mesmo período do ano passado, segundo cálculos da UTAO.

De acordo com a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), referindo-se ao valor sem o impacto direto das medidas covid-19 sobre as Administrações Públicas (AP), “em maio de 2020 o valor das medidas com efeitos sobre este agregado (869 ME) era superior ao do ano em curso (446 ME)”.

Isto significa uma recuperação em 2021 das receitas sem relação direta com as medidas covid“, salienta a unidade coordenada por Rui Nuno Baleiras no texto a que a Lusa teve acesso esta sexta-feira, e que analisa a execução orçamental até maio.

Sem o efeito das medidas covid-19, a receita “apresentou um recuo de 0,2%”, ou seja, menos 60 milhões de euros, e a despesa “registou uma ligeira redução de 0,1%”, correspondente a 40 milhões de euros.

Assim, “sem o efeito direto das medidas de política covid-19, o saldo evidenciou uma deterioração homóloga de 20 ME”, releva a UTAO.

No entanto, os técnicos do parlamento ressalvam que o saldo sem as medidas afetas à pandemia é afetado por ela através de “três canais de transmissão”, que são o “efeito da pandemia na economia e sua repercussão nas contas públicas”, a “ação dos estabilizadores automáticos” e ainda o “efeito induzido pelas medidas de política covid-19”.

Segundo a UTAO, o impacto das medidas de política discricionária covid-19 “ascendeu a 2.716 ME no final do mês de maio”, repartido entre a perda de receita de 446 milhões de euros e o aumento da despesa de 2.269 milhões de euros.

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Fusão Aon-WTW obtém luz verde de Bruxelas, com condições

  • ECO Seguros
  • 9 Julho 2021

A Direção Geral da Concorrência UE aprovou, como esperado, a criação do maior grupo mundial em consultoria de risco e intermediação de seguros, com valorização estimada em 80 mil milhões de dólares.

A Comissão Europeia (CE) aprovou a aquisição da Willis Towers Watson (WTW) pela Aon, embora sob a condição de que se concretize, por completo, conjunto significativo de compromissos assumidos pela adquirente (Aon Plc), nomeadamente o desinvestimento – através de venda à Arthur J. Gallagher – de partes importantes do negócio internacional de corretagem da WTW.

Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da CE e responsável pela política de Concorrência, afirmou: “As empresas europeias dependem dos corretores para acederem às melhores soluções possíveis na gestão do seu risco comercial”.

A projetada combinação foi anunciada em março 2020, notificada à DG da Concorrência UE em novembro e, pela dimensão e impacto, submetida desde dezembro a análise aprofundada ao abrigo do Regulamento europeu sobre fusões e concentrações

“Aon e Willis Towers Watson são operadores líderes nos mercados da corretagem de seguros e resseguros. O pacote de soluções aceite pela Comissão garante que as empresas europeias, incluindo as companhias de seguros e grandes clientes multinacionais, continuarão a ter ampla e boas opções de serviço quando escolherem um corretor adequado às suas necessidades,” explicou a responsável pela área da Concorrência citada em comunicado da instituição europeia.

Os compromissos assumidos pelas protagonistas da maior fusão de sempre no setor da corretagem de seguros “fortalecerão a Gallagher nas suas capacidades de resseguro e corretagem de risco comercial” e melhorarão a sua posição no Espaço Económico Europeu. A operação, acrescenta ainda o comunicado de Bruxelas, tornará a Gallagher uma “alternativa credível” à entidade resultante da fusão, após a combinação Aon-WTC.

Em maio passado, no âmbito dos esforços para resolver as objeções de Bruxelas “e de outras jurisdições”, a Aon anunciou acordo definitivo com a Gallagher, com base no qual cede à concorrente norte-americana um conjunto de atividades da Willis Towers Watson, por um total de 3,75 mil milhões de dólares.

Segundo lista agora a Comissão Europeia, os compromissos assumidos pela Aon incluem, entre outros, a venda de todas operações comerciais de corretagem de risco que a WTW desenvolve em Espanha, Alemanha, Espanha e Países Baixos; todo o negócio de corretagem de seguro Espacial e indústria Aeroespacial; toda a carteira de tratados de resseguro (Willis Re) e resseguro facultativo; todo o negócio de planos de reforma e consultoria em benefício de empresa que a WTW desenvolve na Alemanha, bem como o negócio germânico de soluções de investimento.

A Aon só poderá avançar com os procedimentos de aquisição da WTW “depois de a Comissão Europeia ter avaliado e aprovado a Gallagher como sendo comprador adequado” dos desinvestimentos, refere ainda o comunicado.

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L’Oréal cria cluster ibérico. Plano prevê saída de 10% dos trabalhadores na filial nacional

Novo cluster, com sede em Madrid, deverá estar operacional em janeiro do próximo ano. Ainda não é conhecido quem assumirá a liderança da nova organização ibérica.

A L’Oréal prepara-se para criar um cluster ibérico. A nova estrutura irá absorver as equipas de Portugal e Espanha da multinacional, mas 10% dos colaboradores da L’Oréal Portugal, cerca de 40 trabalhadores, não seguem para a nova estrutura. O novo cluster, com sede em Madrid, deverá estar operacional em janeiro do próximo ano. Ainda não é conhecido quem assumirá a liderança da nova organização ibérica. Em Portugal, a empresa é, desde março de 2018, liderada por Cátia Martins. Trezentos trabalhadores mantêm-se no escritório português.

“L’Oréal Portugal e L’Oréal Espanha irão criar um cluster ambicioso, ágil e eficiente para melhor servir ambos os países”, informa a L’Oréal em comunicado, depois da edição desta sexta-feira do Jornal Económico ter dado conta da criação de uma unidade ibérica da multinacional.

“A nova entidade oferecerá também uma experiência intercultural mais rica, percursos de carreira mais atrativos e oportunidades de desenvolvimento para as equipas, bem como maiores responsabilidades em muitas funções. Cerca de 90% dos colaboradores da L’Oréal Portugal permanecerão no grupo, quer em Portugal ou Espanha para este ambicioso projeto de crescimento”, refere ainda. O que significa que 10% dos atuais colaboradores da filial portuguesa não irão ser integrados na nova estrutura.

Fonte oficial da empresa, questionada pela Pessoas, esclarece que dos cerca de 400 colaboradores da multinacional em Portugal, cerca 40 deixaram o grupo internacional, 300 ficam a trabalhar a partir de Portugal e os restantes, um número a rondar os 60, irão trabalhar no cluster em Espanha ou para outras unidades do grupo.

“O grupo entrará em funcionamento a 1 de janeiro de 2022 e a sua sede será em Madrid, mantendo em Portugal as equipas de ativação. Isto permitirá à L’Oréal promover uma maior proximidade local com os clientes e consumidores em ambos os mercados, concentrando-se em Portugal, os recursos go-to-market e de front office“, diz a multinacional em comunicado.

No escritório da empresa em Portugal, que se mantém em Arquiparque, Miraflores, ficará “uma equipa de ativação mais forte, mantendo 300 colaboradores para impulsionar a estratégia de consumer-centricity“, refere a multinacional.

“A nova abordagem permitirá à L’Oréal melhorar a eficiência e agilidade num ambiente competitivo. A nova entidade terá maiores capacidades de investimento para o crescimento em ambos os mercados, alavancando as sinergias e complementaridades existentes, ao mesmo tempo que irá amplificar as trocas das melhores práticas dentro do cluster“, refere ainda a empresa.

(notícia atualizada às 17h14 com mais informação)

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