Benfica demarca-se da investigação

Direção do Benfica admite que está disposta a defender "sem qualquer reserva, de forma coesa e como lhes compete, os interesses do clube".

A Direção do Sport Lisboa e Benfica esteve reunida esta tarde para analisar a situação decorrente da investigação de que é alvo pelas autoridades judiciais Luís Filipe Vieira.

“Todos os membros da Direção estão firmemente determinados a defender sem qualquer reserva, de forma coesa e como lhes compete, os interesses do clube, que, esclarece-se, não é objeto da investigação.”, segundo comunicado da direção do clube da Luz.

“Nessa medida, empenhar-se-ão em dar plena colaboração às entidades competentes, no sentido de apurar a verdade até às últimas consequências. A Direção garante aos sócios e simpatizantes que a ambição, competitividade e gestão do Clube se encontram asseguradas, no respeito e em observância das normas regulamentares estabelecidas nos estatutos”, concluiu.

Luís Filipe Vieira e o empresário José António dos Santos foram detidos esta quarta-feira na sequência de uma investigação relacionada com suspeitas de burla, abuso de confiança e branqueamento de capitais, tal como o filho de Luís Filipe Vieira, Tiago Vieira, e Bruno Macedo, empresário ligado ao clube há anos, também estão detidos na esquadra de Moscavide. Serão todos ouvidos pelo juiz Carlos Alexandre. A investigação está a ser feita pela Autoridade Tributária e por isso é que a detenção foi feita na esquadra da PSP e não na sede da PJ.

As suspeitas são de fraude ao Fundo de Resolução e de abuso de confiança por parte de Luís Filipe Vieira perante o próprio Benfica com a venda de 25% de capital social do clube e ainda burla qualificada pelos créditos concedidos pelo Novo Banco ao grupo empresarial de Vieira.

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É assim que funcionam os apoios às empresas e recibos verdes que o Governo prolongou

O agravamento da pandemia levou o Governo a manter os apoios às empresas, aos trabalhadores independentes e aos sócios-gerentes. Regras das medidas foram publicadas esta semana.

Os empregadores mais castigados pela crise pandémica vão poder cortar os horários de trabalho até 100%, pelo menos até ao final de agosto, ao abrigo do apoio à retoma progressiva. O Governo decidiu prolongar até essa data a medida em questão face à evolução da crise pandémica, mas também porque considera que está em causa um “instrumento fundamental de resposta às dificuldades económicas” e à necessidade de manutenção dos postos de trabalho. Para os trabalhadores independentes, o Executivo optou por manter o apoio que varia entre 219 euros e 665 euros.

“A evolução da situação epidemiológica em Portugal, no contexto da pandemia da doença Covid-19, e o levantamento progressivo das medidas de confinamento, com uma retoma gradual e faseada das atividades económicas, importam uma necessária adaptação dos mecanismos criados pelo Governo para apoiar os trabalhadores e as empresas, em função dos efeitos económicos e sociais emergentes”, explica o Governo de António Costa, no decreto-lei que vem fixar as regras dos apoios extraordinários que vigorarão até ao final de agosto.

No que diz respeito às empresas, a opção do Governo foi prolongar o apoio à retoma progressiva, medida que permite às empresas em crise cortarem o período normal de trabalho em função das suas quebras de faturação.

Este apoio dirige-se aos empregadores com quebras de faturação de, pelo menos, 25% no mês civil imediatamente anterior ao mês do pedido, face ao mês homólogo ou do ano de 2019 ou ainda face à média mensal dos seis meses anteriores a esse período.

Ao abrigo deste apoio, as empresas que tenham quebras de, pelo menos, 25%, mas inferiores a 40% podem cortar os horários dos trabalhadores até 33%. As empresas com quebras de, pelo menos, 40%, mas inferiores a 60% podem fazê-lo até 40%. As empresas com quebras de, pelo menos, 60%, mas inferiores a 75% podem avançar com cortes até 60% no período normal de trabalho. Já para as empresas com quebras iguais ou superiores a 75%, a regra não é tão simples.

Até maio, puderam cortar os horários até 100%, mas em junho — e também em julho e agosto, de acordo o decreto-lei publicado esta semana — só poderão reduzir até 100% o período de trabalho de, no máximo, 75% do pessoal ao seu serviço. Em alternativa, poderão cortar até 75% os horários de todos os seus trabalhadores.

A exceção são os empregadores dos setores de bares, discotecas, parques recreativos e fornecimento ou montagem de eventos. Nestes casos, mantém-se a regra que vigorou até ao final de maio para a generalidade das empresas: é possível cortar até 100% os horários de todos os trabalhadores, desde que apresentem quebras iguais ou superiores a 75% da sua faturação.

De notar que o Governo já deixou claro que o apoio à retoma progressiva se irá estender até ao final de setembro, mas não revelou as regras que irão vigorar nessa altura. Assim, em agosto, o Executivo deverá avaliar a evolução da situação pandémica e da atividade económica e decidir que ajustamentos fazer nestes limites de redução temporária do período normal de trabalho.

Estes limites são relevantes, de resto, porque ditam também o apoio a receber pelos empregadores da parte da Segurança Social. Independentemente das horas trabalhadas, o trabalhador tem direito à sua retribuição normal ilíquida na íntegra, mas varia o apoio transferido para a empresa.

De acordo com a legislação, a regra geral é que o empregador deve pagar, sem qualquer ajuda, a remuneração referente às horas trabalhadas, exceto no caso das empresas com quebras de faturação de, pelo menos, 75%, que têm direito a um apoio corresponde a 35% da retribuição referente às horas trabalhadas.

Quanto às horas não trabalhadas, a Segurança Social paga ao empregador 70% do equivalente a quatro quintos da remuneração correspondente a esse período que ficou por trabalhar (a empresa fica responsável pelo pagamento dos restantes 30%), bem como o adicional necessário para que tudo somado (horas trabalhadas e horas não trabalhadas) o trabalhador receba a 100% o seu salário.

Mas também aqui há uma exceção. Nas situações em que a redução do horário seja superior a 60% (o que só pode acontecer em empresas com quebras de, pelo menos, 75%), a Segurança Social assegura a 100% a compensação pelas horas não trabalhadas. Ou seja, se no limite um empregador cortar em 100% o horário de um trabalhador, cabe à Segurança Social assegurar a verba para o pagamento desse salário, na totalidade.

Além destas ajudas para o pagamento dos salários, o apoio à retoma progressiva também prevê descontos contributivos, mas apenas para algumas empresas. As micro, pequenas e médias empresas podem ter uma dispensa de 50% das contribuições a seu cargo, no que diz respeito aos valores pagos ao trabalhador pela horas não trabalhadas.

Em contrapartida, os empregadores abrangidos por esta medida têm de manter as situações contributiva e tributária regularizadas, não podem distribuir dividendos e ficam proibidos de, durante a concessão do apoio e nos 60 seguintes, avançar com despedimentos coletivos, por extinção do posto de trabalho ou inadaptação.

O apoio à retoma progressiva foi desenhado como sucedâneo do lay-off simplificado, mas este último regime tem sido considerado mais atrativo pelos empregadores, sobretudo por lhes garantir a isenção total das contribuições sociais. No entanto, o lay-off simplificado só está disponível para empresas que estejam encerradas por imposição legal ou administrativa, como bares ou discotecas, o que significa que as empresas em crise têm de optar pelo apoio à retoma progressiva. Outra opção à disposição é o lay-off clássico, mas este regime tende a ter um processo de adesão mais complexo.

E como funciona apoio aos independentes e sócios-gerentes?

Além do apoio à retoma progressiva, o Governo decidiu prolongar até ao final de agosto os apoios para os trabalhadores independentes, empresários em nome individual, gerentes e membros de órgãos estatutários com funções de direção, uma vez que a pandemia continua a afetar as atividades económicas.

O decreto-lei agora publicado estabelece que estes apoios ficam disponíveis para dois grandes grupos. Por um lado, os trabalhadores ou sócios-gerentes cujas atividades estejam suspensas ou encerradas por determinação legislativa ou administrativa de fonte governamental — essencialmente, bares e discotecas. Por outro, os trabalhadores e sócios-gerentes do turismo, cultura, eventos e espetáculos que estejam em paragem total — mediante determinação legislativa de fonte governamental — ou registem quebras de faturação de, pelo menos, 40%, no período de 30 dias anterior ao pedido de apoio, face à média mensal dos dois meses precedentes ou face ao período homólogo de 2020 ou 2019.

Para os trabalhadores independentes, o apoio à redução da atividade varia entre 219 euros e 665 euros, sendo calculado a partir dos valores declarados à Segurança Social. O limite mínimo é o mesmo para os sócios-gerentes, mas, neste caso, o teto máximo está fixado nos 1.995 euros, variando também este apoio consoante as remunerações que tenham sido declaradas à Segurança Social.

A legislação em vigor dita que, mesmo ao abrigo deste apoio, o trabalhador independente tem de entregar a sua declaração trimestral de rendimentos, mas a Segurança Social já veio esclarecer que a ajuda extraordinária não deve ser incluída nesse âmbito.

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Turismo do Porto e Norte assume que região tem um problema chamado TAP

  • Lusa
  • 7 Julho 2021

O presidente do Turismo do Porto e Norte quer que a companhia de bandeira TAP dê a “importância e atenção” que a região merece.

O presidente do Turismo do Porto e Norte assumiu esta quarta-feira que a região tem um “problema inegável” chamado TAP, exigindo a “atenção e importância” que a região merece e saber o que a companhia pretende para a mesma.

“Nós temos um problema que é inegável e que não adianta escamotear, esse problema chama-se TAP”, disse Luís Pedro Martins, à margem da apresentação da campanha multimédia do Turismo do Porto e Norte para os mercados externos que decorreu hoje em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.

O responsável referiu que, teoricamente, a TAP tem um papel estratégico, mas a região do Porto e Norte exige saber qual e o que pretende para esta região, pedindo que se posicione. “A TAP representa uma estratégia para que parte do país? Para todo o país ou algumas partes? Que papel tem? Ninguém nos responde e, por isso, o que nós exigimos é que a TAP se posicione”, vincou.

O presidente da entidade de turismo quer que a companhia de bandeira dê a “importância e atenção” que a região merece, sabendo que antes da pandemia de covid-19 crescia 10% ao ano.

Para a TAP, o Porto e Norte é importante por si, pela região Centro e, também pela Galiza, em Espanha, sublinhou. “Nós reivindicamos essa atenção, mas acima de tudo reivindicamos saber o que é que é pretendido para o Porto e Norte”, frisou.

Neste momento, o aeroporto do Porto já recuperou 75% da sua conectividade e 40% de tráfego em termos de passageiros, o que significa que a região continua “extremamente atrativa”, entendeu.

Luís Pedro Martins vincou que, na dúvida por parte da TAP sobre o seu papel na região, o Turismo do Porto e Norte tem de “reagir com outras companhias. “Felizmente, tem havido uma boa recetividade por parte de companhias como a Transavia, a EasyJet, a Ibéria e a Ryanair e, nós, rapidamente vamos ter que conseguir repor aquilo que tínhamos em 2019”, ressalvou.

Para o presidente da entidade de turismo, é “fundamental” que as ligações de longo curso e as ligações ao continente americano, ao Médio Oriente ou a alguns países europeus sejam feitas de forma direta. Uma ligação que implica duas paragens não é uma ligação competitiva, insistiu, dizendo que ligações de “ponto a ponto” são essenciais.

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Detenção de Vieira provoca queda de 5,52% das ações do Benfica

Ações da SAD do Benfica recuaram 5,52% esta quarta-feira, a maior queda diária desde março de 2020. Uma descida em Bolsa no dia em que o presidente do clube, Luís Filipe Vieira, foi detido.

A detenção do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, já deixou marcas nas ações do clube. Esta quarta-feira, os títulos da SAD encarnada sofreram uma queda de 5,52%, tendo fechado o dia a negociar a 2,911 euros. É a maior descida diária dos títulos da SAD desde março do ano passado.

Na época o recuo das ações era explicado pelo surgimento do novo coronavírus em Portugal. A queda de esta quarta-feira terá origem na detenção de Luís Filipe Vieira na sequência de uma investigação relacionada com suspeitas de burla qualificada, abuso de confiança, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais, informa a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Apesar da descida, foram negociadas apenas 1.324 ações, um valor aquém da média diária de e 3.085 títulos dos últimos nove meses.

Queda em dia da detenção

A detenção do presidente do clube da Luz surge depois de buscas realizadas esta manhã envolvendo Luís Filipe Vieira e o amigo de longa data e maior acionista individual da SAD Benfica, José António dos Santos. Ele é um dos donos da empresa de agro-alimentar Valouro, sendo também conhecido como “Rei dos frangos”.

As buscas decorreram em vários locais e zonas do País. “No âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal cuja investigação se encontra a cargo da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e com colaboração da Polícia de Segurança Pública (PSP), foram cumpridos cerca de 45 mandados de busca, abrangendo instalações de sociedades, domicílios, escritórios de advogados e uma instituição bancária. Estas buscas decorrem nas áreas de Lisboa, Torres Vedras e Braga.”

Tendo daí resultado a detenção de quatro pessoas, “dois empresários, um agente desportivo e um dirigente desportivo”, informa a PGR, referindo-se a Luís Filipe Vieira, Bruno Macedo, e o filho de Vieira, Tiago Vieira.

No processo investigam-se negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, “que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades. Em causa estão factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente e suscetíveis de integrarem a prática, entre outros, de crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”, informa a PGR.

A PGR adiantou ainda que “os detidos serão presentes, previsivelmente no decurso do dia de amanhã, a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação, considerando a gravidade dos crimes e as exigências cautelares, de medidas coação diferentes do termo de identidade e residência.”

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Banco polaco do BCP põe 100 milhões de lado para créditos hipotecários

Polaco Bank Millennium, controlado em mais de 50% pelo BCP, pôs de lado mais de 100 milhões de euros para riscos legais relacionados com os empréstimos hipotecários em francos suíços.

O BCP revelou esta quarta-feira que o seu banco na Polónia constituiu provisões no valor de 460 milhões de zlotys (102 milhões de euros) para enfrentar os riscos legais relacionados com os empréstimos hipotecários em moeda estrangeira originados pelo Bank Millennium.

Em comunicado, adianta ainda que a administração do Bank Millennium (controlado em 50,1% pelo BCP) decidiu registar provisões adicionais de 53,6 milhões zlotys (quase 12 milhões) para riscos legais relacionados com a carteira de crédito originada pelo Euro Bank, adquirido em 2019 ao Société Générale.

O banco justifica o reforço de provisões com as “tendências negativas nas decisões judiciais e a entrada de novos processos judiciais” em relação a esta caso conhecido como “Francowicze”, e também com “as alterações na metodologia de avaliação de risco”.

Nessa medida, revela que, “apesar do sólido desempenho operacional”, o Bank Millennium deverá apresentar um resultado negativo no segundo trimestre.

“Informações adicionais sobre os riscos legais e os resultados do segundo trimestre serão divulgadas na informação ao mercado sobre os resultados em 26 de julho”, frisa o banco no comunicado.

O caso “Francowicze” tem anos. Na década passada, os polacos contraíram empréstimos em francos suíços para beneficiarem de um zloty forte e de taxas de juro baixas na Suíça. Entretanto, com a crise, a moeda helvética disparou no mercado cambial, agravando o valor das dívidas das famílias para níveis impagáveis. Muitas foram para tribunal nos últimos anos para contestar estas dívidas.

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SAD e Benfica não são arguidos

Vieira é suspeito de burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, branqueamento e falsificação. O clube e a SAD esclarecem, em comunicado à CMVM, que não foram constituídos arguidos.

A SAD do Benfica e o Benfica esclarecem que as suas instalações foram alvo de buscas no âmbito da investigação que envolve Luís Filipe Vieira, mas que “nem a Benfica SAD nem o Sport Lisboa e Benfica (ou qualquer entidade por si controlada) foram constituídos arguidos no âmbito desta investigação, tendo sido prestada toda a colaboração solicitada pelas autoridades relevantes”, diz o comunicado na CMVM.

Para já, no que toca ao empréstimo obrigacionista, que decorre desde o início desta semana, a Benfica SAD mantém para já a oferta. “A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD informa ainda que, por estar a decorrer o período de subscrição das obrigações representativas do empréstimo obrigacionista “Benfica SAD 2021-2024” no contexto da respetiva oferta pública, será solicitada a aprovação pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários de uma adenda ao prospeto aprovado em 1 de julho de 2021”, de forma a avisar os investidores dos últimos acontecimentos. Os investidores, que assim o quiserem, podem retirar as ordens de compra até ao dia 16 e julho.

“O prazo da oferta tem início às 8h30 de 5 de julho de 2021 e termina às 15h00 de 23 de julho de 2021. Cada destinatário da oferta pode alterar ou revogar uma ordem de subscrição já transmitida a todo o tempo até às 15h00 de 16 de julho de 2021, através de comunicação dirigida ao intermediário financeiro que a recebeu”, segundo o sumário do prospeto da oferta de dívida do Benfica.

 

Luís Filipe Vieira e o empresário José António dos Santos foram detidos esta quarta-feira na sequência de uma investigação relacionada com suspeitas de burla, abuso de confiança, branqueamento e falsificação. Também o filho de Luís Filipe Vieira, Tiago Vieira, e Bruno Macedo, empresário ligado ao clube há anos, também estão detidos na esquadra de Moscavide. Serão todos ouvidos pelo juiz Carlos Alexandre. A investigação está a ser feita pela Autoridade Tributária e por isso é que a detenção foi feita na esquadra da PSP e não na sede da PJ.

As suspeitas são de fraude ao Fundo de Resolução e de abuso de confiança por parte de Luís Filipe Vieira perante o próprio Benfica com a venda de 25% de capital social do clube e ainda burla qualificada pelos créditos concedidos pelo Novo Banco ao grupo empresarial de Vieira.

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Trump anuncia ação judicial coletiva contra Facebook, Google e Twitter

  • Lusa
  • 7 Julho 2021

As empresas tecnológicas devem deixar de “silenciar” e de “cancelar” os cidadãos norte-americanos, defende o anterior Presidente dos EUA.

O ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta quarta-feira que irá mover uma ação coletiva contra o Facebook, Google e Twitter, que abrange também os presidentes executivos destas empresas tecnológicas norte-americanas, por ataques à sua “liberdade de expressão”.

Trump disse, em conferência de imprensa, que procurará provar a ilegalidade da suspensão das suas contas nas redes sociais e plataformas digitais em questão, descrevendo a decisão como “censura”.

O antigo Presidente norte-americano acrescenta que quer defender a Constituição e que as empresas tecnológicas devem deixar de “silenciar” e de “cancelar” os cidadãos norte-americanos.

As contas do Trump nas redes sociais Facebook e Twitter continuam suspensas após o assalto ao Congresso dos EUA, no passado dia 06 de janeiro por uma multidão de apoiantes do ex-Presidente.

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Maiores de 25 anos já podem agendar a vacina contra a Covid-19

A plataforma de agendamento da vacinação permite escolher a data, bem como o local onde pretendem ser inoculados.

Já abriu o auto-agendamento da vacinação contra a Covid-19 para os portugueses com idade igual ou superior a 25 anos. Esta ferramenta, que tem vindo a estar disponível por faixas etárias, permite escolher a data, bem como o local onde os utentes pretendem ser inoculados com a vacina contra a Covid-19.

Foi a 4 de julho que arrancou a vacinação dos maiores de 18 anos, por ordem decrescente, mas apenas para aqueles que eram chamados pelo agendamento central das autoridades de saúde. Isto já que o auto-agendamento estava apenas disponível a partir dos 27 anos, limite que recuou agora mais dois anos.

Este alargamento acontece numa altura em que se estão a acelerar os esforços de vacinação. Conjugada com as várias formas de marcação disponíveis atualmente, esta situação tem causado algumas filas nos centros de vacinação. O coordenador da task-force para o plano de vacinação já tinha admitido esta possibilidade, pedindo mesmo desculpas antecipadamente.

O primeiro-ministro também admitiu que o “esforço” que será feito para acelerar o processo levará a “condições que serão mais incómodas para quem se vacina”. Ainda assim, apontou que é um reforço da segurança de todos, nomeadamente para agilizar a segunda toma.

A plataforma de agendamento, que foi lançada a 23 de abril, permite que as pessoas possam escolher o ponto de vacinação em que pretendem ser vacinados. Além disso, podem também escolher as datas que lhes são sugeridas e, caso não exista vaga, optarem por ficar em lista de espera ou até escolherem outro ponto de vacinação.

Em Portugal, há já mais de 5,7 milhões de portugueses vacinados com pelo menos uma dose da vacina (o que representa 57% da população), dos quais mais de 3,7 milhões de cidadãos já completaram o processo de vacinação (36% da população), de acordo com o último relatório divulgado pela Direção-Geral da Saúde, esta terça-feira.

(Notícia atualizada às 19h15)

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Partidos pedem rapidez na justiça no caso Vieira

Partidos políticos pedem rapidez no processo. Vieira foi detido na sequência de uma investigação relacionada com suspeitas de burla, abuso de confiança e branqueamento de capitais.

Os partidos políticos com representação na Assembleia da República pedem que a justiça seja rápida e eficaz no que diz respeito ao caso de Luís Filipe Vieira, que foi detido em conjunto com mais três pessoas na tarde desta quarta-feira.

O Presidente da SAD “encarnada” e o empresário José António dos Santos (“Rei dos Frangos”) foram detidos na sequência de uma investigação relacionada com suspeitas de burla, abuso de confiança e branqueamento de capitais, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Também o filho de Luís Filipe Vieira, Tiago Vieira, e Bruno Macedo, empresário ligado ao clube há anos, também estão detidos na esquadra de Moscavide.

Serão todos ouvidos pelo juiz Carlos Alexandre. A investigação está a ser feita pela Autoridade Tributária e por isso é que a detenção foi feita na esquadra da PSP e não na sede da PJ.

Quanto a Luís Filipe Vieira, as suspeitas são de fraude ao Fundo de Resolução e de abuso de confiança perante o próprio Benfica com a venda de 25% de capital social das “águias” e ainda burla qualificada pelos créditos concedidos pelo Novo Banco ao grupo empresarial de Vieira.

PAN diz ser preciso “celeridade e transparência”

A líder do PAN, Inês de Sousa Real considera a detenção um sinal positivo de justiça, sem pôr em causa “o direito de presunção de inocência” dos detidos. Porém, recorda que este é um processo que deu muito prejuízo aos portugueses, e por isso é “preciso apurar os responsáveis”. A deputada relembra ainda que, infelizmente, este tipo de processos têm sido morosos e, por isso, “é preciso celeridade e transparência”.

“Uma detenção como esta tem um impacto desportivo significativo”, diz Ventura

André Ventura, deputado e líder do Chega, apela à rapidez, eficácia e transparência da justiça por ser isto “que os portugueses querem, seja Vieira, ou outro dirigente político ou desportivo”. Sendo ou não Presidente do Benfica, Ventura considera que “uma detenção como esta tem um impacto desportivo, social e nacional significativo”. Referindo-se aos crimes a que Vieira está a ser acusado, o deputado refere ainda que “é importante perceber qual a gravidade e qual o impacto que teve” no país e nos “milhões do Novo Banco”.

CDS elogia trabalho do Parlamento no processo

“Parece-me saudável o trabalho que é aqui [no Parlamento] feito”, disse Cecília Meireles, deputada do CDS que faz parte da comissão de inquérito em que Luís Filipe Vieira foi ouvido. “Indepentemente das pessoas [ouvidas na comissão] serem mais ou menos mediáticas, mais ou menos poderosas, esse trabalho de apuramento possa ser aproveitado pela justiça parece-me saudável”, continuou. “A única coisa que posso esperar é que a justiça continue a aproveitar esse trabalho e a retirar daí as consequências que entenda com rapidez“, concluiu.

Adicionalmente a deputada pediu rapidez pois, como relembrou, em alguns “destes casos estamos a falar de casos que aconteceram há 10 anos. Muitas destas coisas já podiam ter sido investigadas há mais tempo“.

“É preciso averiguar os factos”, diz Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, também reagiu à detenção do Presidente do Benfica afirmando que “é preciso averiguar os factos e naturalmente responsabilizar quem deve ser responsabilizado perante o que resultar do processo de investigação”.

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Reações à detenção de Luís Filipe Vieira nas redes sociais

  • Tiago Lopes
  • 7 Julho 2021

Presidente do Benfica foi detido esta quarta-feira e, como é costume, as redes sociais não demoraram a reagir.

O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi detido esta quarta-feira à tarde no seguimento de uma investigação relacionada com suspeitas de burla, abuso de confiança e branqueamento de capitais.

Para além de Vieira, também Tiago Vieira, filho do presidente encarnado, e Bruno Macedo, conhecido empresário ligado há já vários anos ao Benfica foram detidos.

Nas redes sociais são várias as personalidades a comentar esta detenção, a começar por Rui Pinto, que atualmente está a ser julgado no âmbito do processo Football Leaks.

No Twitter, o denunciante recorda um tweet com data de 29 de junho após a detenção de Joe Berardo onde comentava que “na sequência da detenção de Berardo, outros grandes devedores como Luís Filipe Vieira, Moniz da Maia, Gama Leão, Nuno Vasconcellos, entre outros, aperceberam-se de que poderão ser os próximos. Que seja feita justiça”.

Também o ex-presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, não deixou escapar o momento. “Hoje era dia para alguém tornar público um email meu a dizer ‘não falem mais desse atrasado mental pois já estamos a tratar de Unir o Benfica'”, escreveu no Twitter.

Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, colocou um tweet onde partilha um texto de sua autoria, com o título ‘Retalhos da vida de um grande devedor”.

Num registo mais humorístico, são vários os perfis que assinalam a detenção do presidente do Benfica.

A conhecida página Insónias em Carvão reagiu no Twitter com uma imagem do tradicional fogo de artifício na Austrália acompanhado da frase “na Austrália o Vieira já não é presidente”.

Também nesta rede social, o utilizador LPDD, coloca um vídeo acompanhado do texto “eu e os rapazes a celebrarmos a detenção do Vieira hoje”.

A página Benfica da Depressão, conhecido perfil no universo benfiquista de oposição ao atual presidente do Benfica, fez um tweet com um vídeo onde é possível ver muitos adeptos encarnados a festejar com o texto “Vieira preso”.

O conhecido humorista Diogo Faro, também assumidamente adepto do Sporting Clube de Portugal, colocou uma foto onde juntou Luís Filipe Vieira e André Ventura. “Mais um dia trágico. Vieira detido por fraude fiscal no valor de uns 100.000 RSIs”, escreveu na sua conta do Twitter.

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Quase 150 farmácias realizam testes à Covid-19 comparticipados. Veja aqui a lista

  • Lusa e ECO
  • 7 Julho 2021

Por distritos, Lisboa é onde se localiza mais farmácias que realizam estes testes de uso profissional, com 21, seguindo-se Viseu com 18, Coimbra com 16 e o Porto com 14 desses estabelecimentos.

Um total de 146 farmácias de Portugal continental estão a realizar testes rápidos de antigénio à covid-19, no âmbito do regime que prevê a sua comparticipação a 100%, indica a lista publicada esta quarta-feira pelo INSA.

Por distritos, Lisboa é onde se localiza mais farmácias que realizam estes testes de uso profissional, com 21, seguindo-se Viseu com 18, Coimbra com 16 e o Porto com 14 desses estabelecimentos.

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), no distrito de Aveiro estão disponíveis 12 farmácias, enquanto em Braga e Leiria é possível realizar o teste comparticipado de despiste do vírus SARS-CoV-2 em 11. Setúbal e Santarém têm 10 farmácias que realizam estes testes de antigénio, Évora cinco, Bragança quatro, Vila Real três, Castelo Branco, Faro, Guarda, Portalegre e Viana do Castelo duas cada e Beja uma.

A partir de 1 de julho, os testes rápidos de antigénio (TRAg) à covid-19 passaram a ser comparticipados a 100%, uma medida para intensificar a sua utilização pela população e reforçar o controlo da pandemia de covid-19.

O regime excecional e temporário de comparticipação de testes TRAg de uso profissional prolonga-se até 31 de julho, “sem prejuízo da sua eventual prorrogação”, segundo a portaria que cria o regime excecional. A portaria, assinada pelo secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, fixa o valor de dez euros como preço máximo para efeitos de comparticipação.

A comparticipação é limitada a um máximo de quatro testes por mês e por utente e não se aplica aos utentes que têm o certificado de vacinação (que ateste o esquema vacinal completo) ou o certificado de recuperação, nem aos menores de 12 anos.

A portaria estabelece ainda que a realização dos testes poderá ter lugar nas farmácias de oficina e laboratórios de patologia clínica ou análises clínicas devidamente autorizadas pela Entidade Reguladora de Saúde (ERS). Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.126 pessoas e foram registados 896.026 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Veja aqui a lista das farmácias abrangidas:

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Luís Filipe Vieira suspeito de crimes que vão de um a 12 anos de pena de prisão

Os alegados crimes cometidos por Vieira podem ir até 25 anos de pena de prisão. Em causa está burla qualificada, fraude fiscal, abuso de confiança, falsificação e branqueamento de capitais.

Luís Filipe Vieira e o empresário José António dos Santos, Tiago Vieira e o empresário de futebol, Bruno Macedo, foram detidos esta quarta-feira por suspeitas de crimes de burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, branqueamento de capitais e falsificação. Tudo somado, a pena de prisão — se houver acusação e foram condenados em sede de julgamento — pode ir até 25 anos de prisão, a pena máxima prevista em Portugal, por cúmulo jurídico, Os detidos serão ouvidos quinta-feira, pelo juiz Carlos Alexandre. Estão detidos na esquadra da PSP de Moscavide e irão passar a noite na esquadra.

As suspeitas são de fraude ao Fundo de Resolução e de abuso de confiança por parte de Luís Filipe Vieira perante o próprio Benfica. A detenção surge depois das buscas realizadas esta manhã envolvendo Luís Filipe Vieira e o amigo de longa data e maior acionista individual da SAD Benfica, José António dos Santos. Ele é um dos donos da empresa de agro-alimentar Valouro, sendo também conhecido como “Rei dos frangos”.

Um dos crimes em que recaem suspeitas é o de abuso de confiança. Este tipo de crime é imputado a quem “ilegitimamente se apropriar de coisa móvel ou animal que lhe tenha sido entregue por título não translativo da propriedade”, sendo punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa.

Caso o objeto deste crime seja de valor “consideravelmente elevado” e se “o agente tiver recebido a coisa ou o animal em depósito imposto por lei em razão de emprego ou profissão”, a pena poderá ser de um a oito anos. O que poderá ser o caso, já que Luís Filipe Vieira é presidente do Benfica e o valor chegará aos 100 milhões de euros.

Já o crime de burla qualificada (artigo 218.º do Código Penal (CP)) recai sobre quem, por meio de erro ou engano sobre factos provocados, com “intenção de obter para si ou para terceiro enriquecimento ilegítimo”, determinar outro a praticar atos que causem, a ele ou a outra pessoa, prejuízo patrimonial de valor elevado.

Neste crime público — que não depende de queixa — o agente é punido com pena de prisão até cinco anos ou com pena de multa até 600 dias. Ainda assim, a pena de prisão pode aumentar para dois a oito anos caso o “prejuízo patrimonial for de valor consideravelmente elevado“, caso o agente “fizer da burla modo de vida” ou “se aproveitar de situação de especial vulnerabilidade da vítima, em razão de idade, deficiência ou doença”, ou até em caso de “a pessoa prejudicada ficar em difícil situação económica”.

Também entre as suspeitas está o crime de branqueamento de capitais que tem por objetivo a ocultação de bens, capitais ou produtos com a finalidade de lhes dar uma aparência final de legitimidade, procurando, assim, dissimular a origem criminosa de capitais, bens ou produtos. O agente que incorra neste crime é punido com pena de prisão de dois a doze anos, segundo o artigo 368.º-A/ do CP.

Ainda assim, a lei refere que quando tiver lugar a reparação integral do dano causado ao ofendido, sem dano ilegítimo a um terceiro, a pena é especialmente atenuada.

Outro dos crimes de que Luís Filipe Vieira e o “Rei dos Frangos” são suspeitos é de fraude fiscal, que segundo o artigo 103.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, é punível com pena de prisão até três anos ou multa até 360 dias.

Constitui fraude fiscal as “condutas ilegítimas” que visem a não liquidação, entrega ou pagamento da prestação tributária ou a “obtenção indevida de benefícios fiscais, reembolsos ou outras vantagens patrimoniais suscetíveis de causarem diminuição das receitas tributárias”.

A fraude fiscal pode ter lugar por “ocultação ou alteração de factos ou valores que devam constar dos livros de contabilidade” ou das “declarações apresentadas ou prestadas a fim de que a administração fiscal especificamente fiscalize, determine, avalie ou controle a matéria coletável”; por “ocultação de factos ou valores não declarados e que devam ser revelados à administração tributária”, e ainda pela celebração de “negócio simulado“.

Por fim, o presidente do Benfica é suspeito de crime de falsificação, mas não há informação de que tipo é. Caso seja falsificação ou contrafação de documentos (artigo 256.º do CP), enquanto crime público, pune o agente com pena de prisão até três anos ou com pena de multa. Neste crime está em causa a intenção do agente de “causar prejuízo a outra pessoa ou ao Estado”, de “obter para si ou para outra pessoa benefício ilegítimo”, ou de “preparar, facilitar, executar ou encobrir outro crime” através de várias formas, entre elas a de “fabricar ou elaborar documento falso” ou “abusar da assinatura de outra pessoa para falsificar ou contrafazer documento”. Deverá ser o caso, segundo apurou o ECO.

Mas caso a falsificação recaia sobre “documento autêntico ou com igual força, a testamento cerrado, a vale de correio, a letra de câmbio, a cheque ou a outra documento comercial transmissível por endosso, ou a qualquer outro título de crédito”, a pena de prisão vai de seis meses a cinco anos e a pena de multa de 60 a 600 dias. Mas caso seja funcionário e o crime decorra no exercício das suas funções, o agente é punido com pena de prisão de um a cinco anos.

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