Vendas de carros aceleram, mas estão aquém do pré-pandemia

ACAP diz que "2021 está a revelar-se um ano particularmente difícil para o setor depois de um 2020 em que se verificou uma das maiores quedas de mercado de sempre".

As vendas de automóveis estão a ganhar tração. Subiram em junho, aumentaram nos primeiros seis meses do ano face à primeira metade do ano passado, mas continuam, ainda assim, aquém dos níveis registados antes da chegada da pandemia. Está, por isso, a ser “um ano particularmente difícil para o setor”, diz a ACAP.

Foram registados, no último mês, 22.232 veículos, 18.936 dos quais ligeiros de passageiros. Face ao mesmo mês do ano passado, assiste-se a um crescimento de mais de 60% nas unidades matriculadas. É um crescimento expressivo face a 2020, ano marcado pela pandemia, mas fica aquém do que se verificava antes da Covid-19.

“Em junho de 2021 foram matriculados pelos representantes legais de marca a operar em Portugal 22.232 veículos automóveis, ou seja, menos 25,3% que no mesmo mês de 2019“, nota a ACAP.

No acumulado deste ano, o sinal é o mesmo. Os 99.322 veículos registados no mercado nacional representam “uma diminuição de 34,1% relativamente a 2019, apesar da comparação com 2020 mostrar um aumento de 27,3%.

“Ano particularmente difícil”

Apesar de haver um crescimento nos registos de veículos, o número de unidades comercializadas fica bastante aquém do vigor que o setor apresentava antes da chegada do vírus ao país. Este crescimento das vendas deste ano “não reflete a atual situação do setor automóvel. Por isso, e a exemplo de outros países, é importante proceder-se também a uma comparação com 2019″, diz a ACAP.

A situação não é tão grave como a de 2020, ano em que a Covid-19 chegou a levar ao encerramento dos stands, é complicada. Apesar de “os concessionários continuarem abertos e a operar em pleno, 2021 está a revelar-se um ano particularmente difícil para o setor depois de um 2020 em que se verificou uma das maiores quedas de mercado de sempre”.

A ACAP faz mira à Covid-19, mas não só. Para além da pandemia, “as vendas de automóveis em Portugal e no mundo estão a ser atingidas pela crise dos semicondutores que está a afetar o lado da oferta, existindo, em muitos modelos em comercialização, falta de produto para colocação no mercado”.

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Diretor financeiro da Trump Organization entrega-se às autoridades

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

Ministério Público investiga se os funcionários da empresa evitaram ilegalmente pagar impostos sobre algumas indemnizações que receberam.

O diretor financeiro da Trump Organization, Allen Weisselberg, apresentou-se esta quinta-feira às autoridades de Nova Iorque, após ter sido acusado de vários crimes fiscais.

Weisselberg, que trabalha para a empresa do ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump há décadas e é uma figura-chave na empresa, entregou-se às autoridades criminais de Manhattan, Nova Iorque, esta manhã, acompanhado do seu advogado, de acordo com vários meios de comunicação social locais.

O diretor financeiro da Trump Organization deve comparecer esta tarde a um juiz, ao lado de outros representantes do consórcio, que também já foram indiciados no mesmo caso.

Nesta fase, Donald Trump não deve ser implicado no processo, nem qualquer membro da sua família.

Por enquanto, os crimes imputados a estes gestores são desconhecidos, já que a acusação aprovada na quarta-feira por um grande júri foi mantida em segredo e os procuradores não divulgaram quaisquer pormenores.

De acordo com o jornal The Wall Street Journal, as acusações estarão ligadas a situações de evasão fiscal, depois de o Ministério Público ter investigado se Weisselberg e outros funcionários da empresa evitaram ilegalmente pagar impostos sobre algumas indemnizações que receberam.

Se os procuradores conseguirem provar que a empresa de Trump e os seus gestores evitaram sistematicamente o pagamento de impostos, podem abrir acusações mais sérias, acrescentou o jornal.

A Trump Organization já reagiu a estas acusações, denunciando-as como uma “tentativa de prejudicar o ex-Presidente”.

“Isto não é justiça. Isto é política”, disse um porta-voz da Trump Organization, citado por vários meios de comunicação social.

As acusações serão as primeiras correspondentes às investigações que o procurador do distrito de Manhattan, Cyrus Vance, tem vindo a conduzir há cerca de três anos sobre os negócios do ex-Presidente dos Estados Unidos.

As investigações da Trump Organization aceleraram nos últimos meses, com vários gestores a serem chamados para testemunhar perante um grande júri, em preparação de possíveis acusações.

As investigações cobrem possíveis fraudes fiscais, seguros e outras infrações criminais, alegadamente cometidas antes da chegada de Trump à Casa Branca, em 2017.

O processo pode incluir avaliações inflacionadas, descontos fiscais injustificados e contabilidade duplicada, adulterando as declarações ao Fisco durante vários anos.

O procurador Vance conseguiu uma importante vitória, em fevereiro passado, quando obteve acesso a anos de declarações de impostos de Trump, após uma longa batalha legal na qual o Supremo Tribunal dos EUA acabou por rejeitar os argumentos do ex-Presidente para manter esses documentos confidenciais.

O Ministério Público também tem investigado os pagamentos secretos de dinheiro que a campanha eleitoral de Trump terá feito à atriz pornográfica Stormy Daniels, para impedi-la de tornar pública uma suposta relação sexual com o então candidato à presidência, já que podem violar a legislação do estado de Nova Iorque.

O ex-Presidente republicano sempre negou qualquer irregularidade e denunciou repetidamente que as investigações são resultado de uma “caça às bruxas” com motivações políticas, sustentada por procuradores democratas.

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Lin Man sai da China Desk da PLMJ para a PRA

A advogada Lin Man abandonou a PLMJ e integrou a PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, enquanto sócia, para ficar responsável pela China Desk.

A sociedade de advogados PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados acaba de criar a China Desk, de forma a entrar no mercado chinês. A advogada Lin Man assume, enquanto sócia, as funções de responsável da PRA China Desk, transitando da PLMJ, onde era responsável pela China Desk.

“É com particular orgulho que implementamos na PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados o PRA China Desk – o nosso novo interface com a comunidade chinesa em Portugal, que encontrará na PRA expertise e experiência à medida das suas expectativas”, afirma Miguel Miranda, Presidente da Comissão Executiva.

A nova sócia da PRA, Lin Man, conta já com quase 20 anos de experiência na área, sendo a única advogada da China continental inscrita na Ordem dos Advogados portuguesa, desde 2002, e tendo trabalhado, nos últimos oito anos, na PLMJ.

“Ao longo dos últimos 20 anos, tenho desempenhado um papel na dinamização das relações económicas e comerciais entre os dois países e espero, para além disso, continuar a contribuir também para as sociais e culturais. É com entusiasmo que abraço esta nova equipa”, nota Lin Man.

Lin Man é convidada frequente como oradora em algumas conferências e colóquios sobre as relações bilaterais entre Portugal e China, não só em Portugal como na China e enquanto membro da All-China Federation of Returned Overseas ChineseFederation of Law Advisory Commission, participa anualmente em conferências em Beijing, e enquanto membro da ACLE (Association of Chinese Lawyers in Europe) integra o quadro de oradores sobre o ambiente e as oportunidades de investimento em Portugal.

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CNPD diz que 111 emails da Câmara de Lisboa violaram RGPD

A acusação da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) contra autarquia liderada por Medina baseia-se em 111 comunicações em que foram partilhados dados de manifestantes em violação da lei.

São 111 as comunicações por email que servem de base à acusação de que a Câmara Municipal de Lisboa violou o Regulamento Geral de Proteção de Dados, proferida esta quinta-feira. Estão todos plasmados no projeto de deliberação agora conhecido (ver PDF, a partir da página oito, pontos 39-149).

A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) considera que a autarquia agiu “de forma livre, deliberada e consciente” no envio de dados pessoais de promotores de manifestações a entidades que não tinham “necessidade de conhecer aquela informação pessoal”, incluindo serviços camarários e “entidades terceiras”, como embaixadas, “bem sabendo que a sua conduta era proibida e sancionada por lei”.

Mas não é só o envio de informação que terá violado a lei. Na perspetiva da comissão presidida por Filipa Calvão, a Câmara Municipal de Lisboa conservou informação relativa aos promotores das manifestações “já depois de esgotada a finalidade que motivou a recolha”, não informou os titulares do tratamento dado à informação e não realizou qualquer avaliação de impacto.

Entre as comunicações escrutinadas pela CNPD, foram encontrados não só casos em que os dados de manifestantes foram partilhados com a Embaixada da Rússia, mas também com a da Hungria, Venezuela, Ucrânia, Brasil e até China. De recordar que a Câmara Municipal de Lisboa já tinha admitido ter havido partilha de dados em 52 casos, depois de publicamente acusada de partilhar informação de manifestantes com o Kremlin.

A autarquia presidida por Fernando Medina será notificada da acusação e terá dez dias úteis para, querendo, apresentar defesa. As coimas máximas são avultadas: algumas das violações podem custar até 20 milhões de euros aos cofres da autarquia. Somando os máximos, o resultado é até 90 milhões de euros em coimas. Mas, havendo lugar a condenação, a CNPD deverá fixar uma coima única, atendendo ao que está disposto no RGPD.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h46)

Consulte o projeto de deliberação da CNPD na íntegra:

Nota: Se está a aceder através das apps do ECO, carregue aqui para ler o documento.

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Regulador europeu avalia dose de reforço contra a Covid

Regulador europeu diz estar "em contacto" com todos os produtores de vacinas para avaliar uma eventual administração de um dose de reforço contra a Covid-19.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) veio esclarecer que está “em contacto” com todos os produtores de vacinas para avaliar uma eventual administração de uma dose de reforço contra a Covid-19. No entanto, o regulador avisa que, neste momento, não há evidências suficientes para garantir que esta seja necessária.

A EMA está em contacto com os produtores de vacinas para discutir um eventual uso de uma dose de reforço e para determinar o melhor momento e a melhor estratégia”, começa por explicar o regulador europeu, em comunicado publicado no Twitter. No entanto, a EMA defende que “neste momento, não está claro que as doses de reforço sejam necessárias para que as vacinas contra a Covid mantenham sua proteção”.

Este esclarecimento surge um dia depois de ter sido noticiado que o Reino Unido se prepara para reforçar a vacinação contra a Covid-19, estando a planear administrar uma terceira dose da vacina a 32 milhões de britânicos, a partir de setembro. O objetivo é aumentar a proteção antes do inverno e manter o vírus controlado.

Esta quinta-feira a EMA veio ainda assegurar que as evidências científicas apontam para que as quatro vacinas já aprovadas pelo regulador (Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Janssen) parecem proteger contra todas as variantes em circulação na Europa, incluindo a Delta, que está a suscitar as maiores preocupações por ser 60% mais transmissível que o vírus original e é já predominante em Portugal.

Neste momento, parece que as quatro vacinas que estão aprovados na União Europeia protegem contra todas as variantes que estão a circular na Europa, incluindo a variante Delta”, sinalizou Marco Cavaleri, responsável da estratégia de vacinas do regulador europeu, em conferência de imprensa. Num outro post no Twitter, a Ema aponta ainda que “duas doses de vacinas protegem contra a variante Delta” e que “os anticorpos das vacinas aprovadas neutralizam esta variante”.

(Notícia atualiza às 15h47)

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Fisco dá por perdidos mais mil milhões de euros de impostos em dívida no ano da pandemia

Os impostos em dívida que são incobráveis aumentaram em mil milhões de euros em 2020, aumentando o seu peso no conjunto da dívida dos contribuintes ao fisco. Representa um terço do total.

No final de 2020, a Autoridade Tributária tinha 7.401 milhões de euros de impostos em dívida que classificou de incobráveis, ou seja, que não se espera vir a receber. Este valor representa um aumento de mil milhões de euros face à situação no final de 2019. Os números constam da Conta Geral do Estado de 2020 entregue pelo Governo à Assembleia da República.

No total, a receita do fisco que está por cobrar, isto é, cujo prazo de cobrança voluntária já passou, ascendeu a 22.028 milhões de euros no final de 2020, aumentando 882 milhões de euros (+4,2%) face ao final de 2019. Este stock de impostos por cobrar corresponde a mais de metade da receita fiscal arrecadada em 2020 (43 mil milhões de euros).

Deste montante total, 33,6% corresponde a impostos em dívida que são classificados como incobráveis pelo fisco. Essa classificação deriva de vários fatores: não existir bens penhoráveis do contribuinte em causa ou dos seus sucessores, não ser possível identificar o contribuinte nem o localizar. Estes créditos estão em mora há mais de 12 meses e com provas de imparidade e de diligências para o seu recebimento.

O imposto responsável por mais dívida incobrável é o IVA (2,9 mil milhões de euros), seguindo-se a categoria “outros” (dois mil milhões de euros) e depois o IRC (1,4 mil milhões de euros). Entre os principais impostos, o IRS é o que apresentam os números mais baixos de receita por cobrar.

No final do ano passado, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, assinou um despacho para acelerar a recuperação do IVA, determinando aos serviços que possibilitem, “com efeitos imediatos”, a comprovação por revisor de contas ou contabilista certificado independente da documentação de suporte à recuperação do IVA de créditos considerados de cobrança duvidosa, de acordo com a Lusa.

A restante dívida ao fisco divide-se entre a dívida ativa (28,1% do total) e a dívida suspensa (38,3%). Ambas diminuíram ligeiramente em 2020, face a 2019. De recordar que no ano passado o Governo decidiu suspender os processos de execução instaurados aos contribuintes com dívidas ao fisco durante alguns meses.

Em 2020, o Estado conseguiu recuperar 878,4 milhões de euros de dívidas fiscais, decorrente da cobrança coerciva, o que representa uma queda de 148,1 milhões de euros (-14,4%) face ao ano anterior.

Além disso, houve menos prescrição de dívida fiscais no ano passado: foram apenas 25,4 milhões de euros, menos 161,3 milhões de euros (-86,4%) face a 2019. “Este decréscimo resulta do trabalho que tem vindo a ser realizado ao longo dos anos anteriores no sentido do saneamento da carteira da dívida“, explica a Conta Geral do Estado 2020.

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Wall Street soma e segue com o S&P em novo recorde

O S&P 500 some e segue para novos máximos, com os investidores a aguardarem os novos dados relativos aos pedidos de desemprego e após ter registado fortes ganhos no primeiro semestre.

Após os fortes ganhos no primeiro semestre do ano, Wall Street soma e segue. O S&P 500 alcança um novo recorde, isto numa altura em que os investidores aguardam os novos dados relativos aos pedidos de desemprego na maior economia do mundo. E o petróleo dispara, antes da reunião da OPEP+.

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos da América (EUA) prepara-se para divulgar os dados dos pedidos de desemprego relativos à semana passada. Os analistas estimam que os pedidos tenham recuado na semana terminada a 26 de junho, embora a um ritmo mais lento, dada a escassez de mão-de-obra, aponta a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Ao mesmo tempo, também serão conhecidos dados relativos à produção industrial do outro lado do Atlântico, bem como dados sobre os gastos na construção. Em foco está também o relatório que vai ser divulgado na sexta-feira relativo aos salários de diversos setores exceto a agricultura, sendo que se os dados forem positivos poderão forçar a Fed a alterar a atual política monetária de juros baixos.

Perante este cenário, o índice de referência S&P 500 soma 0,19% para 4.305,66 pontos, um novo recorde de abertura, enquanto o industrial Dow Jones valoriza 0,27% para 34.595,21 pontos. Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq recua 0,05% para 14.496,74 pontos.

Nesta sessão, cotadas ligadas ao setor do petróleo estão entre as mais beneficiadas, impulsionados pela subida das cotações do “ouro negro”, no dia em que há nova reunião da OPEP+ para avaliar a produção. A Chevron soma 1,78% para 106,60 dólares, ao mesmo tempo que a Exxon Mobil valoriza 0,60% para 63,46 dólares. Neste momento, o Brent, de referência europeia, ganha 2,48% para os 76,46 dólares, ao passo que o WTI sobe 3,48% para os 76,02 dólares, em Nova Iorque.

Em contraciclo, a travar o Nasdaq estão as empresas ligadas ao setor tecnológico. A título de exemplo, a Apple recua 0,20% para 136,68 dólares. Em contrapartida, a Amazon avança 0,18% para 3.446,41 dólares, enquanto o Facebook valoriza 0,54% para 349,52 dólares, após ter ultrapassado a fasquia de um bilião de dólares em capitalização de mercado no arranque da semana.

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Alemanha admite rever travão às viagens para Portugal por causa da Covid-19

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

Alemanha admitiu um desagravamento da avaliação de Portugal devido à também expectável progressão da variante Delta no território alemão.

A Alemanha admitiu esta quinta-feira um desagravamento da avaliação de Portugal, atualmente na “lista vermelha” de viagens por ser uma “zona de variantes” do coronavírus, devido à também expectável progressão da variante Delta no território alemão.

A hipótese foi avançada pelo ministro da Saúde alemão durante uma conferência de imprensa que serviu para apresentar as novas normas que a Alemanha irá aplicar aos viajantes que chegam ao país. Jens Spahn admitiu que será possível, em breve, desagravar a avaliação de Portugal e do Reino Unido, ambos classificados como zonas de risco, para uma categoria de elevada incidência, uma vez que as projeções apontam que durante o mês de julho a variante Delta também terá uma incidência entre 70% a 80% na Alemanha.

Na semana passada, a Alemanha classificou Portugal como uma zona com “variantes de preocupação”, nomeadamente devido à propagação da variante Delta, caracterizada como mais resistente e mais transmissível. Na prática, a classificação resultou numa proibição de viagens, em vigor desde terça-feira (antes do certificado digital covid-19 da União Europeia estar oficialmente operacional), devido à ativação por parte de Berlim do mecanismo europeu de travão para fazer face a situações preocupantes.

De momento, a Alemanha apenas permite que viajem de Portugal cidadãos alemães ou quem resida naquele país, que ainda assim têm de ser submetidos a uma quarentena de 14 dias após a chegada ainda que estejam comprovadamente vacinados, imunizados ou testados.

Para o processo de revisão da avaliação, segundo explicou o ministro da Saúde alemão, será determinante o facto de a variante não representar um problema na Alemanha, nomeadamente no que diz respeito à capacidade de contágio e de infecciosidade, de resistência às vacinas e da possível evolução de doença grave. Nesse sentido, os Ministérios dos Negócios Estrangeiros, do Interior e da Saúde alemães irão reunir-se no final de cada semana para avaliar a evolução em todos os países e fazer a categorização adequada, acrescentou Jens Spahn, citado pela agência espanhola EFE.

Na quarta-feira, fonte do executivo comunitário disse à Lusa que a Comissão Europeia estava a analisar se a decisão alemã de colocar Portugal na “lista vermelha” de viagens “é proporcional”, podendo depois pressionar Berlim.

Numa conferência de imprensa esta quarta-feira, o comissário europeu da Justiça, Didier Reynders, recordou que, perante interdições semelhantes impostas nos últimos meses, a Comissão Europeia “teve de intervir para pedir que proibições de viagem fossem evitadas”, nomeadamente pressionando os países. “Propusemos a adoção de outros mecanismos, como testes e quarentenas, mas defendendo que deveriam ser evitadas proibições ou medidas semelhantes sobre viagens”, lembrou, quando questionado especificamente sobre a interdição alemã a Portugal.

A interdição alemã às viagens de Portugal é a única proibição na UE no dia (hoje) em que entra em vigor o certificado digital covid-19, comprovativo de testagem, recuperação ou vacinação e que visa facilitar a circulação no espaço comunitário.

“A boa notícia é que ainda não recebemos nenhuma outra notificação nesse sentido. Temos a informação, que já mencionámos aqui, em relação à Alemanha e sobre [viagens de] Portugal, mas não temos notícias de mais nenhum Estado-membro que pretenda impor mais restrições para as pessoas que possuem os certificados”, afirmou esta quinta-feira o porta-voz do executivo comunitário para a área da Justiça, Christian Wigand.

Christian Wigand disse hoje também que, mesmo com o certificado em vigor, os países “podem impor restrições, mas têm de as justificar e avisar a Comissão e os outros países da UE”.

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EDP superou previsão e recomprou 647 milhões da sua dívida

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

A EDP anunciou que recomprou 647 milhões de euros da sua dívida, com maturidade até 2024, acima do valor indicativo de 400 milhões de euros anunciado inicialmente.

A EDP anunciou esta quinta-feira que recomprou 647 milhões de euros da sua dívida, com maturidade até 2024, acima do valor indicativo de 400 milhões de euros anunciado inicialmente.

Em comunicado enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP “informa sobre os resultados e pricing [preço] das ofertas de venda em dinheiro” de valores mobiliários representativos de dívida e “anuncia que decidiu fixar o Final Acceptance Amount [montante de aceitação final] em 647.040.000 euros”.

A comunicação desta quinta-feira surge depois de, no dia 23 de junho, a EDP ter informado do lançamento de uma ‘tender offer’ (oferta) com um montante máximo global indicativo de 400 milhões de euros para comprar valores mobiliários representativos de dívida da empresa para otimizar a carteira de passivos do grupo.

Num comunicado então enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP já especificava que o montante global final a aceitar poderia “vir a ser quer superior ou inferior” aos 400 milhões de euros, tendo sido superior.

“As ofertas enquadram-se nas iniciativas destinadas a otimizar a carteira de passivos do Grupo EDP, utilizando liquidez disponível para reduzir o montante da sua dívida bruta como parte da estratégia de gestão da dívida do Grupo EDP”, referiu o grupo no comunicado divulgado na altura.

Hoje, a EDP diz que “pagará juros corridos a respeito dos valores mobiliários aceites para compra no âmbito das ofertas” e que espera que “a data de liquidação a respeito dos valores mobiliários aceites para compra […] seja 06 de julho de 2021”.

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Boletim Digital #15: Justiça rejeita acusação de monopólio contra o Facebook

Acusado pela FTC de ser um monopólio, o Facebook conseguiu uma primeira vitória na Justiça. Os argumentos apresentados pela acusação não convenceram o tribunal.

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O Facebook conseguiu uma primeira vitória na Justiça contra as acusações de que é um monopólio. Um tribunal rejeitou o processo por considerar insuficientes os argumentos apresentados pela Federal Trade Commission.

A Amazon está a aproximar-se do mercado português. Ao ECO, admite que tem um “compromisso” de “longo prazo” com o país.

O comércio eletrónico em Portugal abrandou com o desconfinamento. Mas continua em níveis acima da era pré-pandemia.

Elon Musk acredita que a Starlink vai ter meio milhão de utilizadores ao fim de um ano de funcionamento. A empresa transmite internet a partir de mais de 1.500 satélites.

O Boletim Digital é uma produção semanal do ECO, pela voz do jornalista Flávio Nunes. Siga-o no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts ou onde quer que oiça os seus podcasts.

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Há mais 2.449 casos e cinco mortes por Covid-19

Desde o início da pandemia o país soma 882.006 casos e 17.101 mortes por Covid-19.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 2.449 novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 882.006 o número total de infetados desde o início da pandemia. O boletim epidemiológico desta quinta-feira dá ainda conta de um total de 17.101 mortes com a doença, cinco das quais nas últimas 24 horas.

Segundo os dados desta quinta-feira, já recuperaram da infeção por coronavírus 830.224 pessoas, mais 1.234 que no dia anterior. Ainda assim, o número de casos ativos continua a aumentar, sendo agora 34.681, mais 1.210 que no dia anterior.

A maioria dos casos ativos continua a ser seguido no domicílio, mas ainda estão 509 pessoas hospitalizadas (mais cinco que no dia anterior), das quais 113 em unidades de cuidados intensivos (menos sete).

Boletim de 1 de julho:

A maioria dos óbitos e dos novos casos das últimas 24 horas foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo: 4 mortos e 1.339 infetados. O Norte, que também está a ver as suas infeções crescerem, confirmou uma morte e 566 novos casos.

A terceira região com mais infetados nas últimas 24 horas foi o Centro (235). Segue-se o Algarve (217), Alentejo (53), Açores (23) e a Madeira (16).

O boletim epidemiológico dá, por fim, conta de menos 15 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. No total, estão 53.260 pessoas nesta situação.

(Notícia atualizada às 14h26)

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Aumento de casos a Norte indica que S. João foi “fenómeno de supertransmissão”

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

O crescimento “muito acentuado” do número de novos casos de infeção a Norte, com “incidência no Porto e arredores”, indica um “fenómeno de supertransmissão” nos festejos do São João, diz especialista.

O crescimento “muito acentuado” do número de novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2 a Norte, com “incidência no Porto e arredores”, indica ter havido um “fenómeno de supertransmissão”, nomeadamente os festejos do São João, revelou esta quinta-feira um especialista.

“Tudo indica ter havido um fenómeno de supertransmissão na semana passada com especial incidência no Porto e arredores”, afirmou Óscar Felgueiras, especialista em epidemiologia da Universidade do Porto, apontando os festejos da noite de São João (de 24 para 25 de junho) como a possível data de ocorrência.

Em declarações à agência Lusa, Óscar Felgueiras afirmou que a situação será “mais percetível” nos próximos dias, mas que o índice de transmissibilidade, designado Rt, poderá atingir o “máximo do último ano” na região.

“O ritmo de crescimento será próximo ou superior ao máximo do último ano, que se registou em outubro, com o Rt a atingir 1,30”, salientou.

Segundo o especialista, é espetável que o número de novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2 “aumente durante as próximas duas semanas” e se alastre a toda a região Norte, ainda que na última semana 16 concelhos, maioritariamente do interior, não tenham registado novos casos.

“Neste momento, no país, a situação ainda é dominada pelo que se passa no sul, em particular na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), mas essa assimetria vai começar a esbater-se”, adiantou.

A par de restrições às atuais medidas de desconfinamento, Óscar Felgueiras disse acreditar que o número de pessoas com a vacinação completa na região Norte pode “ajudar particularmente na contenção das hospitalizações”, referindo ainda assim que estas vão aumentar.

À Lusa, Óscar Felgueiras afirmou ainda não ser possível “estimar quando vai ocorrer o pico de transmissão” e que, para já, não há qualquer evidência de uma eventual paragem da subida do número de novos casos.

“Não é espetável que a situação se inverta para já”, salientou.

Na terça-feira, em declarações à Lusa, o diretor da Unidade Autónoma de Gestão (UAG) de Urgência e Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) afirmou que aquele recurso sofreu “em poucos dias” um aumento de 40% de casos suspeitos de Covid-19, padrão que considerou “explosivo e muito preocupante”.

À Lusa, o médico mostrou preocupação com as repercussões dos festejos de São João no Porto e relatou que têm recorrido ao Serviço de Urgência pessoas de outras nacionalidades, uma população que hoje o médico descreveu como “sensível do ponto de vista social” e que “está a ser afetada por esta crise”.

Já na quarta-feira, em declarações aos jornalistas, Nelson Pereira afirmou ainda que o aumento do número de pessoas que testam positivo à Covid-19 mostra que a pandemia está a progredir no Norte.

“Neste momento já não podemos negar que estamos numa 4.ª vaga, de características diferentes, mas real. É o momento de todas as estruturas se coordenarem e verificarem os seus planos de contingência”, alertou o médico.

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