Unicórnio Remote assegura 270 milhões de financiamento. Avaliação sobe para 3 mil milhões

Ronda de financiamento foi liderada pela SoftBank Vision Fund 2. Eleva para mais de 445 milhões de euros o valor angariado no mercado em menos de um ano. 

A Remote assegurou 300 milhões de dólares (270 milhões de euros) em financiamento Série C, elevando a avaliação da unicórnio com cores nacionais para cerca de 3 mil milhões de dólares. Com esta nova ronda, a empresa cofundada por Marcelo Lebre e Job van der Voort aumentou para 495 milhões de dólares (mais de 445 milhões de euros) o valor angariado no mercado em menos de um ano.

“Desde o primeiro dia que a missão da Remote tem sido ajudar a criar um mundo onde cada pessoa e cada empresa está integrada num mercado verdadeiramente mundial. Esta demonstração de apoio dos nossos investidores, juntamente com o rápido crescimento do nosso negócio, mostra que esta necessidade não só é palpável, mas também que a nossa visão e as soluções que oferecemos são inovações de primeira linha”, diz Job van der Voort, cofundador e CEO da Remote, citado em comunicado. “Com este investimento adicional, seremos capazes de construir mais produtos, incluindo plataformas para prestadores de serviços e gestão global de vencimentos”, acrescenta.

A ronda de financiamento Série C foi liderada pela SoftBank Vision Fund 2, contando ainda com a participação da Accel, Sequoia, Index Ventures, Two Sigma Ventures, General Catalyst, 9Yards, Adams Street e Base Growth.

Com este investimento adicional, seremos capazes de construir mais produtos, incluindo plataformas para prestadores de serviços e gestão global de vencimentos.

Job van der Voort

Cofundador e CEO da Remote

A nova ronda surge oito meses depois da ronda Série B, no valor de 150 milhões de dólares, que impulsionou a Remote para o estatuto unicórnio (o quinto com ADN nacional), aumentando para 495 milhões de dólares (mais de 445 milhões de euros) o total já angariado no mercado, impulsionando a avaliação da empresa para quase 3 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros).

“Esta ronda de investimento surge após um crescimento exponencial durante o ano de 2021, que se traduziu num aumento de 900% no número de funcionários e num aumento de 1.300% em receita anual recorrente, o que torna a Remote a empresa de contratação global, com mais rápido crescimento a nível mundial”, destaca a startup unicórnio, em comunicado.

“A maneira como as pessoas trabalham alterou-se de forma permanente e a mudança para o trabalho em ambiente remoto ou híbrido permite que as empresas contratem em qualquer parte do mundo, mas isso pode ser um processo muito intenso, com muitos custos e arriscado”, disse Brett Rochkind, managing partner na Softbank Investment Advisers, citado em comunicado.

“A Remote construiu uma plataforma completa e verdadeiramente global, que permite contratar novos funcionários de forma rápida e fácil, independentemente do país onde estejam. Estamos verdadeiramente expectantes em poder trabalhar com o Job, com o Marcelo e com o resto da equipa, e poder apoiar a missão da Remote em abrir o enorme potencial do mercado global a qualquer pessoa, empresa e país”, refere ainda.

Fundada em 2019, a Remote permite que clientes como GitLab, DoorDash, Loom, Paystack, entre outros, possam construir as suas equipas recrutando a nível global, permitindo o pagamento dos funcionários na moeda da sua preferência, cumprindo as exigências legais locais. A empresa conta para isso com uma equipa de especialistas sediados em mais de 60 países.

Este ano, a unicórnio lançou o programa Remote Relocation — prestando apoio especializado às empresas que querem possibilitar aos seus trabalhadores mudar de país, “auxiliando na obtenção de vistos, com aconselhamento sobre leis de imigração e taxação do país de destino, e oferecendo treino cultural” –, bem como o Remote for Refugees, que permite às empresas contratar refugiados, sem custos.

Lançou ainda no mês passado o Remote API, em parceria com líderes em plataformas de software de recursos humanos, incluindo AngelList e Sequoia Consulting, para “ajudar as empresas a crescer e a gerir as suas equipas distribuídas, diretamente a partir das suas próprias plataformas.”

No ano passado, a Remote foi listada como uma das melhores empresas para trabalhar pela Inc.; nomeada empresa líder em plataforma de Gestão de vencimentos multi-pais pela G2 e é multi-premiada pela Comparably como Best Company for Diversity e Best Company for Happiness.

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Bolsa de Lisboa pode receber SPAC, esclarece regulador

CMVM esclarece que o mercado nacional pode admitir ações de empresas com especial propósito aquisitivo, as designadas SPAC. Euronext aplaude decisão e espera que empresas aproveitem janela.

A bolsa de Lisboa pode admitir a cotação das ações de empresas com especial propósito aquisitivo, as designadas SPAC, esclareceu a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta terça-feira. A Euronext congratulou-se com este entendimento e espera que seja um “catalisador para que SPAC constituídas em Portugal possam concorrer e alavancar desta janela de oportunidade”.

As SPAC (Special Purpose Acquisition Companies) são veículos sem atividade operacional cujas ações são admitidas à negociação com vista à integração (por fusão, aquisição de participação social ou de ativos), num breve período de tempo, de empresas com atividade operacional.

Por considerar que estes veículos têm potencial para promover o mercado de capitais, a CMVM especificou agora as condições que deverão verificar-se em momento prévio à admissão à negociação das ações de SPAC em Portugal.

Dentro do quadro de requisitos, o regulador destacou a necessidade de:

  • Acautelar a proteção dos fundos aportados pelos investidores recorrendo a mecanismos que garantam que os mesmos são essencialmente mobilizados para a aquisição (ou business combination) ou para devolução aos acionistas que pretendam exercer o seu direito de saída.
  • Garantir a existência de direitos de saída dos acionistas devendo ser facultado aos investidores um mecanismo de saída que lhes permita reaver a generalidade dos montantes investidos.
  • Existir um limite temporal alinhado com a prática de mercado para a aquisição de uma, ou várias, sociedades operacionais.
  • Garantir que os sócios têm a possibilidade de votar a respeito da operação de aquisição. Neste contexto, deverá ainda assegurar-se a disponibilização de informação completa e clara sobre a operação, em particular sobre a existência de conflitos de interesses e eventuais fontes de financiamento adicionais.

Pequenos investidores podem investir nas SPAC

Ainda de acordo com a CMVM, este tipo de operações pode abranger investidores de retalho, mas deve haver um cuidado especial pois são investidores não profissionais e com menor conhecimento do mercado.

Os requisitos e recomendações adicionais para a proteção dos pequenos investidores incluem a possibilidade de aplicação das receitas da emissão ser feita apenas em instrumentos de baixo risco e elevada liquidez, o dever de facultar ao investidor informações financeiras históricas auditadas das empresas com atividade operacional, a necessidade de concessão de direitos especiais de saída e a possibilidade de previsão de um montante mínimo de subscrição.

Por outro lado, o regulador considera que os produtores ou distribuidores de ações, warrants ou outros valores mobiliários emitidos por SPAC devem avaliar “atentamente” os produtos com base na sua complexidade e grau de risco, com vista à definição do respetivo mercado-alvo, determinando se são adequados a clientes de retalho.

Quanto à própria CMVM, diz que “permanece comprometida com a celeridade no contexto de análise de prospetos e adendas, e com a aceitação da língua inglesa em prospetos de ofertas públicas de emitentes nacionais a aprovar” pelo regulador.

Dona da bolsa à espera SPAC em Lisboa

Congratulando o entendimento da CMVM, a Euronext, que opera a bolsa de Lisboa e mercados de outros países, acredita que a clarificação agora divulgada “consubstancia um catalisador para que SPAC constituídas em Portugal possam concorrer e alavancar desta janela de oportunidade”.

“Fica claro que a flexibilidade do enquadramento atual permite acomodar diversas soluções, que, em geral, são adotadas nos mercados de referência onde as SPAC têm tido maior adesão”, assinala a Euronext.

“Assim, acreditamos que a clarificação a que deverá obedecer a constituição e admissão à negociação de SPAC em Portugal, enquanto alternativa de investimento, poderá assumir, à semelhança do verificado noutros mercados Euronext, um papel de ignição para a utilização de mais esta opção de financiamento e de investimento em mercado”, acrescenta quem se diz líder europeu em SPAC.

Foram admitidos nos mercados operados pela Euronext 22 SPAC no ano passado, o que representa 49% do total de SPAC admitidos em mercados na Europa, de acordo com o operador bolsista.

(Notícia atualizada às 11h32)

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Miguel Frasquilho é o novo diretor da CI&T para o sul da Europa

O antigo presidente do conselho de administração da TAP é o novo diretor para o sul da Europa da CI&T, uma empresa de tecnologias de informação e software brasileira cotada em Nova Iorque.

O antigo presidente do conselho de administração da TAP é o novo diretor para o sul da Europa da tecnológica brasileira CI&T, cotada em Nova Iorque. Miguel Frasquilho ficará responsável pelo desenvolvimento do negócio e transformação digital dos clientes.

“É, para mim, um privilégio enorme integrar como executivo a família CI&T e ajudar a empresa neste desafio europeu”, diz o antigo deputado do PSD, ex-secretário de Estado do Tesouro, ex-presidente da Aicep e chairman da TAP, entre 2017 e 2021, no comunicado divulgado pela empresa.

A CI&T tem uma história fantástica de 27 anos, comprovada pelo sucesso do IPO que ocorreu em novembro último na NYSE, possui uma equipa fantástica em todos os níveis profissionais e irá, estou certo, ajudar a transformar digitalmente várias empresas e grupos empresariais europeus, ajudando-os a crescer e criar riqueza”, acrescenta Miguel Frasquilho.

A CI&T é uma empresa de tecnologias de informação e software fundada em 1995, com sede na cidade de Campinas, no estado de São Paulo. Está presente em nove países e emprega mais de 6 mil profissionais.

No comunicado, Miguel Frasquilho é descrito como “um trabalhador incansável, perfeccionista, bastante quantitativo (gostando que os números suportem as suas análises e raciocínios) e particularmente motivado para contribuir para o desenvolvimento do nosso país”. A nível pessoal, “assume uma paixão pela música, que o acompanha em todos os momentos, tendo mesmo tocado piano durante 30 anos; por praticar desporto e assistir a eventos desportivos, em particular futebol e os seus clubes do coração, Sporting Clube de Portugal e Vitória de Setúbal”.

O antigo chairman da TAP continuará a exercer funções não executivas nos conselhos estratégicos e consultivos onde já estava presente.

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Após comprar 9% do Twitter, Musk lança sondagem sobre botão de edição

  • ECO
  • 5 Abril 2022

Depois de ter comprado 9,2% do Twitter, Elon Musk lançou uma sondagem para os utilizadores votarem se gostavam de ter um botão de edição dos tweets.

O fundador e presidente da Tesla, Elon Musk, que acabou de comprar uma participação de 9,2% no Twitter, tornando-se no segundo maior acionista, lançou uma sondagem naquela rede social para averiguar o interesse dos utilizadores num botão para editar os tweets.

Numa resposta a essa sondagem, o CEO do Twitter, Parag Agrawal, considerou esse inquérito importante e pediu aos utilizadores para “votarem com cuidado”.

Musk está a questionar os seus seguidores sobre se querem um botão de edição. Com mais de 2,4 milhões de votos, o “yse” liderava a contagem com 73,6%, isto quando faltam 15 horas para o fim da votação. A opção “on” tinha 26,4% dos votos.

Parag Agrawal, que sucedeu a Jack Dorsey como CEO em novembro, citou o tweet de Musk dizendo que “as consequências desta sondagem serão importantes”.

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Espanha quer atrair produção de chips e semicondutores

O Governo espanhol vai avançar com um novo projeto estratégico que visa incentivar a produção de chips e semicondutores. Projeto contará com uma dotação de 11 mil milhões de euros.

O primeiro-ministro espanhol anunciou um novo projeto estratégico para a recuperação e transformação económica, que visa fomentar a produção de chips e semicondutores e conta com uma dotação de 11 mil milhões de euros de investimento público, noticia o Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Segundo explicou Pedro Sánchez, o objetivo é colocar Espanha no pelotão da frente do progresso industrial sem esquecer o contexto da transformação digital. “O nosso país não vai perder a corrida tecnológica, antes pelo contrário“, sinalizou Esta medida deverá ser aprovada nas próximas semanas em Conselho de Ministros e está em linha com o objetivo delineado pela Comissão Europeia, que traçou como meta ter 20% da quota de mercado global de produção de chips até 2030, o que pressupõe quadruplicar os esforços, já que a fasquia ronda os 9%.

Os semicondutores são um elemento básico de todos os setores e adquirem importância geoestratégica global em um contexto de transformação digital”, sinalizou o Chefe de Governo espanhol, na segunda edição do fórum Wake Up Spain!, citado pelo Cinco Dias, não adiantando mais detalhes. Este projeto contará com uma dotação de 11 mil milhões de euros, financiada através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), contudo, não é certo se virá através de empréstimos ou subvenções (fundo perdido).

Fontes da indústria ouvidas pelo Cinco Días aplaudem a medida e asseguram que, tendo em conta o volume de investimento se esteja “a falar do objetivo de Espanha produzir chips de 25-30 nanómetros que serão utilizados para a produção de automóveis, eletrodomésticos e produtos da economia de consumo”.

Recorde-se que a escassez de chips durante a pandemia levou à paralisação de várias linhas de montagem, nomeadamente da e, consequentemente, da produção de centenas de milhares de carros em todo o mundo. Em Portugal, por exemplo, a Autoeuropa teve que reduzir a produção do do T-Roc.

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Securitas Direct quer contratar 150 pessoas este ano

Recrutamento incidirá sobretudo na região da Grande Lisboa. Primeiras 15 vagas já estão disponíveis.

A Securitas Direct pretende contratar cerca de 150 pessoas até ao final do ano, dando resposta ao “pico previsto de vendas no período do verão.” A contratação incidirá sobretudo na região da Grande Lisboa, com o recrutamento a arrancar já em abril.

“É crucial que as empresas assumam o papel de protagonistas do desenvolvimento das suas equipas, dotando os colaboradores de ferramentas que lhes permitam evoluir e maximizando os outcomes que daí poderão surgir. Porque este é e continuará a ser um dos pilares da retenção do talento”, diz Alberte Paz, diretor de Recursos Humanos da Securitas Direct, citado em comunicado.

O recrutamento concentra-se na Grande Lisboa, onde a empresa tem cerca de 35% do seu volume de negócio. As primeiras 15 vagas para especialistas de segurança estão já disponíveis. Pede-se a estes profissionais que exerçam funções técnicas e comerciais, com o objetivo de venda, instalação e manutenção de alarmes Securitas Direct, descreve a companhia.

O que oferece a empresa

“A empresa ministrará uma formação intensiva aos candidatos selecionados, com o intuito de os preparar devidamente para esta função. Por este motivo, o perfil de candidato procurado no âmbito deste recrutamento é bastante abrangente, sendo apenas necessárias excelentes capacidades de comunicação e de relacionamento“, refere a Securitas Direct.

“A empresa aposta na progressão da carreira dos seus colaboradores, potenciando o desenvolvimento de skills e proporcionando oportunidades reais de desenvolvimento dentro da companhia”, destaca ainda.

A Securitas Direct oferece ainda a “integração numa empresa multinacional e estabilidade profissional proporcionada através de um contrato sem termo, com um vencimento base e uma parte variável muito atrativa.”

Os interessados deverão enviar o seu currículo para [email protected] ou contactar a empresa através das suas redes sociais Facebook e Instagram.

Presente em 16 mercados, em Portugal, a Securitas Direct conta com 750 colaboradores, dos quais mais de 250 especialistas em segurança, distribuídos em 30 escritórios e uma abrangência geográfica em todo o país.

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Economia da Zona Euro com impulso em março, mas inflação e guerra ameaçam retoma

  • ECO
  • 5 Abril 2022

Economia da Zona Euro deu sinais positivos no mês passado, perante a reabertura após o impacto da variante Omicron no início do ano. Guerra e inflação podem comprometer retoma.

A atividade económica na Zona Euro registou um impulso em março perante a reabertura das economias após o impacto da variante do coronavírus Omicron, mas a escalada dos preços e a guerra na Ucrânia ameaçam a retoma, de acordo com uma sondagem.

O indicador PMI (Purchasing Managers’ Index), considerado um importante farol em relação à saúde económica, caiu dos 55,5 em fevereiro para os 54,9 em março, ficando acima, ainda assim, da estimativa preliminar de 54,5. Leituras acima de 50 apontam para crescimento da atividade.

“A maior reabertura da economia da Zona Euro com o enfraquecimento da vaga da Omicron deu um contributo positivo à atividade empresarial, ajudando a consolidar a expansão em relação ao abrandamento que vimos no início do ano”, refere Chris Williamson, economista chefe da S&P Global.

“Contudo, a resistência da economia será testada nos próximos meses por ventos contrários que incluem o pico nos custos energéticos e nos preços de outras matérias-primas, na sequência da invasão da Rússia na Ucrânia”, acrescenta Williamson.

O PMI relativo à indústria de serviços na Zona Euro saltou dos 55,5 para os 55,6, superando a estimativa de 54,8. Contudo, a taxa de crescimento da procura caiu e as encomendas para exportação também diminuíram à medida que as empresas aumentaram os seus preços para compensar o aumento dos custos internos.

A inflação na Zona Euro atingiu o recorde de 7,5% em março e deverá voltar a subir, de acordo com os registos do PMI para os preços nos serviços.

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Ataques financeiros online dispararam 233% durante a pandemia

  • Lusa
  • 5 Abril 2022

Entre 2019 e 2021, o número de fraudes cresceu a um ritmo superior às transações online legítimas. Neste período, enquanto as transações online cresceram 65%, os ataques fraudulentos dispararam 233%.

A taxa de ataques financeiros fraudulentos online deu um salto de 233% entre 2019 e 2021, segundo a análise de 18 mil milhões de transações bancárias globais feita pela tecnológica portuguesa Feedzai, especializada em prevenção de fraude.

De acordo com o novo Relatório de Crime Financeiro “The RiskOps Age”, que a empresa publica esta terça-feira, o número de fraudes cresceu a um ritmo superior à taxa de transações online legítimas, refletindo um aumento substancial do risco.

“Viver um estilo de vida digital traz um mundo de conveniência, mas também oferece um ambiente de baixo risco e elevada recompensa aos defraudadores”, considerou Jaime Ferreira, vice-presidente de ciência de dados global da Feedzai.

A empresa comparou os dados de gastos e consumo antes e depois da pandemia de Covid-19, entre 2019 e 2021, e concluiu que, enquanto as transações online cresceram 65%, a taxa de ataques fraudulentos disparou 233%.

Um dos fenómenos identificados pela Feedzai foi o de “esconder à vista”, em que os criminosos tentam passar despercebidos em ambientes onde há um grande volume de transações de baixo valor cada, o que não chama a atenção.

Nas plataformas de entretenimento digital, que experimentaram um salto exponencial por causa do confinamento, a subida dos ataques fraudulentos entre 2019 e 2021 foi de 794%.

“É o ambiente perfeito para os defraudadores se esconderem – num número maciço de transações de baixo valor”, explicou Jaime Ferreira. O executivo disse que, quando maior o número de transações, maior a oportunidade dos defraudadores para testarem o uso de cartões roubados e outros esquemas sem levantar suspeita.

“Os consumidores e os bancos precisam de prestar atenção a essas pequenas transações fraudulentas antes de se transformarem em grandes montantes”, alertou.

As tendências aceleradas pela situação pandémica, incluindo a mudança das transações em pessoa para transações online, vieram aliar-se à abundância de dispositivos e contas que cada pessoa tem, o que cria grandes quantidades de dados.

Os bancos podem usar esses pontos de informação para criarem serviços mais personalizados, mas o risco de fraude aumenta em proporção. “Este é o momento de ligar equipas e dados para prevenir fraude e oferecer melhores experiências ao cliente”, considerou Jaime Ferreira.

No que toca a métodos, a fraude mais usada foi a invasão de conta (account takeover), seguida da aplicação de esquemas de engenharia social e de compras fraudulentas (em que os consumidores pagam por produtos ou serviços que nunca lhes são entregues).

A usurpação de identidade e os esquemas de smishing completam o top cinco, sendo este último um tipo de fraude que chega por mensagem de texto com hiperligações perigosas.

Jaime Ferreira mencionou um indicador interessante que adveio da análise aos dados do Reino Unido – onde as fraudes bancárias são 50% mais comuns via computador, telefone ou em pessoa que via aplicação móvel.

“Podemos estar viciados nos nossos aparelhos móveis, mas os defraudadores não são tão bem-sucedidos por esse meio”, indicou o responsável. “O facto de que os ataques foram 50% mais comuns quando os consumidores britânicos acederam ao banco via computadores, telefones ou em pessoa é uma indicação clara de que o dispositivo móvel é mais seguro no que toca ao acesso bancário”. Ferreira considerou que os consumidores “devem ser encorajados a usarem aplicações móveis seguras ao invés dos seus computadores”.

Para prevenir ataques de engenharia social, que são os segundos ataques mais usados, a Feedzai avisa os utilizadores que não devem abrir nem seguir hiperligações enviadas por email ou SMS, devem ter os seus dispositivos atualizados, usar autenticação de dois fatores e evitar fornecer informação pessoal ou sobre o empregador a terceiros.

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Nas notícias lá fora: dívida russa, Airbnb e chips

Os EUA impediram o Governo russo de pagar aos credores pela sua dívida, enquanto a Airbnb suspendeu as operações na Rússia e Bielorrússia. Espanha quer investir na produção de chips e semicondutores.

Os EUA impediram o Governo russo de pagar aos credores pela sua dívida, enquanto a Airbnb suspendeu as operações na Rússia e Bielorrússia. O Governo espanhol vai avançar com um novo projeto estratégico, com uma dotação de 11 milhões de euros, para produção de chips e semicondutores. A marcar o dia está ainda a notícia de que os CEO da Pfizer, BioNTech e Moderna receberam salários que, no seu conjunto, ascenderam aos 100 milhões de dólares durante a pandemia.

Reuters

EUA impede Rússia de reembolsar dívida para pressionar Kremlin

Os EUA impediram o Governo russo de pagar aos credores pela sua dívida de mais de 600 milhões de dólares por via das reservas que detém em bancos americanos, numa decisão que visa aumentar a pressão sobre Moscovo. Com as sanções aplicadas à Rússia por causa da invasão da Ucrânia, as reservas em moeda estrangeira detidas pelo banco central russa em instituições financeiras dos EUA foram congeladas. O Departamento do Tesouro tem permitido ao Governo russo o uso desses fundos para pagar os cupões das obrigações russas denominadas em dólar. Agora cortou o acesso a essas contas.

Leia a notícias completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Airbnb suspende operações na Rússia e Bielorrússia

A Airbnb suspendeu as operações na Rússia e Bielorrússia. “Os hóspedes em todo o mundo estão impedidos de fazerem novas reservas para estadias ou experiências na Rússia ou Bielorrúsia”, anunciou a companhia. “Os hóspedes localizados na Rússia ou Bielorrússia não podem fazer novas reservas no Airbnb”. A plataforma de alojamento local indicou ainda que as reservas a partir de 4 de abril serão canceladas.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Cinco Días

Governo espanhol quer atrair para Espanha produção de chips e semicondutores

O primeiro-ministro espanhol anunciou um novo projeto estratégico para a recuperação e transformação económica, relativo à produção de chips e semicondutores, que conta com uma dotação de 11 mil milhões de euros de investimento público. Segundo explicou Pedro Sánchez, o objetivo é colocar Espanha no pelotão da frente do progresso industrial sem esquecer o contexto da transformação digital. Esta medida deverá ser aprovada nas próximas semanas em Conselho de Ministros.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Salários dos CEO da Pfizer, BioNTech e da Moderna ascendem a 100 milhões com a pandemia

Os presidentes executivos da Pfizer, BioNTech e Moderna receberam salários que, no seu conjunto, ascenderam aos 100 milhões de dólares durante a pandemia, o que reflete o enorme sucesso comercial das vacinas de RNA mensageiro desenvolvidas por estas farmacêuticas. Os seus gestores viram também os seus salários crescerem devido ao aumento do preço das ações destas companhias.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Sondagem de Musk no Twitter pode levar à criação de botão de edição, sugere CEO

Elon Musk, que acabou de comprar uma participação de 9% no Twitter, lançou uma sondagem naquela rede social para averiguar o interesse dos utilizadores num botão para editar os tweets. O CEO do Twitter, Parag Agrawal, deixou uma resposta a essa sondagem, considerando-a importante e pedindo aos utilizadores para “votarem com cuidado”. Musk está a questionar os seus seguidores sobre se querem um botão de edição. Agrawal, que sucedeu a Jack Dorsey como CEO em novembro, citou o tweet de Musk dizendo que “as consequências desta sondagem serão importantes”.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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“Estou ansioso pelo início do julgamento”, diz João Rendeiro

  • ECO
  • 5 Abril 2022

Em declarações transmitidas através da sua advogada, João Rendeiro garante estar “ansioso pelo início do julgamento”. A defesa acredita que não será extraditado para Portugal e estuda nova abordagem.

João Rendeiro, antigo presidente do BPP, está em prisão preventiva na África do Sul há quase quatro meses, após ter fugido à Justiça portuguesa. Em declarações ao Correio da Manhã (acesso pago), através da sua advogada, o ex-banqueiro garante estar “ansioso pelo início do julgamento”. A defesa acredita que não será extraditado para Portugal.

“Vim buscar pessoalmente os documentos da extradição e visitá-lo”, revelou June Marks, advogada de João Rendeiro ao jornal, após ter visitado o antigo banqueiro na quinta-feira, no estabelecimento prisional de Westville, em Durban, África do Sul, acrescentado que este só pensa em voltar a tribunal. “Estou ansioso pelo início do julgamento”, acrescentou June Marks, referindo que “a mensagem vem dele”.

Questionada sobre se o ex-banqueiro espera sair em liberdade antes do julgamento, a advogada escusou-se a falar sobre essa matéria. A defesa de Rendeiro já apresentou um recurso sobre a prisão preventiva, que ainda não teve uma decisão e estuda agora uma nova abordagem, tendo em conta os documentos trazidos. “Os processos são muito diferentes na África do Sul. As coisas são muito mais lentas. Na África do Sul, o recurso é uma questão muito mais complicada”, concluiu June Marks.

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Bolsas arrancam sem rumo à espera de sanções contra Moscovo

Com Europa e EUA a preparem mais sanções para punir Moscovo por causa da morte de centenas de civis na Ucrânia, as bolsas europeias abriram o dia sem tendência definida.

As bolsas europeias iniciaram a sessão desta terça-feira sem tendência definida, com os investidores à espera da nova ronda de sanções da Europa e dos EUA contra a Rússia, por causa dos crimes de guerra cometidos na Ucrânia com a matança de centenas de civis.

Por cá, o PSI soma 0,13% para 6.008,54 pontos e avança ligeiramente pela segunda sessão seguida, sendo impulsionada pela Jerónimo Martins, cujas ações sobem 0,65% para 21,52 euros, e pela Galp, que está em alta de 0,52% para 11,57 euros.

Dona do Pingo Doce avança

JMT 0,67%

A petrolífera portuguesa acompanha a subida dos preços do barril de petróleo, quando o Brent volta a aproximar-se dos 110 dólares esta manhã.

Também a EDP ganha 0,20% para 4,416 euros, depois de anunciar que obteve, através da sua subsidiária EDP Renováveis, o direito de ligação à rede de eletricidade para uma capacidade de 70 MVAs no Alqueva, no leilão de solar flutuante em Portugal.

Cinco cotadas nacionais travavam uma maior subida em Lisboa, mas as quedas também são ligeiras. O BCP, por exemplo, cede perto de 0,4%.

As praças europeias também começaram o dia sem grandes variações e sem rumo definido. O Stoxx 600, que agrega das 600 principais companhias do Velho Continente, abriu em alta de 0,16%, enquanto as bolsas de Frankfurt e Madrid negoceiam em terreno negativo.

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Portugal é o país que mais cresce no registo de patentes em toda a UE

  • ECO
  • 5 Abril 2022

Em 2021, portugueses apresentaram 286 pedidos de patentes ao Instituto Europeu de Patentes. Fonte oficial do IEP sinaliza que estes números colocam Portugal como o país “mais forte na Europa".

Em 2021, os inventores portugueses apresentaram 286 pedidos de patentes ao Instituto Europeu de Patentes (IEP). Trata-se de um aumento de cerca de 14% face a igual do período do ano anterior, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

Os dados foram divulgados na terça-feira revelam um elevado crescimento nos pedidos de patentes na área da tecnologia informática, com os números a quase triplicarem, bem como no setor dos transportes, com um aumento de 114%. Fonte oficial do IEP sinaliza que estes números colocam Portugal como o país “mais forte na Europa (de entre os países com mais de 200 pedidos de patentes)”.

Além disso, a entidade realça ainda que Portugal ficou mais de cinco vezes acima da taxa média de crescimento da União Europeia, que se situou nos 2,7%. Segundo o mesmo jornal, a Universidade do Minho foi uma das entidades que mais se destacou, tendo apresentado patentes sobre a condução autónoma, visores, equipamentos e software do automóvel para facilitar a condução ou apoio ao entretenimento.

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