Portugueses fizeram 7,7 milhões de viagens no verão, um máximo da pandemia

Maioria das viagens feitas pelos portugueses no terceiro trimestre de 2021 foi dentro do país, numa média de 8,24 noites. "Lazer, recreio ou férias" foram o principal motivo.

No verão do ano passado, os portugueses compensaram os meses perdidos em confinamentos e restrições. Foram feitas 7,7 milhões de viagens pelos turistas nacionais no terceiro trimestre de 2021, o número mais alto desde que a pandemia começou. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a maioria das viagens foi feita dentro do país, em regime de “lazer, recreio ou férias”.

Os 7,7 milhões de viagens feitas entre julho e setembro do ano passado representam um aumento de 21,3% face ao mesmo período de 2020. Contudo, continuam abaixo do mesmo período de 2019, altura em que se fizeram 8,7 milhões de viagens. Em todos os meses do terceiro trimestre de 2021, o número de viagens aumentou: +31,7% em julho, +13,3% em agosto e +25,9% em setembro.

Evolução mensal do número de viagens turísticas dos residentes.INE

De todas as deslocações feitas pelos portugueses no verão de 2021, a esmagadora maioria (94,1%) foi em território nacional, diz o INE. Aqui, assistiu-se a um aumento de 17,1% face ao mesmo trimestre de 2020. Por sua vez, as viagens turísticas com destino ao estrangeiro foram apenas 454,8 mil, representando, ainda assim, o “valor mais elevado desde o início da pandemia”.

Como seria de esperar, dado ser verão, a maioria das viagens foi realizada no âmbito de “lazer, recreio ou férias”, num total de 5,4 milhões (69,8%). O motivo “visita a familiares ou amigos” correspondeu a 1,9 milhões de viagens (25% do total) e as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” totalizaram 206,2 mil (2,7% do total).

Quanto ao alojamento, os “hotéis e similares” concentraram 29,3% das dormidas, “registando um ganho na sua representatividade pelo segundo trimestre consecutivo”, diz o INE. Apesar disso, o “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (56,6% das dormidas), embora tenha diminuído o seu peso no total. No terceiro trimestre de 2021, cada português dormiu, em média, 8,24 noites nas viagens.

Na hora de marcar uma viagem, 41,8% das deslocações foram feitas recorrendo à marcação prévia de serviços (83,2% no caso de viagens para fora do país), refere o INE. A internet foi utilizada no processo de organização de 25,3% das deslocações, tendo este recurso sido opção em 65,4% das viagens para o estrangeiro e 22,8% das viagens em território nacional.

(Notícia atualizada às 12h02 com mais informação)

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Deutsche Bank com lucro de 2.510 milhões em 2021 obtém melhor resultado em dez anos

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2022

Deutsche Bank quadriplica lucro líquido para 2.510 milhões de euros, o mais elevado desde 2011, e aumenta as suas receitas 25.410 milhões de euros. Vai propor dividendo de 0,20 euros por ação em 2021.

O Deutsche Bank obteve em 2021 um resultado líquido de 2.510 milhões de euros, quatro vezes superior ao de 2020 (624 milhões de euros) e o mais elevado desde 2011, foi anunciado esta quinta-feira.

O Deutsche Bank informou esta quinta-feira que as receitas aumentaram no ano passado para 25.410 milhões de euros (+6%), e que reduziu as provisões para empréstimos improdutivos para 515 milhões de euros (-71%).

O presidente executivo (‘Chief Executive Officer’, CEO) do Deutsche Bank, Christian Sewing, disse ao apresentar os números que em 2021 quadruplicou o lucro líquido e alcançou o seu melhor resultado em dez anos, ao mesmo tempo que deixou para trás os custos de transformação.

“Temos o prazer de, mais uma vez, distribuir capital aos nossos acionistas, tal como prometemos no verão de 2019. O nosso progresso de transformação e o nosso resultado financeiro em 2021 proporcionam um forte ponto de partida para atingirmos o nosso objetivo de uma rentabilidade do capital próprio tangível de 8% em 2022“, acrescentou Sewing.

O Deutsche Bank, que reduziu o seu rácio de ações ordinárias de primeira qualidade (CET 1) para 13,2% (13,6%), registou um lucro antes de impostos de 3.390 milhões de euros (contra 1.021 milhões de euros em 2020).

O Deutsche Bank vai distribuir dividendos aos acionistas de cerca de 700 milhões de euros e decidiu também recomprar ações no valor de 300 milhões de euros no primeiro semestre deste ano.

O conselho de administração irá propor um dividendo de 0,20 euros por ação para 2021 na próxima assembleia geral de acionistas.

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Três sinais de que está na hora de procurar um novo emprego

Já não está a aprender ou progredir? Recomendaria a sua empresa a um amigo? O seu trabalho está afetar a sua saúde? A resposta poderá significar que está na hora de abraçar um novo desafio.

Esteja ou não satisfeito com as funções que desempenha e com a forma como é recompensado, vale sempre a pena fazer uma retrospetiva sobre o seu emprego atual. É apenas um momento da sua carreira, mas pode querer mantê-lo ou, pelo contrário, pôr um ponto final nessa etapa e abraçar um desafio que melhor o satisfaça.

Independentemente disso, comece por interrogar-se: “O meu emprego está a servir os seus objetivos de carreira a longo prazo?”; “O que me faria mais feliz?”. Se respondeu “não” à primeira questão e se uma mudança de emprego é um dos caminhos que pondera para atingir maior felicidade, esteja atento a estas três razões, que, segundo a Quartz at Work (acesso livre, conteúdo em inglês), podem levá-lo a querer demitir-se.

1. “Não estou a aprender”

É normal que alterne entre períodos de maior crescimento e aprendizagem e períodos de consolidação ou momentos em que não sai tanto da sua zona de conforto. Contudo, se considera que já não está a aprender na sua atual função e empresa, e não vê oportunidades de crescimento, “talvez seja o momento de considerar uma nova oportunidade laboral”. Mas, antes de demitir-se, fale com o seu líder sobre as oportunidades de desenvolvimento que poderão existir para si.

2. “Hesito em recomendar a empresa onde trabalho”

Se hesita em mencionar que a organização para a qual trabalhar está a recrutar ou não a recomendaria de todo aos seus amigos, vale a pena questionar se também você não mereceria ser contratado por outra empresa.

3. “O meu trabalho está a afetar-me”

Se sente que está perto do burnout, é momento de parar. Conhece o seu ambiente de trabalho — e, sobretudo, conhece-se a si próprio — para saber se vale a pena tentar estabelecer limites e construir hábitos saudáveis. Se estabelecer limites e, por exemplo, encerrar o computador e desligar as notificações às 19H00, será que vão ser respeitados? Guardar algum tempo do dia para praticar exercício físico será suficiente para sentir-se melhor? Faça esta reflexão e privilegie sempre o seu bem-estar, físico e psicológico.

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Avaliação bancária volta a subir e atinge recorde de 1.285 euros por metro quadrado

Banca volta a rever em alta os preços das casas pelo quarto mês seguido, com a avaliação bancária das habitações a fechar 2021 num novo valor recorde de 1.285 euros por metro quadrado.

O valor médio da avaliação bancária na habitação para o total do país aumentou 13 euros em dezembro, fixando-se em 1.285 euros por metro quadrado no final de 2021, naquele que é o valor mais elevado desde janeiro de 2011, quando começa a série do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Foi o quarto mês seguido de subidas, depois de ter estabilizado em agosto. Ao longo do ano de 2021, o valor médio registou uma subida 115 euros por metro quadrado face a dezembro de 2020, que é o maior avanço anual desde que há registos.

O valor médio da avaliação bancária tem como base inquéritos aos bancos no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação — foram realizadas cerca de 30 mil avaliações em dezembro, mais 14,8% em termos homólogos, de acordo com o INE.

O facto de o valor se manter em alta há vários anos revela a confiança das instituições financeiras nos empréstimos às famílias para comprar casa. Nem mesmo o impacto económico da pandemia travou esta escalada.

Com o valor de fecho de 2021, uma casa com 100 metros quadrados, por exemplo, estaria avaliada pelos bancos em 128.500 euros em termos médios nacionais (e por referência), havendo diferenças de região para região. Há um ano esta mesma casa teria uma avaliação de 115.600 euros, ou seja, menos 12.900 euros.

Evolução da avaliação bancária das casas por metro quadrado:

Fonte: INE

O maior aumento face ao mês anterior registou-se na Região Autónoma dos Açores (2,6%), enquanto a Região Autónoma da Madeira apresentou a descida mais acentuada (-1,2%). O Algarve tem o valor mediano mais alto, nos 1.731 euros por metro quadro, e o Alentejo o valor mais baixo, nos 867 euros.

Por segmento de habitação, o valor médio da avaliação dos apartamentos fixou-se nos 1.419 euros por metro quadrado, enquanto o valor atribuído pelos bancos às moradias se situou nos 1.030 euros.

Valor médio de 2021 sobe 9%

Numa análise anual, o valor mediano de avaliação para o ano 2021 fixou-se em 1.231 euros por metro quadrado, o que se traduziu num acréscimo de 9,0% relativamente a 2020, segundo o INE.

Todas as regiões registaram crescimentos no valor anual, tendo Lisboa apresentado a variação mais intensa (8,7%) e a Região Autónoma dos Açores o menor aumento (3,9%).

Por natureza de alojamentos, no ano de 2021, o valor mediano de avaliação bancária aumentou 10,0% nos apartamentos e 5,9% nas moradias.

(Notícia atualizada às 11h57)

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AMA, Nova IMS e CVTT-ISCTE criam polo de inovação digital para administração pública

O objetivo deste polo de inovação digital é apoiar a transição digital nas várias áreas de intervenção do Estado.

A Agência para a Modernização Administrativa (AMA), a NOVA Information Management School (Nova IMS) da Universidade Nova de Lisboa e o Centro de Valorização e Transferência de Tecnologias do Iscte (CVTT-ISCTE) estão empenhados na otimização das políticas públicas. As entidades criaram o Polo de Inovação Digital AI4PA – Artificial Intelligence for the Public Administration, que pretende apoiar o Estado nessa modernização através da promoção de soluções digitais com base na inteligência artificial (IA) e ciência de dados.

“Uma das nossas missões passa por promover a modernização da prestação e distribuição de serviços públicos orientados para a satisfação das necessidades dos cidadãos e das empresas”, começa por dizer Sara Carrasqueiro, membro do conselho diretivo da AMA.

“Nesse sentido, lideramos áreas como a estratégia e governação das TIC, identificação eletrónica, interoperabilidade, dados abertos, experiência do utilizador e acessibilidade, entre outros componentes base do governo digital em Portugal, e este projeto insere-se precisamente nesse eixo, com um foco especial na aceleração da transição digital em curso”, continua, citada em comunicado.

A AMA irá assumir a coordenação geral deste polo, que reúne mais de duas dezenas de parceiros, entre administração (central, regional e local), academia e empresas.

O polo pretende apoiar a transição digital nas várias áreas de intervenção do Estado, a diferentes escalas territoriais, através do desenvolvimento de serviços e soluções inovadoras assentes em ciência dos dados e inteligência artificial, assim como aumentar as competências das entidades públicas e das pequenas e médias empresas que lhes prestam serviços.

“O AI4P, com todos os parceiros que o suportam, tem como ambição ser o catalisador que, tirando partido da ciência dos dados, do conhecimento disponível e das competências do consórcio, irá ser o motor da inovação e desenvolver uma nova geração de produtos e serviços da administração pública em Portugal”, considera Miguel de Castro Neto, subdiretor da NOVA IMS.

“Importa apoiar a transição digital da administração pública através do recurso à inteligência artificial e outras tecnologias inovadoras com o objetivo de aumentar a eficácia e a eficiência das políticas públicas e a qualidade dos serviços públicos”, acrescenta José Miguel Sales Dias, professor associado com agregação do ISCTE.

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Renault, Nissan e Mitsubishi investem 23 mil milhões na produção de carros elétricos

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2022

A Renault-Nissan-Mitsubishi Motors Alliance tem por objetivo lançar 35 novos modelos de carros elétricos até 2030, para o qual vai investir 23 mil milhões de euros nos próximos cinco anos.

A parceria formada pela Renault, Nissan e Mitsubishi vai investir 23.000 milhões de euros nos próximos cinco anos no desenvolvimento e produção de novos automóveis elétricos, pretendendo lançar 35 novos modelos até 2030, foi anunciado esta quinta-feira.

Em comunicado, a Renault-Nissan-Mitsubishi Motors Alliance aponta também o objetivo de reforçar a utilização de plataformas comuns entre os três fabricantes, que deverão abranger 80% do total dos seus modelos em 2026, contra os atuais 60%.

“Isto permitirá que cada empresa se concentre mais nas necessidades dos seus clientes, nos seus modelos emblemáticos e nos seus principais mercados, ao mesmo tempo que estende as inovações a toda a Aliança com menores custos”, avançam os três fabricantes.

Quanto aos novos modelos elétricos, 90% deles serão produzidos em cinco plataformas comuns da Aliança em todo o mundo.

A mais recente dessas plataformas – a CMF-BEV – deve ser lançada em 2024 no ElectriCity, o novo polo industrial elétrico da fabricante francesa no norte de França.

Esta plataforma equipará 250.000 veículos por ano sob as marcas Renault, Alpine e Nissan. Para além do novo R5 elétrico da Renault, daqui sairá também um novo veículo elétrico compacto do grupo japonês para substituir o Nissan Micra, que era produzido na fábrica da Renault em Flins (Yvelines).

Os três fabricantes automóveis anunciaram também que vão acelerar a produção de baterias para atingir uma capacidade de produção global de 220 GWh (Gigawatt-hora) até 2030, com uma estratégia industrial comum que permitirá reduzir o custo dos acumuladores em 65% até 2028.

Esses são os primeiros objetivos quantificados da Aliança desde a mudança de líderes na Renault e na Nissan, após a saída de Carlos Ghosn, no final de 2018, que causou uma grave crise de confiança entre os dois grupos.

Há dois anos, a Aliança foi reconvertida, adotando um novo esquema de colaboração em que existe um fabricante “de referência” para cada grande área geográfica e para cada grande domínio tecnológico, a fim de explorar melhor os pontos fortes de cada um.

Segundo o comunicado divulgado esta quinta-feira, este sistema operacional vai ser ainda mais aprofundado: a Nissan liderará o desenvolvimento da sua tecnologia de baterias elétricas sólidas “para benefício de todos os membros da Aliança”, enquanto a Renault será “líder no desenvolvimento de uma arquitetura elétrica e eletrónica comum”.

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Facebook vende Libra e desiste de lançar criptomoeda

O Facebook já não deverá lançar uma criptomoeda, como era sua intenção desde maio de 2019. Tecnologia da Libra, que agora se chama Diem, vai ser vendida a um banco de criptomoedas por 200 milhões.

O Facebook desistiu de lançar uma criptomoeda global. Quase três anos depois de fundar a Associação Libra, o grupo está em vias de fechar a venda da tecnologia de pagamentos à Silvergate Capital, um banco de criptomoedas, por 200 milhões de dólares, segundo a imprensa internacional.

Foi em maio de 2019 que a empresa de Mark Zuckerberg anunciou a intenção de construir uma rede de pagamentos com uma criptomoeda própria. A rede permitiria fazer compras em vários comerciantes e chegou a ter a Visa e a MasterCard como parceiros, assim como a empresa de ADN português Farfetch.

Mas o projeto foi recebido com forte resistência, e não apenas nos EUA. Reguladores e autoridades financeiras um pouco por todo o mundo expressaram preocupação com a ideia de uma moeda global gerida por um consórcio privado e com os riscos que poderia acarretar para o sistema financeiro.

Ainda assim, o Facebook chegou a estipular vários prazos para o lançamento, que foram sendo sucessivamente ultrapassados. Alguns parceiros desistiram e abandonaram a instituição.

No final de 2020, o consórcio abandonou o nome Libra, passando a designar-se Diem. No ano passado, uma das principais figuras do projeto, David Marcus, saiu do grupo que detém o Facebook, e que agora se chama Meta.

Mark Zuckerberg pretendia que a Diem fosse uma criptomoeda estável e cujo valor tivesse dólares e ativos financeiros como colateral. Resumindo, o seu valor não oscilaria com o mesmo grau de volatilidade de outras criptomoedas populares, como a bitcoin e o Ethereum.

O The Wall Street Journal (acesso pago) escreve que a venda da tecnologia à Silvergate Capital representa o último esforço do Facebook de recuperar algum do investimento colocado no projeto. Além da rede social, os múltiplos parceiros, incluindo a Farfetch, tiveram de pagar para pertencer ao projeto, uma soma que, na altura, rondaria os dez milhões de dólares, segundo notícias na imprensa.

O ECO contactou a Farfetch acerca desta notícia. “A Farfetch não irá comentar”, respondeu fonte oficial da empresa.

(Notícia atualizada às 11h22 com resposta da Farfetch)

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Médicos de família pedem revisão urgente da organização do combate à pandemia

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2022

Entre as 10 medidas sugeridas está o fim da necessidade de presença de um médico de família nos centros de vacinação, bem como um "efetivo automatismo nas declarações de isolamento".

Os médicos de família apelaram esta quinta-feira para uma revisão urgente da organização do combate à pandemia e a um reforço dos cuidados de saúde primários, propondo 10 medidas para melhorar esta resposta.

Num documento conjunto disponibilizado no site da Ordem dos Médicos e que resultou da colaboração de diversos profissionais, defendem que se elimine a necessidade de presença física de um médico de família nos centros de vacinação, dado o conhecimento atual sobre as vacinas, “bastando a presença de um médico com treino em medidas de suporte de vida para avaliar e orientar as intercorrências verificadas”.

Defendem também que todos os profissionais das unidades de saúde familiar e das unidades de cuidados de saúde personalizados (médicos, enfermeiros e assistentes técnicos) regressem aos respetivos locais de trabalho e retomem a normal atividade assistencial, incluindo a doença aguda respiratória.

No documento, os médicos pedem ainda que seja eliminada a estrutura dos ADR (Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios), defendendo que, “excecionalmente e quando o contexto local assim obrigue”, os agrupamentos de centros de saúde podem criar “unidades assistenciais suplementares de resposta à doença aguda, com recursos humanos próprios ou em regime de horário extraordinário”.

Precisamos de um efetivo automatismo nas declarações de isolamento, por exemplo, que continuam a registar dúvidas e constrangimentos que acabam por desembocar nos centros de saúde. Ao final de dois anos de pandemia, nem os registos estão uniformizados, mantendo duplicações de informação como as que derivam do SINAVE Med e o SINAVE Lab”, considera ainda o presidente do Colégio de Medicina Geral e Familiar, Paulo Santos, citado num comunicado da Ordem dos Médicos.

Na mesma nota, o bastonário Miguel Guimarães sublinha a necessidade de “uma comunicação efetiva entre as diversas estruturas do Ministério da Saúde” que garanta “um discurso homogéneo e claro, incluindo a otimização das aplicações informáticas disponíveis”.

“Isso implica também ouvir os profissionais que estão no terreno e que devem estar integrados na elaboração das normas e regulamentos”, insiste.

No documento com as 10 medidas que sugerem para melhorar a resposta dos médicos de família às necessidades de saúde dos portugueses, estes profissionais de saúde pedem igualmente o reforço da capacidade de resposta da linha SNS24, a revisão dos algoritmos de orientação e de normas e orientações da DGS, “tendo em conta o conhecimento atual”.

A “avaliação clínica personalizada”, com registo no processo clínico eletrónico, eliminando os procedimentos relacionados com a aplicação Trace Covid-19, e a promoção de “uma campanha de publicitação das medidas de auto-cuidado para as pessoas infetadas por SARS-CoV-2 e respetivos contactos, promovendo a capacitação para a gestão da doença”, são outras medidas sugeridas.

O documento resultou de uma reflexão conjunta de elementos da direção do colégio de Medicina Geral e Familiar, do Conselho Nacional da Ordem dos Médicos, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) e do grupo de apoio técnico à implementação das políticas de saúde (GAPS), além do bastonário da Ordem dos Médicos.

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Consumo e rendimento das famílias sobem na UE no terceiro trimestre

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2022

O consumo real das famílias ‘per capita’ aumentou 4,1% na Zona Euro, no terceiro trimestre de 2021, já o rendimento familiar real ‘per capita’ aumentou na zona euro em 0,1%.

O consumo e o rendimento reais das famílias por habitante aumentaram na Zona Euro e na União Europeia (UE) no terceiro trimestre de 2021, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat.

De acordo com um boletim do serviço de estatísticas europeu, no terceiro trimestre de 2021, o consumo real das famílias ‘per capita’ aumentou 4,1% na Zona Euro, após um crescimento de 3,6% no período anterior e de 12,3% no homólogo.

Na UE, o consumo real das famílias por habitante subiu 4,1% no terceiro trimestre de 2021, o que se compara com um avanço de 3,4% no anterior e de 11,4% no mesmo período de 2020.

O rendimento familiar real ‘per capita’ aumentou ligeiramente na Zona Euro em 0,1% no terceiro trimestre de 2021, após uma subida de 1,1% no anterior e de 2,9% no homólogo.

A UE registou uma subida ‘per capita’ de 0,9% no rendimento familiar real, após um aumento de 0,5% entre abril e junho de 2021 e de 3,2% no trimestre homólogo.

Consumo e rendimento reais das famílias por habitante com ajuste sazonal, taxa de crescimento real em relação ao trimestre anterior (%)Eurostat - ec.europa.eu/eurostat 27 de janeiro, 2022

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Tiago Aires Mateus reforça equipa da RRP Advogados

O novo associate partner da RRP Advogados, Tiago Aires Mateus, vai liderar a nova área de Legal Operations do escritório.

A RRP Advogados reforçou a sua equipa com a integração de Tiago Aires Mateus, que será responsável pela nova área de Legal Operations. O novo associate partner da firma transita da Parpública.

“Abraço este novo desafio profissional com enorme entusiasmo e com a confiança de que iremos oferecer um serviço verdadeiramente diferenciado aos nossos clientes, aliando a tecnologia ao conhecimento jurídico especializado e a novos métodos de trabalho, reconfigurando a prestação do serviço para ajudar os clientes a identificar, avaliar e gerir riscos num mundo em constante mudança”, sublinha o advogado.

Tiago Aires Mateus é presidente da Comissão de Vencimentos da TAP, da qual foi administrador no mandato 2015-2017, é administrador da sociedade gestora do Hospital da Cruz Vermelha e, entre 2014 e 2021, exerceu funções como diretor jurídico e assessor do Conselho de Administração da Parpública, onde participou ativamente em diversas operações, com destaque para privatizações e compras e vendas de participações sociais.

Com uma vasta experiência nas áreas de Direito Comercial, Societário e Corporate Governance, Imobiliário e Laboral, o advogado passou pela PLMJ e pela Linklaters LLP, foi General Counsel de um grupo industrial e chefe do gabinete do Secretário de Estado da Energia no XIX Governo da República.

É com grande satisfação que anunciamos a integração do Tiago Aires Mateus, que representa uma grande mais-valia, em termos humanos e profissionais, agregando experiência e conhecimento à sociedade e inaugurando uma nova área que estamos certos de que fará a diferença nas empresas com as quais trabalhamos”, nota Ricardo Reigada Pereira, managing partner.

Com a nova área de Legal Operations, a RRP Advogados explica que irá oferecer aos seus clientes respostas mais ágeis e eficientes, em processos como a due diligence, compliance societário e temas de governação das sociedades, contratação e gestão do ciclo de vida dos contratos e pesquisa e mapeamento regulatório.

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Estado investe 362,7 mil euros para criar Portal Único de Serviços Públicos

Portal Único vai centralizar 25 dos serviços públicos mais populares. Agência para a Modernização Administrativa anunciou aquisição de serviços de desenho e software para este fim.

A Agência para a Modernização Administrativa anunciou esta quinta-feira, num diploma publicado em Diário da República, a aquisição de serviços de desenho e desenvolvimento de software para o novo Portal Único de Serviços Públicos, que deverá começar a funcionar parcialmente já este ano.

Em causa está um portal que irá centralizar 25 dos serviços públicos mais utilizados pelos cidadãos, tendo a ministra da Modernização do Estado Administração Pública, Alexandra Leitão, indicado que deverá começar a funcionar, de forma parcial, em 2022 e, em pleno, em 2023.

Assim, esta quinta-feira, a Agência para a Modernização Administrativa publicou um anúncio de procedimento para a “aquisição de serviços de desenho e desenvolvimento de software para a implementação de um Design System para o Novo Portal Único de Serviços Públicos, bem como para a implementação de um sítio web para a sua publicação e divulgação”.

Segundo o diploma, o preço base do procedimento será de 362,7 mil euros e não envolve a aquisição conjunta (isto é, a “satisfação de várias entidades), nem a celebração de um acordo quadro ou um leilão eletrónico.

Por outro lado, fica fixado que o prazo inicial de execução do contrato será de 21 meses, não estando previstas renovações. De acordo com o anúncio de procedimento, o prazo para a apresentação de propostas termina às 23h59 do 30.º dia a contar da data de envio do anúncio (dia 24 de janeiro), estando os concorrentes obrigados a manter as respetivas propostas por, pelo menos 90 dias.

Quanto aos fatores de decisão desta adjudicação, a Agência para a Modernização Administrativa aponta o preço (com uma ponderação de 20%) e a adequação da proposta (com uma ponderação de 80%).

No Plano de Recuperação e Resiliência, o Governo prevê um investimento na Administração Pública de 578 milhões de euros até 2026, dos quais 188 milhões serão aplicados na reformulação do atendimento dos serviços públicos e consulares, cerca de 70 milhões em serviços eletrónicos sustentáveis, baseados na interoperabilidade e utilização dos dados, e 88 milhões na capacitação da Administração Pública.

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Arcos de Valdevez amplia parque empresarial com mais oito lotes

O projeto de ampliação e requalificação do Parque Empresarial de Paçô ascende a 1,3 milhões de euros e inclui a repavimentação dos acessos internos à EN101, que serve este concelho do Alto Minho.

Já arrancou a empreitada de consolidação estrutural do Parque Empresarial de Paçô, em Arcos de Valdevez, que envolve um investimento a rondar 1,3 milhões de euros e que vai permitir a criação de oito novos lotes nesta zona industrial.

A obra contempla ainda a reconversão de todas as infraestruturas de água, saneamento, elétricas e de telecomunicações, a requalificação das áreas de estacionamento, passeios, áreas verdes, assim como a repavimentação dos acessos internos do Parque Empresarial à EN101.

O projeto de estruturação da área de acolhimento empresarial neste concelho do distrito de Viana do Castelo é cofinanciado pelo Programa Operacional Norte2020, incluído no eixo para a competitividade das PME, e conta com um investimento elegível de quase 980 mil euros e uma comparticipação comunitária de 833 mil euros.

Repavimentação do Parque Empresarial de Paçô

Em comunicado, a autarquia liderada por João Manuel Esteves, que foi reeleito nas últimas eleições nas listas do PSD, destaca que o município “mantém, assim, o apoio à economia, alargando as áreas de acolhimento empresarial, incrementando a captação de novos investimentos e a criação de emprego e rendimento, e, ao mesmo tempo, contribui para a fixação e atração de pessoas”.

Ainda mais a Norte, junto à fronteira com a Galiza, também o município de Melgaço vai avançar com um upgrade tecnológico à Zona Industrial de Penso, no valor de cerca de 15 milhões de euros. Na sequência da aprovação de uma candidatura a verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), reforça a cobertura 5G e aposta na produção e armazenamento de energia renovável para autoconsumo e postos de abastecimento elétricos e a hidrogénio para veículos pesados.

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