Portugal vai assinar acordo energético com a Arábia Saudita, um “parceiro fiável”

Governo português quer mais ligação à Arábia Saudita, que descreve como um parceiro “fiável”, nas áreas do hidrogénio verde, renováveis e da “fiabilidade e segurança dos sistemas energéticos”.

Portugal e a Arábia Saudita – “um dos fornecedores de petróleo bruto e um parceiro fiável”, descrição do Governo – vão reforçar a cooperação bilateral com a assinatura, “num futuro próximo”, de um memorando de entendimento na área da energia. O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática, na sequência de uma reunião virtual de Duarte Cordeiro com o ministro da Energia do reino saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman.

Neste encontro, de acordo com uma nota enviada às redações pela tutela, os dois responsáveis políticos enfatizaram a importância de “apoiar a estabilidade dos mercados globais de energia [e] incentivar o diálogo e a colaboração entre países produtores e consumidores”, destacando, por outro lado, a “necessidade de garantir a segurança do abastecimento de energia”.

“Os ministros salientaram a importância de cooperar em muitos domínios relacionados com a energia: hidrogénio verde, energias renováveis (e integração na rede de eletricidade de fontes renováveis), comércio de energia e interconexões internacionais, assim como fiabilidade e segurança dos sistemas energéticos”, lê-se no mesmo documento.

A próxima Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27) está agendada para Sharm El-Sheikh, no Egito, de 6 a 18 de novembro. Uma ocasião que será aproveitada, ainda de acordo com o Executivo português, para ser aprofundado o tema da transição energética, para responder aos atuais desafios na área da energia e também do clima.

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Penguin Random House adquire a totalidade do capital do grupo em Portugal

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

Este grupo editorial chegou a Portugal em 2014, na sequência da aquisição a nível ibérico da editora Santillana, que operava em Portugal desde 2008 sob o nome de Editora Objectiva.

O Penguin Random House Grupo Editorial (PRHGE) adquiriu o restante capital (15,6%) da empresa PRH Grupo Editorial Portugal, Lda., que estava na posse de Manuel de Freitas e família, tornando-se assim o único proprietário da empresa em Portugal.

O anúncio foi feito hoje, em comunicado, pelo grupo, que deixará de ter Manuel de Freitas como diretor-geral e passará a ter uma direção partilhada por Clara Capitão, diretora editorial, e Pedro Veiga Ferreira, diretor financeiro, de logística e de sistemas.

O atual PRH Grupo Editorial Portugal resulta da fusão, em julho de 2021, das empresas 20|20 Editora e PRHGE, uma união que se revelou “muito positiva, consolidando-se o PRH Grupo Editorial como um grupo editorial de referência no mercado editorial português”, afirma o comunicado.

Continuaremos a prosseguir em Portugal a missão da Penguin Random House a nível mundial, que consiste em fomentar a paixão pela leitura através da publicação de livros que respondam à diversidade de gostos e às necessidades de uma sociedade plural”, afirma a nota.

Este grupo editorial chegou a Portugal em 2014, na sequência da aquisição a nível ibérico da editora Santillana, que operava em Portugal desde 2008 sob o nome de Editora Objectiva.

Desde então, tem-se dedicado à publicação de livros para adultos e crianças, “com a missão de apresentar aos leitores portugueses uma seleção cuidada de obras e autores internacionais, a par de um firme investimento na publicação de autores portugueses nos mais variados registos”.

Assinalando que as suas chancelas têm vindo a afirmar “presença e relevância” no mercado português, o grupo sublinha que a compra da totalidade do capital do PRH Grupo Editorial Portugal agora acordada “é mais um passo na consolidação da posição do grupo em Portugal”.

O PRHGE detém em Portugal um catálogo de mais de 4.000 títulos distribuídos pelas chancelas Alfaguara, Alfaguara Infantil e Juvenil, Arena, Booksmile, Cavalo de Ferro, Companhia das Letras, Elsinore, Fábula, Fábula Educação, Farol, Iguana, Influência, Joybooks, Lilliput, Nascente, Nuvem de Letras, Nuvem de Tinta, Objectiva, Penguin Clássicos, Suma de Letras, Topseller e Vogais.

Entre os autores de língua portuguesa publicados por este grupo encontram-se nomes como Afonso Cruz, João Tordo, Ferreira de Castro, Cláudia Andrade, Tatiana Salem Levy, Filipe Melo, Capicua, Miguel Araújo, Hugo Gonçalves, Yara Nakahanda Monteiro, Raduan Nassar ou Chico Buarque.

A estes juntam-se, na cena internacional, autores como os vencedores do Prémio Nobel Abdulrazak Gurnah, Olga Tokarczuk, Nelson Mandela, Svetlana Alexievich, Nadia Murad, Elias Canetti, Knut Hamsun, Czeslaw Milosz, Halldor Laxness e Barack Obama, bem como Walter Isaacson, Yuval Noah Harari, Bernardine Evaristo, Daniel Kahnemann, Michelle Obama, Ali Smith, Julio Cortázar, J.G. Ballard, Adolfo Bioy Casares, Dino Buzzati, Dale Carnegie, Carlo Rovelli, Douglas Stuart, Bono, Greta Thunberg, Paula Hawkins, Camilla Läckberg, Joël Dicker, Michel Houellebecq, Leïla Slimani, Colson Whitehead, Jon Fosse, Juan Gabriel Vásquez e Javier Marías, entre muitos outros.

Para o público infantojuvenil, destacam-se os autores José Jorge Letria, Anna Llenas, David Machado, José Mauro de Vasconcelos, Margarida Fonseca Santos, Maria Inês Almeida, Dr. Seuss, Judith Kerr e E. B. White.

Este ano a Penguim Random House, com o projeto Reconstituição Portuguesa, da FCB Lisboa, ganhou o grande prémio no Festival Cannes Lions, entre vários outros prémios.

 

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Três grandes faturam 156 milhões na Liga dos Campeões

FC Porto, Benfica e Sporting enchem os cofres com participação na Champions e arrecadam 156M€. Águias e dragões podem continuar a somar. Leões passam para a Liga Europa. Confira aqui as contas.

Está concluída a fase de grupos da Liga dos Campeões 2022/23. FC Porto e Benfica terminam os respetivos grupos em primeiro lugar e passam à ronda seguinte. Sporting cai para a Liga Europa ao não conseguir melhor que o terceiro posto no grupo D. À grande prestação desportiva de “águias” e “dragões” juntam-se as dezenas de milhões de euros ganhos na prova milionária até ao momento.

Depois de ter goleado o Maccabi Haifa por 6-1 no último jogo do grupo H, o Benfica fechou as contas da sua participação na liga milionária até agora em cerca de 61 milhões de euros. Desse valor, cerca de 13 milhões de euros resultam das quatro vitórias e dois empates conseguidos na fase de grupos, ao qual se somam 9,6 milhões de euros como prémio de apuramento para os oitavos de final. Antes, só por terem entrado na competição, os encarnados já tinham amealhado 38,38 milhões de euros.

O FC Porto teve receita semelhante aos encarnados, a rondar os 60 milhões de euros. Às quatro vitórias (11,2 milhões de euros) no grupo B, junta-se também o prémio de apuramento para a fase seguinte (9,6 milhões de euros). Por terem entrado na Liga dos Campeões, os dragões já tinham recebido 39,51 milhões de euros.

Aos cofres de Alvalade chegaram menos milhões, depois de o Sporting ter falhado o apuramento para os oitavos de final da prova ao permitir a reviravolta no último jogo do grupo frente ao Eintracht Frankfurt em que os leões perderam por 2-1. Os 34,67 milhões de euros ganhos pelo Sporting resultam do prémio de participação na Champions (28,14 milhões de euros), valor ao qual se somam 6,53 milhões de euros das duas vitórias e um empate na fase de grupos.

Depois de terminados os jogos dos grupos, FC Porto e Benfica aguardam pelo sorteio dos oitavos de final agendado para o dia 7 de novembro. Os “leões” vão disputar o play off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa.

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ONU vota por esmagadora maioria para condenar embargo dos EUA a Cuba

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

185 dos 193 Estados-membros posicionaram-se contra o isolamento da nação das Caraíbas.

A Assembleia-Geral da ONU condenou esta quinta-feira, por esmagadora maioria, o embargo económico dos Estados Unidos a Cuba pelo 30.º ano, com 185 dos 193 Estados-membros a posicionarem-se contra o isolamento da nação caribenha.

A votação da resolução da Assembleia-Geral apelando ao fim do embargo cubano teve apoio de 185 países, oposição dos Estados Unidos e de Israel, e abstenção do Brasil e da Ucrânia. O Governo de Joe Biden deu assim seguimento à linha do ex-presidente Donald Trump, recusando-se a retornar à abstenção adotada pela administração de Barack Obama, em 2016.

Antes da votação, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, disse que, desde 2019, o Governo norte-americano “escalou o cerco em torno” do seu país, “levando-o a uma dimensão ainda mais cruel e humana, com o objetivo de infligir deliberadamente o maior dano possível às famílias cubanas”.

Durante os primeiros 14 meses do Governo Biden, os danos à economia cubana foram estimados em 6,35 mil milhões de dólares (6,5 mil milhões de euros), o equivalente a mais de 15 milhões de dólares (15,3 milhões de euros) por dia, disse Rodriguez. A votação hoje registada – de 185 votos a favor e dois contra –foi semelhante à de anos anteriores.

A votação da Assembleia-Geral em novembro de 2019 registou 187 votos contra três, com os Estados Unidos, Israel e Brasil a votar “não” e Colômbia e Ucrânia a absterem-se. Já em junho de 2021, a votação – adiada em 2020 devido à pandemia –ficou em 184 contra dois, com os Estados Unidos e Israel a posicionarem-se pelo “não” e o Brasil, Colômbia e Ucrânia pela abstenção.

As resoluções da Assembleia-Geral não são juridicamente vinculativas, mas refletem a opinião mundial e a votação deu a Cuba um palco internacional para colocar em evidência o isolamento norte-americano face aos seus esforços de décadas para isolar a nação insular caribenha.

O embargo foi imposto em 1960 após a revolução liderada por Fidel Castro e a nacionalização de propriedades pertencentes a cidadãos e empresas norte-americanas. Dois anos depois foi reforçada. Em junho de 2016, o então Presidente cubano Raúl Castro e o presidente Barack Obama restabeleceram oficialmente as relações e, naquele ano, os Estados Unidos abstiveram-se na resolução que pedia o fim do embargo pela primeira vez.

Mas o sucessor de Obama, Donald Trump, criticou duramente o histórico de direitos humanos de Cuba e, em 2017, os Estados Unidos votaram novamente contra a resolução. Após a votação de hoje, a delegação da União Europeia junto da ONU destacou a unidade dos seus Estados-membros “pedindo o levantamento do embargo contra Cuba”.

“A mudança positiva em Cuba é mais bem conseguida por um envolvimento mais próximo em todos os níveis. Cooperação internacional, diálogo e envolvimento crítico são o caminho a seguir”, escreveu a delegação europeia na rede social Twitter.

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Fábrica de baterias de veículos elétricos em Sines estará a funcionar em 2025

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

A fábrica da chinesa CALB será a primeira fábrica na Europa e vai ser construída em várias fases, sendo que a primeira envolve a construção da unidade industrial em “50 dos 100 hectares” de terreno.

A empresa China Aviation Lithium Battery Tecnology (CALB) pretende que a fábrica de baterias para veículos elétricos em Sines, no distrito de Setúbal, entre em funcionamento em 2025, segundo adiantou esta quinta-feira um representante da empresa.

Em declarações à agência Lusa, Nuno Gameiro, que representa em Portugal a chinesa CALB, indicou que a diretora executiva da empresa apontou o “final de 2025” como a data prevista para o início da laboração na futura unidade.

A diretora executiva “disse que a fábrica tem de estar aberta em 2025” para que, no ano seguinte, as baterias possam “sair de Sines para a Europa para serem instaladas em vários automóveis europeus, até ao final do primeiro trimestre” de 2026, adiantou. Nuno Gameiro salientou que aquela que será a primeira fábrica na Europa da CALB vai ser construída em várias fases, sendo que a primeira envolve a construção da unidade industrial em “50 dos 100 hectares” de terreno.

Já a primeira fase do investimento, cujo valor não foi anunciado, “é para acomodar a carteira de encomendas que [a empresa] já tem neste momento” na Europa, avançou. De acordo com o responsável, numa segunda fase, em 2028, a empresa prevê ampliar as instalações, ocupando a totalidade dos 100 hectares de terreno, o que vai permitir “escalar de 15 para 45 gigawatt-hora (GWh)”.

A CALB, explicou, “vai começar com 15 GWh”, devido à “procura imediata que tem”, mas prevê-se que venha a precisar de “um terreno à volta de 100 hectares”, de modo a “acomodar a procura até 2028”. “Se tudo estiver a correr bem, haverá uma 3.ª fase para duplicar a fábrica e ficar com uma unidade igual à maior [fábrica] europeia, que é a da Tesla, e, para isso, serão precisos mais 100 hectares. Portanto, vai ser uma fábrica com 200 hectares”, assinalou.

Segundo o responsável, as baterias de lítio que serão produzidas nesta unidade destinam-se exclusivamente ao mercado europeu. Isto “vai impactar o PIB [Produto Interno Bruto] muito positivamente, porque todas as vendas são exportações. Se tudo correr como esperado esta fábrica, num ano horizonte entre 2028 e 2030, pode representar 4,2% do PIB”, previu.

Num comunicado à bolsa de valores de Hong Kong, a CALB revelou que assinou, na quarta-feira, um memorando de entendimento com uma subsidiária da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

O acordo com a aicep Global Parques, gestora da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), prevê a aquisição de “direitos de superfície, com o objetivo de montar uma fábrica de ponta mundial, altamente inteligente, informatizada e automatizada, com zero emissões de carbono”, disse a empresa. Segundo a China Automotive Power Battery Industry Innovation Alliance, uma associação industrial, a CALB foi em 2021 a terceira maior fabricante chinesa de baterias para automóveis elétricos.

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“Estivemos muito confortáveis a imprimir dinheiro. Estamos a pagar por isso”, diz presidente do Banco Central do Brasil

Banco Central do Brasil foi um dos primeiros a subir as taxas de juro, em março no ano passado, quando se apercebeu que inflação ia ser mais persistente do que se pensava.

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, disse esta quinta-feira que algumas economias avançadas “estiveram muito confortáveis a imprimir dinheiro” e que agora “estamos a pagar o preço” pelo facto de os governos não terem feito reformas durante o período em que as taxas de juro estiveram baixas.

“Penso que durante muito tempo, porque estivemos muito confortáveis – em algumas economias avançadas – a imprimir dinheiro sem provocar inflação, pensando que as taxas iam ficar baixas durante muito tempo, talvez alguns dos governos estavam tão confortáveis que entramos no período mais longo sem reformas nas maiores economias. Estamos a pagar preço por isso”, afirmou o banqueiro central.

Campos Neto, que falou numa conferência em Madrid, explicou que o banco central que lidera iniciou o ciclo de subidas dos juros mais cedo e mais rapidamente do que os outros bancos centrais quando começou a ver uma “enorme coordenação entre a política orçamental e monetária” na pandemia, que levou a uma onda de estímulos “sempre precedentes”.

Segundo explicou, com as pessoas em casa, a introdução dos estímulos acabou por fazer deslocar a linha da procura por bens para fora da sua tendência histórica, o que implicou maior procura de energia num momento em que a oferta era reduzida.

“Quando colocámos tudo na equação, pensámos que a inflação ia ser mais persistente e que precisávamos de agir rapidamente”, contou na Santander International Banking Conference.

Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto.DR Santander

“Porque no Brasil temos uma inflação elevada há muito tempo”, prosseguiu Campos Neto, o banco central começou o aperto monetário logo em março de 2021, num ciclo que registou 12 aumentos e que atirou a taxa de juro de referência dos 2% para os 13,75%.

Depois de ter atingido os 12% em abril, a taxa de inflação caiu para 7% em setembro, quando outras regiões ainda enfrentam taxas de subidas dos preços de dois dígitos, como a Zona Euro.

Campos Neto lembrou o episódio inflacionista de 2015, quando superou os 10%: “A inflação saiu fora do controlo e tivemos de colocar a economia em recessão para corrigir o problema”. “Para nós foi muito claro que não podíamos tomar esses riscos [novamente] e que precisávamos de subir das taxas de juro rapidamente”, acrescentou.

Para o líder da autoridade monetária brasileira, a chave para a crise passa por saber “como vamos crescer”. Por outro lado, também é preciso saber como se vai pagar a fatura da crise “de uma maneira eficiente” e lançou mais críticas.

“Se pagar a fatura significa aumentar os impostos, significa aumentar impostos sobre o capital, vamos ter menor produtividade. (…) O que vejo que os governos estão a fazer é a aumentar os impostos e a aumentar os impostos sobre os capitais, a produtividade vai ser cada vez menor, e isto em cima dos problemas que já temos: disrupção na cadeia de distribuição, demografia que não está a nosso favor, menor cooperação em tecnologia”.

Trabalhar com Governo de Lula “da melhor forma possível”

No início da sessão, Campos Neto foi questionado sobre as implicações dos resultados das eleições no passado fim de semana que deram a vitória de Lula da Silva sobre Jair Bolsonaro por uma margem reduzida.

“Geralmente, os bancos centrais não falam muito de política, mas acho que a implicação é que, como podemos ver, o país está muito dividido”, começou por dizer.

Ainda assim, adiantou que o banco central vai “trabalhar com o novo governo da melhor forma possível” para melhorar as condições da população brasileira e isso passa por “encontrar o caminho para crescer de forma sustentável”.

*O jornalista viajou a Madrid a convite do Santander

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Pedro Oliveira sucede a Daniel Traça na liderança da Nova SBE

O novo diretor sucede ao professor Daniel Traça, que liderou a escola nos últimos oito anos. Toma posse no primeiro trimestre de 2023.

O professor Pedro Oliveira foi eleito o novo diretor da Nova School of Business & Economics (Nova SBE), sucedendo a Daniel Traça, que liderou a escola durante os últimos oito anos. O mandato de Pedro Oliveira, cuja tomada de posse oficial terá lugar no primeiro trimestre de 2023, terá a duração de quatro anos, terminando em dezembro de 2026.

“Pedro Oliveira, que trabalha e reside com a família em Copenhaga, está já a preparar o regresso a Portugal para assumir as funções de diretor da Nova SBE. O período que decorre até à tomada de posse oficial será essencial para trabalhar com a atual equipa para garantir a transição para a nova equipa de gestão com a ambição de consolidar o crescimento recente da escola, afirmar a qualidade da investigação e dos programas educativos e estabelecer parcerias nacionais e internacionais que fortaleçam a afirmação da Nova SBE como líder intelectual nas áreas de conhecimento core de economia, finanças e gestão e na intersecção destas com inovação e empreendedorismo, sustentabilidade, gestão de tecnologia e dados”, lê-se em comunicado.

Pedro Oliveira é professor com responsabilidades especiais na Copenhagen Business School, professor catedrático da Nova SBE, onde detém a Cátedra da Fundação Calouste Gulbenkian para a Economia de Impacto e também empreendedor, tendo fundado, entre outras, a iniciativa Patient Innovation.

Na Nova SBE é diretor académico do mestrado em Empreendedorismo de Impacto e Inovação e fundador e diretor académico do mais recente Centro de Conhecimento da escola em Open and User Innovation. Já na Copenhagen Business School, Pedro Oliveira é diretor académico do mestrado em Gestão e Inovação na Saúde, diretor do European Institute of Technology and Innovation-Health e fundador e diretor do programa de aceleração “Patient Innovation Bootcamp”.

É ainda academic scholar no Institute for Healthy Futures da Universidade de Cornell (EUA).

Numa vertente não-académica, o docente é cofundador e presidente do projeto Patient Innovation, cofundador do PPL Crowdfunding e membro do Conselho para o Ambiente e Sustentabilidade da EDP – Energias de Portugal.

Pedro Oliveira é doutorado em Gestão de Operações, Tecnologia e Inovação pela Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill e obteve o seu mestrado em Investigação Operacional e Engenharia de Sistemas, bem como a licenciatura em Engenharia Naval, pelo Instituto Superior Técnico.

Merecem ainda destaque os programas de formação avançada em que participou na Harvard Business School, na Kellogg School of Management, na MIT Sloan School of Management, na Norwegian University of Science and Technology e na KTH Royal Institute of Technology in Stockholm.

É também autor de dezenas de artigos e publicações científicas nas áreas de open and user innovation, patient innovation, operations and technology management.

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Lucros dos CTT sobem 7,6% até setembro

Correios viram resultado líquido subir 7,6% nos primeiros nove meses do ano, face a igual período de 2021. Receitas subiram no último trimestre em todas as unidades de negócio, incluindo no Banco CTT.

Os CTT registaram lucros de 28,3 milhões de euros entre janeiro e setembro, o que corresponde a um crescimento de 7,6% em termos homólogos, de acordo com a informação enviada esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A conjuntura permanece volátil e desafiante tanto em termos de procura como de inflação. Apesar disso, os resultados dos primeiros nove meses de 2022 confirmam a tendência de recuperação prevista, alicerçada nas medidas já implementadas. A empresa mantém o compromisso de continuar a tomar as iniciativas necessárias para o cumprimento do guidance, o que depende naturalmente das condições económicas na Península Ibérica”, assinala.

A empresa liderada por João Bento destaca o “forte desempenho operacional” no terceiro trimestre do ano, com os rendimentos operacionais a progredirem 8,1%, para 216,4 milhões de euros, e a evolução de 82,7% no EBIT recorrente neste período. O grupo chega ao final de setembro com todas as unidades de negócio em terreno positivo no campo das receitas, no comparativo homólogo, com a maior progressão (25%) no Banco CTT.

Segundo noticiou o Jornal de Negócios esta quinta-feira, o Banco CTT está a fechar um acordo comercial com a Generali para a distribuição de seguros, com o grupo que em Portugal detém as seguradoras Tranquilidade, Açoreana e Logo a entrar no capital desta instituição financeira com uma participação de cerca de 10%.

No último trimestre, a procura recorde de títulos de dívida pública (+40,5%), sobretudo os certificados de aforro, alavancou o crescimento de receitas dos Serviços Financeiros e Retalho num contexto de taxas de juro favoráveis. Por outro lado, o crescimento em todos os segmentos do Banco CTT originou um aumento das receitas e maior rendibilidade do capital próprio tangível (RoTE), “devendo beneficiar da reavaliação das taxas de juro de curto prazo”.

Nos primeiros nove meses deste ano, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ascenderam a 87,6 milhões de euros (+4,7%), dos quais 36,4 milhões foram alcançados no terceiro trimestre. A 30 de setembro de 2022, a dívida financeira líquida do grupo era de 63,2 milhões de euros. O número de trabalhadores (efetivos do quadro e contratados a termo) era de 12.788, menos 136 (-1,1%) do que um ano antes.

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Governo aprova proposta para Península de Setúbal ter mais fundos europeus

Ministra da Coesão anuncia que Conselho de Ministros aprovou NUT III para a Península de Setúbal e já comunicou à Comissão Europeia essa intenção, de modo à região ter acesso a mais fundos europeus.

“Aprovámos, em Conselho de Ministros, a NUT III [Nomenclatura de Unidade Territorial] para a Península de Setúbal e já comunicámos à Comissão Europeia a intenção de constituir na Península de Setúbal uma NUT III e uma NUT II”, anunciou a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, no Parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

“É um território que, pelo facto de estar inserido na Área Metropolitana de Lisboa [AML], tem tido sistematicamente apoios que não correspondem à sua realidade em termos de desenvolvimento”, justificou a ministra da Coesão Territorial. Esta alteração vai permitir autonomizar a região que está integrada na NUT AML, passando a ter acesso a mais fundos europeus. E que inclui as localidades de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal.

O pedido para a criação da NUTS II já sido tinha entregue a Bruxelas em fevereiro deste ano. Agora, foi aprovada, em Conselho de Ministros, a criação de NUT III para a Península de Setúbal, ou seja, a constituição de uma unidade territorial mais pequena que vai permitir que os nove municípios desta sub-região tenham acesso a mais fundos comunitários.

A resolução do Conselho de Ministros vai à Assembleia da República “muito em breve“, segundo Ana Abrunhosa.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, “foi aprovada a proposta de lei, a submeter à Assembleia da República, que altera o regime jurídico das autarquias locais, aprofundando o regime das áreas metropolitanas e das comunidades intermunicipais (CIM), no âmbito do processo de revisão das NUTS em curso”.

Interpelada sobre a promessa governamental da abolição das portagens, a ministra respondeu que “o que consta do programa do Governo é a redução das portagens [nas autoestradas dos territórios] do interior e da A22 – Via do Infante de Sagres”. Mais, reitera Ana Abrunhosa: “Nunca escondi que o interior merece a extinção das portagens e que é um caminho a fazer. O compromisso que aqui deixo é trabalharmos na redução das portagens do interior no âmbito de um programa mais alargado“.

Ana Abrunhosa considera que não há muita alternativa no interior em termos de vias e de transportes coletivos. Por isso, a governante considera necessário ter, em simultâneo, no interior “programas de mobilidade e de acessibilidade”, referindo-se ao Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) e ao Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (ProTrans). “Além de fomentar o uso de veículos elétricos”, sublinha.

Nunca escondi que o interior merece a extinção das portagens e que é um caminho a fazer.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão Territorial

A ministra da Coesão Territorial defende ainda que é preciso “apoiar as comunidades intermunicipais [a fazerem] concursos para contratação de operadores para transportes públicos”.

A governante adiantou também que 39 municípios não agendaram a primeira reunião para o processo de revisão dos Planos Diretores Municipais (PDM). Não iniciaram o processo dentro do prazo previsto, 31 de outubro. Advertiu, contudo, que “continuam a poder candidatar-se [nas áreas] da educação, saúde e habitação que são fundamentais”.

Ainda segundo Ana Abrunhosa, “já exercem competências na área da educação, desde 1 de abril, a totalidade dos municípios”, ocorrendo o mesmo na área da Cultura “apenas no que se refere ao licenciamento de espetáculos de natureza artística”. Mas quanto à gestão do património classificado, já são 41 municípios num universo de 56.

Na área da saúde, cuja transferência de competências está dependente da assinatura de um auto com a tutela, a ministra divulga que 52 de um total de 278 assinaram autos de transferência.

O OE2023 contempla 1.204 milhões de euros no Fundo de Financiamento para a Descentralização (FFD), um reforço superior a 200 milhões em relação a este ano.

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Presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa apresenta queixa contra bastonário dos advogados

Alexandra Bordalo Gonçalves vai apresentar uma queixa contra Menezes Leitão, bastonário dos advogados, no Conselho Superior “por estar a condicionar o exercício do seu mandato com fins eleitorais".

Alexandra Bordalo Gonçalves, presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa, vai apresentar queixa contra o bastonário da Ordem dos Advogados (OA), Luís Menezes Leitão, no Conselho Superior da OA. A razão prende-se pelo líder dos advogados “estar a condicionar o exercício do meu mandato com fins eleitorais”, revelou Alexandra Bordalo Gonçalves, que anunciou esta decisão ao plenário do Conselho de Deontologia de Lisboa esta quinta-feira.

Em comunicado, o Conselho de Deontologia de Lisboa explica que em causa está o “pedido de recusa de Alexandra Bordalo Gonçalves que o bastonário interpôs na semana passada, pretendendo que não seja ela a julgar a participação disciplinar do diretor da Polícia Judiciária, Luís Neves, participação que ele próprio fez à presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa devido às acusações de ‘terrorismo judiciário’ que este proferiu contra os advogados por, alegadamente, ‘recorrerem a expedientes dilatórios que arrastam processos'”.

Alexandra Bordalo Gonçalves decidiu assim notificar Luís Menezes Leitão “nos termos do artigo 96.º do Estatuto da Ordem dos Advogados por estar a condicionar o exercício do meu mandato com fins eleitorais e apresentar queixa contra o senhor bastonário por essa razão no Conselho Superior da Ordem dos Advogados”.

A presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa anunciou ainda que se decidiu declarar impedida de julgar o diretor da PJ, de forma a “salvaguardar a imagem do Conselho de Deontologia de Lisboa que o senhor bastonário pretende descredibilizar”. O incidente será agora julgado pelo primeiro vice-presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa, Ricardo Saldanha.

“Decidi declarar-me impedida, não porque me considere nessa situação – o bastonário nem sequer avança qualquer motivo concreto para o pedido de recusa – mas apenas, e tão somente, para a salvaguarda de um bem maior, o Conselho de Deontologia de Lisboa, a transparência das suas decisões, isentas, imparciais e independentes”, sublinhou Alexandra Bordalo Gonçalves.

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Explosão ou normalidade? Três investidores falam sobre capital de risco

Debate sobre valorizações de startups encerrou palco dedicado ao capital de risco na Web Summit. As sociedades que participaram no painel admitem que estão a fazer menos investimentos este ano.

As avaliações das startups no mercado privado foram o tema do último debate sobre capital de risco na Web Summit deste ano. Com os três intervenientes divididos entre a explosão ou o regresso à normalidade no capital de risco, o painel teve direito a lotação esgotada: o público ocupou os mais de 100 lugares sentados disponíveis e houve mais de uma dezena de pessoas que teve de ficar em pé ou sentada no chão.

O debate pretendia antecipar como vão ser as avaliações das startups em 2023, tendo em conta que o mercado travou bruscamente neste ano — o investimento em tecnológicas no terceiro trimestre foi para mínimos da pandemia –, após os recordes de 2021.

Do lado da explosão do mercado esteve Sitar Teli, fundadora e sócia-gerente da Connect Ventures. “Em 2021 não houve muito para fazer e concretizaram-se muitos investimentos. As coisas fugiram um pouco do controlo mas, agora, estamos a voltar aos anos de 2018 e de 2019, que foram bons anos. Estamos a voltar ao que éramos. O mercado não está mau”, avaliou.

Para Stephan Morais, presidente da Indico Capital Partners, “tivemos 10 anos de taxas de juro baixas. Havia procura e oferta, grande tecnologia e as valorizações dispararam. Continua a haver muito capital mas o equilíbrio de poder na negociação é maior. Os fundos estão a ser muito cuidadosos“, referiu o investidor português.

Quem fala num regresso à normalidade é Christian Nagel, cofundador e sócio da Earlybird Venture Capital. “É a natureza das coisas. Acontece sempre a mesma coisa: as avaliações reduzem-se e afetam sobretudo as rondas mais volumosas. Não acho que as coisas tenham saído do controlo. Apenas estamos a viver um ciclo que já é habitual“, considerou o investidor, com 25 anos de experiência no mercado.

Christian Nagel mostra-se otimista e garante que “não estamos longe de uma estabilização do mercado”. Stephan Morais corrobora e entende que o mercado caminha para a normalização: “As companhias que precisam de levantar dinheiro vão tê-lo.”. Sitar Teli, em sentido contrário, entende que a situação vai continuar a ser má para empresas, sobretudo as não cotadas, pois “podem sofrer mais dificuldades” e “ter de continuar a reduzir as suas equipas para reduzirem os seus custos”.

Numa coisa todos concordaram: este ano estão a ser feitos menos investimentos do que em 2021. Resta saber se em 2023 o mercado vai manter-se na mó de baixo ou se a onda vai voltar a subir.

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Mercado de veículos elétricos sobe 22,6% até outubro

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

Só em outubro contabilizaram-se 5.044 unidades, um aumento de 12,4% em comparação com o período homólogo.

O mercado de veículos elétricos cresceu 22,6%, entre janeiro e outubro, com 47.497 automóveis comercializados, segundo dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal.

Em comunicado, a associação detalhou que só em outubro contabilizaram-se 5.044 unidades, um aumento de 12,4% em comparação com o período homólogo.

Por categoria, em outubro, foram matriculados 4.907 automóveis ligeiros de passageiros novos elétricos, ‘plug-in’ e híbridos elétricos, mais 10,3% do que no mesmo mês de 2021.

Entre janeiro e outubro, este mercado somou 46.843 unidades, um ganho de 21,6% em comparação com os primeiros 10 meses do ano anterior. “Especificamente observando os veículos elétricos, em outubro de 2022 registou-se um decréscimo de 11,2% em comparação com o mesmo mês de 2021, tendo sido matriculados 1.400 ligeiros de passageiros novos”, lê-se na mesma nota.

Já no acumulado dos 10 meses, verificou-se um aumento de 44,4% com 13.592 unidades comercializadas. Por sua vez, o mercado de elétricos, ‘plug-in’ e híbridos elétricos de ligeiros de mercadorias mais do que triplicou (270,3%) face ao mês homólogo de 2021, com 137 unidades matriculadas.

Este mercado atingiu as 653 unidades, entre janeiro e outubro, novamente mais do que triplicando (233,2%) o valor obtido no mesmo período de 2021. No mês de outubro, houve um aumento de 291,4% nas matrículas de veículos ligeiros de mercadorias novos elétricos, em comparação com o mesmo mês de 2021, enquanto, de janeiro a outubro, contabilizou-se um ganho de 253,9%.

No sentido inverso, no que se refere ao mercado de veículos pesados, que inclui os de passageiros e mercadorias, registou-se uma quebra de 100%. Em termos acumulados, este mercado teve uma descida de 75%, com uma unidade comercializada.

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