Inflação em Espanha desacelera em abril devido a quedas na eletricidade e combustíveis

  • Lusa
  • 13 Maio 2022

A diminuição da inflação homóloga para 8,3% no mês passado deve-se principalmente a quedas nos preços da eletricidade e dos combustíveis no país vizinho.

A taxa de inflação anual em Espanha desacelerou em abril para 8,3%, um décimo de ponto percentual menos do que o valor avançado há duas semanas, principalmente devido a quedas nos preços da eletricidade e dos combustíveis.

De acordo com os dados definitivos da evolução do índice de preços no consumidor (IPC) publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística espanhol (INE) este é o primeiro declínio da inflação depois de dois meses de aumentos acentuados, que levaram o índice de Preços no Consumidor (IPC) a aumentos anuais de 9,8% em março, a sua taxa mais alta em quase 37 anos.

A diminuição da inflação homóloga para 8,3% deve-se principalmente a quedas nos preços da eletricidade e dos combustíveis, enquanto os preços dos alimentos registaram um aumento maior em abril do que no mesmo mês de 2021.

Os dados avançados do INE também incluem uma estimativa da inflação anual subjacente (excluindo alimentos não processados e produtos energéticos), tendo esta aumentado em abril em um ponto percentual, para 4,4%, o seu valor mais alto desde dezembro de 1995, colocando esta taxa quase quatro pontos abaixo da taxa geral de inflação.

Em termos de aumentos mensais, o IPC registou uma diminuição de 0,2% em abril em relação a março, a sua primeira queda depois de dois meses de aumentos.

No quarto mês de 2022, a taxa anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) em Espanha, que serve para fazer comparações entre países, foi de 8,3%, um ponto e meio mais baixa do que a de março.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa no verde com Galp Energia a subir quase 2%

Bolsa nacional acompanha tendência positiva da Europa. Galp Energia brilha enquanto os CTT travam uma subida mais expressiva do índice.

A bolsa de Lisboa abriu a última sessão da semana em terreno positivo, com apenas duas cotadas em queda, e acompanhando a tendência de subidas do resto da Europa. Enquanto os CTT travam um ganho mais acentuado do índice, a Galp Energia sobe quase 2% e dá força à bolsa.

O PSI soma 0,83% para 5.702,16 pontos, no dia em que o índice de referência europeu, Stoxx-600, está a ganhar 0,71% para 427,42 pontos. A travar uma subida mais acentuada do índice estão as ações dos CTT, que perdem 0,41% para 3,64 euros.

A contribuir para este desempenho do índice de referência nacional estão as ações da Galp Energia, que avançam 1,53% para 10,615 euros, representando a maior subida desta sessão. Isto no dia em que o preço do barril de petróleo está a valorizar mais de 1% nos mercados internacionais.

Destaque ainda para “pesos pesados” como a Sonae, que cresce 1,08% para 0,982 euros, enquanto o BCP valoriza 0,74% para 0,1490 euros. No setor energético, a EDP Renováveis ganha 0,35% para 20,17 euros, enquanto a EDP soma 0,5% para 4,382 euros.

Já a Jerónimo Martins cresce 0,78% para 19,44 euros, enquanto a Altri avança 0,23% para 6,575 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dívida de 4,5 milhões de Fernando Santos ao Fisco vai ao VAR

  • ECO
  • 13 Maio 2022

Autoridade Tributária alega que o selecionador nacional criou empresa fictícia para receber vencimentos de 2016 e 2017. Federação diz que Fernando Santos pagou, mas recorreu para o tribunal arbitral.

A Autoridade Tributária (AT) exige que Fernando Santos pague mais 4,5 milhões de euros de IRS. Suspeita que o selecionador nacional terá recebido os salários de 2016 e de 2017 através de uma empresa que foi declarada como fictícia. O treinador recorreu para o tribunal arbitral relativamente a esta decisão. Em comunicado, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) garante que Fernando Santos “não deve um único cêntimo” à AT.

Segundo a edição desta sexta-feira do semanário Expresso (acesso condicionado), Fernando Santos não assinou um contrato individual de trabalho quando chegou à seleção nacional, em setembro de 2014. Uns meses antes, em janeiro de 2014, criou uma empresa, a Femacosa, da qual se constituiu como sócio-gerente, e foi a esta empresa que a Federação contratou a prestação de serviços, tanto do selecionador, como dos seus adjuntos.

No entender da AT, a forma como Fernando Santos recebeu os rendimentos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e o seu salário — através de uma sociedade unipessoal — foi artificiosa e desenhada sobretudo para reduzir os impostos. Em 2016 e 2017, a Femacosa faturou à FPF cerca de 10 milhões de euros. Deste valor, 25% foi para outras sociedades, criadas pelos treinadores adjuntos. Os restantes 75% foram para a empresa de Fernando Santos, que lhe pagava cinco mil euros por mês

Se Fernando Santos tivesse recebido o dinheiro diretamente da FPF, a título de treinador, teria saltado para o último escalão de IRS, pagando muito mais imposto. Daí a exigência da AT de 4,5 milhões de euros em IRS e juros a Fernando Santos.

Em comunicado, o organismo federativo liderado por Fernando Gomes alega que Fernando Santos já pagou os 4,5 milhões de euros que estão em causa neste processo. “Em caso de provimento do pedido arbitral, conforme se confia plenamente, caberá o direito ao reembolso integral das importâncias pagas”, sustenta a federação.

A sociedade de advogados Morais Leitão representa o atual treinador da Seleção Portuguesa de Futebol no recurso ao tribunal arbitral.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco Montepio arranca o ano com lucros de 11,4 milhões

O banco passou de prejuízos a lucros nos primeiros três meses de 2022. É o terceiro trimestre consecutivo com resultados positivos e “manutenção da tendência de crescimento de geração de negócio”.

O Banco Montepio registou resultados líquidos consolidados de 11,4 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022, o que compara com os prejuízos de 15,9 milhões que tinham sido apresentados no mesmo período do ano passado.

De acordo com um comunicado enviado esta sexta-feira à CMVM, estes lucros refletem, em particular, “os contributos positivos registados ao nível do produto bancário, dos custos operacionais e também as menores dotações para imparidades e provisões, com destaque para as relacionadas com o risco de crédito”.

O produto bancário core, correspondente ao agregado da margem financeira e das comissões, registou uma subida homóloga de 3,4%, enquanto o crédito a clientes (líquido de imparidades) totalizou 11.796 milhões de euros em 31 de março de 2022, evidenciando um aumento de 128 milhões na comparação entre os dois períodos.

Já os depósitos de clientes ascenderam a 12.842 milhões de euros no final do primeiro trimestre (+2,4%), “não obstante a manutenção dos referenciais de taxas de juro em níveis reduzidos”, sublinha a instituição, contabilizando ainda que o buffer de liquidez ascendeu a 3,9 mil milhões de euros, “refletindo uma confortável posição dos rácios de liquidez”.

O Banco Montepio assinala ainda que os resultados líquidos do primeiro trimestre de 2022 incorporam um custo de 11,7 milhões de euros relacionado com as contribuições obrigatórias e extraordinárias sobre o setor bancário, que tiveram um acréscimo de 1,9 milhões de euros face ao valor pago no arranque do ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rússia corta eletricidade à Finlândia a partir deste sábado

  • ECO
  • 13 Maio 2022

Moscovo vai suspender o abastecimento de eletricidade à Finlândia a partir de sábado, dia 14 de maio, no seguimento do anúncio da candidatura do país à NATO.

“A partir de 14 de maio, somos forçados a suspender a importação de eletricidade”, anunciou esta sexta-feira, em comunicado citado pela agência noticiosa France Presse, a RAO Nordic, subsidiária da energética russa Inter RAO.

Justificando a decisão por alegadamente não ter recebido o pagamento referente à energia vendida em maio, a RAO Nordic descreve a situação como “excecional” em mais de 20 anos de comercialização, e diz esperar que a situação melhore “em breve” e que o negócio possa ser retomado.

Na quinta-feira, o Presidente e a primeira-ministra da Finlândia manifestaram-se a favor da adesão à NATO, “sem demora”, o que representa uma mudança na política externa do país.

Em resposta, o Kremlin alertou que a Rússia vê a adesão da Finlândia à NATO como uma ameaça, sendo que o ministro dos Negócios Estrangeiros russo expressou que Moscovo será “forçada a tomar medidas recíprocas”, de natureza técnica militar, entre outras.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Fernando Santos, Abanca e Abramovich

Conheça os principais destaques dos jornais desta sexta-feira e que devem marcar o dia.

A Autoridade Tributária (AT) alega que o selecionador de futebol português, Fernando Santos, alega que recebeu os salários de 2016 e de 2017 através de uma empresa fictícia e exige o pagamento de 4,5 milhões de euros. Fernando Santos recorreu ao Tribunal Arbitral desta decisão. Há ainda suspeita de tráfico de influências no processo de naturalização de Roman Abramovich em Portugal. Estes são alguns dos destaques desta sexta-feira.

Fisco exige 4,5 milhões a Fernando Santos

A Autoridade Tributária (AT) quer que o selecionador nacional, Fernando Santos, pague mais 4,5 milhões de euros em IRS por causa dos salários de 2016 e de 2017. A AT alega que Fernando Santos recebeu os vencimentos através de uma empresa fictícia. O treinador recorreu para o tribunal arbitral.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso condicionado)

Suspeita de tráfico de influência na naturalização de Abramovich

A Conservatória dos Registos Centrais terá sido pressionada para acelerar o processo de naturalização de Roman Abramovich. A alegada pressão terá sido exercida pela Comunidade Israelita do Porto, que defendeu o “interesse nacional” de atribuiu o passaporte português ao ainda dono do Chelsea e que é um dos oligarcas do círculo restrito do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Abanca ofereceu 210 milhões pelo Eurobic

O banco galego Abanca ofereceu 210 milhões de euros para comprar a totalidade do Eurobic. A proposta pressupõe um múltiplo abaixo de 0,4 vezes relativamente aos capitais próprios de 566 milhões de euros à data de setembro de 2021. A proposta já terá sido aceite pela empresária Isabel dos Santos, que conta com uma participação de 42,5%. O encaixe da venda, no entanto, ficará à guarda dos tribunais.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso condicionado)

Obras de privados fora de regime excecional de preços

Ao contrário da versão inicial, os contratos de empreitadas de obras de particulares ficaram de fora do decreto-lei que estabelece um regime excecional e temporário para responder ao aumento do preço dos materiais, matérias-primas, mão-de-obra e equipamentos de apoio à construção. O diploma poderia prejudicar o mercado de promoção imobiliária, alega o presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários, Hugo Santos Ferreira.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso condicionado)

Tribunal de Contas Europeu visita Portugal por causa do lítio

O Tribunal de Contas Europeu vai enviar uma missão a Portugal e a outros países europeus com reservas de lítio e projetos relevantes na área. A ideia é tentar tentar sensibilizar, políticos, populações e a sociedade civil sobre a importância destes recursos e destas indústrias para o futuro da Europa. Portugal é um dos países com maiores reservas de lítio do mundo, matéria-prima fundamental, por exemplo, para as baterias de carros elétricos

Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Petróleo recupera e avança 1% para os 108 dólares

Matéria-prima está a valorizar mais de 1% na Europa e nos Estados Unidos, apesar das preocupações que continuam a pairar sobre os mercados.

Os preços do petróleo recuperaram das perdas da última sessão e estão agora a valorizar mais de 1% para os 108 dólares na Europa e os 107 dólares nos Estados Unidos. Este desempenho acontece apesar das preocupações com a oferta de matéria-prima e a tensão geopolítica na Europa, nomeadamente no que diz respeito aos efeitos na inflação.

O brent, que serve de referência às importações nacionais, soma 1,21% para 108,75 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, ganha 1,04% para 107,23 dólares.

Evolução do preço do barril de Brent

Este desempenho acontece numa altura em que os investidores esperam por uma proibição por parte da União Europeia ao petróleo da Rússia, o que deverá restringir ainda mais a oferta global de ouro negro. Bruxelas está a discutir os detalhes de um embargo ao petróleo russo, mas precisa da aprovação de todos os Estados-membros. A votação foi adiada porque a Hungria se opõe a este embargo.

Os confinamentos prolongados devido à Covid-19 na China, o maior importador de petróleo do mundo, também estão a ter impacto nos mercados. “A queda no crescimento da procura não poderia vir em melhor hora, com a China aparentemente à beira de bloquear a capital Pequim a qualquer momento”, diz Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho, citado pela Reuters.

De forma mais ampla, os preços do petróleo e os mercados financeiros estiveram sob pressão esta semana devido a preocupações com o aumento das taxas de juro, o dólar mais forte em duas décadas, preocupações com o disparo da inflação e uma possível recessão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bloco quer tributar ganhos com criptomoedas como qualquer outra mais-valia

  • Lusa
  • 13 Maio 2022

Mariana Mortágua critica "offshore regulatório e fiscal" nas criptomoedas e defende que “Portugal não se pode colocar nessa situação que é uma injustiça face aos restantes rendimentos”.

O BE propõe que os ganhos com as criptomoedas sejam tributados em IRS como qualquer outra mais-valia, considerando inexplicável se o PS recusar esta alteração ao Orçamento do Estado para acabar com o atual “offshore de criptomoedas”.

Em declarações à agência Lusa, a deputada do BE Mariana Mortágua antecipou uma das propostas de alteração que o partido apresenta no âmbito do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), cujo prazo de entrega no parlamento termina hoje.

Portugal é um autêntico offshore de criptomoedas, isso é um facto reconhecido internacionalmente. É um offshore regulatório e é um offshore fiscal, o que quer dizer que, se alguém investir em criptomoedas de um dia para o outro, ganha milhares de euros e transfere esse rendimento para euros ou compra uma casa, como já aconteceu no Norte do país há pouco tempo, e nunca é tributado por essas mais-valias”, justificou.

Referindo que qualquer outro investimento, como numa ação ou numa obrigação, é sempre tributado a uma taxa de 28%, Mariana Mortágua defendeu que “Portugal não se pode colocar nessa situação que é uma injustiça face aos restantes rendimentos”, e por isso propõe que seja “introduzido no IRS a tributação das mais-valias de criptomoedas assim como qualquer outro investimento”.

Questionada sobre a expectativa de o PS poder viabilizar esta proposta do BE nas votações na especialidade, a dirigente bloquista considerou inexplicável” que “o PS, que condena os outros offshores, crie um offshore de criptomoedas em Portugal”.

“É inexplicável como é que o PS se recusa a tributar fortunas criadas em segundos na internet enquanto mantém o IVA da eletricidade, e não aumenta os salários num contexto de inflação. São escolhas inexplicáveis, de mera promoção da especulação e de proteção dos ganhos especulativos”, afirmou.

A Mariana Mortágua não lhe parece que “o PS se queira colocar ao lado da Iniciativa Liberal a defender as criptomoedas e os investimentos especulativos não tributados em Portugal”.

“Achamos que a proposta de tributar as criptomoedas da mesma forma como se tributam todas as outras mais-valias é uma proposta sensata, é uma proposta justa. Só o maior radicalismo liberal pode justificar que alguém se oponha à tributação das criptomoedas”, desafiou.

Considerando que é “preciso ser um liberal radical” para se opor a esta iniciativa, a deputada bloquista acredita que “esta proposta pode merecer uma maioria na Assembleia da República”.

Quanto ao detalhe da proposta, Mariana Mortágua explicou que o objetivo é obrigar a que, para o caso dos residentes em Portugal, “haja uma obrigação de comunicação à Autoridade Tributária, tal como há para as ações, de quando são compradas criptomoedas e quando são vendidas”.

“Desde que essa obrigação seja cumprida, não só ganhamos mais transparência e mais conhecimento sobre este tipo de investimentos, como fica a ser possível rastrear e tributar as mais-valias. As mais-valias e menos-valias funcionam exatamente da mesma forma como outros investimentos”, detalhou.

Na perspetiva da deputada do BE, “não há nenhuma razão para que Portugal proteja este tipo de investimentos”, considerando que estes deviam ser ainda “mais regulados e mais fiscalizados”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Demium quer abrir hub no Porto e financiar até 14 startups em Portugal

Só no ano passado a Demium investiu 1,35 milhões em 12 startups em Portugal. Este ano, o plano é subir a fasquia.

A Demium quer abrir um hub no Porto e reforçar o seu investimento pré-seed em startups em Portugal. Até ao final do ano, quer investir em 14 startups. No ano passado, a incubadora, através do seu fundo de venture capital, investiu 1,35 milhões de euros em startups portuguesas, fazendo de Lisboa o seu segundo maior hub depois de Espanha. Esta quinta-feira arrancou com o Road Show Demium em Portugal.

Portugal é, depois de Espanha, o mercado onde a Demium mais investe através do fundo, “Think Bigger Capital”, lançado em 2020, com 50 milhões. “Até agora, o fundo investiu cerca de 10 milhões de euros em 98 transações, principalmente entre Espanha e Portugal, mas também na Ucrânia e na Polónia. Em Portugal, 16 startups portuguesas pré-seed receberam investimentos de 100.000€ e 150.000€ desde o lançamento do fundo, sendo a área da saúde dominante no leque de startups investidas, incluindo startups já premiadas como a Actif, Glooma e Clynx”, adianta Diogo Patão, diretor de programas da Demium Portugal, à Pessoas.

Só no ano passado investiram 1,35 milhões em 12 startups em Portugal e, este ano, o plano é subir a fasquia. “Queremos ir mais longe. Até ao final do ano 2022, o objetivo da Demium será investir em mais duas startups do que o ano passado, atingido a meta das 14 startups investidas num ano, em Portugal”, continua o responsável.

“Mas o objetivo não é crescer apenas em número de startups, o grande objetivo é a qualidade. Queremos melhorar a qualidade das startups criadas, melhorar a sua presença no ecossistema português, enquanto continuamos a construir uma comunidade local de investidores”, reforça Diogo Patão.

Queremos ir mais longe. Até ao final do ano 2022, o objetivo da Demium será investir em mais duas startups do que o ano passado, atingido a meta das 14 startups investidas num ano, em Portugal.

Diogo Patão

Até ao momento, a área de saúde domina a apostas da Demium. “Procuramos, acima de tudo, talento. As áreas acabam por surgir de forma espontânea, sendo natural que, conforme algumas áreas “novas” se vão desenvolvendo no mercado nacional, comecem também a surgir mais projetos que as integram. Será o caso da AI (artificial intelligence) no mundo de BI (business intelligence) e data analytics, da verificação de imagem, ou mesmo blockchain, cibersegurança, real state, Indústria 4.0, impressão 3D, etc.”, descreve.

Esta quinta-feira a incubadora realizou o Roadshow Demium, o primeiro no mercado nacional, com contando com a apresentação de oito startups portuguesas em fase inicial.

O pitch foi avaliado por um júri composto por Sílvia Taveira de Almeida (Católica Lisbon School of Business and Economics), António Dias Martins (Startup Portugal) e Mário Tarouca (founder e anterior Head of Growth da EatTasty).

“Para as startups, há dois grandes objetivos principais: o mais imediato é ganhar o Roadshow, enquanto o de longo prazo será assegurar novos investimentos de entre os mais de 30 investidores presentes no evento”, refere Diogo Patão. Depois de Lisboa, segue-se, em junho, um novo Roadshow em Madrid e, em julho, em Varsóvia.

Investimentos que irão ser feitos através do fundo “Think Bigger Capital” que agora passou a chamar-se Demium Capital. Mudança de designação representa algum reposicionamento, em termos de startups onde querem apostar, ou estratégia?

“A decisão foi tomada em resposta a uma estratégia de posicionamento do grupo Demium, de forma a manter a identificação da marca entre a incubadora de startups e o seu fundo de capital de risco, agora denominado Demium Capital”, diz Diogo Patão. “A missão não muda. Vamos continuar a ajudar a criar empresas de sucesso, recrutando os melhores empreendedores do mundo.”

Abrir segundo hub em Portugal

Em Portugal 2019, a Demium Portugal tem hoje um escritório central em Lisboa, com uma equipa de 6 pessoas.

“Com este grupo, a Demium já investiu num total de 16 startups portuguesas, são desenvolvidos programas de incubação constantes e lançados cinco eventos “AllStartups” por ano que proporcionam fins de semana dedicados a conhecer potenciais empreendedores. É nestes eventos que tudo começa. Os empreendedores trabalham 48h num hackathon, constroem um projeto tecnológico e apresentam-no a um júri, sendo que os vencedores entram diretamente no Programa de Incubação”, descreve Diogo Patão.

Acompanha neste momento 15 equipas. “Os Programas de Incubação têm a duração de 6 meses, terminando com a apresentação do projeto de cada startup ao fundo de investimento (agora denominado “Demium Capital”), que decide investir (ou não) na startup pre-seed“, refere ainda.

“Já temos duas startups no Porto (Intuitivo e Explor) e uma outra em Coimbra (Noytrall). No que respeita a um novo hub no Porto, a intenção mantém-se. Continuamos a avaliar essa possibilidade, atentos aos projetos de todo o país, e não só de Lisboa – tal como mostram os casos da Intuitivo e Noytrall”, adianta Diogo Patão, quando questionado sobre os planos de expansão da incubadora em Portugal.

“A seu tempo, a presença da Demium no Porto poderá ser uma realidade, mas não existe ainda data definida. Tem sido particularmente desafiante tomar decisões relacionadas com presença física nos últimos anos, tendo em conta a realidade ditada pela pandemia.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Medina otimista com evolução do rating este ano

Após a melhoria da perspetiva por parte da Fitch, o que antecipa uma subida do rating, o Governo reforça o seu otimismo de que a notação financeira de Portugal melhorará em 2022, mesmo com a guerra.

Em fevereiro, um dia depois da invasão russa na Ucrânia começar, a DBRS melhorou a perspetiva (outlook) do rating de Portugal. Na passada sexta-feira, foi a vez da Fitch dar o mesmo passo. Estes sinais de duas das quatro principais agências de notação financeira dão otimismo ao Ministério das Finanças para as próximas decisões de rating que ocorrerão ainda em 2022, criando a expectativa de que haja uma subida efetiva da notação financeira, apesar da guerra.

“Já no início de 2022, é ainda de destacar a subida da perspetiva, de «estável» para «positiva», tanto da notação atribuída pela DBRS, como pela Fitch”, refere a nota explicativa do OE2022 que o Ministério das Finanças preparou para os deputados, antecipando que, “em conjunto com a revisão da Moody’s, estas alterações apontam para um caminho positivo no que respeita às revisões de rating calendarizadas para o corrente ano“.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, é ouvido esta sexta-feira de tarde na Assembleia da República naquela que é a última audição de um ministro na fase de especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). Na nota explicativa, o gabinete de Medina replica maioritariamente a informação que consta do relatório do OE2022 entregue em abril, mas acrescenta esta referência ao rating dado que a Fitch só melhorou a perspetiva na semana passada.

No final de abril, também numa audição do OE2022, João Nuno Mendes, secretário de Estado do Tesouro, disse que a expectativa do Governo é que haja melhorias do rating de Portugal em 2022 e 2023 graças às “contas certas”, com o défice e a dívida a descerem, depois de em fevereiro o ex-ministro das Finanças, João Leão, ter admitido que a guerra era um “desafio adicional” a essa expectativa.

A melhoria da perspetiva de “estável” para “positiva” tanto por parte da DBRS como da Fitch significa que estas duas agências de rating poderão aumentar a notação financeira do país em causa nas decisões seguintes, podendo demorar apenas alguns meses até o fazer.

A Fitch deve voltar a pronunciar-se sobre o rating do país a 28 de outubro enquanto a DBRS deverá voltar a pronunciar-se sobre Portugal em 26 de agosto. A próxima agência a reavaliar a dívida portuguesa deve ser a Moody’s, a dia 20 de maio.

No caso da DBRS, a agência tinha dito em fevereiro que a notação de Portugal pode voltar a ser melhorada, desde que se mantenha a trajetória “firme” de redução do rácio da dívida pública.

No caso da Fitch, a agência escreveu que as perspetivas a médio prazo para a economia “permanecem largamente positivas”, mas também alertou que o ambiente externo incerto “representa um risco descendente para Portugal” no segundo semestre do ano.

Uma eventual melhoria do rating pode levar a uma redução da almofada financeira do IGCP, antecipou a agência que gere a dívida pública antes da guerra começar — uma expectativa que pode ter mudado também pela aceleração da normalização da política monetária. “O objetivo deverá manter-se próximo de 30% das necessidades brutas de financiamento do ano seguinte atenta a sazonalidade dos reembolsos, podendo progressivamente reduzir-se por via de melhoria da avaliação creditícia de Portugal”, respondeu na altura fonte oficial do IGCP.

A notação financeira é uma avaliação atribuída pelas agências de rating, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito da dívida pública ou privada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bancos 20 – Berardo 1: A guerra pelos milhões em tribunal

Berardo contra-atacou com ação de 900 milhões depois de chuva de processos. Comendador acusa bancos de cinismo e de não se importarem com ruína dos clientes que eles próprios tornaram devedores.

Joe Berardo juntou numa lista todos os processos que os bancos avançaram contra ele nos últimos anos e entregou-a ao tribunal, juntamente com a ação em que reclama uma indemnização de 900 milhões de euros. Com isso, o comendador tenta demonstrar o “cinismo” de quem quer “deitar mão a tudo” e de quem “não se importa com a ruína dos clientes” que as próprias instituições tornaram devedores, e isto quando estava em cima da mesa um processo negocial bem avançado e perto de um acordo para uma solução para as dívidas.

De acordo com as informações recolhidas pelo ECO, são já duas dezenas de ações que os bancos colocaram contra o comendador para recuperar o dinheiro emprestado, num total de cerca de 1.000 milhões de euros, abrangendo execução de penhoras como a Associação Coleção Berardo (dona das obras de arte) e outros ativos como o Monte Palace na Madeira. Só agora Berardo contra-atacou com uma ação (podem vir mais) contra Caixa Geral de Depósitos, BCP, Novobanco e BES.

Do lado dos bancos, a chuva de processos vem confirmar o que tem sido dito e reiterado pelos banqueiros ao longo de todo o processo: que farão o que estiver ao alcance para recuperar o que lhe é devido. Foi o que disse ainda esta quarta-feira o BCP ao ECO.

Porém, o empresário diz que foi enganado pelos bancos a assumir dívidas para comprar ações no BCP, sabendo eles que o banco não estava nas melhores condições financeiras, e reclama 800 milhões por perdas causadas à Fundação José Berardo e ainda uma indemnização de 100 milhões por danos morais. Berardo admite mesmo que entrou em “depressão profunda” a partir do momento em que o tornaram no “Responsável Disto Tudo”.

No processo que colocou no início desta semana, Berardo ataca os bancos. Alega que não só o enganaram no momento inicial da concessão de crédito, como também quando renegociaram as dívidas, fazendo-o levar a crer que a desvalorização das ações do BCP era passageira e o preço ia recuperar assim que a crise passasse.

Mas a queda das ações do BCP foi irreversível e como os bancos não venderam os títulos no momento devido, em cumprimento do que estava nos contratos, deram origem ao buraco que agora querem tapar com as 20 ações nos tribunais, acusa Berardo.

“Só vieram a exercer efetivamente os seus direitos de crédito, através da venda dos penhores, (…) e, posteriormente, com a instauração de ações judiciais, quando já de nada lhes adiantava esconder a sua verdadeira situação”, argumenta.

“Trataram só então, cinicamente, de recolher o que podiam do crédito mal concedido e cujas condições de cobrança tinham deliberadamente deteriorado, do que eram os principais responsáveis, sem se importarem com a ruína dos clientes que tinham tornado devedores e que, como foi o caso de Joe Berardo, e da Fundação José Berardo e da Metalgest, tinham levado ardilosamente a colaborar para evitar a sua derrocada e a do sistema financeiro, sem o reconhecerem e enjeitando qualquer responsabilidade pelos danos causados”, alega a defesa.

Detenção travou acordo com bancos

Berardo afirma que também foi levado ao engano quando deu os títulos da Associação Coleção Berardo “para manter as operações [os financiamentos] em situação formalmente regular”, mantendo-se assim fora do radar dos auditores e Banco de Portugal.

Quando os bancos se depararam com o buraco que tinha sido aberto pela desvalorização do BCP na bolsa, “indiferentes a tudo que não fossem os seus diretos interesses e em detrimento do interesse dos clientes, (…) trataram de procurar cobrar por todos os meios” as dívidas de Berardo.

O comendador diz que é notável que, na “ânsia de a tudo deitarem mão, de qualquer maneira e em perfeito autismo”, as instituições tenham ignorado as negociações em curso para encontrar uma “solução adequada ao histórico dos créditos e às circunstâncias em que foram constituídos, mantidos e garantidos, por manifesto interesse dos bancos”.

As negociações corriam bem, iam adiantadas e já havia inclusivamente um projeto de acordo elaborado pelo Novobanco e que teve a concordância dos outros dois bancos, ficando a faltar se se devia procurar obter garantias do Estado, conta Berardo.

Contudo, depois da “inopinada” detenção do empresário e investidor da Madeira no verão do ano passado, por alegada fraude à Caixa, os bancos deixaram de responder para prosseguirem as negociações e desistiram do acordo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Herdeiros” da Qimonda voltam a Hanôver com 200 engenheiros em falta

Critical Manufacturing precisa de 200 engenheiros após disparar vendas para semicondutores e dispositivos médicos. Empresa da Maia é uma das que fala hoje com Costa, antes da Hannover Messe.

Francisco Almada Lobo trabalhava na mega fábrica de componentes eletrónicos da Qimonda em Vila do Conde quando a multinacional entrou em processo de insolvência. Em conjunto com outros antigos quadros da empresa alemã e com o financiamento recolhido junto da Critical Software, grupo de Coimbra fundado por Gonçalo Quadros e João Carreira, fundaram em 2009 a Critical Manufacturing.

Instalada no Tecmaia – Parque de Ciência e Tecnologia da Maia, a fabricante de produtos de software de gestão da produção, automação e analítica para várias indústrias de base tecnológica, que emprega atualmente mais de 300 pessoas, é detida desde 2018 pela gigante de Singapura ASM, cotada na Bolsa de Hong Kong e líder mundial em equipamentos para semicondutores.

A atravessar uma fase de “hipercrescimento” em que viu a faturação disparar num ano de 20 para mais de 33 milhões de euros em 2021, como destaca o cofundador e presidente executivo – impulsionada pelo aumento exponencial da procura por parte dos produtores de chips e de dispositivos médicos na Europa, América e Ásia, que são os maiores clientes –, a Critical Manufacturing está de malas feitas para a Alemanha.

Francisco Almada Lobo, cofundador e CEO da Critical Manufacturing

Entre 30 de maio e 2 de junho vai voltar a marcar presença na Hannover Messe, a maior feira industrial do mundo, em que participa desde 2013 e onde vai ter a companhia de outros 6.500 expositores. No regresso ao formato físico depois do interregno da pandemia de Covid-19, a empresa portuguesa espera que o evento seja um “acelerador de negócios”, por via do contacto com os clientes (são esperados 250 mil visitantes) e pelo facto de Portugal ser o país-convidado nesta edição.

É por isso que, além do stand habitual no espaço em que estão as maiores empresas mundiais com soluções para a indústria, como a Microsoft, Google, SAP, estará igualmente representada no Pavilhão de Portugal, integrado na área de Digital Ecosystems e que soma 375 metros quadrados, contando “aproveitar todas as oportunidades que essa chancela [de país parceiro] pode trazer”. Ao todo, a comitiva portuguesa será composta por 109 empresas industriais.

Nos próximos dias, o primeiro-ministro vai reunir-se em solo nacional com todas estas empresas. Representada pelo Head of Global Sales and Business Development, Augusto Vilarinho, a Critical Manufacturing vai estar no primeiro encontro, agendado para esta sexta-feira, a partir das 14h, no auditório do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), em Braga, onde vão estar 42 empresas, das quais 20 são do distrito do Porto, 20 de Braga, uma da Guarda e uma de Bragança.

Na companhia do presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, no dia 18 de maio, em Aveiro, António Costa, que no final do mês vai inaugurar a feira industrial juntamente com o homólogo alemão, Olaf Scholz, reúne-se com representantes de outras 39 empresas, sendo 35 do distrito aveirense, duas de Coimbra e duas de Viseu; e no dia 24, em Sintra, o chefe do Executivo socialista estará com as restantes 28 empresas: 17 de Lisboa, nove de Leiria, uma de Santarém e uma de Setúbal.

Recrutar engenheiros para subir aos 50 milhões

A prever um novo crescimento das vendas para um patamar acima dos 50 milhões de euros em 2022, antes da partida para Hanôver, o responsável máximo da empresa maiata que exporta a quase totalidade da produção – os melhores clientes estão na China, Taiwan, Alemanha, Escandinávia, Reino Unido, EUA, Malásia e Singapura – diz ao ECO que “fruto do crescimento que a empresa tem tido, de quase 70% em relação ao ano anterior, são inúmeros os projetos de transformação digital nos quais está envolvida, em algumas das maiores empresas industriais de alta tecnologia em 25 países”.

Depois de ter reforçado as equipas com uma centena de pessoas em 2021, a empresa que fornece multinacionais como a Infineon, Osram, Philips e Wolfspeed nos semicondutores, a B. Braun e a Medtronic nos dispositivos médicos ou a TDK na eletrónica, numa lista total superior a 80 clientes, tem para ocupar este ano perto de 200 vagas, destinadas a profissionais das áreas de engenharia e desenvolvimento de software, automação, data science e engenharia de gestão industrial.

Temos estado em permanente evolução em termos de modo de trabalho, de formação em tecnologias de ponta, e de remuneração e outros benefícios.

Francisco Almada Lobo

Cofundador e CEO da Critical Manufacturing

“As dificuldades de recrutamento têm que ver com o número de profissionais de que precisamos e com o facto de o mercado estar cada vez mais competitivo. É por esta razão que a empresa tem estado em permanente evolução em termos de modo de trabalho, de formação em tecnologias de ponta, e de remuneração e outros benefícios”, sublinha Francisco Almada Lobo, que é formado em Engenharia Eletrotécnica pela Universidade do Porto.

Este é precisamente o maior desafio nas mãos de Liliana Macedo, que em abril entrou nesta companhia que tem colaboradores espalhados por Portugal, Alemanha, EUA e China, para gerir o departamento de People Operations. Com mais de 15 anos de carreira em empresas internacionais de setores como as tecnologias de informação e os dispositivos médicos, foi recrutada à New Work, onde desempenhava funções na área de recrutamento e seleção de perfis tecnológicos, depois de ter passado quase seis anos pela BTL Industries Brasil.

No que toca a investimentos, o maior está a ser executado na Maia, num montante próximo de dois milhões de euros, para ampliar as instalações de 2.500 para 3.700 metros quadrados. Com grande parte da equipa agora em regime de trabalho remoto, o projeto envolve também a reformulação das áreas funcionais, com o objetivo de fazer “coabitar soluções habituais de trabalho, como secretárias, e zonas de caráter colaborativo”, com sistemas de videoconferência.

Já em termos de produto, uma das estrelas na Hannover Messe vai ser a nova versão do software de gestão de operações (MES na sigla inglesa) desenvolvido pela empresa, que pode ser disponibilizado na cloud, nas instalações do cliente ou de forma híbrida, com recurso a diferentes tecnologias. “Estando o mundo em constante mudança devido a pandemias, guerras e novas aquisições, é necessário haver um software que seja rápido de implementar, em qualquer lado e a qualquer hora”, reforçou o presidente da Critical Manufacturing.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.