Sem aumento salarial ou progressão? Quase metade dos jovens vão entrar em “quiet quitting”

A remuneração é a principal razão que motiva o "despedimento silencioso", revela um inquérito da Robert Walters.

Protestando contra quedas nos padrões de vida e salários estagnados há demasiado tempo, quase metade dos jovens com menos de 30 anos dizem que pretendem fazer o “mínimo” para a sua função, caso os salários e o potencial de progressão de carreira permaneçam estáticos. Entrarão em quiet quitting, revela um inquérito levado a cabo pela Robert Walters.

“Esse comportamento não é totalmente novo, sempre houve indivíduos menos motivados no local de trabalho. No entanto, a verdadeira preocupação aqui é que, ao contrário daqueles poucos trabalhadores que tendem a ser conscientemente menos produtivos no trabalho, ‘desistir em silêncio’ é, muitas vezes, um ato subconsciente gerado por frustrações no trabalho”, explica o CEO da Robert Walters, Toby Fowlston.

A principal razão que motiva a ‘demissão silenciosa’ dos profissionais com menos de 30 anos é a remuneração. Embora, para alguns, 2022 tenha sido um ano recorde para aumentos salariais, especialmente para aqueles que decidiram mudar de trabalho, conseguindo aumentos de até 25%, a realidade que o estudo da consultora de RH mostra é de uma incapacidade de os salários corresponderem ao aumento do custo de vida. Os jovens passaram a “agir de acordo com o seu salário” e, de repente, sentem que são “muito mal pagos”.

Sempre houve indivíduos menos motivados no local de trabalho. No entanto, a verdadeira preocupação aqui é que, ao contrário daqueles poucos trabalhadores que tendem a ser conscientemente menos produtivos no trabalho, ‘desistir em silêncio’ é, muitas vezes, um ato subconsciente gerado por frustrações no trabalho.

Toby Fowlston

CEO da Robert Walters

“Em todos os casos de dificuldades económicas, são os jovens trabalhadores que recebem salários mais baixos que mais sentem o ónus financeiro. A sua falta de experiência profissional – exacerbada ainda mais pela pandemia – coloca-os numa posição muito mais fraca do que a dos seus colegas mais velhos e experientes, ao tentar negociar salários mais altos”, defende Toby Fowlston.

E acrescenta: “Os empregadores não poderão aumentar os salários na mesma taxa de inflação – isso é um fato –, então é aqui que regalias e benefícios realmente têm a chance de fazer a diferença. Cada vez mais, vouchers de serviços públicos, cartões de viagem e assinaturas de streaming são oferecidos aos funcionários”, revela.

O inquérito, levado a cabo pela equipa da Robert Walters de Londres, envolveu 450 respostas de vários países da Europa, incluindo Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street fecha semana em baixa com investidores a anteciparem nova subida dos juros

  • ECO
  • 9 Dezembro 2022

Três principais índices norte-americanos fecharam em baixa acima de 0,70%. Investidores antecipam nova subida das taxas de juro de 50 pontos base pela Reserva Federal dos EUA na próxima semana.

Os três principais índices de Wall Street encerraram a última sessão da semana no vermelho, pressionados pelos dados do Índice de Preços no Produtor (IPP) nos EUA relativos a novembro, que ficaram acima do esperado, aumentando assim os receios do endurecimento da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed) já na reunião da próxima semana.

O IPP dos EUA aumentou 0,3% em novembro em cadeia, pela terceira vez consecutiva, enquanto em termos homólogos acelerou para 7,4%, acima das previsões que apontavam para 7,2%, segundo os dados publicados esta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano.

Esta sexta-feira, o PSI valorizou 0,11% para 5.751,82 pontos, impulsionado pelos ganhos da Altri (+1,88%), Navigator (+1,85%) e Semapa (+1,29%), enquanto o cenário na Europa também foi positivo — com exceção da praça de Londres, que se manteve inalterada.

Os reguladores do Reino Unido multaram o Santander em 107,8 milhões de libras (125 milhões de euros) por por repetidas falhas no combate à lavagem de dinheiro, avança a imprensa internacional. Uma investigação concluiu que, entre 2012 e 2017, os sistemas do banco não foram capazes de verificar adequadamente as informações fornecidas pelos clientes sobre determinados negócios.

“A má gestão do Santander dos seus sistemas anti-lavagem de dinheiro e as suas tentativas inadequadas de resolver os problemas criaram um risco prolongado e grave de lavagem de dinheiro e crime financeiro“, disse Mark Steward, diretor executivo de fiscalização e supervisão de mercado da Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês), citado pela Bloomberg.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Isabel dos Santos usa dinheiro dos diamantes de Angola para pagar advogados

  • ECO
  • 9 Dezembro 2022

Empresa no Dubai criada para comprar diamantes a baixo preço ao Estado angolano financia defesa da empresária na Holanda, segundo investigação do Expresso.

Uma investigação feita pelo Expresso e pela SIC, em parceria com o jornal holandês NRC, mostra que pelo menos parte do dinheiro que Isabel dos Santos tem usado para pagar a advogados vem de uma companhia no Dubai, a Nemesis International DMCC, que terá sido criada para comprar diamantes a baixo preço ao Estado angolano e revendê-los no mercado internacional.

Na Holanda, duas empresas da angolana envolvidas numa disputa em tribunal com a Sonangol recorreram a empréstimos da Nemesis para suportar os custos dos advogados holandeses. Uma delas, a Exem Oil & GasBV, acumulava 2,4 milhões de euros de dívida à Nemesis em dezembro de 2021, avança o Expresso (acesso pago).

Desde que a investigação do Luanda Leaks começou a ser divulgada no início de 2020, Isabel dos Santos tem trabalhado com alguns dos melhores escritórios de advocacia nos vários países europeus onde tinha negócios. Mas com os bens arrestados em Portugal e na Holanda, a empresária tem pago esses serviços através da referida empresa que compra diamantes ao Estado angolano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo promete Agenda para atrair e qualificar trabalhadores para o turismo

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2022

Secretário de Estado do Turismo diz que o Governo vai criar uma Agenda com cinco eixos para atrair e qualificar pessoas para trabalharem no turismo, um dos problemas que mais assombram o setor.

O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços disse esta quinta-feira, nos Açores, que o Governo vai criar uma Agenda para atrair e qualificar pessoas para trabalharem no turismo, um constrangimento com que o setor se depara.

Nuno Fazenda, que tomou posse em 2 de dezembro, afirma que as duas primeiras prioridades e para as quais vai dar resposta são “as pessoas e as empresas”.

“As pessoas – precisamos de mais pessoas, mais qualificações, mais profissionais do turismo. O turismo é feito de pessoas para pessoas. No turismo, o que verdadeiramente conta é o software. E, no Turismo, o software somos nós – as pessoas”, recordou Nuno Fazenda, na abertura do 47.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em Ponta Delgada, nos Açores.

O secretário de Estado do Turismo recordou também que, atualmente, uma das principais dificuldades com que se deparam as empresas é a falta de pessoas e de mão-de-obra qualificada. E é, por isso, que o Governo “vai criar uma Agenda para a atração e qualificação de pessoas para o turismo”, sublinhou.

Segundo o governante, essa Agenda atuará em cinco eixos: Reforçar a qualificação dos recursos humanos; Criar uma campanha específica para o trabalho no turismo, que aproxime as pessoas e as empresas; Promover uma maior agilização na emissão de vistos para trabalhar em Portugal; Disponibilizar apoios às empresas para a contratação estável de recursos humanos e valorizar as profissões do turismo e as remunerações.

Neste último caso, Nuno Fonseca diz que o acordo de rendimentos, assinado recentemente em sede de Concertação Social, foi “um passo importantíssimo neste domínio”.

“Saúdo, por isso, o senhor presidente da CTP [Confederação do Turismo de Portugal], Dr. Francisco Calheiros, pelo seu trabalho e pelo acordo que foi alcançado. O Governo não deixará de o cumprir. Esta é uma agenda muito importante e que iremos levar a cabo. É estratégica, é necessária e vamos fazer acontecer”, concluiu o secretário de Estado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Isabel dos Santos, juros e benefícios fiscais

  • ECO
  • 9 Dezembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Isabel dos Santos paga advogados com diamantes de Angola. Benefícios fiscais ao imobiliário atraem dois mil milhões de euros por ano. Portugal lidera subida dos juros para comprar casa na Zona Euro. Conheça estas e outras notícias que estão a marcar esta sexta-feira.

Isabel dos Santos paga advogados com diamantes de Angola

Desde que a investigação do Luanda Leaks começou a ser divulgada, no início de 2020, Isabel dos Santos tem trabalhado com alguns dos melhores escritórios de advocacia nos vários países europeus onde tinha negócios. Mas, depois de as autoridades em Portugal e Holanda terem decidido arrestar contas bancárias, casas e participações em empresas, a empresária tem pago estes serviços com dinheiro de uma companhia no Dubai, a Nemesis International DMCC, criada para comprar diamantes a baixo preço ao Estado angolano e revendê-los no mercado internacional, noticia o Expresso.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Benefícios fiscais ao imobiliário atraem dois mil milhões por ano

Os benefícios fiscais, que em Portugal assumem várias formas, como a isenção nas mais-valias dos fundos imobiliários, estão a transformar a habitação num investimento muito apetecível para detentores de grandes fortunas, fundos de pensões estrangeiros e bancos. Em Portugal, o investimento que escolhe o imobiliário apenas porque os impostos favorecem a rentabilidade do negócio supera os dois mil milhões de euros por ano, de acordo com cálculos feitos para o Público com base em dados oficiais sobre transações imobiliárias e impostos cobrados aos principais fundos.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Portugal lidera subida dos juros para comprar casa na Zona Euro

Em dezembro de 2021, uma família em Portugal que contraísse um empréstimo para comprar casa pagava, em média, 0,83% de taxa de juro. Menos de um ano depois, em outubro de 2022, a taxa tinha subido para 2,86%. Foi o aumento mais expressivo de todos os países da Zona Euro. Um incremento dos juros com reflexos pesados nas prestações mensais ao banco. Por cada 150 mil euros de crédito, a 30 anos, com spread de 1% e indexado à Euribor a seis meses, o agravamento da prestação no espaço de um ano atinge os 212 euros. Ou seja, mais 48%.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Empresas vão poder pagar IVA em prestações de forma permanente

No próximo ano, o pagamento do IVA a prestações, sem juros e penalidades, pode ser feito de forma estrutural em até três prestações mensais, com um valor mínimo de 25 euros. O regime temporário tinha sido criado apenas para o ano de 2022, para aliviar os efeitos que a Covid teve na atividade e na tesouraria das empresas. E aplica-se apenas a liquidações emitidas oficiosamente pela Autoridade Tributária, dispensando-se da prestação de quaisquer garantias e juros.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Antiga dona da Cimpor põe ações de 118 milhões contra o Estado

A Intercement, antiga dona da Cimpor, interpôs no final de novembro duas ações contra o Estado Português, o Ministério das Finanças e a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, com um valor total de 118,2 milhões de euros. A razão destas ações tem por base questões fiscais que se cruzam com uma responsabilidade assumida pelo Estado na altura das reprivatizações, a qual está sujeita a um prazo de prescrição de 20 anos.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concorrência dos EUA quer travar compra da Activision pela Microsoft

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2022

A Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos (FTC) vai tentar impedir a compra da Activision Blizzard, uma das maiores empresas de videojogos do mundo, pela Microsoft.

A Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos (FTC) anunciou que vai tentar impedir a compra da Activision Blizzard, uma das maiores empresas de videojogos do mundo, pela Microsoft, uma operação avaliada em 69 mil milhões de dólares.

Segundo a FTC, autoridade da concorrência norte-americana, a compra poderia prejudicar os consumidores pois permitiria à Microsoft ficar com importantes títulos de videojogos desenvolvidas pela Activision, como “Warcraft”, “Call of Duty” ou “Candy Crush”.

A queixa da FTC refere aquisições anteriores de jogos pela Microsoft, especialmente à Bethesda Softworks, como um exemplo onde a Microsoft tornou alguns títulos de jogos populares exclusivos, apesar de ter garantido aos reguladores europeus que não tinha intenção de o fazer.

O presidente da Microsoft, Brad Smith, indicou em comunicado que a empresa provavelmente contestará a decisão da FTC.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

António Domingues regressa à banca em Portugal como não executivo do Banco CTT

Banco CTT tem novo conselho de administração. António Domingues é uma novidade, regressando à banca após a curta e polémica passagem pela Caixa. Ana Maria Fernandes, ex-CEO da EDP Renováveis, é outra.

António Domingues está de regresso à banca em Portugal, depois da curta e atribulada passagem pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) há seis anos. O gestor (ex-BPI) foi eleito administrador não executivo na nova administração do Banco CTT, que conta com outra novidade: Ana Maria Fernandes, a antiga CEO da EDP Renováveis e que também passou pelo banco público.

Contactado pelo ECO, António Domingues — que, como independente, vai integrar ainda a comissão de auditoria — confirmou que passou a integrar o board do banco postal, mas não quis fazer mais comentários.

A nova administração do Banco CTT foi eleita no início desta semana em assembleia geral, depois de ter tido aprovação prévia do Banco de Portugal, avançou fonte oficial da instituição financeira ao ECO.

Para António Domingues é um regresso à banca de retalho em Portugal – ainda que assumindo funções não executivas e numa instituição ainda a afirmar-se no mercado – depois de décadas no BPI e da passagem de poucos meses como CEO da Caixa em 2016, na sequência da polémica relacionada com a entrega de declaração de rendimentos e de património ao Tribunal Constitucional.

Houve mesmo uma comissão de inquérito no Parlamento para apurar responsabilidades neste caso. O gestor acreditava que ele e a sua equipa estavam isentos da entrega dessas declarações ao tribunal, aquando das negociações com o ministro das Finanças para ir para o banco público negociar com Bruxelas e liderar o plano de recapitalização. Mário Centeno admitiu um “erro de perceção mútuo” neste caso e que António Domingues – que acabaria por se demitir em dezembro desse ano – teria mesmo de declarar ao abrigo do estatuto do gestor público.

Nos últimos seis anos, António Domingues passou pela administração da telecom NOS e ainda pela administração do BFA, o banco angolano onde o BPI tem uma participação financeira de 49%. Integra ainda o conselho de administração do Haitong, o banco de investimento que era do BES.

CTT renovam board do banco antes da Generali entrar

Além de António Domingues, os CTT apontaram mais dois novos nomes para o conselho de administração do seu banco: Ana Maria Fernandes, a antiga CEO da EDP Renováveis e que também passou pela administração da Caixa; e ainda Maria de Sousa Coutinho.

Com estas mudanças, o board do Banco CTT passam a ter 12 membros (mais um do que a anterior administração), mantendo-se João Moreira Rato como chairman e Luís Pereira Coutinho a liderar a comissão executiva, que não regista alterações. Tem mandato até dezembro de 2025. Recentemente foram alterados os estatutos do banco para alargar o número máximo de administradores para 13.

As alterações na administração surgem numa altura em que o banco se prepara para receber um novo acionista: a seguradora Generali, que vai ficar com uma participação de 8,71% por 25 milhões de euros. A operação aguarda luz verde dos reguladores.

A par da área do Expresso e Encomendas, o Banco CTT é a alavanca de crescimento dos CTT para o futuro, perante a queda do negócio na distribuição postal. O banco registou lucro de quase 13 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma ligeira descida em relação ao mesmo período do ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

APRIL reforça liderança no “top 100” dos mediadores de seguros em Portugal. Veja o ranking

  • ECO Seguros
  • 9 Dezembro 2022

Os mediadores ou agentes de seguros trazem milhares de milhões de vendas às seguradoras e estão em adiantada fase de concentração empresarial. Veja o "top 100" e o que as faz serem as maiores.

A April Portugal, uma das 17 unidades do grupo líder da distribuição de seguros em França, reforçou a sua liderança entre as medidoras de seguros em 2021 em Portugal, atingindo um volume de negócios próximo dos seis milhões de euros, tendo também subido os seus resultados líquidos em 50%, relativamente a 2020, para 820 mil euros. A Mercer, empresa do grupo Marsh subiu ao segundo lugar, com 5,2 milhões de euros de faturação anual, enquanto a Santogal, na sua qualidade de mediadora de seguros, é a terceira maior, com perto de cinco milhões de euros de volume de negócios.

Sérgio Nunes, CEO da APRIL Portugal, a distribuidora francesa duplicou as suas vendas nos últimos cinco anos

O ranking foi estabelecido em resultado de uma parceria entre a Informa D&B — empresa que oferece informação e conhecimento sobre o tecido empresarial em Portugal e Espanha e que forneceu as informações objetivas sobre os dados da atividade de todas as sociedades mediadoras de seguros em Portugal em 2021 — e o ECOseguros, que lhe deu um tratamento editorial.

A mediação é um dos principais canais de distribuição de seguros em Portugal. Segundo um relatório da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), em 2021, a venda direta de seguros pelas companhias, através de balcões ou lojas, internet e telefone contou apenas 4,8% do negócio. O canal mediação pesou 94,4% e neste grupo e dentro desta categoria, os bancos pesaram 52,5% de todas as vendas, com especial ênfase no Ramo Vida e essencialmente de seguros associados ao crédito à habitação. Os Correios contaram com 2,3% das vendas. As restantes vendas de seguros em 2021, segundo dados calculados a partir de valores da APS, 39,6% do total, foram conseguidas por mediadores.

Estes mediadores, já utilizando um estudo divulgado pela ASF, entidade supervisora do setor, obtiveram um total de remunerações ou comissões de 1.041 milhões de euros em 2021, dos quais 2,2 milhões (0,2%) foram para mediadores de resseguros, 8,9% para mediadores individuais – muitas vezes pessoas singulares que acumulam seguros com outras profissões -, e os cerca de 70 corretores ativos faturaram, em conjunto, quase 166 milhões de euros. O restante foi obtido por mediadores coletivos sob a forma de sociedades no total em 787 milhões de euros e que representam 75,6% de todas as comissões.

A atividade da mediação de seguros, atualmente com a designação de “agentes”, mantém-se pulverizada apesar da redução drástica sucedida na última década. No final de 2021, segundo dados da ASF, estavam ativos 11.932 mediadores, dos quais 3.748 eram sociedades e 8.184 eram profissionais individuais.

As sociedades de mediação presentes no “top 100”, sendo menos de 1% dos mediadores coletivos, obtiveram 17% das receitas em 2021 conseguidas por estes, cerca de 133 milhões de euros, crescendo 12,4% relativamente a 2020, com lucros 15% acima de um ano antes num total de 36,3 milhões de euros.

O que faz crescer a April em Portugal

Acima de um milhão de euros de volume de vendas estão as 35 primeiras mediadoras coletivas, com liderança da April Portugal. É uma grande distribuidora com base em França, está em 18 países – depois da recente entrada no Dubai – e fatura 544 milhões de euros por ano, o que leva Portugal a representar, por enquanto, 1% do negócio global.

No entanto, uma estratégia ativa, de conseguir retirar da órbita dos bancos seguros de Vida ligados ao crédito à habitação, tem colocado a April na rota do crescimento, que no último ano atingiu 17,5% relativamente a 2020 e, nos últimos cinco anos, duplicou o volume de vendas em Portugal.

Com mais de 400 mediadores a trabalhar em exclusivo neste negócio para a April, a mediadora tem-se afirmado, segundo fontes do mercado, devido a comissionamento favorável aos agentes e a preços competitivos das apólices. A empresa coloca a maioria dos seguros de Vida em França na Axéria Prévoyance, uma companhia sob supervisão, com um volume de cerca de 400 milhões de euros de prémios por ano. Tem também, na sua oferta, outros seguros de pessoas distribuídos pela sua rede de mediação.

35 maiores faturam mais de um milhão de euros

Vivendo essencialmente de comissões pagas pelas seguradoras que aceitam as suas apólices, a mediação de seguros pode, estimativa ECOseguros, emitir prémios no valor de cinco mil milhões a seis mil milhões de euros por ano. No entanto, a concentração está a acontecer devido a uma crescente integração em grupos de corretagem e a movimentos de fusão ou de aquisições entre mediadoras, mas também existem as mediadoras exclusivas de uma só companhia.

Grandes subidas entre as que faturam 700 mil e um milhão de euros

No ranking das 100 maiores corretoras 42 são multimarca, fazendo da diversidade de escolhas para oferecer aos clientes a sua vantagem. As ligadas a grupos corretores são 13, para além da APRIL, quatro estão na órbita da corretora Villas Boas, três da MDS, duas da CBK, enquanto os corretores F.Rego, Sabseg e Marsh contam com uma parceira de mediação no “top 100”.

Ainda há 22 mediadoras exclusivas de seguradoras, sete da Tranquilidade, cinco da Fidelidade, quatro do Grupo Ageas, e uma da Lusitania, da Zurich e da Allianz. Os mediadores/agentes de seguros podem ter ligações diretas a companhias de seguros, ao contrário dos corretores que têm de ser independentes destas, sendo mesmo obrigados a dispersarem a carteira de seguros angariados por várias seguradoras diferentes.

Em relação a volume de faturação, a primeira classificada faturou quase seis milhões de euros e a n.º 100, Gonçalo Faísca – Mediação de Seguros, obteve um volume de vendas de 535 mil euros, pouco mais que a Dêncio, que por três mil euros ficou no lugar 101. No núcleo de 35, acima do milhão de vendas o destaque vai para a Vitorinos, que entrou no top 10 após um crescimento de 34%, a Europamut, exclusiva da seguradora de saúde mgen, que subiu a 15.ª, a Maratona Vanguarda, de Braga, que ganhou nove lugares para 20.º e a Joana & André, de São Vicente da Beira que, após um crescimento de 85%, ganhou 16 lugares para 22.º.

Foram 27 as mediadoras que faturaram entre 700 mil euros e um milhão. Destacam-se a Multigaia que ganhou 18 lugares para 36.º, a S.G.S. que subiu 54 posições após crescer 86% as suas vendas em 2021 a Ritual Seguros, exclusiva Ageas, foi para 46º de 64.ª em 2020, a leiriense Startmed que ganhou 29 lugares, a Nuno Pintassilgo, exclusiva da Tranquilidade em Loulé, que passou a ser 54.ª maior do país e a CBK Açores que cresceu negócio em 33% subindo 18 lugares no ranking.

Sete mediadoras com entrada direta para o ranking das 100 maiores

Entre as 38 últimas do “top 100”, destaque para as que entraram de novo no ranking. O Meu Agente, exclusiva da Tranquilidade em Meda, foi direta para 79.º lugar, a Insure, da rede MDS, para 85.º, e deVere & Partners de Gaia para 86.º, a Segursal, exclusiva Fidelidade em Alcácer do Sal para 88.º, a Citylar, da Mealhada, para 89.º e finalmente a CBK Lisboa, para 99º, e a Gonçalo Faísca para n.º 100 (quando um ano antes era 113.ª).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Dezembro 2022

É o segundo e último dia da greve de tripulantes de cabine da TAP (mas haverá mais cinco dias em janeiro). António Costa marca presença na cimeira dos países do sul da Europa.

No último dia da semana, o primeiro-ministro estará presente na cimeira dos países do sul da Europa, também conhecida como MED-9, enquanto o Parlamento discutirá novamente, na especialidade, a legislação relativa ao Trabalho. Esta sexta-feira, termina uma greve – a dos tripulantes de cabine da TAP –, mas começa outra – a dos professores, por tempo indeterminado. O INE publica ainda dados sobre o comércio internacional, os custos de construção das casas novas e o volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas na indústria.

Costa participa na Cimeira dos países do sul da Europa

A cidade espanhola de Alicante é o palco da cimeira do grupo MED-9, que reúne esta sexta-feira os líderes políticos de nove países do Mediterrâneo e do sul da Europa, nomeadamente Portugal, Espanha, França, Itália, Eslovénia, Grécia, Itália, Malta e Chipre. O primeiro-ministro, António Costa, marca presença nas sessões de trabalho sobre a autonomia estratégica aberta, com foco no tema da energia, e sobre governação económica. De manhã, há uma reunião com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, sobre o Corredor Verde Europeu.

Termina greve dos tripulantes de cabine da TAP

A greve convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que teve início à meia-noite do dia 8, termina esta sexta-feira às 23h59. Os tripulantes de cabine da TAP protestam pela assinatura do novo Acordo de Empresa, que estabelecerá as novas condições salariais e laborais dos tripulantes, e que substitui o Acordo de Emergência assinado em 2021. Na terça-feira, a assembleia geral do SNPVAC aprovou mais cinco dias de greve a marcar até fim de janeiro.

Início da greve nacional de professores por tempo indeterminado

A partir de hoje, os professores iniciam uma greve por tempo indeterminado, convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP) em protesto contra as propostas de alteração aos concursos e para exigir respostas a problemas antigos. Entre as principais reivindicações, o STOP defende a contabilização de todo o tempo de serviço, o fim das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões e a possibilidade de aposentação sem penalização após 36 anos de serviço.

Agenda do Trabalho Digno volta a ser discutida no Parlamento

O diploma do Governo que altera as leis laborais volta esta sexta-feira a ser discutido na comissão de Trabalho, Solidariedade e Segurança Social na Assembleia da República. Algumas iniciativas legislativas em destaque para serem discutidas e votadas na especialidade são a consagração das 35 horas como período normal de trabalho no setor privado, o reforço dos mecanismos de combate ao trabalho forçado e a outras formas de exploração laboral ou reconhecimento do direito a 25 dias de férias no setor privado.

Como evoluem as exportações? E os custos de construção de casas novas?

Esta sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga dados de outubro do comércio internacional, depois de o défice da balança comercial sofrer em setembro um agravamento de 820 milhões de euros e atingir 2.699 milhões de euros. Há ainda estatísticas de outubro dos custos de construção de habitação nova – que aumentaram 13,4% no mês anterior – e do volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas na indústria.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Regulamentação atrasa lançamento da “criptomoeda” do Benfica

O Benfica queria lançar um "fan token" no verão na plataforma Socios.com, mas o projeto está atrasado devido a procedimentos regulamentares. Até lá, oferece bilhetes e experiências aos adeptos.

“Vamos em breve anunciar o lançamento do nosso token, no verão.” A declaração do CEO do Grupo Benfica remonta a 30 de maio, numa conferência de imprensa sobre a última emissão obrigacionista do clube, e surgiu em resposta a uma pergunta sobre as últimas tendências do mundo dos criptoativos. Domingos Soares de Oliveira confirmava, assim, que também o Benfica iria apostar no lançamento de uma espécie de criptomoeda própria. Em bom rigor, um criptoativo.

Por não estar previsto, o anúncio apanhou de surpresa alguns dos envolvidos. No entanto, mais de seis meses depois, com o verão para trás e o inverno à porta, o fan token do Benfica continua sem ver a luz do dia. A única informação adicional foi a avançada pelo ECO em junho, quando noticiou que a plataforma escolhida pelas “águias” como parceiro oficial para este projeto foi a Socios.com. A mesma onde negoceia o fan token da Seleção Nacional.

Tanto o Benfica como a Socios.com asseguram que o projeto de lançar um fan token se mantém em cima da mesa e continuam a prometer que a data do lançamento vai ser anunciada “em breve”. Depois de a Seleção e o Porto terem lançado os seus próprios fan tokens em 2021, o objetivo do Benfica é disponibilizar aos adeptos um criptoativo que, além de oscilar em valor como as criptomoedas, também possibilita aos detentores um envolvimento adicional com o clube por via de votações, merchandising e campanhas de ativação de marca.

No entanto, o anúncio do Benfica teve um mau timing. Apesar de o mercado de criptoativos já estar a arrefecer naquela altura, perdeu mais 35% do seu valor desde então e o preço da bitcoin, a criptomoeda mais popular do mundo, afundou 64%, passando de 47,5 mil para os atuais 17 mil dólares. Os fan tokens têm características diferentes, mas nem por isso estão imunes aos efeitos do maior pessimismo dos investidores. Um pessimismo que se agravou significativamente nos últimos meses, com o colapso de grandes projetos, incluindo da FTX, que era uma das principais corretoras internacionais de criptoativos.

Fonte oficial da Socios.com assegura que a plataforma e o Benfica “continuam totalmente comprometidos em fornecer aos fãs do clube novas oportunidades para se envolverem com a equipa e ganhar recompensas através do fan token $BENFICA”. Acrescenta que “a situação no mercado não tem impacto na data do FTO”, sigla que significa fan token offering. Diz respeito à operação de venda inicial das unidades do criptoativo aos investidores, geralmente, por um preço menor do que estas valem no instante em que começam a negociar no mercado.

“Os fan tokens não são ativos financeiros, mas ferramentas para o envolvimento dos adeptos. Ainda que o preço possa ser impactado pela situação do mercado cripto, o seu valor está ligado à sua utilidade, que não é influenciada de todo pelo mercado”, continua a mesma fonte. Para explicar que as condições do mercado não estão na origem do atraso no lançamento do fan token do Benfica, a Socios.com argumenta que “continuou a crescer e a investir no seu projeto de longo prazo durante o chamado ‘inverno cripto’, aumentando o número de parceiros e de utilizadores, duplicando o número de trabalhadores e abrindo novos escritórios à volta do globo em 2022″.

Além disso, “a Socios.com levou a cabo múltiplos FTO durante os últimos meses, incluindo os de clubes de topo brasileiros Vasco da Gama e Fluminense e dos clubes da LaLiga Sevilla FC e Real Sociedad”, reforça a empresa. (Apesar da venda inicial, até esta quarta-feira, nenhum dos fan tokens mencionados tinha começado a negociar livremente no mercado, segundo o site da empresa.)

Imagem promocional do fan token do Benfica, divulgada pelo clube e pela Socios.comBenfica/Socios.com

Então, qual a explicação para o atraso? Nem a Socios.com nem o Benfica dão detalhes sobre o caminho que está a ser feito até ao lançamento do fan token $BENFICA. No entanto, uma fonte familiarizada com o assunto disse ao ECO que o adiamento no calendário estará relacionado com a regulamentação existente em Portugal, numa altura em que a plataforma atualiza os seus próprios procedimentos ao enquadramento legal em vigor.

Não foi possível apurar se está em causa o novo regime fiscal dos criptoativos, aprovado com o Orçamento do Estado para 2023, ou se as questões se prendem com outro tipo de regulamento. Mas, resumidamente, a Socios.com e o Benfica querem garantir que tudo é feito respeitando o enquadramento legal português. E, como se sabe, este é um momento em que os criptoativos estão sob forte escrutínio dos reguladores em todo o mundo.

Em Portugal em concreto, a partir de janeiro, os criptoativos, onde se incluem os fan tokens, passam a estar sujeitos a impostos. Em linhas gerais, o Governo decidiu que os rendimentos obtidos com a venda de criptoativos detidos por menos de um ano ficam sujeitos à taxa de IRS de 28%, período a partir do qual os ganhos ficam isentos. Serão também tributadas a partir de 2023 outro tipo de cripto-atividades, como a emissão de criptoativos.

Por sua vez, o Banco de Portugal é a entidade competente junto da qual devem registar-se as entidades que exercem atividades com ativos virtuais no país, caso cumpram os requisitos previstos na lei. A Socios.com não surge entre as entidades registadas. O ECO questionou o supervisor bancário sobre este assunto, que respondeu que “o mero lançamento/emissão de tokens não se encontra sujeito a registo junto do Banco de Portugal”. Contudo, a entidade recordou que esteve em consulta pública, recentemente, o “Aviso sobre prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, aplicável às entidades que exercem atividades com ativos virtuais, aguardando-se a sua publicação final”.

Enquanto não há fan token, a plataforma tenta manter algum envolvimento com os adeptos encarnados. “Como parte do nosso compromisso para tornar todos os nossos ativos disponíveis para os fãs, a Socios.com tem oferecido aos adeptos do Benfica o acesso a recompensas e experiências através de funcionalidades abertas e gratuitas na aplicação da Socios.com desde que a parceria foi anunciada no passado verão”, diz fonte oficial. Oito benfiquistas puderam “Voar com a Equipa” nesta época, assegura, e perto de 600 bilhetes para jogos foram oferecidos através da aplicação.

Nos últimos meses, o ECO também tem tentado obter respostas da parte do Benfica. Tal não veio a ser possível até ao fecho deste artigo.

(Notícia atualizada a 12 de dezembro, às 10h30, com resposta do Banco de Portugal)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo promete mais uma linha de crédito para o turismo

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2022

Nuno Fazenda é o novo secretário de Estado do Turismo e na primeira intervenção, no congresso da APAVT, prometeu uma nova linha de apoio às micro e pequenas empresas do setor já em janeiro.

O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, anunciou nos Açores duas linhas de apoio às empresas com uma dotação global de 100 milhões de euros, medidas que considerou darem resposta às reivindicações do setor. “O Governo irá disponibilizar, nos primeiros dias de janeiro, uma nova Linha – a Linha Consolidar + Turismo, com uma dotação de 30 milhões de euros, com gestão do Turismo de Portugal e direcionada às micro e pequenas empresas do setor, que apresentem dificuldades em gerir dívida contraída, designadamente, durante a pandemia“, começou por anunciar. O governante falava na cerimónia de abertura do 47.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em Ponta Delgada, São Miguel, nos Açores, que decorre até domingo.

Segundo Nuno Fazenda, com esta linha as empresas poderão “financiar-se junto do Turismo de Portugal, sem juros, para liquidação de parte dos reembolsos devidos aos bancos durante o ano de 2023, com um prazo de carência de dois anos e um prazo de reembolso total de seis anos”. Isto, acrescentou, permitirá às empresas “suavizar e alongar no tempo as suas necessidades de capital”. Uma linha que – reforça – “dá resposta a revindicações do setor”.

“É uma necessidade para as empresas e temos a resposta”, sublinhou ainda perante uma plateia de empresários e depois de ouvir os apelos dos presidentes da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) nos seus discursos.

“O Governo assegurará ainda, este ano, a concretização da medida de Reforço do Programa Apoiar acordado, com a Confederação do Turismo Português, em outubro passado, no contexto do Acordo de para a Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade. Trata-se da disponibilização de um valor de 70 milhões de euros para as empresas do setor, a fundo perdido, que reforça os valores já recebidos no âmbito do Programa Apoiar”, anunciou depois Nuno Fazenda, acrescentando ser “mais uma resposta – muito importante – para as empresas”.

Estas duas medidas representam globalmente 100 milhões de euros para as empresas. “Chama-se a isto fazer. E fazer com sentido de urgência. Perante as dificuldades compete ao Governo responder com ação. Fazer. E é esse o verbo que estamos já a conjugar.”, disse, pegando no tema do 47.º Congresso APAVT: “Fazer”.

O secretário de Estado lembrou ainda que as empresas são “o motor da economia”, considerando que o país “tem empresas de excelência” e que se tem de “continuar a apoiar as empresas e o investimento”.

Nuno Fazenda referiu ainda que o Governo está já a trabalhar no sentido de assegurar um quadro de outras linhas de apoio às empresas que deverão ser anunciadas no primeiro trimestre do próximo ano.

“Nos fundos europeus, as empresas e o turismo são prioridade. O financiamento às empresas aumenta 90% do ‘Portugal 2020’ para o total das verbas previstas no ‘Portugal 2030’ e no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]. Repito, é um aumento de 90% dos apoios às empresas no âmbito do próximo ciclo de fundos europeus. No PRR, contamos, muito em breve, assinar o contrato da Agenda Acelerar e Transformar o Turismo. Trata-se de um investimento de 151 milhões de euros com investimentos de natureza empresarial, muito importantes na transição climática e digital”, enumerou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Turismo elogia secretária de Estado demitida por Costa Silva

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2022

O congresso da APAVT foi o primeiro do novo governante do turismo, Nuno Fazenda, mas serviu para os líderes associativas elogiaram o trabalho da secretária de Estado demitida por Costa Silva.

Os presidentes da Confederação do Turismo de Portugal e da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo deram as boas-vindas ao novo secretário de Estado do setor, Nuno Fazenda, a quem ‘prometeram’ frontalidade e trabalho árduo. Na cerimónia de abertura do 47.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), a decorrer em Ponta Delgada, nos Açores, os dois líderes setoriais elogiaram o trabalho realizado pela anterior governante com a pasta do turismo, demitida pelo ministro Costa Silva.

Em 2 de dezembro, Nuno Fazenda tomou posse como secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, em substituição de Rita Marques, depois da sua exonerada da pasta, que está sob a alçada do Ministério da Economia e do ministro Antonio Costa Silva.

O presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, começou por dar nota da “inesperada alteração na tutela”, expressando “agradecimento e admiração, quanto ao trabalho absolutamente excecional da engenheira Rita Marques”.

“Por agora, em nome dos agentes de viagens, só queremos dizer obrigado. E sim, obrigado soa-nos a todos insuficiente, mas por outro lado, tudo o que tentarmos dizer não parecerá suficiente. A Rita esteve ao leme no momento mais difícil das nossas vidas empresariais [pandemia de covid-19] e só me ocorre dizer que sem ela não teríamos conseguido chegar a porto seguro”, afirmou Pedro Costa Ferreira.

Já o presidente da CTP, Francisco Calheiros, disse querer “reforçar as palavras” de Pedro Costa Ferreira no que à ex secretária de Estado do Turismo diz respeito, enaltecendo ter sido “a primeira vez” que o setor lidou com um governante que “anunciava que ia fazer uma medida e depois fazia 10”.

Francisco Calheiros referiu ainda, a este respeito, citando palavras “do primeiro-ministro, António Costa,” que numa reunião afirmou que “a melhor parceria público-privada que existia era a do Turismo”. “São palavras do primeiro-ministro, não são minhas”, sublinhou Francisco Calheiros.

Já na receção ao novo governante, o presidente da APAVT deu as boas-vindas a Nuno Fazenda, referindo não ser novidade o que pode esperar da associação. “Se tem acompanhado, e eu sei que tem, a nossa dinâmica associativa, saberá bem o que pode esperar de nós. Frontalidade, trabalho árduo, exigência máxima e lealdade absoluta”, reforçou Pedro Costa Ferreira. Ideias que foram corroboradas pelo presidente da CTP.

“Uma palavra para o novo secretário de Estado: seja muito bem-vindo (…). Connosco pode contar com grande frontalidade. Vamos continuar a trabalhar todos para que o turismo continue a ser o motor da economia”, concluiu Francisco Calheiros.

O 47.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) começa hoje, em Ponta Delgada, nos Açores, e conta com 751 congressistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.