João Dias Lopes é o novo sócio da área de Bancário e Financeiro da PLMJ

Após seis anos ao serviço do escritório, a PLMJ nomeou João Dias Lopes como sócio da área de Bancário e Financeiro.

A sociedade de advogados PLMJ nomeou João Dias Lopes como sócio da área de Bancário e Financeiro. O advogado está no escritório desde 2016 e possui uma vasta experiência em matérias de natureza regulatória e em assessorar clientes dos setores bancário e financeiro, bem como de empresas cotadas, acionistas e investidores.

“A nomeação de novos sócios é sempre um momento especial para a PLMJ e é com muito orgulho que o colégio de sócios acolhe mais um membro que, nos últimos anos, tem contribuído com um trabalho de enorme qualidade para o escritório. A par das suas excecionais competências jurídicas, o João Dias Lopes tem as características pessoais que exigimos aos líderes”, sublinhou Bruno Ferreira, managing partner da PLMJ.

Para o líder do escritório, a nomeação de sócios que têm crescido na firma torna este momento ainda mais importante, “na medida em que traduz a nossa aposta no melhor talento desde cedo e reforça o que vimos dizendo: a PLMJ tem uma carreira entusiasmante para oferecer aos seus advogados, assim haja talento, determinação e impacto na organização, que vai muito além da prestação de serviços jurídicos”.

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Madrid anuncia “substituição” na liderança dos serviços secretos espanhóis

  • Lusa
  • 10 Maio 2022

Governo espanhol evitou o uso da palavra demissão para ao afastamento de Paz Esteban. “É a substituição de uma funcionária do Centro por outra”, disse a ministra da Defesa espanhola.

O Governo espanhol nomeou esta terça-feira como nova chefe dos serviços secretos a atual secretária da Defesa, Esperanza Casteleiro, assegurando tratar-se de uma “substituição” e de não ter “demitido” a anterior detentora do cargo devido ao caso Pegasus.

A ministra da Defesa, Margarita Robles, fez o anúncio da decisão em conferência de imprensa, insistindo tratar-se de uma “substituição” e não de uma “demissão”. “É a substituição de uma funcionária do Centro [Nacional de Informação (CNI)] por outra”, concluiu.

A decisão foi tomada depois da polémica causada pelo chamado caso Pegasus em que foram realizadas alegadas escutas a líderes independentistas catalães, assim como a membros do Governo central espanhol, entre os quais o primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez.

E acontece horas depois da imprensa espanhola ter avançado, com base em fontes governamentais, que Paz Esteban – a primeira mulher à frente da ‘secreta’ espanhola e a única diretora com uma carreira na “casa” que estava no cargo há pouco mais de dois anos – tinha sido afastada como consequência da polémica.

O líder da principal formação da oposição, Alberto Núñez Feijóo, do Partido Popular (direita), reagiu à “substituição” acusando Pedro Sánchez de “enfraquecer o Estado” ao consumar o “absurdo” e oferecer “a cabeça” da ex-diretora do CNI, Paz Esteban, aos independentistas para assim assegurar a sua sobrevivência política.

Por seu lado, o presidente da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, independentista), Oriol Junqueras, exigiu “máxima transparência” e “máximas garantias” de que a espionagem dos políticos a favor da independência não se “reproduza”, considerando que é “normal” que as responsabilidades sejam assumidas.

A ministra da Defesa, Margarita Robles, que os independentistas também pediram para ser demitida, assegurou que tem “a plena confiança” de Pedro Sánchez, de quem “sempre encontrou apoio e continuará a encontrá-lo”. Entretanto, o chefe do Governo espanhol vai comparecer no parlamento na semana de 25 de maio para prestar esclarecimentos sobre o caso Pegasus, no seguimento de um pedido dos partidos independentistas catalães, mas também do PP, do Vox (extrema-direita) e dos Cidadãos (direita liberal).

Paz Esteban tinha sido chamada na passada quinta-feira a uma comissão parlamentar para esclarecer os alegados atos de espionagem que visaram dezenas de políticos pró-independência, bem como o primeiro-ministro e a ministra da Defesa.

Na ocasião, a responsável mostrou as autorizações judiciais que permitiram a espionagem de cerca de vinte políticos pró-independência da região da Catalunha. O movimento a favor da independência da Catalunha pedia há várias semanas a demissão da ministra da Defesa que considerava ser a principal responsável pela alegada espionagem de dezenas dos seus líderes.

O caso Pegasus foi revelado por um relatório do grupo Citizen Lab, relacionado com a Universidade de Toronto (Canadá), que indicava que pelo menos 65 ativistas catalães foram espiados entre 2017 e 2020, estando entre os visados o atual presidente regional catalão, Pere Aragonés (que era vice-presidente da região na altura), os antigos presidentes regionais Quim Torra e Artur Mas, assim como deputados europeus, deputados regionais e membros de organizações cívicas pró-independência.

No início da semana passada, o executivo espanhol apresentou uma queixa no tribunal Audiência Nacional por alegada espionagem dos telemóveis do primeiro-ministro e da ministra da Defesa, apesar dos factos terem ocorrido em 2021.

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Wall Street em alta após queda de três sessões

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Maio 2022

Principais índices da bolsa de Nova Iorque abriram em terreno positivo, procurando recuperar de três sessões em declínio.

Depois de um dia em que afundou mais de 4%, Wall Street dá sinais de recuperação ao abrir em alta na sessão desta terça-feira, com os investidores tentados por preços mais baixos, enquanto o rendimento do Tesouro a 10 anos dos EUA caiu para 2,97%. O maior impulso vem das ações tecnológicas.

Neste contexto, o industrial Dow Jones está a subir 1,32%, para 32.672,25 pontos, o S&P 500 avança 1,75%, para 4.061,11 pontos. O tecnológico Nasdaq regista os ganhos mais expressivos, valorizando 2,49%, para 11.912,49 pontos, graças ao impulso da Apple e da Microsoft, que avançam 1,64% e 1,80%, respetivamente.

Apesar dos ganhos à abertura da sessão, as bolsas norte-americanas têm oscilado bastante, com alguns dos principais índices a atingirem os seus níveis mais baixos em mais de um ano.

Face às duas subidas das taxas de juro já anunciadas este ano pela Reserva Federal dos EUA, como tentativa de combater a inflação que está a atingir uma alta de quatro décadas no país, os investidores temem que tal possa desencadear uma recessão. A esta preocupação, juntam-se a pressão da invasão russa da Ucrânia e uma economia chinesa em desaceleração.

Esta terça-feira, o presidente da Fed de Nova Iorque, John Williams, veio defender que o banco central norte-americano deve subir as suas taxas de juro “rapidamente” até ao fim do ano, após os aumentos decididos em março e na semana passada.

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Taxa de inflação homóloga na Grécia dispara para 10,2%

Eletricidade e combustíveis mais caros atiraram a inflação homóloga na Grécia para 10,2% em abril. É a primeira vez que a taxa chega aos dois dígitos.

O instituto oficial de estatísticas da Grécia registou uma taxa de inflação homóloga de 10,2% em abril, um máximo de fevereiro de 1995 e a primeira vez que a leitura tem dois dígitos.

A contribuir para o indicador estiveram as subidas de preços da eletricidade e dos combustíveis, dos transportes e de alguns bens, como os vegetais, segundo a Bloomberg. A leitura da taxa de inflação harmonizada é ligeiramente inferior, mas, ainda assim, fixou-se em 9,1%.

Para comparação, a inflação homóloga em Portugal nesse mês terá sido de 7,2%, de acordo com a última estimativa do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), ao passo que a taxa homóloga harmonizada foi de 7,4%.

A Grécia torna-se, assim, num dos países da Zona Euro mais penalizados pela elevada inflação, que castiga os rendimentos das famílias. De acordo com a Bloomberg, Atenas tem vindo a adotar medidas mitigadoras, incluindo a subsidiação das faturas de luz desde setembro e medidas adicionais de 3,2 mil milhões de euros anunciadas na semana passada.

O problema da inflação elevada está a afetar a generalidade dos países ocidentais. A tendência foi suscitada por constrangimentos nas cadeias de abastecimento provocados pela pandemia, severamente agravados pelo eclodir da guerra no coração da Europa em 24 de fevereiro, com a invasão da Rússia à Ucrânia.

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Torke CC convida Vanessa Aires para liderar Creative You

Num contexto global de constante transformação, a Torke CC aposta na Creative You para o desenvolvimento do potencial criativo das organizações.

Vanessa Aires vai liderar uma das cinco áreas de negócio da Torke CC, a Creative You, uma ferramenta online para avaliação do potencial criativo das pessoas e das organizações, desenvolvida com base em “metodologias cientificamente comprovadas e que unem a psicologia à criatividade.”

“Queremos trazer a criatividade ao centro das organizações”, afirma Vanessa Aires, a nova creative psychologist leader da Creative You. “Queremos democratizar a criatividade, torná-la acessível a qualquer pessoa e promover ambientes organizacionais mais criativos, mais colaborativos e mais resilientes, num mundo em constante transformação”, complementa Pedro Alegria, sócio da Torke CC.

Concebida em cocriação pela Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) e a consultora criativa Torke CC, esta ferramenta tem sido “experimentada por um vasto número de pessoas das mais variadas áreas profissionais.”

Formada em Psicologia do Desenvolvimento (FPCE-UC) e com experiência profissional em Marketing Relacional, em marcas globais como a Red Bull, Vanessa Aires trabalhou como Psicóloga Comunitária em Itália e no Nepal, tendo, em 2018, fundado a keti keta, uma “marca focada na (re)conexão dos humanos, pequenos e crescidos, com a (sua) natureza.”

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Banco de Portugal aplicou 2,8 milhões em coimas no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 10 Maio 2022

Entre janeiro e março, o regulador aplicou 84 processos de contraordenação, num total de 2,861 milhões de euros em coimas.

O Banco de Portugal decidiu, no primeiro trimestre, 84 processos de contraordenação tendo aplicado coimas no valor total de 2,861 milhões de euros, dos quais 128 mil estão suspensos de execução.

Segundo a Síntese da atividade sancionatória do Banco de Portugal do primeiro trimestre de 2022, o regulador e supervisor bancário tomou decisões em 84 processos, dos quais 54 respeitam a infrações de natureza comportamental, 13 a infrações às regras em matéria de recirculação de numerário, 11 a infrações de natureza prudencial, quatro a infrações relacionadas com atividade financeira ilícita e dois a infrações a deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo.

“No contexto das decisões proferidas foram aplicadas coimas que totalizaram 2.861.000,00 euros (dois milhões oitocentos e sessenta e um mil euros), dos quais 128.750,00 euros (cento e vinte e oito mil setecentos e cinquenta euros) suspensos na sua execução”, refere o Banco de Portugal.

Ainda no primeiro trimestre de 2022, o Banco de Portugal instaurou 188 processos. Desses, 108 respeitam a infrações de natureza comportamental, 38 respeitam a infrações de natureza prudencial, 24 respeitam a infrações às regras em matéria de recirculação de numerário, oito a infrações às regras relativas ao funcionamento da Central de Responsabilidades de Crédito, seis respeitam a infrações a deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo e quatro a infrações relacionadas com atividade financeira ilícita.

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Feira de emprego Start(U)p decorre esta quarta-feira

O evento junta 50 startups, nacionais e internacionais, incluindo três unicórnios, como é o caso da Feedzai, Outsystems e Molie.

Esta quarta-feira realiza-se a primeira edição da Start(U)p, uma feira de emprego organizada pelo ISEG – Lisbon School of Economics & Management, da Universidade de Lisboa, que junta 50 startups, nacionais e internacionais, incluindo três unicórnios: Feedzai, Outsystems e Molie. O evento realiza-se no campus do ISEG, no Pátio das Francesinhas.

“A Start(U)p é a melhor forma de promover o espírito empreendedor que caracteriza os alunos do ISEG e dar a oportunidade a quem tenha esta vontade, de conhecer os melhores players do nosso mercado, adquirir novos conhecimentos e fazer networking. Convido todos aqueles que se queiram desafiar e lançar no empreendedorismo, a estarem presentes nesta primeira edição do Start(U)p”, afirma Clara Raposo, dean do ISEG – Lisbon School of Economics and Management, da Universidade de Lisboa, em comunicado.

Este formato, com a duração de 12 horas, contará com a presença de dezenas de startups. É o caso da Batch, Demium, Emma – The Sleep Company, Emotai, Glovo, Indie Campers, Inlife, Landing.Jobs, LGG Advisors, Meight, OutSystems, pur’ple, Recrutys, Selina, Wyze Mobility, YTech e Unbable, às quais se juntam a Câmara Municipal de Lisboa, o IAPMEI, a StartUp Lisboa e a Beta-i.

O evento realiza-se no campus do ISEG, no Pátio das Francesinhas e assinala o início das comemorações do 111.º aniversário da primeira escola de economia e gestão do país, com o objetivo de promover valores de empreendedorismo e inovação, e de networking, através do contacto direto entre os participantes e as startups presentes, num modelo interativo e dinâmico.

 

Para mais informações, clique aqui.

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Custos da transição energética podem gerar “revolta”, alerta Durão Barroso

Enquanto responsável do Goldman Sachs International, ex-presidente da Comissão Europeia considerou que "houve complacência e cumplicidade" com a Rússia em matéria de energia.

Acelerar a transição energética pode provocar “revolta” na União Europeia. O alerta foi deixado por Durão Barroso nesta terça-feira, na abertura de uma mesa redonda do banco de investimento Goldman Sachs International, presidido pelo português.

“Temos aqui uma contradição: no médio e longo prazo, toda a gente diz que quanto menos dependentes formos dos combustíveis fósseis melhor. O problema é quão custoso isso vai ser. Há um risco de revolta e a agenda climática pode ser um dano colateral dessa revolta”, sinalizou Durão Barroso durante a mesma redonda.

A “liderança da União Europeia será decisiva” para prevenir que haja uma revolta por causa dos custos da energia, acrescentou o também ex-presidente da Comissão Europeia na abertura da sessão.

Os políticos devem “assumir a situação e explicar” a transição energética numa altura que a Europa enfrenta os efeitos da aceleração da inflação e do aumento dos custos de vida, entende o ex-líder da Comissão Europeia.

Também será necessário “repriorizar os fundos comunitários para a transição energética no próximo quadro comunitário”, com uma “aposta na ciência e tecnologia”, sugeriu Durão Barroso.

Durão Barroso destacou ainda que “é difícil” chegar a um acordo entre as várias potências mundiais em termos de medidas para a transição energética.

O responsável assumiu ainda que “desde os primeiros cortes no fornecimento de gás da Rússia de 2008 e de 2009 pouco foi feito para diminuir a dependência energética do país liderado por Vladimir Putin. “Houve complacência e cumplicidade com a Rússia”, assumiu o agora presidente do conselho de administração do Goldman Sachs International.

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TC vai analisar arguição da PGR que defende anulação do acórdão sobre metadados

  • Lusa
  • 10 Maio 2022

O Tribunal Constitucional irá analisar a arguição da Procuradora-geral da República em que é defendida a nulidade da decisão daquele tribunal sobre a lei dos metadados e depois proferir uma decisão.

O Tribunal Constitucional irá analisar a arguição da Procuradora-geral da República em que é defendida a nulidade da decisão daquele tribunal sobre a lei dos metadados e depois proferir uma decisão, disse à Lusa fonte oficial.

“O Tribunal Constitucional confirma que deu entrada uma arguição de nulidade da autoria da Procuradora-Geral da República relativa ao Acórdão n.º 268/2022 (Processo n.º 828/2019). O processo está a correr os seus termos e será proferida uma decisão”, informou fonte oficial do Palácio Ratton.

A procuradora-geral da República, Lucília Gago, defendeu na segunda-feira que a decisão do Tribunal Constitucional (TC) sobre a lei dos metadados é nula, por entender haver “contradição entre a fundamentação e o juízo de inconstitucionalidade”.

“A procuradora-geral da República arguiu a nulidade da decisão em referência por considerar existir contradição entre a fundamentação e o juízo de inconstitucionalidade que recaiu sobre o art.º 4º da Lei n.º 32/2008 de 17 de julho, em particular no que concerne à conservação dos dados de base e IP”, lê-se numa resposta da PGR enviada à Lusa.

A notícia foi avançada pelo Público, que refere que Lucília Gago, representante máxima do Ministério Público, numa decisão rara, assinou uma peça processual, remetida esta terça-feira ao TC, na qual defende a nulidade da decisão deste tribunal relativa à lei dos metadados, que impõe a proibição com efeitos retroativos de recolha deste tipo de informação para investigação criminal.

“Complementarmente, requereu a nulidade da decisão por omissão de pronúncia sobre a fixação de limites aos efeitos da mesma, requerendo que seja declarada a eficácia apenas para o futuro”, adianta ainda a nota da PGR.

O TC anunciou em 27 de abril ter declarado inconstitucionais as normas da chamada “lei dos metadados” que determinam a conservação dos dados de tráfego e localização das comunicações pelo período de um ano, visando a sua eventual utilização na investigação criminal.

Num acórdão proferido no dia 19, o TC entendeu que guardar os dados de tráfego e localização de todas as pessoas, de forma generalizada, “restringe de modo desproporcionado os direitos à reserva da intimidade da vida privada e à autodeterminação informativa”.

O possível impacto desta decisão nos processos com recurso a metadados na investigação criminal desde 2008 está já a ser questionado por diferentes agentes do setor judiciário e foi inclusivamente comentado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que sublinhou a posição “muito firme” dos juízes do TC.

“O problema é o seguinte, o Tribunal Constitucional entende que a Constituição é muito fechada. Quando ela foi aprovada era muito fechada e muito restritiva e, portanto, tem mantido em sucessivas decisões uma posição muito firme que é não permitir uma lei que dê o acesso aos chamados metadados para efeitos de investigação criminal internacional”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Já esta terça-feira, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) tinha defendido que a decisão do TC vinha impossibilitar a investigação criminal, nomeadamente no que diz respeito aos crimes informáticos, acusando ainda o TC de desproteger as vítimas destes crimes.

Por outro lado, o bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão, rebateu as críticas às possíveis consequências do acórdão do TC sobre o uso de metadados e lembrou que a investigação criminal tem de respeitar a Constituição.

Governo a analisar efeitos práticos e jurídicos

Por sua vez, o Ministério da Justiça informou estar a analisar “do ponto de vista prático e jurídico” o acórdão do Tribunal Constitucional sobre a lei dos metadados, o qual tem “relevante impacto na investigação, deteção e repressão de crimes graves”.

Em esclarecimento enviado à Lusa, o Ministério da Justiça refere que o dito acórdão, de 19 de abril, reveste de “força obrigatória geral”, pelo que é “apto a ter um impacto relevante na investigação, deteção e repressão de crimes graves”.

Por essa razão – adianta – o acórdão e os seus efeitos está “a ser analisado do ponto de vista prático e jurídico pelo Ministério da Justiça, designadamente, através da Polícia Judiciária, no sentido de aferir da viabilidade de apresentação de propostas de alteração legislativas que possam mitigar os referidos impactos, no respeito pela Constituição e pelas decisões do Tribunal Constitucional”.

Em retrospetiva, o Ministério da Justiça lembra que a Lei n.º 32/2008, de 17 de julho, transpôs para a ordem jurídica nacional a Diretiva 2006/24/CE do Parlamento e do Conselho Europeu, de 15 de março de 2006, relativa à conservação de dados gerados ou tratados no contexto da oferta de serviços de comunicações eletrónicas publicamente disponíveis ou de redes públicas de comunicações.

“Esta diretiva foi declarada inválida por decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, no acórdão de 8 de abril de 2014”, recorda ainda o ministério agora dirigido por Catarina Sarmento e Castro.

Esta terça-feira, uma notícia do Observador recorda que a provedora de Justiça tentou convencer em janeiro de 2019 o Governo de António Costa a alterar tal norma, invocando para o efeito dois acórdãos do Tribunal da Justiça da União Europeia (UE) de 2014 e 2016, acrescentando que “nada foi feito e [que] agora milhares de processos de investigação criminal correm perigo de vida depois de o TC ter largado a bomba da inconstitucionalidade com efeitos retroativos da lei aprovada em 2008”.

Lembra também que a então ministra Francisca Van Dunem, a quem foi dirigida a recomendação da provedora de Justiça, não só defendeu a constitucionalidade da lei, como disse expressamente que: “a decisão do Tribunal de Justiça da UE não deverá afetar as investigações nacionais”.

“Temo não ser possível que o Governo possa lograr apresentar ao Parlamento uma proposta de lei com essa aspiração”, devido ao “calendário legislativo” — uma referência às eleições legislativas de outubro de 2019 — e à “complexidade de alteração legislativa” da lei dos metadados, disse na altura na ministra, citada pelo Observador.

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De Costa a Centeno, os 33 que Berardo quer a testemunhar contra os bancos

Joe Berardo quer que tribunal inquira 33 testemunhas no seu processo de 900 milhões de euros contra a banca, incluindo o primeiro-ministro e o governador do Banco de Portugal.

São 33 as testemunhas que Joe Berardo pretende que sejam ouvidas no tribunal no âmbito do processo que acabou de colocar contra a Caixa Geral de Depósitos, BCP, Novobanco e BES, em que reclama uma indemnização de 900 milhões de euros, de acordo com a ação a que o ECO teve acesso.

A lista inclui o primeiro-ministro, António Costa, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, e os que lhe precederam no cargo Carlos Costa e Vítor Constâncio, além dos antigos responsáveis dos bancos visados, como Faria de Oliveira (ex-presidente da Caixa), Carlos Santos Ferreira (ex-presidente do BCP) e Armando Vara (ex-administrador da Caixa e BCP).

Joe Berardo também quer que outros grandes devedores testemunhem contra os bancos, nomeadamente Bernardo Moniz da Maia (Sogema) e José Fino (Investifino).

Apenas dez testemunhas podiam ser arroladas, mas “dada a natureza e extensão da matéria de facto” do processo, Berardo pede ao Tribunal da Comarca de Lisboa, onde deu entrada a ação, para admitir a inquirição de testemunhas para além do limite.

Além das testemunhas para inquirição, Joe Berardo pretende juntar ao processo vários documentos, como o secreto “Relatório Costa Pinto”, que fez uma avaliação crítica a atuação do Banco de Portugal no processo que levou à resolução do BES, em 2014, a denúncia feita por Pedro Queirós Pereira ao Banco de Portugal sobre o BES, os documentos relativos aos contratos de financiamento junto da Caixa e BCP, além de muita documentação que chegou ao Parlamento por via da comissão de inquérito à Caixa, incluindo os documentos que foram usados pelas deputadas Mariana Mortágua e Cecília Meireles.

Neste processo, que surge depois de uma bateria de ações que os bancos colocaram nos últimos anos contra o empresário madeirense por causa de dívidas de cerca de mil milhões de euros, a Fundação José Berardo e Joe Berardo reclamam 900 milhões de euros, dos quais 800 milhões se destinam a compensar a fundação por se ter visto “despojada” do seu património para cobrir as dívidas contraídas junto dos bancos, enquanto outros 100 milhões visam para ressarcir o comendador por danos morais, de acordo com o Diário de Notícias.

Eis a lista completa de testemunhas arroladas:

Bernardo Pinto de Almeida
Carlos Santos Ferreira
Alípio Dias
André Luiz Gomes
Graça Fonseca
Fernando Faria de Oliveira
Jorge Tomé
Bernardo Espírito Santo
Sofia Chaves Catarino
Pedro Bernardes
Vítor Constâncio
Pedro Duarte Neves
Duarte Pitta Ferraz
Paulo Teixeira Pinto
Pedro Teixeira Duarte
José Fino
João Costa Pinto
Ângela Ferreira
Vasco Fraga
Bernardo Moniz da Maia
Rafael Mora
Francisco Marques Pereira
Diogo Vaz Guedes
Armando Vara
Norberto Rosa
Luis Champalimaud
Filipe Pinhal
Cecília Meireles
Carlos Costa
Pedro Siza Vieira
Mário Centeno
Luís Patrão
António Costa

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Impacto económico de atual surto na China é dez vezes superior ao confinamento inicial de Wuhan

  • Lusa
  • 10 Maio 2022

Um número crescente de analistas alertou que vai ser difícil para o país atingir a meta de crescimento de 5,5%.

O impacto económico das medidas para conter os atuais surtos de covid-19 na China é dez vezes superior ao prejuízo causado pela vaga inicial em Wuhan, no início de 2020, alertou hoje um influente economista chinês.

O prejuízo, causado pelas interrupções na atividade económica, ascende a 18 biliões de yuans (2,54 biliões de euros) e afeta 160 milhões de pessoas, de acordo com Xu Jianguo, professor de Economia na Universidade de Pequim. Em comparação, o surto inicial em Wuhan, há dois anos, causou 1,7 bilião de yuans em danos económicos e afetou 13 milhões de pessoas, apontou.

“A gravidade dos surtos este ano é mais de 10 vezes superior à de 2020 (…) em termos da população afetada e de custo económico”, apontou num seminário realizado ‘online’.

O especialista considerou que é questionável se a China vai conseguir alcançar a meta de crescimento económico oficial de “cerca de 5,5%”, estabelecida para este ano, ou mesmo igualar o crescimento de 2,3%, registado em 2020. O país continua a praticar uma política de ‘tolerância zero’ à covid-19, que inclui o isolamento de cidades inteiras e a realização de testes em massa, sempre que um surto é detetado.

O isolamento de Xangai, a “capital” financeira do país, e de importantes cidades industriais como Changchun e Cantão, tiveram forte impacto nos setores serviços, manufatureiro e logístico. Também Pequim, Suzhou, Shenzhen, Dongguan, que desempenham um importante papel na cadeia industrial do país, foram afetadas por medidas parciais ou totais de confinamento este ano.

Após um declínio acentuado no crescimento das exportações em abril, um número crescente de analistas alertou que vai ser difícil para o país atingir a meta de crescimento de 5,5%.

Mais economistas reduziram as suas previsões para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da China, em 2022. Grupos empresariais estrangeiros, incluindo a Câmara de Comércio da União Europeia, advertiram que as medidas de bloqueio estão a tornar o país um destino menos atraente para investimentos.

Xu disse que as políticas de apoio fiscal e monetário são também mais fracas do que as adotadas em 2020. As exportações e o setor imobiliário, os principais impulsionadores da recuperação económica há dois anos, também perderam força. “Já é difícil alcançar um crescimento de 2,3% este ano e ainda mais difícil ir além dessa taxa”, disse Xu.

As autoridades estão a oferecer estímulos fiscais, por meio de gastos subsidiados em infraestruturas. Mas Xu lembrou que a “principal razão para o arrefecimento da economia neste momento não está no financiamento social ou nas questões monetárias, mas nas medidas de prevenção e controlo da covid-19”.

O banco central da China reconheceu na segunda-feira que a economia da China está sob crescente pressão e prometeu intensificar o apoio. Xu Shaoyuan, investigador do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento do Conselho de Estado, reconheceu também que o surto deste ano está a causar mais danos económicos do que durante o início da pandemia, há dois anos.

“Fornecer apoio à pequenas empresas e empresas de serviços, que criam muitos empregos, e deixá-las retomar o trabalho o mais rápido possível é a chave para proteger a subsistência das pessoas”, apontou no seminário.

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Empresa Reby continua a gerir scooters elétricas em Saragoça

  • Servimedia
  • 10 Maio 2022

A Reby, empresa espanhola de mobilidade sustentável, volta a vencer concurso de gestão de scooters elétricas de Saragoça. A empresa vai gerir um total de 600 scooters.

A Câmara Municipal de Saragoça voltou a escolher a Reby, uma empresa espanhola de mobilidade elétrica, para gerir o serviço de scooters elétricas do município, noticia a Servimedia. A empresa já tinha vindo a fazer esta gestão na capital de Aragão e acabou por ser novamente a escolhida.

Com o novo contrato, a startup espanhola irá gerir um total de 600 scooters, que serão chegarão dentro de um período máximo de seis meses, segundo o indicado no caderno de encargos. A autorização para as scooters é de três anos, com a opção de uma prorrogação de um ano.

“Estamos muito satisfeitos por renovar o nosso serviço em Saragoça, que assumiu um grande compromisso para a mobilidade partilhada e sustentável na cidade”, afirmou Cristina Castillo, cofundadora da Reby. A responsável destacou, ainda, que, em março, a Reby tornou-se a primeira empresa a oferecer um serviço completo de mobilidade partilhada com uma frota de bicicletas, scooters e motociclos elétricos.

As scooters que a Reby vai instalar na cidade estão equipadas com uma câmara que pode detetar possíveis obstáculos no percurso, a fim de aumentar a segurança dos condutores. “A equipa de I&D promoveu um sistema de prevenção de colisões que, graças a um conjunto de câmaras instaladas na frente da scooter, será capaz de detetar possíveis obstáculos e avisar o condutor do perigo”, explicou Cristina Castillo.

O sistema encarregado de emitir avisos fá-lo-á através de alertas visuais e sonoros e poderá mesmo reduzir a velocidade da scooter quando necessário, por forma a evitar a colisão com qualquer possível ameaça.

Outro dos aspetos determinantes no concurso foi a obrigação de garantir o estacionamento correto das scooters nas áreas reservadas para o efeito. Neste sentido, a Reby, que sempre evitou o sistema de “estacionamento gratuito”, foi uma das primeiras empresas a incorporar o sistema de cadeado na scooter para atingir este objetivo.

A escolha à distância de um clique

A Reby concebeu uma app multimodal para integrar todos os seus veículos no mesmo espaço. Desta forma, os utilizadores do serviço de mobilidade partilhada da startup vão poder alugar e combinar as suas viagens para qualquer um dos três modelos de veículos que a empresa oferece – bicicletas, scooters e motociclos elétricos – com apenas um clique na aplicação.

A empresa espanhola opera em mais de 15 cidades do sul da Europa e, em apenas dois anos de vida, ultrapassou um milhão de viagens efetuadas, gerou mais de 120 empregos, incluindo pessoas em risco de exclusão social, e tem mais de 800 mil utilizadores. Além disso, a Reby estima que os três milhões de quilómetros percorridos em veículos elétricos Reby pouparam 3,6 toneladas de CO2.

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