O que muda com os novos regulamentos europeus para o digital?

  • BRANDS' ECO
  • 6 Dezembro 2022

Sob coordenação de Gonçalo Machado Borges, sócio da Morais Leitão, realizou-se uma conferência dedicada aos novos regulamentos europeus para o digital.

A nova legislação, amplamente discutida e de enormes repercussões para a economia dos dias de hoje, nasceu com o objetivo de criar um espaço digital mais seguro, onde os direitos fundamentais dos utilizadores são mais protegidos e o tabuleiro competitivo para as empresas é mais justo e equitativo. Mas será mesmo isto que aí vem?

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Hungria veta ajuda à Ucrânia. UE procura solução alternativa

  • ECO e Lusa
  • 6 Dezembro 2022

Governo húngaro bloqueou pacote de 18 mil milhões de euros para ajudar a Ucrânia, forçando a Comissão Europeia e os restantes Estados-membros a procurar uma solução alternativa.

O Governo húngaro bloqueou esta terça-feira um novo pacote de 18 mil milhões de euros para ajudar a Ucrânia, forçando a Comissão Europeia e os restantes Estados-membros a procurar uma solução alternativa para garantir que Kiev recebe estes fundos em janeiro, avança o Politico.

Bruxelas vai analisar como “proporcionar a solução necessária para a Ucrânia já a partir de janeiro”, disse o comissário de orçamento da UE, Johannes Hahn, durante uma sessão dos ministros das Finanças do bloco comunitário, citado por aquele jornal. Isso implicaria algo semelhante à chamada cooperação aprimorada, um caminho legal para evitar vetos, disseram as autoridades da UE.

Contudo, essa solução exigiria que os Estados-membros da UE dessem garantias fiscais nacionais que, em alguns casos, precisam de aprovação parlamentar, algo que pode demorar algum tempo.

“Não fomos capazes de adotar o pacote como um todo, mas não vamos desanimar”, disse o ministro das Finanças checo, Zbyněk Stanjura, enquanto presidente do encontro de ministros das Finanças. “A nossa ambição continua a ser iniciar os desembolsos para a Ucrânia em janeiro”, disse.

A presidência checa tem agora de decidir sobre o caminho a seguir: uma possível nova reunião de ministros das Finanças no final de dezembro — com 12 de dezembro a ser uma data possível — ou escalar a questão para o encontro de líderes da UE em meados de dezembro.

Medina espera que impasse na UE com Hungria seja ultrapassado em breve

O ministro das Finanças, Fernando Medina, lamentou que ainda não tenha sido possível ultrapassar esta terça-feira o impasse em vários dossiês comunitários relacionados com a Hungria, fazendo votos para que tal suceda nos próximos dias. Em declarações à saída de uma reunião do Conselho Ecofin, o ministro explicou que uma eventual tomada de decisão dos 27 sobre a recente recomendação da Comissão Europeia de suspender 7,5 mil milhões de euros em fundos de coesão à Hungria foi mesmo retirada da agenda de hoje, não tendo havido lugar a uma votação, esperando-se desenvolvimentos nos próximos dias.

“Infelizmente não foi possível ainda ter um acordo nesta reunião do Conselho”, lamentou, apontando que “a Hungria ficou de apresentar mais desenvolvimentos, ainda durante esta semana, sobre a evolução das reformas que está a fazer para assegurar o cumprimento do Estado de direito e assegurar a boa utilização dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência” (PRR). O ministro precisou que “haverá uma avaliação por parte da Comissão Europeia ainda esta semana relativamente a esses novos elementos que a Hungria apresentará, e se eles forem considerados satisfatórios, então sim, os outros dossiês poderão seguir”.

Tal como na véspera, Fernando Medina salientou a importância de ser alcançado um entendimento com a Hungria, até para outros dossiês comunitários, bloqueados por Budapeste devido ao impasse na aprovação do seu PRR, poderem enfim avançar, e salientou designadamente a urgência de ser aprovado o pacote de 18 mil milhões euros de ajuda macrofinanceira à Ucrânia para 2023. “Quero destacar a importância do dossiê do apoio financeiro à Ucrânia, que merece o apoio unânime de todos os países, e que neste momento está bloqueado por uma questão política que tem sido colocada precisamente pela Hungria, relativamente à ligação que faz a ainda não ter a aprovação do seu PRR realizada”, apontou.

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Guardar dívidas de portagens por 8 anos é excessivo, diz Comissão de Proteção de Dados

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2022

Comissão Nacional de Proteção de Dados considera excessivo que dados sobre os condutores com dívidas de portagens possam ser guardados durante oito anos e recomenda ao Governo que repondere prazo.

A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) considera excessivo que os dados sobre os condutores com dívidas de portagens possam ser guardados durante oito anos e recomenda ao Governo que repondere este prazo.

A apreciação da CNPD incide sobre o projeto de decreto-lei que transpõe uma diretiva comunitária visando assegurar a interoperacionalidade dos sistemas eletrónicos de portagens rodoviárias no conjunto da União Europeia (UE) e facilitar o intercâmbio transfronteiriço de dados sobre o registo do veículo e dos proprietários de veículos relativamente aos quais se verificou o não pagamento das taxas de portagem em países da UE.

Em caso de dívidas, a diretiva impõe a fixação de um prazo para o armazenamento de dados pessoais, determinando que os Estados-membros têm de assegurar que os dados fornecidos à entidade responsável sejam usados exclusivamente para efeitos da obtenção da taxa rodoviária devida, sendo imediatamente apagados quando pagos, podendo, se a dívida persistir, ser mantidos por um “prazo razoável”.

Neste contexto, e tendo em conta o previsto no projeto de decreto-lei, a CNPD constata que “existe um desequilíbrio entre aquela data-limite de oito anos [prevista no projeto de decreto-lei] e a opção da diretiva por um ‘prazo razoável’”, refere a CNPD, acentuando que, não sendo apresentada nem se conseguindo intuir “qualquer razão que fundamente aquela opção”, o prazo afigura-se “excessivo”, sendo recomendada “a sua reponderação”.

A CNPD recomenda ainda ao Governo a revisão dos artigos do projeto de diploma relativas às informações necessárias sobre o não pagamento e à instauração dos procedimentos e cobrança de dívidas, considerando que o diploma não estabelece nem regula “os canais ou meios de comunicação para a obtenção de dados pessoais”.

Neste contexto, sugere que o decreto-lei deve “pelo menos prever a sua regulamentação administrativa”.

No âmbito da diretiva prevê-se que o objetivo da interoperacionalidade dos sistemas eletrónicos de portagens rodoviárias na UE deve ser atingido através do Serviço Eletrónico Europeu de Portagem (SEEP), devendo este complementar os serviços eletrónicos nacionais de portagem.

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Operação “Tempestade Perfeita”: PJ detém cinco pessoas por suspeitas de corrupção

A Polícia Judiciária deteve cinco pessoas por suspeitas de vários crimes de corrupção, abuso de poder, peculato e participação económica em negócio, no âmbito da Operação "Tempestade Perfeita".

A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta terça-feira cinco pessoas por suspeitas de vários crimes de corrupção, abuso de poder, peculato e participação económica em negócio, no âmbito da Operação “Tempestade Perfeita”. Foram constituídos ao todo 19 arguidos.

Através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, a PJ realizou 59 mandados de busca, dos quais 29 buscas domiciliárias e 30 buscas não domiciliárias, visando a recolha de elementos probatórios complementares e relacionados com suspeitas de práticas criminosas no exercício de funções públicas, sob investigação. O Ministério da Defesa Nacional confirmou a presença da PJ e do Ministério Público nas instalações da Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional.

“Está em causa uma investigação criminal cujo objeto visa apurar da eventual prática, entre o mais, de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento, ilícitos relacionados com adjudicações efetuadas, por parte de Organismo da Administração Central, a diversas empresas, as quais lesaram o Estado português em muitos milhares de euros”, explica a PJ.

Os arguidos detidos serão presentes ao competente Tribunal de Instrução Criminal para realização do primeiro interrogatório judicial, visando a aplicação de medidas de coação.

A operação “Tempestade Perfeita” decorreu em Lisboa, Porto, Alter do Chão, Almada e Comporta e contou com a colaboração de diversas Unidades Nacionais, Diretorias, Departamentos de Investigação Criminal e Unidade de Informação Financeira, para além do apoio da Unidade de Perícia Tecnológica Informática e da Unidade de Perícia Financeira e Contabilística, da Polícia Judiciária, tendo participado cerca de 200 investigadores e peritos, para além de um Magistrado Judicial e dois Procuradores da República.

“As buscas agora realizadas visaram a recolha de elementos probatórios de diversa natureza, tendentes ao esclarecimento dos factos objeto de inquérito, tendo-se logrado a recolha de prova pessoal e a apreensão de prova de natureza documental, digital, entre o mais, inerente aos procedimentos de contratação pública em causa”, refere a PJ.

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McDonald’s transforma óleos alimentares em biodiesel e angaria 1,17 milhões de euros

  • Capital Verde
  • 6 Dezembro 2022

A transformação óleos alimentares e a venda de biodiesel permitiu à McDonald's angariar 1,17 milhões de euros que foram doados à Fundação Ronald McDonald.

Há mais de uma década que a McDonald’s implementou um sistema de gestão de óleos alimentares usados e, desde então, já foram recolhidos mais de cinco mil toneladas de óleos alimentares que foram transformados em biodiesel. Um combustível com índices de emissão de dióxido de carbono até 80% mais baixos do que o gasóleo, gerado pela mão de Bioadvance. Ao todo, foi possível angariar 1,17 milhões de euros que foram doados à Fundação Infantil Ronald McDonald com a operação.

“Este sistema de gestão permite a valorização deste resíduo e apoiar o projeto da Fundação Infantil Ronald McDonald, que recebe, assim, um donativo anual, resultante da venda destes óleos alimentares usados para transformação em biodiesel”, explica ao ECO/Capital Verde Marta Amaro, gestora de Comunicação da McDonald’s Portugal.

Mas a recolha de óleos não é a única medida que integra a estratégia de economia circular da multinacional de fast food. “Enquanto agente socialmente responsável, concretizamos o nosso posicionamento e compromisso através de um processo de economia circular que garantiu dar nova vida às fardas usadas”, conta a responsável.

Em junho deste ano, a McDonald’s mudou as suas fardas e deu início a um projeto de economia circular que vai ver agora, no final de novembro, o primeiro resultado. As cerca de 18 mil fardas antigas, desenvolvidas em 2008, foram recicladas, e delas foram criados 5.500 sacos

Estes sacos — que até então tinham que ser adquiridos a um fornecedor — foram doados à Fundação Infantil Ronald McDonald para os kits de higiene e conforto que são atribuídos a cuidadores e pessoas acompanhadas por serviços hospitalares em Lisboa e Porto. Só este ano, foram já entregues mais de 3.500 kits ao Hospital D. Estefânia, Hospital de Santa Marta, Hospital de Santa Maria e Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, em Lisboa; ao Hospital de São João e IPO, no Porto. Marta Amaro explica que com os novos sacos a fundação conseguiu poupar 6.600 euros.

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Paulo Monginho é o novo CEO da OGMA

Com mais de 27 anos de experiência, 11 dos quais na OGMA, Paulo Monginho era até agora diretor executivo comercial.

O Conselho de Administração da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal acaba de nomear Paulo Monginho como novo CEO da empresa. Com mais de 27 anos de experiência, 11 dos quais na OGMA, Paulo Monginho era até agora diretor executivo comercial (CCO), liderando a área comercial para todas as atividades de manutenção e fabricação.

“Pioneira em Portugal há 104 anos, a OGMA representa a excelência e a competência da indústria aeronáutica do nosso país no panorama internacional do setor. É com entusiasmo e responsabilidade que assumo este novo desafio, com a confiança que, com trabalho de equipa, foco e competitividade, seremos capazes de responder às necessidades dos nossos clientes, atuais e futuros, sempre alinhados com os melhores padrões de qualidade e segurança”, afirma o novo CEO, citado em comunicado.

Paulo Monginho é licenciado em Gestão pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, tem um executive MBA pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e conta com diversas formações na área da fiscalidade, liderança e estratégia corporativa ministradas pela Porto Business School, Universidade Católica Portuguesa e AESE Business School.

Iniciou o seu percurso na OGMA em 2011, exercendo diferentes cargos ao longo deste período, nomeadamente diretor executivo comercial, diretor de estratégia, marketing e relações institucionais, diretor de relações institucionais e diretor de vendas e desenvolvimento de negócio. Entre 1995 e 2011 passou pela Goodyear Tire & Rubber Company, na qual assumiu diferentes cargos executivos, nomeadamente diretor-geral da filial portuguesa, diretor comercial para a Ibéria e diretor de transformação de negócios para a região EMEA, na sede do grupo em Bruxelas.

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Vodafone elege saúde mental como tema da campanha de Natal

  • + M
  • 6 Dezembro 2022

A campanha é assinada pela Wunderman Thompson, com produção da Krypton Films, realização de Augusto Fraga e planeamento de meios a cargo da Dentsu - Carat.

Um jovem que personifica os desafios de quem se debate com um problema de saúde mental é o protagonista da campanha de Natal da Vodafone. “Partilha o que estás a sentir” é o claim da campanha.

“Normalizar uma questão de saúde como esta pode ser importante para que aqueles que sofrem com estas doenças valorizem a necessidade de pedir ajuda e sintam que não estão desacompanhados na sua caminhada, tal como acontece com o protagonista do nosso filme de Natal. Procuramos colocar, mais uma vez, o nosso espaço publicitário ao serviço de um mundo mais são”, afirma Leonor Dias, diretora de marca da Vodafone Portugal, citada em comunicado.

A Vodafone lembra que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma em cada oito pessoas vive com uma perturbação mental, situação agravada com os problemas de stress, ansiedade e depressão originados pela pandemia e crise económica que se seguiu. A depressão, prossegue a operadora, é uma das doenças mais frequentes e afeta 5% da população adulta em todo o mundo, sendo considerada globalmente a maior causa de incapacidade.

“Em Natais anteriores, a Vodafone já abordou temas como o bullying ou a violência doméstica, procurando que o seu espaço de comunicação mais relevante do ano seja de alguma forma um palco para as causas que merecem a nossa atenção e ação”, recorda Leonor Dias.

A campanha é assinada pela Wunderman Thompson, com produção da Krypton Films, realização de Augusto Fraga e planeamento de meios a cargo da Dentsu – Carat.

Também a Nos e a Meo colocaram o seu espaço publicitário neste Natal ao serviço de causas e problemas sociais. A Nos elegeu a solidão como tema da campanha de Natal e a Meo fez do direito à diferença o tema da campanha.

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Passageiros nos aeroportos 1,5% abaixo do pré-pandemia no terceiro trimestre

Movimento total nos aeroportos nacionais ainda não está acima do pré-pandemia. No entanto, passageiros nos aeroportos do Funchal, Ponta Delgada e Porto já são mais que em 2019.

O número de passageiros nos aeroportos nacionais continua 1,5% abaixo do verificado antes da pandemia, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta terça-feira. A tendência é verificada também noutros meios de transporte de passageiros, como comboio e metro.

“No terceiro trimestre de 2022, os aeroportos nacionais movimentaram 18,5 milhões de passageiros, correspondendo a um crescimento de 79,4% face ao mesmo período de 2021″, ano ainda afetado pela pandemia, sendo que, “comparando com o terceiro trimestre de 2019, registou-se uma diminuição de 1,5%”, de acordo com o INE.

No entanto, apesar deste resultado global, o transporte aéreo de passageiros superou os níveis de 2019 nos aeroportos de Funchal, Ponta Delgada e Porto. “O aeroporto do Porto registou o segundo maior volume de passageiros movimentados do país (21,5%), atingindo cerca de quatro milhões, superando em 2,0% o valor atingido no terceiro trimestre de 2019 (+0,6% no segundo trimestre de 2022)”, indica o gabinete de estatísticas.

Já pelo aeroporto do Funchal passaram 1,2 milhões de passageiros, superando em 30,3% o valor atingido no mesmo período de 2019, enquanto o movimento de passageiros no aeroporto de Ponta Delgada cresceu 9,6% face ao pré-pandemia.

Em simultâneo, o aeroporto de Lisboa, que concentrou 47,1% do movimento total de passageiros (8,7 milhões), registou um decréscimo de 5,3% face ao trimestre homólogo de 2019.

Olhando para os restantes transportes, no terceiro trimestre deste ano “foram transportados 44,6 milhões de passageiros por comboio e 54,8 milhões por metropolitano (+35,9% e +50,8%, pela mesma ordem, face ao período homólogo de 2021)”. Tal representa quedas de 3,2% e 15,5%, respetivamente, face ao mesmo período de 2019. Já o transporte de passageiros por via fluvial aumentou 24,7% relativamente a 2021 mas diminuiu 16% face a 2019.

O INE dá também dados relativos ao transporte de mercadorias, que indicam que se registou um crescimento desta categoria por via aérea e marítima, tanto na comparação com 2021 como com 2019. Já na ferrovia, registou-se uma diminuição de 10,7% (-2,1% no trimestre anterior e -1,5% face a idêntico período de 2019), enquanto o transporte rodoviário continuou a decrescer (-3,3% face a 2021 e -6,5% face a 2019).

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“Todas as organizações devem preparar-se para um ciberataque”

  • BRANDS' ECO
  • 6 Dezembro 2022

Nádia Jamal, Cybersecurity Sales Specialist na Cisco, é uma das oradoras da Cyber Summit 2022 e explica, em entrevista ao ECO, quais os cuidados que as empresas devem ter para prevenir ciberataques.

A cibersegurança tem sido uma das grandes preocupações de empresas de todo o mundo, principalmente desde que a digitalização ganhou mais força. Garantir a proteção de dados e prevenir ataques cibernéticos passou a ser prioridade em muitas organizações que, apesar de saberem os riscos do digital, não podem abdicar desta ferramenta.

A procura por informações credíveis e por parceiros que ajudem nessa proteção tem vindo a aumentar e foi com o objetivo de ajudar nesta tarefa que vários especialistas se reuniram, esta terça-feira, na Cyber Summit 2022. Entre esses especialistas esteve Nádia Jamal, Cybersecurity Sales Specialist na Cisco que, em entrevista ao ECO, deixou algumas dicas para todas as empresas e pessoas individuais que queiram garantir a sua segurança na web.

É mesmo possível prevenir um ciberataque? Que passos se devem seguir para prevenir ataques deste tipo? O futuro será mais seguro? Conheça as respostas da especialista a estas e outras perguntas na entrevista abaixo.

A Cisco está diretamente relacionada com tecnologia e oferece produtos e serviços que estão ligados à rede. Isto faz com que tenham de garantir a segurança dos vossos equipamentos e serviços. Como garantem isso aos vossos clientes?

Temos um forte compromisso para com as organizações de entregar produtos e soluções que incorporam segurança em todo o processo de desenvolvimento. Seguimos a metodologia Cisco Secure Development Lifecycle, que promove a segurança by design, desde a criação de um produto até ao seu fim de vida.

Dada a constante evolução do contexto de cibersegurança, não só no número de ataques mas também na sofisticação dos mesmos, a fase de monitorização é crítica para a resposta a novas vulnerabilidades – e é nesta fase que atua a nossa equipa de resposta a incidentes de segurança de produto (PSIRT, na sua sigla em inglês), que conduz ações para mitigação de riscos, incluindo a publicação de patches. Temos ainda a nossa organização de Threat Intelligence, o Cisco Talos, a maior rede não governamental de inteligência contra ameaças a nível global, com mais de 400 analistas, investigadores e cientistas que analisam diariamente a Internet com base em quantidades massivas de telemetria. O Cisco Talos é um pilar crucial da nossa inovação, alertando os clientes e comunidade global sobre ameaças emergentes e técnicas de mitigação.

É realmente possível controlar um ciberataque ou, mesmo com todas as precauções tomadas, este ainda pode acontecer?

Existem várias técnicas de mitigação de ataques e diferentes metodologias e arquiteturas que podem e devem ser adotadas para redução dos riscos – no entanto, os ciberataques são uma inevitabilidade e poderão sempre acontecer. Temos de pensar que a defesa é uma tarefa infinitamente mais difícil do que o ataque: um atacante precisa apenas de conseguir entrar uma vez para impactar de forma muito grave uma organização, enquanto a defesa tem de estar em constantes alerta e monitorização. Em Portugal a partilha de informação ainda é relativamente escassa, mas hoje em dia todas as organizações devem preparar-se de antemão para um possível ciberataque.

Enquanto especialista em cibersegurança, que dicas daria às empresas para que fiquem menos propensas a um ciberataque?

Em primeiro lugar, é necessário aumentar a resiliência das organizações, ou seja, identificar os assets (dados, aplicações, etc.) que são fundamentais para a continuidade do negócio e aumentar os seus níveis de proteção, dando prioridade aos que são mais importantes. É necessário garantir que as diferentes camadas têm mecanismos de segurança, desde a monitorização do DNS, segmentação da rede, proteção dos endpoints, proteção dos backups, gestão de identidade e gestão da informação.

No entanto, a cibersegurança não passa apenas por adoção de tecnologia: as pessoas também têm um papel fundamental, e por isso devemos envolver os utilizadores finais na problemática da cibersegurança. Eles têm de fazer parte da solução, pois são a primeira linha de defesa de uma organização; assim, devem ter acesso a formação para sensibilização e também partilha de boas práticas. Por último, mas não menos importante, as organizações devem ter processos de resposta a incidentes documentados, de modo a reduzirem os tempos de resposta aos ataques.

Nádia Jamal, Cybersecurity Sales Specialist na Cisco
Qual a sua opinião sobre os ciberataques em massa que têm acontecido nos últimos tempos? Consegue encontrar uma razão para este aumento?

Na minha opinião, existem dois vetores principais. Por um lado, estamos todos cada vez mais ligados, e a pandemia veio acelerar a digitalização a todos os níveis, seja nas organizações mais desenvolvidas, seja no nosso dia a dia em casa. Isto faz com que a superfície de ataques e as oportunidades para os agentes que exploram vulnerabilidades tenha aumentado. Por outro lado, os ataques criminosos que visam obter benefícios financeiros ou geopolíticos são potenciados por organizações cada vez mais sofisticadas e profissionalizadas, que trabalham todos os dias no sentido de alcançarem os seus objetivos. Tudo isto tem contribuído para o cenário complexo em que nos encontramos.

Considera que eventos como a Cyber Summit podem realmente fazer a diferença na consciencialização do problema e na promoção de uma mudança?

Sem dúvida! A cibersegurança deve ser pensada por todos e para todos, e eventos como a CyberSummit ajudam a partilhar informação relevante, promovem a discussão sobre o tema e aumentam o nível de consciencialização de todas as organizações e até das pessoas individuais. Tudo isto é essencial para estarmos todos mais bem preparados para lidar com estes desafios, e adotar boas práticas de acordo com as necessidades de cada organização.

Como imagina a cibersegurança do futuro? Haverá menos ataques do que os observados hoje?

Eu gostaria de dizer que sim, pois sou uma otimista por natureza, mas a verdade é que as estatísticas e os dados disponíveis indicam que a tendência será um aumento significativo no número de ciberataques e na profundidade dos mesmos. No entanto, o tema da cibersegurança é cada vez mais premente e acredito que as organizações já estão a olhar para ele com mais atenção, garantindo os investimentos necessários para que estejam mais bem preparadas no presente e no futuro.

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Renováveis vão quase duplicar nos próximos cinco anos, estima AIE

Crise energética vai acelerar a instalação de projetos solares e eólicos a nível mundial. AIE estima que até 2027 a capacidade global de energia renovável cresça 2.400 gigawatts.

A crise energética vai quase duplicar a instalação da capacidade de energia renovável a nível mundial nos próximos cinco anos, indica o relatório divulgado esta terça-feira pela Agência Internacional de Energia (AIE).

Segundo a entidade com sede em Paris, face às preocupações com a segurança energética causadas pela invasão da Ucrânia, foram vários os países que aceleraram os processos de transição energética, apostando fortemente na instalação de capacidade solar e eólica. Assim, espera-se que a capacidade global de energia renovável cresça 2.400 gigawatts (GW) no período 2022-2027, uma quantidade equivalente à capacidade energética total da China atualmente, de acordo com o relatório Renewables 2022.

A capacidade solar fotovoltaica global deverá triplicar no período 2022-2027, ultrapassando o carvão como a maior fonte global de eletricidade já no início de 2025. Já a capacidade eólica global vai quase duplicar no mesmo período, com projetos offshore a serem responsáveis por um quinto do crescimento. Juntas, a energia eólica e a solar representarão mais de 90% da capacidade de energia renovável adicionada nos próximos cinco anos.

Fatih Birol, diretor executivo da AIE, sublinha que a aposta nas energias renováveis entrou agora numa “numa nova fase de crescimento ainda mais rápido” numa altura em que se atravessa “um ponto de viragem histórico para um sistema energético mais limpo e seguro”. Além da aposta permitir assegurar uma maior segurança energética, Birol ressalva que as energias “verdes” são “fundamentais para ajudar a manter a porta aberta para limitar o aquecimento global a 1,5 °C”.

Para concretizar a estimativa prevista, a AIE recomenda que os Estados-membros da União Europeia acelerem, também, na implementação de políticas que permitam simplificar e reduzir os prazos de licenciamento, melhorar os leilões, nomeadamente a nível de distribuição de tarefas e cronogramas, bem como fomentar os programas de incentivo à instalação de painéis solares em telhados residenciais e comerciais.

Mas além da Europa, a AIE também olha para o papel da China e dos Estados Unidos. Segundo uma análise da organização, espera-se que a Pequim seja responsável por quase metade das novas adições de capacidade de energia renovável global no período 2022-2027. E em Washington, graças à Lei de Redução da Inflação, a instalação de energias “verdes” deverá acelerar nos próximos anos.

Mas as renováveis não são o único destaque. Segundo o relatório, também a procura por biocombustíveis deverá crescer 22% no período 2022-2027, com os Estados Unidos, Canadá, Brasil, Indonésia e Índia a representarem 80% da expansão global prevista no uso de biocombustíveis.

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Blip vai oferecer três meses extra de licença parental ou complemento financeiro aos futuros pais

Os colaboradores passam a poder escolher entre três meses extra de licença parental financiados pela empresa, um complemento financeiro extra pago durante três ou uma junção dos dois benefícios.

A Blip vai oferecer uma nova política de apoio à parentalidade às suas pessoas já a partir de 2023. Os colaboradores e futuros pais passam a poder escolher entre três meses extra de licença parental financiados pela empresa, um complemento financeiro extra pago durante três ou uma junção dos dois benefícios.

“Com o objetivo de apoiar todos os nossos colaboradores numa fase tão importante e crucial das suas vidas, decidimos implementar este novo benefício, oferecendo a possibilidade de os mesmos usufruírem de três meses extra de licença, para aumento do tempo de bonding com os seus filhos nos primeiros meses de vida, ou então de poderem optar por um complemento financeiro, atribuído durante três anos. Uma junção destes dois benefícios é igualmente possível”, explica Patrícia Carneiro, people director da Blip.

“Um dos pontos-chave deste benefício é empoderarmos os nossos colaboradores para que estes possam escolher a opção que esteja mais alinhada com as suas necessidades. Este benefício é também elegível para casos de adoção. Queremos acreditar que, com esta política, além de apoiarmos todos aqueles que pretendem fazer crescer a sua família, vamos reforçar as nossas práticas de diversidade e inclusão”, acrescenta a gestora de pessoas, em comunicado.

O novo pacote de benefícios no campo da parentalidade — o “Parental Choices” — é composto por três modalidades. A primeira (“Take your de time”) trata-se de oferecer três meses extra de licença parental, financiados pela empresa, independentemente de se tratar de uma mãe ou um pai. A segunda modalidade (“Fina(ncia)lly here”) são três complementos financeiros, pagos anualmente até aos primeiros três anos do filho do colaborador. Finalmente, a modalidade “All about bonding” é uma combinação das opções anteriores, podendo o colaborador juntar a licença parental extra e o apoio monetário, tendo, por exemplo, um mês extra de licença e dois complementos financeiros ou dois meses extra de licença e um complemento financeiro.

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Agrimútuo e Caja Rural Del Sur assinam convénio de cooperação

  • BRANDS' ECO
  • 6 Dezembro 2022

O convénio firmado representa um momento histórico que possibilita a criação de sinergias entre as cooperativas agrícolas ibéricas.

A cerimónia que assinalou a assinatura deste protocolo de cooperação realizou-se em Mafra, no passado dia 28 de novembro de 2022, entre a Agrimútuo – Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo – e a Caja Rural del Sur – instituição cooperativa de crédito andaluza a operar sobretudo na área agroindustrial.

O convénio visa promover a discussão sobre os modelos cooperativos e tipos de organização, bem como sobre o Controle Interno e Governance Bancário e Cooperativo. Visa ainda promover a expansão do sistema cooperativo e fortalecê-lo, quer através do desenvolvimento de projetos comuns de natureza económica e sociocultural, quer pela prestação de serviços que se revelem ser do interesse comum dos seus associados e clientes. Pretende-se ainda potenciar e aprofundar o cooperativismo no setor agrícola em geral e o reforço do espírito de solidariedade através de várias ações e iniciativas.

Estes objetivos traduzem-se, nomeadamente, na partilha e contratação de financiamentos e operações de crédito sindicados, em ações de marketing concertadas que agregam o ideal cooperativo destas instituições, na participação em organizações cooperativas internacionais e na constituição de uma plataforma informática que permita que os associados e clientes acedam a informações úteis e necessárias para trocas comerciais ibéricas.

Como Presidente da Agrimútuo, Manuela Nina Jorge considerou tratar-se de “um momento histórico em que os valores éticos, de solidariedade e de cooperação se sobrepõem à nacionalidade.” Adicionou que “o país só tem a ganhar com a diversidade e a pluralidade de alternativas e soluções” sendo que as sinergias que serão criadas irão “potenciar a nossa mais-valia e a defender a nossa identidade no contexto da UE, nomeadamente face ao cooperativismo, à defesa do Mundo Rural, assim como aos ativos ainda por valorizar como os créditos de carbono e a sustentabilidade.”

José Luís García-Palacios, Presidente da Caja Rural del Sur, afirmou que “é um orgulho e uma honra ter esta oportunidade de conciliar os interesses de duas instituições cooperativas, com o intuito de gerar riqueza no sistema agroalimentar.” Destacou ainda que “desde sempre que olhamos para Portugal como um aliado, pelo que consideramos que hoje é um dia histórico para o cooperativismo de crédito de ambos os países. Portugal e Espanha somam uma enorme mais-valia para o sector e não tenho dúvidas de que, em conjunto, as nossas instituições poderão chegar muito mais longe”.

Ainda durante a cerimónia, Hélder Sousa Silva, Presidente da Câmara Municipal de Mafra, salientou “estou certo de que é um convénio com futuro, que contribuirá para o desenvolvimento dos agentes económicos através de uma prestação de serviços de proximidade, bem como para a dinamização da economia em geral”.

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