Fundo português quer 150 milhões para investir em cibersegurança e software

Ex-quadros da Sonae são os sócios fundadores da 33N Ventures, nova sociedade de capital de risco para apostar em séries A e B de investimento em cibersegurança.

Fundada por portugueses, a 33N Ventures é a nova sociedade de capital de risco para apostar em startups das áreas da cibersegurança e em sistemas de infraestruturas da Europa, Israel e Estados Unidos. Atualmente com 20 milhões de euros já levantados, a empresa quer arrecadar um total de 150 milhões de euros junto de outros investidores. Quando atingir esse patamar, pretende colocar dez milhões de euros em rondas de investimento das séries A e B.

A 33N Ventures é fundada por Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva, ex-quadros da Sonaecom. Na última década, os dois sócios concretizaram mais de 20 investimentos e foram responsáveis pelo crescimento das empresas de cibersegurança S21sec e Excellium, vendidas à Thales nos últimos dias.

Estamos prontos para investir deste o dia um e já estamos a explorar ativamente várias oportunidades de crescimento. Procuramos negócios escaláveis de alto crescimento, com potencial global, tecnologia provada e que já tenham receitas”, assinala Carlos Moreira da Silva, um dos sócios fundadores.

Equipa da 33N Ventures: Margarida Correia, Gonçalo Borges, Carlos Moreira da Silva e Carlos Alberto Silva

“Com a transformação digital a ser uma prioridade para governos, instituições, empresas e investidores em todo o mundo, a oportunidade nesta área é enorme. Só o mercado de cibersegurança deverá valer mais de 160 mil milhões de dólares em 2022 (164,9 mil milhões de euros), e está previsto, nos próximos anos, um crescimento anual de dois dígitos, tendo em conta a aceleração no aumento de oportunidades de investimento, acrescenta Carlos Alberto Silva, o outro sócio fundador.

A 33N Ventures também conta com uma rede de especialistas na sua equipa, que inclui o português Nuno Sebastião, fundador do unicórnio português Feedzai.

A ajudar no arranque da nova capital de risco portuguesa está a gestora de ativos Alantra, que contribuiu para a captação dos primeiros 20 milhões de euros do fundo.

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Sindicatos reclamam aumento salarial “imediato” de 150 euros no grupo EDP

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

O valor é "realista" e está "ao alcance da situação económica" da empresa, defendem os sindicatos.

Os sindicatos reclamam um aumento “imediato” de 150 euros para todos os trabalhadores do grupo EDP, defendendo que os 14 milhões de euros que esta medida representa é um valor “realista” e “ao alcance da situação económica” da empresa.

“Para valorizar os salários e recuperar o poder de compra, uma delegação da Fiequimetal e da Comissão Intersindical da EDP entregou na sede, em Lisboa, uma proposta de revisão imediata das tabelas salariais e matérias de expressão pecuniária, reivindicando 150 euros de aumento para todos os trabalhadores das empresas do grupo”, avança a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) em comunicado.

Numa declaração gravada momentos antes da entrega da proposta, na passada quarta-feira, o coordenador da Fiequimetal, Rogério Silva, destacou as perdas salariais dos trabalhadores da EDP, estimadas em 5,9%, face a uma inflação estimada de 7,4% este ano, salientando que estas contrastam com os lucros obtidos e os dividendos distribuídos pela EDP em 2021.

Na fundamentação económica da proposta, a Fiequimetal sustenta que “esta é realista e a sua aceitação está ao alcance da situação económica do grupo EDP”, que em 2021 obteve 1.104 milhões de euros de lucro líquido, distribuiu 750 milhões de euros de dividendos aos acionistas e pagou “quase 11 milhões de euros aos 10 membros do Conselho de Administração”.

“Nos últimos seis anos (2016-2021), a EDP acumulou lucros no montante de 6.682 milhões de euros”, argumenta ainda a federação sindical, acrescentando que, “no primeiro semestre de 2022, os lucros depois de impostos já aumentaram 22,7% em relação a igual período de 2021”.

Em contrapartida, sustenta, “a proposta de 150 euros de aumento salarial representa pouco mais de 14 milhões de euros”.

“Os excelentes resultados financeiros dos últimos anos não se têm refletido na situação dos trabalhadores, que assumem cada vez mais tarefas em excesso, mas não são valorizados, seja nos salários, seja nas carreiras profissionais”, afirma a Fiequimetal.

Considerando que “é ainda mais injusta a falta de valorização dos trabalhadores mais jovens”, a federação diz que “a EDP ocupa o pódio no recurso à prestação de serviços, no atendimento aos clientes e em outras áreas, o que faz dela uma campeã também na promoção da precariedade”.

Garantindo que “todos estes problemas continuarão a ser colocados à administração”, a federação sindical avisa que “a prolongada falta de resposta positiva representará mais um fator de descontentamento e de mobilização para a luta, em unidade, dos trabalhadores das empresas do grupo EDP”.

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Mais de um milhão de portugueses já receberam a vacina contra a gripe

Desde que arrancou a campanha sazonal de outono-inverno, um milhão de portugueses já foram vacinados contra a gripe, dos quais mais de 787 mil receberam também a vacina contra a Covid.

Mais de um milhão de portugueses já foram vacinados contra a gripe desde que arrancou a campanha sazonal de outono-inverno, revela a Direção Geral da Saúde.

“Entre os dias 7 de setembro e 12 de outubro, mais de um milhão de utentes receberam a vacina da gripe, dos quais mais de 787 mil receberam as duas vacinas, contra a gripe e contra a Covid-19”, lê-se numa nota divulgada na quarta-feira pela entidade liderada por Graça Freitas.

Recorde-se que a campanha sazonal contra a Covid-19 e a gripe abrange cerca de três milhões de pessoas e à semelhança do que tem sido habitual o processo está a realizar-se por faixa etária decrescente, priorizando também as pessoas com comorbilidades associadas. Nesse sentido, depois de arrancar pelo maiores de 80 anos, está agora a abranger também as pessoas entre os 70 e os 79 anos.

De sublinhar que os grupos elegíveis para vacinação contra a Covid e contra a gripe divergem um pouco. Até ao momento, nesta campanha de vacinação, o número total de vacinas administradas contra a Covid-19 supera as 965 mil, adianta ainda a DGS.

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Ivo Calueio Mahumane reforça equipa da AVM

A AVM Advogados reforçou a sua equipa do escritório de Lisboa com associado Ivo Calueio Mahumane. O advogado transita da Vieira de Almeida.

A AVM Advogados reforçou a sua equipa do escritório de Lisboa com associado Ivo Calueio Mahumane. O advogado transita da Vieira de Almeida, onde desempenhou funções desde 2017, integrando o departamento de Oil & Gas e tendo passado pelo departamento de Bancário e Financeiro.

“A contratação do Ivo Mahumane é uma mais-valia para a AVM Advogados, alinhada com o crescimento consolidado e sustentado que o escritório tem tido nos diversos mercados onde opera. Com este reforço, sinal da aposta no talento e expertise dos nossos colaboradores, estamos certos de que iremos continuar a prestar um serviço de excelência aos nossos clientes“, refere o escritório em comunicado.

Ivo Calueio Mahumane é licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e concluiu a fase curricular do mestrado em Direito e Prática Jurídica, especialidade em Direito da Empresa, pela Universidade de Lisboa.

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Portugal Air Summit estreia programa de incubação e financiamento de startups

  • BRANDS' ECO
  • 13 Outubro 2022

Boost é o nome do programa de incubação e aceleração de startups, promovido pelo Portugal Air Summit. Este programa, que decorre entre hoje e amanhã, pretende promover a ligação a stakeholders.

O Portugal Air Summit `22 apresenta, pela primeira vez, um programa de incubação e aceleração de startups, intitulado Boost, que decorre nos dias 13 e 14 de outubro, com ligação a stakeholders e a um fundo de investimento do Médio Oriente.

Este programa envolve dez startups ligadas à área de aviação e quatro mentores ligados à indústria e ao financiamento, nomeadamente, Mia Jafari, fundadora de ecossistemas e fundadora da Yogipreneurs, Frederico Fernandes, partner associado da WIZE, Hugo Espírito Santo, partner da McKinsey, e Olga Fleming, FDI & PPP Strategist.

Hoje é o primeiro dia do programa, que foi iniciado com uma marterclass centrada no processo de criação de uma startup na área de aviação. Depois da masterclass, as dez startups participantes vão apresentar os seus projetos aos quatro mentores, seguindo-se o de mentoring com a preparação e prática do Picth. A sessão terminará com a deliberação e escolha da startup vencedora pelos mentores.

No dia seguinte, 14 de outubro, pelas 11h30, acontece o Pitch da startup vencedora, que terá acesso a uma ronda de investimento, em janeiro, na capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi.

Esta edição, promovida pela Câmara Municipal de Ponte de Sor, em parceria com a The Race, tem como mote “Flying for a World of Opportunities”, com o objetivo de dar destaque às oportunidades disponíveis no setor, nomeadamente ao nível de investimento. Desta forma, o programa da 6ª edição é mais voltado para a indústria, de forma que as empresas sintam cada vez mais o apelo de participar, voltar e de se fixarem.

A partir de dois auditórios e salas apropriadas para workshops e reuniões, bem como espaços lounge propícios a networking, o Portugal Air Summit garante a transmissão em direto de dezenas de conferências com os principais vultos nacionais e internacionais, painéis de discussão, apresentações e workshops.

A cimeira – que na edição de 2021 proporcionou 89 conferências, contou com 200 oradores, mais de 90 parceiros, totalizou 10 milhões em negócios gerados diretamente no evento e teve mais de 30 mil espetadores – promove ligações formais ou influentes nas mais diversas áreas do setor aeronáutico e aeroespacial e coloca Ponte de Sor como um player no panorama internacional desta indústria.

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CMS assessora startup portuguesa Miio em ronda de investimento

A equipa responsável pela assessoria foi composta pelo sócio de Corporate M&A Francisco Xavier de Almeida, pelo associado sénior David Apolónia e pelo associado Gonçalo Cabral Moncada.

A sociedade de advogados CMS assessorou a startup portuguesa de mobilidade elétrica, Miio, numa ronda de investimento levada a cabo pela Portugal Ventures. A aplicação da Miio permite carregar veículos elétricos em Portugal, França e Espanha, bem como saber antecipadamente preços e interagir com a comunidade.

A equipa responsável pela assessoria foi composta pelo sócio de Corporate M&A Francisco Xavier de Almeida, pelo associado sénior David Apolónia e pelo associado Gonçalo Cabral Moncada, que integram a mesma área de prática.

“É com muito gosto que estivemos envolvidos nesta ronda de investimento junto de uma das mais promissoras startups nacionais. É sinal, também, de que os empreendedores portugueses continuam a privilegiar a CMS para as ajudar no crescimento dos seus negócios“, sublinhou Para Francisco Xavier de Almeida.

A CMS tem ainda prestado consultoria jurídica nas áreas relacionadas com questões regulatórias e de energia através do sócio de Energia & Alterações Climáticas, Manuel Cassiano Neves, e do associado da mesma área de prática, Duarte Lacerda.

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Ana Gama é a nova chief financial officer da Nextbitt

A profissional transita da Claranet, onde assumia a liderança da direção financeira - planeamento & controlo de gestão e tesouraria.

A Nextbitt anunciou a nomeação de Ana Gama, que transita da Claranet, para o cargo de chief financial officer da empresa. O reforço enquadra-se no plano estratégico definido, com a ronda de investimento da Explorer Investements, focado na aceleração de crescimento nacional e internacional da empresa.

“É com enorme orgulho e satisfação que assumo o cargo de chief financial officer de uma organização que tem evoluído muito nos últimos, reforçando a sua posição no mercado nacional e apostando numa estratégia sustentada de crescimento internacional. O grande rigor da Nextbitt, desde a sua existência, no que aos aspetos financeiros diz respeito, foi também um dos fatores que me fez abraçar o projeto”, afirma Ana Gama, em comunicado.

“Apesar do contexto económico e social, dos dias de hoje, ser especialmente desafiante, a ronda de investimento de cinco milhões de euros aplicada pelo fundo Explorer Investments permite-nos ser mais fortes e continuar o caminho de crescimento e internacionalização da nossa operação. Esse é o grande desafio que temos pela frente.”

Com 20 anos de experiência na área de gestão, Ana Gama é formada em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa e pós-graduada em Gestão pelo INDEG/ISCTE. Iniciou o seu percurso profissional em 2003, como consultora de gestão na Deloitte, tendo, posteriormente, integrado o Grupo Portugal Telecom, onde trabalhou durante 12 anos em diferentes áreas, nomeadamente melhoria contínua, gestão de projetos, desenvolvimento de novos produtos e serviços e transformação digital. Em 2018 integrou a Bizdirect, onde assumiu a função de CFO e, após a aquisição da Bizdirect pelo Grupo Claranet, em julho de 2021, apoiou a gestão do processo de integração das empresas. No início de 2022 passou a assumir a liderança da direção financeira – planeamento & controlo de gestão e tesouraria da Claranet.

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Líder da indústria têxtil antecipa “enorme purga” no setor

Mário Jorge Machado avisa que “atual cenário de crise profunda ainda vai piorar antes de melhorar”, dramatizando impactos nos custos do gás natural e matérias-primas, nas taxas de juro e no consumo.

Depois de dois anos em que a pandemia dominou as atenções da indústria têxtil e do vestuário, forçando-a a “reinventar os negócios de forma a sobreviver”, as empresas do setor enfrentam agora as “consequências trágicas” da guerra na Europa que têm um “impacto profundo” na indústria, ao nível das cadeias de abastecimento e distribuição, dos custos da energia, da inflação ou da subida das taxas de juro, além da queda no consumo que aí vem.

“Este é o cenário de crise profunda em que vivemos e, infelizmente, estamos certos de que ainda vai piorar antes de melhorar. Pelos cenários semelhantes que vivenciámos no passado, sabemos que vai causar uma enorme purga nos negócios, permitindo apenas aos mais capazes sobreviver”, resumiu Mário Jorge Machado, reeleito presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) até 2024.

Algumas empresas não vão ser capazes de sobreviver. Vão ser tempos difíceis para todos.

Mário Jorge Machado

Presidente da ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal

Na abertura da convenção europeia do setor, que arrancou esta quinta-feira num hotel do Porto, o porta-voz da indústria nacional advertiu que a Europa não pode ficar “novamente refém de cadeias produtivas extensas e de dependências difíceis de substituir”, apontado à reindustrialização e ao reshoring de atividades económicas no Velho Continente. Uma lição que veio da pandemia e “aprofundada” pela guerra na Ucrânia, sobretudo pela “perigosa dependência” do gás russo.

“Algumas empresas não vão ser capazes de sobreviver. Vão ser tempos difíceis para todos. (…) Se não apoiarmos as empresas no custo do gás natural, de forma efetiva, elas vão continuar a ser atingidas fortemente e muitas podem desaparecer. Isto seria uma vitória para o Sr. Putin, que está a usar o gás como arma económica. Temos de encontrar soluções para que esta situação não seja uma realidade”, acrescentou o presidente da ATP, sediada em Vila Nova de Famalicão (distrito de Braga).

Mário Jorge Machado, presidente da ATP, na abertura da convenção europeia do setor, no Porto

Outro tema no qual Mário Jorge Machado insistiu, neste evento que coincide com o habitual fórum anual do têxtil português, foi a “compatibilização da sustentabilidade – ambiental, social e económica – com a necessidade indispensável de a indústria manter a sua competitividade”. Orientada às novas necessidades do mercado, mas sem prejudicar o ambiente, a renovação dos recursos naturais e o “respeito pelos mais básicos direitos humanos e sociais, que terão de ser o padrão universal no comércio internacional”.

Pressão têxtil em Bruxelas

Alberto Paccanelli, presidente da Euratex, advertiu igualmente para esse “balanceamento entre competitividade e sustentabilidade”. E alertou que, ao contrário das crises anteriores, como a decorrente da pandemia, esta “crise energética não coloca todos no mesmo pé”, numa comparação com os competidores de fora da União Europeia, como a Turquia.

“Pedimos à Comissão Europeia medidas como um teto para o preço do gás ou mais apoios às empresas, mas a resposta até agora deixou-nos desapontados”, reconheceu, na abertura da convenção, o líder da confederação patronal da indústria têxtil e do vestuário, que tem sede em Bruxelas. O setor emprega cerca de 1,2 milhões de trabalhadores em toda a Europa.

Alberto Paccanelli, presidente da Euratex

A ATP aproveitou ainda esta convenção da Euratex para apresentar a nova revista “The Green Materials From Portugal”, enquadrada no projeto Sustainable Fashion From Portugal. Esta publicação, explica a associação empresarial, tem como objetivo destacar os materiais e processos sustentáveis desenvolvidos pelo setor têxtil e vestuário nacional, como diferentes fibras e processos de reciclagem e de tingimento natural.

No local do evento, um hotel de luxo localizado na Avenida da Boavista, no Porto, vão estar também em exposição as inovações de várias empresas nacionais, como a Acatel, Albano Morgado, Burel Factory, Lemar, LMA, RDD, Tintex Textiles e Troficolor. Um showcase a que se juntou igualmente um hub criativo formado por jovens designers portugueses.

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Greenvolt constrói dois projetos na Polónia

  • Capital Verde
  • 13 Outubro 2022

Ambos os ativos deverão ser vendidos no decorrer de 2023, informa a empresa em comunicado.

A GreenVolt iniciou a fase de construção em dois projetos na Polónia com uma capacidade total de 59 megawatts (MW), distribuída entre eólica, solar e armazenamento. Ambos os ativos deverão ser vendidos no decorrer de 2023, informa a empresa em comunicado.

O primeiro projeto, denominado “Sompolno”, está localizado em Sompolno (no centro-oeste da Polónia) e terá uma capacidade instalada de 26 MW em eólica, 10 MW em solar e 3 MW em armazenamento, sendo a data comercial de operação estimada para o primeiro semestre de 2024.

O segundo projeto, o “Opalenica”, está localizado perto da cidade de Opalenica, também no centro-oeste da Polónia, e consiste em três parques solares com uma capacidade de 20 MW. Considerando o início da fase de construção, é esperado que a data comercial de operação seja alcançada no terceiro trimestre de 2023.

Em ambos os casos, é intenção da GreenVolt alienar os ativos ainda antes da fase comercial de operação. Ambos os projetos deverão ser vendidos ao longo do próximo ano.

“A decisão de construir estes dois projetos na Polónia está inteiramente alinhada com a estratégia da GreenVolt, de aproveitar oportunisticamente a procura mais elevada de ativos prontos a operar”, diz João Manso Neto, CEO da GreenVolt.

Recorde-se que a GreenVolt celebrou, durante o terceiro trimestre de 2022, através da Augusta Energy, parceria entre a sua subsidiária V-Ridium Power Group e a KGAL, um acordo de venda à Iberdrola, por 155 milhões de euros, de um portfólio de ativos em construção, localizados na Polónia. Foi o primeiro conjunto de ativos alienados pela empresa desde a entrada em bolsa.

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Proposta de trabalho de Biden faz tremer “gig economy”

Espera-se que a mudança agite as indústrias das plataformas de transporte, entregas e outros setores que dependem dos trabalhadores da gig economy. Empregadores já reagiram.

O Departamento de Trabalho dos EUA propôs uma nova regra que torna mais difícil para as empresas a contratação de trabalhadores da gig economy, nomeadamente freelancers e contractors. A proposta de Biden implica que estes trabalhadores sejam considerados empregados de uma empresa, com direito a mais benefícios e proteção legal, quando eles são “economicamente dependentes” da empresa. Uma mudança que deverá agitar as plataformas de transporte, entregas e outras indústrias que dependem de trabalhadores da gigeconomy. As plataformas já reagiram com críticas à medida. E os mercados também: as ações de empresas como Uber ou a Lyftcaíram na ordem dos 10%.

A nova medida da Administração Biden é esperada no próximo ano, avança a Reuters, e mexe com a chamada gig economy definida com uma forma de trabalho baseada em pessoas que têm empregos temporários ou fazem atividades de trabalho freelancer ou contractor, remuneradas por hora, tarefa ou projeto, em vez de trabalharem para um empregador fixo.

O Secretário do Trabalho dos EUA, Marty Walsh, afirmou que, muitas vezes, as empresas classificam erradamente os trabalhadores como contractors. “A classificação errada priva os trabalhadores das suas proteções laborais federais, incluindo o direito a receberem o seu salário por inteiro, legalmente ganho”, disse Marty Walsh.

Por sua vez, Liz Shuler, presidente da American Federation of Labor and Congress of Industrial Organizations (AFL-CIO), defendeu que a proposta dá ao Governo os instrumentos necessários para proteger os trabalhadores do “problema crescente da classificação errada”.

Empregadores criticam proposta

Mas, entre os empregadores, a proposta não é vista com bons olhos. A Federação Nacional do Retalho disse que “se opõe veementemente a uma mudança” e chamou a regra de “injustificada” e “desnecessária”. Já a Associação Flex, que representa Uber, Lyft e DoorDash, disse que ainda está a rever a regra proposta e que “trabalhará para assegurar que qualquer política final preserve a independência” que os trabalhadores da gig economy querem.

A Lyft afirmou que “não há impacto imediato ou direto” nos seus negócios neste momento, enquanto a Uber considerou “crucial que a Administração Biden continue a ouvir as mais de 50 milhões de pessoas que encontraram uma oportunidade de obter rendimento com empresas como” essa.

Aos olhos do analista Wedbush Dan Ives, a proposta é “um golpe claro para a gig economy”, e, ao mesmo tempo, “uma preocupação a curto prazo para empresas como a Uber e a Lyft”. A concretizar-se, seria capaz de pôr o modelo de negócio destas empresas “de pernas para o ar” e originar “algumas grandes mudanças estruturais”.

A proposta será formalmente publicada na quinta-feira, dando início a um período de comentários de 45 dias.

Na Europa, Bruxelas também já avançou em dezembro com uma proposta legislativa que visa melhorar as condições dos trabalhadores das plataformas digitais. Bruxelas estima que hoje em dia haverá mais de 28 milhões de cidadãos na União Europeia a trabalhar em plataformas digitais em diferentes setores, número que poderá atingir os 43 milhões em 2025.

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Idade média dos novos reformados subiu para 65 anos e meio em 2021

  • ECO
  • 13 Outubro 2022

Redução da esperança média de vida, verificada durante a pandemia, vai recuar idade média de reforma em 2023 e penalização para quem se reforma antecipadamente irá baixar.

A idade média dos novos reformados por velhice na Segurança Social subiu para 65 anos e meio em 2021, aumentando efetivamente dois anos nos últimos dez, num período onde as pensões antecipadas caíram 31%. A edição desta quinta-feira do Jornal de Negócios (acesso pago) avança que a idade média da reforma fica assim mais perto da idade legalmente exigida, com uma diferença de um ano.

Segundo o relatório sobre a sustentabilidade financeira da Segurança Social, a redução da esperança média de vida, verificada durante a pandemia, vai recuar a idade média de reforma no próximo ano para os 66 anos e quatro meses, face aos 66 anos e seis meses verificados em 2021. O aumento da mortalidade também diminuiu o corte do fator de sustentabilidade, aplicado em caso de reforma antecipada, com exceção dos casos onde a pessoa em questão tem uma carreira contributiva muito longa.

Neste sentido, a penalização para quem se reforma antecipadamente irá baixar, em especial no próximo ano, já que este corte irá passar dos 15,5% em 2021, para 14% em 2022. Por outro lado, a queda de 31% no número de pensões antecipadas em 2021 provocou também um recuo no total de pensões antecipadas na ordem dos 7,2%. A contribuir para esta quebra, esteve a redução das novas pensões antecipadas por flexibilização.

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Portagens nas pontes sobre o Tejo vão subir mais de 9% em janeiro se não houver travão do Governo

Lusoponte é a única concessionária que propõe atualização das taxas de portagem com base na inflação de setembro. Aumento pode ser menor caso haja intervenção do Governo.

É oficial. Se não houver intervenção do Governo, as portagens nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama vão aumentar 9,3% a partir de 1 de janeiro de 2023. A Lusoponte, a concessionária das duas pontes sobre o rio Tejo em Lisboa, irá propor ao Governo as subidas nas tarifas a partir do taxa de inflação homóloga registada em setembro, que foi divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

Nas restantes concessionárias de autoestradas, a proposta de subida das tarifas de portagem depende do índice homólogo de preços no consumidor registado em outubro, excluindo habitação, que será confirmado em 11 de novembro pelo INE.

Na ponte 25 de Abril, os veículos da classe 1 poderão pagar mais 20 cêntimos de portagem, para 2,10 euros a partir de janeiro. Na ponte Vasco da Gama, a subida é de 25 cêntimos, para 3,15 euros, segundo as contas feitas pelo ECO. Nas tarifas de portagem, os aumentos são feitos em múltiplos de cinco cêntimos.

Na ponte 25 de abril, motociclos pagam classe 5 se tiverem ViaCard ou Via Verde. Caso contrário, pagam o valor da classe 1

Após a apresentação da proposta das concessionárias, o Governo poderá interceder neste tema e limitar os aumentos. As gestoras de autoestradas poderão negociar, mas deverão exigir compensações, como o prolongamento dos contratos de concessão, segundo o Jornal de Negócios.

O presidente executivo da Brisa, António Pires de Lima, também alertou para a situação, no final de julho. “As portagens estão diretamente relacionadas com a inflação, é o indicador de inflação em outubro que vai determinar o valor das portagens, portanto, deverão aumentar e com algum significado no próximo ano, a não ser que o Estado mostre abertura para encontrar mecanismos que compense a Brisa desse aumento e o possa diluir no tempo, ou inclui-lo no grupo de trabalho de renegociação da concessão”, referiu o líder da maior concessionária de autoestradas do país.

Descontos nas pontes

Utilizar o sistema ViaCard ou a Via Verde pode ajudar a baixar as contas com as portagens nestas pontes.

Na ponte 25 de Abril, a redução de preços com o ViaCard varia conforme o número de utilizações: de 1 a 12 passagens, o desconto é de 10%; de 13 a 70 passagens, o desconto é de 70%; quem atravessar a ponte 71 ou mais vezes num mês não paga portagens sobre essas utilizações. Com o sistema Via Verde, aplicam-se os mesmos descontos de 13 a 70 passagens e para quem atravessar a ponte 71 ou mais vezes.

Se tiver um veículo elétrico ou um híbrido plug-in (ViaCard Eco), o desconto é de 15% para 1 a 12 passagens por mês e de 80% para 13 a 70 passagens por mês.

Na ponte Vasco da Gama apenas aplicam-se os descontos da ViaCard, que dependem do horário: se usar a ponte das 7h às 10 nos dias úteis, a redução é de 5%; se usar a travessia fora desse período, o desconto é de 10%. Quem tiver um veículo elétrico ou híbrido plug-in tem o dobro dos descontos com o ViaCard Eco: 10% nos dias úteis das 7h às 10h; 20% noutros horários.

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