Metros e Transtejo com menos 22% de utentes até setembro face ao pré-pandemia

Metro do Porto é a empresa mais perto dos números pré-pandemia entre os transportes públicos tutelados pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

Tardam em voltar todos os utentes dos metros de Lisboa e do Porto e dos barcos da Transtejo/Soflusa. Nos primeiros nove meses do ano, a procura por estes meios de transporte ficou 22% abaixo dos números pré-pandemia, referem dados publicados nesta quinta-feira pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

Até setembro, houve 154,85 milhões de validações de bilhetes nestas empresas, o que compara com os 198,94 milhões do mesmo período de 2019. Face a 2021, no entanto, a recuperação é de 76%; na comparação com 2020, são 44%.

O Metro do Porto é o meio de transporte que está mais perto da recuperação total: até setembro, registou 51,38 milhões de validações, menos 9% face ao período homólogo de 2019. Se olharmos apenas para setembro, são menos 6% face a 2019.

Na Transtejo e na Soflusa, foram registados 14,27 milhões de validações até ao final de setembro, menos 19% face a 2019. Na comparação entre setembro deste ano e de 2019, a diferença é de menos 12%.

O Metro de Lisboa continua a ser o meio de transporte com mais dificuldades em recuperar o número de passageiros: há uma perda de 28% até setembro de 2022 (96,58 milhões de utentes) face aos primeiros nove meses de 2019 (133,28 milhões). Na comparação estritamente mensal, setembro foi o melhor mês do ano até agora: a perda de utentes foi de 18% face a setembro de 2019.

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Carlos Alexandre já entregou candidatura para Relação. Será o fim do protagonismo do super juiz?

O magistrado já entregou a candidatura a juiz-desembargador, depois de duas décadas na instrução criminal, em que mandou prender Sócrates, Salgado, Rendeiro, Luís Filipe Vieira ou Duarte Lima.

Resistiu e resistiu. Mas acabou por ceder. O juiz Carlos Alexandre, 61 anos, já entregou o pedido de promoção a desembargador do Tribunal da Relação, esta quinta-feira, às 10.45. Uma decisão que, a concretizar-se, será o fim do protagonismo — e de um ciclo — do chamado por muitos de super-juiz, depois de quase duas décadas no Tribunal Central de Instrução Criminal, em que mandou prender José Sócrates, Ricardo Salgado (em casa), Duarte Lima, Manuel Pinho, Oliveira e Costa, Luís Filipe Vieira ou os principais arguidos do processo dos Vistos Gold.

Os resultados do concurso da entrada ou não no Tribunal da Relação de Carlos Alexandre, a cerca de três anos da reforma, deverão sair em março de 2023. Caso seja promovido, assumirá o cargo de desembargador mas só em setembro de 2023.

Foi em janeiro deste ano que tudo mudou para Carlos Alexandre. Habituado ao protagonismo que o Ticão lhe garantia — apesar de em entrevista à Sic ter revelado que não gostava dos holofotes — a 4 de janeiro entrou em vigor a lei que determina que este Tribunal passasse a ter uma composição com mais sete juízes, depois de se fundir com o Juízo de Instrução Criminal de Lisboa.

No “Ticão” existiam, até esta mudança, dois juízes em funções, Carlos Alexandre, em exclusividade até 2015, e Ivo Rosa, desde 2015, e que levou a que todos os processos “mediáticos” transitassem para as suas mãos. Para este tribunal — na fase de instrução — foram parar os processos mais mediáticos da Justiça portuguesa como a Operação Marquês, caso GES/BES, BPP/João Rendeiro, Face Oculta, Operação Furacão, entre outros.

Já a Estratégia Anticorrupção de Francisca Van Dunem sublinhava que a perceção das decisões do ‘Ticão’ “é agravada pela circunstância de os processos que ali correm terem um grau de mediatização acrescido, pela gravidade dos factos”, aliada ao que a titular da pasta, à data, chamou de “pessoalização” das decisões. O aumento do número de magistrados afetos à realização das missões do Tribunal Central de Instrução Criminal “é a solução consensualmente apontada. Impõe-se, pois, reponderar a composição do Tribunal”, diz o documento. Desta forma, esbateu-se a pessoalização que aquele tribunal tinha e que dava origem, na opinião pública, à ideia de que cada processo era decidido em função da pessoa que o tramita, e não em função de critérios objetivos da lei.

O juiz Carlos Alexandre, após a sua audição relativamente à Operação Fizz, no Campus de Justiça, em Lisboa, 13 de março de 2018. JOÃO RELVAS/LUSAJoão Relvas/LUSA 13 Março, 2018

Carlos Alexandre ordenou a detenção do antigo primeiro-ministro — realizada a 21 de novembro de 2014, às 23:00 no Aeroporto de Lisboa, com câmaras de televisão a assistir. O início da Operação Marquês, quando ainda havia apenas três pessoas em contacto com o processo (o juiz, o procurador do Ministério Público responsável pelo processo, Rosário Teixeira, e o inspetor que liderava a equipa de investigação das finanças no MP, Paulo Silva), ficou assim manchado com uma nuvem de dúvidas de quem teria sido o autor das fugas de informação.

Conhecido também por ser mais próximo das teses da acusação — com alguns advogados de defesa desses mega processos a admitirem que muitos dos despachos do juiz de instrução são meros copy paste dos textos do Ministério Público – o super juiz esteve também sob suspeita de abuso de poder aquando a distribuição do processo relativo à Operação Marquês. Mas em maio, a Relação de Lisboa (TRL) considerou que não houve abuso de poder no que toca à distribuição manual do processo da Operação Marquês, que acabou por ficar nas suas mãos e sem ter sido feito uma sorteio eletrónico, como manda a lei. Sendo assim, a decisão foi de não pronúncia.

Antes, também o Conselho Superior de Magistratura (CSM) havia realizado um processo de averiguações e um procedimento de inquérito que culminaram em arquivamento. No entanto, o advogado do ex-primeiro-ministro, Pedro Delille, criticou então o órgão máximo de gestão e disciplina da magistratura judicial por ter admitido a violação do princípio do juiz natural.

As suas rivalidades com Ivo Rosa — que também já pediu a sua promoção para a Relação — são há muito públicas e notórias. Enquanto estavam sozinhos no Ticão, a frieza entre ambos era uma constante. Sendo que em janeiro deste ano, Carlos Alexandre chegou a acusar Ivo Rosa de colocar em perigo a vida de agentes encobertos da Polícia Judiciária.

O despique destes dois juízes não começou aqui. Anteriormente, Ivo Rosa também acusou Carlos Alexandre por este ter deixado muitos despachos em atraso no processo BES, entre eles um sobre o arresto de uma conta bancária de Maria João Salgado, mulher de Ricardo Salgado. Carlos Alexandre considera assim que o seu colega do Ticão cancelou “ações encobertas (…), apelidando de ilegais, colocando agentes encobertos em risco de vida”. Segundo a revista Sábado, estas decisões foram posteriormente anuladas pelo Tribunal da Relação de Lisboa, “considerando que eram atos ilegais e ordenando a reposição da cadeia de prova, através deles obtida”, referiu Carlos Alexandre.

 

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Rendas das casas sobem 2,9% em setembro em termos homólogos

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

O valor médio das rendas de habitação por metro quadrado registou uma subida mensal de 0,3%, valor idêntico ao registado em agosto.

As rendas das casas por metro quadrado aumentaram 2,9% em setembro face ao mesmo mês de 2021, acelerando face aos 2,8% de agosto e com todas as regiões a apresentarem subidas homólogas, divulgou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, em setembro “todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo Lisboa registado o aumento mais intenso (3,1%)”.

Quanto ao valor médio das rendas de habitação por metro quadrado, registou uma subida mensal de 0,3%, valor idêntico ao do mês anterior.

As regiões com a variação mensal positiva mais elevada foram o Norte e o Algarve (0,4%), não se tendo observado qualquer região com variação negativa do respetivo valor médio das rendas de habitação.

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Portugal é o terceiro país da União Europeia com a população mais envelhecida

Em 2021, a idade média da população portuguesa situou-se nos 45,8 anos, apenas inferior à média etária registada em Itália e na Alemanha.

A União Europeia está a envelhecer. Em 2021, a idade média era de 44,1 anos, valor que compara com a média de 43,9 apurada no ano anterior. E em Portugal, o ritmo é acelerado. É já o terceiro país da UE onde a idade média da população é mais elevada. Em 2021, a idade média da população portuguesa situou-se nos 45,8 anos, apenas inferior à média etária registada em Itália e na Alemanha. Contrariamente, a Islândia é o país que regista a média etária mais baixa (36,7 anos), revelam os dados do Eurostat, divulgados esta quinta-feira.

Em 11 anos, a média das idades da população portuguesa avançou 4,6 anos, tendo vindo sempre a aumentar gradualmente de ano para ano.

Analisando a geografia nacional mais ao detalhe, o centro é região mais envelhecida, com uma idade média de 47,4 anos, especialmente o distrito do Alentejo (47,9 anos). Segue-se a região norte (46,1 anos), o Algarve (45,2 anos) e a Área Metropolitana de Lisboa (44,7 anos), sendo que nas duas últimas as médias já são, inclusive, inferiores à União Europeia.

Nos arquipélagos portugueses, a Madeira regista uma média de idades de 43,6, enquanto os Açores situam a sua média nos 40,6 anos.

Quase 11 anos separam Itália da Islândia

Apenas Itália e Alemanha apresentam um retrato da população mais envelhecido do que Portugal, com a idade média a situar-se nos 47,6 e 45,9 anos, respetivamente.

Em sentido oposto, Islândia, Chipre e Irlanda ocupam o pódio dos países cuja população é mais jovem, com médias de idades nos 36,7, 38 e 38,5 anos. Juntamente com o Luxemburgo são mesmo os únicos países da UE onde a média etária da população não toca sequer nos 40 anos.

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Portugal Air Fashion: Um desfile com uniformes de companhias aéreas

  • BRANDS' ECO
  • 13 Outubro 2022

O último dia do Portugal Air Summit será marcado pela realização de um evento lúdico: o Portugal Air Fashion. Trata-se de um desfile de moda com os uniformes de várias companhias aéreas.

O Portugal Air Summit vai decorrer até ao dia 15 deste mês, que será também o dia mais lúdico do evento. Além de ser gratuito e aberto ao público, o último dia do PAS vai ser marcado pela realização do Portugal Air Fashion no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor.

Trata-se de um desfile de moda, que decorrerá a a 38 mil pés (ca. 12 km) de altitude, no qual cada companhia apresentará o seu estilo, muito inspirado na imagem gráfica da empresa, nas cores e no seu posicionamento.

Ao todo serão dez as companhias aéreas que vão desfilar e apresentar as suas fardas, nomeadamente, a LAM, AIR EUROPA, NET JETS, easyJet, EUROATLANTIC, HiFLY, BEIJING CAPITAL AIRLINES, a IBEROJET e as portuguesas, TAP e SATA Azores Airlines .

Esta é uma das grandes inovações da sexta edição do Portugal Air Summit, que visa aumentar a ligação e o envolvimento das companhias aéreas com a cimeira.

Nesse mesmo sábado, dia 15 de outubro, haverá, ainda, outros destaques para todos os visitantes do evento. Entre eles, a presença do avião de combate da II Guerra Mundial, Spitfire, presente em Portugal pela segunda vez em 50 anos, do avião civil de passageiros o A321neo da TAP, conhecido pela sua pintura especial RETRO (CS-TJR), e dos aviões do Air Race Championship, que irão correr em chicane para alcançar os melhores tempos possíveis.

A abrir a noite estarão dois aviões Aerosparx, equipados com leds na fuselagem e pirotecnia nas asas, a fazer um espetáculo de velocidade, luz, cor, música e pirotecnia no céu de Ponte de Sor. Depois desta apresentação segue-se um momento de comunhão entre a arte e a tecnologia com 100 drones autónomos a pintar os céus com incríveis formações.

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“Há um antes e um depois do Portugal Air Summit”

  • BRANDS' ECO
  • 13 Outubro 2022

Alexandra Reis, CEO da NAV, revelou ao ECO que há um antes e um depois na aviação desde o Portugal Air Summit. Mais startups, networking e melhor gestão estão entre as vantagens trazidas pelo evento.

Começou, hoje, a 6ª edição do Portugal Air Summit, em Ponte de Sor, da qual vão fazer parte várias entidades ligadas ao setor da aviação com vista a promover parcerias e a aumentar a conscientização para os problemas do setor, mas também para promover e pôr em prática soluções para os mesmos.

A NAV Portugal é uma das entidades que participa no Portugal Air Summit (PAS) desde a sua primeira edição e, este ano, o ECO esteve à conversa com Alexandra Reis, CEO da NAV, a fim de perceber qual o ponto de vista da responsável sobre o impacto que um evento como o PAS tem na área da aviação, bem como na economia do país.

Como é que o Portugal Air Summit consegue ajudar o setor? O que é que este evento já conseguiu promover na área? Será este um projeto promissor? Pode ver as respostas a estas e outras perguntas na entrevista abaixo.

O Portugal Air Summit está na sua 6ª edição. O que é que já mudou no setor da aviação desde a primeira edição do evento?

Quando falamos em mudanças na aviação falamos essencialmente em tecnologia e procedimentos. Cada player terá tido inúmeros desenvolvimentos em seis anos, embora eu só poderei falar da NAV, que participa desde a primeira edição no Portugal Air Summit. Muitos dos encontros passados promoveram alterações nos procedimentos de navegação aérea; na adequação das infraestruturas aeroportuárias às necessidades dos clientes; no desenvolvimento de um quadro legal aplicável às aeronaves não-tripuladas; na construção de procedimentos de aproximação baseados no satélite (GNSS – Global Navigation Satellite System), sem a necessidade de instalação de infraestruturas terrestres; e na Sustentabilidade Ambiental na Aviação, que é cada vez mais uma matéria na qual estamos muito comprometidos para reduzir as emissões de CO2.

Paralelamente, assistimos a um crescimento do tráfego aéreo até ao início da pandemia – em 2020 – na casa dos 7%, com o aumento dos investimentos ao nível de recursos humanos, de equipamentos e sistemas daí resultantes para fazer face à procura de tráfego. No nosso caso, entramos neste quarto final do ano de 2022 com um cenário de 95% da recuperação do tráfego face aos valores de 2019 (que constituem a referência no setor) e, também por isso, a disponibilizar uma nova Sala de Operações no Centro de Controlo de Tráfego Aéreo de Lisboa, que acolhe a partir do dia 18 de outubro o novo sistema de Controlo de Tráfego Aéreo State-of-the-art – TOPSKY.

Considera que este evento ajuda na divulgação de necessidades e acelera as tomadas de decisão?

Com um programa uma vez mais abrangente como é o deste ano, com inúmeros responsáveis económicos, políticos, gestores e especialistas nas mais diversas áreas presentes, sabemos de antemão que muitas das decisões de gestão são tomadas em virtude dos encontros tidos, do networking que lá se faz, a que não é alheio o surgimento de cada vez mais startups ligadas a este setor.

No caso da NAV, e à semelhança de anos anteriores, não é por acaso que o Portugal Air Summit é escolhido para formalizar parcerias, contratos e acordos como se verifica este ano com a assinatura de um protocolo com a Câmara Municipal de Ponte de Sor para reestruturação do espaço aéreo, no cumprimento da implementação do conceito PBN da ICAO e da Regulamentação europeia, permitindo a utilização da tecnologia satélite.

De que outras formas o Portugal Air Summit consegue ajudar o setor?

No caso da NAV, que não tem uma perspetiva comercial como muitos outros participantes, o interesse é enorme pois dá a conhecer uma atividade que é desconhecida da esmagadora maioria do público em geral. O mundo da aviação sempre suscitou um interesse e um entusiasmo generalizado nas pessoas, mas tendo em conta que os nossos clientes são as companhias de aviação, e não o público em geral, este conhece pouco o que acontece durante a altura que entra num avião e chega ao seu destino.

Reunir todos os players num único espaço contribui de sobremaneira para que muitos organismos e seus representantes se conheçam, desenvolvam parcerias, partilhem boas práticas, divulguem as suas mais recentes conquistas pois, num negócio global, no fim do dia aquilo que for útil para uma entidade terá certamente repercussões positivas nas outras.

Consegue enumerar alguns pontos que já tenham sido melhorados na área da aviação devido ao Portugal Air Summit?

Em cinco edições, com um vasto número de apresentações, colóquios, partilha de experiências, será difícil enunciar que áreas não tenham sido melhoradas. Desde a segurança (Safety e Security), a tecnologia em todas as suas múltiplas vertentes, passando pelos fatores humanos, já que por detrás de toda uma miríade de I&D estão pessoas, e acabando nas infraestruturas, tudo tem mudado.

Estamos incomparavelmente melhores do que estávamos em 2017. Mais fortes, mais apetrechados, com mais experiência e os números estão aí para o evidenciar pois nunca tivemos tantos aviões e tantos passageiros e, salvo episódios de natureza laboral que provocaram alguma disrupção momentânea, a aviação como um todo está a crescer de uma forma sustentada.

Qual o impacto deste projeto na economia do setor?

Do ponto de vista do prestador de serviços de navegação aérea e também enquanto gestora do lado de alguns dos operadores, tenho de reconhecer seguramente que há um “antes” e um “depois” do Portugal Air Summit. Até ao seu surgimento não existia uma visão integrada e congregadora de pontos de vista sobre o setor. Quase que cada um (Regulador, ANSP, Serviços Aeroportuários, Companhias de Aviação, GPIAAF, Tutelas, Etc.) desenvolvia o seu trabalho de forma muito autónoma e, por vezes, sem dar conhecimento aos restantes daquilo que era a sua atividade.

Com o surgimento do PAS, passou a existir um maior conhecimento sobre o que os vários parceiros estão a desenvolver, promovendo reuniões bilaterais para concertação de atividades comuns e resolução de problemas que surgem no dia-a-dia. O Portugal Air Summit permitiu um “abrir de portas” e a criação de canais mais diretos, essenciais para a consciência do que é útil para uma entidade e se será positivo para outra.

Considera o Portugal Air Summit um projeto promissor?

Julgo que a resposta está subjacente à realização deste evento. Num país pequeno e ultraperiférico, onde o peso da aviação na economia e no turismo está à escala das nossas condições financeiras, concretizar um evento que é único na península ibérica, que tem vindo a crescer de edição para edição sem perder fôlego durante os anos mais críticos da pandemia, permanentemente a reinventar-se e a procurar pontos de interesse, atento à evolução do setor e sem correr o risco de se tornar excessivamente técnico e elitista, o sucesso e o futuro são do meu ponto de vista um dado adquirido.

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ANAC: “Temos como missão ajudar no desenvolvimento da aviação”

  • BRANDS' ECO
  • 13 Outubro 2022

Tânia Cardoso Simões, presidente do Conselho de Administração da ANAC, explicou a importância do Portugal Air Summit para a aviação. A responsável destacou, ainda, a resiliência do setor na pandemia.

A sexta edição do Portugal Air Summit está a decorrer até ao dia 15 deste mês, em Ponte de Sor, e traz consigo muitas novidades. Além de concentrar vários players do setor aeronáutico, esta cimeira, que é considerada a maior da Península Ibérica, visa alertar para os desafios da aviação, mas também desenvolver as soluções para os mesmos.

A ANAC, Autoridade Nacional da Aviação Civil, tem acompanhado as várias edições do evento uma vez que, enquanto entidade reguladora, a sua presença no PAS dá-lhe ferramentas para conseguir continuar a contribuir para o desenvolvimento do setor da aviação no país.

Em entrevista ao ECO, Tânia Cardoso Simões, presidente do Conselho de Administração da ANAC, explicou a relação entre o Portugal Air Summit e o crescimento económico do país. A responsável ainda destacou a forma como a pandemia afetou o setor e ressalvou a resiliência e superação de todas as entidades ligadas à aviação após esse período.

Em que medida um evento como o Portugal Air Summit é importante para a economia do país?

O Portugal Air Summit (PAS) é um evento que tem a capacidade de congregar, no mesmo espaço, empresas e profissionais que visam encontrar oportunidades de negócio ou de desenvolvimento da sua atividade empresarial. A possibilidade de as empresas e organizações darem a conhecer a sua atividade gera valor e oportunidades, criando condições para crescimento do seu negócio. Nesta perspetiva, o PAS tem sido o motor da promoção do desenvolvimento aeronáutico em Portugal e dinamizador do Cluster Aeronáutico de Ponte de Sor. Este evento permite fortalecer o mercado nacional e posicioná-lo a nível internacional, onde a globalização abre um largo caminho na procura de novos mercados.

Gostaria, ainda, de referir outros dois vetores que contribuem para a importância do PAS: o facto de permitir acesso ao conhecimento e partilha das boas práticas no desenvolvimento das várias atividades do setor e a apresentação das inovações verificadas nos setores aeronáutico, espacial e de defesa, permitindo às empresas, profissionais e entusiastas poderem ficar a conhecer a evolução e inovação tecnológica, seja pelo contacto com novos equipamentos e know-how.

O PAS tem vindo a crescer sustentadamente, reforçando a componente empresarial e, em especial, a aceleração de negócios e investimentos, tendo as cinco primeiras edições do Portugal Air Summit permitido a realização de mais de 700 reuniões, eliminando barreiras no encontro de quem procura e de quem oferece nos vários elos da cadeia do setor. Segundo estimam os organizadores do evento, os mais de 3000 contactos realizados geraram uma concretização negocial de cerca de 10%.

A ANAC acompanha naturalmente com interesse a evolução do PAS desde os seus primeiros voos. Esta cimeira tem vindo a permitir potenciar o mercado de trabalho, uma vez que, nela, não só as empresas podem dar a conhecer a sua atividade e as oportunidades de emprego, como podem ainda captar novos talentos ou profissionais para o setor. Tudo isto concorre inevitavelmente para o desenvolvimento da nossa economia nacional, uma vez que a captação de investimento e o desenvolvimento do tecido empresarial nacional resultam destes impulsos positivos.

Enquanto responsável por uma entidade reguladora, de que forma acha que este evento ajudou o setor da aviação em Portugal?

Neste contexto, o PAS tem sido um veículo excecional de criação de valor para o setor em Portugal, dado que proporciona às empresas, profissionais e jovens conhecerem melhor a indústria aeronáutica e as empresas posicionarem-se dentro de cluster. Veja-se que, ao longo destes anos, assistimos à instalação de novas empresas e de organizações de formação (escolas de aviação) em Portugal, designadamente em Ponte de Sor.

Nesta medida, o PAS continua a criar o ambiente necessário para colocar os diversos parceiros, sejam eles privados ou públicos, a dialogar, o que permite aos investidores a descoberta de novas oportunidades e o incentivo ao desenvolvimento das diversas áreas aeronáuticas. Veja-se o exemplo do impulso gerado no desenvolvimento da nossa indústria a nível da conceção de componentes aeronáuticos ou das Zonas Livres Tecnológicas (ZLT). No PAS temos as empresas, escolas, universidades, fabricantes e entidades públicas que procuram conhecimento e novas soluções para os seus negócios ou atividades. Nesse sentido, como referi, na ANAC temos como missão ajudar no desenvolvimento da aviação, pelo que continuará, assim, a apoiar este evento aeronáutico que tem vindo a contribuir, de forma inquestionável, para divulgação e promoção do setor.

Considera que o Portugal Air Summit está a conseguir colocar Portugal no mapa internacional deste setor?

O impacto deste tipo de projetos tem que ser necessariamente avaliado dentro de uma determinada linha temporal, de modo a analisar a sua sustentabilidade ou consistência. Neste caso verifica-se que o projeto tem vindo a captar diversos operadores da indústria aeronáutica. Ao nível internacional os conteúdos têm tido uma divulgação impressionante, tendo em 2021 sido visualizados em mais de 60 países, por mais de 30000 pessoas em pico, prevendo-se uma ainda maior abrangência nesta edição.

Esta sexta edição traz ainda um reforço da presença do evento a nível internacional, com a presença de várias embaixadas. Estarão ainda presentes representantes de vários países da CAACL – Comunidade das Autoridades de Aviação Civil Lusófonas, bem como entidades institucionais, grandes empresas e associações, nacionais e internacionais, o que mostra que este evento passou a ser uma referência para a comunidade aeronáutica além-fronteiras. Aliás, o PAS já foi até considerado um case study pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), por ter atingido um grau de maturidade que o faz captar progressivamente mais interesse e atenção de novos operadores.

Iniciativas como o PAS conseguem trazer mudanças relevantes e benéficas para a área da aviação? Se sim, quais?

Tendo em conta a dimensão desta cimeira verifica-se que a mesma permite chamar a atenção de investidores e de profissionais, tanto nacionais como estrangeiros. O aeródromo municipal de Ponte de Sor é demonstrativo dessa realidade. Instalaram-se nesta infraestrutura aeronáutica escolas de aviação, empresas de manutenção e empresas de conceção e fabrico de aeronaves não tripuladas, que representam muitos postos de trabalho, nomeadamente trabalho qualificado, e que são uma mais-valia para a economia local. Mas esta realidade não se limita a Ponte de Sor. Há vários projetos aeronáuticos muito interessantes e promissores a nível nacional, destacando o papel do CEiiA e da ANI, e dos próprios operadores aéreos baseados no nosso território nacional. Portugal tem inúmeras vantagens competitivas, a começar pela reconhecida competência técnica, que o PAS ajuda a divulgar.

A capacidade de colocar no mesmo espaço diversos players da aviação permite criar oportunidades e parcerias, que de outra forma não seriam possíveis ou pelo menos seriam mais difíceis. A partilha da inovação e do conhecimento, aliados às necessidade emergentes do mercado são a peça essencial para o crescimento sustentável da aviação. Veja-se a necessidade da aposta da aviação no desenvolvimento de motores mais eficientes e do empenho da ICAO e da Comissão Europeia na utilização de combustíveis ambientalmente sustentáveis. Hoje há uma verdadeira consciência da necessidade de se ter uma abordagem global, em rede, nas questões da aviação. Este fórum é um local privilegiado para a promoção da aviação e da comunidade aeronáutica, nas suas vertentes de investigação, industrial, comercial, formativa, desportiva, de lazer, ultraligeira e de utilização de drones.

Considera o Portugal Air Summit um projeto promissor?

O Portugal Air Summit tem uma particularidade que, em si mesma, configura um vetor para o sucesso. É uma cimeira ibérica, por sinal, a maior, que consegue congregar no mesmo espaço organizações, pessoas e atividades que concorrem, direta ou indiretamente, para o transporte aéreo e aviação em geral. Desde 2017, o PAS tem vindo a permitir criar pontes de diálogo entre as diversas organizações e profissionais. Apesar dos reflexos negativos que ocorreram nos dois últimos anos na economia em geral e neste tipo de eventos, é um projeto que se atualiza constantemente, sendo disso exemplo a integração da vertente do espaço, e consegue trazer para o epicentro os temas essenciais para a aeronáutica e para a aviação. E são muitos: as cinco primeiras edições do Portugal Air Summit contaram com mais de 650 oradores, abordando mais de 280 temas tocando as mais diversas áreas.

Aliás, essa é a matriz que faz com que o PAS estabeleça uma marca indelével no setor. Fazendo uma retrospetiva, assinalo que o PAS consegue potenciar os temas que devem marcar a atualidade e que verdadeiramente interessam à aviação. Desde o transporte aéreo, às aeronaves tripuladas remotamente, às questões ambientais (Green Deal, CORSIA), às iniciativas para o relançamento do setor pós-COVID, céu único europeu, às atividades espaciais e de defesa. Tudo isto é demonstrativo que o PAS é uma aposta para a projeção e captação de investidores para o setor, além de potenciar as empresas e organizações a terem uma visão atual do setor e posicionarem-se no mercado sem perder de vista a sustentabilidade económica e ambiental, aliada ao desenvolvimento tecnológico e do capital humano (profissionais altamente especializados). Neste contexto, e se sempre houver uma capacidade de perspetivar o futuro, será sempre promissor.

De que forma a pandemia afetou o setor?

O setor da aviação em Portugal passou por um período crítico, uma vez que a aviação foi um dos setores mais afetados pela crise pandémica. A visão de aeroportos cobertos de aeronaves no chão foi chocante e comum a todo o mundo. Associa-se muito os efeitos da crise ao transporte aéreo comercial, mas todas as atividades ligadas à aviação foram bastante penalizadas e a aterragem forçada da aviação levou à paragem das mais diversas atividades. Refiro-me às escolas de aviação, empresas de manutenção, empresas de handling, pequenos operadores aéreos, associações de aviação ultraligeira que viram, de forma inesperada, as suas atividades paradas. A paragem geral das atividades aeronáuticas foi um teste à resiliência económica e social das empresas, o que levou ao reposicionamento das organizações, com impactos sociais negativos e colocou fortes desafios no momento da retoma da atividade.

Neste momento, assiste-se a uma fase de expansão: 2022 tem já sido um ano em que movimentos e passageiros se têm vindo a aproximar dos valores de 2019, ano de referência caracterizado por ter sido um ano extremamente positivo, naturalmente com alterações, quer de perfil de tráfego, quer quanto ao aumento do transporte de carga, que se prevê que se venham a traduzir em alterações mais duradouras. Existe, contudo, alguma incerteza quanto ao comportamento dos vários mercados do setor, naturalmente interligados, nomeadamente atendendo aos efeitos económicos da subida da inflação e da guerra da Ucrânia e do custo da energia em especial. O setor enfrenta ainda outros desafios, como a atratividade do trabalho no setor, a cibersegurança, a descarbonização, a digitalização e a incorporação da inteligência artificial e a inclusão massiva das aeronaves não tripuladas (drones (UAS)) no sistema da aviação, com o U-Space a vigorar já no próximo ano.

Como vê o futuro do setor da aviação em Portugal?

O setor da aviação tem muito potencial para crescer, tendo a ANAC como missão contribuir para esse crescimento, o que tem vindo a fazer, com base no estatuto de autoridade reguladora independente, reforçando os seus recursos humanos e a respetiva capacitação, simplificando procedimentos, melhorando tempos de resposta e contribuindo com propostas legislativas, e atendendo às solicitações de todos os que pertencem ao setor.

Esse crescimento económico não se reconduz exclusivamente à esfera do transporte aéreo comercial decorrente do incremento do turismo. Portugal é a escolha dos investidores para a instalação de empresas de desenvolvimento de I&D, na área da manutenção e da expansão das organizações de formação (escolas). Exemplo disso, é o número de empresas e de organizações ou mesmo de profissionais que apostam em Ponte de Sor. Temos que, em conjunto, conseguir desenvolver o cluster aeronáutico e criar um ciclo virtuoso de investimento no setor em Portugal.

O Portugal Air Summit é um bom barómetro para medir o grau de investimento que a iniciativa privada pretende efetuar em Portugal e, em particular, na região do Alentejo, criando valor para a região, com desenvolvimento do capital humano, a geração de postos de trabalho e o desenvolvimento indireto da atividade económica envolvente. Esta é uma dinâmica que se pretende disseminar, de forma a abranger Portugal de Norte a Sul, de Este a Oeste.

Por fim, não queria deixar de destacar o interesse crescente dos jovens pela aviação, que também transmite que a aviação tem futuro, um futuro sustentável, ambiental e economicamente.

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Ikea Portugal investe 65 milhões no desenvolvimento do negócio e nas pessoas

O objetivo é continuar a investir no aumento de emprego e em criar melhores condições de trabalho, nomeadamente com aumentos salariais, aumento de horas contratadas, bónus e prémios.

A Ikea Portugal registou um desempenho de vendas positivo de 552 milhões de euros no ano fiscal de 2022, mais 19,5% do que no ano anterior e 15% acima dos valores registados no ano fiscal de 2019. Resultados que se atribuem, em grande parte, às pessoas da companhia. O objetivo será, agora, continuar a investir no aumento de emprego e em criar melhores condições de trabalho. Ao todo, entre 2022 e 2023, serão investidos mais de 65 milhões de euros no desenvolvimento do negócio e das pessoas, avança a empresa.

“Num ano repleto de desafios, as vendas da Ikea superaram as expectativas e esse sucesso ficou a dever-se em grande parte ao papel cada vez mais relevante da casa na vida dos portugueses. O nosso principal objetivo continua a ser garantir que a oferta Ikea continua a ser acessível aos nossos clientes, principalmente agora que assistimos a um aumento generalizado do custo de vida”, começa por dizer Ricardo Pereira, CFO da Ikea Portugal.

“Queremos continuar a trabalhar para chegar à maioria das pessoas, e é neste sentido que vai o nosso investimento, nomeadamente, na transformação logística do negócio e na abertura de novos pontos de contacto”, acrescenta, em comunicado.

Mais 65 milhões de euros entre 2022 e 2023

A transformação logística do negócio da Ikea passa por renovações e ampliações nos edifícios de Alfragide e de Loures, com a criação e melhoria de áreas de apoio de processos logísticos e ao e-commerce, mas também pela abertura de novos pontos de contacto físicos, com a abertura de novos estúdios de planificação. Atualmente, existem seis espaços destes em Sintra, Cascais, Seixal, Leiria, Coimbra e Setúbal e o objetivo da Ikea é levá-los a outras zonas do país nos próximos anos.

Ao nível dos recursos humanos, a ambição será continuar a investir no aumento de emprego e em criar melhores condições de trabalho, nomeadamente com aumentos salariais, aumento de horas contratadas, bónus e prémios.

Os investimentos na área de transformação do negócio e nas pessoas estão avaliados em mais de 65 milhões de euros entre 2022 e 2023.

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JLL contrata na editora da Visão diretora de marketing

  • + M
  • 13 Outubro 2022

Marta Silva Carvalho é a nova diretora de marketing da JLL Portugal, tendo a seu cargo a definição da estratégia da consultora imobiliária para as atividades de marketing, comunicação e digital.

Marta Silva Carvalho é a nova diretora de marketing da JLL Portugal. Até recentemente, a profissional assumia a liderança de marketing da Trust in News (TiN), a editora da Visão e da Exame.

“É com muito entusiasmo que me junto à JLL, onde vou abraçar um novo desafio profissional numa empresa que é não apenas uma das líderes incontestadas do seu setor a nível nacional e mundial, mas, sobretudo, uma ‘fábrica’ de ideias inovadoras, com sucesso para clientes, colaboradores e comunidade. Trata-se de uma empresa com visão de futuro, cujo negócio e cultura corporativa se orientam desde há muito pela responsabilidade social, ambiental e económica, e estou muito contente por integrar a equipa”, diz citada em comunicado.

A até agora diretora de marketing da TiN vai liderar uma equipa de 15 pessoas, tendo a seu cargo a definição da estratégia da consultora imobiliária para as atividades de marketing, comunicação e digital no mercado português.

Com um percurso de mais de 20 anos, antes de ingressar na editora da Visão, da Exame, Caras, Jornal de Letras ou TV Mais, Marta Silva Carvalho foi responsável pela coordenação da área de marketing, social media e RP das lojas IKEA a nível nacional e brand manager na Nestlé.

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Prosegur reforça serviços com IA, IoT e Big Data

  • ECO Seguros
  • 13 Outubro 2022

O novo centro agora inaugurado custou 1 milhão de euros, criou 100 postos de trabalho e introduz novas tecnologias inteligentes para usar na segurança de 3500 clientes em Portugal.

A Prosegur Security, a divisão da Prosegur de soluções de segurança física e eletrónica a empresas, inaugurou o seu novo iSOC – Intelligent Security Operations Center –, em Lisboa. O desenho e implementação deste centro de última geração contou com um investimento de mais de um milhão de euros e levará à criação de 100 novos postos de trabalho. Este centro integra tecnologia de ponta (Inteligência Artificial, IoT, Big Data, etc), processamento inteligente de dados, serviços avançados de segurança e, segundo a empresa “permitirá abordar as operações de segurança de uma forma mais inteligente e ágil, antecipando os riscos e ameaças que as empresas enfrentam atualmente.

O novo centro da Prosegur Security vai integrar mais tecnologia no controlo dos riscos dos clientes.

“Movemo-nos num ambiente em que os riscos tradicionais estão a tornar-se cada vez mais difusos, inesperados e disruptivos, salienta Gonçalo Morgado, diretor geral da Prosegur Security em Portugal, acrescentando que este contexto está a dar lugar a uma inevitável evolução da segurança e na Prosegur definimos um modelo que procura dar resposta a esta nova realidade, a Segurança Híbrida.

A Prosegur baseia a proposta no empoderamento de especialistas de segurança através de tecnologias inteligentes e dados em tempo real. Com isso, “oferecemos uma solução de segurança mais individualizada e mitigamos os riscos para o desenvolvimento da atividade económica dos nossos clientes. Como parte desta estratégia, os nossos centros de operações de segurança estão a evoluir e o iSOC está a estabelecer-se como um pilar fundamental no futuro da segurança, tornando-se o cérebro do modelo de Segurança Híbrida”, conclui Gonçalo Morgado.

Com a abertura do novo iSOC, a empresa declara introduzir novos avanços tecnológicos que apoiam e melhoram as funções e serviços prestados aos seus clientes. A gestão de sinais de alerta e a ativação de protocolos de segurança, a monitorização ativa de imagens – incluindo maiores capacidades através da incorporação de Inteligência Artificial –, a gestão remota de entradas e saídas de veículos e pessoas e a revisão do cumprimento dos regulamentos e parâmetros operacionais do cliente.

Segundo dados da empresa, a Prosegur Security tem atualmente mais de 3 mil clientes em Portugal e, a partir do seu centro de operações, são supervisionadas mais de 3.500 instalações de clientes. Além disso, o iSOC tem capacidade para monitorizar mais de 4 milhões de alarmes por ano, assim como mais de 50 mil rondas virtuais. A empresa tem ainda uma equipa de cerca de 5 mil colaboradores no país, dos quais mais de 160 estarão localizados no seu novo centro de operações.

A base de Lisboa da Prosegur Security está inserida na transformação de outras 12 instalações semelhantes à de Lisboa – na Argentina, Brasil, Chile, China, Colômbia, Espanha, EUA, México, Paraguai, Peru, Singapura e Uruguai, “com o objetivo de desenvolver trabalho colaborativo e em rede entre os diferentes mercados”.

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Assista aqui: Como potenciar o investimento num Fundo I&D via SIFIDE?

  • ECO
  • 13 Outubro 2022

Nesta webtalk analisamos como potenciar o investimento num Fundo I&D via SIFIDE. Falamos de oportunidades e benefícios.

Assista aqui à Webtalk: Como potenciar o investimento num Fundo I&D via SIFIDE? Oportunidades e Riscos.

A Investigação & Desenvolvimento (I&D) é um dos principais fatores de progresso técnico e, portanto, de inovação e de aumento da produtividade do país, contribuindo decisivamente para o crescimento económico. O SIFIDE, um dos Benefícios Fiscais mais atrativos da Europa, e que é concedido às empresas que investem em I&D, desempenha um papel fundamental neste âmbito. Mas será que empresas que não realizam atividades de I&D poderão usufruir deste benefício fiscal e conseguir deduzir até 82,5% à coleta do IRC? Quais as condições para investimento em I&D através de fundos de investimento SIFIDE? Como funciona o processo?

Para esclarecer estas e outras questões contaremos com um painel diversificado de especialistas, bem como de duas empresas convidadas, que irão partilhar duas perspetivas diferentes: uma enquanto empresa investidora neste tipo de fundos que abordará de que forma o investimento em I&D impacta a sua competitividade e mais-valias; outra enquanto recetora desses fundos, que irá dar a conhecer “para onde vai o dinheiro” e qual o impacto real na economia deste tipo de investimento.

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Portugal ocupa o 14.º lugar no índice de literacia mediática 2022

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

O documento "How it started, how it is going: Media Literacy Index 2022" avalia a vulnerabilidade de 41 países na Europa às fake news.

Portugal ocupa o 14.º lugar no índice de literacia mediática 2022 num total de 41 países, ficando à frente de Espanha e França, com a Finlândia a liderar a classificação, de acordo com o relatório da Media Literacy Index da European Policies Initiative (EuPI) e do Open Society Institute – Foundation Sofia (OSI -Sofia) divulgado esta semana.

O documento How it started, how it is going: Media Literacy Index 2022 avalia nesta edição a vulnerabilidade de 41 países na Europa às fake news, ou seja, desinformação, e fenómenos relacionados, utilizando indicadores de liberdade dos media, educação e confiança interpessoal.

Este é o primeiro índice que inclui a maioria dos países da Europa – 41 no total – comparativamente com os 35 países incluídos nas edições anteriores.

Destaca-se que os países do Norte e da Europa Ocidental “têm maior potencial de resiliência” às fake news devido à melhor educação, media livres e maior confiança entre pessoas. Em sentido inverso, no Sudeste e Leste Europeu, os países são “geralmente mais vulneráveis a efeitos negativos das fake news e pós-verdade, com os media controlados, deficiências na educação e menor confiança na sociedade“, lê-se no relatório.

O ‘top 10’ do índice de literacia mediática de 2022 é liderado pela Finlândia, seguida da Noruega, Dinamarca, Estónia e Irlanda. Em sexto surge a Suécia, seguida da Suíça, Países Baixos, Alemanha, e Islândia. Ainda à frente de Portugal está o Reino Unido, que ocupa o 11.º lugar, a Áustria e a Bélgica. Em 14.º lugar, Portugal fica à frente de Espanha (15.º) e França (16.º). Lituânia, República Checa, Polónia e Eslovénia estão classificados nas posições seguintes, encerrando o ‘top 20’. Por exemplo, a Itália surge em 23.º lugar, a Hungria em 27.º e a Ucrânia em 29.º, à frente da Grécia (30.º). A Turquia está em 36.º no índice de literacia mediática.

O último lugar da tabela é ocupado pela Georgia, antecedido pela Macedónia do Norte (40.º), Kosovo (39.º), Bósnia-Herzegovina (38.º) e Albânia (38.º).

O relatório destaca que a liberdade dos media é “um pré-requisito fundamental para enfrentar os problemas das fake news, inclusive no contexto da salvaguarda da democracia“. Aliás, “a educação continua a ser uma componente essencial na abordagem dos problemas” da desinformação “com formação dirigida à literacia mediática tanto para jovens como adultos”, é referido no documento.

Como a educação e a consciencialização continuam a ser soluções de longo prazo, medidas regulatórias também são necessárias no curto prazo para enfrentar a erosão da democracia e também os desafios geopolíticos“, é outra das conclusões do relatório.

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