TAP: “Com esta ou outra privatização não ficará acautelado interesse nacional”, diz Sitava

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

O Sitava "é frontalmente e claramente contra a privatização da TAP”, disse o coordenador do sindicato, durante uma audição no Parlamento.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) mostrou-se esta quinta-feira contra a privatização da TAP, afirmando que a venda a privados não acautela o interesse público, durante uma intervenção no parlamento. Numa audição, na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, o coordenador do Sitava, Fernando Henriques, garantiu que “com esta ou outra privatização não ficará acautelado o interesse nacional”.

O Sitava, enquanto maior sindicato do grupo TAP, com mais de 2.500 associados, é frontalmente e claramente contra a privatização da TAP”, referiu, recordando tentativas anteriores, bem como o desfecho da privatização da companhia, levada a cabo em 2015.

Nessa altura, realçou, não se assistiu “ao crescimento da TAP”. A TAP “não estava a crescer e sim a inchar. E tudo aquilo que incha rebenta”, realçou, alertando que neste momento a transportadora conta com menos 30% da força de trabalho para fazer face a um nível de serviço que já voltou a 2019.

O coordenador do Sitava criticou ainda a administração da TAP, que “parece que só tem autonomia para escolher a frota automóvel ou os escritórios de luxo para onde pretendem ir”. Na mesma audição, Erasmo Vasconcelos, dirigente da Comissão de Trabalhadores dos Serviços Portugueses de ‘Handling’ (assistência em terra nos aeroportos), alertou para os efeitos que uma privatização da TAP poderá ter na Groundforce, que está ainda envolvida num processo de insolvência.

O responsável alertou que um futuro dono poderá achar que a empresa é excedentária e defendeu “a manutenção da TAP na esfera pública”. Erasmo Vasconcelos mostrou ainda alguma preocupação com a possível aquisição da Groundforce por uma empresa privada, o grupo NAS, alertando que poderá trazer alterações no que diz respeito ao acordo de empresa.

Para o dirigente sindical, é ainda preciso ter em conta os efeitos da inflação nos trabalhadores, apelando para uma atualização salarial. Questionado sobre se entrada de um privado na TAP que se mostrasse comprometido com a estabilidade laboral era mais aceitável para a Comissão, Erasmo Vasconcelos disse que era preciso primeiro perceber se o Estado ficaria como acionista e com que participação, mas alertou que, caso seja minoritária, achava que os direitos dos trabalhadores poderiam não ficar salvaguardados.

Esta quarta-feira, sindicatos dos pilotos, tripulantes e técnicos de manutenção reclamaram uma gestão “eficiente” e “transparente” da TAP, seja num modelo público ou privado, enquanto a Comissão de Trabalhadores rejeitou a privatização e os sindicatos de terra a defenderam.

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Programa de Valorização do Interior criou mais de 34 mil postos de trabalho

  • Lusa e ECO
  • 13 Outubro 2022

Mais de 34 mil postos de trabalho diretos já foram criados pelo Programa de Valorização do Interior, num investimento total de quase 6,7 mil milhões de euros.

A secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, anunciou, esta quinta-feira, que o Programa de Valorização do Interior (PVI) já criou, desde 2018, um total de “34.602 postos de trabalho”, num investimento de “6.677 milhões de euros”. Os números foram avançados à margem da cimeira aeronáutica Portugal Air Summit, em Ponte de Sor, Portalegre.

A governante também deu dados sobre o PVI, durante a sua intervenção, na sessão de abertura do 2.º dia do Portugal Air Summit; uma cimeira que decorre até sábado, no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor. Segundo a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, estes são números “importantes” para a economia do país.

“Mas, mais importantes do que os números, são as pessoas e as empresas e as entidades do sistema científico e tecnológico e os parceiros do território que têm sabido dinamizar este PVI”, frisou Isabel Ferreira.

A secretária de Estado do Desenvolvimento Regional assegurou ainda que, nesta legislatura, na área das políticas de desenvolvimento regional, a valorização do interior continua a ser “um objetivo e uma missão prioritária” do Governo.

Mas, mais importantes do que os números, são as pessoas e as empresas e as entidades do sistema científico e tecnológico e os parceiros do território que têm sabido dinamizar este PVI.

Isabel Ferreira

Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional

“Até porque sabemos que, com toda esta experiência, com medidas bem desenhadas, adaptadas aos contextos do território, podemos fazer a diferença e este é o caminho a que queremos dar continuidade, aproveitando também agora novos instrumentos de financiamento”, afirmou.

O PVI, criado em 2018, sucedeu ao Programa Nacional para a Coesão Territorial, criado em 2016, e integra medidas que incidem primordialmente sobre as pessoas, o investimento empresarial, sistema científico e tecnológico, bem como a valorização do território.

A cimeira aeronáutica Portugal Air Summit tem, este ano, um “enfoque especial” nas oportunidades de investimento disponíveis no setor, segundo os promotores do evento, o Município de Ponte de Sor e a empresa The Race.

Com o tema “Flying for a World of Opportunities”, o Portugal Air Summit é considerado a “maior cimeira aeronáutica” da Península Ibérica, reunindo intervenientes “internacionais e nacionais dos setores de aeronáutica, espacial e defesa.

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Autoeuropa deixa de produzir Sharan já este mês. T-Roc acelera produção em novembro

A Autoeuropa vai deixar de produzir a carrinha Sharan já este mês. Com o final da produção deste monovolume, a fábrica de Palmela vai apostar no T-Roc. 

A Autoeuropa vai deixar de produzir a carrinha Sharan já este mês, informou a empresa em comunicado divulgado esta quinta-feira. Com o final da produção deste monovolume, a fábrica de Palmela vai apostar no T-Roc.

Durante o mês de outubro, sai da linha de produção da Volkswagen Autoeuropa o último monovolume (MPV) , um Volkswagen Sharan, 1.4L TSI edição Active, de cor exterior Indiumgrau metallic da gama Comfortline, Jantes “Galway” 17“, adianta a fábrica de Pamela.

O monovolume Sharan, cuja produção estava prevista terminar em novembro deste ano, começou a sair das linhas de produção em maio de 1995. Tinha o seu fim traçado para 2020, mas, em 2019, a administração decidiu prolongar o seu tempo de vida mais dois anos, ou seja até 2022, tal como o ECO avançou em primeira mão na altura, precisamente porque este é um modelo mais antigo, incorpora menos semicondutores, o que leva o mercado a valorizar e procurar mais a “velha” carrinha Sharan.

Nesse sentido e para responder ao aumento das encomendas, a administração da Autoeuropa decidiu aumentar a produção desta carrinha, tal como o ECO noticiou.

Em comunicado, a fábrica de Palmela adianta ainda que “o final do MPV libertará capacidade de produção que será ocupada pelo incremento de volume do T-Roc”. Também o diretor-geral da Volkswagen Autoeuropa sublinha que o monovolume Sharan “será sempre um marco na Volkswagen Autoeuropa”. “Os modelos que se seguiram – o Scirocco e o Eos – contribuíram para a consolidação da fábrica, mas o MPV foi sempre o carro que nos caracterizou. Essa identificação está agora a cargo do T-Roc, um SUV de enorme sucesso comercial”, acrescenta Thomas Hegel Gunther, citado em comunicado.

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CEO da petrolífera Chevron culpa governos ocidentais pelo agravar da crise energética

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Outubro 2022

Mike Wirth considera que foi prematuro tentar transitar dos combustíveis fósseis para energia limpa, o que resultou em "consequências involuntárias" como insegurança no fornecimento de energia.

O CEO da petrolífera norte-americana Chevron considera que os governos ocidentais são culpados pelo agravamento da crise energética, devido à aposta em políticas climáticas que tornarão os mercados da energia “mais voláteis, mais imprevisíveis, mais caóticos”. Em entrevista ao Financial Times (acesso livre), Mike Wirth apontou que um esforço prematuro para a transição dos combustíveis fósseis resultou em “consequências involuntárias”, incluindo a insegurança no fornecimento de energia.

“A conversa [sobre energia] no mundo desenvolvido, com certeza, inclinou-se para o clima, tomando a acessibilidade e a segurança como garantidas”, disse o chefe executivo da Chevron, a partir da sede da empresa em San Ramon, Califórnia.

Lembrando o forte investimento global nas fontes renováveis nas duas últimas décadas, Wirth sublinhou que os combustíveis fósseis ainda satisfaziam cerca de 80% da procura mundial, pelo que os governos tiveram de manter uma “conversa honesta” sobre a escala do desafio energético. “A realidade é, [os combustíveis fósseis] é que imperam no mundo hoje em dia. Vão imperar no mundo amanhã e daqui a cinco anos, daqui a 10 anos, daqui a 20 anos“, declarou.

Estes comentários de Mike Wirth surgem numa altura em que as metas climáticas dos governos dos EUA e da Europa colidem com uma crise energética, agravada pela invasão russa da Ucrânia, que, ao mesmo tempo, tem feito disparar a inflação nos países, deixando-os à beira de uma recessão económica.

O chefe executivo da petrolífera dos EUA disse, aliás, que a atual crise energética acontece após anos de subinvestimento em novos abastecimentos de crude. Neste momento, detalhou Wirth, a despesa anual em projetos de petróleo e gás é cerca de metade face ao período pré-pandemia, embora a procura tenha continuado a aumentar.

Ao mesmo tempo, os gastos em alternativas ao petróleo e ao gás eram “terrivelmente curtos, biliões de dólares curtos”, afirmou. Mike Wirth considera, por isso, que este desfasamento “ilustra o risco de passar agressivamente de um sistema que mantém o mundo a funcionar hoje para outro sistema, e de encerrar o nuclear e o carvão, desencorajando o [investimento em] petróleo e gás”.

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Portugal envia para a Ucrânia helicópteros Kamov sem licença para operar em Portugal

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

Helena Carreiras indicou que apesar dos seis helicópteros precisarem de reparação (e um deles estar inoperacional) serão “transferidos no estado em que estão”.

Portugal vai enviar para a Ucrânia os seis helicópteros Kamov de combate a incêndios, atualmente sem licença para operar por serem de origem russa e um dos quais inoperacional, anunciou esta quinta-feira a ministra da Defesa, Helena Carreiras.

“A pedido da Ucrânia e em articulação com o Ministério da Administração Interna vamos disponibilizar à Ucrânia a nossa frota de helicópteros Kamov que, em virtude do cenário atual, das sanções impostas à Rússia, deixámos de poder operar, aliás não têm os seus certificados de aeronavegabilidade e nem sequer poderemos repará-los”, anunciou Helena Carreiras.

Falando à imprensa portuguesa em Bruxelas, no final da reunião dos ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), na qual foi discutida a guerra na Ucrânia, a governante apontou estarem em causa “seis helicópteros que precisam de reparação, um deles inoperacional porque foi acidentado”. Helena Carreiras vincou que estes seis helicópteros Kamov, que serão “transferidos no estado em que estão”, serão “muitíssimo úteis à Ucrânia e essa cedência foi muito agradecida pelas nossas contrapartes ucranianas”.

“Os ucranianos conhecem as condições em que se encontra o material”, apontou a ministra da Defesa, recordando a “cadeia logística de helicómetros semelhantes” detida pela Ucrânia, que os poderá reparar. A ideia é que a transferência das aeronaves ocorra “o mais rapidamente possível”, adiantou Helena Carreiras.

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Pedro Nuno Santos quer TAP em grande grupo para “salvar a empresa”

Ministro das Infraestruturas e da Habitação defende que "não há exemplos de companhias aéreas que sobrevivam sozinhas". Direita teme privatização com perdas e esquerda defende companhia no Estado.

Pedro Nuno Santos voltou a defender que a TAP deve ser integrada num grupo de aviação. Para o ministro das Infraestruturas e da Habitação, esta é a única forma de a companhia se manter em atividade e de beneficiar a economia portuguesa. A oposição tem outras ideias: à direita, defende-se a privatização sem perdas para o Estado; à esquerda, a companhia de aviação deve continuar no Estado.

“Não há exemplos de companhias aéreas que sobrevivam sozinhas. A TAP tem de integrar um grande grupo de aviação, para não lutar pela sobrevivência de cinco em cinco anos ou de 10 ou 10 anos”, sustentou o ministro durante a segunda intervenção no debate marcado pelo PSD.

Os sociais-democratas foram o principal alvo do debate porque o partido “nunca teve coragem de tomar uma decisão sobre o que faria em março de 2020 caso fosse Governo”. Em resposta, o deputado Paulo Moniz dirigiu-se ao ministro: “Acredita que vamos ter mais-valia com a TAP? Não tenha ilusões.”

O Chega virou os argumentos para a parte política. Primeiro foi André Ventura: “O senhor ministro, na posição em que está, com todas as suas trapalhadas está sozinho e sem apoio de António Costa como primeiro-ministro. Se alguém lhe quer tirar o lugar é António Costa e dois terços da bancada do partido.” Depois, foi Filipe Melo: “A TAP e o aeroporto são a disputa eleitoral interna com clara desvantagem para o ministro”.

A Iniciativa Liberal propôs a elaboração de uma auditoria à nacionalização da empresa tendo em conta que “tudo o que os portugueses estão a pôr na TAP é um donativo”, acusou o deputado Bernardo Blanco. O mesmo parlamentar questionou se já houve alguma iniciativa para privatizar a empresa.

Pedro Nuno Santos respondeu que “não se iniciou o processo de privatização” porque “a principal prioridade do Estado é garantir execução, com sucesso, do plano de reestruturação”.

À esquerda, o PCP defendeu que na TAP “é preciso que haja uma gestão ao serviço dos interesses nacionais” e que uma eventual privatização da companhia “é prejudicial para o povo e para o nosso país”, referiu a deputada Paula Santos.

O Bloco de Esquerda, através de Mariana Mortágua, considerou que, “boas ou más, decisões sobre recursos nacionais devem ser soberanas e tomadas pela Assembleia da República”. A deputada insistiu em saber qual a percentagem de capital que o Estado pretende privatizar.

Do lado do PAN, Inês de Sousa Real considerou que a injeção de capital na TAP “custa mais aos portugueses (310 euros por cidadão) do que o apoio dos 125 euros” para todos os portugueses que ganhem menos de 2.700 euros de salário bruto.

O deputado do Livre, Rui Tavares, avaliou que “deixar cair a TAP era uma opção tão boa que nenhum país a adotou”. O parlamentar considera ainda que manter a TAP na esfera pública poderia contribuir para o desenvolvimento da cadeia do hidrogénio verde.

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SRS Legal contrata consultora externa para escolher novo managing partner

Pedro Rebelo de Sousa disse à Advocatus que o seu sucessor será escolhido até Junho. Consultora externa vai selecionar os sócios com mais perfil. Nova imagem marca uma "mudança e o fim de um ciclo".

A SRS Advogados — agora SRS Legal — está já a preparar o processo de transição geracional da firma. Em declarações exclusivas à Advocatus, o ainda managing partner Pedro Rebelo de Sousa, explicou que foi contratada uma consultora externa que está a avaliar o perfil dos sócios do escritório que possam se enquadrar no cargo que é de gestão e não jurídico.

“O sucessor vai ser eleito até junho do ano que vem, depois de um processo de seleção que já está em curso, feito por consultores externos à SRS”, explicou Pedro Rebelo de Sousa, à Advocatus. “Será partilhado com os demais, num formato que é inédito”, disse.

A SRS acaba de assinalar o seu 30.º aniversário e de renovar a sua imagem. A partir desta quarta-feira, a SRS Advogados passa a ser SRS Legal e com a assinatura de marca: “About Law. Around People”, acompanhando a presença global da sociedade, presente em quatro continentes, oito localizações (fora de Portugal, onde está presente em Lisboa, Porto e Madeira) e dez desks. A apresentação da nova imagem e marca realizou-se esta quarta-feira, no Convento do Beato, em Lisboa.

Esta é uma fase em que se fecha um ciclo, que está muito bem identificado no que toca aos protagonistas. E não sou só eu, mas também os outros sócios mais velhos. Estamos na passagem de testemunho com esta SRS, cuja imagem pretende apenas transmitir uma diferença estratégica naquilo que para nós são os objetivos de uma sociedade do séculko XXI, que tem que enfrentar o mundo digital e que tem de enfrentar a grande dialética da globalização/localização que a crise pandémica e depois a guerra veio ainda exacerbar. E, acima de tudo, um conjunto de gente mais nova, com um olhar diferente”, disse ainda Rebelo de Sousa.

“A forma como pensamos e agimos governa as nossas relações com todos os stakeholders, sempre com os interesses dos nossos clientes em mente. Acreditamos que esta forma de estar – em torno das pessoas – é um pilar decisivo para a continuação do nosso sucesso e um traço comum a todos os que trabalham na SRS. Tentámos ser sempre inovadores! É nossa firme convicção que, por colocarmos em prática estes valores, criamos valor acrescentado para os nossos clientes, colaboradores, sócios, parceiros de negócio, para a SRS e para tudo o que nos rodeia“, explica a apresentação a que o ECO/Advocatus teve acesso.

A nova ‘imagem da SRS, feita pela 9 Creative Connected Communication, defende que os novos valores do escritório, segundo comunicado oficial, assentam na Agilidade, Empatia, Inovação e Sustentabilidade: “Agilidade nos processos e forma de estar; Empatia nas conexões humanas – mesmo num mundo cada vez mais tecnológico; Inovação no modo de pensar diferente e na ambição; Sustentabilidade porque as políticas ESG são uma prioridade rumo a um futuro mais consciente”.

Já em abril deste ano, o managing partner dizia, em entrevista à Advocatus, que “uma sucessão não é dinástica. Ou seja, ninguém escolhe, nem eu nem ninguém dentro do escritório, o managing partner. O que nós fizemos e estamos a fazer neste momento é um processo com o apoio de consultores, que é um projeto de desenvolvimento de lideranças de modo transversal. Ou seja, nós chegamos à conclusão que não é só a liderança do escritório mas são as lideranças a níveis departamentais, de tal forma que é dar um passo que é crítico para, no fundo, atrair/reter e, naturalmente, desenvolver os talentos que já tem e que envolve todos os sócios. Vai decorrer durante os próximos dois anos, aproximadamente, e isso vai dar perspetivas de carreiras a cada um deles”.

O escritório foi um dos primeiros, na estrutura de arranque, com três parceiros internacionais líderes nas suas jurisdições, bem como a ter associação com uma City Law Firm, a Simmons & Simmons. Conheceu múltiplas alianças que culminaram na criação de
uma sociedade independente, a sociedade Rebelo de Sousa & Advogados Associados. Pelo caminho, realizaram projetos na Ucrânia, Rússia e Bielorrússia, atuaram em direito europeu em Bruxelas e Luxemburgo, as primeiras privatizações, IPO, Securitizações, M&A, PPP e Arbitragens. Passaram a ter presença na Madeira, Porto, Luanda, Macau, Malta e Maputo, onde atualmente mantêm alianças locais, assim como um escritório representativo em Singapura

Desenvolveram ainda desks com o Brasil e, mais recentemente, com a Alemanha. Por mais de 20 anos, têm defendido uma política de Responsabilidade Social e Ambiental e um instrumento (LexDebata) de formação interna e externa com parcerias internacionais.

Em 2011, juntou-se à SRS a equipa da Soares Machado & Associados, com uma atividade muito centrada no Contencioso e Arbitragem. Em 2016, concluíram uma aliança estratégica com a RCF-PI, um dos maiores e mais antigos escritórios de propriedade intelectual a operar em Portugal, com forte componente internacional. Em 2020, juntou-se à SRS a Equipa da sociedade AAA.

 

 

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Novo recorde de 228.240 entradas irregulares na UE entre janeiro e setembro

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

As rotas migratórias mais utilizadas são as dos Balcãs Ocidentais, com 106.396 passagens nos primeiros nove meses do ano, uma subida homóloga de 170%.

A agência europeia das fronteiras (Frontex) detetou quase 228.240 entradas irregulares na União Europeia (UE) nos primeiros nove meses do ano, um valor recorde para este período desde 2016, foi divulgado esta quinta-feira. O número de entradas irregulares registadas entre janeiro e setembro representa, por outro lado, uma subida de 70% face ao período homólogo de 2021.

De acordo com dados divulgados pela Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), em setembro foram detetadas cerca de 33.380 entradas irregulares na UE, um aumento de 25% face ao mesmo mês de 2021. Em relação às rotas migratórias mais utilizadas, a dos Balcãs Ocidentais (via Croácia, nomeadamente) continua a ser a mais ativa, com 106.396 passagens nos primeiros nove meses do ano, uma subida homóloga de 170%, e 19.160 só em setembro, o dobro das identificadas um ano antes. Esta rota é fundamentalmente usada por sírios, afegãos e turcos.

Na rota do Mediterrâneo Central (uma das rotas migratórias mais mortais, que sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção à Itália e a Malta), a segunda mais ativa, foram registadas, entre janeiro e setembro, 65.572 entradas irregulares, um avanço homólogo de 42%, das quais 7.200 em setembro (+5%), na sua maioria de pessoas procedentes da Tunísia, Egito e Bangladesh.

A Frontex reitera que os refugiados ucranianos que fogem da ofensiva russa, lançada em 24 de fevereiro e condenada pela generalidade da comunidade internacional, não integram os números das entradas irregulares nos territórios da UE. Segundo a agência europeia, desde a invasão russa, entraram no espaço da UE 11 milhões de ucranianos.

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Três em cada cinco portugueses utilizam serviços bancários online

Portugueses revelam maior preocupação com a sustentabilidade dos seus produtos financeiros face ao cidadão médio europeu, mas menos de metade sabe se os seus investimentos cumprem com este critério.

Cerca de 63% dos portugueses utilizam sem problemas o setor bancário online, contra 73% dos europeus. Esta é uma das conclusões de um inquérito Eurobarómetro sobre a forma como os europeus interagem com o mundo dos serviços financeiros, divulgado pela Comissão Europeia esta quinta-feira.

O estudo incide principalmente em áreas como a crescente digitalização e o desenvolvimento do financiamento sustentável e verificou que, globalmente, 86% dos europeus defendem estar à vontade com a gestão das suas finanças pessoais. Em linha com estes dados, também 80% dos portugueses concordaram com a afirmação.

As conclusões demonstram ainda que uma parte dos europeus tira partido do Mercado Único Europeu, já que 12% tem uma conta bancária em outro Estado-membro, contra 15% que tem um produto de investimento. Por sua vez, 16% dos portugueses tem um produto de investimento noutro Estado-Membro, ao passo que 12% tem uma conta bancária.

No momento de tomar uma decisão referente a um produto financeiro, tanto a maioria dos cidadãos europeus, como portugueses, preferem aconselhar-se junto de um banco ou outros consultores financeiros (45% contra 43%, respetivamente). Contudo, 41% dos portugueses têm uma maior preferência por comparações diretas entre produtos, através de publicações especializadas ou sites de comparação, contra 36% dos europeus.

Já a terceira fonte de informação favorita, face a produtos financeiros, são as recomendações de amigos, família ou conhecidos, sendo esta opção a favorecida por 35% dos europeus – e 32% dos portugueses.

No que diz respeito à sustentabilidade dos seus investimentos, mais de seis em cada dez europeus (62%) consideram importante que as suas poupanças e investimentos não financiem atividades económicas prejudiciais para o planeta – 72% dos portugueses concordam com a afirmação. Por outro lado, 57% dos portugueses estão mais dispostos a investir num produto financeiro sustentável, contra 49% dos europeus.

No entanto, apenas 34% dos europeus sabe se as suas poupanças e investimentos estão aplicados em produtos sustentáveis, contra 38% dos portugueses. Nesta mesma linha, apenas 29% dos cidadãos europeus recebem informações sobre o impacto na sustentabilidade de produtos ou serviços financeiros, contra 34% dos portugueses.

Face a estes números, os dados concluem que existe a necessidade de haver mais informação acessível ao público, e de fácil compreensão, de modo que os consumidores consigam fazer escolhas devidamente informadas.

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+M

SIC e TVI chegam a acordo com a RTP para a transmissão do Mundial

  • + M
  • 13 Outubro 2022

As estações vão repartir a transmissão dos jogos do Mundial 2022, que terá lugar entre 20 de novembro e 18 de dezembro. A RTP fica com 22 jogos, incluindo a final.

A TVI vai transmitir o primeiro jogo de Portugal no Mundial 2022, no Qatar. Será no dia 24 de novembro e coloca frente a frente Portugal e o Gana. A SIC, por sua vez, terá o jogo decisivo de Portugal na fase de grupos, bem como o dos quartos de final. As duas estações privadas chegaram assim, como é hábito, a acordo com a RTP para a partilha dos jogos. Cada uma vai transmitir sete jogos em sinal aberto.

A TVI vai transmitir três jogos da fase de grupos, dois jogos dos oitavos de final, um dos quartos de final e uma das meias-finais. A SIC fica com quatro jogos da fase de grupos, dois dos oitavos de final e um dos quartos de final, com direito de preferência sobre o da equipa portuguesa.

O Mundial vai também ser transmitido na íntegra pela Sport TV, que anunciou em setembro ter adquirido a totalidade dos direitos de transmissão da competição, pelo que transmitirá os 64 jogos.

O valor dos acordos não foi revelado. Em junho Nicolau Santos, presidente da RTP, recordava em entrevista à Lusa que a compra do Mundial do Qatar tinha sido uma decisão tomada em 2011 pela administração liderada por Guilherme Costa. “Esse encargo é de 12 milhões de euros, foi contratado em 2011, mas é este ano que vai ter de ser contabilizado”, dizia.

A venda do Mundial estava ainda a ser negociada com as estações privadas, dependendo as receitas da RTP dos resultados obtidos. “Algo que vai pesar aqui claramente é a nossa negociação com os canais privados, com as estações privadas que obviamente não quererão estar a dois meses no final do ano sem nenhum espetáculo desportivo e, portanto, vão seguramente negociar com a RTP para comprar parte deste pacote de 12 milhões que nós comprámos em 2011”, pelo que “valor final das contas da RTP em 2022” também decorrerá disso, acrescentava.

Entretanto, já perto do final da tarde, a RTP anunciou que “chegou a um princípio de acordo com a SIC e com a TVI para o sublicenciamento de um pacote de alguns jogos do Mundial de Futebol 2022, o qual será agora submetido à aprovação da FIFA, a quem cabe a última palavra nesta matéria”.

A estação recorda também que cedeu à Sport TV os direitos de transmissão exclusiva no cabo de 28 jogos, sendo “o operador português em sinal aberto com a transmissão do maior número de jogos do Mundial de Futebol 2022, numa extensa cobertura que tem em conta o interesse público do evento”. A RTP fica com 22 jogos, incluindo a final. No total, dependendo da progressão da equipa nacional, pode transmitir três jogos da seleção.

 

(notícia atualizada às 17h13 com declarações da RTP)

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Instituto Superior Técnico recebe Talent Bootcamp a 14 e 15 de outubro

Fidelidade, Teleperformance, SIBS, Jerónimo Martins, EY, BPI, Critical Software, Huawei, Deloitte e L’Oréal são algumas das empresas que têm marcado presença no evento.

O Instituto Superior Técnico de Lisboa vai acolher a 200.ª edição do Talent Bootcamp esta sexta-feira e sábado. Ao longo dos anos, este projeto com a assinatura da Magma Studio já contou com mais de 25 mil participantes. São esperados 150 alunos e 150 empresas no evento.

“Os primeiros anos de trabalho são cruciais para o desenvolvimento profissional e pessoal. É importante escolher bem a empresa onde queremos começar, e o Talent Bootcamp é precisamente o ponto de encontro ideal entre candidatos e empregadores”, afirma Miguel Gonçalves, CEO da Magma Studio, em comunicado.

O Talent Bootcamp, que conta já com cerca de 70 edições internacionais ocorridas em países como Bélgica, China, Espanha e Moçambique, é um programa que ajuda estudantes universitários e recém-licenciados a desenvolver conhecimentos para a sua carreira e encontrar a empresa que mais se adequa aos seus objetivos. Ao todo, mais de quinze mil estudantes foram já colocados no mercado de trabalho através desta ligação direta entre a academia e as empresas.

Durante estes dois dias, os participantes terão a oportunidade de estabelecer contactos diretos com 150 empresas dos mais variados setores. Fidelidade, Teleperformance, SIBS, Jerónimo Martins, EY, BPI, Critical Software, OGMA, Huawei, Deloitte e L’Oréal são algumas das entidades nacionais e multinacionais que têm marcado presença no Talent Bootcamp.

Os interessados podem encontrar mais informações sobre a 200.ª edição do Talent Bootcamp na plataforma online oficial da Magma Studio, disponível aqui.

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Angela Merkel considera que Rússia era fornecedor de gás “confiável”

Ex-chanceler alemã alerta que o abastecimento de gás russo nunca fora um problema durante o seu mandato uma vez que Moscovo foi, desde a Guerra Fria, "um fornecedor de gás confiável".

Angela Merkel não se arrepende de ter mantido as relações comerciais com a Rússia durante o seu mandato enquanto chanceler da Alemanha, garantindo que “desde a Guerra Fria que a Rússia era um fornecedor confiável”.

Durante uma conferência de imprensa, esta quinta-feira, na sequência da entrega do Prémio da Humanidade da Fundação Calouste Gulbenkian, Angela Merkel relembrou que o gás da Rússia sempre foi mais barato” quando comparado com a oferta vinda do Qatar, Arábia Saudita ou Estados Unidos, argumentando que “desde a Guerra Fria que a Rússia era um fornecedor confiável” e que por isso não lamenta a decisão tomada. “Na altura, era claro”, disse, acrescentando, no entanto, que nunca duvidou que deveria haver negociações” com outros parceiros económicos.

Questionada sobre se a guerra na Ucrânia pode comprometer os esforços alocados no combate às alterações climáticas, Angela Merkel considera que “o assalto à Ucrânia foi uma decisão que chamou a atenção política para esta questão” mas considera que “não temos tempo para nos concentrar num tema”. “Temos de ver que aqui o desafio é global e todos os países têm de prestar um contributo”, frisou.

ONGs ambientais ganham Prémio Gulbenkian para a Humanidade de 2022

A Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos (IPBES) e o Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC) receberam o Prémio Gulbenkian para a Humanidade de 2022, no valor de um milhão de euros.

A distinção, anunciada pela presidente do júri Angela Merkel, foi atribuída às duas organizações intergovernamentais pelos esforços a nível de produção de conhecimento científico, combate às alterações climáticas e à perda de biodiversidade. As duas entidades foram selecionadas entre 116 nomeações de 41 nacionalidades, provenientes de cinco continentes.

Durante a conferência de imprensa, esta quinta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a ex-chanceler alemã reconheceu o valor destas duas organizações frisando que o contributo da ciência no combate às alterações climáticas continua a ser “decisivo para assegurar a sobrevivência da humanidade”.

“A evidência científica tornou-se mais clara, confiável nos últimos anos mas, infelizmente, nunca houve boas notícias porque os sinais se tornaram cada vez mais dramáticos”, acrescentou Merkel, sublinhando que o trabalho realidade pelo IPBES e IPCC, nos últimos anos, veio a sublinhar “necessidade de agirmos em conjunto” no combate contra a degradação do ambiente e da biodiversidade.

epa10240434 The former German chancellor and president of the prize jury Angela Merkel (L) attends a press conference to announce the winner of Gulbenkian Humanity Prize, at Calouste Gulbenkian Foundation in Lisbon, Portugal, 13 October 2022. EPA/ANDRE KOSTERS

 

A IPBES é um organismo intergovernamental independente, criado em 2012, com a missão de melhorar a relação entre o conhecimento científico e os decisores políticos. Presente na conferência de imprensa estava a secretária-executiva da ONG que considerou a atribuição deste prémio como “uma poderosa declaração que confirma que a perda global de espécies, a destruição de ecossistemas e a degradação dos benefícios da natureza, representa uma crise não só de magnitude semelhante às alterações climáticas, mas também de uma crise que deve ser abordada com o mesmo caráter de urgência”.

Já o IPCC, distinguindo em 2007 com o Prémio Nobel da Paz, juntamente com Al Gore, é um organismo das Nações Unidas desde 1998, mais conhecido pelos relatórios anuais divulgados sobre o impacto ambiental resultante da ação humana. Ambas as organizações têm como objetivo ajudar os decisores políticos a nível mundial a adotar medidas de combate às alterações climáticas. Hoesung Lee, presidente da ONG, considera que o prémio é atribuído “numa altura crítica” em que se assiste a uma forte degradação do ambiente, fruto das alterações climáticas e da ação humana. “A humanidade não pode sentir-se desencorajada pela dimensão deste desafio. O tempo para a ação climática é agora“, apelou.

A Presidência do Júri do Prémio Gulbenkian Humanidade foi o primeiro cargo aceite por Merkel desde que cessou funções como chanceler em dezembro de 2021. Angela Merkel sucede no cargo a Jorge Sampaio, que foi presidente do júri desde a sua primeira edição.

O Prémio Gulbenkian para a Humanidade foi instituído pela Fundação com o propósito de distinguir pessoas, grupos ou organizações de todo o mundo que se têm evidenciado na mitigação e adaptação às alterações climáticas. A distinção foi atribuída pela primeira vez, em 2020, à jovem ativista sueca Greta Thunberg, que decidiu distribuir o montante por vários projetos ambientais e humanitários no Sul Global.

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