Espanha vai prolongar três meses medidas de resposta a crise

  • Lusa
  • 1 Junho 2022

Entre as medidas estão descontos nos combustíveis, a limitação dos aumentos de preços nos contratos de arrendamento de habitação a 2% e o aumento de 15% do rendimento mínimo garantido.

O Governo espanhol vai prolongar por três meses, até final de setembro, as medidas de resposta aos impactos da guerra na Ucrânia na economia, que incluem descontos nos combustíveis e na eletricidade, anunciou esta quarta-feira o primeiro-ministro Pedro Sánchez.

As medidas para responder à crise gerada pela invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, foram adotadas inicialmente até 30 de junho e ficarão assim em vigor até 30 de setembro, segundo o que disse hoje o chefe do Governo a deputados e senadores do Partido Socialista espanhol (PSOE), que lidera, segundo fontes citadas pelos meios de comunicação locais.

Sánchez afirmou, segundo as mesmas fontes, que “a proteção das famílias e das empresas” espanholas vai continuar com medidas que estão em vigor, entre as quais destacou o desconto de 20 cêntimos por cada litro de combustível, o alargamento a milhões de famílias de subsídios sociais e a redução em 60% do imposto na fatura da eletricidade.

Fontes do Governo citadas pela agência de notícias EFE e o jornal El Pais explicaram que será aprovado um novo decreto que, no essencial, contém as mesmas medidas atualmente em vigor. O Governo espanhol aprovou em 29 de março o ‘plano de resposta’ ao impacto económico da guerra na Ucrânia, de um montante de 16.000 milhões de euros, dos quais 6.000 milhões correspondem a ajudas diretas e reduções de impostos e outros 10.000 milhões à criação de uma linha de crédito garantida pelo Estado.

Entre as medidas deste plano estão descontos nos combustíveis, a limitação dos aumentos de preços nos contratos de arrendamento de habitação a 2% e o aumento de 15% do rendimento mínimo garantido às famílias mais vulneráveis. Quanto às medidas de apoio às empresas, o plano inclui uma nova linha de garantias de crédito no valor de 10 mil milhões de euros para cobrir necessidades de liquidez.

Há ainda um pacote de ajudas diretas de 362 milhões de euros para o setor agrícola e pecuário, e outro de cerca de 68 milhões para o setor das pescas. Sánchez anunciou o prolongamento deste conjunto de medidas hoje, dia em que passam quatro anos da moção de censura que apresentou ao Governo de direita liderado por Mariano Rajoy, o que fez cair o executivo anterior, do PP, e levou os socialistas ao poder.

O chefe do Governo considerou hoje, no mesmo encontro com deputados, senadores e eurodeputados do PSOE, que a moção de censura “reforçou as instituições e a democracia espanhola”. “O poder legislativo deu um passo em frente perante a ausência de responsabilidades políticas” do PP e “usou um instrumento legítimo e constitucional”, disse Sánchez, numa referência ao ‘caso Gurtel’, em que o Partido Popular acabou condenado por “financiamento ilegal”.

“Coloco muita ênfase no exemplo e há quatro anos não era essa a norma. A corrupção destrói o mais importante, a fé na política”, afirmou. Sánchez pediu aos deputados e senadores socialistas “um esforço constante” para dialogarem “com quem pensa de forma diferente” para se conseguirem adotar leis que são um compromisso do PSOE e do Executivo, uma coligação que junta socialistas e Unidas Podemos (extrema-esquerda).

Segundo afirmou, está em causa uma “agenda social de reformas” que exige “esforços constantes” de diálogo com a oposição por ser essa a maneira de as medidas “perdurarem no tempo”. Entre as medidas concretas que referiu estão leis relacionadas com os direitos LGTBI (homossexuais, lésbicas, transgénero e outros) ou a proteção do consumidor financeiro.

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Câmara de Leiria investiu 4,6 milhões na requalificação e modernização do mercado municipal

Câmara de Leiria investiu 4,6 milhões de euros na requalificação e modernização do mercado municipal que se apresenta agora ao público com nova imagem.

A Câmara Municipal de Leiria inaugura, no próximo dia 4, o mercado municipal, no âmbito dos trabalhos de requalificação e modernização deste espaço, orçados em 4,6 milhões de euros.

A cerimónia conta com a presença da ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, e ocorre num dia de normal funcionamento do mercado, que se apresenta agora de cara lavada. Os presentes podem, assim, viver as dinâmicas do espaço, e contactar com operadores e clientes.

A cerimónia de reabertura do mercado, que contemplou obras na cobertura e ao nível do revestimento exterior do edifício, inclui uma tertúlia sobre a importância dos mercados municipais no contexto socioeconómico atual.

Entretanto, o executivo da Câmara Municipal de Leiria aprovou a adjudicação para a execução da empreitada de requalificação paisagística da encosta do Castelo, num investimento na ordem dos 1,3 milhões de euros.

Este projeto contempla a criação de “pequenos percursos dentro da área de intervenção para ligação de diversos pontos de interesse”, informa a autarquia em comunicado enviado às redações.

O contrato de adjudicação ainda vai ser sujeito a visto do Tribunal de Contas, não estando, por isso, prevista data para o início da obra.

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Fundação José Neves lança curso de liderança com Horta Osório

O curso de Liderança da app 29k FJN foi desenhado para aumentar a capacidade de liderar em todas as áreas da vida, através de aulas, exercícios e desafios diários.

António Horta Osório é, a partir desta quarta-feira, o embaixador do curso de Liderança da Fundação José Neves (FJN), disponível na app gratuita 29k FJN. O gestor português vai ainda participar no evento anual da Fundação José Neves, a 21 de junho, no qual abordará diversos temas, em particular a liderança. O neurocientista António Damásio, a escritora Nataly Kogan, o ex-primeiro-ministro Durão Barroso e a cantora Alanis Morissette também marcarão presença.

“Com uma notável carreira profissional, fruto da sua competência e capacidade de liderança, António Horta Osório partilha a sua sabedoria e experiência através de um curso que permite aprender técnicas testadas e comprovadas como definição de objetivos, planeamento estratégico, delegação de trabalho às equipas e comunicação eficaz, particularmente importantes em tempos de mudança e incerteza”, escreve a Fundação José Neves, em comunicado.

O curso de Liderança da app 29k FJN, testado por treinadores paraolímpicos e funcionários da estação espacial, foi projetado para aumentar a capacidade de liderar em todas as áreas da vida, através de aulas, exercícios e desafios diários.

Já o evento anual da Fundação José Neves — no qual será apresentada a edição de 2022 do “Estado da Nação sobre Educação, Emprego e Competências em Portugal” terá lugar no próximo dia 21 de junho e poderá ser acompanhado em direto na plataforma digital da FJN (https://joseneves.org/) ou através das redes sociais da fundação (Youtube, Facebook e LinkedIn).

Além de António Horta Osório, António Damásio (neurocientista português), Nataly Kogan (premiada escritora e especialista em bem-estar emocional), Durão Barroso (ex Primeiro Ministro de Portugal) e a cantora Alanis Morissette são já presenças confirmadas.

Mais informações sobre o evento aqui.

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CEO da Klarna publica no LinkedIn lista de contactos das pessoas recentemente despedidas

A publicação de Sebastian Siemiatkowski está a dividir opiniões. Se, por um lado, há quem critique, por outro, há quem elogie a forma de chamar atenção dos recrutadores.

O CEO da fintech Klarna publicou no LinkedIn uma lista com os contactos dos colaboradores recentemente despedidos pela empresa sueca. Estes despedimentos ocorreram na sequência do plano da Klarna para reduzir os custos, que preveem a redução de 10% dos cerca de 6.500 colaboradores da companhia. A publicação de Sebastian Siemiatkowski está a dividir opiniões.

O diretor executivo da Klarna escreveu no LinkedIn que tem “sentimentos mistos sobre este documento”. “Embora simbolize a qualidade, de que tanto me orgulho, dos profissionais da Klarna, é também o resultado de uma decisão muito difícil de tomar e que me entristece profundamente e que ficará comigo por um longo período”, escreveu Sebastian Siemiatkowski na publicação na rede social.

Referindo-se ao documento como uma “mina de ouro”, o CEO da fintech deixou ainda um aviso para possíveis empregadores. “Se a sua empresa tiver a sorte de recrutar uma destas pessoas fantásticas, posso garantir que será uma das suas maiores vitórias este ano.”

Os nomes que constam da lista, que foi criada por um colaborador que permanece na Klarna, são de profissionais que se inscreveram voluntariamente, esclarece fonte oficial da empresa, citado pela Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

As reações à publicação do CEO da organização dividem-se. Se, por um lado, há quem critique o “tom surdo” da publicação, há também quem elogie a forma de chamar atenção dos recrutadores.

Em declarações à Bloomberg, o maior sindicato da indústria financeira da Suécia, Finansforbundet, adiantou que pediu para discutir a publicação da lista com a Klarna e que não foi consultado sobre os despedimentos em curso. “Esperava informação da empresa numa fase inicial e não ter de ler sobre o processo nos meios de comunicação social”, disse a chefe do sindicato, Ulrika Boethius.

A Klarna, por sua vez, responde que “não notificou o despedimento, e, por isso, não é obrigada a informar os sindicatos, mas espera chegar a um acordo com os trabalhadores em questão”.

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EUA e Taiwan iniciam negociações comerciais desafiando Pequim

  • Lusa
  • 1 Junho 2022

Os dois países lançaram o programa Iniciativa de Comércio do Século XXI EUA-Taiwan, com o objetivo de desenvolver formas concretas de “aprofundar as relações económicas e comerciais”.

Os Estados Unidos e Taiwan iniciaram esta quarta-feira negociações comerciais bilaterais, desafiando Pequim, que considera a ilha como sua província e se recusa a permitir que esta se relacione oficialmente com países estrangeiros. O anúncio ocorre dois dias após a incursão de 30 aviões chineses na zona de defesa aérea de Taiwan, que vive sob a constante ameaça de uma invasão da China, com o pretexto de recuperar este território que considera seu.

A vice-representante de Comércio dos EUA, Sarah Bianchi, e o ministro de Taiwan, John Deng, reuniram virtualmente para o lançamento do programa Iniciativa de Comércio do Século XXI EUA-Taiwan, com o objetivo de desenvolver formas concretas de “aprofundar as relações económicas e comerciais”, de acordo com um comunicado do Governo dos EUA.

A primeira reunião será realizada no final de junho, em Washington, procurando facilitar os intercâmbios, adotar “práticas sólidas e transparentes” ou cooperar a favor do meio ambiente ou e do combate às mudanças climáticas, segundo o comunicado.

Os Estados Unidos e Taiwan têm encontrado formas de relacionamento comercial através de “estruturas”, uma fórmula para contornar as exigências de Pequim sobre as relações daquele território com o estrangeiro. Taiwan também aderiu à Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2002, o que contribuiu para o crescimento do comércio bilateral com diversos países, incluindo os Estados Unidos.

O próximo passo na relação económica entre os dois países será um acordo comercial formal que, por enquanto, está atrasado, num contexto político complexo. “Espero que esta iniciativa resulte num acordo-quadro vinculativo”, disse um funcionário do Governo dos EUA.

Os Estados Unidos, como a maioria dos países, não reconhecem oficialmente Taiwan, mas apoiam fortemente a ilha, cujo estatuto de democracia destacam, em oposição ao que consideram ser um regime autocrático chinês.

Esta iniciativa também está a ser lançada logo após o arranque de uma nova parceria económica na Ásia-Pacífico, anunciada em 23 de maio pelo Presidente Joe Biden, durante uma recente digressão pela região. Questionado sobre como a China poderá reagir ao anúncio da iniciativa comercial entre Taiwan e os EUA, um outro funcionário do Governo norte-americano recusou comentar, alegando não poder falar “em nome de Pequim”.

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Mollie contrata na Klarna novo chief technology officer

O profissional será responsável pela fiabilidade, escalabilidade e desenvolvimento das plataformas e pela aceleração da inovação tecnológica da empresa.

Koen Köppen assumiu o cargo de chief technology officer (CTO) da Mollie, ficando responsável pela fiabilidade, escalabilidade e desenvolvimento das plataformas e por acelerar a inovação tecnológica da empresa. Antes de integrar a equipa da Mollie, o profissional assumiu vários cargos de liderança durante mais de uma década na Klarna, a fintech sueca de serviços financeiros, tendo sido CTO nos últimos cinco anos.

“Tendo passado mais de dez anos no setor de fintech e ajudado a Klarna a escalar em toda a Europa e não só, quero agora ajudar a Mollie a aproveitar esta enorme oportunidade de crescimento”, garante Koen Köppen. “A Mollie é um dos negócios que mais cresceu na Europa e está na vanguarda das soluções que apoiam as PME a competirem com os maiores players de e-commerce. Estou entusiasmado por esta jornada para equilibrar as condições, oferecendo serviços financeiros sem esforço”, continua, citado em comunicado.

Koen Köppen é o novo CTO da Mollie

“Estamos entusiasmados por receber o Koen e toda a sua experiência muito relevante na nossa equipa de gestão. Esta é uma oportunidade única para a Mollie de ter um líder com o expertise no ecossistema financeiro. O Koen já geriu grandes equipas em contextos atuais e complexos e, por isso, é a pessoa ideal para se juntar à nossa empresa e ajudar a fazer crescer o nosso negócio”, admite Shane Happach, CEO da Mollie.

Koen Köppen, que já integrava o conselho de supervisão e do comité de auditoria e risco da Mollie desde 2020, junta-se agora à equipa de gestão da Mollie composta por Shane Happach (CEO), Ken Serdons (CCO), Rogier Schoute (CPO), Joe Katz (CFRO), Célie Verstelle (CLCO), Julien Cordonnier (COO) e Susan Wilson (CHRO).

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Montepio estima perdas até 100 milhões com venda do Finibanco Angola

Banco Montepio já arranjou comprador para a instituição angolana: é o banco nigeriano Access Bank. Estima que o negócio possa representar perdas até 100 milhões de euros.

O Banco Montepio tem um novo comprador para o seu banco em Angola, depois de falhado o negócio com Mário Palhares. O banco da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) tem um acordo para vender o Finibanco Angola a um banco nigeriano, o Access Bank, mas a operação ainda não está fechada, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

O banco liderado por Pedro Leitão continua a fazer as contas à operação. Que não são propriamente as melhores. Estima-se que a venda possa representar perdas entre os 80 milhões e os 100 milhões de euros, disseram duas fontes ao ECO.

O impacto da transação (caso avance) não deixa relevante para uma instituição financeira que tem apresentado resultados magros nos últimos anos (6,6 milhões em 2021 e 11 milhões no primeiro trimestre deste ano) e onde a capacidade financeira tem de ser gerida com pinças, incluindo no acionista.

Oficialmente, o banco não faz comentários sobre este processo. O ECO sabe que ainda não há uma decisão final em relação à venda, que pode não se concretizar.

Os compradores já foram apresentados ao Banco Nacional de Angola (BNA), o supervisor bancário angolano, que tem de autorizar a venda. O Access Bank, com cerca de 30 anos de existência, tem sede em Lagos, capital da Nigéria, e está presente em mais dez mercados, incluindo o Reino Unido, África do Sul e Moçambique.

Em Lisboa, também o Banco de Portugal está a acompanhar de perto este dossiê, que quer ver resolvido para a próxima administração (continuará a ser liderada por Pedro Leitão no novo mandato) se dedicar ao negócio core de um banco que, depois da reestruturação dos últimos dois anos com a saída de centenas de trabalhadores e fecho de agências, continua a fazer o seu caminho das pedras rumo à rentabilidade.

O Finibanco Angola entrou no grupo Montepio em 2010, aquando da aquisição do Finibanco por 350 milhões de euros, 100 milhões acima do valor de mercado.

Em 2015, o então presidente do Montepio, Tomás Correia, anunciou um acordo para vender cerca de 30,57% da instituição angolana a “parceiros locais” por 26,3 milhões de dólares (cerca de 22 milhões de euros). Ficou então decidido que os compradores pagariam depois, embora ficassem imediatamente com “os direitos associados à detenção das ações ficaram na posse do grupo, incluindo o direito de voto e o direito ao dividendo”.

A transação acabou por não ser bem-sucedida, pelo menos a avaliar pelo dinheiro que entrou nos cofres da AMMG. A mutualista acabou por receber apenas cerca de 1,2 milhões dos 26 milhões até 2020, por cerca de 1,35% das ações do Finibanco Angola. Como ficou a estrutura acionista do Finibanco Angola?

O desfecho deste negócio acabou por criar confusão na estrutura acionista do Finibanco Angola e este será um dos temas que terá de ser clarificado antes da venda ao Access Bank.

Nas suas contas de 2021, a instituição angolana revela que o Montepio, através da sociedade Montepio Holding, detém apenas 51% das ações, enquanto Mário Palhares, dono do BNI e ex-vice-presidente do BNA, detém 35%, estando o restante capital distribuído por um conjunto de cinco acionistas, incluindo Francisco Simão Júnior, João Avelino dos Santos e a Iberpartners.

Já o Montepio diz ser dono de mais de 80%, depois de ter passado a consolidar novamente o Finibanco Angola no ano passado, quando deixou de ser considerado um ativo em descontinuação para efeitos contabilísticos.

Pelo meio, chegou a haver outro potencial interessado no Finibanco Angola, o fundo Arise, que junta vários bancos africanos. No âmbito desta operação, o Banco Montepio ficaria com cerca de 6% a 7% da Arise, uma companhia de investimento em África que é apoiada pelo banco cooperativo neerlandês Rabobank, pelo banco de fomento neerlandês FMO e pelo fundo soberano norueguês Norfund.

Este investidor não é desconhecido do Montepio. Em 2018, a Associação Mutualista vendeu a posição de 45,68% que detinha no moçambicano Banco Terra.

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APP OA é a nova aplicação da Ordem dos Advogados

A APP OA vai possibilitar aos profissionais do setor aceder, a partir de um dispositivo móvel e de forma integrada, a diversas funcionalidades, como notícias, agenda, quotização, mail ou benefícios.

A Ordem dos Advogados (OA) lançou uma aplicação, a APP OA. Esta aplicação vai possibilitar aos profissionais do setor aceder, a partir de um dispositivo móvel e de forma integrada, a diversas funcionalidades, como notícias, agenda, quotização, mail ou benefícios.

“A App OA, também não esqueceu os cidadãos e possui igualmente um conjunto de funcionalidades úteis. São disponibilizadas as notícias e agenda da OA bem como a possibilidade de encontrar um advogado (através da geo-localização ) numa lógica de proximidade entre a Ordem, os advogados e o cidadão em geral“, explicou a OA em comunicado.

A nova aplicação permite assim aceder às principais notícias da OA, com possibilidade de produção de conteúdos exclusivos para a App OA, consultar os eventos diários da Ordem dos Advogados e permite a cada utilizador adicionar eventos pessoais a esta agenda.

Coincidindo com o lançamento da App OA, são lançadas quatro novas funcionalidades:

  • Uma calculadora de prazos acessível também a partir da Área Reservada do Portal OA. Esta calculadora de prazos permite o registo e acompanhamento de prazos indicando o município, o tipo de prazo e os dias desse prazo com a possibilidade de envio de alarmes/notificações ao utilizador. Estando disponível também na App OA garante um acompanhamento permanente dos prazos processuais.
  • Em complemento da funcionalidade já existente de videoconferência acessível através da área reservada do Portal OA é disponibilizada uma ferramenta de troca de mensagens disponível exclusivamente na App OA e de acesso exclusivo a advogados. Estas ferramentas em conjunto – videoconferência e mensagens, incluindo a possibilidade de criação de grupos – permitem uma comunicação segura entre advogados.
  • Uma ferramenta de pesquisa de instituições (Tribunais, Cartórios Notariais, localização de OPC’s, etc). A lista de instituições disponível é a utilizada no Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais mas está em atualização contínua. Permite ainda ao utilizador adicionar instituições que pode submeter para aprovação e inserção na lista pública ou criar a suas próprias instituições.
  • Uma imagem em forma digital da cédula profissional com um QR Code que remete para o site da OA. Esta funcionalidade permite ao advogado exibir a sua cédula recorrendo à App OA.

No portal de “Benefícios aos Advogados” agora disponibilizado também através da App OA, já integrado com a área reservada do site oficial, conseguem tirar ainda “partido das potencialidades dos dispositivos móveis aumentando a assertividade das ofertas publicitadas contribuindo assim para um maior aproveitamento dessas ofertas”.

“A App OA que agora é lançada segue a lógica de transformação digital que a Ordem dos Advogados tem vindo a realizar internamente, o que permite um acréscimo de funcionalidades oferecidas aos advogados. Muito em breve serão acrescentadas funcionalidades, com especial relevo para a integração do Sistema de Informação da Ordem dos Advogados (SinOA) / Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais (SADT)”, sublinhou a OA.

A App OA é gratuita e pode ser descarregada para os dispositivos móveis a partir das apps stores Android e iOS.

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CDS considera “ofensivas” palavras de Luís Araújo sobre TAP. Se estivesse no Parlamento, chamava-o

O centristas deixam críticas ao presidente do Turismo de Portugal e ao Governo e dizem que se estivessem na Assembleia da República iriam requerer uma audição parlamentar.

O CDS considera que a recomendação deixada pelo presidente do Turismo de Portugal para que os agentes do Norte deixem de lado a TAP e se foquem na espanhola Iberia e no aeroporto de Madrid é ofensiva para os portugueses. Os centristas afirmam que, se estivessem na Assembleia da República, já teriam requerido a audição de Luís Araújo, da secretária de Estado do Turismo e do ministro das Infraestruturas.

As declarações do presidente do Turismo de Portugal e a conivência da secretária de Estado Rita Marques são ofensivas para milhões de portugueses e milhares de empresas, que, através de muito esforço, empreendedorismo e persistência, pagando impostos saídos de rendimentos gerados em mercados internacionais, têm o direito de beneficiar do aeroporto Francisco Sá Carneiro e da TAP, como ferramentas essenciais para as suas atividades”, afirma o CDS numa nota divulgada à imprensa.

O Jornal de Notícias noticiou a 26 de maio que Luís Araújo incentivou a região Norte a centrar a estratégia nas rotas e no programa da Iberia e na infraestrutura da capital espanhola, durante uma reunião promovida pelo Turismo do Porto e Norte.

“O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, pediu ajuda para transformar Madrid no aeroporto de conectividade internacional para o Porto”, disse ao JN fonte presente na reunião. E lembrou que “a Iberia tem naquele aeroporto ligações que cobrem praticamente todos os continentes”. A reunião contou também com a presença da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

O CDS assinala na nota que “a TAP tem sobrevivido graças ao esforço de milhares de contribuintes, de todas as regiões, expresso em milhares de milhões de euros injetados diretamente e através de aumentos de capital”. Para depois defender que ou a companhia aérea “serve os interesses estratégicos e sociais do país inteiro que a sustenta, ou perde sentido“. “Ou é regionalizada e perde o estatuto nacional, com tudo quanto isso implique, ou é privatizada e deixa de ser um encargo brutal para os contribuintes, passando os acionistas a responder pelos respetivos resultados”, acrescentam os centristas.

O partido liderado por Nuno Melo “lamenta que perante factos tão graves, os partidos políticos com assento parlamentar não tenham requerido ainda a audição do presidente do Instituto do Turismo Luís Araújo, da secretária de Estado Rita Marques e do ministro das Infra-estruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos na Assembleia da República, como o CDS teria feito”.

A Lusa noticiou no dia 27 de maio que o PSD dirigiu um requerimento ao presidente da Comissão de Economia da Assembleia da República para que Luís Araújo seja ouvido.

No mesmo dia em que foi publicada a notícia do JN, o Turismo de Portugal divulgou um comunicado onde afirma que “a TAP enquanto companhia aérea nacional é não só essencial para o setor em todo o território nacional como um parceiro estratégico do Turismo de Portugal”. Destaca também o papel que a Iberia pode ter para o setor em Portugal.

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Wall Street volta aos ganhos. Salesforce dispara mais de 12% após resultados

Praças norte-americanas arrancaram a sessão com ganhos ligeiros, no dia em que serão conhecidos dados económicos relevantes. Salesforce dispara mais de 12% após apresentar resultados. 

Os principais índices norte-americanos abriram a sessão desta quarta-feira com ganhos ligeiros, recuperando das perdas da sessão anterior, numa altura em que os investidores aguardam os dados relativos à atividade industrial nos Estados Unidos. A Salesforce dispara mais de 12% após apresentar resultados.

O S&P 500 valoriza 0,59%, para 4.156,64 pontos, enquanto o industrial Dow Jones soma 0,71%, para 33.224.10 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq avança 0,78%, para 12.176,23 pontos. Este desempenho acontece depois de, na sessão anterior, as bolsas norte-americanas terem fechado com perdas, pressionadas pelos receios dos investidores com a inflação e pela subida dos preços do petróleo, depois do acordo para um embargo condicionado na União Europeia.

Esta quarta-feira serão divulgados dados relativos à atividade industrial nos Estados Unidos, que vão ajudar a medir o pulso à maior economia mundial. Em foco nesta semana estarão ainda os dados relativos aos pedidos de subsídio de desemprego, que serão divulgados, como habitualmente, na quinta-feira, numa altura em que o mercado laboral enfrenta uma crise de escassez de mão-de-obra, salários a acelerar e e uma subida dos custos de produção.

Nesta sessão, os investidores estarão ainda atentos às declarações do presidente da Reserva Federal de St. Louis, James Bullard, e do presidente da Reserva Federal de Nova Iorque, John Williams, que poderão dar mais pistas sobre a política monetária a seguir pelo banco central. Na segunda-feira, Christopher Waller, membro do Conselho de Governadores da Fed, admitiu que o banco central deve estar preparado para aumentar as taxas de juro em meio ponto percentual em todas as reuniões até que a inflação seja definitivamente controlada.

Entre as cotadas que se destacam nesta sessão está a Salesforce, que avança 12,30%, para 179,96 dólares, que viu as receitas crescerem para 7,41 mil milhões de dólares (6,9 mil milhões de euros) no primeiro trimestre do ano fiscal de 2022-2023, que terminou a 30 de abril, o que representa um aumento de 24% face ao período homólogo. Estes resultados superaram as expectativas dos investidores.

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SRS promove 12 advogados

A SRS Advogados promoveu 12 advogados. Segundo o escritório, estas promoções são fruto de uma "aposta nas novas gerações".

O escritório liderado por Pedro Rebelo de Sousa, SRS Advogados, promoveu 12 advogados. Segundo a firma, estas promoções são fruto de uma “aposta nas suas novas gerações”.

Foram promovidos a advogados coordenadores Marco Garrinhas (Corporate&Finance) e Pedro Pinto Melo (Contencioso). Para a categoria de associado sénior foram promovidos Ana Margarida Henriques (Laboral), João Filipe Graça (Público), José Pinto Santos (Imobiliário), Rita Yen (Corporate & Finance), Solange Fernandes (Corporate & Finance) e Susana Alberto (Público).

Foram ainda promovidos à categoria de associado Andreia Rodrigues Lopes (Corporate & Finance), Giorgio Galli (Corporate & Finance), Gonçalo Rocha Peixoto (Contencioso) e Mariana Silva Marques (Público).

“Estas promoções representam o compromisso e reconhecimento dos advogados da SRS e reforçam a confiança no contributo que poderão continuar a dar à SRS”, refere a firma em comunicado.

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Webhelp abre mais de 1.000 vagas em Portugal. Procura fluentes em francês, neerlandês e alemão

A maioria das vagas são para assistente de apoio ao cliente e suporte técnico, em idiomas como o francês, inglês, alemão e línguas nórdicas. Mas há outras posições por preencher.

A Webhelp está a recrutar para clientes das áreas de tecnologia, banca, retalho e moda, com o objetivo de contratação de mais de 1.000 novos colaboradores a nível nacional. Com 800 novas vagas nos escritórios do sul e 300 posições a norte, o processo de recrutamento decorre de junho a setembro.

“O rápido crescimento da Webhelp em Portugal proporciona a contratação de novos colaboradores durante todo o ano. De acordo com a nossa estratégia de investimento, esperamos continuar a criar postos de trabalho e a crescer no país. Com um cariz fortemente inovador e tecnológico, a Webhelp pretende fortalecer a procura de novos talentos no mercado europeu e nacional”, refere Carlos Moreira, CEO da Webhelp Portugal, em comunicado.

A maioria das novas vagas disponibilizadas pela Webhelp são de assistente de apoio ao cliente e suporte técnico, em idiomas como o francês, inglês, alemão e línguas nórdicas. No entanto, existem também candidaturas abertas para posições de office assistant, communication manager, manager de controlo de gestão e recursos humanos. Para as vagas mais a sul, as posições são sobretudo em regime de trabalho híbrido, enquanto no norte do país serão sobretudo presenciais.

Desde que se instalou em Portugal, em 2015, a Webhelp já investiu mais de 15 milhões de euros em infraestruturas de norte a sul do país. Em 2021, ano em que estreou novos escritórios em Lisboa e Braga, a multinacional francesa comunicou também a ambição de alcançar os 3.000 colaboradores a operar em Portugal nos próximos dois anos, objetivo que poderá ser atingido ainda este ano com as novas contratações agora anunciadas. A Webhelp conta atualmente com cerca de 2.300 colaboradores em todo o território nacional, dos quais 1.360 na região de Lisboa e 940 no norte do país.

“Este processo de recrutamento é o resultado de vários novos clientes que vamos lançar nestes meses de verão. Ao contrário da maioria do mercado corporativo Português, que nesta estação acaba por estagnar, a Webhelp, sempre inovadora, tem nestes três meses um forte pico de recrutamentos para preencher necessidades nos mais diversos setores”, esclarece Lina Jesus, diretora de recursos humanos da Webhelp Portugal.

Os interessados podem candidatar-se, enviando o seu CV para os seguintes contactos: Lisboa ([email protected]), Braga ([email protected]) ou Aveiro ([email protected]).

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