Consórcio europeu recebe ok de Bruxelas para competir com Google e Meta

Deutsche Telekom, Orange, Telefónica e Vodafone tiveram aprovação da Comissão Europeia para criarem uma "joint venture" e competir no mercado da publicidade digital, dominado por Google e Meta.

A alemã Deutsche Telekom é uma das operadoras envolvidas neste projetoMika Baumeister via Unsplash

A Comissão Europeia anunciou ter aprovado a criação de um consórcio internacional de grandes operadoras de telecomunicações para concorrer com a Meta e a Google no mercado da publicidade digital. As quatro empresas envolvidas são a Deutsche Telekom, Orange, Telefónica e Vodafone.

“O consórcio vai fornecer uma plataforma para apoiar as marcas e as atividades de marketing digital e publicidade dos publishers“, explica a Comissão Europeia num comunicado. Através desta joint venture, estas empresas esperam ter escala suficiente para conquistar quota de mercado na publicidade digital, recorrendo a um mecanismo semelhante ao que é usado pelas grandes tecnológicas, que são, sobretudo, norte-americanas.

“Sujeito ao consentimento dos utilizadores, o consórcio vai gerar um código único a partir da assinatura de rede móvel ou fixa do utilizador. Esse código vai permitir às marcas e publishers reconhecer os utilizadores nos seus websites e aplicações com base num pseudónimo, agrupá-los em diferentes categorias e segmentar o seu conteúdo a grupos de utilizadores específicos”, descreve Bruxelas na mesma nota.

A análise levada a cabo pelas autoridades europeias concluiu que a associação entre as quatro empresas europeias de telecomunicações “não levanta preocupações de concorrência” no espaço económico europeu, pelo que a transação foi aprovada sem condições. Segundo a Comissão, os países em que o consórcio vai operar são França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido.

“Com base na investigação ao mercado, a Comissão concluiu que a transação, tal como notificada, não reduzirá significativamente a concorrência” nesses países. A operação tinha sido comunicada a 6 de janeiro de 2023.

(Notícia atualizada pela última vez as 16h48)

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Italiana “carrega” em Aveiro ao comprar KLC por 4,5 milhões

Liderada por Pedro Nunes, a Kilometer Low Cost (KLC) passa a integrar a Atlante, que é detida pala TCC de Taiwan e é especialista no carregamento rápido e ultrarrápido de veículos elétricos.

A italiana Atlante, empresa italiana que pertence ao grupo francês NHOA (antiga Engie EPS), detido pela Taiwan Cement Corporation (TCC), já fechou a compra da aveirense Kilometer Low Cost (KLC), que detém e opera uma das maiores redes de estações de carregamento de veículos elétricos em Portugal, em particular de carregamento rápido.

O acordo para a aquisição de uma participação de 60% da empresa portuguesa foi avaliado em 4,5 milhões de euros, sendo que os novos donos acertaram já a possibilidade de ficar com os restantes 40% até ao próximo ano, por uma verba entre 1,7 e 6,7 milhões de euros, “dependendo do cumprimento de objetivos específicos em 2023”.

A Atlante quer instalar em Itália, França, Espanha e Portugal um total de 5.000 postos de carregamento rápido e ultrarrápidos até 2025, chegando aos 35.000 até 2030. Em comunicado, assinala que a aquisição em Portugal vai consolidar a liderança na Península Ibérica e “ficar mais perto de concretizar a sua ambição de se tornar a maior infraestrutura de carregamento rápido e ultrarrápido do sul da Europa”.

“A parceria com a Atlante permitirá à KLC oferecer aos seus clientes soluções tecnológicas de ponta diferenciadas para veículos elétricos, constituindo um passo importante para o nosso objetivo de nos tornarmos a principal fornecedora de soluções de mobilidade inovadoras”, disse Pedro Nunes, CEO e cofundador da KLC, no anúncio feito em dezembro, antes de receber “luz verde” da Autoridade da Concorrência.

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Conselho Regional de Lisboa dos advogados lança nova revista

"Pod Informar" é a nova revista mensal do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados. O objetivo é apostar num modelo "que dê uma resposta mais prática às necessidades dos advogados".

O Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Advogados lançou uma nova revista, a Pod Informar. Esta revista é dedicada à diversidade na advocacia e pretende apostar num novo modelo “que permite uma resposta mais prática às necessidades dos advogados”, segundo o presidente do CRL, João Massano.

Segundo o CRL, esta revista representa uma “evolução positiva” face às anteriores publicações do Conselho, a newsletter semanal e a temática.

“A Pod Informar compila toda a informação desenvolvida pelo CRL, quer no âmbito da formação, quer destacando as principais notícias com interesse para a classe e restante comunidade jurídica”, refere este órgão em comunicado.

O primeiro número da revista, que já se encontra disponível, tem como tema a “Unidade na Diversidade”. “Foi escolhido por ser uma prioridade que a classe fale ‘a uma só voz’ sobre os temas e desafios que a advocacia tem para enfrentar” referem.

“Com edição mensal, em formato eletrónico e sem qualquer custo, esta edição do CRL simboliza também uma importante transposição e consolidação dos muitos conteúdos formativos do Conselho em formato de revista, permitindo uma consulta personalizada e agregada”, concluem.

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Síria autoriza entrega de ajuda em zonas controladas por rebeldes e atingidas pelos sismos

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

O Governo sírio indicou que a distribuição da ajuda humanitária será "supervisionada pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho Sírio" com a ajuda da ONU.

O Governo sírio vai aceitar a entrega de ajuda internacional nas áreas controladas por rebeldes que foram atingidas pelos terramotos de segunda-feira, segundo um comunicado divulgado pela agência oficial Sana.

O Governo do Presidente Bashar al-Assad disse que a distribuição da ajuda humanitária será “supervisionada pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho Sírio” com a ajuda da ONU.

A decisão foi divulgada depois de Al-Assad ter visitado esta sexta-feira um hospital em Aleppo (noroeste), uma das regiões mais afetadas pelos sismos, que causaram a morte de 3.377 pessoas na Síria, segundo o balanço mais recente.

O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu esta sexta-feira “um cessar-fogo imediato” na Síria para facilitar a ajuda às vítimas dos terramotos que devastaram parte do país e da Turquia no início desta semana.

É preciso também que haja um “pleno respeito pelos direitos humanos e pelas obrigações do Direito Humanitário para que a ajuda chegue a todos”, afirmou Volker Türk, numa mensagem divulgada na rede social Twitter. “Neste momento terrível para a Turquia e para a Síria, pedimos que seja dada, com urgência, assistência a TODOS os necessitados”, sublinhou o alto-comissário na mensagem.

Mais de 5,3 milhões de pessoas poderão ter ficado sem casa na Síria devido aos sismos de segunda-feira, alertou o representante local do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Sivanka Dhanapala. “Para a Síria, isto é uma crise dentro de uma crise. Tivemos choques económicos, [pandemia de] covid-19 e estamos agora nas profundezas do inverno, com nevões a assolar as áreas afetadas”, disse Dhanapala, citado num comunicado do ACNUR.

“Trata-se de um número enorme e chega a uma população que já sofre deslocações em massa”, afirmou. Uma guerra civil está em curso na Síria desde 2011. Os sismos tiveram epicentro na vizinha Turquia.

 

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Dono do Pingo Doce aumenta até 13% salário de entrada

Medida abrange um total de cerca de 26 mil trabalhadores em Portugal, num investimento total de 25 milhões de euros.

A Jerónimo Martins aumentou entre 7% a 13% o salário de entrada em Portugal na rede Pingo Doce, Recheio, Jerónimo Martins Agro-Alimentar, Jeronymo e Hussel, abrangendo um total de cerca de 26 mil trabalhadores. A atualização salarial representa um investimento de cerca de 25 milhões de euros, revela fonte oficial do retalhista alimentar à ECO Pessoas. Depois do Lidl e da Mercadona, o grupo é o mais recente retalhista alimentar a anunciar a sua política de atualização salarial para 2023.

“No início de 2023 o Grupo Jerónimo Martins assegurou aumentos dos salários de entrada nas insígnias em Portugal (Pingo Doce, Recheio, Jerónimo Martins Agro-Alimentar, Jeronymo e Hussel) entre 7% e 13% acima dos de 2022. É importante salientar que na maioria das nossas companhias em Portugal (bem como nas outras duas geografias onde operamos), as políticas retributivas contemplam aumentos salariais logo após um ano de antiguidade, como forma de promover a retenção e reconhecer uma maior autonomia dos nossos colaboradores no desempenho das suas funções”, adianta fonte oficial.

“Estes aumentos em Portugal representaram um investimento de aproximadamente 25 milhões de euros e abrangeram cerca de 26 mil colaboradores”, refere ainda. Em 2022, o grupo dono do Pingo Doce tinha aumentado entre 7% e 25% os salários de entrada dos colaboradores do grupo dono do Pingo Doce e do Recheio, num investimento de 22 milhões de euros.

E para mitigar o impacto da inflação atribuiu ainda em dezembro um bónus até 350 euros, num montante total de apoio de oito milhões de euros.

“A valorização do mérito é também fomentada pela nossa estratégia de reconhecimento. Os prémios que atribuímos aos colaboradores das operações podem acrescentar mais de 100% à remuneração base mensal nos níveis de entrada”, continua o retalhista. Dando como exemplo, o prémio de 550 euros atribuído em abril do ano passado a 21 mil colaboradores das operações em Portugal, num investimento superior a 11 milhões de euros.

“Todos os anos efetuamos um elevado investimento em programas de apoio direto aos colaboradores e às suas famílias em situações de vulnerabilidade, que sabemos assumirem uma importância acrescida nesses momentos. Em 2022 investimos 4,7 milhões de euros nestes programas em Portugal, direcionados para três eixos essenciais: Saúde, Educação e Bem-estar familiar”, acrescenta a companhia.

Aumentos no retalho

O retalhista alimentar junta-se assim ao Lidl – que anunciou em outubro aumentos de 10% no salário de entrada, para 820 euros brutos, num total de 8,5 milhões de euros em investimento na folha salarial para 2023 – e à Mercadona – que anunciou uma subida do salário de entrada em 11% e uma atualização salarial de acordo com a inflação de dezembro. Ambos revelaram a sua política de atualização salarial para 2023, ano em que se antecipa que a inflação – que no ano passado encolheu em 4% o salário médio em Portugal – volte a ter impacto nos rendimentos nos trabalhadores.

No setor do retalho, a Ikea também já tinha anunciado em dezembro uma subida do salário de entrada de 750 para 1.000 euros brutos mensais (14.000 euros anuais).

Mas os aumentos salariais têm sido anunciados um pouco por todos os setores. Nos seguros, a Zurich decidiu subir entre 7% a 15% os salários base dos mais de 500 trabalhadores em Portugal, tendo ainda reforçado em 11,65% o subsídio de refeição e em 10,2% o de apoio ao trabalho híbrido. Já a Medway, operador logístico de transporte de mercadorias, vai aumentar os 504 trabalhadores em média 7,8%.

No setor da construção, a Garcia Garcia, por sua vez, anunciou o aumento para 800 euros do salário de entrada, valor 85 euros acima dos 760 euros do Salário Mínimo Nacional fixado pelo Governo para este ano. Os salários inferiores a 1.350 euros terão também um “aumento mínimo de 85 euros”.

Na banca, o BPI atualizou os salários em 4% sobre a retribuição base mensal e, posteriormente, o novobanco aprovou também um aumento salarial de 4%.

(Notícia atualizada às 16h50)

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PSD apresenta pacote de medidas para a habitação dois dias antes do Governo

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

“Lamento profundamente que cheguemos ao dia de hoje e as oportunidades de financiamento, nomeadamente abertas pelo PRR também na habitação, estejam tão atrasadas", disse Montenegro.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, anunciou esta sexta-feira que o partido vai apresentar no dia 14 um pacote de medidas para a habitação, dois dias antes de um Conselho de Ministros exclusivamente dedicado a este setor. “Desejo que o Conselho de Ministros cumpra a sua tarefa, que é apresentar as suas ideias, mas nós no PSD não vamos esperar, antes mesmo do dia 16, no dia 14, apresentaremos um pacote de medidas muito concreto”, adiantou Luís Montenegro.

O líder do PSD disse esperar que em torno dos objetivos que o partido irá defender “possa gerar-se o consenso necessário para que estes investimentos não fiquem mais adiados”. “Lamento profundamente que cheguemos ao dia de hoje e as oportunidades de financiamento, nomeadamente abertas pelo PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], também na habitação, estejam tão atrasadas, tão adiadas, como infelizmente é a marca dos dias de hoje”, afirmou.

À margem da visita à 44.ª Feira do Queijo Serra da Estrela, em Celorico da Beira, Guarda, o líder do PSD desejou ainda que o Governo “passe das palavras aos atos” no que diz respeito às medidas para o setor da habitação. “Nós, desde há muitos anos que vimos assistindo à apresentação de ideias, de objetivos, até de uma estratégia nacional para a habitação, mas as coisas não estão a chegar ao terreno”, acusou.

Luís Montenegro apontou que “há falta de oferta no mercado de habitação, quer para aquisição, quer para arrendamento, os preços estão incomportáveis um pouco por todo o país, não é só nas áreas mais urbanas e mais no litoral”. O dirigente social-democrata, que passou a semana no distrito da Guarda, na iniciativa “Sentir Portugal”, afirmou que foi, “muitas vezes, confrontado por pessoas que se queixaram dos custos para o alojamento”.

“Essa estratégia é também fundamental para o nosso futuro. Não é possível retermos os nossos talentos, os nossos jovens, em Portugal, não é possível termos políticas de acolhimento de imigrantes, de mão de obra estrangeira como hoje precisamos se não tivermos habitações condignas para lhes proporcionar”, defendeu.

Luís Montenegro abordou ainda a questão da companhia aérea portuguesa, começando por manifestar a esperança de que “a Assembleia da República cumpra a sua tarefa de escrutínio e fiscalização” de modo a “apurar aquilo que aconteceu na TAP nos últimos anos” e afirmou que o PSD tem “disponibilidade” para esclarecimentos.

E saber, nomeadamente, quais são as consequências daquilo que foi uma decisão incompreensível, para não dizer absurda, do doutor António Costa e do Governo do PS em renacionalizar uma empresa que estava privatizada na maioria do seu capital”, acrescentou.

Montenegro disse ainda esperar que “o Governo possa levar a bom porto o processo de privatização, pedindo desculpas aos portugueses por aquilo que foi o rombo nos cofres dos contribuintes que significaram os 3,2 mil milhões que por responsabilidade direta e objetiva do PS (…) e de todos aqueles que intervieram neste processo, que foi um desastre” e “um crime político e financeiro para Portugal”.

Naquele que foi o último dia no distrito da Guarda, no âmbito do programa do PSD “Somos Portugal, Luís Montenegro, em jeito de balanço, disse que “o país tem futuro” mas “é preciso ter esperança e acreditar em todas as regiões do país”.

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Bilhete único para os transportes arranca no final do ano

Plataforma para interoperabilidade entre diferentes sistemas de bilhética terá investimento de 2,5 milhões de euros e arranca nas áreas metropolitanas.

O bilhete único para os transportes públicos vai arrancar no final deste ano. A partir do quarto trimestre vai entrar em vigor o sistema “1bilhete.pt”, plataforma para interoperabilidade entre diferentes sistemas de bilhética. O programa vai arrancar com a participação das autoridades de transportes das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. O investimento é de 2,5 milhões de euros e será liderado pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).

Na primeira fase, o sistema permitirá, por exemplo, que um cartão de transportes públicos na região de Lisboa possa ser validado e carregado no sistema de transportes públicos da região do Porto. Nas duas fases seguintes, o sistema será aberto a aplicações móveis para compra de bilhetes de transportes (segundo trimestre de 2024) e, por último, serão acrescentados outros meios de transporte, como plataformas de partilha de veículos (quarto trimestre de 2024).

A ideia é concentrar todas as soluções numa plataforma única. Assim, com “qualquer cartão de transporte público ou aplicação móvel” será possível “adquirir e validar títulos de transporte de outros sistemas, não sendo necessária a compra de novo cartão ou a instalação de outra aplicação no seu telemóvel”, explica o IMT na página criada para o efeito. Também ficará aberta a porta para serem atribuídos “benefícios decorrentes da utilização de uma conta unificada”.

A iniciativa vai começar nas duas áreas metropolitanas do país porque partilham a mesma base tecnológica e de segurança (marca Calypso) mas têm “diferentes detalhes de implementação” e diferentes “algoritmos de segurança utilizados nos bilhetes” em papel.

“Tradutor” para acrescentar camadas

Atualmente, cada região tem o seu próprio modelo de tarifário de transportes. Por isso, para que a plataforma “1bilhete.pt” chegue ao resto do país, será necessária a “adesão das entidades com competências ou atribuições em matéria de sistemas de bilhética e que podem beneficiar de acesso a investimento para a implementação do projeto”.

Para que a plataforma única incorpore os diferentes sistemas, o projeto prevê o uso de adaptadores e a revisão de toda a arquitetura de sistemas. Será uma espécie de “tradutor”, imprescindível para serem calculados os preços dos bilhetes e a divisão das receitas entre empresas de transportes.

(Notícia atualizada às 15h59 com mais informação)

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Dona da Pacheca “enche o copo” no Alentejo com a Ribafreixo Wines

Quatro meses depois de comprar a Herdade da Rocha ao fundador dos móveis Antarte, o Grupo Terras & Terroir reforça a aposta na região alentejana com a compra de uma produtora de vinhos da Vidigueira.

Depois de comprarem a Quinta da Pacheca (Lamego) em 2012 e a Quinta de São José do Barrilário (Armamar) em 2017, ambas na região do Douro, a empresa Caminhos Cruzados (Nelas) no Dão em 2020 e a Quinta do Ortigão em Anadia (Bairrada) e a alentejana Herdade da Rocha, no Alentejo, os empresários Paulo Pereira e o casal Maria do Céu Gonçalves e Álvaro Lopes acabam de fechar uma nova aquisição no Alentejo.

Com sede no concelho da Vidigueira, a Ribafreixo Wines comercializa as marcas Herdade do Moinho Branco, Gáudio, Pato Frio, Barrancôa e Connections. É a mais recente aquisição do Grupo Terras & Terroir, que expande a sua área de influência na Região Demarcada do Alentejo apenas quatro meses depois de anunciar a incorporação no portefólio da herdade no Crato que era detida por Mário Rocha, fundador da empresa de mobiliário Antarte.

Neste negócio são parceiros os empresários Armando e Piedade Tavares, emigrantes portugueses radicados nos Estados Unidos da América, com o grupo a garantir em comunicado que o modelo de negócio “é para preservar”. Em funções à frente da equipa de enologia mantém Nuno Bicó, “numa transição pacífica que integrará boa parte do staff anterior”, enquanto Paulo Laureano vai continuar a superintender a área da enologia.

O projeto Ribafreixo Wines arrancou em 2007, impulsionado por Mário Pinheiro. Começou com 28 parcelas de terreno, onde foram plantados 114 hectares de vinha, ligados ao sistema de regadio da Barragem do Alqueva, delimitados pela serra do Mendro. Tem uma adega com 4.000 metros quadrados e a empresa está presente igualmente no enoturismo, com um restaurante de comida típica alentejana, visitas guiadas à adega e à propriedade, e provas de vinhos.

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PS acusa PCP e BE de falharem com os trabalhadores na Agenda para o Trabalho Digno

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

“A esquerda à esquerda do PS, infelizmente, voltou a falhar aos trabalhadores, como em outras ocasiões", disse Eurico Brilhante Dias.

O PS destacou esta o “amplo consenso” político alcançado na aprovação da “Agenda para o Trabalho Digno” e acusou o PCP e Bloco de Esquerda de terem falhado com os trabalhadores ao votarem contra esta reforma laboral. Esta posição foi transmitida em conferência de imprensa pelo líder parlamentar socialista, Eurico Brilhante Dias, depois de o parlamento ter aprovado em votação final global as alterações laborais da “Agenda do Trabalho Digno” – diploma que teve o apoio do PS, abstenção do PSD, Chega, PAN e Livre e que foi reprovado pelo Bloco, PCP e Iniciativa Liberal.

Tendo ao seu lado os deputados do PS Fernando José, Tiago Barbosa Ribeiro e Sérgio Monte (da UGT), Eurico Brilhante Dias salientou que apenas votaram contra esta reforma na área laboral, “que reforça os direitos dos trabalhadores”, uma reduzida minoria dos 230 deputados.

“A esquerda à esquerda do PS, infelizmente, voltou a falhar aos trabalhadores, como em outras ocasiões. Esta é uma agenda de progresso dos direitos laborais. Sublinhamos que, ao fim de meses de trabalho, no conjunto das alterações apresentadas, o PS só votou de forma isolada pouco mais de uma dezena de vezes”, assinalou. De acordo com os dados apresentados por Eurico Brilhante Dias, “mais de seis dezenas de alterações foram votadas por unanimidade”.

Quer o Bloco de Esquerda, quer o PSD, votaram ao lado do PS mais de uma centena de vezes. Estamos perante um processo construído, trabalhado, muitas vezes com animada participação, mas que teve em diferentes componentes maiorias que foram muito para além da maioria do PS”, reforçou.

Em relação ao posicionamento do PCP e do Bloco de Esquerda, Eurico Brilhante Dias considerou incompreensível o voto contra desses partidos, sobretudo face aos progressos que entende terem sido registados ao nível da contratação coletiva. Neste ponto, o presidente do Grupo Parlamentar do PS afirmou que “foi dado um passo em frente para dinamizar contratação coletiva e para limitar a sua caducidade, através da introdução de elementos de natureza arbitral”.

“Protege-se a negociação coletiva e não se deixa caducar a contratação coletiva sem que haja previamente um processo arbitral. Estranhamos que, num momento destes, em que se dá este passo para abrir o processo negocial, protegendo naturalmente as organizações de trabalhadores, a esquerda à esquerda do PS tenha falhado este momento histórico de apoio aos representantes dos trabalhadores”, declarou.

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Comissão da Carteira admite reavaliar o custo do título dos jornalistas

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

Após a reunião na qual recebeu o abaixo-assinado contra o aumento dos custos da carteira profissional de jornalistas a CCPJ admitiu reavaliar o aumento.

A Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas (CCPJ) admitiu esta sexta-feira reavaliar o valor da atualização do preço de renovação da carteira após uma reunião com uma delegação de jornalistas que entregou um abaixo-assinado contra aquele custo. A delegação composta por cinco jornalistas (Lusa, TVI e CNN, SIC, MAGG e RTP) recolheu mais de 1200 assinaturas contra um novo aumento do preço da carteira profissional e deu conta à CCPJ de “dois erros” no modo cobra a renovação do título, refere num comunicado sobre o encontro.

De acordo com a lei, o custo da renovação da carteira deve aumentar em “5% do salário mínimo nacional do ano anterior”, mas a CCPJ decidiu que a renovação seria feita a cada dois anos e cobra 10% do valor do salário mínimo, “sem, no entanto, ter havido qualquer despacho governamental que o permita”, adianta. Além disso, os 10% do salário mínimo nacional têm em conta o ano de renovação, apesar de a lei determinar que “o custo é indexado ao valor do salário mínimo nacional do ano anterior”.

Após o alerta pelo Grupo de Trabalho de que tal não cumpre a lei, a CCPJ disse que vai analisar esta informação em Plenário, no dia 15 de março, e que tomará uma decisão“, indica o comunicado.

Numa nota divulgada após a reunião, a CCPJ refere ter manifestado “a abertura para reavaliar o valor da atualização dos emolumentos, à luz da lei e a debater na próxima sessão do Plenário”, adiantando que sublinhou, “em consequência, a necessidade de reiterar, junto do legislador, as sérias preocupações relativamente ao atual modelo de financiamento e, portanto, à futura solvência financeira da instituição”.

A carteira profissional de jornalista, revalidada a cada dois anos, passou a custar 76 euros desde 01 de fevereiro, acima dos 70,50 euros cobrados em janeiro de 2022, após uma atualização.

Os signatários do abaixo-assinado consideram o novo aumento “injustificado e abusivo”, tendo em conta as dificuldades financeiras de grande parte dos jornalistas devido a baixos salários, penalizados ainda pelo aumento do custo de vida.

No dia em que o novo aumento entrou em vigor, a CCPJ esclareceu que os emolumentos são a “base fundamental” do seu orçamento e que, apesar da atualização, a sua sustentabilidade pode “começar a estar em causa”.

Na reunião, na qual participaram a presidente da CCPJ, Licínia Girão, dois membros do Secretariado da Comissão e um representante do Sindicato dos Jornalistas, foram abordadas outras preocupações dos jornalistas sobre o organismo e o reforço da valorização da profissão.

Discutidas foram “questões como o desfasamento da lei em relação à realidade atual, no que concerne às competências da CCPJ, ao regime de incompatibilidades, à necessidade de uma maior transparência na divulgação da atividade da Comissão, nomeadamente no que diz respeito à abertura de processos disciplinares e contraordenacionais, e ao próprio modelo de financiamento da CCPJ“, segundo a nota deste organismo.

O grupo de jornalistas ‘ad-hoc’ vai reunir-se nas próximas semanas “com o ministro da Cultura e grupos parlamentares, defendendo que se inicie rapidamente uma reflexão tendente à melhoria das leis e das entidades que salvaguardam a profissão”, refere o seu comunicado.

Entre as sugestões a fazer ao Governo e deputados estão a aplicação do modelo francês ou belga ao custo de renovação da carteira — “o primeiro prevê que o jornalista pague metade do valor estipulado e a empresa a outra metade e o segundo prevê o pagamento à medida dos rendimentos do jornalista, concretamente o salário auferido” — e o “aumento do financiamento à CCPJ, através do OE (Orçamento do Estado)” para que o organismo não dependa “em demasia do valor dos emolumentos”, permitindo um menor encargo para os jornalistas”.

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Ibersol aterra em Barajas com dez novos restaurantes para faturar 30 milhões ao ano

Grupo que detém as lojas KFC e Pizza Hut em Portugal, coliderado por António Pinto de Sousa e Alberto Teixeira, ganha nova concessão no aeroporto de Madrid e renova em Lanzarote com oito lojas.

O Grupo Ibersol anunciou esta sexta-feira que acaba de ganhar a concessão de dez novos pontos de venda no aeroporto de Barajas, em Madrid. Adjudicado pela AENA, a gestora aeroportuária espanhola, o contrato vigora por oito anos, com o grupo português a estimar um volume de negócios superior a 30 milhões euros por ano.

Até agora, a Ibersol tinha um único restaurante (da Pans) naquele que é o maior aeroporto espanhol. Os novos espaços, com aberturas previstas a partir de maio, serão três da Pret A Manger — marca com a qual acordou recentemente a expansão na Península Ibérica –, dois da Pans, um Santamaría, um Coffee Republic e um Central Café, além de novas unidades Cañas e Café Pans noutras zonas de acesso do aeroporto.

“Esta nova concessão é um marco muito importante para o Grupo Ibersol, que nos permitirá dar um grande impulso à nossa divisão Travel no aeroporto de Madrid e posicionar as nossas 24 marcas, com uma das ofertas gastronómicas mais completas e variadas da atualidade. Saberemos aproveitar esta grande oportunidade num dos mais importantes aeroportos do mundo, oferecendo um serviço de qualidade e produtos à altura de todos os nossos clientes”, refere o diretor de marketing, João Falcão, citado em comunicado.

Em Espanha, onde adquiriu o Eat Out Group (EOG) em outubro de 2016, o grupo sediado no Porto possui restaurantes (próprios e franqueados) distribuídos pelas insígnias Pizza Movil, Pizza Hut, Pans, Ribs, FresCo e Dehesa Santa Maria, entre outras, num total de 24 marcas no canal de viagens. E acaba de renovar também a concessão de oito lojas no Aeroporto Internacional César Manrique em Lanzarote, acrescentando assim um ponto de venda nos próximos oito anos.

Com estas novas concessões na capital e nas ilhas Canárias, a Ibersol, coliderada por António Pinto de Sousa e Alberto Teixeira, contabiliza em Espanha um total de 63 restaurantes no segmento travel, localizados nos aeroportos de Madrid, Barcelona, ​​​​Málaga, Menorca, Alicante, Lanzarote e GranCanaria, a que se juntam as estações de alta velocidade (AVE) em Barcelona Sants, Girona e Lleida, e no Centro Comercial La Roca.

Apresentado como o mais relevante grupo de restauração moderna em Portugal e um dos maiores da Península Ibérica, em Portugal é proprietário dos restaurantes KFC, Pans, Pizza Hut, Pasta Caffé, Taco Bell, Miit, Ribs, além de vários outros quiosques, cafetarias e unidades de catering. No mercado angolano está presente apenas com a KFC e a Pizza Hut.

Nos primeiros nove meses do ano passado, a Ibersol passou de prejuízos a lucros de 14,6 milhões de euros. O grupo que em novembro fechou a venda dos restaurantes Burger King em Portugal e Espanha à Restaurant Brands Iberia (RBI), prevendo uma mais-valia de até 160 milhões de euros, teve vendas consolidadas de 398,6 milhões de euros até setembro, um acréscimo de 65% em termos homólogos.

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Grupo Casais aposta em construtora de madeira da Áustria

  • ECO
  • 10 Fevereiro 2023

Grupo de Braga liderado por António Carlos Rodrigues torna-se acionista da Cree Holdings, uma empresa austríaca que ajudou a construir, por exemplo, um novo hotel em Guimarães.

O grupo Casais entrou no capital de uma construtora da Áustria. A empresa sediada em Braga tornou-se “acionista de referência” na Cree Holdings. Não foi revelado, no entanto, qual a percentagem de capital assumida nesta empresa que utiliza componentes de madeira pré-fabricados na construção.

“Estamos agora em condições de oferecer a capacidade de implementar o mesmo tipo de tecnologia de construção em todo o lado, dando o maior número possível de ferramentas para que os parceiros alcancem soluções mais rapidamente”, salienta o líder do grupo Casais, António Carlos Rodrigues, citado em comunicado.

O grupo Casais, que obteve receitas de mais de 682 milhões de euros em 2022, passa a ser o terceiro acionista da empresa austríaca, em conjunto com os grupos Zech e Rhomberg.

António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais

O grupo Casais já era parceiro da Cree Holdings há vários anos. “Desde o início, fomos atraídos pela mentalidade de colaboração e partilha de conhecimentos da Cree. Quando surgiu a oportunidade de participar mais profundamente como acionistas, vimos que há muito potencial não só na Europa, mas em todo o mundo”, nota António Carlos Rodrigues. Exemplo disso foi a construção de um hotel em Guimarães, que ficará pronto em março.

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