Países europeus tornam obrigatória faturação eletrónica

  • BRANDS' ECO
  • 23 Março 2023

Espanha, França ou Itália estão a tornar a faturação eletrónica obrigatória mesmo entre privados. Mais cedo ou mais tarde, Portugal seguirá o mesmo caminho, avança o country manager da Sovos Saphety

Após sucessivos adiamentos, os fornecedores da Administração Pública portuguesa são obrigados, desde 1 de janeiro de 2023, a emitir faturas eletrónicas no âmbito da contratação pública. Mas, haverá novidades em breve. A Sovos Saphety está atenta ao que se passa noutros países e que, “mais tarde ou mais cedo”, irá ser replicado em Portugal. Disse Rui Fontoura, country manager da Sovos Saphety, ao ECO, à margem da Sovos Saphety Partners Summit.

 

"Entre agentes económicos privados “a faturação eletrónica está a tornar-se obrigatória num conjunto de países como a Espanha, a França, a Itália, entre outros. Aquilo que se projeta que venha a acontecer também em Portugal, é que a legislação passe a obrigar a faturação eletrónica entre todas as empresas.”

Rui Fontoura, Country Manager da Sovos Saphety

O nosso objetivo é ter soluções fáceis de utilizar que possam ser adotadas tanto por grandes empresas, como por pequenas empresas, ou até microempresas”. Por isso, em breve iremos “avançar para o B2B e expandir para as restantes áreas de mercado até termos, dentro de poucos anos, uma cobertura completamente global”, antecipou.

Entendemos que não faz sentido algum, nos dias de hoje, as empresas continuarem a perder tempo e a gastar dinheiro com processos de faturação”. Não obstante os dados estarem em formato eletrónico quer do lado do fornecedor quer do cliente “acabam por passar por processos manuais com papel e tudo mais” no momento da passagem de um software para outro. Este é o ponto crítico que a API da Saphety resolve, ao automatizar a transmissão dos dados de faturação entre os softwares do emitente e do cliente.

A futura legislação que irá obrigar à faturação eletrónica entre empresas deverá ser implementada gradualmente, antecipa. “O habitual é ocorrer por fases. Começará pelas maiores empresas até cobrir o mercado todo”, explicou o country manager. O modelo exato não está ainda definido, mas a fatura será enviada ao cliente e comunicada à autoridade tributária. “Não sabemos ainda se primeiro comunicamos e depois enviamos ou se enviamos e depois comunicamos, há mais que um modelo possível, mas estamos certos de que, se se seguir a lógica europeia, a autoridade tributária passará a ser um interveniente no processo de faturação, porque existe vontade dos governos de ter informação em tempo real sobre esse processo”.

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Sumol+Compal aumenta salário de entrada para 800 euros

Ao novo ordenado base mínimo acresce o subsídio de refeição e o prémio de produtividade, elevando a retribuição mínima praticada na companhia para 1.000 euros.

A Sumol+Compal (S+C) vai atualizar em 9,5% o salário de entrada dos colaboradores, para um ordenado base mínimo de 800 euros, valor a que acresce o subsídio de refeição e o prémio de produtividade, elevando a retribuição mínima praticada na companhia para 1.000 euros. No regime noturno, o salário passa a ser de 1.051 euros, anuncia a empresa de bebidas. Estas novas políticas aplicam-se retroativamente ao mês de janeiro de 2023.

“Historicamente a política salarial da empresa sempre foi a de ter um salário de entrada superior ao salário mínimo nacional e esta atualização cumpre o mesmo desígnio”, anuncia a empresa de bebidas em comunicado, que conta com cerca de 1.150 colaboradores.

No ano passado, a companhia tinha elevado o salário de entrada em 6,57%, para um ordenado base mínimo de 730 euros, valor a que acresce o subsídio de refeição e o prémio de produtividade elevando para 920 euros a retribuição mínima na empresa de bebidas.

A Sumol+Compal alargou também o pacote de incentivos a todos os colaboradores da empresa em Portugal que integra, entre outros, a tolerância de ponto no dia de aniversário, um plafond para aquisição sem custos de produtos das marcas da companhia, o seguro de saúde para o próprio e extensível ao agregado familiar, o seguro de vida e de acidentes pessoais e o acesso a uma plataforma de benefícios flexíveis, elenca a companhia.

Por outro lado, a empresa continua a aposta na valorização profissional dos seus trabalhadores, nomeadamente através da Academia Sumol+Compal, “que garante um plano de formação ao longo da carreira e a atualização de práticas e novas competências para todos os colaboradores”.

100 vagas por preencher

Esta quinta-feira, decorre na Sumol+Compal um open days de recrutamento, que se repete a 30 de março, nas suas instalações em Almeirim e Pombal. O objetivo é preencher mais de 100 vagas em vários departamentos da empresa.

A companhia procura vários perfis como operador de armazém, operador de produção, operador de manutenção, motorista de pesados articulados e analista de qualidade alimentar, sendo valorizada experiência profissional nas áreas indicadas, disponibilidade para trabalhar em regime de turnos, meio de transporte próprio e escolaridade mínima ao nível do 9.º ano.

“Este tipo de eventos permite um contacto próximo com a comunidade local, possibilitando a divulgação das ofertas de emprego disponíveis, bem como a aproximação dos candidatos à operação da nossa empresa, reforçando a oportunidade de integrar uma das empresas mais importantes no setor”, afirmou aquando da divulgação do processo de recrutamento Sara Leite Santos, HR business partner de operações da S+C.

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Consultora Accenture vai cortar 19.000 empregos nos próximos 18 meses

  • Lusa
  • 23 Março 2023

A consultora espera pagar 1,2 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) em indemnizações a funcionários e outros custos com o pessoal.

A Accenture revelou esta quinta-feira que vai cortar 19.000 empregos nos próximos 18 meses, juntando-se a uma lista crescente de empresas do setor de consultoria que estão a despedir trabalhadores num ambiente económico desafiador.

A consultora espera pagar 1,2 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) em indemnizações a funcionários e outros custos com o pessoal, sendo que vai gastar mais 300 milhões dólares (275 milhões de euros) na consolidação da rede de escritórios, anunciou a Accenture em comunicado citado pela agência financeira Bloomberg.

Os cortes de empregos da Accenture, que representam cerca de 2,5% da sua força de trabalho global, são os maiores até agora anunciados no setor de consultoria.

Em fevereiro deste ano, a McKinsey indicou ter planos para cortar 2.000 empregos, depois de o quadro de funcionários ter crescido rapidamente na última década, enquanto a KPMG anunciou ter despedido quase 700 profissionais nos Estados Unidos.

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Heróis PME: Como estão os vencedores?

  • BRANDS' ECO
  • 23 Março 2023

O Prémio Heróis PME está na sua 5ª edição e ao longo dos anos tem premiado várias PME. Em entrevista ao ECO, três vencedores da última edição partilham a experiência da sua participação na iniciativa.

A quinta edição dos Prémios Heróis PME já fechou as candidaturas e está, agora, em processo de seleção de candidatos. Ao longo dos anos, foram muitas as PME premiadas nas várias categorias deste projeto que, este ano, traz mais duas novidades – a categoria Internacionalização e a categoria Startup Inovação.

O principal objetivo deste prémio é distinguir a coragem e resiliência das empresas portuguesas, bem como dar a conhecer ao público a história de vida dos seus empresários e da própria criação das suas PME.

Mas, na prática, o que muda depois de ganhar este prémio? E o que leva as PME a candidatarem-se aos Prémios Heróis PME? Quais os conselhos que quem vence daria a futuros candidatos? Em entrevista ao ECO, Carlos Gonçalves, CEODI da Casa Mendes Gonçalves; Nuno Santos, COO da Forteams; e Rui Fonseca, CEO da Altronix, três vencedores da última edição, respondem a estas três perguntas.

Carlos Gonçalves, CEODI da Casa Mendes Gonçalves – Vencedor Categoria Factor S (Sustentabilidade)

O que o levou a candidatar-se aos Prémios Heróis PME?

Certificar e dar a conhecer aquilo que temos feito na área da sustentabilidade, nomeadamente, a Vila Feliz Cidade, que começou por ser mais um projeto social, mas que rapidamente se tornou no nosso projeto de sustentabilidade, que envolve a empresa toda. Por outro lado, a importância do reconhecimento por parte dos nossos pares e do público em geral.

O que mudou depois de serem uma das equipas vencedoras?

A distinção ” Heróis PME” representa um extraordinário incentivo para continuar a fazer mais e melhor. Representa um orgulho enorme para todos os colegas que trabalham todos os dias para que esta empresa e marcas sejam reconhecidas pelo consumidor e possam continuar a crescer de forma sustentada e sustentável. Representa uma enorme responsabilidade para continuar a merecer a confiança de tanta gente que acredita em nós, sejam consumidores, parceiros de negócios e todos os colegas que aqui usam as melhores capacidades que tem em prol do desenvolvimento da empresa.

Que conselho daria aos próximos candidatos?

Na prática, que é muito importante concorrer para beneficiar do networking com outras organizações e conseguir certificar aquilo que se está a fazer dentro da empresa.

Nuno Santos, COO da Forteams – Vencedor Categoria Geral Heróis PME

O que o levou a candidatar-se aos Prémios Heróis PME?

O Prémio Heróis PME tem, hoje, uma projeção importante – conquistou para si esse estatuto. E é, obviamente, importante para nós manter o momentum depois da nossa vitória na edição passada. Um prémio destes sinaliza ao mercado, aos nossos funcionários e à comunidade que estamos a desenvolver esforços para cada vez mais acrescentar valor naquilo que fazemos. É nessa linha que pretendemos seguir e percebemos claramente a importância de estarmos presentes e de projetarmos a nossa imagem através destas iniciativas. A visibilidade é essencial porque o que fazemos tem que ser visível para ter impacto.

O que mudou depois de serem uma das equipas vencedoras?

Este prémio trouxe-nos reconhecimento da parte dos nossos pares e deu, conforme referi, um sinal positivo a todos os stakeholders. Percebemos claramente as vantagens deste tipo de reconhecimento no que toca a melhorar a nossa network e a projetar a nossa marca. Este tipo de reconhecimento é também importe porque incute na nossa empresa uma cultura de vitória e, ao mesmo tempo, a cultura de querermos fazer mais. Vencer este prémio é uma validação importante daquilo que fazemos.

Que conselho daria aos próximos candidatos?

Desde logo, é importante participar e perceber o porquê de estarmos a participar. Diria, também, que o importante é aproveitar a oportunidade para dar a conhecer um pouco da cultura da empresa e, sobretudo, mostrar o propósito daquilo que estamos a fazer!

Rui Fonseca, CEO da Altronix – Vencedor Categoria Transformação Digital

O que o levou a candidatar-se aos Prémios Heróis PME?

A Altronix e os prémios Heróis PME têm um percurso que se entrelaça, nos últimos anos. Vencemos em 2019 o Prémio Herói PME, com a minha história e percurso enquanto CEO, e em 2022 vencemos a categoria Transformação Digital, com o projeto da nossa plataforma interna, Nicole (que tinha sido um segredo para a comunidade durante toda a sua ‘vida’, visto que foi pensada e criada em 2012 para uso interno). O nosso processo de digitalização começou muito antes que a grande maioria das empresas nacionais e desenvolver esta solução deu-nos uma vantagem competitiva e um produto diferenciável.

Aliamo-nos, acreditamos e parabenizamos a Yunit Consulting pelo desenvolvimento destes prémios. Focam-se em valorizar as pequenas e médias empresas que fazem um trabalho olímpico para alavancar o produto português e que tantas vezes são esquecidas. Este prémio dá-nos a certeza que caminhamos no sentido certo.

O que mudou depois de serem uma das equipas vencedoras?

Os dois prémios Heróis PME que vencemos são, sem dúvida, um motivo de orgulho. Este em específico, da categoria de transformação digital, parabeniza a equipa de I&D, em particular, e todos elementos da Altronix, no geral, e permitiu ainda uma maior valorização e envolvimento por parte de todos os colaboradores.

Além disso, acreditamos que o engagement criado por estas participações, tanto entre a equipa, como externamente com parceiros e clientes é muito positivo. Assim como valorizamos muito toda a cobertura mediática e conteúdos criados em volta destas participações, uma vez que nos permite inspirar outras empresas ao mesmo tempo que nos motiva e desafia em novas conquistas.

Que conselho daria aos próximos candidatos?

Acreditar no projeto e tentar. Por vezes o que custa é considerar o que temos dentro de portas, os pequenos projetos que vamos desenvolvendo e que são tidos posteriormente como grandes mudanças nas empresas. E, acima de tudo, acreditar que estes projetos podem e devem ser valorizados e reconhecidos por todos. Ao participar nestes prémios ganhamos também experiências e momentos únicos de partilha de conhecimento com outros empresários.

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Governo da Madeira apoia grandes consumidores de energia a partir de abril

  • Lusa
  • 23 Março 2023

Governo da Madeira vai apoiar com 4,2 milhões de euros, a fundo perdido, perto de mil empresas consumidoras de energia elétrica de baixa tensão especial e de média tensão.

“O Governo Regional, através do IDE [Instituto de Desenvolvimento Empresarial], vai disponibilizar a partir de 4 de abril um apoio de 4,2 milhões de euros para ajudar 998 empresas que tiveram aumentos muito gravosos no custo de energia”, indicou o secretário regional da Economia, Rui Barreto, em declarações aos jornalistas numa sessão de apresentação do programa, designado ‘Apoiar + Liquidez’.

As empresas com contrato de fornecimento de eletricidade em vigor com a Empresa de Eletricidade da Madeira, nas modalidades de baixa tensão especial ou média tensão, vão receber um apoio de 25% do aumento do custo da energia, explicou o governante.

A medida é “muito importante” para minimizar os efeitos dos aumentos energéticos anunciados, no ano passado, pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que afetam sobretudo aqueles dois regimes, apontou.

O apoio já tinha sido anunciado em dezembro, mas só recentemente teve a autorização da União Europeia.

Rui Barreto (CDS-PP) salientou que o processo de candidatura é simples e rápido e os pagamentos serão feitos trimestralmente. “O objetivo é, no primeiro mês a seguir a cada trimestre, processar os respetivos pagamentos no percentual de 25%”, afirmou.

O secretário regional da Economia adiantou ainda que o programa, com retroativos a janeiro, vigorará durante, pelo menos, o ano de 2023.

A medida é dirigida apenas às empresas consumidoras de energia elétrica de baixa tensão especial e média tensão — 1% do total — uma vez que são as que tiveram maiores aumentos na fatura de energia a partir deste ano: 35,6% e 52,4%, respetivamente.

Os grandes consumidores que serão beneficiados são, sobretudo, as unidades nas áreas da indústria do frio, serralharias, carpintarias, panificação e unidades hoteleiras.

Já para os consumidores domésticos na Madeira, 99% no total, os aumentos previstos na fatura da eletricidade este ano são de 2,3%; um valor que Rui Barreto considerou “razoável”, tendo em conta que é inferior à inflação prevista.

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Preço do cabaz de bens essenciais cai quase 9 euros. É a primeira vez que baixa em três semanas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 23 Março 2023

Cálculos da Deco mostram que preço de um cabaz de 63 bens alimentares recuou para menos de 230 euros na última semana. Preços subiam há três semanas consecutivas.

Depois de três semanas consecutivas a subir, o preço do cabaz de bens essenciais baixou 8,70 euros e custa agora 226,15 euros, o que representa um decréscimo de 3,70% face ao valor recorde de 234,84 euros, registado na semana passada, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

Ainda assim, comparando com o preço de há um ano, quando custava 192,28 euros, o cabaz alimentar está 17,61% mais caro. E se a comparação for feita com a véspera do início da guerra na Ucrânia (23 de fevereiro de 2022) o cabaz alimentar encareceu 42,52 euros, o que equivale a um aumento de 23,16%.

Entre 15 e 22 de março, o carapau foi o produto cujo preço mais aumentou: em 15 de março, um quilo deste peixe custava 3,79 euros, enquanto na quarta-feira já custava 5,44 euros, o que traduz uma subida de 43% no espaço de uma semana. Seguem-se o iogurte líquido de morango (subiu 16%); o atum posta em azeite (13%); flocos de cereais e atum posta em óleo vegetal (ambos 10%); farinha para bolos e dourada (ambos 6%); cenoura, massas espirais e salsichas Frankfurt (4% cada).

Já desde a véspera do início da invasão russa e esta quarta-feira, os laticínios e a carne foram as categorias de produtos que mais aumentaram de preços – respetivamente, dispararam 29,26% (mais 3,36 euros, para 14,83 euros) e 26,21% (mais 8,45 euros, para 40,69 euros).

Depois, surge a categoria de frutas e legumes, que aumentou 24,87% (mais 5,87 euros), totalizando os 29,47 euros; da mercearia, que disparou 23,53% (mais 9,92 euros) para 52,06 euros; do peixe, que subiu 21,80% (mais 13,15 euros) para 73,46 euros; e, por fim, dos congelados, cujo aumento foi de 12,84% (mais 1,78 euros) para 15,62 euros.

A inflação desacelerou para 8,2% em fevereiro, que foi o quarto mês consecutivo de abrandamento de preços. Contudo, a taxa de inflação dos produtos alimentares não transformados voltou a aumentar pelo terceiro mês consecutivo, fixando-se em 20,09%. É o valor mais elevado em 38 anos, sendo que desde há nove meses que os preços dos alimentos estão nos dois dígitos.

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Enólogos português e austríaco posicionam vinhos brancos no mapa internacional

Enólogos lançam, em Lisboa, projeto para colocar vinhos brancos no mapa internacional, com primeiro vinho em garrafa mais leve e sustentável.

Os enólogos Pedro Ribeiro — administrador da Herdade do Rocim — e Lenz Moser, membro da quinta geração da dinastia vinícola austríaca Lenz Moser, avançam agora com um projeto para posicionar os vinhos brancos portugueses no mercado nacional e internacional, e que inclui já o lançamento de um primeiro vinho, “Ribeiro & Moser Arinto 2022″. Com um “garrafa mais leve” – 420 gramas – e “ecologicamente mais amiga do ambiente“.

Foram produzidas, em Lisboa, 15 mil unidades deste vinho, com a casta Arinto, sendo depois engarrafado no Alentejo. “É um vinho naturalmente ácido, mas que a vinificação e estágio equilibrou todo o conjunto”, descreve Pedro Ribeiro. Um “blend perfeito” que exprime o estilo individual de cada um dos enólogos e a visão que têm da casta Arinto.

O administrador da Herdade do Rocim e Lenz Moser, atualmente a promover as regiões vinícolas mais promissoras, quiseram dar o seu contributo para um maior reconhecimento do vinho branco. “Portugal é reconhecido pelos extraordinários vinhos tintos, mas no nosso país há excecionais brancos, muito procurados pela comunidade internacional da área dos vinhos”, refere o enólogo português. Pedro Ribeiro acredita que a casta de “Arinto tem um grande potencial para colocar os vinhos brancos portugueses no mapa internacional e merece, por isso, ser conhecida e apreciada por todos os wine lovers dos vários cantos mundo”.

Os dois enólogos querem com este projeto, a quatro mãos, antecipar tendências no mundo do vinho, “surpreender e ir ao encontro de novos consumidores”. Cada garrafa de vinho custa 27 euros e pesa apenas 420 gramas; um peso que os mentores do projeto consideravam primordial para “economizar energia e reduzir as emissões”, contribuindo assim para o equilíbrio ambiental.

Arinto tem um grande potencial para colocar os vinhos brancos portugueses no mapa internacional e merece, por isso, ser conhecida e apreciada por todos os wine lovers dos vários cantos mundo.

Pedro Ribeiro

Enólogo e administrador da Herdade do Rocim

“A diferença entre uma garrafa de 400 gramas e uma de 570 gramas pode parecer insignificante, mas traz benefícios ambientais significativos: economizamos energia e matérias-primas, reduzimos as emissões e causamos um impacto positivo no meio ambiente com cada garrafa leve”, sublinha Pedro Ribeiro.

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Contrato em Madrid vale liderança à CaetanoBus nos autocarros a hidrogénio

Dez autocarros H2.City Gold vão começar a circular nas ruas de Madrid no próximo ano, tornando a empresa de Vila Nova de Gaia líder no mercado espanhol no segmento da mobilidade a hidrogénio.

A CaetanoBus ganhou o concurso aberto pela operadora de transportes públicos da capital espanhola (EMT Madrid) para o fornecimento de dez autocarros elétricos a hidrogénio, tornando-se desta forma “líder de mercado no segmento a hidrogénio em Espanha”.

Equipados com a nova geração da pilha de combustível da Toyota, os autocarros H2.City Gold vão começar a circular em Madrid no próximo ano, sendo os primeiros com esta tecnologia a ser encomendados por este operador, destaca a empresa sediada em Vila Nova de Gaia, sem divulgar o valor deste negócio.

O contrato com a EMT Madrid, que investiu recentemente 10,8 milhões na construção de uma estação de abastecimento de hidrogénio, é o mais recente a ser fechado no país vizinho, mercado em que a CaetanoBus já vendeu autocarros a hidrogénio a outros dos maiores operadores, como a TMB (Transporte Metropolitano Barcelona), ALSA, Avanza, EMT Tarragona, Guaguas e Instituto Tecnológico de Canarias (ITC).

“Espanha é um mercado estratégico para nós e, por isso, estamos muito orgulhosos por nos tornarmos líderes de mercado ao fornecermos mais 10 unidades do H2.City Gold a outro importante operador como a EMT Madrid. A mobilidade a hidrogénio é fundamental para descarbonizar grandes frotas de autocarros e crucial para combater as mudanças climáticas de forma sustentável”, destaca Nuno Lago de Carvalho, Chief Commercial Officer da CaetanoBus.

Em comunicado, a maior fabricante nacional de carroçarias e autocarros, que tem como sócios a Toyota Caetano Portugal (TCP) e os japoneses do Mitsui Group – em 2022 avançaram com um novo aumento de capital no valor de dez milhões de euros – contabiliza já ter comercializado mais de 115 unidades do modelo H2.CityGold para várias cidades europeias na Alemanha – no início deste mês assinou um acordo de 40 milhões de euros com a Deutsche Bahn (DB) –, França, Espanha, Dinamarca e Portugal.

Em janeiro, a fabricante de autocarros e chassis anunciou que iria fornecer 30 autocarros elétricos à Carris, com o custo associado a esta compra a ascender a 12,7 milhões de euros. Foi a segunda vez que a empresa lisboeta encomendou este tipo de autocarros à CaetanoBus, havendo 15 unidades já a operar desde 2019. Tal como os autocarros, também os respetivos carregadores são produzidos em Portugal.

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Primeiros quatro MiG-29 eslovacos já foram entregues a Kiev

  • Lusa
  • 23 Março 2023

A Eslováquia vai entregar 13 caças MiG-29 à Ucrânia. Os EUA ofereceram um desconto na compra de equipamento militar em troca destes caças MiG-29 soviéticos.

Os primeiros quatro caças MiG-29 eslovacos foram entregues à Ucrânia, declarou esta quinta-feira uma porta-voz do Ministério da Defesa da Eslováquia. “As primeiras quatro aeronaves de combate MiG-29 foram entregues às forças armadas ucranianas”, afirmou Martina Kakascikova, em comunicado, garantindo que os outros nove caças prometidos serão enviados “nas próximas semanas”.

A entrega de 13 caças MiG-29 à Ucrânia foi anunciada pelo primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, em 17 de março. Segundo o comunicado do executivo de Bratislava, a transferência dos caças foi realizada “por pilotos ucranianos, com a ajuda da Força Aérea eslovaca”. Dos 13 caças eslovacos, três serão usados para a reposição de peças em outras aeronaves.

Bratislava havia declarado que também entregaria parte do sistema de defesa antiaérea Koub a Kiev. Anteriormente, outro Estado-membro da NATO, a Polónia, tinha também decidido entregar quatro caças MiG-29 à Ucrânia.

Na quarta-feira, o Governo da Eslováquia confirmou que os Estados Unidos lhe ofereceram um desconto na compra de equipamento militar – no valor de mil milhões de dólares (918 milhões de euros) – em troca dos 13 caças MiG-29 soviéticos que as autoridades eslovacas prometeram à Ucrânia.

Trata-se da venda à Eslováquia pelos Estados Unidos de 12 helicópteros de combate Bell AH-1Z Viper e de mais de 500 mísseis, bem como o treino dos seus técnicos e pilotos. “A oferta é muito favorável e mostra o elevado grau de confiança na Eslováquia”, disse na quarta-feira o ministro da Defesa eslovaco, Jaroslav Nad, na rede social Facebook.

Nad afirmou que foi graças às boas relações com os Estados Unidos e ao apoio claro de Bratislava à Ucrânia na guerra com a Rússia que a Eslováquia foi o primeiro país a beneficiar da oferta norte-americana. O ministro eslovaco explicou que as condições oferecidas pelos Estados Unidos são também uma forma de compensação pelo atraso na entrega dos caças F-16 prometidos à Eslováquia.

Os aliados ocidentais de Kiev têm fornecido equipamento militar às forças armadas ucranianas desde que o país foi invadido pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022.

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Preço das telecomunicações sobe 4,8%, abaixo da inflação mas o maior aumento desde 1996

  • ECO
  • 23 Março 2023

Tarifas subiram 4,8% em fevereiro, abaixo do valor da inflação média. Regulador das comunicações lamenta "défice concorrencial" no mercado.

Desde janeiro de 1996 que os preços das telecomunicações não aumentavam tanto de um mês para o outro. Entre janeiro e fevereiro, as tarifas das operadoras aumentaram 4,8%, adianta o regulador das comunicações, Anacom, em relatório divulgado nesta quinta-feira. A autoridade alega ainda que Portugal é o terceiro país da União Europeia em que os preços mais aumentaram desde 2009.

“Os preços das telecomunicações, medidos através do respetivo grupo do Índice de Preços do Consumidor (IPC), aumentaram 4,8% face ao mês anterior em consequência de um ajustamento de preços dos prestadores devido à inflação“, refere a entidade liderada por João Cadete de Matos. As operadoras de telecomunicações já tinham anunciado que iriam subir os preços dos tarifários: Meo e Nos subiram os preços em fevereiro; a Vodafone no início de março.

No último mês, por empresa, a Meo aumentou a mensalidade de sete serviços/ofertas e diminuiu a mensalidade de um serviço/oferta; a Nos também diminuiu a mensalidade de um serviço/oferta, tendo aumentado a mensalidade de dez serviços/ofertas; a Vodafone aumentou a mensalidade mínima de 12 serviços/ofertas; a NOWO diminuiu a mensalidade de seis serviços/ofertas.

Evolução dos preços das telecomunicações em Portugal e na UE desde o final de 2009.

A Anacom assinala também que entre o final de 2009 e fevereiro de 2023, “os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 13,2%, enquanto na União Europeia, em média, diminuíram 8,8%”. A situação acentuou a “divergência na evolução dos preços das comunicações eletrónicas em Portugal e na UE, que atingiu 22 pontos percentuais em termos acumulados”. Apenas Eslováquia e Roménia aumentaram mais os preços neste período do que Portugal.

A evolução de preços “confirma o défice concorrencial existente no mercado, potenciado pelo regime de fidelizações em Portugal, que não tem conduzido a preços baixos”, alega o regulador.

Portugal tem ainda a segunda tarifa de internet no telemóvel mais cara da UE em termos de preço mediano por gigabyte; em comparação com 50 países a nível mundial, Portugal ocupa a quarta posição, sinaliza a Anacom.

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Mark J. English é o novo sócio da Garrigues em Bruxelas

A nomeação de Mark J. English a sócio do escritório de Bruxelas da Garrigues será submetida a aprovação numa próxima assembleia de sócios.

A Garrigues reforçou a área de Direito da Concorrência com a admissão de Mark J. English como novo sócio no escritório de Bruxelas. A nomeação do advogado será submetida a aprovação numa próxima assembleia de sócios.

“Mark tem uma vasta experiência em questões de grande magnitude e em áreas que são extremamente importantes para os nossos clientes. A sua admissão reforça a nossa capacidade de prestar uma assessoria de alto nível em questões complexas de dimensão internacional“, sublinhou Alfonso Lamadrid, sócio responsável pelo escritório da Garrigues em Bruxelas.

Com mais de 12 anos de experiência em escritórios de advocacia internacionais em Bruxelas, Mark J. English tem representado clientes em alguns dos casos de Direito da Concorrência mais relevantes dos últimos anos. A sua prática está focada, em particular, em procedimentos de infração, controlo de concentrações, litígios perante os tribunais da UE, e em procedimentos de reclamação de danos perante tribunais de diversas jurisdições.

“A Garrigues conseguiu um reconhecimento em Bruxelas que, até agora, estava apenas reservado às grandes sociedades de advocacia anglo-saxónicas; estou confiante em que a minha entrada na equipa contribuirá para que possamos alcançar patamares ainda mais altos”, refere Mark J. English.

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J+Legal assessora a BlueCrow na negociação e conclusão de um acordo de investimento na VZRJCP

A equipa da J+Legal envolvida na operação foi coordenada pelo associado sénior Lourenço Côrte-Real, coadjuvado pelos associados João Leite de Carvalho e Francisca Lee.

A J+Legal assessorou a BlueCrow Capital na negociação e conclusão de um acordo de investimento na VZRJCP-100-PT (VZRJCP), sociedade de capital 100% português e que atua no setor da promoção, construção e manutenção de centrais de produção de energia fotovoltaica.

“No âmbito do aludido acordo de investimento, a Bluecrow Capital ficou detentora de 70% do capital social da referida sociedade e irá aportar fundos de até 3.350.000 euros que permitirão o desenvolvimento e o crescimento da atividade desenvolvida pela VZRJCP, potenciando assim o incremento do seu volume de negócios e enterprise value“, explicou o escritório.

Do lado da BlueCrow Capital as negociações foram conduzidas pelo sócio António Mello Campello, em colaboração com Fernando Mendonça de Lima, do departamento jurídico, e Catarina Teodoro Esteves, do departamento de investimentos. Pela J+Legal a coordenação e implementação do projeto estiveram a cargo do associado sénior Lourenço Côrte-Real, do departamento de Corporate e M&A da Sociedade, que foi coadjuvado pelos associados João Leite de Carvalho e Francisca Lee.

No que respeita à VZRJCP, a transação foi realizada em parceria com o Grupo Hidroner e a assessoria jurídica coordenada pela advogada Alexandra Adolfo Martins.

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