Marcelo defende mais jovens e imigrantes no poder político

  • Lusa
  • 20 Março 2023

Presidente da República disse que "os representantes dos migrantes em Portugal, que são 700 mil, não têm representação em praticamente nenhuma esfera significativa do poder". "

O Presidente da República defendeu esta segunda-feira que é fundamental renovar os sistemas políticos com a participação de jovens e que os imigrantes em Portugal deveriam também estar mais representados nos órgãos de poder político.

Conferência "Querer e Crescer: Ideias para acelerar o crescimento de Portugal" - 20MAR23
Marcelo Rebelo de Sousa na conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento de Portugal”, organizada pela Associação BRPHugo Amaral/ECO

Marcelo Rebelo de Sousa falava no campus de Carcavelos da Universidade Nova de Lisboa, no encerramento da conferência “Querer e crescer: acelerar o crescimento e Portugal”, iniciativa da associação Business Roundtable Portugal (BRP).

No seu discurso, o Presidente da República referiu, em tom crítico, que “os representantes dos migrantes em Portugal, que são 700 mil, não têm representação em praticamente nenhuma esfera significativa do poder”. “Não existem, são clandestinos, mesmo quando têm dupla nacionalidade”, disse.

Segundo o chefe de Estado, a sub-representação dos imigrantes “é uma questão mental” que Portugal tem de ultrapassar, assim como a da participação política dos jovens.

Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que os jovens trazem “ideias de mais sociedade civil, de mais abertura, mais abertura internacional, mais abertura de ideias, mais abertura em termos económicos, sociais, culturais e políticos”, e contestou que se questione a sua capacidade para assumir cargos de responsabilidades.

“Os sistemas políticos fizeram-se com jovens. Todas as grandes vitórias da História de Portugal foram feitas com jovens, não com velhinhos. A democracia foi feita por quem vinte, no máximo trinta anos”, apontou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucros das seguradoras públicas alemãs afetados por preços do resseguro

  • ECO Seguros
  • 20 Março 2023

A Fitch alertou que os preços dos resseguros estão a afetar a rentabilidade das seguradoras alemãs não-vida do setor público.

De acordo com a Fitch Ratings, a rentabilidade da subscrição dos seguros não-vida das seguradoras do setor público alemão é suscetível de enfraquecer em 2023, resultado de preços de resseguro mais elevados e da inflação dos sinistros.

A Fitch prevê um rácio combinado líquido de 98% para 2022 e 99% para 2023, em comparação com uma média de 5 anos de 93% entre 2017 – 2021.

Os analistas esperam que a consolidação das seguradoras do setor público prossiga, uma vez que muitas são de pequena escala operacional.

As seguradoras do setor público alemão representam um terceiro tipo de seguradoras na Alemanha, juntamente com as sociedades por ações e as mútuas de seguros. Estas companhias fazem parte do grupo financeiro do setor público alemão Sparkassen-Finanzgruppe (Sparkassen) (A+/Stable).

A Fitch salientou que a forte posição das seguradoras do setor público se reflete numa quota de mercado agregada de 10% dentro do mercado alemão de seguros primários. Visto em conjunto, este grupo ficaria em segundo lugar no mercado de seguros primários da Alemanha.

A agência de notação financeira prevê que o crescimento dos prémios nos ramos de edifícios e propriedades seja insuficiente para compensar o aumento dos custos de resseguro e a inflação de sinistros, pelo menos até 2024.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Putin e Xi juntos durante mais de quatro horas no primeiro encontro informal em Moscovo

  • Lusa
  • 20 Março 2023

O Presidente russo, Vladimir Putin, elogiou o "salto colossal" da China sob a liderança de Xi, acrescentando que sente um pouco de inveja.

O Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo chinês, Xi Jinping, concluíram esta segunda-feira após quatro horas e meia de conversações informais no Kremlin o primeiro encontro no âmbito da visita de Estado à Rússia do Presidente chinês. Xi, que chegou esta segunda-feira à Rússia para uma visita de Estado de três dias, deixou o Kremlin após as conversações e o jantar com o qual seu colega russo o homenageou.

No início do encontro, Putin admitiu ter “estudado cuidadosamente” as propostas de Pequim “para resolver a grave crise na Ucrânia”, após o que garantiu que teriam a oportunidade de falar sobre o plano de paz chinês “cara a cara“. Na chegada de Xi à Rússia, Putin manteve o protocolo e não recebeu o homólogo chinês, Xi Jinping.

O protocolo padrão da Rússia para visitas de chefes de Estado estrangeiros exige que estes sejam recebidos no aeroporto por uma autoridade do Governo de escalão inferior. Putin enviou o vice-primeiro-ministro, Dmitry Chernyshenko, ao aeroporto de Vnukovo, na capital russa, para se encontrar com Xi depois de este descer do seu Boeing 747. Enquanto isso, o Presidente russo estava longe, no centro de Moscovo, ocupado com outros compromissos antes do seu jantar de alto nível com Xi.

No aeroporto, o Presidente chinês ouviu uma banda militar russa tocar os hinos nacionais da China e da Rússia, passando depois por uma linha de guardas honorários acompanhado por Chernyshenko. Apesar de manter o protocolo e evitar deslocar-se ao aeroporto, Putin cobriu o convidado especial de elogios quando o cumprimentou, já dentro do Kremlin, antes do jantar privado.

Depois do aperto de mãos, o líder da Rússia descreveu o “salto colossal” da China sob a liderança de Xi, acrescentando que sente um pouco de inveja, observação que arrancou um pequeno sorriso a Xi. O chefe de Estado chinês respondeu da mesma forma, referindo que Putin deve receber um forte apoio nas eleições presidenciais do próximo ano, embora o líder russo ainda não tenha declarado a sua intenção de concorrer.

Quatro horas depois do primeiro momento juntos, os dois líderes ainda conversavam durante um jantar de sete pratos, que incluiu frutos do mar do Pacífico, sopa de esturjão, crepes com codorniz e cogumelos e carne de veado assada com molho de cereja.

De acordo com a agência TASS, a ementa do jantar teve sete pratos, incluindo entradas, canapés, sopa, prato principal e sobremesa, que incluiu uma torta Pavlova, uma sobremesa de merengue batizada em homenagem à famosa dançarina russa Anna Pavlova, juntamente com gelado de romã.

A visita de Xi Jinping dá um importante impulso político a Putin, poucos dias depois do Tribunal Penal Internacional ter emitido um mandado de detenção contra o líder russo, acusado do alegado envolvimento em sequestro de milhares de crianças ucranianas.

Moscovo, que não reconhece a jurisdição do tribunal, considerou o mandado de captura como “legalmente nulo e sem efeito”, mas a medida aumentou ainda mais a pressão sobre o líder russo. Na visita de Estado de Xi, os dois líderes discutirão a iniciativa de paz da China para a Ucrânia e questões bilaterais, esta terça-feira.

Putin e Xi devem manter na terça-feira encontros oficiais que também contarão com a presença de altos funcionários de ambos os países. No final das negociações, são esperadas declarações conclusivas.

Os analistas apontam que a China ganhou mais poder e influência perante as sanções internacionais à Rússia e admitem que Pequim deve manter um forte apoio a Moscovo. Embora a maioria dos observadores diga que é improvável que Pequim ofereça assistência militar a Moscovo, como os EUA e outros aliados ocidentais temem, a aliança com Pequim permite que o líder russo prossiga os seus objetivos na Ucrânia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seria muito útil Xi explicar a Putin alguns princípios, defende Gomes Cravinho

  • Lusa
  • 20 Março 2023

O ministro dos Negócios Estrangeiros espera que Xi explique a Putin as posições da China na "defesa da integridade territorial de todos os países, em relação à defesa da Carta das Nações Unidas".

O ministro dos Negócios Estrangeiros comentou esta segunda-feira, em Bruxelas, que “seria muito útil” que o Presidente chinês, de visita a Moscovo, explicasse ao seu homólogo russo alguns dos princípios que Pequim advoga no seu chamado “plano de paz”.

“A expectativa é que a China corresponda àquilo que têm sido as suas palavras, aquilo que têm sido as suas posições assumidas publicamente, nomeadamente em relação ao não fornecimento de armamento à Rússia, e também em relação àquilo que apelidou de plano de paz, que na realidade não é um plano, é um conjunto de posições da China”, afirmou João Gomes Cravinho, no final de um Conselho de Negócios Estrangeiros, quando questionado sobre a visita oficial de três dias que o Presidente chinês, Xi Jinping, realiza desde hoje a Moscovo.

E prosseguiu: “A nossa expectativa é que, na visita a Moscovo, o Presidente Xi Jinping explique as posições que a China assume em relação à defesa da integridade territorial de todos os países, em relação à defesa da Carta das Nações Unidas, em relação à importância da segurança nuclear, em relação à questão do apoio humanitário às populações necessitadas”.

“São pontos desse documento chinês com os quais concordamos e que pensamos que seria muito útil ele explicar ao Presidente [russo, Vladimir] Putin”, concluiu o chefe da diplomacia portuguesa.

Os Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, iniciaram esta segunda a sua reunião informal no Kremlin com a iniciativa de paz chinesa para a Ucrânia sobre a mesa. Em fevereiro, a China deu a conhecer um “plano de paz” genérico, composto por 12 pontos, para acabar com o conflito na Ucrânia, tendo então pedido a Moscovo e Kiev para realizarem conversações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Espiões, fraudes, falências milionárias: os escândalos que precipitaram o fim do Credit Suisse

Como uma história de fraudes, negócios ruinosos e histórias de espiões acabou por minar a confiança numa instituição que se tornou demasiado complexa para se governar.

Outrora um dos grandes pilares da finança internacional, ao fim de mais de 160 anos o Credit Suisse acabou “engolido” pelo rival UBS a bem da confiança e da salvaguarda do resto do sistema financeiro mundial. Como é que chegou a este fim dramático?

Na verdade, não faltaram bandeiras vermelhas nos últimos anos numa instituição – umas das 30 consideradas de risco sistémico global – que se tornou demasiado complexa para ser controlada e cuja cultura de risco era, no mínimo, negligente.

Sucessivos escândalos, coimas milionárias, prejuízos históricos com operações financeiras e até casos de espiões, tudo contribuiu para a degradação da reputação e cujos problemas tardaram em ser resolvidos.

No final, foi apanhado pela onda de instabilidade causada pela falência do Silicon Valley Bank nos EUA, e num momento em que procurava arrumar os problemas do passado e virar a página para uma segunda vida. Mas é também a maior vítima da abrupta subida das taxas de juro levada a cabo pelos bancos centrais em todo o mundo, embora deva o seu fim trágico a si próprio.

Desde a anterior crise financeira, as ações do Credit Suisse perderam quase 99% do seu valor, depois de terem sido vendidas no fim de semana por cerca 0,75 francos suíços ao UBS – só hoje perdeu 50% do valor. O negócio do resgate foi feito com desconto, avaliando o Credit Suisse, com mais de 550 mil milhões em ativos, em apenas três mil milhões de dólares, praticamente o mesmo valor do BCP.

Credit Suisse afunda para mínimos

Fonte: Reuters

Foi a solução de urgência que as autoridades helvéticas encontraram para restaurar a confiança no seu sistema financeiro, considerado como um dos mais robustos e seguros do mundo, e cujo descrédito ameaçava alastrar-se à Zona Euro e ao resto do mundo.

Com a queda do SVB a colocar o setor da banca no centro do furacão, a pressão em torno do Credit Suisse – habituado a gerir as fortunas da realeza árabe e dos oligarcas russos – intensificou-se na semana passada depois de o seu principal acionista, o Saudi National Bank, ter afirmado publicamente que não podia investir mais no banco – depois dos quatro mil milhões injetados poucos meses antes.

Só uma boia de salvação de 50 mil milhões lançada pelo banco central salvou a instituição do colapso iminente, enquanto investidores e depositantes tiravam o seu dinheiro de lá, não deixando outra alternativa aos reguladores e governo se não avançarem com resgate do banco.

“Lamento que o Credit Suisse não tenha conseguido dominar as suas próprias dificuldades – essa teria sido a melhor solução. Infelizmente, a perda de confiança dos mercados e dos clientes não pôde mais ser contida”, disse a ministra das Finanças suíça, Karin Keller-Sutter, em conferência de imprensa este domingo.

Da Archegos e Greensill

Há algum tempo que o Credit Suisse procurava mudar de vida, depois dos últimos casos quase terem dado uma machadada final na reputação do banco.

Em março de 2021, a queda da Archegos Capital – por conta de apostas arriscadas nos mercados acionistas – levou o banco a assumir uma perda de mais de 5,5 mil milhões de dólares. E, enquanto ainda geriam esta crise, os responsáveis do banco tiveram de lidar no mês seguinte com o colapso dos fundos Greensill de 10 mil milhões de dólares que ajudava a gerir.

Uma “autópsia” a estes dois escândalos veio apontar as culpas à complexidade, cultura e mecanismo de controlo do banco. O Credit Suisse teve uma “atitude indiferente em relação ao risco” e “falhou em vários momentos para tomar medidas decisivas e urgentes”, concluiu um relatório independente aos casos em relação aos quais o banco prometeu usar como “pontos de viragem” na forma como as coisas passariam a funcionar para o futuro.

Pelo meio, esteve envolvido em mais casos, como da queda frenética da chinesa Luckin Coffee, rival da Starbucks e “cliente de sonho” para o Credit Suisse, que descambou em bolsa depois de se saber que empolou artificialmente as vendas em mais de 300 milhões, e também da Wirecard.

Para ajudar na transformação, o banco chamou António Horta Osório. Seria o homem ideal depois da reestruturação empreendida com sucesso no britânico Lloyds, mas o gestor português acabaria por sair poucos meses depois quando se apercebeu que não havia vontade de mudar a cultura interna, segundo admitiu recentemente – embora, oficialmente, se apontem as razões da saída ao facto de ter violado as regras da quarentena durante a crise pandémica.

Depois dos prejuízos de sete mil milhões em 2022, o objetivo era regressar aos lucros em 2024, já devidamente reestruturado com o corte de milhares de postos de trabalho e a transformação das operações de banco de investimento.

Cinco trimestres de prejuízos milionários

Fonte: Reuters

Espiões e tragédia

Antes dos casos da Archegos e Greensill, o Credit Suisse passou por outras situações embaraçosas – como os casos de espionagem – e outras que acabaram tragicamente, afetando a imagem de um negócio que, mais do que tudo, vive da confiança dos clientes.

Em 2015, descobriu que um gestor da área da banca privada usou um esquema fraudulento durante anos para esconder perdas dos clientes. Acabou condenado em 2018, suicidando-se dois anos depois. Uma investigação independente pedida pelo regulador suíço considerou que o banco cedeu ao mau comportamento do seu funcionário enquanto as coisas deram resultado, apesar de não ter concluído que sabia da fraude.

Mais tarde, em fevereiro de 2020, o então CEO Tidjane Thiam foi forçado a abandonar a liderança do banco na sequência de um caso de espionagem – que veio, a verificar-se depois, não tinha sido uma situação isolada.

O caso começara um ano antes, quando Thiam e Iqbal Khan, que geria a divisão de património e ambicionava liderar o Credit Suisse, se envolveram numa discussão num jantar. Semanas mais tarde, Khan acabou por pedir a demissão depois de ter sido preterido numa promoção dentro do banco, tendo encontrado depois emprego no rival UBS. A mudança causou apreensão no Credit Suisse, que mandou vigiar o antigo funcionário. Numa deslocação à baixa da cidade de Zurique, Iqbal Khan confrontou um dos investigadores privados que o seguia, expondo o caso.

Cinco outros casos de vigilância foram detetados entre 2016 e 2019, de acordo com uma investigação feita na sequência do caso Khan.

Por conta dos casos de espionagem e também por financiamento corrupto a Moçambique, o banco foi condenado a multas de mais de 500 milhões de dólares pelos reguladores do Reino Unido e dos EUA.

Agora, com a absorção pelo UBS, ficam as dúvidas se estas práticas e casos foram definitivamente eliminados, embora a queda do Credit Suisse possa representar um duro golpe para a estabilidade de um país que fez do setor financeiro uma das suas forças.

O fim do Credit Suisse é um revés para a marca Suíça. Não havia outra solução”, referiu o antigo vice-governador do Banco Central Europeu, Vítor Constâncio. “A turbulência nos mercados deve ter acabado, assim espero”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fisco alerta para email fraudulento

  • Lusa
  • 20 Março 2023

O email refere que existe uma declaração de rendimentos em falta, "nas quais é pedido que se carregue num link”.

A Autoridade Tributária (AT) alertou esta segunda-feira para a circulação de uma mensagem fraudulenta, através da qual é pedido aos contribuintes que acedam a um link para enviarem a sua declaração de rendimentos, sendo depois remetidos para páginas maliciosas.

“A AT tem conhecimento de que alguns contribuintes estão a receber mensagens de correio eletrónico, supostamente provenientes da AT, referentes a uma eventual declaração de rendimentos em falta, nas quais é pedido que se carregue num link”, indicou, em comunicado.

O fisco sublinhou que estas mensagens são falsas e, por isso, devem ser ignoradas. Estes e-mails têm por objetivo levar o utilizador a aceder aos links, sendo depois remetidos para páginas maliciosas.

“Em caso algum deverá efetuar essa operação”, vincou, recomendando a leitura do folheto informativo sobre segurança informática, disponível no Portal das Finanças.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pilotos chegam a um “pré-acordo possível” com a TAP

  • ECO
  • 20 Março 2023

O sindicato, num voto de confiança ao novo CEO, chegou a um pré-acordo com a TAP que vai melhorar "substancialmente, agora, a posição dos pilotos".

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) anunciou esta segunda-feira, em comunicado interno, que chegou a um “pré-acordo possível com a TAP” depois de meses de negociação. Ainda que considere as medidas acordadas “insuficientes”, o sindicato avança que está de “boa fé e quer dar um voto de confiança” ao novo CEO da companhia aérea, Luís Rodrigues.

Neste acordo, os pilotos destacam várias medidas, entre as quais a “cessação da intenção do despedimento colectivo”, “o pagamento aos OPTs com funções de comando em cruzeiro” e “o pagamento da assistência geral no aeroporto e simuladores”.

Ao mesmo tempo, está prevista uma nova tabela de ajudas de custo a partir de abril e a reavaliação e a compensação em abril e maio das “rubricas com os códigos 2009 e 2089, com retroactividade a março no caso de não se chegar a acordo de novo AE [Acordo Empresa] no final de maio”.

O sindicato nota, no entanto, que a empresa cedeu “a melhores condições de trabalho” a outras classes profissionais, “indo ao encontro de expectativas mais favoráveis do que as que ainda mantém para os pilotos”.

Numa altura em que a TAP está sem CEO – a francesa Christine Ourmières-Widener foi demitida na sequência do caso da indemnização a Alexandra Reis –, os pilotos frisam que este avanço negocial é também um “voto de confiança ao novo administrador executivo”, Luís Rodrigues, no qual confiam para “inverter o sentido de desvalorização” da profissão.

O SPAC acredita que “muito há ainda a fazer”, mas que este pré-acordo melhora “substancialmente, agora, a posição dos pilotos”. Este pré-acordo vai ainda ser apresentado, discutido e votado na assembleia da empresa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Nós empresários temos de sair da casca. Temos de ir para a rua”, diz Filipe de Botton

Empresários da Associação BRP criticaram o preconceito contra os lucros e assinalaram que a capitalização das empresas depende de serem rentáveis.

Filipe de Botton, presidente e CEO da Logoplaste, considera que medidas para controlar a inflação, como a fixação de preços, destroem o tecido económico. Diz mesmo que os empresários devem fazer-se ouvir e “ir para a rua”.

Quando vejo governos como o nosso a quererem controlar a inflação com instrumentos anacrónicos, vai destruir todo o tecido económico. Destrói a confiança e destruindo a confiança destrói tudo”, afirmou Filipe de Botton na conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento de Portugal”, organizada pela Associação Business Roundtable, que reúne 42 grandes empresas.

Conferência "Querer e Crescer: Ideias para acelerar o crescimento de Portugal" - 20MAR23
Filipe de Botton na conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento de Portugal”, organizada pela Associação BRP.Hugo Amaral/ECO

Se for preciso lá estaremos os 42 a fazer uma manifestação. Nós empresários temos de sair da casca, temos de ir para a rua. Nós é que arriscamos, criamos emprego. Há uma remuneração que tem de ser dada aos empresários e que tem de ser vista de forma positiva”, sublinhou o presidente da Logoplaste.

“Falamos sempre em Portugal que as empresas estão descapitatizadas. A única solução para ter empresas capitalizadas é ter empresas eficientes e rentáveis e não diabolizar a rentabilidade”, aduziu António Amorim, presidente da Corticeira Amorim.

Há um preconceito contra a dimensão, o sucesso e o facto de as empresas terem de ter lucros para terem capacidade de crescer”, concordou Nuno Amado, presidente do conselho de administração do Millennium BCP. “Temos estado em diálogo com o Governo. Se esse diálogo é frutuoso? Não é claro. Em áreas como a Justiça e a economia houve demora na resposta e não foi tão eficiente como gostávamos”, relatou.

Propostas feitas ao Banco de Fomento

Para António Amorim o Banco Português de Fomento “deve ter como missão suprir falhas no mercado”, como um financiamento a 10 ou 15 anos para a construção de uma fábrica, que a banca não concede. “Porque é que o Banco Português de Fomento (BPF) não ajuda a financiar fusões e aquisições ou a internacionalização das empresas?”

O CEO da Corticeira Amorim revelou que a Associação BRP fez já uma proposta ao BPF. “Saímos esperançados da primeiro reunião. Nada aconteceu. Não depende de nós, mas somos persistentes”.

Clara Raposo, vice-presidente do Banco de Portugal, destacou que é necessário criar alternativas aos empréstimos bancários. “O ponto mais importante tem a ver com um modelo de financiamento que passa não tanto pelo financiamento bancário mas pelo capital próprio e private equity [capital de risco], que é escasso em Portugal”, defendeu. É preciso “desenvolver o setor de private equity e venture capital, com apoios para a fase inicial”.

Filipe de Botton lamentou também a falta de respeito que existe pelas instituições. “Nós temos vindo a destruir o respeito pelas instituições, independentemente das pessoas que lá estão. Mostra o país que estamos a construir e a deixar aos nossos filhos e aos nossos netos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há 33.800 contratos de arrendamento com desconto no IRS

  • Lusa
  • 20 Março 2023

Cerca de 18 mil contratos registados no Portal das Finanças tinham entre dois e cinco anos de duração e o valor médio mensal das rendas praticadas era de 619 euros.

O número de contratos de arrendamentos de duração superior a dois anos e a beneficiar de uma taxa reduzida de IRS ascendia no final de fevereiro a 33.800, segundo dados do Ministério das Finanças.

Aquele total inclui contratos de duração entre dois e cinco anos (que são a maioria), entre cinco e 10 anos, entre 10 e 20 anos e com mais de 20 anos, sendo que a redução da taxa de IRS é tanto mais relevante quanto maior for a duração do contrato.

Em resposta à Lusa, o Ministério das Finanças adianta, assim, que, no final de fevereiro, cerca de 18 mil contratos registados no Portal das Finanças tinham entre dois e cinco anos de duração e que o valor médio mensal das rendas praticadas era de 619 euros.

Mais de nove mil contratos tinham uma duração entre cinco e 10 anos”, refere a mesma informação, indicando que, nesta situação, a renda média era de 550 euros. Já no prazo entre 10 e 20 anos, havia registo de cinco mil contratos, com a renda média a rondar os 516 euros. “Por fim, estavam ainda registados perto de dois mil contratos de arrendamento com mais de 20 anos de duração”, com um “valor médio de renda de 488 euros”.

“Considerando todas as durações de arrendamento, no final de fevereiro, estavam abrangidos pelas taxas especiais de IRS cerca de 33.800 contratos de arrendamento, com um valor médio de renda mensal de 576 euros”, precisa a mesma informação.

Em 2019 entrou em vigor um benefício fiscal que atribui um desconto na taxa autónoma de IRS que incide sobre os rendimentos de rendas de contratos cuja duração seja superior a dois anos. Aquele desconto face à taxa de 28% é tanto maior quanto mais longa for a duração do contrato e vai subindo ao ritmo de cada renovação, até ao limite de 14%.

No programa “Mais Habitação”, a taxa de 28% baixa para 25%, acaba o benefício fiscal para contratos de duração inferior a cinco anos, sendo que de duração a partir de cinco anos têm um aumento no desconto do IRS face ao modelo que agora vigora. O objetivo é estimular a realização de contratos de arrendamento de maior duração de forma a dar mais estabilidade ao inquilino.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

L’agence Talents alinha estrutura com as novas necessidades do mercado de agenciamento

A L’Agence representa nomes como Cláudia Vieira, Ricardo Pereira, Filomena Cautela, Raquel Strada, Jessica Athayde, Diogo Amaral, Ana Sofia Martins, José Mata, Júlia Palha, entre outros.

O Departamento de Talents da L’Agence encontra-se a adaptar a sua estrutura interna, pretendendo alinhar-se com as “novas necessidades do mercado de agenciamento de figuras públicas, tendo em conta que estas começaram a ganhar uma expressão considerável para lá da representação e da apresentação, tornando-se mais polivalentes”. Torna-se assim necessário um acompanhamento continuado em diversas áreas, desde as redes sociais à imprensa ou eventos.

Os eventos, as parcerias, os projetos próprios e a relação com as marcas são apenas uma parte da comunicação e do nosso trabalho. Por isso, sentimos a necessidade de reformular a equipa de forma a podermos colmatar as necessidades de todos os perfis que representamos“, refere Vanessa Carmo, head of talents department, citada em comunicado. Elsa Gervásio, diretora da L’Agence, reforça a ideia, afirmando que “já não passa apenas por ser ator ou apresentador, há todo um leque de áreas que têm de ser trabalhadas e comunicadas“.

Desta forma o departamento está agora dividido em três áreas: business management, communication e PR & digital.

O primeiro trata da seleção, formação e gestão de carreiras, contando com Vanessa Carmo enquanto responsável, Sónia Rodrigues como talent agent e com Filipa Prelhaz e Luísa Castelo-Branco, ambas como digital accounts.

A parte da comunicação conta com Simão Ribeiro de Carvalho, responsável pela comunicação institucional e dos agenciados, sendo que na área de PR & digital encontram-se Alexandre Gomes Ferreira, como PR & digital consultant, Sara Saavedra, enquanto PR consultant, e Sara Rodrigues, como digital content manager.

A equipa foi entretanto reforçada com Inês Barreiras, content creator & producer, e Clara Botas, junior assistant.

A L’Agence é a agência de modelos, atores e apresentadores mais antiga do país, representando nomes como Cláudia Vieira, Ricardo Pereira, Filomena Cautela, Raquel Strada, Jessica Athayde, Diogo Amaral, Ana Sofia Martins, José Mata, Júlia Palha, entre outros.

Atualmente foca-se no agenciamento na vertente models, talents, commercial e kids.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Matosinhos investe 1,1 milhões na requalificação de bairro

MatosinhosHabit e Câmara Municipal investem 1,1 milhões de euros na requalificação urbana de bairro dos anos 50.

Com um investimento de 1,1 milhões de euros, a MatosinhosHabit e a Câmara Municipal de Matosinhos terminaram a requalificação do Bairro dos Pescadores, no centro da cidade, de olhos postos na regeneração urbana e na mobilidade sustentável.

Com a assinatura do arquiteto e urbanista Carlos Coelho, o projeto contempla um total de 11.200 metros quadrados de área intervencionada, como é o caso da reabilitação de passeios e pavimento, do acesso às habitações e do estacionamento e de espaços verdes. Assim como a instalação de drenagem e rede de águas pluviais, rede de rega, elementos de iluminação, equipamentos desportivos e mobiliário de exterior.

No âmbito deste projeto, a autarquia levou a cabo “uma intervenção-piloto no edifício de habitação coletiva Bloco J, com vista ao aumento da privacidade e conforto dos moradores, assim como à implementação de medidas de eficiência energética com recurso a materiais para isolamento térmico e acústico.

“Este projeto nasceu em 2018, quando a MatosinhosHabit apresentou uma proposta de revitalização urbana do Bairro dos Pescadores a um programa da União Europeia, para obtenção de fundos comunitários para a sua requalificação”, começou por lembrar a presidente do Concelho de Administração da MatosinhosHabit, Manuela Álvares.

A candidatura aos fundos comunitários não foi aprovada, mas a realização da empreitada foi imediatamente assumida como prioritária pela autarquia, estando agora concluída”, completou a presidente do Concelho de Administração da MatosinhosHabit.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Robustez da banca “permite-nos estar razoavelmente tranquilos”, diz vice-presidente do Banco de Portugal

A vice-presidente do Banco de Portugal garante que, para já, não há sinais de que os bancos estejam a restringir a concessão de crédito devido à instabilidade dos últimos dias no setor financeiro.

Clara Raposo, vice-presidente do Banco de Portugal diz que a robustez da banca nacional é motivo de tranquilidade perante a turbulência que o setor financeiro vive nos EUA e na Europa. E garante que não há sinais de restrição na concessão de crédito.

Não estou com medo. Estou bastante tranquila com o dia de hoje e pela forma como estamos a lidar com estas dificuldades sentidas em alguns bancos regionais nos EUA e no Credit Suisse“, afirmou Clara Raposo, que foi oradora da conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento em Portugal”, organizada pela Associação Business Roundtable Portugal.

Conferência "Querer e Crescer: Ideias para acelerar o crescimento de Portugal" - 20MAR23
Clara Raposo na conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento de Portugal”, organizada pela Associação BRP.Hugo Amaral/ECO

Todos os indicadores que temos do sistema bancário nacional neste momento são bons indicadores em termos de solvabilidade, liquidez. Os dados de fecho de 20022 são todos melhores do que em 2919, antes da pandemia. Há aqui uma robustez de base que nos permite estar razoavelmente tranquilos“, acrescenta a vice-presidente do Banco de Portugal.

Clara Raposo garantiu que, para já, não há sinais de que os bancos estejam a restringir a concessão de crédito devido à instabilidade dos últimos dias no setor financeiro. “Neste momento, não há qualquer indicação nesse sentido. Esta crise que surgiu agora não é motivo, neste momento, para estar a criar preocupações sobre a concessão de crédito em Portugal ou na área euro”, afirmou a responsável durante a conferência que decorreu esta segunda-feira na Nova SBE, em Carcavelos.

O colapso do Silicon Valley Bank no dia 10 de março lançou a turbulência no setor financeiro, obrigando à intervenção dos reguladores e bancos centrais. Este domingo foi anunciada a aquisição do Credit Suisse pelo UBS, por 3,3 mil milhões, de forma a tentar estabilizar o sistema bancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.