Cozinha Continente apresentada em campanha multimeios

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  • 20 Março 2023

"Através desta campanha da Cozinha Continente queremos demonstrar toda a qualidade, novidade e espetacularidade que existe nesta marca”, diz Tiago Simões.

A marca Cozinha Continente, que nasceu com a abertura do primeiro restaurante em Vila Real no último ano, chega agora a todos os balcões e áreas de take-away do Continente.

O objetivo da Cozinha Continente é chegar a todos os clientes, com comida de qualidade, como se fosse feita em casa, de forma prática e conveniente”, refere citada em comunicado Ana Alves, responsável pela área food solutions da MC, dizendo tratar-se “de um momento muito importante”.

“Esta marca vem robustecer a categoria de take-away da MC que tem apresentado, nos últimos anos, crescimentos muito significativos. O crescimento está diretamente relacionado com o desenvolvimento a que temos assistido na oferta deste tipo de produtos para fazer face às alterações de estilo de vida dos consumidores que cada vez têm menos tempo disponível e procuram soluções rápidas e convenientes, mas não abdicam da qualidade“, prossegue a responsável.

O alargamento deste conceito é dado a conhecer com uma nova campanha.

A comida é a personagem principal da campanha que está disponível em diversos suportes de comunicação e, sobretudo, nas lojas onde temos os lineares, os balcões e a zona de restauração, para demonstrar as diferentes formas de experienciar o melhor que fazemos”, descreve Tiago Simões, diretor de marketing do Continente.

Através desta campanha da Cozinha Continente queremos demonstrar toda a qualidade, novidade e espetacularidade que existe nesta marca”, acrescenta o responsável. A criatividade é da Fuel.

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Fundo de reserva da Segurança Social “perde” quase tudo o que investiu no Credit Suisse

Dos 2,7 milhões de euros investidos no Credit Suisse restam apenas 222 mil na carteira do fundo de reserva do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social. Trata-se de uma "perda" de 96%.

O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) apresentava, no final de 2021, uma exposição de apenas 1,5 milhões de euros ao Credit Suisse, segundo o último relatório e contas do fundo de reserva da Segurança Social.

O investimento no histórico banco suíço que colapsou na semana passada pesava 0,006% na carteira de 23,2 mil milhões de euros do FEFSS, espelhando uma posição praticamente irrelevante, como referiu há dias Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

No entanto, as contas do FEFSS revelam que o Credit Suisse tem tido um impacto negativo na carteira do fundo da Segurança Social há vários anos. Até 2021, por exemplo, a posição do Credit Suisse acumulava perdas potenciais de 1,3 milhões de euros no portefólio do fundo.

Entre as quase 150 posições diretas em empresas, a posição no Credit Suisse era a terceira no ranking dos piores investimentos acionistas do fundo. Apenas era superada pelas perdas potenciais (desvalorizações das posições acionistas) de dois milhões de euros dos investimentos na petrolífera BP e no banco HSBC.

Assumindo que a gestão do FEFSS não aumentou nem reduziu a exposição ao Credit Suisse no último ano (tal como aconteceu em 2021), as perdas potenciais com o investimento no banco suíço até esta segunda-feira são praticamente totais: de um investimento inicial de 2,77 milhões de euros, sobram 119 mil euros, já considerando o rácio de troca de 22,48 ações do Credit Suisse por uma do UBS, acordado no negócio da compra do banco pelo UBS. Trata-se de uma perda de 96%.

No passado dia 17 de março, a ministra da tutela foi questionada sobre a exposição do fundo da Segurança Social ao Credit Suisse. Ana Mendes Godinho respondeu “que, de facto, a exposição é mínima ou ínfima”, devido a “uma grande capacidade de diversificação das próprias aplicações”. “É isso que temos sempre de salvaguardar através do Fundo de Estabilização que é exatamente a não dependência excessiva do mercado”, acrescentou.

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Governo francês sobrevive a moção de censura por aumento da idade de reforma

A moção de censura teve 278 votos a favor, menos nove que os necessário para fazer cair o governo francês, pressionado por fortes protestos nas ruas contra o aumento da idade de reforma.

O Parlamento francês rejeitou esta segunda-feira uma moção de censura multipartidária contra o governo francês, apoiado pelo presidente Emmanuel Macron, avança a AFP. A decisão surge após o executivo forçar a aprovação da subida da idade de reforma dos atuais 62 anos para os 64, sem passar no parlamento.

A moção de censura teve 278 votos a favor, menos nove que o necessário para fazer cair o governo francês. Foi ainda avançada uma segunda moção de censura pelo partido de extrema-direita, União Nacional. No entanto, a moção contou com apenas 94 votos a favor, já que a oposição prometeu não apoiar a iniciativa apresentada pelo partido de Le Pen.

A subida da idade da reforma representa uma medida que Macron procura implementar desde 2017, altura do seu primeiro mandato, tendo já provocado dois meses de greves e protestos. De modo a ultrapassar a resistência à proposta, o governo invocou um artigo da constituição francesa que permite a aprovação de determinadas propostas de lei sem aprovação prévia do parlamento.

Esta é a 11.ª vez em menos de um ano que o governo francês recorre ao artigo 49.3 da constituição.

Segundo Macron, o sistema pensionista francês será insustentável sem a subida da idade da reforma, já que a proporção de trabalhadores ativos em relação aos aposentados tem estado em queda, razão pela qual a maioria dos países europeus já aumentou a idade de reforma para os 65 anos ou mais.

“Se não resolvermos o problema dos nossos aposentados, não podemos investir em tudo o resto”, justificou o presidente francês no ano passado, segundo o The New York Times. Embora Macron não possa ser reeleito em 2027, o líder francês acredita ter lançado as bases para futuros investimentos em defesa, energia verde, ensino e tecnologia.

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AHP quer que hostels e guest houses deixem de ser Alojamento Local

  • Ana Petronilho
  • 20 Março 2023

Hoteleiros defendem que o alojamento local coletivo (guest houses e hostels) passem a ser considerados hotelaria. Desta forma, ficam fora das regras para o Alojamento Local no Mais Habitação.

A Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) defende que o pacote de propostas do Governo Mais Habitação deve fazer uma diferenciação nas regras previstas para os apartamentos que funcionam como alojamento local dos que funcionam como hostels ou guest houses.

Esta é uma das medidas que vão constar do parecer que a AHP enviou esta segunda-feira ao Governo no âmbito da consulta pública, segundo o presidente da entidade, Bernardo Trindade, durante um almoço para os associados – que contou com a presença do governador do Banco de Portugal.

Para Bernardo Trindade, presidente da AHP e antigo secretário de Estado do Turismo, o alojamento local coletivo (hostels, guest houses ou prédios) “deve migrar” para a categoria de hotelaria.

Isto porque, ao contrário do que acontece na hotelaria, os apartamentos que funcionam como alojamento local não são obrigados a oferecer as mesmas condições aos hóspedes que os empreendimentos turísticos que são obrigados a ter estacionamento e entrada de serviço separada.

Com a passagem das guest houses e hostels para a hotelaria, estes empreendimentos ficariam também fora das medidas previstas no Mais Habitação como a suspensão de novas licenças até 2030, o pagamento de uma contribuição extraordinária ou o escrutínio dos condomínios.

Além desta exclusão das regras previstas, Bernardo Trindade defende ainda que “a divisão natural” destes dois segmentos do alojamento local deve ter “regras claras” para que os hostels e guest houses se possam candidatar a incentivos “de extrema importância”.

Segundo a AHP, entre o total de 110.738 registos de alojamento local, fixados a 09 de março, 71.177 cabiam a apartamentos. Somam-se 30.978 registos de AL em moradias e 7.108 estabelecimentos de hospedagem, dos quais 829 são hostels.

O ex-secretário de Estado do Turismo do Governo socialista aproveitou a ocasião para salientar que durante a pandemia o setor perdeu 45 mil ativos e que ainda há falta de trabalhadores na hotelaria.

Com a previsão da abertura de, pelo menos, 66 novos hotéis, Trindade defende que é preciso ir buscar trabalhadores ao estrangeiro, já que os disponíveis em Portugal “não são suficientes”. E para isso apela ao Governo que crie “incentivos de apoio à habitação” para os trabalhadores estrangeiros na hotelaria.

Na sua intervenção, Mário Centeno saudou o contributo do setor para a economia. “Em 2022, o emprego cresceu em mais de 162 mil postos de trabalho e, destes, no setor de alojamento, restauração e similares os números da Segurança Social demonstram um crescimento de 34 mil postos de trabalho, 21% do total, muito mais do que o setor representa no total da economia portuguesa [estimado em cerca de 8%]. Nos salários, os salários pagos cresceram quase seis mil milhões de euros, desses 700 mil euros foram pagos pelo alojamento, restauração e similares, de novo acima do peso do setor”, afirmou Centeno.

Mas o governador frisa que a hotelaria ainda tem de fazer mais nos salários. “Nunca antes as qualificações em Portugal aumentaram como hoje e o setor deve aproveitar isso e obviamente, e isto não é posição sindical, melhorar as remunerações. Com mais qualificações devemos esperar melhores remunerações”, afirmou.

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Mariana Victorino lidera comunicação da Foundever

Mariana Victorino vai ser responsável por definir e implementar uma estratégia "articulada e consistente" nos vários países pelos quais é responsável.

Mariana Victorino assumiu dois cargos nas área da comunicação e marketing da Foundever. O objetivo é “reforçar a equipa de liderança da empresa no desafio de se tornar a maior e mais inovadora CX BPO (customer experience business process outsourcing) do mundo e aumentar a notoriedade da nova marca Foundever no mercado, resultante do rebranding do Sitel Group que aconteceu no início do mês de março“.

Mariana Victorino vai assim desempenhar uma dupla função, sendo que enquanto head of EMEA communications será responsável por 24 países da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), e como multilingual region marketing director terá a seu cargo oito países (Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Roménia, Bulgária, Hungria e Egito).

É com enorme entusiasmo que aceito este novo desafio, com o foco de poder contribuir com o meu know how e experiência para o crescimento e consolidação da Foundever nos diferentes mercados como a empresa maior e mais inovadora na área de CX BPO”, refere Mariana Victorino, citada em comunicado, acrescentando que a sua integração coincidiu com o rebranding da marca de Sitel Group para Foundever, pelo que “será um novo começo para ambos enquanto Foundever”.

Mariana Victorino pretende “definir e implementar uma estratégia articulada e consistente nos vários países, tendo em conta as metas e o plano de negócios da Foundever, garantindo a implementação do plano global de comunicação e marketing nos diferentes mercados pelos quais está responsável“, refere-se em comunicado.

A nova contratação da Foundever conta com mais de 25 anos de experiência nas áreas de marketing, comunicação e relações públicas, tendo passado por empresas como a Omnicom Media Group, Emirec Comunicação, a TBWA ou a Siemens.

Até fevereiro deste ano era managing diretor do Omnicom Public Relations Group (Porter Novelli, Ketchum e FleishmanHillard), em Portugal e membro da comissão executiva do grupo na Península Ibérica, onde esteve mais de 20 anos.

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Prestações de desemprego recuam 12,2% em fevereiro

  • Lusa
  • 20 Março 2023

O subsídio de desemprego foi atribuído a 139.303 pessoas em fevereiro, uma diminuição mensal de 2,4% e um decréscimo homólogo de 4,8%.

O número de desempregados com prestações de desemprego diminuiu 12,2% em fevereiro face ao período homólogo e 0,3% em relação a janeiro, para 183.304, segundo as estatísticas da Segurança Social publicadas esta segunda-feira.

De acordo com a síntese estatística mensal elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, registaram-se, assim, menos 634 beneficiários em fevereiro face a janeiro e menos 25.353 do que no mesmo mês de 2022.

O subsídio de desemprego foi atribuído a 139.303 pessoas em fevereiro, uma diminuição mensal de 2,4% e um decréscimo homólogo de 4,8%.

No caso do subsídio social de desemprego inicial foram abrangidos 10.615 beneficiários, um crescimento de 7,4% comparativamente a janeiro e de 30,7% face ao mesmo mês do ano anterior. Já o número de beneficiários do subsídio social de desemprego subsequente foi de 24.748 em fevereiro, uma diminuição mensal de 0,7% e um acréscimo homólogo de 21,9%.

O sexo feminino representava 56,1% do total de beneficiários das prestações de desemprego e o sexo masculino 43,9%. Os dados estatísticos da Segurança Social revelam que o valor médio das prestações de desemprego em fevereiro foi de 570,89 euros.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego baixou 8,3% (-28.619) em fevereiro em termos homólogos, para 315.645, o “segundo mais baixo de sempre” neste mês, destacou hoje o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Em cadeia, entre janeiro e dezembro, registou-se uma descida de 6.442 pessoas, representando um decréscimo de 2,0%, refere a tutela com base em números do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

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CCP abre candidaturas para programa de bolsas de estudo

  • + M
  • 20 Março 2023

O Zona II conta com 13 bolsas de estudo inteiramente gratuitas, distribuídas pela EDIT, ETIC, Flag, Lisbon Digital School e Restart.

Estão abertas as candidaturas para o Zona II, o programa de bolsas de estudo criativas co-criado pelo Clube da Criatividade de Portugal (CCP). Este ano, o terceiro do programa, o Zona II conta com 13 bolsas de estudo inteiramente gratuitas, distribuídas pela EDIT, ETIC, Flag, Lisbon Digital School e Restart.

O Zona II, recorda o CCP, é um programa de inclusão e diversidade para o mercado criativo português. Uma ideia de Maria Goucha e o Wil Carvalho, sócios do clube, em co-criação com o CCP, que visa aproximar e trazer novas visões, talentos, referências e insights oriundos das periferias e de pessoas com menos acesso ao setor das indústrias criativas. São elegíveis candidatos de todas as idades, com o 12º ano de escolaridade concluído.

O preenchimento do formulário de candidatura, o envio de uma carta onde explicam porque acham que merecem este apoio e as motivações para trabalhar na área e o envio de uma peça criativa “de formato livre que represente o candidato” são os critérios de elegibilidade para as bolsas. Os candidatos podem enviar um vídeo, um poema, uma canção, um poster, uma ilustração, exemplifica o CCP.

Os elementos são avaliados por um júri, constituído por elementos do CCP, da Zona II e da escola que o candidato pretende frequentar, sendo escolhida uma shortlist para passar à fase seguinte. Segue-se uma entrevista, decisiva para a escolha dos vencedores.

Os vencedores são conhecidos no dia 16 de maio, data da gala do 25º Festival CCP. Nunca é sobre onde começas”, diz a campanha que divulga a iniciativa. Armando Gomes e Ruben de Barros, da agência Judas, são os criativos e o motion é de Rute Soares.

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Desigualdade salarial caiu 22% entre 2006 e 2020

A diferença entre os salários mais elevados e mais baixos caiu ao longo significativamente, mas isso não se traduziu numa subida dos salários reais na mesma proporção. Pelo contrário.

A desigualdade salarial em Portugal está em queda, e está a corrigir tanto para os homens como para as mulheres. Segundo dados publicados esta segunda-feira no Boletim Económico de março do Banco de Portugal, se em 2006 o rácio entre os percentis 90 e 10 era de 4,1, em 2020 esse rácio caiu para 3,2.

Significa que nestes 14 anos, o rácio entre os salários mais elevados e mais baixos caiu 22%. E este encurtamento deve-se fundamentalmente pela subida dos salários mais baixos.

De acordo com o estudo desenvolvido por Sónia Félix, Fernando Martins, Domingos Seward e Marta Silva do Banco de Portugal, enquanto o salário médio do percentil 10 (salários mais baixos) aumentou, em média, 2,5% por ano entre 2006 e 2020, o salário médio do percentil 90 (salários mais elevados) ficou-se por um crescimento médio anual de 0,5%).

O aumento do salário mínimo foi um dos fatores que mais contribuiu para a alteração da distribuição dos salários“, referem os economistas do Banco de Portugal, notando que depois de um congelamento entre 2011 e o final de 2014, a retribuição mínima mensal garantida aumentou 4,7%, em termos médios anuais entre 2015 e 2020, passando de 505 euros para 635 euros.

Esta realidade ajuda também a explicar porque se assistiu a uma queda mais prenunciada na desigualdade entre os trabalhadores com menos escolaridade do que nos trabalhadores com o ensino superior.

Segundo os investigadores, apesar de o salário real em Portugal ter aumentado a um ritmo médio de 1% entre 2006 e 2020, os trabalhadores com ensino superior e secundário registaram uma queda de 7,7% do salário real.

A pressionar esta perda de poder de compra dos trabalhadores com mais qualificações escolares está um problema de aumento da oferta e de ponto de partida.

  • Oferta: Entre 2006 e 2020, a percentagem de jovens com ensino secundário que entraram no mercado de trabalho passou de 30% para 40%, pressionando a oferta que se traduziu em salários mais baixos. Entre os trabalhadores com ensino superior, o mercado apresentou um perfil estável ao longo do período, mas assistiu-se a um aumento da entrada de jovens com mestrado e a uma redução dos jovens com licenciatura ou bacharelato.
  • Salário inicial: Os investigadores do Banco de Portugal consideram que o perfil salarial ao longo da vida dos trabalhadores é condicionado pelo momento de entrada no mercado de trabalho. Isto significa que quanto maior foi o primeiro salário (que é o caso dos salários dos trabalhadores com ensino superior), maior foi a queda real do salário entre 2014 e 2020. Esta situação ocorre por, além de não estarem expostos ao aumento do salário mínimo, também os salários foram pressionados pela subida da procura de trabalhadores.

Segundo os dados recolhidos pelo Banco de Portugal, em 2020, o salário médio real de entrada destes dos trabalhadores com ensino superior ainda era inferior ao observado entre 2006 e 2010, “embora se observe um perfil ascendente dos salários compatível com um ajustamento gradual da procura de trabalho ao aumento significativo da oferta de trabalhadores com níveis de escolaridade mais elevados”, lê-se no relatório.

A forma encontrada pelos trabalhadores para contornar este comportamento passou por trocar de emprego, provocando assim um choque salarial. Segundo dados do Banco de Portugal, “os indivíduos que mudaram de emprego tiveram no ano da mudança um crescimento salarial médio de 5%, um valor superior ao crescimento salarial médio de 2% observado para os trabalhadores que permaneceram na mesma empresa.

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Riqueza do país aumentaria em 4% com mais 150 grandes empresas

Estudo na Nova IMS conclui que grandes empresas criam 10 vezes mais riqueza do que as médias e são 3,7 vezes mais produtivas.

Se Portugal tivesse mais 150 grandes empresas desde 2019, o valor acrescentado bruto de Portugal aumentaria 4%, conclui um estudo realizado pela Nova Information Management School e a Associação Business Roundtable Portugal.

O acréscimo de centena e meia de grandes empresas permitiria ainda aumentar em 5% a receita fiscal agregada e mais 10% as exportações, conclui o trabalho de investigação apresentado esta segunda-feira na conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento de Portugal”, organizada pela Associação BRP.

Bruno Damásio, professor auxiliar da Nova Information Management School, afirmou que o número de grandes empresas aumenta 5% a 6% ano ano. “Se continuarmos nesta trajetória este número [150] será alcançado” em breve, considera, salientando que “as exportações e a inovação são os dois grandes drivers da inovação”, afirmou.

Entre 2016 e 2019 o número de grandes empresas cresceu de 1.038 para 1.291. Segundo o estudo, estas empresas têm um valor acrescentado bruto (VAB) 10 vezes superior a uma empresa média. Em 2019, as grandes empresas foram, em média, 3,7 vezes mais produtivas que as médias empresas, pagaram salários 30% superiores às médias empresas e 70% acima das pequenas.

“Se nos focarmos apenas em 1% do total de empresas em Portugal, percentagem onde se inserem as 1.291 grandes empresas contabilizadas em 2019, facilmente percebemos o forte impacto que as organizações de grande dimensão têm, tanto a nível económico, como dos trabalhadores e do próprio Estado. Estamos a falar de um contributo de 57% no VAB, 62% nas exportações, 48% nos gastos com pessoal, 64% nas contribuições para a Segurança Social e 71% em impostos”, contabilizou Bruno Damásio.

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UE aprova acordo de dois mil milhões para produzir e enviar munições para a Ucrânia

"Uma decisão histórica. No âmbito da minha proposta, os Estados-membros concordaram entregar um milhão de munições de artilharia nos próximos 12 meses" à Ucrânia, avançou Josep Borrell.

Os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) aprovaram esta segunda-feira um pacote de dois mil milhões de euros para produzir e disponibilizar munições de grande calibre à Ucrânia, anunciou o alto-representante para os Negócios Estrangeiros e Segurança.

Uma decisão histórica. No âmbito da minha proposta, os Estados-membros concordaram entregar um milhão de munições de artilharia nos próximos 12 meses”, escreveu Josep Borrell na rede social Twitter.

O pacote foi aprovado durante uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE, em Bruxelas. Os dois mil milhões de euros têm como propósito a produção de munições de 155 milímetros que a Ucrânia pediu há semanas para continuar a repelir a invasão da Federação Russa, que começou há mais de um ano.

No final do encontro, a ministra da Defesa explicou que o acordo alcançado tem “três linhas de ação principais”, que serão trabalhadas “simultaneamente”. Assim, a primeira linha de ação prevê que sejam enviadas “um milhão de munições” à Ucrânia “nos próximos 12 meses” através das munições que os “Estados têm nos seus stocks ou em ordens de compra já efetuadas”, explicou Helena Carreiras, em declarações transmitidas pela RTP3, sinalizando que em causa estão mil milhões de euros.

A segunda linha de ação diz respeito a compras conjuntas de munições, também num montante de mil milhões de euros “Há um pacote financeiro significativo para estas duas linhas de ação que tem a ver com a possibilidade de ressarcir até entre 60% a 50% os Estados que forneçam as munições à Ucrânia”, elencou a governante portuguesa, explicando que este fundos “proveem do mecanismo de apoio à paz”, que cujos contributos entre os Estados-membros são variáveis, mas que no que respeita a Portugal se situam entre 14 milhões e 27 milhões de euros, entre 2023 e 2027. Por outro lado, a terceira linha de ação diz respeito ao “esforço da promoção das indústrias de defesa”, tendo em vista a recuperação dos “défices de capacidade industrial”.

Além disso, os Estados-membros estão ainda a estudar a possibilidade de reforçar o mecanismo europeu de apoio à paz em 3.500 milhões de euros. “Isso ainda vai ser confirmado e obrigar-nos certamente a um esforço adicional”, sinalizou a ministra da Defesa, referindo que em função da proporcionalidade “isso caberia a Portugal algo como 52 milhões de euros”.

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros foi questionado pelos jornalistas sobre o mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) ao presidente russo. João Gomes Cravinho lembrou que há 123 países signatários do Estatuto de Roma e que esses “países têm como uma das responsabilidades corresponder a qualquer mandato de captura que seja emitido pelo TPI”. Nesse sentido, e tendo em conta que Portugal é um dos signatários, o ministro garante que o país assumirá “as suas responsabilidades”.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

(Notícia atualizada às 18h35 com as declarações da ministra da Defesa e do ministro dos Negócios Estrangueiros)

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Lisboa acompanha recuperação na Europa. BCP sobe mais de 2%

Após a turbulência, as principais bolsas europeias recuperaram à boleia do setor da banca. Lisboa acompanhou a tendência, impulsionada pelo BCP, que subiu 2,61%.

Após a turbulência nos mercados registada ao início da manhã, as bolsas europeias recuperaram e fecharam a sessão desta segunda-feira em terreno positivo, com os investidores ainda a digerirem a compra do Credit Suisse pela UBS. Lisboa acompanhou a tendência com o PSI a subir 0,79%, impulsionada pelos ganhos de mais de 2% do BCP.

Pela Europa, o Stoxx 600 valorizou 1% enquanto o alemão DAX subiu 1,1%, o espanhol IBEX-35 1,3% a par com o francês CAC-40 e o britânico FTSE 100 somou 0,9%, num dia marcado pela alta volatilidade nos mercados acionistas.

Os investidores ainda estão a digerir os recentes acontecimentos no setor bancário. No domingo, foi anunciado que o UBS chegou a acordo para a compra do Credit Suisse por um valor superior a três mil milhões de euros, num negócio que teve a bênção do Banco Nacional Suíço e do Governo desse país. A influenciar os mercados estão também as notícias dos últimos dias sobre o colapso de dois bancos norte-americanos, o banco Silicon Valley (SVB) e o Signature.

Perante os receios de uma crise financeira, a presidente do BCE salientou que “o setor bancário da Zona Euro é resiliente”, mas assegurou que “a caixa de ferramentas do BCE está pronta para dar apoio de liquidez para o sistema financeiro, se tal for necessário”.

Lisboa acompanhou o sentimento europeu, tendo fechado a sessão desta segunda-feira a somar 0,79% para 5.769,33 pontos, com 12 das 16 cotadas em terreno positivo e apenas quatro no “vermelho”.

A impulsionar o índice de referência nacional estiveram as ações do BCP. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya somaram 2,61% para 18,86 cêntimos, acompanhando a tendência no setor. O setorial Stoxx 600 Banks somou 1,20%, apesar de ter chegado a cair mais de 3% nesta sessão. Pelas 16h47, o UBS subia 1,52%, enquanto o Credit Suisse afundava 56,48%.

Pelo PSI, nota positiva ainda para a Mota-Engil, que somou 2,3% para 1,51 euros, bem como para a Navigator que valorizou 1,95% para euros 3,238. Pelo setor energético, a EDP Renováveis ganhou 0,7% para 20,08 euros, enquanto a “casa-mãe” subiu 0,32% para 4,764 euros. Já a Galp Energia valorizou 0,38% para 9,928 euros e a REN somou 1,4% para 2,54 euros.

A evitar ganhos mais expressivos do PSI esteve a Ibersol e a Sonae SGPS. A dona da Pizza Hut recuou 1,19% para 6,62 euros, no dia em que voltou ao principal índice da bolsa de Lisboa. Já a Sonae SGPS caiu 1,25% para 95 cêntimos por ação.

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“Palavra de ordem” é descer os preços, afirma Centeno

  • Ana Petronilho
  • 20 Março 2023

O governador do Banco de Portugal frisa que “não é possível continuar a sustentar os mesmos preços" depois da descida dos custos com as matérias-primas e com a energia.

Com a descida dos preços das matérias-primas e dos custos com a energia a “palavra de ordem” é “mitigar e anular todos os efeitos que possam pressionar os preços”, avisou Mário Centeno. O governador do Banco de Portugal avisou que “não é possível continuar a sustentar os mesmos preços com esta realidade”, porque é assim que a inflação e os aumentos de preços “se tornam persistentes”.

Durante um almoço da Associação de Hotelaria de Portugal, esta segunda-feira, Mário Centeno – que falou pela primeira vez desde a crise na banca – avisou ainda que, no imediato, os aumentos salariais e das margens de lucro podem parecer vantagens mas que a médio prazo é “mau para todos”, para trabalhadores e para acionistas, porque provocam inflação e implicam que os bancos centrais tomem medidas para as combater, através da subida das taxas de juro.

“O aumento de um ponto percentual seja salários seja em margens de lucro coloca uma pressão sobre a inflação que, por sua vez, coloca pressão sobre as decisões dos bancos centrais. No curto prazo parece que estamos todos a ganhar – nós [banco central] fazemos a nossa parte porque aumentamos a taxa de juro, empresas e trabalhadores ganham mais um ponto percentual de margens ou salários –, mas a verdade é que no médio prazo vamos perder todos”.

Centeno disse ainda que os bancos centrais “gostam muito de falar de salários e que é necessário de haver contenção na transmissão da inflação aos salários”, considerando que “estão certos” porque é necessário evitar espirais inflacionistas pela via dos custos.

Sobre as taxas de juro, Centeno disse que “subiram muito e demasiado rápido” face a um cenário normal mas que o BCE foi “obrigado a fazê-lo” pelo efeito externo do surto inflacionista.

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