CEO da SIBS está entre as 25 mulheres líderes em tecnologia financeira na Europa

A CEO da SIBS é a única portuguesa que figura neste ranking, que distingue as mulheres que estão a dar cartas no setor da tecnologia financeira.

Madalena Tomé, CEO da SIBS, em entrevista ao ECO24 - 06MAR19

A CEO da SIBS integra o “Financial Technology Report” das 25 mulheres líderes em tecnologia financeira da Europa em 2023. Madalena Tomé, que ocupa o cargo desde 2015, surge na 13.ª posição do relatório que reconhece as mulheres que, este ano, estão a dar cartas no setor da tecnologia financeira, com profunda experiência e impacto no setor fintech.

“O impacto [destas 25 mulheres] nas suas organizações e na indústria como um todo é inegável. Elas representam funções executivas fundamentais, bem como funções especializadas de CEO e COO, a CTO e CMO, bem como outros cargos proeminentes. À medida que as finanças continuam a sua rápida evolução para experiências digitais mais eficientes, estas mulheres líderes estão a alargar as fronteiras através de pagamentos globais, gestão de dinheiro, conformidade, câmbio estrangeiro, gestão de big data, e uma série de outras áreas”, pode ler-se no “The Top 25 Women Leaders in Financial Technology of Europe for 2023”.

A portuguesa Madalena Tomé ingressou na SIBS em 2015, enquanto CEO da empresa. Ao longo da sua carreira passou pela Portugal Telecom — onde desempenhou os cargos de director for remote channels and online and new channels for SMEs e, mais tarde, director of commercial operations — McKinsey & Company e Deloitte.

Ao nível académico, a gestora é licenciada em Matemáticas Aplicadas pelo ISEG e conta com uma pós-graduação em Market Research e CRM, na Universidade Nova de Lisboa.

A lista é encabeçada por Trudy Ross, CEO da Quantile, June Felix, CEO do IG Group, e Lynda Strutton, CEO da Tribe Payments.

Veja aqui o ranking completo.

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Heineken Silver chega à hotelaria e restauração e é promovida em campanha

A marca vai promover ações de degustação em espaços públicos, através da Uber Eats e ativações promocionais de produto em loja.

“Sabor suave e refrescante”, é este o claim da campanha que a Heineken tem nos meios até junho para promover a Heineken Silver.

Depois de ser disponibilizada nos hiper e supermercados portugueses, a Heineken Silver também já está agora disponível como cerveja de pressão no canal HORECA (onde se incluem os hotéis, restaurantes e cafés), assumindo-se “cada vez mais como uma opção para aqueles que procuram uma bebida mais leve e menos amarga”, refere-se em comunicado de imprensa.

A campanha vai estar presente na televisão, no digital e em mupis e outdoors e visa “destacar a nova experiência cervejeira no consumo de Heineken Silver, em formato barril, que promete refrescar ainda mais os momentos de socialização dos consumidores, agora também em cafés, bares e restaurantes”.

Paralelamente à campanha, a marca vai promover ações de degustação em espaços públicos, bem como através da Uber Eats e de outras ativações de produto em loja.

Filipa Magalhães, responsável de marketing da Heineken em Portugal, explica, citada em nota de imprensa, que “o icónico rótulo verde deu origem a um novo tom, mais fresco e turquesa, que o distingue de uma Heineken original, mas Heineken Silver é produzida com os mesmos ingredientes naturais, que lhe conferem a mesma qualidade premium”.

Esta campanha vai continuar a promover as características únicas deste novo produto, manter a proximidade com os nossos consumidores e, sobretudo, mostrar-lhes que o dia-a-dia pode ser ainda mais refrescante”, acrescenta.

O novo produto da Heineken já está disponível em Lisboa (Contra, Boteco da Dri, Carmo Rooftop e Titanic), Costa da Caparica (Lorosae), Porto (Lift e Plano B), Guimarães (Tribuna), Braga (Lustre) e Faro (Lab Terrace).

A criatividade da campanha foi trabalhada global e depois localmente pela Publicis. A Dentsu é a agência de meios.

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Transporte de mercadorias por avião está a cair em 2023

Nos dois primeiros meses do ano, a movimentação de carga e correio nos aeroportos baixou 1,3% face ao mesmo período de 2022. Lisboa concentra 73,1% do transporte de mercadorias a nível nacional.

A movimentação de carga e correio nos aeroportos nacionais voltou a baixar 2,2% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado – e 3,5% em relação a fevereiro de 2020, quando ainda não havia efeitos da pandemia –, arrastando desta forma para -1,3% o decréscimo no acumulado dos dois primeiros meses de 2023 neste indicador.

Os dados mais recentes foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira. Entre janeiro e fevereiro, o movimento de mercadorias no aeroporto de Lisboa representou 73,1% do total, atingindo 24,5 mil toneladas (-0,8% em termos homólogos). No conjunto dos restantes aeroportos nacionais, a carga e correio diminuiu 2,6% no mesmo período de análise.

Já no que toca ao movimento de passageiros, a mesma publicação regista que em fevereiro aterraram 15,2 mil aeronaves em voos comerciais nos aeroportos portugueses, o que correspondeu a quatro milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos), numa evolução homóloga de 31,1% e 55,6%, respetivamente.

França foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo Espanha sido o segundo país nas partidas e o Reino Unido nas chegadas. No mês em análise, 81,4% dos passageiros desembarcados corresponderam a tráfego internacional, num total de 1,7 milhões, na maioria provenientes dos continentes europeu (68,6%) e americano (8,1%).

Em relação aos embarques, em que 80,4% foram igualmente referentes a tráfego internacional, o principal destino foram os aeroportos no Velho Continente (68% do total), equivalente a um crescimento de 50,8% face a fevereiro de 2022. Tal como nas chegadas, também nas partidas se destacou o continente americano (8,1% do total).

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Sindicatos da TAP exigem fim dos cortes salariais ao novo CEO

Um grupo de 13 sindicatos da companhia aérea escreveu uma carta aberta com um "caderno de encargos" para Luís Rodrigues, o novo presidente executivo da companhia aérea.

Um grupo de 13 sindicatos divulgou esta quinta-feira uma carta aberta a Luís Rodrigues, que assume esta sexta-feira a liderança da TAP. Exigem o fim imediato dos cortes e dos congelamentos salariais e o regresso aos acordos laborais que vigoravam antes da pandemia de Covid-19.

A companhia aérea mantém em vigor cortes salariais de 20% a partir dos 1.520 euros, ao abrigo do Acordo Temporário de Emergência (ATE) acordado com os sindicatos em 2021, no âmbito do plano de reestruturação. A gestão avançou também com a denúncia dos Acordos de Empresa, de forma a negociar novas condições laborais.

Agora, com a entrada de um novo CEO e chairman, as estruturas que representam os trabalhadores querem mudanças. “Os sindicatos do Grupo TAP exigem de imediato o fim dos ATE, o fim dos cortes e dos congelamentos salariais, a reversão das denúncias dos AE, bem como a reintegração dos trabalhadores alvo do despedimento coletivo”, escrevem na carta aberta.

Os 13 sindicatos deixam no ar a possibilidade de recorrer a formas de luta mais drásticas, embora não utilizem a palavra greve. “Se a empresa (e o Governo), não alterarem a sua posição sobre estas temáticas e não tomarem medidas que visem o restabelecimento das condições laborais e financeiras dos trabalhadores do grupo, não restará outra solução aos sindicatos senão assumir uma posição que, apesar de indesejável, é legítima, face à absoluta desproporcionalidade existente e que há muito deveria estar extinta”.

Na carta dizem ainda que “não podem ficar indiferentes aos sucessivos escândalos” e exigem a Luís Rodrigues “medidas sérias e concretas que garantam a paz social“. Consideram ainda que a retórica baseada no plano de reestruturação “há muito deixou de fazer sentido, seja pela realidade operacional que a TAP vive (recentemente confirmada pelos resultados apresentados), seja pelas projeções internacionais do setor da aviação comercial”.

Os 13 sindicatos afirmam que é “com sentimento de desalento, mas com um elevado grau de esperança” que se dirigem ao novo CEO e chairman da companhia, “desejando-lhe os maiores sucessos nesta sua nova etapa ao comando da TAP, demonstrando total disponibilidade para [serem] parte da solução, sem nunca abdicar dos princípios e da dignidade enquanto trabalhadores do Grupo TAP”.

Na carta fica já o pedido de uma reunião com Luís Rodrigues, “no mais curto espaço de tempo possível”.

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TAP vai cancelar 200 voos em maio. Pilotos antecipam verão “caótico”

  • Ana Petronilho
  • 13 Abril 2023

Número de voos cancelados deverá subir nos próximos meses, com o sindicato dos pilotos a prever um verão "caótico". TAP diz que está a recorrer à contratação de aviões a outras companhias.

A TAP vai cancelar 200 voos em maio por falta de pilotos e de tripulantes de cabine, antecipa o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC). Um número que pode subir nos meses de verão, quando a operação é reforçada com mais voos.

Em declarações ao ECO, o presidente do SPAC, Tiago Faria Lopes, prevê um verão “caótico, semelhante ao de 2015”, quando a transportadora cancelou em quatro meses 500 voos.

O dirigente do SPAC contabiliza ainda que, no mês de abril, a TAP tem 137 voos sem as equipas completas de pilotos. São voos em que falta o comandante, o copiloto ou ambos.

Questionada pelo ECO, a TAP diz que “perante os desafios previstos para este verão a nível de congestão aeroportuária e da contratação de recursos em terra e ar”, decidiu “ajustar a sua capacidade e recorrer à contratação de ACMI”. Isto é, ao aluguer de aviões, incluindo os pilotos, a tripulação, a manutenção e os seguros.

Tal como o ECO avançou, em março, a TAP contratou em regime de ACMI quatro aviões a três companhias estrangeiras, por falta de aviões e falta de tripulação. Em causa estão, por exemplo, duas companhias búlgaras — a Bulgaria Air e a Fly2Sky (antiga Via Airways) — e a SmartLynx, uma companhia da Letónia. Depois disso, a transportadora contratou também a portuguesa EuroAtlantic e continua a recorrer aos serviços da XFly, a companhia estatal da Estónia, para operar os dois ATR, aviões bimotores a hélice.

O SPAC diz que, desde janeiro, já saíram da TAP 20 pilotos, tendo sido contratados 50. No entanto, Tiago Faria Lopes argumenta que “para haver uma operação estável” seriam necessários 80 pilotos.

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Sindicatos anunciam aumentos salariais entre 126 e 292 euros na Cimpor

As atualizações serão processadas ainda em abril, com retroativos a 1 de janeiro de 2023.

A Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM) fechou o “maior aumento salarial dos últimos tempos” na Cimpor. A revisão salarial para este ano consagra um primeiro aumento intercalar de 4%, acrescido de mais 4% com aumentos mínimos sobre os salários praticados de 90 euros no primeiro semestre e de 110 euros no segundo, para além de 8% nas cláusulas pecuniárias. O aumento salarial mais elevado será de 292 euros, anunciou a federação esta quinta-feira.

“Desta forma, na variação entre a última tabela publicada em 2022 e a tabela a publicar em 2023, verifica-se que, no nível intermédio (nível 8), o aumento salarial mensal será de 142 euros no primeiro semestre de 2023 e 162 euros no segundo semestre, evoluindo dos 1.308,00 euros para os 1.470,00 euros, ou seja, mais 12,4%“, lê-se em comunicado.

O aumento salarial mais baixo, correspondente ao nível 1, será de 126 euros e o mais elevado, correspondente ao nível 15, será de 292 euros.

Os montantes dos vários subsídios serão também revistos. No caso do subsídio de refeição, subsídio de prevenção, anuidades e subsídios de trabalhor-estudante, o aumento será de 8%, enquanto o subsídio de transporte deverá engordar cinco euros (11,6%). O subsídio de turno, por sua vez, deverá ter um incremento de 12,2%, ficando-se nos 457,50 euros.

As atualizações serão processadas ainda em abril, com retroativos a 1 de janeiro de 2023.

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Mão cheia de empresas cria “tradutor” para novos comboios circularem em Portugal

Consórcio com empresas de Portugal e da Europa vai desenvolver um sistema STM para que novos comboios equipados com o sistema europeu posam circular em linhas com o português Convel.

Cinco empresas portuguesas e europeias vão criar um “tradutor” para que os novos comboios da CP e da Medway possam circular nas linhas ferroviárias nacionais. Critical Software, Medway, Thales, Stadler e Alpha Trains são os elementos do consórcio que vai desenvolver esta solução, segundo anúncio feito nesta quinta-feira.

Todos os novos comboios que vão chegar a Portugal estão equipados com o sistema de segurança europeu ETCS. No entanto, o sistema instalado nas linhas de comboio em Portugal é o Convel, desenvolvido na década de 1990. Sem “tradutor”, os novos comboios não iriam conseguir ler os sinais transmitidos pelas balizas do Convel instaladas em mais de 1.500 dos 2.562 quilómetros da rede ferroviária nacional.

O sistema STM Convel, um módulo de transmissão específico, será o “tradutor” que permitirá a comboios com sistema ETCS interpretar os sinais das linhas com Convel sem problemas. Os suíços da Stadler vão fornecer os 22 novos comboios regionais da CP – com chegada prevista a partir de outubro de 2025 – e 16 novas locomotivas para a Medway.

“O STM externo é uma solução adaptativa a qualquer fornecedor ETCS. A sua implementação contribui para a correta migração do sistema, bem como permite uma maior abertura do mercado de sinalização em Portugal, uma vez que as futuras atualizações do ETCS não afetarão o STM instalado e vice-versa, simplificando substancialmente a validação ou certificação do sistema”, refere o comunicado conjunto do consórcio.

Quando as linhas ferroviárias nacionais também adotarem o sistema ETCS, os comboios mais antigos também poderão beneficiar deste “tradutor” desenvolvido em Portugal.

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Carga fiscal dispara para 36,4% do PIB e bate novo recorde em 2022

Inflação e dinamismo do mercado de trabalho impulsionam receitas do Estado com impostos. Carga fiscal registou o maior aumento anual desde 2013.

A carga fiscal em Portugal voltou a renovar máximos históricos, ao atingir 36,4% do PIB em 2022, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira. Esta subida de 14,9% face a 2021 dá-se à boleia da inflação, mas também com o “crescimento do emprego remunerado, as atualizações salariais e a subida do salário mínimo”. É o maior aumento da carga fiscal desde 2013.

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O Estado arrecadou 87,1 mil milhões de euros no ano passado, representando assim 36,4% do PIB — que, note-se, também cresceu 6,7% em 2022. Este número representa uma subida em 11,3 mil milhões de euros e compara com uma carga fiscal de 35,3% do PIB em 2021, ano em que também já se tinha atingido um recorde.

Olhando para os dados históricos, é possível perceber que nos últimos 13 anos (desde 2010), o dinheiro arrecadado em impostos por parte do Fisco aumentou a um ritmo médio de 4% ao ano, cerca de 1,7 vezes acima da riqueza criada em Portugal (2,4%).

Em 2022, o maior aumento deu-se nos impostos diretos (24,1%), particularmente influenciado pelo IRS, que representa cerca de dois terços do total desta receita. Com maior nível de emprego e maiores salários, nomeadamente devido à subida do salário mínimo, as retenções na fonte “engordaram”. Já as contribuições sociais efetivas tiveram um crescimento de 10,2%, também impulsionadas pelo dinamismo no mercado de trabalho, de acordo com o INE. A atualização extraordinária das pensões também contribuiu para a evolução.

Dentro dos impostos diretos, a subida mais expressiva em termos percentuais foi, ainda assim, para as empresas: a receita do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) cresceu 59,6%, “beneficiando do comportamento mais favorável da economia portuguesa em 2022”. O INE indica mesmo que “o aumento nominal de IRC em 2022 foi de 2,897 mil milhões de euros, mais do que ultrapassando os valores registados no período da pré-pandemia”.

Inflação e subida de preços no imobiliário impulsionam receitas fiscais

O aumento da carga fiscal também reflete a evolução dos impostos indiretos, que cresceram 12,2%. A receita com o IVA (que representa 61,5% das receitas destes impostos) subiu 18,1%, num ano em que o preço da generalidade dos bens disparou, com inflação anual a chegar aos 7,8%. Ascendeu a 22,6 mil milhões de euros, mais 3,452 mil milhões de euros que no ano anterior.

O setor do imobiliário deu também gás à receita, sendo que o Estado arrecadou mais 26,3% com o IMT – imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis. Já o IMI apenas subiu 0,8%. Há também subidas nas receitas com o imposto sobre o tabaco (+8,4%), com o imposto de selo (+6,6%) e com o imposto sobre veículos (+5,3%).

A única queda deu-se no imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos, cuja receita caiu 21,3%, devido às medidas implementadas pelo Governo de mitigação do aumento dos preços dos combustíveis.

Nos impostos indiretos, há ainda um conjunto de outras taxas que influenciam os cofres do Estado. É o caso das licenças de emissão de gases com efeito de estufa, cuja receita subiu 259,2 milhões de euros, bem como “os direitos aduaneiros cobrados (+126,8 milhões de euros), o jogo e lucros do Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (+55,5 milhões de euros) e a receita proveniente da taxa de segurança sobre os passageiros do transporte aéreo (+40,8 milhões de euros)”.

O Governo argumenta que devolveu a receita fiscal extraordinária que teve no ano passado, na forma de apoios e medidas. Uma parte dessa “devolução” ocorreu já este ano, com o ministro das Finanças, Fernando Medina, a defender que o Executivo esperou pelas contas finais da receita, já que apenas podia fazê-lo quando soubesse já o montante que ia ser realmente arrecadado.

O INE nota ainda nesta mesma publicação que, apesar desta subida, a carga fiscal em Portugal é inferior à média europeia. Em 2021, o último ano com informação disponível para a União Europeia dados comparáveis, Portugal foi mesmo o 9º país da União Europeia com menor carga fiscal, ficando abaixo, por exemplo, da Espanha (38,3%), da Grécia (39,2%) e da Itália (43,1%).

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Joana Rocha é a nova diretora do centro comercial Parque Nascente

A profissional iniciou o seu percurso na Klépierre em 2019, enquanto marketing manager do Espaço Guimarães, tendo chegado a diretora deste centro comercial na cidade berço. 

A Klépierre, proprietária e gestora de mais de 100 centros comerciais na Europa, nomeou Joana Rocha para o cargo de diretora do Parque Nascente, centro comercial da área do Porto. A profissional iniciou o seu percurso na Klépierre em 2019, enquanto marketing manager do Espaço Guimarães, tendo chegado a diretora deste centro comercial na cidade berço.

“É um orgulho ver a minha dedicação à Klépierre ser reconhecida e é com muito sentido de responsabilidade que assumo este novo compromisso. Espero implementar esta visão de um futuro dinâmico e inovador muito em breve. O Parque Nascente é um centro comercial de exceção na área do Porto ao oferecer várias insignias queridas pelos consumidores, e ter ainda muita margem de progressão para surpreender quer clientes, quer parceiros”, afirma a nova diretora, em comunicado.

Joana Rocha é licenciada em Comunicação Empresarial pelo Instituto Politécnico do Porto e conta com uma pós-graduação em Digital Business pela Porto Business School.

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Guterres criticado em documentos secretos norte-americanos

  • Lusa
  • 13 Abril 2023

Documentos revelados nas redes sociais sugerem que secretário-geral da ONU estava tão interessado em preservar o acordo de cereais que estava "disposto a aceitar" os interesses da Rússia.

Os Estados Unidos acreditam que o secretário-geral da ONU, António Guterres, está “demasiado disposto” a aceitar os interesses russos, de acordo com uma notícia da BBC que tem como base documentos secretos norte-americanos sobre a Ucrânia.

A BBC afirma que os documentos revelados nas redes sociais contêm observações sobre António Guterres “e de vários líderes africanos” sobre a guerra na Ucrânia, sendo que um dos ficheiros secretos refere-se ao transporte de cereais que faz parte do acordo firmado no ano passado entre a Ucrânia e a Rússia, após a intervenção da ONU e da Turquia.

Alegadamente, o documento sugere que António Guterres estava tão interessado em preservar o acordo que estava “disposto a aceitar” os interesses da Rússia. “Guterres salientou os esforços para melhorar a capacidade de exportação por parte da Rússia (…) mesmo que isso envolvesse entidades ou indivíduos russos sancionados”, diz a BBC, citando o mesmo ficheiro secreto.

As atitudes de Guterres no passado mês de fevereiro, de acordo com a avaliação que supostamente consta dos mesmos documentos norte-americanos, estavam “a minar os esforços mais amplos para responsabilizar Moscovo pelas ações na Ucrânia”.

Segundo a notícia assinada pelo jornalista Paul Adams, da estação pública britânica, os documentos secretos tornados públicos recentemente sugerem que Washington “tem estado a acompanhar de perto” António Guterres. “Vários documentos descrevem comunicações privadas envolvendo Guterres” e o adjunto do secretário-geral das Nações Unidas, indica a BBC na notícia publicada esta quinta-feira no portal oficial da estação.

A notícia da BBC refere ainda que “funcionários da ONU [que não são identificados] estão claramente descontentes com a interpretação norte-americana dos esforços de Guterres“, afirmando que o secretário-geral da ONU tornou muito clara a “oposição à guerra”.

Na terça-feira, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou que a Administração norte-americana “leva muito a sério” a investigação sobre os supostos documentos do Pentágono que foram divulgados em redes sociais. “Não posso dizer muito porque o Departamento de Justiça está a investigar, mas tomamos este assunto com muita seriedade”, disse o responsável máximo pelo Pentágono em conferência de imprensa.

Durante a última semana foram publicados nas redes sociais vários documentos militares e dos serviços de informações dos Estados Unidos, datados de fevereiro e março, relacionados com a invasão russa da Ucrânia e com alegados detalhes sobre os planos do “ocidente” no apoio a Kiev.

Os documentos, cuja autenticidade ainda não foi oficialmente confirmada, também apontam que os Estados Unidos vigiaram alguns dos países aliados de Washington, como a Ucrânia, Coreia do Sul ou Israel.

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Mercadona está a baixar preços de alguns produtos em Portugal

Mercadona sinaliza que "tem o compromisso de baixar os preços de venda ao público quando os preços de custo descem" e confirma que "estão a ser realizados vários ajustes de preços" em Portugal.

A cadeia de supermercados Mercadona “tem o compromisso de baixar os preços de venda ao público quando os preços de custo descem”. Nesse sentido, confirma que “estão a ser realizados vários ajustes de preços” no mercado português e espanhol, mas não indica que produtos são abrangidos pela descida, que não estará relacionada com o cabaz de “IVA zero” acordado pelo Governo com a produção e a distribuição.

“A Mercadona, como parte do seu modelo de gestão, tem o compromisso de baixar os preços de venda ao público quando os preços de custo descem. Isto depende das condições comerciais aplicadas a cada produto e pode haver variações entre os países. Efetivamente estão a ser realizados vários ajustes de preços, tanto em Espanha como em Portugal”, confirmou fonte oficial da cadeia espanhola ao ECO.

A reação surge depois de o grupo liderado por Juan Roig ter anunciado na quarta-feira que vai baixar, já a partir deste mês, o preço de 500 produtos de consumo diário nos supermercados em Espanha. A medida vai vigorar até ao final do ano, sendo, que, segundo os cálculos da Mercadona, permitirá uma poupança de 150 euros por ano por cliente. Quanto ao impacto nas margens de lucro da empresa, será de 0,6 pontos percentuais.

Os produtos abrangidos por esta medida estarão devidamente identificados e incluem conservas, laticínios, frutos secos, óleos, comida para animais, pastelaria, produtos de limpeza e cuidado do lar, perfumaria, entre outros, de acordo com a imprensa espanhola.

Quanto a Portugal, ao ECO fonte oficial da Mercadona sublinha que está a implementar uma medida semelhante à de Espanha, com baixas de preços em alguns produtos, mas escusa-se a adiantar que produtos estão em causa.

Com 39 lojas em território nacional, a Mercadona fechou o ano passado com um volume de vendas de 737 milhões de euros, uma subida de quase 78% face aos 415 milhões de euros registados no mercado português em 2021, de um total de vendas de 31.041 milhões de euros, um crescimento de 11%. No final de 2022, ultrapassou o Minipreço nas vendas, posicionando-se como o sexto maior operador no mercado português. Este ano, a cadeia espanhola pretende abrir mais 10 supermercados em Portugal, num investimento que ronda os 280 milhões de euros e que permitirão criar cerca de 650 novos empregos ao longo do ano.

A taxa de inflação em Portugal recuou para 7,4% em março, menos 0,8 pontos percentuais em relação ao mês anterior, à boleia da descida dos preços dos produtos energéticos e dos produtos alimentares não transformados, confirmou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira. Foi o quinto mês de descidas no índice de preços no consumidor, que, apesar de continuar num nível historicamente elevado, está no valor mais baixo em quase um ano.

Para colmatar a escalada de preços da alimentação, o Governo alcançou um acordo com a produção e com a distribuição, tendo em vista a isenção do IVA num conjunto de bens alimentares. O diploma já foi promulgado pelo Presidente da República, e deverá entrar em vigor já no próximo dia 18 de abril, mantendo-se até ao final de outubro.

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Insolvências deverão aumentar 19% em Portugal em 2023

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Abril 2023

Seguradora de créditos Allianz Trade prevê aumento das insolvências na Zona Euro em 23%. Para a França e os Países Baixos, as estimativas chegam aos 41% e 52%, respetivamente.

As insolvências de empresas em Portugal devem crescer 19% este ano, antecipa a Allianz Trade no estudo “No rest for the leveraged”. A seguradora de créditos reviu em alta ligeira as projeções para a Zona Euro, calculando agora um aumento de 23% em 2023, com as insolvências em França e nos Países Baixos a subirem significativamente.

Em comunicado enviado esta quinta-feira, a Allianz Trade assinala que, face ao “fim dos confinamentos e da pandemia de Covid-19, os apoios às empresas atribuídos pelos governos um pouco por toda a Zona Euro já terminaram ou estão a chegar ao fim”, pelo que as empresas em vários países enfrentam agora “encargos com empréstimos públicos obtidos durante o período pandémico”.

Esses encargos constituem um “desafio” para muitas companhias, ao qual acresce o facto de que “as ajudas dadas pelos governantes para minimizar a forte escalada dos preços da energia, após o início da guerra na Ucrânia, estão a terminar”, acrescenta.

Segundo os dados da acionista da Companhia de Seguro de Créditos (COSEC), a Alemanha, principal economia da Zona Euro, deverá registar uma subida de 22% das insolvências, enquanto a França, a segunda maior economia entre os países da moeda única, “deverá ver as insolvências de empresas disparar 41% em 2023”. Ainda mais expressiva é a previsão para as insolvências nos Países Baixos, na casa dos 52%, antecipam os especialistas da seguradora de créditos.

Os especialistas da Allianz Trade estimam também que “a procura por bens e serviços deverá continuar em níveis abaixo do necessário para estabilizar as insolvências”, apontando que “as previsões sugerem que a economia mundial registe neste ano um crescimento lento, depois de dois anos de pandemia, que causaram fortes perturbações nas cadeias de abastecimento, e mais de um ano de guerra na Ucrânia que fez disparar preços de matérias-primas e da energia.

Outro fator a considerar no aumento das dificuldades das empresas, notam os analistas da acionista da COSEC, é a “pressão prolongada sob as margens de lucro das empresas” e “dificuldades de financiamento”, que “enfraquecem as almofadas financeiras das empresas do bloco da moeda única” e podem “representar um teste à resiliência das empresas”.

A manutenção dos custos elevados de produção, bem como a recuperação dos salários e os efeitos prolongados do aumento das taxas de juro também são “riscos para as empresas que, conjugados com um enfraquecimento da procura mundial por bens, pode significar uma redução da capacidade das companhias para fazer refletir nos consumidores a subida dos preços”, indica ainda a seguradora de créditos.

Fora da Zona Euro, a Allianz Trade calcula um aumento das insolvências no Reino Unido (16%), EUA (49%) e China (4%). Já as insolvências a nível global — que tiveram uma pequena recuperação em 2022, de 2% –, deverão aumentar 21% em 2023 e 4% em 2024.

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