Grupo hoteleiro DHM recruta no estádio da Luz e do Dragão. Tem 400 vagas

O primeiro evento de recrutamento está marcado para 16 de março, no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, e o segundo será no Estádio do Dragão, a 22 de março.

O Discovery Hotel Management (DHM) acaba de anunciar uma nova campanha de recrutamento para preencher, até ao final de abril, 400 vagas num amplo leque de funções que vão desde posições de chefia e direção até rececionistas, terapeutas de spa ou técnicos e polivalentes em manutenção. A campanha “DHM Vem Connosco – Janela de Contratações” vai passar, ainda este mês, pelo Estádio do Sport Lisboa e Benfica, em Lisboa, e pelo Estádio do Dragão, no Porto.

Nesta ação de recrutamento “diferente do habitual, num ambiente descontraído”, os potenciais candidatos têm a possibilidade “de falar diretamente com os profissionais que já integram esta família”, afirma Mara Leitão, diretora de recursos humanos da Discovery Hotel Management, em comunicado.

Entre as vagas disponíveis encontram-se posições de chefia e direção, assim como nas áreas de bar, restaurante, sala de jantar, cozinha, serviço de mesa, housekeeping, rececionistas, night auditors, terapeutas de spa e técnicos e polivalentes em manutenção.

Para além do vencimento base, a política de remunerações da DHM assenta num “complemento de bónus anual, um programa de comissão de vendas, alojamento, transfer, mobilidade interna, formação técnica e comportamental, voucher de oferta para os hotéis DHM, 26 dias de férias, kit escolar, kit recém-nascido, entre outras regalias para os seus colaboradores”, elenca o grupo hoteleiro.

O primeiro evento de recrutamento está marcado para o dia 16 de março, das 10h da manhã até às 18h30, no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, em Lisboa, e o segundo no Estádio do Dragão, no Porto, no dia 22 do presente mês. Nestes dias será feita uma apresentação da DHM, bem como uma visita guiada ao estádio.

Os interessados devem inscrever-se aqui e enviar o seu currículo por email (rh@discoveryportugal.com) até ao dia 15 de março.

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Inflação abranda para 8,2% em fevereiro, confirma INE. Mas preços dos alimentos voltaram a aumentar

Gabinete de estatísticas nacional confirma desaceleração da inflação pelo quarto mês consecutivo. No entanto, inflação nos bens alimentares e bebidas não alcoólicas foi de 21,5%.

Está confirmado o abrandamento da inflação em fevereiro, para 8,2%, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira. É o quarto mês consecutivo de abrandamento, mas, como já indicava a estimativa rápida do gabinete estatístico, os preços dos alimentos voltaram a aumentar.

O INE indica ainda que o índice referente aos produtos alimentares não transformados subiu 20,1% (18,5% no mês anterior), atingindo assim a taxa mais elevada desde maio de 1990. Por outro lado, os preços na energia continuam a abrandar, sendo que o índice relativo a estes produtos diminuiu pelo quarto mês consecutivo, para 1,9% (7,1% no mês precedente).

Já o “indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) acelerou para uma variação de 7,2% (7% em janeiro)”, indica o INE. Este é um indicador que mede a evolução dos preços excluindo os elementos mais voláteis, e é o que tem estado a preocupar os bancos centrais já que continua a acelerar.

Hortícolas, azeite e telecomunicações mais caros. Preços no vestuário e energia abrandam

Olhando para os vários contributos para a taxa de inflação geral, o mais expressivo foi a classe de bens alimentares e bebidas não alcoólicas, que registou uma variação homóloga de 21,5% (20,6% no mês precedente), valor mais elevado desde maio de 1985. Os preços das comunicações e do setor de lazer, recreação e cultura também registaram aumentos expressivos.

Por outro lado, as rubricas dos transportes e da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis registaram um abrandamento no segundo mês do ano. O gabinete de estatísticas nacional salienta ainda que as “únicas classes com contribuição negativa foram as do vestuário e calçado e da saúde“.

O INE permite ainda ver as contribuições de certas categorias a um nível mais desagregado, no que diz respeito à variação mensal dos preços. Aqueles que mais contribuíram para a subida foram os “pacotes de serviços de telecomunicações, os produtos hortícolas frescos e frigorificados, exceto batatas e outros tubérculos, o azeite, os restaurantes, cafés e estabelecimentos similares e os hotéis, motéis, pousadas e serviços de alojamento similares”.

Em sentido oposto, nas “contribuições negativas, destacam-se as dos sub-subgrupos do vestuário de mulher e de homem, do vinho, da eletricidade e do gasóleo”.

Nos dados é possível também ver que a variação homóloga das rendas de habitação por metro quadrado foi 3,8% em fevereiro de 2023 (3,6% no mês anterior).

É de salientar ainda que na comparação europeia, utilizando o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, é possível ver que Portugal se encontra a meio da tabela mas acima da média da Zona Euro. O IHPC foi de 8,6% em Portugal e de 8,5% na média dos países da área do euro.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Líder da Sonae queixa-se de “campanha de desinformação” sobre preços dos alimentos

Em resposta às acusações do Governo, Cláudia Azevedo fala em “danos gravosos para a reputação do setor da distribuição alimentar” e garante que “os culpados da inflação não são os supermercados”.

Poucas horas depois de ouvir o ministro da Economia falar num “comportamento completamente dissonante” na evolução dos preços nos supermercados, a presidente executiva da Sonae, que detém o Continente, descreveu que está em curso “uma campanha de desinformação sobre as causas da inflação alimentar, com danos gravosos para a reputação do setor da distribuição alimentar”.

“Sendo certo que o nível de inflação dos produtos alimentares tem sido mais elevado do que a inflação média geral, a verdade é que se trata de um fenómeno global e com causas bem identificadas e associadas às cadeias de produção. Os culpados da inflação não são os hipermercados / supermercados”, escreveu Cláudia Azevedo.

Numa mensagem eletrónica enviada na quinta-feira à tarde aos colaboradores da Sonae, a que o ECO teve acesso, a gestora assegura que a empresa “[baixou] as margens para acomodar o aumento dos custos”. “Também nós sofremos”, acrescentou. Em paralelo, sublinha o desenvolvimento de “soluções para ajudar os clientes a mitigar os efeitos do aumento do custo de vida”.

“Não podia deixar de vos escrever e transmitir o orgulho que tenho na equipa do Continente, nesta altura em que a sua reputação está a ser atacada, e de dizer que podem contar com a Sonae para continuar a ser um motor de desenvolvimento para Portugal. Que não existam dúvidas de que as nossas decisões são orientadas pelos nossos valores, em todos os nossos negócios. Fazemos o que está certo. Sempre o fizemos e sempre o faremos”, lê-se na mesma carta aberta.

Na quinta-feira, o ministro da Economia garantiu que vão ser intensificadas em todo o país as operações de fiscalização da ASAE, que já instaurou 51 processos-crime por especulação, com o objetivo de “identificar se há situações anómalas” e com o argumento de que a evolução dos preços dos alimentos é oposta à da inflação e haver retalhistas com margens de lucro médias superiores a 50%. “Seremos inflexíveis”, prometeu António Costa Silva.

De acordo com os relatórios mensais da ASAE, o cabaz de bens essenciais aumentou de 74,9 euros em janeiro de 2022, para 96,44 euros em fevereiro deste ano. Mas, além disso, há produtos cujo aumento da margem bruta é muito significativa como é o caso das cebolas (superior a 50%); dos ovos, laranjas, cenouras e febras de porco (entre 40 e 50%); ou das conservas de atum, azeite e couve coração (30 e 40%).

Contactado pelo ECO, o grupo Jerónimo Martins, que é o segundo maior operador no retalho alimentar em Portugal, disse apenas que “o comunicado da APED representa a posição do Pingo Doce”. A associação que representa as retalhistas deu a garantia de que os supermercados não estão a aumentar as margens de negócio no atual contexto de inflação e que se “reinventaram” para atenuar nos consumidores os impactos do aumento dos preços. O organismo liderado por Gonçalo Lobo Xavier frisou que a distribuição está a comprar produtos aos fornecedores cada vez mais caros e evitou que “o ónus da inflação em geral para o consumidor fosse muito superior”. “O Lidl está alinhado com o posicionamento da APED”, limita-se a dizer fonte oficial da retalhista de origem alemã.

Esta sexta-feira foi a vez da Associação Nacional dos Transportadores de Mercadoria (ANTRAM) vir recusar responsabilidades no aumento do preço dos bens essenciais, esclarecendo que o transporte não regista subidas que justifiquem as diferenças encontradas nos supermercados.“O transporte de bens alimentares, face ao verificado antes dos níveis da guerra, não regista, atualmente, subidas que possam justificar os enormes aumentos dos bens alimentares”, insiste, em comunicado.

Segundo avança o semanário Expresso (acesso pago), o Executivo liderado por António Costa está a estudar várias medidas para o caso de os supermercados não baixarem os preços nas próximas semanas. O Governo socialista está a ponderar, por exemplo, vir a fixar — mesmo que excecionalmente e com caráter temporário — um limite para as margens de lucro de produtores, indus­triais e distribuidores.

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Portugal é o oitavo país da UE onde o preço dos ovos mais subiu em 2022

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Março 2023

O preço dos ovos em Portugal aumentou quase 50% entre janeiro de 2022 e janeiro deste ano, taxa que fica bastante acima da média dos países da União Europeia (30,4%).

Os preços dos alimentos têm aumentado substancialmente desde o ano passado — levando o Governo a querer forçar os supermercados a baixar preços — sendo o ovo um dos bens alimentares com a maior subida de custo. Entre os 27 Estados-membros da União Europeia, Portugal é o oitavo país onde o preço dos ovos mais subiu no espaço de um ano, registando uma subida de 46,2% (acima da média da UE).

Entre janeiro de 2022 e janeiro deste ano, o preço deste bem essencial aumentou, em média, 30,4% na União Europeia (UE), de acordo com dados publicados esta sexta-feira pelo Eurostat.

Fonte: Eurostat

O maior aumento do preço dos ovos verificou-se na República Checa (+85% em janeiro deste ano face ao mesmo mês de 2022), seguindo-se a Hungria (+80%) e a Eslováquia (+79%).

Já os menores aumentos — mas ainda assim substanciais — registaram-se na Alemanha e no Luxemburgo (ambos +18%), bem como na Áustria (+19%).

O gabinete estatístico nota ainda que foram registados aumentos de preços muito menores em janeiro de 2022 em comparação com janeiro de 2021 (+7%) e também em janeiro de 2021 relativamente ao mesmo mês de 2020 (+1%).

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Operação de equity raise de 2 mil milhões da EDP e EDPR com apoio da Morais Leitão e Uría Menéndez

A Morais Leitão esteve do lado da EDP e da EDPR. Os coordenadores globais responsáveis pela oferta foram assessorados pela Uría Menéndez, escritórios de Madrid e Lisboa.

A EDP e a EDP Renováveis (EDPR) realizaram uma operação de equity raise de 2 mil milhões de euros através de colocações aceleradas junto de investidores institucionais. A Morais Leitão esteve do lado da EDP e da EDPR. A King & Wood Mallesons de Madrid assessorou a EDPR nos aspetos de direito espanhol da transação. Os coordenadores globais responsáveis pela oferta foram assessorados pela Uría Menéndez, escritórios de Madrid e Lisboa.

“O equity raise na EDP envolveu a emissão de 218.340.612 ações e um montante total angariado de aproximadamente mil milhões de euros e foi anunciado para financiar a oferta de compra das ações detidas pelos acionistas minoritários na EDP Energias do Brasil, S.A. Por sua vez, o equity raise na EDPR envolveu a emissão de 50.968.400 ações e também um montante total angariado de aproximadamente mil milhões de euros, com o objetivo de financiar o desenvolvimento de cerca de 17 GW de capacidade instalada em projetos de energias renováveis até 2026″, explica a Morais Leitão.

A equipa da Morais Leitão envolvida na operação foi liderada pelo sócio Ricardo Andrade Amaro e que contou com a participação da sócia Diana Ribeiro Duarte, do associado sénior Pedro Capitão Barbosa e da associada Margarida Mesquita Machado.

Em comunicado, a Morais Leitão sublinha que cada uma das transações envolveu a negociação e a celebração de acordos de investimento com investidores “âncora” que permitiram proporcionar certeza adicional na respetiva execução, permitindo assim “diminuir os riscos associados à operação com o acordo de investimento entre a EDPR e o investidor âncora GIC, o veículo de gestão das reservas internacionais de Singapura com 654b euros sob gestão, inclusivamente a fixar o preço de subscrição na oferta da EDPR”.

“Esta estrutura é absolutamente inovadora em Portugal e a Morais Leitão foi responsável pela estruturação, negociação e implementação, de um ponto de vista jurídico, de tais acordos de investimento com os investidores âncora”, referem.

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Greve na CP suprimiu 141 comboios até às 8 horas

  • Lusa
  • 10 Março 2023

A empresa prevê "fortes impactos" na circulação esta sexta-feira e ligeiras perturbações nos restantes dias até dia 18 de março.

A CP suprimiu 141 comboios dos 253 programados entre as 00h e as 8 horas desta sexta-feira devido à greve de 24 horas dos maquinistas da transportadora, segundo um balanço enviado pela empresa à Lusa.

Os maquinistas da CP cumprem uma nova greve de 24 horas, desde a meia-noite, com serviços mínimos decretados, convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), contra a última proposta de aumentos salariais de 51 euros.

A empresa prevê “fortes impactos” na circulação esta sexta-feira e ligeiras perturbações nos restantes dias até dia 18, em que os maquinistas não irão realizar serviços que durem mais de sete horas e meia.

De acordo com um balanço feito esta sexta-feira de manhã à Lusa, dos 253 comboios programados entre as 00h e as 8 horas, foram realizados 112 e suprimidos 141 (55,7%).

A CP – Comboios de Portugal indica que estavam previstos 66 comboios regionais, mas não se fizeram 34 ligações, tendo sido realizadas 32.

Quanto aos urbanos de Lisboa, estavam previstos 115, foram suprimidos 76 e efetuados 39.

De acordo com a empresa, nos urbanos do Porto, estavam programados para aquele período 52, foram realizados 31 e suprimidos 21.

Nos comboios urbanos de Coimbra, estavam previstos oito, foram cancelados quatro, o mesmo número dos realizados.

No que diz respeito aos comboios de longo curso, estavam previstos 12, foram suprimidos seis e realizados também seis.

O tribunal arbitral decretou serviços mínimos de cerca de 30% a nível nacional, bem como no que seja necessário à segurança e manutenção do equipamento e instalações e de serviços de emergência e comboios de socorro.

A paralisação foi convocada em protesto contra a última proposta da empresa de aumentos salariais de 51 euros, que representa uma progressão média na carreira de 3,89% e que a estrutura sindical considera “claramente inaceitáveis”.

Assim, entre as 00h00 e as 23h59 desta sexta-feira, os trabalhadores fazem “greve à prestação de todo e qualquer trabalho dos trabalhadores das categorias representadas pelo SMAQ (com efeitos às últimas horas de quinta-feira e as primeiras horas de sábado)”.

Adicionalmente, entre as 00h00 de sábado e as 23h59 de dia 17, está convocada “greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a sete horas e 30 minutos, para as categorias Maquinista ou Maquinista Técnico”.

Já entre as 00h00 de sábado e as 23h59 do dia 17, fazem “greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diário que impliquem entradas e/ou saídas na sede entre as 00h00 e as 6h, para as de Maquinista ou Maquinista Técnico”, e, entre as 00h00 do dia 14 e as 23h59 do dia 17, “greve a todos os períodos normais de trabalho que tenham a duração prevista superior a seis horas, para as categorias Inspetor de Tração ou Inspetor Chefe de Tração”.

Em fevereiro, as greves convocadas por vários sindicatos da CP levaram à supressão de centenas de comboios por dia.

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Norte-americano Silicon Valley Bank cai 60% e atira ações da banca para o vermelho

Quedas no banco norte-americano Silicon Valley Bank, focado nas empresas de tecnologia, levaram a perdas nas cotadas da banca em Wall Street e contagiam ações europeias.

O grupo norte-americano Silicon Valley Bank registou uma queda de 60% das suas ações, depois de se ver forçado a avançar com um aumento de capital. Esta situação assustou os investidores e provocou perdas nas cotadas do setor da banca, contribuindo para eliminar mais de 80 mil milhões de dólares em valor de ações de bancos do S&P 500. Desvalorizações começaram em Wall Street, mas estão a estender-se para as ações da banca europeia.

Na noite de quarta-feira, o SVB revelou que teve de registar perdas de cerca de 1,8 mil milhões de dólares após a venda forçada de uma carteira de títulos por 21 mil milhões para garantir a solvabilidade do banco, que se desfez em resposta a uma corrida aos depósitos por parte dos seus clientes.

O SVB é banco norte-americano de pequena dimensão que opera em Sillicon Valley e que trabalha sobretudo junto de fundos de venture capital no financiamento de startups que, segundo o relatório do SVB, “estão a queimar dinheiro a um ritmo duas vezes acima dos níveis pré-2021 e ainda não se ajustaram ao ritmo mais lento de angariação de capital.”

Estas notícias desencadearam uma queda livre de 60% da cotação dos títulos do banco no dia de ontem, a que é hoje somada uma nova desvalorização de 30% a poucas horas da Bolsa dos EUA abrir.

Também não é imune à “queda livre” dos títulos do SVB o facto de recentemente a S&P ter baixado a classificação de risco creditício dos seus títulos de dívida de “BBB” para “BBB-“, deixando-os apenas a um nível acima da sua classificação de dívida especulativa; e na quarta-feira, a Moody’s ter reduzido o rating do SVB para “Baa1” de “A3”, refletindo “a deterioração do financiamento, liquidez e rentabilidade do banco, o que levou o SVB a anunciar soluções para reestruturar o seu balanço”.

Onda de choque nos EUA e na Europa

As perdas acentuadas nos títulos do SVB rapidamente alastraram-se para os restantes bancos, com os investidores a temerem que outras instituições financeiras possam ter também nos seus balanços situações parecidas.

Isto desencadeou umsell-off” nos títulos da JPMorgan Chase, Bank of America, Citigroup e Wells Fargo, levando a uma perda de 52,4 mil milhões do valor de mercado dos quatro maiores bancos dos EUA em ativos, de acordo com o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês). A queda total no valor de mercado dos 18 bancos cotados no índice do setor do S&P 500 foi de 80 mil milhões de dólares.

Após as perdas registadas em Wall Street quinta-feira à noite, as bolsas europeias arrancaram o dia com perdas de mais de 1%. A desvalorização nos EUA contagiou as ações de bancos europeus, que caminham para a maior queda diária em nove meses.

O índice Euro Stoxx Banks, que agrega os 21 maiores bancos da Zona Euro, acumula atualmente perdas superiores a 5% e conta com todos os bancos no vermelho, numa lista encabelada pelo Deutsche Bank que afunda 8%.

Ainda com poucas horas de negociação, a sessão de hoje é já a pior desde 10 de junho de 2022 para o setor financeiro, onde se destacam ainda as quedas de mais de 5% das ações do Societe Générale, HSBC, ING Groupe e Commerzbank.

Em Lisboa, o BCP chegou a cair 5% mas segue agora a recuar 3,4% para os 0,2214 euros.

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Transportadores negam responsabilidade na subida de preços dos alimentos

  • Lusa
  • 10 Março 2023

Embora a ANTRAM admita uma subida entre 5% e 7% para o transporte em território nacional, considera que isto não justifica os aumentos de preços dos bens essenciais nos supermercados.

A Associação Nacional dos Transportadores de Mercadoria (ANTRAM) recusou esta sexta-feira que o aumento do preço dos bens essenciais não se deve ao transporte, esclarecendo que este não regista subidas que justifiquem as diferenças encontradas nos supermercados.

Em comunicado, a ANTRAM acusa igualmente a associação das empresas de distribuição de mentir ao tentar relacionar estes aumentos com o custo de transporte, dizendo que isso “não corresponde à realidade”.

“O transporte de bens alimentares, face ao verificado antes dos níveis da guerra, não regista, atualmente, subidas que possam justificar os enormes aumentos dos bens alimentares”, de acordo com a ANTRAM.

Acrescenta a associação que a importação de bens alimentares de outros países não aumentou face aos valores pré-guerra na Ucrânia e que o transporte, em território nacional, está em valores “muito próximos” daqueles que se registavam antes do conflito.

A ANTRAM admite, para o transporte em território nacional, uma subida entre 5% e 7%, sublinhando que isto não justifica os aumentos dos bens essenciais encontrados nos supermercados, com “subidas de 25% e 50% e margens brutas de lucro que chegam a passar os 50% em vários produtos”.

A associação lembra que, na estrutura de custos das empresas de distribuição, o custo de transporte não é um dos principais, “sendo sempre largamente ultrapassado pelo valor das mercadorias”, para afirmar que os transportes não podem justificar mais do que uma subida muito marginal dos bens alimentares, “certamente abaixo de 1%”.

Em muitos casos, sublinha, “não importam qualquer subida”. “O seu a seu dono! O dono dos aumentos do preço da alimentação dos portugueses não são os transportadores”, insiste a ANTRAM.

Na quinta-feira, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) disse que o setor do retalho alimentar não aumentou as margens de comercialização, depois de a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ter instaurado 51 processos-crime por especulação em fiscalizações a 960 operadores e detetou margens de lucro superiores a 50% na cebola.

O cabaz alimentar, definido pela ASAE para calcular a evolução dos preços — que é composto por bens essenciais -, aumentou quase 29% desde 2022 e até fevereiro deste ano para 96,44 euros.

No comunicado divulgado na quinta-feira, a APED garantiu que o setor do retalho alimentar não aumentou as margens de comercialização e lembrou que a distribuição “está a comprar os produtos cada vez mais caros”, já em 2023, aos fornecedores (indústria e produção).

Indicou igualmente que estes aumentos no início da cadeia refletem a subida dos custos dos fatores de produção decorrentes dos aumentos dos preços dos fertilizantes, das rações e de outros custos relevantes.

Nesse contexto, aponta o caso do leite “que está 75% mais caro nas lojas, precisamente o aumento que os fornecedores passaram para a distribuição”, indicando que “isso mesmo foi referido há 3 dias pela FENELAC [Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite]”.

Até setembro de 2022, a Jerónimo Martins — dona do Pingo Doce — viu os lucros aumentar 29% para os 419 milhões de euros. Já a Sonae, dona do Continente, registou lucros de 210 milhões no mesmo período, mais 33% do que um ano antes.

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Preço do gás dispara mais de 8% para cerca de 47 euros por MWh

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Março 2023

Cotação do contrato TTF para entrega em abril sobe mais de 8%, para perto dos 47 euros por MWh. Subida surge numa altura de descida de temperatura na Europa.

O contrato de gás TTF para entrega em abril, negociado em Amesterdão e que serve de referência para o mercado europeu, está a valorizar 8,26% para 47,20 euros por megawatt-hora (MWh) na manhã desta sexta-feira, de acordo com a plataforma Barchart. Nos últimos dias, os futuros de gás acumulam ganhos de 3,43%.

Evolução do contrato TTF para entrega em abril nos últimos três meses

Fonte: Barchart

A valorização dos futuros do gás, que acumulam ganhos de 3,43% nos últimos cinco dias, surge num período de temperaturas frias principalmente no noroeste da Europa.

Na quinta-feira, a Comissão Europeia anunciou que vai propor aos Estados-membros a extensão da redução voluntária do consumo de gás.

“Integrámos a Ucrânia na plataforma de compra conjunta de gás. Esta segurança ajuda a dois mil milhões de metros cúbicos de gás adicional e estamos a trabalhar em reformas de mercado no contexto do processo de adesão”, disse a comissária europeia para a Energia, Kadri Simson, no Parlamento Europeu.

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Petróleo caminha para maior queda semanal desde início de fevereiro

Receios face ao abrandamento da economia norte-americana estão a pressionar o sentimento dos investidores. Petróleo cai pela quarta sessão.

Os preços do petróleo estão a recuar pela quarta sessão consecutiva esta sexta-feira, caminhando assim para registar a maior perda semanal desde o início de fevereiro. Queda dá-se devido às preocupações com a perspetiva de subidas acentuadas nas taxas de juros nos Estados Unidos, desacelerando o crescimento económico e atingindo a procura por combustível.

Pelas 8h45 de Lisboa, os futuros do petróleo Brent, referência europeia, cai 0,5%, para 81,20 dólares o barril. Já o crude WTI, dos EUA, recua 0,8%, para 75,14 dólares.

Petróleo encaminha-se para maior queda semanal desde fevereiro

Os benchmarks estão a encaminhar-se para a maior queda semanal em cinco semanas. As expectativas de novos aumentos de juros na maior economia do mundo e na Europa penalizam as perspetivas de crescimento global e levaram os dois índices de referência do petróleo a cair mais de 5% até agora nesta semana, a pior queda desde o início de fevereiro.

Depois de avisos do presidente da Fed de que poderiam ser necessários aumentos de juros mais agressivos, e dados económicos que mostram algum abrandamento, “os investidores estão cada vez mais cautelosos”, salientam analistas do Haitong Futures numa nota citada pela Reuters.

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Medina ainda procura justa causa já depois de demitir CEO da TAP

  • ECO
  • 10 Março 2023

O Ministério das Finanças chamou advogados para ajudar a reforçar a justa causa apenas depois de anunciar a demissão da CEO e do chairman da TAP.

Os ministros das Finanças e das Infraestruturas anunciaram na segunda-feira que a CEO e o chairman da TAP eram demitidos por “justa causa”. Porém, segundo oJornal Económico (acesso pago), somente depois dessa conferência de imprensa é que Fernando Medina procurou sustentar juridicamente a decisão, ao auscultar vários escritórios de advogados com vista a acautelar a fundamentação da “justa causa” que se antecipa agora ser dirimida em tribunais por Christine Ourmières-Widene e Manuel Beja.

Fonte oficial do Ministério das Finanças disse que “o processo de fundamentação jurídica desta decisão está a ser conduzido pelas equipas jurídicas do Estado”, recusando fazer quaisquer comentários quanto à existência de reuniões com advogados externos. A VdA e a Sérvulo foram alguns dos escritórios chamados ao Terreiro do Paço por Fernando Medina, mas pelo menos a VdA terá declinado o convite, enquanto a Sérvulo não quis comentar nem confirmar se está envolvida.

No entanto, uma fonte com conhecimento do processo estranha que se anuncie primeiro o despedimento por justa causa e que só depois se procure sustentá-la juridicamente. “É a política a funcionar. Primeiro, anuncia-se e acautela-se depois a fundamentação deste tipo de processos“, cuja ilegalidade grave, segundo alguns advogados, pode ser difícil de provar, e até porque é preciso saber se é imputável à CEO.

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Governo força supermercados a baixar preços

  • ECO
  • 10 Março 2023

O Governo pode avançar com medidas como um limite para as margens de lucro ou a negociação com as empresas, caso os preços dos produtos alimentares essenciais não baixem.

O Executivo está a estudar várias medidas para o caso de os supermercados não baixarem os preços nas próximas semanas. Segundo avança o Expresso (acesso pago), o Governo pondera, por exemplo, vir a fixar — mesmo que excecionalmente e com caráter temporário — um limite para as margens de lucro de produtores, indus­triais e distribuidores.

O inspetor-geral da ASAE reconhece que o facto de não existir qualquer valor definido como teto máximo dificulta o combate à especulação. “Para a ação inspetiva, seria mais linear se houvesse margens predefinidas”, afirma Pedro Portugal Gaspar, como aconteceu durante a pandemia com máscaras e álcool-gel.

O Governo também chegou a avançar com um decreto que permitia a fixar margens nos combustíveis, mas não foi necessário utilizar porque os preços baixaram entretanto. A expectativa é que tal também aconteça nos supermercados, com a pressão pública exercida agora, mas caso não se verifique podem avançar medidas como o modelo aplicado em França, que passa pela negociação e não pela imposição de limites às margens de lucro.

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