“Direito à identidade sem custos”. Bebés passam a ter Cartão de Cidadão gratuito até ao primeiro ano de vida

Os bebés até ao primeiro ano de vida passam, a partir desta quinta-feira, a ter acesso gratuito ao Cartão de Cidadão. Governo lança medida para tornar a comunicação do nascimento mais simples.

A partir desta quinta-feira, os bebés até ao primeiro ano de vida passam a ter acesso gratuito ao Cartão de Cidadão. Além disso, no dia em que se assinala o “Dia Mundial da Criança” é lançada a medida “Nascer + Cidadã e + Cidadão”, que visa tornar a comunicação do nascimento nas maternidades mais simples.

“Os bebés, até ao primeiro ano de vida, têm, a partir de hoje [1 de junho], acesso gratuito ao Cartão de Cidadão, assegurando que todos os portugueses nascem cidadãos e têm o direito à sua identidade sem custos”, adianta o Ministério da Saúde, em comunicado. O documento passa a ser enviado para a morada de casa. No ano passado, foram pedidos 61.713 cartões de cidadão para crianças até um ano de idade, revela ainda o Governo.

Paralelamente, está também a ser lançada a medida “Nascer + Cidadã e + Cidadão”, incluída no programa Simplex, que visa “simplificar a declaração de nascimento” dos recém-nascidos “permitindo que este seja realizado através de uma única interação com a Administração Pública e sem que os pais necessitem de se deslocar a um balcão físico“. Objetivo é dar uma “maior comodidade à família”, sinaliza a tutela liderada por Manuel Pizarro.

Numa primeira fase, a simplificação da comunicação do nascimentos dos bebés vai estar disponível na maternidade do Centro Hospitalar de Setúbal, “prevendo-se, até ao final deste ano, o seu alargamento gradual às restantes unidades de saúde públicas, onde já existem (e continuarão a existir) os balcões Nascer Cidadão”, bem como “às unidades de saúde privadas, onde os balcões Nascer Cidadão não foram reativados após a recente pandemia”, lê-se.

Com esta nova modalidade de comunicação do nascimento, “o serviço deixa de estar sujeito a um horário limitado, uma vez que não depende da disponibilidade dos funcionários da conservatória”, explica o Executivo, referindo ainda que cabe ao funcionário da unidade de saúde proceder “ao preenchimento da declaração de nascimento, com a informação prestada presencialmente pelos pais, até ao momento em que a parturiente receba alta”.

Caso os pais optem por não fazer o registo na maternidade podem continuar a recorrer aos serviços já existentes, nomeadamente online (clicando aqui) ou nos serviços presenciais ao balcão do registo.

Ao mesmo tempo, foi ainda publicada uma alteração à lei “que visa superar as dificuldades na comprovação da insuficiência económica de cidadãos privados da liberdade em estabelecimentos prisionais, para efeitos de isenção das taxas de emissão e renovação do cartão do cidadão”, conclui o Governo.

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JP Morgan prevê aceleração do PIB espanhol se Feijóo ganhar as eleições

Banco de investimento considera que um governo do PP "poderia afetar especialmente o investimento empresarial, que definhou desde que Pedro Sánchez assumiu o poder em meados de 2018″.

O JP Morgan já reagiu à probabilidade de Alberto Núñez Feijóo, líder do Partido Popular (PP), ganhar as eleições em Espanha, que foram antecipadas depois da derrota socialista nas municipais e autónomas realizadas no domingo. O banco de investimento prevê que uma vitória de Feijóo e do PP resultaria numa aceleração do PIB e no aumento do investimento, algo que ficou aquém das expectativas durante o mandato do atual presidente, Pedro Sánchez.

Numa análise da autoria Marco Protopapa, divulgada esta quinta-feira pelo jornal El Expansion, o banco considera que um governo liderado pelos conservadores “poderia afetar especialmente o investimento empresarial, que definhou desde que Pedro Sánchez assumiu o poder em meados de 2018″.

Os comentários do analista surgem na sequência da decisão surpresa de Sánchez de convocar eleições antecipadas para 23 de julho, após uma forte derrota socialista nas eleições regionais e locais de 28 de maio. O cenário de base do JP Morgan é que o PP governe com o apoio externo do Vox, embora Protopapa não exclua uma coligação entre os dois partidos como último recurso.

Entretanto, Alberto Núñez Feijóo já deixou um conjunto de promessas aos eleitores. Além de garantir que devolverá o imposto sobre o património às comunidades autónomas — considerado pelo próprio como “injusto” –, prometeu que irá eliminar os impostos sobre os bancos e as empresas do setor elétrico, ao mesmo tempo que irá conter a dívida pública, que ultrapassa os 1,5 mil milhões de euros. Para o candidato, essa é mesmo “a sua primeira grande preocupação”.

Por outro lado, o candidato da direita tradicional espanhola considera que existe um excesso de cobrança de impostos devido à inflação e que os valores devem ser devolvidos aos bolsos dos cidadãos. “Este objetivo pode ser alcançado através da adoção de várias medidas para atenuar o impacto nas famílias. Entre elas, uma redução extraordinária e temporária do IRS com impacto nos rendimentos médios e baixos, bem como na atividade dos trabalhadores independentes“, detalha o programa eleitoral do partido, cita pelo Cínco Dias.

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Lucro do grupo Montepio sobe 30% para 91 milhões em 2022

Maior mutualista do país teve lucros de 91 milhões no ano passado, uma subida de quase 30% em comparação com 2021. "Foi o segundo ano em que todas as empresas tiveram lucros", sublinhou Virgílio Lima.

A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) registou lucros consolidados de 90,8 milhões de euros em 2022, uma subida de 26,9% em relação ao ano transato, “com o contributo positivo da globalidade das empresas do grupo”.

“É o segundo ano em que todas as empresas têm um resultado positivo”, salientou Virgílio Lima, presidente do grupo, na apresentação dos resultados.

O Banco Montepio, o principal ativo da maior mutualista do país, com mais de 600 mil associados, teve um lucro de 33,6 milhões de euros, enquanto as duas seguradoras, apesar da turbulência nas bolsas no ano passado, registaram lucros de 7,5 milhões (na Lusitania Vida, como aqui revelámos) e 5,1 milhões (na Lusitania).

Certificados pressionam em 2023

Praticamente metade do resultado veio da própria associação em termos individuais, totalizando os 50,2 milhões de euros, à boleia do aumento da margem associativa, que corresponde à diferença entre entradas e saídas das poupanças dos associados e que atingiu os 85,8 milhões ano passado.

Mas, tal como o setor da banca, também a AMMG está a sentir a pressão dos Certificados de Aforro na captação de poupanças este ano. A margem financeira está a zeros, depois de ter captado 350 milhões e ter registado saídas de 358 milhões nos primeiros cinco meses do ano, revelou Virgílio Lima.

“Não houve perda [de poupanças], mas [a AMMG] não foi imune à maior remuneração oferecida” pelos Certificados de Aforro, reconheceu o presidente, sublinhando, porém, que a mutualista também foi atualizando os juros dos seus produtos financeiros e está a conter a pressão dos certificados.

Já a margem financeira do grupo subiu para 296,9 milhões de euros, “beneficiando do aumento das taxas de juro de mercado”, com o contributo relevante dos juros dos empréstimos concedidos pelo Banco Montepio, indica a instituição em comunicado.

Auditor mantém reserva por desacordo

O ativo líquido consolidado caiu 700 milhões de euros, passando de 22,9 mil milhões para 22,2 mil milhões, devido sobretudo à desvalorização dos ativos financeiros detidos pelas seguradoras, em resultado das turbulência nos mercados, mas também pela venda de alguns ativos não produtivos da parte do banco, explicou Lima.

Quanto ao passivo, baixou para os 22 mil milhões, com a estrutura a manter-se estável. Os capitais próprios aumentaram 35,5% para 201,9 milhões.

Na certificação legal de contas, o auditor retirou a nota quanto à incerteza material de continuidade, dada a melhoria da atividade. Mas manteve a reserva por desacordo em relação aos ativos por impostos diferidos (DTA), que superam os 800 milhões de euros. A PwC, com quem a administração mantém um braço de ferro em relação a este tema, vai continuar a ser o auditor da mutualista no próximo mandato — como viu o seu mandato renovado no banco.

“Não retiramos um auditor por discordância, embora tenhamos dado nota publicamente da nossa discordância”, apontou Virgílio Lima.

(Notícia atualizada às 13h10)

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Consultora imobiliária Savills compra Predibisa para reforçar negócio no Porto

Presente em Portugal desde 2018, a consultora imobiliária internacional Savills acaba de adquirir a Predibisa, criada há mais de 30 anos e que soma dois escritórios no Porto e 30 colaboradores.

A consultora imobiliária internacional Savills, que está em Portugal desde 2018, anunciou esta quinta-feira a aquisição da Predibisa, especializada no mercado da região do Porto. O valor da aquisição não foi revelado.

A Predibisa presta aconselhamento imobiliário residencial e comercial no Norte de Portugal há mais de 30 anos, tem dois escritórios no Porto e emprega 30 pessoas. Já a Savills tem escritórios em Lisboa e na cidade Invicta, contando atualmente com uma equipa de 120 pessoas.

“Com um sólido percurso em Portugal e reconhecendo a importância da Predibisa na região do Porto a Savills, através da concretização desta operação, dá mais um passo natural rumo à expansão geográfica no país. Estamos muito satisfeitos por vir a trabalhar com esta sólida equipa e alargar o leque de serviços aos nossos clientes no Porto”, diz Paulo Silva, da Savills Portugal.

Em comunicado enviado às redações, o responsável sublinha “o Porto tem vindo a registar uma trajetória brilhante através da transformação significativa do seu tecido urbano, por isso, a Savills traça uma estratégia sólida que lhe permite fazer face à crescente procura de serviços especializados nesta zona do país.“

O Porto é a segunda cidade do país e está a florescer, tanto numa perspetiva comercial como residencial. Esta aquisição é, portanto, um passo natural para nós e estamos muito entusiasmados com esta nova etapa.

James Sparrow

CEO da Savills UK & EMEA

James Sparrow, CEO da Savills UK & EMEA, comenta: “Temos resultados excelentes em Portugal, sendo um país fundamental para alavancar nossa atividade e o nosso crescimento. O Porto é a segunda cidade do país e está a florescer, tanto numa perspetiva comercial como residencial. Esta aquisição é, portanto, um passo natural para nós e estamos muito entusiasmados com esta nova etapa.”

Em 2022, o volume de investimento imobiliário em Portugal atingiu os 3,3 mil milhões de euros, continuando o país a ser visto como um safe heaven para os investidores. O mercado assenta em “fundamentos sólidos”, atraindo um leque cada vez mais diversificado de investidores e tenants que procuram expandir a sua atividade no continente europeu, na análise da consultora.

Nos últimos anos, o mercado residencial tem sido um dos principais impulsionadores do investimento internacional no país, com os números de vendas a ultrapassarem os registados no período pré-pandemia.

“Ao nos juntarmos a um consultor imobiliário líder internacional com experiência excecional no setor residencial e comercial, seremos capazes de consolidar a nossa posição no mercado”, salienta Rui Branco, senior director da Predibisa. “A Savills dá-nos acesso a uma vasta rede internacional de clientes e colaboradores, o que abrirá um potencial de crescimento adicional e proporcionará aos nossos colaboradores excelentes oportunidades de desenvolvimento”, acrescenta João Leite Castro, que também é senior diretor da Predibisa.

A consultora internacional Savills tem um total de 700 escritórios e está presente na Europa, Ásia Pacifico, África, América e Médio Oriente. Entrou no mercado português há cinco anos através da aquisição da Aguirre Newman.

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Região de Aveiro vale 7,2% das exportações portuguesas de mercadorias

Empresas da região de Aveiro são mais exportadoras, têm maior intensidade tecnológica e melhor autonomia financeira do que a média nacional, mostra um estudo do Novobanco.

A região de Aveiro foi responsável por 7,2% do total de exportações de bens de Portugal no ano passado. A intensidade exportadora das empresas desta região é superior à média nacional, de acordo com um estudo realizado pelo Novobanco.

Esta quinta-feira, a partir das 17h, o ECO Local e o Novobanco vão debater os desafios económicos de Aveiro. A realidade económica do concelho e os novos desafios para a região são alguns dos temas que vão estar em destaque nesta conferência em que participam Artur Varum (Civilria), Miguel Casal (Grestel) e Luís Ribeiro (Novobanco).

As vendas de mercadorias no exterior são dominadas por máquinas e aparelhos (25%), plásticos e borrachas (18%), metais comuns (14%) e material de transporte (13%), segundo a análise realizada pela instituição financeira.

Por outro lado, nas importações destaca-se o comércio intra-industrial — máquinas e aparelhos (22%), metais (20%, químicos (16%) e plásticos e borrachas (12%) –, alinhadas com o perfil das vendas realizadas no estrangeiro. Em 2022, a região foi responsável por 4,9% do total das compras de bens realizadas pelo país.

A região de Aveiro pertence às NUTS III, que abrange os concelhos de Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos.

Em 2021, a economia da região de Aveiro teve um peso de 3,6% no total do PIB português, o equivalente a 7,75 mil milhões de euros. O desempenho recente da região ao nível do crescimento real tem sido melhor do que o do conjunto da economia nacional, estando o PIB per capita alinhado com a média nacional.

O volume de negócios das empresas da região de Aveiro é superior à média nacional. É em Ílhavo, Estarreja e Albergaria que se concentra o maior volume de negócios das maiores empresas da região. A indústria transformadora e o comércio são os setores com maior peso na faturação, com os químicos, as fibras, os produtos metálicos, as borrachas, os plásticos e os veículos a dominarem na vertente industrial.

O peso das despesas com investigação e desenvolvimento (I&D) no PIB expressa igualmente uma tendência crescente — e é mais expressivo do que no conjunto do país. No ano de referência para estes dados (2020) contabilizavam-se 348 unidades de I&D na região de Aveiro (27% do total da região Centro e 7% do total nacional), com um total de 3.169 investigadores.

Tal como acontece no resto do país, a estrutura empresarial da região de Aveiro é dominada essencialmente por micro e pequenas empresas. Mas o peso das empresas que atuam em setores de alta e média-alta tecnologia é ligeiramente superior à média nacional. Embora a proporção de empresas com atividades de tecnologias da informação e da comunicação (TIC) fique ligeiramente abaixo da média do país.

A região de Aveiro é, pelo quarto ano consecutivo, a sub-região com maior número de empresas “Gazela“, que aumentaram de 18 para 24 em 2022. O volume de negócios dessas 24 empresas cresceu cerca de seis vezes entre 2018 e 2021, totalizando 90,2 milhões de euros no último ano comparativo. A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro contabilizou 104 empresas jovens que, num curto espaço de tempo, apresentam um crescimento acelerado no emprego e no volume de negócios, estando 24 localizadas nos municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro.

O peso que a indústria e a agricultura têm na região de Aveiro é significativamente superior à média do país. Por outro lado, o peso dos serviços é inferior. Já o poder de compra está alinhado com a média nacional, com a exceção positiva do concelho de Aveiro, em destaque no rendimento líquido declarado.

Em relação aos rácios de rendibilidade e de autonomia financeira, as empresas da região de Aveiro estão acima da média nacional. De acordo com o estudo do Novobanco, as empresas da região evidenciam uma menor vulnerabilidade financeira (maior cobertura dos encargos financeiros e menor rácio de crédito vencido).

Os empréstimos às sociedades não financeiras expressam, por outro lado, uma tendência decrescente, “possivelmente refletindo uma maior incerteza e menores intenções de investimento”. Os financiamentos obtidos na região estão abaixo da média nacional.

O emprego na região tem uma forte expressão na indústria, embora o conjunto dos serviços tenha o maior peso. Em 2021, a indústria transformadora representava 36% do emprego total da região, seguido do comércio e reparação de veículos (18%) e dos serviços administrativos (12%). A taxa de desemprego é inferior à média nacional, com a escassez de mão-de-obra a ser uma restrição, à semelhança das outras regiões portuguesas.

Turismo em crescimento

O setor do turismo na região de Aveiro é fortemente dominado pelo mercado doméstico e espanhol. Os portugueses são responsáveis por 65% das dormidas em estabelecimentos de alojamento turístico, seguido dos espanhóis (15%) e dos franceses (4%).

Aveiro bateu o recorde de turismo no ano passado. O presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, confirmou ao ECO/Local Online que “o ano de 2022 foi o melhor de todos em termos de turismo em Aveiro, batendo 2019, que tinha sido o melhor até então”.

O rendimento médio por quarto em estabelecimentos de alojamento turístico é inferior à média nacional, assim como a taxa líquida de ocupação da cama em estabelecimentos de alojamento turístico. No entanto, as dormidas em estabelecimentos de alojamento turístico são superiores à média nacional.

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Biocombustíveis ainda “mal aquecem” o motor

A aposta na produção dos biocombustíveis não está a acompanhar as necessidades de descarbonização, sobretudo no que toca os transportes pesados, o setor que mais pode beneficiar destas soluções.

Os biocombustíveis desempenham um papel fundamental na rota para a descarbonização da economia, fornecendo uma solução de baixo carbono para tecnologias existentes, como veículos ligeiros e camiões, navios ou aviões. Apesar de ser atribuída uma importância elevada a este tipo de combustível, a verdade é que, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), este setor encontra-se fora da trajetória necessária para se alcançar a neutralidade carbónica, em 2050.

A procura global de biocombustíveis, em 2021, atingiu os 3,92 exajoules (EJ) (159.200 milhões de litros), regressando a níveis próximos de 2019, depois de um ligeiro declínio, em 2020, devido à pandemia de covid-19 – altura em que a procura se situou nos 3,69 EJ. Ainda assim, esta recuperação não foi suficiente e, nos próximos anos, a prioridade do setor deverá passar por impulsionar a produção.

De acordo com as estimativas da AIE, para que seja concretizado o cenário de net zero até 2050, a produção global terá que chegar aos 15 EJ, meta que exige um crescimento médio de cerca de 16% por ano.

Na ótica da Associação de Bioenergia Avançada (ABA) os biocombustíveis são determinantes para a descarbonização porque permitem uma redução significativa das emissões de gases com efeito estufa, principalmente, o dióxido de carbono. Comparativamente ao gasóleo, a diferença é de cerca de 84%.

Aviação e transportes rodoviários assumem maior importância

O setor que mais poderá beneficiar deste tipo de combustível será o dos transportes. Segundo a AIE, os biocombustíveis representaram 3,6% da procura global de energia nos transportes em 2021, principalmente para os transportes rodoviários. Até 2030, e num cenário de evolução positiva de rumo à descarbonização, esse valor terá que mais que quadruplicar para os 15%, representando quase um quinto da procura de combustível apenas para os veículos rodoviários.

A acompanhar esta evolução, surge o jetfuel, combustível “verde” destinado ao setor da aviação, que, de acordo com a agência liderada por Fatih Birol, teria que dar “passos dramáticos” até 2030 para se alinhar com os objetivos de neutralidade carbónica até 2050.

As estimativas apontam que esses “passos” se traduzam num crescimento de 0,1% da procura registada, em 2021, para mais de 5%, em 2030. Apesar de ser uma subida menos expressiva quando comparada com o setor dos transportes rodoviários, a AIE sublinha que o salto está dependente de vários fatores, entre eles, a implementação de políticas públicas e regulatórias.

“Para se alinharem com o cenário de neutralidade carbónica, os países precisam de implementar políticas e reforçá-las antes de 2026. Estas políticas devem assegurar que os biocombustíveis sejam produzidos de forma sustentável e evitem o risco de impactos na biodiversidade, abastecimento de água, preços e disponibilidade de alimentos”, lê-se no relatório da agência internacional. Além disso, refere a entidade, é importante que estas políticas incentivem a redução de gases com efeito de estufa (GEE).

Cooperação internacional é chave para acelerar produção

Além de ser imperativo que os países definam políticas públicas mais focadas em acelerar a produção de biocombustíveis, a agência internacional sublinha ser imperativo que exista uma melhor e mais focada colaboração a nível internacional, de forma a serem partilhadas as melhores práticas.

Isto pode ser executado através de parcerias ou iniciativas, nomeadamente, a BioFuture Platform Iniciative, a qual íntegra 22 países, entre eles Portugal, e que quer promover uma bioeconomia avançada com baixo teor de carbono.

“Além de olharmos para o que de bom já se pratica no estrangeiro, enquanto modelo orientador para acelerarmos a mudança em território nacional, é essencial entendermos que entraves ainda existem [em Portugal] para alcançarmos [as nossas] metas”, defende a secretária-geral da Associação de Bioenergia Avançada (ABA), Ana Calhôa.

Um dos entraves que identifica é o nível dos limites de incorporação de biocombustíveis nos combustíveis fósseis rodoviários que, lá fora, são “mais ambiciosos”. Por cá, Portugal conta com um teto máximo de incorporação de 11%, valor que fica muito aquém quando comparado com países como Suécia ou Finlândia, onde a percentagem de incorporação de biocombustíveis no setor rodoviário já ultrapassa os 20%. Quanto a este valor, Portugal só conta atingi-lo em 2030, de acordo com o Plano Nacional de Energia e Clima que está atualmente em revisão e que será apresentado até ao final do primeiro semestre. Segundo o Governo, a nova versão do PNEC contará com metas mais ambiciosas, e isso deverá incluir, também, os biocombustíveis.

A par deste obstáculo, acresce ainda o volume de produção, fator essencial para aumentar o papel dos biocombustíveis no rumo à descarbonização. Enquanto os Estados Unidos, o Brasil e a Indonésia ocupam o pódio dos maiores produtores mundiais de biocombustíveis, Portugal ainda não otimizou toda a sua capacidade. Segundo a Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis (APPB), o país tem a capacidade de produzir cerca de 770.000 metros cúbicos de biocombustíveis por ano. No entanto, em 2022, foram produzidos apenas 212.684.

“Os nossos níveis de produção estão imensamente abaixo da capacidade total do país”, aponta o secretário-geral da APPB, Jaime Braga.

Segundo Ana Calhôa, em Portugal existe “uma grande capacidade de produzir maiores quantidades de biocombustíveis”, e embora existam “perspectivas positivas para o futuro neste âmbito”, “é importante continuar a aproximar esta alternativa do público, informando os consumidores, pressionando o poder decisor nesta mudança e auxiliando todos os operadores na cadeia de valor para melhorarmos a resposta, a produção, a qualidade e a distribuição destes biocombustíveis”.

Este artigo integra a segunda edição do Yearbook, do Capital Verde, que será publicado a 6 de junho.

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Preço do SAF é principal obstáculo na descarbonização do setor da aviação, alerta Air France-KLM

Em 2022, o jet fuel "verde" representou apenas 0,1% do total de combustíveis consumidos em todo o mundo. Air France-KLM alerta que custos de produção podem ser até oito vezes superiores.

O custo de produção de Sustainable Aviation Fuel (SAF) em larga escala, a partir de resíduos, óleos usados reciclados e outras matérias-primas sustentáveis é considerado como o principal obstáculo no processo de descarbonização do setor da aviação.

De acordo com Antoine Laborde, responsável pela aquisição de combustível do grupo Air France-KLM, durante uma masterclass promovida pelo grupo franco-neerlandês, neste momento, os custos de produção de SAF “são muito altos”, chegando a ser “quatro, seis e até oito vezes superiores” à produção de um jet fuel à base de querosene.

“Além dos custos de produção, existe uma ausência de centrais de produção de SAF”, explicou o responsável, dando conta de que, em 2022, foram produzidos 150 milhões de litros deste combustível verde no mundo, o que corresponde a “0,1% da totalidade do combustível usado em 2022”, acrescentou, sublinhando que a utilização de SAF pode reduzir até 60% das emissões globais.

Para acelerar a produção, o grupo aponta o recurso às energias renováveis e, no caso de França e outros países europeus, a aposta na energia nuclear. “Isso vai obrigar a investimentos em massa”, referiu Daniel Iracane, membro da Academia das Tecnologias de França, durante uma apresentação.

Mas o país não será o único a ter que fazer esse esforço. Segundo o diretor de Relações Públicas da Neste, empresa finladesa que abasteceu a TAP com SAF para a concretização do seu primeiro voo com este combustível, em 2022, “descarbonizar o setor da aviação é o único caminho a seguir”, detalhando que a empresa prevê aumentar a sua capacidade total de produção de combustíveis sustentáveis para 5,5 milhões de toneladas até ao final de 2023 almejando tornar-se no único fornecedor mundial de produtos renováveis com uma capacidade de produção na América do Norte, Ásia e Europa. “O custo de não fazer nada é muito mais alto”, defendeu Klaas Pel.

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Governo, Lisboa e Loures já contrataram mais de 30 milhões para Jornada Mundial da Juventude

  • Lusa
  • 1 Junho 2023

Administração central e municípios de Lisboa e Loures adjudicaram até final de maio 44 contratos relativos à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que vai trazer 1,5 milhões de pessoas em agosto.

O Governo e as autarquias de Lisboa e Loures já assinaram contratos num total de 30,8 milhões de euros para a realização da Jornada Mundial da Juventude 2023, valor que representa 41% do gasto previsto pelas três entidades.

De acordo dados compilados pela agência Lusa, a partir do Portal Base da Contratação Pública, a administração central e os dois municípios adjudicaram até ao final de maio 44 contratos relativos a obras, serviços e locações para a edição deste ano da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que contará com a presença do Papa Francisco entre 2 e 6 de agosto e que deverá trazer a Lisboa e Loures cerca de 1,5 milhões de pessoas.

O Governo tem previsto desembolsar 30 milhões de euros (sem IVA) para a JMJ, enquanto as autarquias de Lisboa e Loures 35 e 10 milhões de euros, respetivamente, num total de 75 milhões de euros entre as três entidades. Do lado da Igreja Católica, o orçamento da Fundação da JMJ ronda os 80 milhões de euros, afirmou em fevereiro o bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar.

Outros 12 contratos no valor de 483.803 euros foram assinados pelas autarquias de Cascais, Almada, Amares, Esposende e Vila Viçosa.

Lisboa liderou a atribuição de contratos, tendo celebrado 23 num valor total de 17,6 milhões de euros. Com um custo de cerca de 7 milhões de euros, a reabilitação do antigo Aterro Sanitário de Beirolas — área que servirá de recinto principal da JMJ — é a obra mais cara da autarquia liderada pelo social-democrata Carlos Moedas. Através de concurso limitado por prévia qualificação, a obra foi adjudicada à Oliveiras, S.A — Engenharia e Construção.

Logo a seguir surge o polémico altar-palco no Parque Tejo-Trancão, com um valor de 2,98 milhões de euros, abaixo dos iniciais 4,2 milhões de euros, um número que provocou várias críticas, incluindo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Carlos Moedas afirmou em 10 de fevereiro que o altar-palco iria passar de 5.000 metros quadrados para 3.250, com a capacidade alterada de 2.000 para 1.240 pessoas e a altura reduzida de nove para quatro metros. A empreitada foi adjudicada à Mota-Engil em 13 de janeiro deste ano, com prazo de execução de 150 dias. Ao valor somam-se ainda 1,1 milhões de euros da cobertura, tarefa a cargo da Oliveiras, S.A — Engenharia e Construção.

A construção da ponte pedonal sobre o Rio Trancão, por parte da ABB – Alexandre Barbosa Borges, SA, tem um custo total de quase 3 milhões de euros.

Dos 23 contratos adjudicados pela capital, 18 foram realizados através de ajuste direto, dois por concurso público, dois por consulta prévia e um por concurso limitado por prévia qualificação. Lisboa ainda celebrou com a MEO – Serviços de Comunicações e Multimédia S.A. um contrato de 1,5 milhões de euros para a instalação de pontos multimédia e aluguer de equipamentos técnicos no Parque Eduardo VII.

Com 11 contratos publicados, no valor total de 4,5 milhões de euros, a Câmara Municipal de Loures tem o seu encargo mais elevado nos trabalhos de preparação dos terrenos na zona ribeirinha da Bobadela, com custo de 4,2 milhões, atribuídos à Alves Ribeiro. Todos os 11 contratos assinados pela autarquia liderada por Ricardo Leão (PS) foram adjudicados por ajuste direto, oito dizem respeito a aquisição de serviços, dois a empreitadas de obras públicas e um a aquisição de bens móveis.

Por parte do Estado foram adjudicados 10 contratos no valor total de 8,6 milhões de euros. Com uma dotação de 5,9 milhões de euros, a empreitada com o custo mais elevado do Governo prende-se pelos sistemas de áudio e vídeo, iluminação ambiente, e respetivo abastecimento de energia, para o Parque Tejo-Trancão, num contrato através de concurso público com a empresa Pixel Light.

Também encarregue no fornecimento de 141 blocos modulares de instalações sanitárias, o Governo adjudicou um contrato de 1,15 milhões de euros para a instalação de casas de banho. Juntamente, foi concedida a aquisição de serviços de fornecimento de equipamentos sanitários, igualmente por concurso público, por 128.500 euros.

Os restantes sete contratos adjudicados pelo Governo — por ajuste direto — contemplam a elaboração do plano de mobilidade, prestação de serviços, aquisição de 110 reproduções em cerâmica para oferta, monitorização da instalação elétrica e projeto de compatibilização das obras com o futuro Parque Verde.

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RHmais abre em julho novo contact center em Lisboa. Quer recrutar 755 trabalhadores este ano

Depois de fechar o ano passado com uma faturação de 34,5 milhões de euros, para este ano a empresa de contact centers estima um crescimento de 15%.

A RHmais vai abrir em julho um novo contact center em Lisboa com capacidade para 155 postos de trabalho. O novo espaço em Alvalade vai absorver os colaboradores do centro no Parque das Nações, que irá encerrar. Este ano a empresa quer recrutar um total de 755 pessoas para reforçar os vários contact centers no país. Depois de fechar o ano passado com uma faturação de 34,5 milhões de euros, para este ano estima um crescimento de 15%.

A empresa, liderada por Rui de Brito Henriques, deu este ano continuidade ao investimento em infraestruturas, preparando-se para abrir em julho um novo centro de serviços em Lisboa, localizado em Alvalade, que triplicará a capacidade do já existente no Parque das Nações.

Rui de Brito Henriques, CEO da RHmais

O novo centro tem capacidade para “155 postos de atendimento e 35 lugares em salas formação e reuniões”, avançou Rui de Brito Henriques, CEO da RHmais, ao ECO Trabalho, não adiantando, todavia, nesta fase, qual o montante de investimento feito neste novo contact center.

Reforço de equipa em 2023

Além do novo centro, a empresa está a reforçar a equipa. “Para preenchimento de vagas no imediato para este centro são apenas 20, dado que serão transferidos do atual centro no Parque das Nações. Estas integram um total de 755 vagas previstas para o corrente ano no total dos centros”, adianta Rui de Brito Henriques.

Ao todo, a empresa tem sob a sua responsabilidade dois centros em Porto/Matosinhos, dois em Lisboa e gerindo seis nas instalações dos clientes, empregando um total de 2.250 mil trabalhadores.

Quer reforçar número de colaboradores com profissionais para funções de “gestores de contacto (12.º Ano) e coordenadores (licenciatura)”, refere.

Os novos reforços irão integrar um modelo de trabalho “híbrido com 35 a 75% em remoto rotativo e apenas 17% em full remote”.

No ano passado a empresa registou uma faturação de 34,5 milhões de euros e, para este ano, estima um crescimento de 15%, segundo adianta fonte oficial ao ECO Trabalho.

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Acordo para o tecto da dívida nos EUA aprovado na Casa dos Representantes

Aprovado na Casa dos Representantes, com 314 votos, a expectativa de Joe Biden é que o acordo seja aprovado no Senado "o quanto antes".

Os democratas e republicanos deram mais um passo para concretizar a aprovação do tecto da dívida nos Estados Unidos. Esta madrugada, na Casa dos Representantes, o acordo foi aprovado com 314 votos a favor e 117 contra, apesar de a oposição de vários conservadores que consideram que a iniciativa não faz o suficiente para limitar a despesa pública.

Agora aprovado na câmara baixa, o documento segue para o Senado, levando Joe Biden a apelar para que fosse aprovado “o quanto antes” para que possa ser promulgado. “Este acordo é uma boa notícia para os norte-americanos e para a economia”, disse o líder da Casa Branca, citado pela Reuters.

Ao contrário do que acontece na Casa dos Representantes, no Senado, a câmara alta do Congresso, são os democratas que têm vantagem (51 vs 49).

A votação deverá acontecer até ao final até ao final desta semana, mas alguns senadores já alertaram para o risco deste ser chumbado. Numa vitória para os republicanos, o acordo retira alguns fundos do Internal Revenue Service, serviço de receita do Governo Federal dos Estados Unidos, embora a Casa Branca já tenha garantido que isso não deverá prejudicar a aplicação da lei fiscal.

Com o default à espreita já na próxima semana, a margem para um impasse nas votações é muito curta. Ainda assim, como demonstra a reação tranquila dos mercados, o cenário central aponta para que o acordo seja aprovado no Senado e que o limite do endividamento seja mesmo suspenso.

O projeto de lei suspende o tecto da dívida até 2025, ou seja, já depois das eleições presidenciais, agendadas para o final do ano anterior. Em troca, certos gastos serão limitados em 2024 para mantê-los estáveis, excluindo os gastos militares, enquanto em 2025 poderá haver um aumento de 1% acima da inflação.

A proposta também prevê uma redução de 10 mil milhões de dólares (9,35 mil milhões de euros) em recursos destinados a modernizar e fortalecer os serviços fiscais.

O gabinete de Kevin McCarthy também disse que o acordo prevê a recuperação de “milhares de milhões de dólares em fundos não gastos” durante a pandemia, sem divulgar mais detalhes.

O compromisso inclui ainda mudanças nas condições para alguns auxílios sociais: aumenta de 49 para 54 anos a idade até que os adultos sem filhos devem trabalhar para receber o auxílio à alimentação, mas elimina essa obrigação de trabalho para os veteranos e os sem-abrigo.

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Costa Silva sugere “remover” imposto aos lucros excessivos para “não penalizar” empresas

  • ECO
  • 1 Junho 2023

Ministro da Economia considera que não se deve "penalizar excessivamente as empresas" e que imposto extraordinário deve ser reavaliado face à melhoria das condições que obrigaram à sua implementação.

O ministro da Economia e do Mar defende que “deve ser removido” o imposto sobre os lucros excessivos, medida adotada em Portugal e na União Europeia na sequência dos ganhos elevados do setor energético como consequência da guerra na Ucrânia e dos altos níveis da inflação, abrangendo também o setor da distribuição.

Em entrevista à rádio Renascença e ao Público, esta quinta-feira, António Costa Silva considera que “esses impostos só se justificam em situações pontuais e esporádicas”, e considerando que o preço da energia tem vindo “a baixar de uma forma muito clara”, com o preço do gás a tocar mínimos de 2021, a taxa sobre os lucros excessivos deve “ser removida”.

“Não podemos penalizar excessivamente as empresas e, sobretudo, as empresas que pelas suas condições e pela sua capacidade são capazes de gerar esse tipo de lucros. Quando eles são realmente excessivos em situações específicas e quando a sociedade tem que fazer toda ela um esforço grande, também é legítimo exigir a essas empresas”, referiu o governante.

 

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China admite retaliar chumbo da Huawei na rede 5G em Portugal

  • ECO
  • 1 Junho 2023

As autoridades chinesas ficaram "perplexas e surpreendidas" com a decisão tomada por Portugal, que afasta a tecnológica Huawei da rede de 5G nacional, e podem retaliar no investimento.

O afastamento da empresa chinesa Huawei do 5G poderá vir a ter consequências políticas e económicas para Portugal, com as autoridades de Pequim a admitirem retaliar caso o afastamento da empresa tecnológica originária daquele país se venha a confirmar.

De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), as autoridades chinesas terão ficado perplexas e surpreendidas com a decisão adotada no final da semana passada pelo Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço de afastar as empresas de fora da UE, dos EUA e da OCDE.

Considerando que a China é, há vários anos, o quarto maior investidor no país, tendo aplicado perto de 11,22 mil milhões de euros em Portugal em 2022, sustenta o jornal que é admissível que Pequim venha a utilizar alguns dos seus muitos investimentos em território nacional para confrontar o Governo com o que consideram ser a injustiça desta decisão.

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