Ministério Público debate proximidade aos cidadãos no XIII Congresso do Sindicato

Será feita a apresentação pública das primeiras conclusões do estudo do Observatório Permanente da Justiça, do CES da Universidade de Coimbra sobre condições do trabalho e desgaste profissional.

Arranca esta quinta-feira, em Ponta Delgada, o XIII Congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), com o tema “Ministério Público em evolução: Atualidade, Proximidade e Iniciativa”. O evento decorre até 2 de março e contará com a presença da Procuradora – Geral da República, Lucília Gago, entre outros convidados, numa altura de particular sensibilidade política em que o Ministério Público (MP) é objeto de contestação e múltiplos ataques no espaço mediático.

A sessão fecha com a apresentação pública das primeiras conclusões do estudo do Observatório Permanente da Justiça, do CES da Universidade de Coimbra sobre “Condições do trabalho, desgaste profissional e bem-estar dos magistrados do Ministério Público”, da responsabilidade dos investigadores do Centro de Estudos Sociais, João Paulo Dias e Paula Casaleiro. Refira-se que os dados já conhecidos pelo estudo revelam fatores de riscos psicossociais com preocupantes riscos para a saúde, como sejam as fortes exigências cognitivas, o elevado ritmo de trabalho, o preocupante conflito entre trabalho e família e as alarmantes exigências emocionais.

Entre os fatores de risco específicos da magistratura do Ministério Público, destaque para “os que consideram como sendo causas muito stressantes para o seu exercício profissional: o elevado volume processual; a falta de apoio à conciliação entre trabalho e família; o impacto das inspeções judiciais ao desempenho profissional; a participação nos concursos para movimentos; e, a falta de oficiais de justiça”, segundo comunicado oficial do SMMP.

Os temas dos painéis do Congresso

  • “Ministério Público – Proximidade aos cidadãos e acesso à justiça”, que terá como moderadora Maria da Conceição Lopes, Procuradora-Geral Adjunta, Coordenadora do Ministério Público da Comarca dos Açores, e oradores o advogado Elias Pereira e o Juiz Conselheiro do STJ João Rato;
  • A articulação e o trabalho em equipa”, que terá como moderadora a jornalista Ana Peneda Moreira e oradores o Procurador Europeu José Ranito e a Inspetora da Polícia Judiciária Micaela Branco.
  • “Organizar o Ministério Público para enfrentar os novos desafios do século XXI: Inteligência Artificial”, que contará com a moderação de Luísa Verdasca Sobral, Procuradora-Geral Adjunta, Auditora Jurídica nos Ministérios da Administração Interna e da Defesa, e a presença como oradores da Vera Lúcia Raposo, Professora Auxiliar de Direito e Tecnologia e Vice-diretora da Nova School of Law (Faculdade de Direito da Universidade NOVA de Lisboa) e Carlos Pinho, Procurador da República no Departamento de Tecnologia e Sistemas de Informações da Procuradoria-Geral da República (DTSI).
  • Ao mesmo tempo irá decorrer o 1.º Congresso da União Internacional de Procuradores e Promotores do Ministério Público dos Países de Língua Portuguesa, em que se irá debater os temas “Que independência para o Ministério Público” e “O estatuto socioprofissional dos magistrados do Ministério Público”, contando com as moderações da anterior Procuradora-Geral da República Joana Marques Vidal e do anterior Presidente do SMMP António Ventinhas;
  • Por fim, ainda no âmbito internacional, Mariarosaria Gugliemi, Presidente da MEDEL (Associação de Magistrados Europeus pela Democracia e Liberdades), irá abordar o tema “Independência do Ministério Público na Europa – Para onde vamos?”.

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Insegurança em Portugal? “Cada um dramatiza aquilo que entende que é útil para a obtenção de votos”, responde Marcelo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Fevereiro 2024

Presidente comentou declarações de Passos Coelho, que associou imigração a insegurança. "Na hora da verdade, os portugueses dirão se valeu ou não a pena" a dramatização, disse.

“Nós precisamos de ter um país aberto à imigração, mas cuidado, que precisamos também de ter um país seguro.” Estas declarações marcaram o regresso de Pedro Passos Coelho à cena política, na segunda-feira, que logo foram recebidas por um coro de críticas, sobretudo da esquerda partidária.

Esta quarta-feira, o Presidente da República foi questionado sobre as palavras polémicas proferidas pelo antigo primeiro-ministro e ex-presidente do PSD, que associou imigração a insegurança. “Cada um, naturalmente, dramatiza aquilo que entende que é útil para a obtenção de votos”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que, “na hora da verdade, os portugueses dirão se valeu a pena ou não“.

Falando aos jornalistas à saída da BTL, que arrancou esta quarta-feira em Lisboa, Marcelo fugiu a comentar diretamente qualquer candidatura às eleições de 10 de março, evitando também dizer a sua opinião acerca da alegação de que o crescimento da imigração aumenta a insegurança, pois “tudo aquilo que dissesse entrava no clima de campanha eleitoral”. “Cada um defende os seus pontos de vista e os demais que discordam, discordam”, limitou-se a dizer.

Ainda assim, o chefe de Estado sublinhou que a campanha pré-eleitoral não teve início apenas no último domingo, mas sim “há quatro meses e meio”, com os portugueses a assistirem, através da cobertura feita pelos órgãos de comunicação social, a congressos, convenções, apresentação de programas e debates.

“Portanto, ao fim de tanto tempo, os portugueses sabem exatamente o que é que pensam em relação aos candidatos. Acho que estão esclarecidos”, considerou Marcelo Rebelo de Sousa, adiantando que ele mesmo está esclarecido e vai votar antecipadamente.

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Fitch sobe rating do Banco Montepio pela segunda vez em 12 meses

Agência justifica melhoria da notação de risco do Banco Montepio com a redução dos ativos problemáticos e com o "turnaround" bem-sucedido empreendido por Pedro Leitão.

A Fitch melhorou a notação de risco do Banco Montepio, com uma subida do rating em dois níveis, passando de “B+” para “BB”, mantendo-se, ainda assim, num patamar de investimento especulativo.

A melhoria reflete principalmente a redução sustentável e bem-sucedida dos ativos problemáticos do Banco Montepio e a melhoria da capitalização”, justifica a agência de rating norte-americana em comunicado divulgado esta terça-feira.

A Fitch adianta ainda que subiu a notação de risco da instituição liderada por Pedro Leitão devido à “melhoria da rentabilidade estrutural do banco e pelas evidências recentes da sua capacidade de emitir dívida sem garantia no mercado”.

Em comunicado enviado ao mercado, o banco sublinha que foi a segunda subida do rating no espaço de 12 meses, “num total de quatro níveis”.

O Banco Montepio fechou 2023 com lucros de 28,4 milhões de euros no ano passado, uma queda de 16% em relação a 2022, com o resultado a ser penalizado pelo impacto negativo da venda do Finibanco Angola. Sem esta operação, teria registado lucros de quase 145 milhões.

A Fitch estima que o rácio de ativos problemáticos tenha recuado para 5,4% no final de 2023, acima da média.

Por outro lado, fala em turnaround bem-sucedido” do negócio, à boleia da subida das taxas de juro. Além da limpeza do balanço, o Banco Montepio procedeu a uma reestruturação da atividade nos últimos três anos, com a saída de 650 trabalhadores e a venda da operação em Angola.

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Entusiasmo nas criptomoedas. Bitcoin supera 60 mil dólares e aproxima-se de máximo histórico

Criptomoeda mais popular do mundo atingiu esta quarta-feira um valor que não era visto desde novembro de 2021, mês em que registou um máximo histórico de quase 70 mil dólares.

A bitcoin negoceia esta quarta-feira acima dos 60 mil dólares, uma fasquia que não era ultrapassada desde novembro de 2021, mês em que atingiu o último máximo histórico. Desde o início do ano, já valorizou 43%.

A criptomoeda mais popular do mundo apresenta agora um valor de mercado de quase 1,3 biliões de dólares, a “fatia de leão” dos 2,24 biliões que valem as 2,2 mil criptomoedas acompanhadas pela plataforma Coin Market Cap.

Bitcoin acelera e regressa a níveis de 2021

Fonte: Coin Market Cap

Os entusiastas das criptomoedas acreditam que a procura por estes ativos está a alargar-se cada vez mais ao mundo mainstream, depois de, em janeiro, o regulador norte-americano SEC ter autorizado o lançamento de fundos negociados em bolsa (ETF) que detêm diretamente a criptomoeda.

Pelas 14h10 de Lisboa, a bitcoin subia 6,39%, para 60.474,7 dólares. Foi em novembro de 2021 que, pela última vez, trocou de mãos por este valor, sendo que, nesse mesmo mês, atingiu o máximo histórico de 69 dólares, recorda a Bloomberg.

A marcar o sentimento está também o fenómeno conhecido por halving que deve ocorrer este ano, no qual a oferta de bitcoins é artificialmente reduzida, através do corte para metade da recompensa que os mineradores recebem por manter a rede em funcionamento.

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“O Continente é de toda a gente”, diz a marca na estratégia para 2024

Filipa Appleton, desde setembro head of brand & marketing do Continente, apresentou a nova estratégia de comunicação. "O Continente é de toda a gente", garante a marca nas próximas campanhas.

Filipa Appleton, diretora de brand marketing do Continente, apresenta a nova estratégia de comunicação e marketing do Continente - 28FEV24
Filipa Appleton, diretora de brand & marketing do Continente, apresenta a nova estratégia de comunicação e marketing do ContinenteHugo Amaral/ECO

O Continente é de toda a gente” é a ideia que vai acompanhar, daqui para a frente, a comunicação da insígnia da Sonae. A nova abordagem e posicionamento foi apresentada esta quarta-feira por Filipa Appleton, desde setembro head of brand & marketing do Continente, com o dia de hoje a assinalar um novo caminho na comunicação do maior anunciante do país.

Não é só uma campanha”, frisou a responsável na apresentação, explicando que a nova plataforma de comunicação pretende responder ao negócio, dar voz ao Continente e mostrar a sua diferenciação e vantagens e, em simultâneo, empoderar o cliente.

O objetivo é mostrar que a marca “é o local onde todos os consumidores podem encontrar respostas, promovendo a ideia de que ninguém precisa de se adaptar ao que está disponível, porque a marca já faz essa adaptação a cada consumidor, oferecendo empoderamento do cliente e personalização“.

A nova estratégia surge então ancorada em quatro pilares fundamentais: preço, valor & variedade, qualidade e responsabilidade. “Estes pilares compõem um plano abrangente que reflete os elementos essenciais da proposta de valor do Continente, apoiando-se na inovação como uma característica transversal. A inovação é uma constante em todas as mensagens que serão partilhadas ao longo do ano, o que destaca o compromisso do Continente em estar sempre na vanguarda das expectativas dos consumidores e em oferecer experiências distintas e personalizadas”, justifica a marca.

Filipa Appleton, diretora de brand marketing do Continente, apresenta a nova estratégia de comunicação e marketing do Continente - 28FEV24
A atriz Gabriela Barros personificará diferentes “eus” na comunicação do ContinenteHugo Amaral/ECO

“O Continente é o lugar de todos os preços.”, “O Continente é o lugar de todas as soluções.” e “O Continente é o lugar de todas as opções” são algumas das mensagens que vão surgir na comunicação da marca, que não abandona a assinatura “O que rende é ir ao Continente”.

Assinada pela Fuel, a nova estratégia de comunicação é protagonizada pela atriz Gabriela Barros, que personificará as diversas narrativas da marca, assumindo várias personagens. A campanha é lançada na sexta-feira, dia 1.

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Detetados “indícios de interferência externa” em anúncios online contra PS e PSD

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2024

Os investigadores explicam que este tipo de prática desinformativa "de influência estrangeira, procura, acima de tudo, criar dúvidas na população, mais do que fazer acreditar em qualquer coisa".

Investigadores do MediaLab do ISCTE detetaram, pela primeira vez, “indícios de interferência externa nas eleições em Portugal”, com anúncios online, um acusando o PS de corrupção e outro lembrando os cortes do PSD durante a troika. Os dois anúncios foram desativados 48 horas depois de começarem a circular.

Os indícios foram recolhidos pela equipa do MediaLab do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e a Empresa (ISCTE-IUL) durante uma pesquisa sobre as eleições nas redes sociais e os processos de desinformação na fase pré-eleitoral para as legislativas de 10 de março, em parceria com a agência Lusa.

Até agora, nunca se tinha detetado qualquer indício claro de interferência externa direta em eleições portuguesas, segundo a equipa de investigadores do MediaLab, coordenada por Gustavo Cardoso e José Moreno. Esta equipa acompanha a comunicação sobre eleições nas redes e nos media sociais em Portugal desde 2019.

A investigação do MediaLab centrou-se em dois casos – um do PS e outro do PSD. O primeiro envolve um canal do YouTube, “Bolsonaristas em Portugal”, um anúncio pago através da rede Google, com um vídeo de oito segundos, distribuído em vários sites portugueses, incluindo páginas online de jornais. Começou a circular em 22 de fevereiro, mas, entretanto, deixou de estar disponível.

Segundo o MediaLab, o anúncio acusava dirigentes do PS de corrupção, era ilustrado com fotografias de José Sócrates e António Costa e com títulos descontextualizados dos jornais ECO e Público. “Uma estratégia habitual na produção de conteúdos desinformativos”, dizem os investigadores.

Uma verificação feita pelos investigadores do ISCTE, recorrendo a ferramentas de despistagem da própria Google, aponta para uma empresa aparentemente com sede no Estado norte-americano de Delaware, chamada Nekoplay LLC, e, segundo dados públicos do centro de transparência de anúncios da Google, esta dedica-se sobretudo a anúncios ligados à indústria de jogos.

A Lusa tentou localizar a Nekoplay LLC, mas verificou que os seus contactos remetem para uma outra, sedeada em Las Vegas, que é um mero “agente de receção e registo de documentação”.

A pesquisa do MediaLab permitiu no entanto detetar que o nome da Nekoplay LLC surge também associado a conteúdos políticos e desinformativos em Singapura, Roménia e Panamá que, tal como Portugal, têm eleições em 2024.

Até ao momento, os investigadores consideram que “não há qualquer ligação aparente a alguma força política portuguesa” e que “tudo remete para o exterior de Portugal”, ou seja, “um ato de influência externa em período eleitoral“.

O facto de a propriedade do anúncio ser alegadamente de uma empresa num paraíso fiscal (o estado americano de Delaware é um paraíso fiscal) e de esta surgir associada a outros casos ligados a desinformação, envolvendo outros países, bem como a assinatura do anúncio do canal como “Bolsonaristas em Portugal”, também “remete para o exterior de Portugal”, dizem.

Gustavo Cardoso e José Moreno alertam que este tipo de prática desinformativa, “em particular as de influência estrangeira, procuram, acima de tudo, criar dúvidas na população, mais do que fazer acreditar em qualquer coisa”.

O segundo caso envolve também um vídeo de campanha, desta vez não identificado, detetado por vários utilizadores das redes X (ex-Twitter) e Reddit, e que também circulou no YouTube.

É um vídeo, com “uma produção cuidada”, de acordo com os investigadores, que recorda “os cortes do tempo da troika e os atribui ao PSD”, da autoria de um canal chamado “Jovens por Portugal” e foi exibido, antes de ser retirado, 135 mil vezes. Tanto o vídeo como o canal do YouTube encontram-se suspensos, segundo o MediaLab.

Uma porta-voz da Google citada pelos investigadores afirmou que, quando os anúncios não cumprem as regras definidas pela plataforma, “são tomadas medidas para os remover”. E as regras da definem que os anúncios “só poderão ser apresentados se o anunciante for verificado pela Google”.

Os dois anúncios foram desativados 48 horas depois de começarem a circular.

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Governo define regras para compensação pela subida dos custos na agricultura

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2024

Compensação abrange beneficiários dos apoios às intervenções do domínio "sustentabilidade ecorregime do eixo A". Ficam de fora quem está sujeito a um processo de recuperação de auxílios de Estado.

O Governo definiu esta quarta-feira as regras para a compensação pelo aumento dos custos de produção na agricultura e pecuária, no âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), que tem uma dotação total de 60 milhões de euros.

Segundo um diploma publicado esta quarta-feira em Diário da República, podem receber este apoio os beneficiários abrangidos, em 2023, “pelos apoios às intervenções do domínio ‘sustentabilidade ecorregime do eixo A – rendimento e sustentabilidade’ do PEPAC Portugal no continente”.

A dotação orçamental global deste apoio é de 60 milhões de euros, que assume a forma de ajuda forfetária (definida por convenção ou dependente de fatores externos) não reembolsável.

As candidaturas são submetidas eletronicamente no portal do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP). Com a candidatura deve ser enviada uma declaração, que ateste que a empresa não se encontra em dificuldade.

Além dos candidatos considerados em dificuldade, são excluídos dos apoios os que estejam sujeitos a um processo de recuperação de auxílios de Estado, “declarados incompatíveis com o mercado interno, pela Comissão Europeia”.

O pagamento das ajudas é efetuado pelo IFAP.

Esta portaria, assinada pelos ministros das Finanças, Fernando Medina, e da Agricultura, Maria do Céu Antunes, entra em vigor na quinta-feira.

CAP estima prejuízo de um milhão de euros com vaga de furtos em postos elétricos nas explorações

Também esta quarta-feira, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) estimou que os furtos nos postos de transformação elétricos nas explorações agrícolas geraram um prejuízo superior a um milhão de euros no último ano e pediu o reforço da vigilância.

“A CAP tem vindo a receber das suas associadas, ao longo dos últimos meses, sobretudo nas últimas semanas, informações preocupantes sobre uma vaga de furtos de postos de transformação de eletricidade em propriedades situadas especialmente nas regiões do Ribatejo e do Alentejo”, apontou, em comunicado. O objetivo destes furtos é a retirada de cobre dos equipamentos para posterior revenda.

No último ano, segundo os dados da CAP, verificaram-se mais de uma centena de roubos, com os prejuízos a ultrapassarem um milhão de euros. Estes postos servem os sistemas de rega das explorações agrícolas e fornecem energia às habitações das propriedades.

A CAP sublinhou ainda que, devido à “enorme frequência” dos furtos, as companhias não aceitam segurar os postos de transformação. “[…] Além deste prejuízo, há ainda que ter em consideração as avultadas perdas que decorrem da impossibilidade de rega das culturas enquanto o equipamento não é substituído”, acrescentou.

Perante este cenário, a confederação liderada por Álvaro Mendonça e Moura pede que se intensifique a vigilância e a presença de forças de segurança, que se reforce a fiscalização, “criando mecanismos que permitam rastrear a venda deste material roubado”, e que se agrave a moldura penal para este crimes.

“Só uma ação concertada entre as autoridades e as organizações de agricultores poderá garantir a segurança do mundo rural, fator determinante para o desenvolvimento das atividades agrícolas e para a permanência das populações”, concluiu.

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Investimento estrangeiro cresce no Alentejo e no Centro a mais do dobro da velocidade da média nacional

Apesar de a Grande Lisboa recolher a maioria do investimento direto estrangeiro aplicado em Portugal, o Alentejo e o Centro foram as regiões em que este indicador mais cresceu nos últimos sete anos.

Há quatro anos consecutivos que o investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal está a crescer. Em 2023, o montante recolhido em IDE aumentou 6,2% para mais de 180 mil milhões de euros, o equivalente a 68% do PIB, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

“O IDE mais do que duplicou entre o final de 2008 e o final de 2023”, refere a entidade liderada por Mário Centeno em comunicado, notando ainda que, no ano passado, “as transações de IDE totalizaram 6,8 mil milhões de euros, dos quais 3,9 mil milhões estavam associados a investimento imobiliário”. O investimento estrangeiro foi realizado sobretudo por operadores europeus.

Entre as regiões que têm sido mais beneficiadas pelo apetite do capital estrangeiro está a Grande Lisboa. Isso é visível não apenas em 2023, mas ao longo dos últimos sete anos, com a Área Metropolitana de Lisboa a recolher, em média, 53,5% do stock anual de IDE que o país recebeu ao longo deste período. No final do ano passado, 55% do stock de IDE estava alocado na região da Grande Lisboa.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

No entanto, o Alentejo e o Centro são as regiões que mais têm visto o investimento estrangeiro crescer ao longo dos últimos sete anos. Neste período, respetivamente, o IDE realizado nestas zonas aumentou a um ritmo médio anual de 10,15% e 10,95% por ano, mais do dobro da média nacional.

No lado oposto está a Madeira que, nos últimos sete anos, viu cair para metade o stock de IDE na região como resultado de uma queda média anual de 11,3% do investimento estrangeiro desde 2017, como resultado da deslocalização de muitas empresas para outras regiões fora do país.

Segundo dados do Banco de Portugal, se em 2017 cerca de 12,8% do volume de IDE nacional estava alocado na região da Madeira (era a terceira região com maior quota a seguir à Grande Lisboa e ao Norte), no final de 2023 essa percentagem não ia além de 4,8% — tendo sido ultrapassada pelas regiões do Algarve e do Centro.

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Associação de Contribuintes pede ao próximo Governo que não aumente impostos sem avaliar alternativas

Associação Portuguesa de Contribuintes desafia "protagonistas políticos da próxima legislatura" a comprometerem-se a não aumentarem impostos sem estudarem, antes, alternativas do lado da despesa.

Com as eleições legislativas à porta, a nova Associação Portuguesa de Contribuintes (APC) deixa um recado ao próximo Governo: tem de haver o compromisso de não aumentar os impostos sem serem estudadas, antes, alternativas, nomeadamente a redução potencial das despesas do Estado. Este apelo consta de uma carta enviada esta quarta-feira aos diferentes partidos políticos.

“Portugal tem hoje uma elevada carga fiscal. Este facto, aliado ao atual enquadramento da taxa de inflação e taxas de juro, coloca dificuldades acrescidas a empresas e famílias. Com a aproximação das eleições legislativa, a APC vem apelar a que não sejam implementadas medidas que aumentem a carga fiscal, sem que haja uma efetiva avaliação de medidas possíveis do lado da despesa, que tenham um impacto equivalente”, lê-se no “Manifesto dos contribuintes”, que seguiu esta manhã para os partidos que estão na corrida à Assembleia da República.

Nessa missiva, os contribuintes pedem também que, face a eventuais necessidades de aumento de gastos de Estado, a preferência seja a racionalização da despesa, em vez do aumento da receita fiscal.

“Assim, desafiamos os protagonistas políticos da próxima legislatura a assumirem o compromisso de nunca implementar medidas que conduzam ao aumento da receita fiscal, em novos impostos ou em impostos existente, sem que tenham sido devidamente ponderadas e privilegiadas medidas do lado da despesa, com impacto orçamental equivalente”, atira a APC.

No mesmo sentido, a associação sugere que as eventuais medidas de aumento da receita fiscal sejam acompanhadas de um relatório de medidas do lado da despesa que foram equacionadas, mas descartadas.

A APC nasceu no final do ano passado, com a liderança de Paulo Carmona, presidente do Fórum de Administradores e Gestores de Empresas e ex-membro da Iniciativa Liberal. Esta organização surgiu de um movimento cívico e apartidário que visa reequilibrar a relação entre os contribuintes e o Fisco.

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Apple desiste de construir um carro elétrico

Recuo da gigante tecnológica coincide com desaceleração da indústria de veículos elétricos nos últimos meses. Apple concentra esforços e investimento no campo da inteligência artificial.

A Apple recuou nos seus esforços de construção de um carro elétrico. Uma decisão que surge numa altura em que se prepara para anunciar mais detalhes sobre o investimento que tem feito no campo da inteligência artificial. A informação é avançada pelo Financial Times.

O denominado projeto Titan, no qual a Apple tem vindo a investir há cerca de uma década para concorrer com empresas como a Tesla, nunca foi, no entanto, oficialmente confirmado pela marca, pelo que a gigante tecnológica também não confirma este recuo.

Este cancelamento surge num momento em que a indústria de veículos elétricos tem vindo a desacelerar nos últimos meses, tendo a Tesla avisado em janeiro para uma diminuição no crescimento das vendas, devido às elevadas taxas de juro e à intensificação da concorrência. A Ford e a General Motors também interromperam os seus planos de expansão da produção de veículos elétricos ao longo dos últimos meses.

Não é a primeira vez que a marca tecnológica recua neste projeto. No final de 2022, era conhecido o adiamento do lançamento do seu projeto de carro elétrico, prevendo-se que a apresentação do veículo ocorresse apenas em 2026, conforme foi noticiado na altura, supostamente por dificuldades relacionadas com a condução autónoma.

Este projeto é um exemplo das tentativas de diversificação da marca para lá do seu principal produto, o iPhone, que representa cerca de metade das suas vendas globais.

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Vodafone à procura de 90 talentos para “ajudar na transformação tecnológica”

Vodafone tem abertas 90 vagas para estágios e primeiros empregos em áreas como o desenvolvimento de redes de nova geração, cibersegurança, inteligência artificial e marketing digital.

A Vodafone está à procura de novos talentos para ajudar na sua transformação tecnológica e digital. Neste momento, tem abertas 90 vagas de estágios e primeiros empregos para estudantes e finalistas de ensino superior em áreas como a cibersegurança, a inteligência artificial, big data, a automação e o marketing digital.

No caso dos estágios de seis meses a um ano, os destinatários são estudantes de licenciatura ou mestrado. “Cada estagiário é acompanhado por um mentor, que o ajuda e guia durante o período de estágio, contribuindo para o desenvolvimento pessoal e profissional de cada jovem”, explica a Vodafone. De acordo com a empresa, os selecionados terão direito a uma bolsa, cujo valor não é revelado.

Já para os finalistas de mestrado, está disponível o programa graduates, que dá acesso à integração nos quadros da empresa. “É o programa que seleciona e integra jovens finalistas de mestrado de elevado potencial nos quadros da Vodafone Portugal“, é detalhado.

Tanto no caso dos estágios como dos primeiros empregos, estão disponíveis vagas em várias áreas, do desenvolvimento de redes de nova geração ao marketing digital. “Distribuem-se por áreas como technology, data analytics e digital. Neste caso, funções ligadas, por exemplo, ao desenvolvimento de redes de nova geração, como o 5G, inteligência artificial, Internet das Coisas, cibersegurança, automação ou big data e marketing digital”, enumera a Vodafone.

Os interessados já podem avançar com candidaturas online. Por outro lado, a partir de 1 de abril, os estudantes universitários podem candidatar-se a estágios de verão com duração de um a três meses. Também neste caso está prevista a atribuição de bolsas.

Os selecionados em qualquer um destes programas têm acesso a um modelo flexível de trabalho, isto é, terão de ir ao escritório apenas dois dias por semana, trabalhando remotamente nos demais dias.

Entre estagiários e primeiros empregos, a Vodafone Portugal recrutou, nos últimos dois anos, 182 pessoas.

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Taxas Euribor descem a três e a seis meses e sobem a 12 meses

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação mensal da casa subiram a três e a seis meses e subiu a 12 meses face a terça-feira, permanecendo abaixo de 4% nos três prazos.

As Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação mensal da casa, desceram a três e a seis meses e subiu a 12 meses face a terça-feira, permanecendo abaixo de 4% nos três prazos.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 3,748%, mais 0,013 pontos do que na terça-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor desceu para 3,915%, menos 0,003 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses para 3,942%, menos 0,010 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 7 de março.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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