Dispensa do pagamento por conta este mês teria “efeitos imediatos” na tesouraria das empresas

  • ECO
  • 21 Setembro 2022

Paula Franco considera que medidas anunciadas pelo Governo para as empresas são insuficientes e pede a dispensa do pagamento por conta este mês para aliviar a pressão na tesouraria.

A bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados considera que o pacote de medidas do Governo para combater a inflação ficou “muito aquém da confiança de que se precisava”. A título de exemplo, Paula Franco apontou que uma medida “com efeitos imediatos” na tesouraria das empresas seria a dispensa do pagamento por conta este mês, já que “muitas no final do ano irão obter um lucro menor ou até mesmo prejuízo”.

Em entrevista ao Diário de Notícias (acesso livre), Paula Franco disse que as medidas anunciadas para as empresas “não são suficientes para fazer face ao contexto atual e urgente” e alertou para o recurso à linha de crédito de 600 milhões de euros. “O endividamento não é boa solução para fazer face a gastos correntes ou situações anormais. Por isso, as empresas deverão ter muita cautela na hora de decidir pelo recurso a este tipo de “apoios”, sob pena de ficarem ainda mais endividadas”, afirmou.

Face às dificuldades de tesouraria que muitas empresas já registam, a bastonária lembrou que até final deste mês vão ter de pagar a segunda prestação do pagamento por conta. Nesse sentido, e “atendendo a que, face ao contexto atual, é expectável que muitas no final do ano irão obter um lucro menor ou até mesmo prejuízo, uma medida com efeitos imediatos na tesouraria das empresas poderia passar pela dispensa do pagamento por conta”, sublinhou.

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PS quer proteger apoios excecionais de penhoras

  • ECO
  • 21 Setembro 2022

A bancada socialista propõe tornar "impenhoráveis" os apoios excecionais propostos pelo Governo e também quer permitir o resgate antecipado de PPR sem penalização.

O PS quer livrar de penhora os apoios excecionais aos rendimentos das famílias e o suplemento de meia pensão que serão pagos em outubro, avançam o Jornal de Negócios e o Público, blindando este rendimento extra em processos de execução por dívidas ao Fisco e Segurança Social e em cobranças por dívidas a quaisquer outros credores. Em causa estão propostas de alteração apresentadas no Parlamento com o objetivo de garantir que os apoios cheguem “integralmente” às pessoas, explicou o deputado Miguel Cabrita.

Além da blindagem dos apoios, existem outras duas propostas da bancada socialista às medidas apresentadas pelo Executivo que serão discutidas e votadas esta quarta-feira na comissão parlamentar de orçamento e finanças. Uma visa permitir às famílias mobilizar as suas poupanças para fazer face ao aumento do custo de vida — através, por exemplo, do resgate antecipado de PPR sem penalização — e outra para impedir que os senhorios que não tenham de cumprir o travão das rendas possam usufruir dos benefícios fiscais desenhados para os compensar.

Em cima da mesa do debate na especialidade sobre o pacote de medidas do Governo estarão ainda outras dez propostas apresentadas pelos restantes partidos. Ao Negócios, o deputado socialista Miguel Matos diz que o partido vai falar com a oposição, mas avisa que “será um exercício mais facilmente compaginável no contexto do Orçamento (do Estado de 2023)”. Ou seja, poderá ser “um início de conversa” a continuar no OE, em que “previsivelmente a margem de acomodação será maior”.

Ex-políticos e juízes sem bónus de meia pensão em outubro

Ainda sobre os apoios, o pagamento do complemento no valor de meia pensão a pensionistas que recebem até 5.318,40 euros, que será feito em outubro, não abrange os ex-políticos e antigos juízes do Tribunal Constitucional que beneficiam da pensão mensal vitalícia, noticia ainda o Correio da Manhã.

O Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social justifica a decisão dizendo que “as subvenções mensais vitalícias não são pensões e por isso não estão abrangidas” pelo apoio do Governo. Caso a medida abrangesse a pensão mensal vitalícia, vários beneficiários receberiam, de meia pensão, valores entre cerca de 2.500 e cerca de 5.000 euros, sendo que os beneficiários desta subvenção nunca fizeram descontos para essa prestação.

De acordo com a lista mensal publicada pela Caixa Geral de Aposentações, existem neste momento 304 beneficiários com a subvenção mensal vitalícia atribuída, uma despesa cujo custo anual ronda os oito milhões de euros. Desses 304 beneficiários, 21 têm suspenso o pagamento da pensão mensal vitalícia, por estarem a trabalhar ou por iniciativa própria.

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Bolsas invertem para ganhos à boleia do setor energético

Depois de um arranque negativo, as bolsas europeias já inverteram para ganhos. Lisboa acompanha tendência. Setor energético está em forte alta, com Galp e EDP Renováveis a subirem mais de 2%.

Depois de um arranque de sessão em baixa, com os investidores a reagirem a quente ao discurso de Vladimir Putin, as bolsas europeias marcam agora um ritmo menos tenso e alguns casos já se vislumbram ganhos, à boleia do setor energético. É esse o caso da praça portuguesa.

O PSI avança 0,71% para 5.813,53 pontos, depois de sete sessões em baixa. A Galp ganha 2,52% para 10,14 euros, num dia em que os preços do petróleo voltam a recuperar: o barril de Brent valoriza cerca de 2%.

Galp em alta

Todo o setor energético vai na mesma onda: a Greenvolt ganha 2,27% para 9.02 euros, a EDP Renováveis sobe 2,18% para 23,95 euros e a EDP avança 0,75%.

Neste momento, nove das 15 cotadas do índice nacional estão em alta. A travar uma maior subida da bolsa lisboeta está o BCP: as ações do banco recuam 1,10% para 0,1437 euros.

Lá por fora, o índice de referência europeu Stoxx 600 soma 0,36% para 404,88 pontos com o setor da energia e das utilities em alta. O arranque do dia foi negativo depois de de Vladimir Putin ter anunciado uma mobilização militar parcial face ao conflito que desencadeou há meses na Ucrânia.

Entretanto, algumas praças já inverteram: embora Frankfurt e Paris ainda registem perdas, ainda que ligeiras, Madrid e Milão apresentam ganhos de 0,13% e 9,78%, respetivamente.

Além da situação na Ucrânia, os investidores vão estar atentos à decisão de política monetária da Reserva Federal norte-americana. Ao final da tarde deverá anunciar uma subida de 0,75 pontos base (há quem preveja uma subida de 100 pontos base) nas taxas de juro para controlar a inflação e anunciará novas projeções económicas.

(Notícia atualizada às 10h12 com novas cotações)

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Hoje nas notícias: apoios, eutanásia e banca

  • ECO
  • 21 Setembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O PS propõe proibir penhoras sob os apoios de 125 euros para quem tem rendimentos até 2.700 euros brutos e de 50 euros por dependente até 24 anos, como também sob o complemento de meia pensão a pensionistas que recebem até 5.318,40 euros. As subvenções mensais vitalícias não são abrangidas no bónus de metade das pensões. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

PS quer proibir penhoras de apoios

Das três propostas de alteração do PS ao pacote de medidas do Governo consta tornar livres de penhora, em processos de execução por dívidas ao Fisco e da Segurança Social e em cobranças por dívidas a quaisquer outros credores, o apoio excecional aos rendimentos das famílias e o suplemento de meia pensão que serão pagos em outubro. A proposta, que será discutida e votada esta quarta-feira, visa “afastar eventuais questões” quanto à impenhorabilidade dos apoios “à luz das disposições gerais emanadas pelo Código do Processo Civil”, indica a bancada socialista.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Ex-políticos e juízes sem bónus de meia pensão em outubro

O pagamento do complemento no valor de meia pensão a pensionistas que recebem até 5.318,40 euros, que será feito em outubro, não abrange os ex-políticos e antigos juízes do Tribunal Constitucional que beneficiam da pensão mensal vitalícia. O Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social justifica a decisão dizendo que “as subvenções mensais vitalícias não são pensões e por isso não estão abrangidas” pelo apoio do Governo. Caso a medida abrangesse a pensão mensal vitalícia, vários beneficiários receberiam, de meia pensão, valores entre cerca de 2.500 e cerca de 5.000 euros.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Dispensa do pagamento por conta este mês teria “efeitos imediatos” na tesouraria

A bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados considera que o pacote de medidas do Governo para combater a inflação ficou “muito aquém da confiança de que se precisava”. A título de exemplo, Paula Franco apontou que uma medida “com efeitos imediatos” na tesouraria das empresas seria a dispensa do pagamento por conta, já que “muitas no final do ano irão obter um lucro menor ou até mesmo prejuízo”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

Eutanásia arrisca chumbo com prolongamento de mandatos de juízes do Constitucional

Dois dos 13 juízes do Tribunal Constitucional já terminaram o mandato de nove anos: Pedro Machete e Lino Ribeiro. O atual presidente, João Caupers, também verá o seu mandato terminar em março. Fontes indicam que os juízes do Palácio de Ratton poderão empurrar a substituição de novos juízes para março, de modo a escolherem conjuntamente três novos juízes. Mas há quem justifique o arrastamento deste processo com a manutenção da tendência de oposição à lei da eutanásia caso o Presidente da República torne a enviar o diploma para o Constitucional.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Banca fecha metade dos balcões na última década

Os bancos em Portugal fecharam 2.776 agências nos últimos dez anos, tendo reduzido em 44% a rede de balcões nesse período, devido à crescente digitalização. Em dezembro de 2011, a banca tinha 6.306 agências. Uma década depois, esse número caiu para 5.530, o mais baixo desde 1993, de acordo com os dados disponibilizados pela Associação Portuguesa de Bancos (APB). O setor justifica a redução com a necessidade de dar resposta à alteração dos hábitos de consumo, com os clientes a trocarem cada vez mais os balcões pelo homebanking ou a app do telemóvel.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Esta é uma “guerra desnecessária de um só homem”, diz Biden

  • ECO
  • 21 Setembro 2022

Biden acusou a Rússia de "definir o território de um país pela força” e de criar "referendos fictícios". Putin vai lançar uma “mobilização militar parcial” no país. Voos para fora da Rússia esgotam.

No seu discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, o Presidente dos EUA apontou o dedo a Putin, referindo que está é uma “guerra desnecessária de um só homem” e acusou Moscovo de “definir o território de um país pela força” e de criar “referendos fictícios”.

O dia está a ser marcado pelo discurso do Presidente russo, que anunciou uma mobilização militar parcial para efetuar uma contraofensiva na Ucrânia.

No primeiro discurso à Nação, que esteve prevista para ontem, desde que invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro, Vladimir Putin anunciou que vai lançar uma “mobilização militar parcial” no país, que os militares na reserva serão convocados para combater e que vai retaliar “com todos os meios disponíveis” contra aqueles que estarão a utilizar a “chantagem nuclear” contra o país.

“Isto não é bluff”, assegurou Putin que acusou o Ocidente de tentar enfraquecer a Rússia. Face a este anúncio, as viagens para fora da Rússia, e só com bilhete de ida, começaram a esgotar. Os voos ficaram rapidamente cheios e os preços dos bilhetes para as restantes ligações dispararam, aparentemente impulsionados pelo medo de que as fronteiras da Rússia possam ser em breve fechadas ou de uma convocação mais abrangente que obrigue muitos homens russos em idade de combate a ir para as linhas da frente do conflito.

Acompanhe aqui os desenvolvimentos da guerra na Europa.

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Efacec tem prejuízos de 55 milhões e está em falência técnica

A situação operacional da Efacec degradou-se no primeiro semestre deste ano. Vendas caíram para 80 milhões e empresa aguarda decisão de Bruxelas sobre reprivatização.

A Efacec já apurou as contas do primeiro semestre de 2022. Nos primeiros seis meses do ano, registou um prejuízo líquido consolidado de 55 milhões de euros, uma degradação acelerada das contas em comparação com os resultados do mesmo período de 2021, quanto tinha apresentado um prejuízo de 15 milhões. De acordo com os números a que o ECO teve acesso, a Efacec estava mesmo, no final de junho, em situação de falência técnica, com o capital próprio negativo em 54 milhões de euros.

A atividade operacional degradou-se de forma acelerada. O resultado operacional no primeiro semestre do ano foi negativo, em 52,9 milhões de euros, quando em junho de 2021 a Efacec tinha registado um prejuízo operacional de cerca de nove milhões. As vendas da Efacec quedaram-se, nestes primeiros seis meses, pelos 80 milhões de euros, menos 53 milhões do que as vendas obtidas no mesmo período do ano passado. E a dívida (corrente e não corrente) já ultrapassa os 220 milhões, além de passivo relativo a fornecedores, da ordem dos 83 milhões de euros. Contactada pelo ECO, a Efacec escusou-se a fazer quaisquer comentários aos resultados dos primeiros seis meses do ano.

A Efacec, recorde-se, está num processo de reprivatização que se arrasta desde 2 de julho de 2020, data em que o Governo nacionalizou 71,73% da companhia industrial. Logo nessa altura, o Governo e o então ministro Pedro Siza Vieira garantiam que a posição acionista pública era transitória, e servia para a estabilidade financeira e comercial da empresa. Depois de um concurso, a venda à construtora DST foi assinada formalmente a 25 de março, apesar da decisão de entregar a empresa à construtora ter sido tomada um mês antes (24 de fevereiro). E o Banco de Fomento é uma peça-chave para a viabilização do negócio. O Banco de Fomento concederá um empréstimo de 100 milhões de euros a 20 anos, com uma taxa de 1,5%, e possibilidade de transformação em capital. Além disso, injetará já 60 milhões no capital da empresa, mas é mesmo o contorno destas operações que poderá pôr em causa o negócio.

A conclusão da operação depende de várias condições precedentes, nomeadamente de autorizações da Comissão Europeia, que ainda estão por cumprir. E, segundo a gestão executiva da Efacec, liderada por Ângelo Ramalho, este é um dos argumentos que justifica os resultados. “A atividade registada na atividade da empresa nos dois últimos exercícios incapacitou a empresa de cumprir os rácios de Dívida Financeira Líquida/EBITDA que constam dos contratos de financiamento [empréstimos sindicados de 2020 e 2021 e empréstimo obrigacionista de 2019]”, lê-se nas contas deste semestre. Assim, Ramalho explicita que “a impossibilidade de obtenção de apoios à atividade das empresas do grupo, nomeadamente no que se refere a instrumentos de TradeFinance, tem impedido a obtenção de encomendas e a execução de entrega de projetos“.

A Efacec corre assim contra o tempo, enquanto o processo de venda continua em negociação em Bruxelas, na Direção-Geral da Concorrência. Especialmente porque, como o ECO já revelou, “em nenhuma circunstância [a DST] aceitará participar numa transação que configure auxílios do Estado”. No passado dia 7 de setembro, o secretário de Estado que acompanha o processo, João Nuno Mendes, garantia que as negociações em Bruxelas estavam a caminho do fim. “Nas próximas semanas deverá haver uma resposta da Comissão”, disse ao ECO João Nuno Mendes, mas até ao momento ainda não há decisões.

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5 coisas que vão marcar o dia

Esta quarta-feira termina a reunião de política monetária da Fed norte-americana, no mesmo dia em que o IGCP realiza dois leilões de dívida.

O presidente do Fundo de Resolução é ouvido esta segunda-feira numa audição do Parlamento. Esta quarta-feira termina a reunião de política monetária da Fed norte-americana e o IGCP realiza dois leilões de dívida.

Audição do presidente do Fundo de Resolução

O presidente do Fundo de Resolução, Luís Máximo dos Santos, vai ser ouvido esta quarta-feira na Comissão de Orçamento e Finanças a pedido do PSD. No requerimento entregue, o grupo parlamentar social-democrata justificava o pedido de audições, após a divulgação das conclusões da auditoria do Tribunal de Contas, com “o manifesto interesse público em causa”.

Termina reunião de política monetária da Fed norte-americana

Termina esta quarta-feira a reunião de dois dias do Comité de Mercado Aberto da Reserva Federal norte-americana. Os investidores estão à espera de conhecer as conclusões do banco central, mas esperam uma nova subida das taxas de juro, em linha com o que tem vindo a acontecer desde março. Deverá ser a terceira subida seguida de 75 pontos base.

BdP publica dados sobre dívida direta do Estado em agosto

O Banco de Portugal vai publicar esta quarta-feira os dados sobre a dívida direta do Estado em agosto. Em julho, a dívida pública diminuiu 1.400 milhões de euros face ao recorde de junho, somando 279,2 mil milhões de euros. Uma diminuição que se deveu, sobretudo, a “amortizações de títulos de dívida no valor de 1.900 milhões de euros, sobretudo de curto prazo”.

IGCP realiza dois leilões de dívida

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP vai realizar esta quarta-feira dois leilões de bilhetes de Tesouro, de seis meses e um ano. Aquela entidade indicou que os leilões terão maturidades em 17 de março de 2023 e 22 de setembro de 2023, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros.

Arrancam negociações sobre recrutamento e colocação de professores

O Ministério da Educação e os sindicatos de professores começam esta segunda-feira a negociar os modelos de recrutamento e colocação de professores, com a tutela a defender autonomia para as escolas poderem escolher parte da sua equipa. Nos dois próximos dias, responsáveis do Ministério da Educação e representantes dos sindicatos de professores voltam a sentar-se à mesa para iniciar um processo negocial sobre um novo modelo de recrutamento e colocação de professores, uma matéria que já vinha da anterior legislatura, quando o atual ministro, João Costa, era secretário de Estado Adjunto e da Educação.

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Comboio tem de voltar a Barca d’Alva, recomenda CCDR-N

Reabertura de troço da Linha do Douro pode criar 6.455 empregos nos próximos 26 anos e tem benefícios em cerca de duas dezenas de municípios da região, conclui análise custo-benefício.

“É um projeto de interesse regional e nacional.” Esta é a conclusão da análise custo-benefício para a reabertura da Linha do Douro entre Pocinho e Barca d’Alva, elaborada pela CCDR-Norte. O regresso dos comboios ao troço permitirá criar 6.455 empregos no prazo de 26 anos e, “por cada euro investido, o PIB aumenta em 1,4 euros“, segundo o documento a que o ECO teve acesso.

Sem comboios em circulação desde 1 de janeiro de 1989, o troço entre Pocinho e Barca d’Alva conta com 27,11 quilómetros de extensão e é considerado um “investimento importante para o dinamismo do Douro“. Pressupõe-se que a linha seja reaberta em 2027, depois de um investimento de cerca de 75 milhões de euros, calcula a Infraestruturas de Portugal num estudo técnico de abril de 2022.

Figueira de Castelo Rodrigo, Vila Nova de Foz Côa, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta são os quatro municípios com ganhos diretos pela reabertura da linha. Os benefícios da reabertura estendem-se ainda a outros 17 concelhos, como Vila Real, Régua, Lamego, Tarouca, Alijó e Sabrosa.

O comboio permite poupar mais de meia-hora na viagem entre as duas localidades – passa de 50 para 19 minutos. O “choque positivo nas condições de mobilidade” permitirá captar passageiros que viajem de carro e de autocarro pela região, além de atrair pessoas que habitualmente não frequentam o local. A reabertura do troço permitirá baixar os custos gerais de transporte em 37%, de 24,3 para 15,4 euros. A poupança de tempo e de custos pode proporcionar benefícios para os consumidores de 20 milhões de euros no espaço de 26 anos.

Turistas valem reabertura

A vertente turística é a principal justificação económica para a reabertura da linha, tendo em conta que a população residente entre Pocinho e Barca d’Alva caiu 1,9% por ano na última década. “A atividade turística será importante, inclusive, para o crescimento de mobilidade de pessoas no território, mesmo num cenário caracterizado por um forte declínio populacional da população residente”, refere o documento.

Com o número de turistas a crescer, espera-se que sejam criados 6.455 empregos em toda a região, dos quais um terço (2.379) será nos quatro concelhos entre Pocinho e Barca d’Alva. Hotelaria e restauração e bebidas são os ramos de atividade que mais postos de trabalho poderão criar.

“Ao contribuir para a criação de emprego, o projeto está a dar um contributo para inverter o abandono do território com externalidades positivas importantes, como a preservação da natureza e limpeza das florestas“, destaca a análise. A Linha do Douro atravessa paisagem cultural considerada Património Mundial pela Unesco desde 2001.

O regresso dos comboios a Barca d’Alva poderá gerar benefícios de 94,094 milhões de euros, o que compara com custos de investimento de 44,66 milhões de euros. Em termos líquidos, o valor é de 49,433 milhões de euros. Contas feitas, a taxa de rentabilidade é de 8,37%, o que proporciona uma “margem de segurança importante num quadro em que a localização do investimento encontra-se num território com fortes problemas demográficos e com reduzidas oportunidades de investimento”. A CCDN-N vai mais longe e escreve: “Dada a rentabilidade económica do projeto, recomenda-se a sua execução“.

Mesmo em cenário de estagnação ou de diminuição de 50% dos turistas, a taxa de rentabilidade económica nunca é inferior a 2,85%, dentro dos patamares aceitáveis a nível económico.

Ao contribuir para a criação de emprego, o projeto está a dar um contributo para inverter o abandono do território com externalidades positivas importantes, como a preservação da natureza e limpeza das florestas

CCDR-N

Análise custo-benefício da reabertura da Linha do Douro

A reabertura do troço apenas não é positiva a nível financeiro porque o investimento é feito pelo Estado e os benefícios ficam por conta da região – e voltam indiretamente ao Estado por via de receita fiscal, por exemplo.

Mais de três meses de espera

Os estudos relativos à reabertura da Linha do Douro até Barca d’Alva deveriam ter sido apresentados dia 25 de maio na Régua, tendo estado prevista a presença do ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, e da ministra da Coesão Territorial. Contudo, a sessão foi cancelada, na véspera, pela CCDR-N, sem marcação de nova data, apesar das perguntas do ECO sobre a matéria.

Também não há qualquer referência a esta abertura no programa regional do Norte 2021-2027, da mesma entidade, que esteve em consulta até à semana passada. “A sucessão de decisões que não se compreendem nem são explicadas às populações e os constantes atrasos estão a mergulhar uma região, que poderia ser a primeira da Europa a atingir a neutralidade carbónica, num abismo económico e social profundo“, contesta ao ECO o presidente da Associação Vale d’Ouro, Luís Almeida.

Outrora porta-voz da região do Douro neste tema, o presidente da câmara da Régua não tem prestado declarações sobre o assunto nas últimas semanas. No final de abril, José Manuel Gonçalves (PSD) considerava como “demasiado óbvia a rentabilidade da linha” e que seria “seria mais difícil criar um cenário de não viabilidade do que o contrário”.

Bem perto da fronteira, o presidente da câmara de Freixo de Espada à Cinta destaca que a ligação “será um passo importante para o desenvolvimento de toda esta Região do Douro Superior e Vinhateiro, uma forma de potenciar o turismo e os negócios associados, como a indústria hoteleira, a economia local e os produtos endógenos, a divulgação do património cultural, arquitetónico e paisagístico, a mobilidade de pessoas e bens, a sustentabilidade e a coesão territorial”.

Em declarações ao ECO, Nuno Ferreira assinala que o estudo de viabilidade “comprova a rentabilidade desta linha e as suas mais-valias para as populações e toda a região. Acredito que em breve seja anunciada a reabertura deste troço ferroviário que, certamente, será benéfico para Freixo de Espada à Cinta, pela sua proximidade a Barca d’Alva”.

Também junto à fronteira, o presidente da câmara de Foz Côa, João Paulo Sousa (PSD), “aguarda com serenidade mas com sinais de preocupação, dado o tempo que já passou”, uma decisão política sobre a matéria.

[Reabertura] será um passo importante para o desenvolvimento de toda esta Região do Douro Superior e Vinhateiro, uma forma de potenciar o turismo e os negócios associados, como a indústria hoteleira, a economia local e os produtos endógenos, a divulgação do património cultural, arquitetónico e paisagístico, a mobilidade de pessoas e bens, a sustentabilidade e a coesão territorial

Nuno Ferreira

Presidente da câmara de Freixo de Espada à Cinta

PNS, Abrunhosa e Cadilhe entre defensores do Douro

O regresso dos comboios a Barca d’Alva é um tema com mais de uma década de promessas. A reabertura da Linha do Douro até à fronteira foi anunciada pela então secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, no Pocinho, em 10 de setembro de 2009. Nunca chegou a acontecer.

O tema voltou à baila em fevereiro de 2017, quando foi noticiado que seriam necessários 43 milhões de euros para reabrir a Linha do Douro do lado português, noticiou o jornal Público. No ano seguinte, em outubro, o troço Pocinho-Barca d’Alva foi colocado como uma das 48 ligações com potencial para gerar mais-valias para a economia e o território.

Em junho de 2019, foi lançada a petição popular a pedir a reabertura da linha, que obteve um total de 13.999 assinaturas. O primeiro subscritor foi Miguel Cadilhe, ex-ministro das Finanças no Governo de Cavaco Silva que determinou o fecho da ligação e que mostrou arrependimento por ter validado a decisão, segundo declarações ao mesmo jornal. A petição foi aprovada por unanimidade pela Assembleia da República em março de 2021.

Dois meses depois, foi constituído o grupo de trabalho para a reabertura do troço, coordenado pela CCDR-N e que integrou autarcas em representação da Comunidade Intermunicipal do Douro (como a Régua) e membros da Infraestruturas de Portugal.

Em dezembro de 2021, na celebração dos 20 anos do Douro como património da Unesco, em Lamego, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa anunciou: “Vamos fazer a linha do Douro. É um desígnio deste território. Mal andariam os governos que não apoiassem o projeto”.

Em abril de 2022, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, reafirmou a intenção de reabrir a ligação sobre carris: “A Linha do Douro é fundamental, pois a região do Douro é das mais bonitas do mundo. Um dia, temos de levar a linha até ao fim. O país tem restrições orçamentais e tem de definir prioridades mas não podemos desistir de ter toda a linha do Douro eletrificada e em uso”.

A decisão final sobre o regresso dos comboios a Barca d’Alva está nas mãos do Governo.

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Estudo: 82% dos inquiridos céticos sobre a forma como as marcas utilizam os dados

O estudo foi desenvolvido pela Ipsos para a Google. Foram ouvidas 20 mil pessoas, do Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e Suécia.

Os marketeers devem ir além dos requisitos básicos de privacidade e proporcionar experiências que sejam éticas e eficazes – superando as expectativas de privacidade dos seus clientes ao mesmo tempo que geram melhores resultados de marketing”. A recomendação é do estudo Privacy by design: the benefits of putting people in control, produzido pela IPSOS para a Google, apresentado esta terça-feira pela na conferência DMEXCO, a decorrer em Colónia, Alemanha.

De acordo com as conclusões do estudo, que contou com uma amostra de 20 mil pessoas, do Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e Suécia, 43% do inquiridos escolheriam mudar da sua marca preferida para a sua segunda marca preferida em resposta a uma experiência de privacidade positiva. Oitenta e dois por cento dos inquiridos descrevem-se como céticos sobre os dados que as marcas recolhem e a forma como os utilizam e 71% afirmam que preferem comprar marcas que são honestas sobre que dados recolhem e porquê. Após uma experiência de privacidade positiva 13% dos inquiridos dizem ter aumentado a confiança na marca em relação aos dados pessoais, subindo este valor para os 19% “entre os mais céticos sobre as formas como as marcas usam seus dados para marketing”.

O impacto negativo de uma má experiência de privacidade numa marca ao nível dos dados do utilizador é considerado tão grave quanto o de uma violação de dados (-35 pontos percentuais em comparação com -44 pontos percentuais)”, prossegue o estudo, alertando para que, nas empresas que possuem boas práticas de privacidade, um incentivo monetário para a partilha de dados pode não ter um efeito positivo.

Na recomendação de experiências de privacidade mais positivas, a Ipsos e a Google recomendam que as marcas perguntem às pessoas como e com que frequência gostariam de ser lembradas sobre as suas preferências, o envio de um resumo de privacidade por e-mail e que seja pedido consentimento para a personalização dos sites.

A combinação destas práticas provoca, dizem as empresas, maior confiança com os dados pessoais (+11%), aumento da resposta positiva aos anúncios (+27%) e aumento da relevância percebida dos anúncios exibidos (+11%).

“O nosso estudo sugere que as marcas que conseguem fazer as pessoas sentirem-se com maior controlo sobre os seus dados também podem aumentar a confiança na marca e aumentar a preferência pela marca”, resume citado em comunicado Kelly Beaver MBE, CEO da Ipsos UK and Ireland.

“O impacto de uma experiência de privacidade negativa supera o de uma positiva – por isso, após uma experiência negativa será difícil trazer os clientes de volta. Em vez disso, é importante acertar à primeira”, acrescenta Matt Brittin, presidente da Google EMEA, que apresentou o estudo.

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Wall Street em queda com investidores a antecipar decisão da Fed. Ford afunda 11%

Investidores já estão a descontar efeitos da subida das taxas de juro da Fed. Ações da Ford tombaram 11% porque a marca norte-americana vai gastar mil milhões de dólares a mais por conta da inflação.

Wall Street viveu um dia de nervos e fechou em baixa. Os principais índices norte-americanos caíram cerca de 1% na véspera do anúncio de nova subida das taxas de juro pela Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed). No dia em que os investidores já descontaram, nas cotações, os efeitos negativos da decisão, os títulos da Ford tombaram 11%.

O índice S&P 500 foi o que mais travou, ao perder 1,12% (3.856,28 pontos); a praça industrial Dow Jones cedeu 0,99% (30.712,79 pontos; nas tecnologias, o índice Nasdaq caiu 0,94% (11.427,15).

Ao contrário do que aconteceu na véspera, os índices norte-americanos passaram a sessão em terreno negativo e de lá nunca saíram. “Há muitos ventos contrários a prevenir subidas sustentadas. É difícil esperar uma expansão quando a política da Fed está a apertar”, destaca Greg Boutle, estratega do BNP Paribas, citado pela Reuters.

Os sinais de abrandamento – se não mesmo recessão económica – estão à vista dos investidores: esta terça-feira foi revelado que as licenças de construção de casas para habitação caíram 10% no último mês, para 1,517 milhões, número mais baixo desde junho de 2020. Os juros das obrigações do Tesouro dos Estados Unidos a 10 anos atingiram 3,56%, patamar mais elevado desde abril de 2011, continuando a trajetória de subida registada nas últimas semanas.

O cenário deverá agravar-se na quarta-feira, depois de a Fed anunciar um novo aumento das taxas de juro, em 75 pontos base, para conter a subida da taxa de inflação – o que irá retirar dinheiro da economia.

Nota ainda para a descida de 11% das ações da Ford. A fabricante de carros norte-americana anunciou que a subida da inflação custou mais mil milhões de dólares (999,83 milhões de euros) do que o esperado e que vai ter de adiar as entregas de carros para o último trimestre do ano por falta de peças.

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Porsche nem precisou de um dia para preencher ações pré-IPO

  • ECO
  • 20 Setembro 2022

Naquela que será a principal entrada em bolsa deste ano, grupo Volkswagen conta arrecadar mais de 9,3 mil milhões de euros.

Nem foram necessárias 24 horas para o grupo Volkswagen ter encontrado investidores para a operação pública de venda em Bolsa (IPO) da Porsche. O grupo automóvel alemão terá conseguido colocar todas as ações que ficarão disponíveis no mercado a partir de 29 de setembro por 82,50 euros, o montante máximo definido.

Entre os investidores interessados, está o fundo soberano do Qatar, que pretende comprar 4,99% das ações da Porsche, refere o jornal Cinco Días, a partir dos dados da Bloomberg e do Financial Times. O fundo soberano da Noruega também vai participar na operação, comprando o equivalente a 750 milhões de euros em papéis.

Ao colocar todas as 911 milhões de ações no mercado – o número tem em conta o modelo 911 –, o grupo Volkswagen vai obter até 9,394 mil milhões de euros. Serão colocadas, no mercado, metade das ações sem direito de voto, que correspondem a 50% de todos os papéis da marca alemã.

Ao entrar em Bolsa, a Porsche ficará avaliada em 75,157 mil milhões de euros, valor próximo dos 78 mil milhões de euros que a troika emprestou a Portugal em 2011.

A entrada em bolsa da Porsche é o primeiro grande IPO do ano na Europa, numa altura em que o fim da política expansionista do Banco Central Europeu serve para diminuir o capital em circulação e, assim, travar a subida da taxa de inflação.

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Jerónimo acusa PS de alinhar nas conceções sobre pensões de Passos e Portas

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

O líder comunista considerou que “vale tudo” na maioria absoluta do PS, “inclusive manipular dados de estudos” para comprovarem que a sustentabilidade da Segurança Social é colocada em causa.

O secretário-geral comunista acusou esta terça-feira o Governo de regressar às “conceções com que Sócrates, Passos e Portas infernizaram” os portugueses, ao utilizar o argumento da sustentabilidade financeira da Segurança Social como justificação para cortar nas pensões.

Utilizar o argumento da sustentabilidade financeira [da Segurança Social] para cortar pensões e prestações sociais, além de constituir uma falsidade, constitui um retrocesso às conceções com que Sócrates, Passos e Portas infernizaram a vida a milhões de portugueses com as suas políticas do PEC [Pagamento Especial por Conta] e do ‘Pacto de Agressão da Troika‘”, argumentou Jerónimo de Sousa, durante uma sessão sobre a degradação das condições de vida, em Lisboa.

O dirigente comunista considerou que “vale tudo” na maioria absoluta do PS, “inclusive manipular dados de estudos” para comprovarem que a sustentabilidade da Segurança Social é colocada em causa se houver um aumento das pensões acima daquele que o Governo anunciou. É a “velha política do PS” que a maioria absoluta “trouxe de volta, em pleno”, completou Jerónimo de Sousa.

“[António Costa] quer resolver o problema da sustentabilidade? Então crie mais emprego, melhores salários, mais direitos e naturalmente que consegue manter a sustentabilidade da Segurança Social”, sustentou. E continuou: as decisões que o PS tomou com maioria absoluta contrastam com aquelas que, “por influência decisiva do PCP, permitiram o aumento extraordinário das pensões”.

A menos de dois meses da discussão do Orçamento do Estado para 2023, Jerónimo de Sousa recordou que há pouco mais de um ano “muitos não compreenderam” o voto contra do partido na proposta apresentada então pelo executivo socialista, cuja rejeição na generalidade espoletou a dissolução do parlamento e eleições legislativas antecipadas.

Hoje, prosseguiu o secretário-geral do PCP, a realidade das políticas do PS demonstra que os comunistas estavam certos quando recusaram as medidas vertidas no Orçamento do Estado e que os socialistas só olharam para os portugueses como “meras peças de um jogo eleitoral”. Para o membro do Comité Central comunista o PS está a fazer uma “política de ataque” aos direitos dos pensionistas e que a única convergência – promessa feita pelo primeiro-ministro no início da legislatura – foi com a direita.

A intervenção de 23 minutos no Largo da Graça foi também utilizada para recordar as propostas que o PCP considera basilares para mitigar os efeitos da inflação e repor o poder de compra dos portugueses: aumentar salários e pensões, incluindo o aumento do salário mínimo para 800 euros a curto prazo, a fixação de preços máximos em bens essenciais, combustíveis e energia, e a taxação dos lucros máximos dos grandes grupos económicos que vivem no “El Dorado” e contam com “a subserviência” dos partidos que estiveram no Governo desde sempre – PS e PSD.

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