Empresários da hotelaria e restauração preocupados com escassez de mão de obra e inflação

  • Lusa
  • 5 Maio 2022

O vice-presidente da Ahresp citou um organismo internacional que calculou que em Portugal "há oferta de 85 mil postos de trabalho no turismo que não estão a ser correspondidos com força de trabalho".

A inflação e a escassez de matérias-primas e de recursos humanos são atualmente as principais preocupações da Associação de Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), ouvida esta quinta-feira pela Assembleia Municipal de Lisboa.

A AHRESP foi ouvida pela Comissão de Economia e Inovação e Turismo da Assembleia Municipal de Lisboa no âmbito da elaboração de um futuro relatório sobre a recuperação económica da cidade no pós-pandemia. “Saímos de um momento difícil, apesar do esforço do município [Lisboa] e da administração central, que não foram suficientes. O impacto [pandemia] foi muito grande e ainda prevalece, e agora com novos problemas”, começou por referir aos deputados municipais o vice-presidente da AHRESP, Carlos Moura.

Segundo Carlos Moura, os empresários do setor da hotelaria e da restauração vêm-se atualmente confrontados com “dificuldades decorrentes, essencialmente, da inflação dos preços dos combustíveis e da energia, da escassez das matérias-primas, sobretudo devido à guerra na Ucrânia, e também de recursos humanos disponíveis para trabalhar nesta área.

Relativamente à inflação, o vice-presidente da AHRESP lamentou que não hajam “medidas para que as empresas possam suportar este círculo inflacionista” e que “não se avizinhe uma inversão do problema”. Além da questão da inflação, Carlos Moura apontou para os problemas de capital das empresas do setor e alertou para as dificuldades que existirão para as verbas de “recapitalização” previstas no âmbito do PRR (Plano Recuperação e Resiliência) chegarem ao “tecido industrial mais pequeno”.

Serão, com certeza, precisos programas alternativos para ajudar as pequenas e médias empresas”, defendeu.

O responsável da AHRESP apontou também para as dificuldades em encontrar trabalhadores disponíveis para trabalhar no setor, ressalvando que “não se trata apenas de uma questão de baixos salários”, mas sim também “demográfico”.

“É um problema sério. Um organismo internacional [Conselho Mundial de Viagens e Turismo] chegou mesmo a referir há duas semanas que em Portugal há oferta de 85 mil postos de trabalho no turismo que não estão a ser correspondidos com força de trabalho. É um número impressionante”, apontou.

Para fazer face a este problema, Carlos Moura defendeu a necessidade de se apostar na “imigração organizada” e no recrutamento de profissionais “devidamente credenciados” e que vejam as suas necessidades resolvidas.

“Nós sabemos que há grupos económicos que se colocam num avião e vão recrutar diretamente no estrangeiro. Isto não devia ser assim. Isto devia ter um dossiê devidamente organizado. O fenómeno da imigração é muito mais extenso do que o mero exercício da profissão”, defendeu, apontando para questões ligadas à habitação e à integração familiar destes imigrantes no país.

Por seu turno, numa curta intervenção a secretária geral da AHRESP, Ana Jacinto, defendeu a necessidade de a Câmara Municipal de Lisboa manter determinados apoios municipais, como a isenção de taxas na ocupação de espaços públicos, e alertou para o “excesso de burocracia” no acesso a alguns programas de apoio.

“Nós temos aqui sinais de aumento de procura, mas as empresas estão totalmente sufocadas e descapitalizadas. Era importante haver aqui, da parte do município, este apoio que é muito importante para os empresários e também simplificar ao máximo o relacionamento entre o empresário e a autarquia”, acrescentou.

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Governo está a equacionar 4ª dose da vacina para pessoas entre os 60 e 80 anos

  • Lusa
  • 5 Maio 2022

"A evidência de que dispomos não é ainda conclusiva. O que é que neste momento não está em cima da mesa? A vacinação abaixo dos 60 anos”, disse Marta Temido.

A ministra da Saúde anunciou esta quinta-feira que a administração da quarta dose da vacina contra a covid-19 está a ser equacionada para as pessoas entre 60 e 80 anos, mas não está prevista para os menores de 60.

O que é que está em dúvida? Se vai haver vacinação de reforço para o grupo etário entre os 60 e os 80 anos. A evidência de que dispomos não é ainda conclusiva. O que é que neste momento não está em cima da mesa? A vacinação abaixo dos 60 anos”, afirmou Marta Temido no briefing do Conselho de Ministros, que decorreu no antigo Ministério do Mar, em Algés.

Temido acrescentou que a única indicação, até ao momento, é de que a vacinação com a segunda dose de reforço “só será feita a quem tenha mais de 80 anos”, sendo essa a “recomendação da Agência Europeia do Medicamento”.

A governante relembrou que, até ao momento, os “casos de risco já estão a ser vacinados com a segunda dose de reforço, por indicação médica”, designadamente no que se refere a pessoas com “patologias específicas” ou “com a sua capacidade imunitária especialmente fragilizada”.

Questionada pelos jornalistas se o Governo está a prever uma dose de reforço para as crianças, Temido respondeu que a recomendação do executivo sobre esse aspeto “será sempre técnica, como tem sido”, mas ressalvou que, até ao momento, não tem “nenhuma nota de que haja alteração daquilo que são as recomendações anteriores”.

Relativamente ao facto de ter sido anunciado que a vacinação com a dose de reforço para os maiores de 80 anos deverá ocorrer antes do outono/inverno, Marta Temido sublinhou que se trata de um “calendário ótimo”, tendo em conta que a “situação epidemiológica está relativamente controlada, a proteção vacinal é sobretudo contra doença grave e óbito e não contra doença ligeira ou transmissão”.

No entanto, a governante não descartou que essa data possa vir a ser antecipada, afirmando que o Governo está “hoje, como em momentos anteriores da pandemia”, “alerta, atento e permanentemente preparado para poder fazer adaptações” em consonância com “alterações da situação epidemiológica, dos pareceres, da evidência que vai surgindo”.

“Este é o calendário, estes são os factos que temos, neste momento é o que temos em cima da mesa. O que não posso garantir é que não haja uma alteração de circunstâncias que leve a uma reponderação técnica. Em termos de meios, estamos preparados”, sublinhou.

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Servihabitat aumentou em 33% o valor das vendas de imóveis

  • Servimedia
  • 5 Maio 2022

A Servihabitat aumentou o valor das vendas em 33% no primeiro trimestre do ano. O segmento residencial estabeleceu valores recorde, com aumentos de mais de 40% no valor das vendas e compras.

A Servihabitat, um serviço de gestão de bens imobiliários e financeiros multiproduto e multicliente, fechou o primeiro trimestre de 2022 com um aumento de 33% no valor total das suas vendas em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, noticia a Servimedia.

Iheb Nafaa, CEO da Servihabitat, explicou que o mês de março foi “excelente em termos de atividade comercial, com volumes que ultrapassaram os valores globais de janeiro e fevereiro” e justificou este aumento com o interesse dos investidores que, segundo a responsável, foram influenciados a centrar a sua estratégia em ativos mais estáveis, como o imobiliário, “devido à volatilidade percebida nos mercados e ao esperado aumento das taxas de juro”.

O segmento residencial continua a ser o que tem tido os aumentos mais fortes e constantes: o valor das vendas e compras foi 40,6% superior ao das fechadas pelo Servihabitat durante o período homólogo.

Quanto ao mercado de ativos terciários, em termos gerais, a retoma que começou a emergir há alguns meses está a consolidar-se. O valor das instalações comerciais, escritórios e armazéns comercializados pela Servihabitat aumentou em 28%.

Neste contexto, destaca-se a evolução na comercialização de escritórios, um dos tipos de bens que mais sentiu o impacto da pandemia, onde o valor global das vendas duplicou em relação ao trimestre de 2021, com um aumento de 104%, devido à procura de superfícies maiores que respondem às novas tendências de espaços mais flexíveis.

A estratégia de especialização iniciada nos últimos três anos está também a ter um impacto na comercialização de pavimentos. Nestes primeiros três meses, o valor dos terrenos transacionados pela Servihabitat foi 6% superior ao do ano passado.

Esta procura crescente também se justifica pela recuperação do crédito que aumentou 7%. Desta forma, muitos devedores conseguem obter refinanciamento total ou parcial da sua dívida, ao mesmo tempo que têm acesso a produtos especializados de reestruturação, um serviço que a Servihabitat oferece aos seus clientes em ativos financeiros.

“Concebemos sistemas e processos que nos ajudam a aumentar a flexibilidade e eficiência, o que nos permite acelerar a comercialização dos mais de 170.000 ativos que temos atualmente sob gestão. A estratégia de especialização do Servihabitat, o seu poder de marketing e o seu profundo conhecimento do produto permitem-nos responder a esta procura crescente”, concluiu a CEO.

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Tecnologia termina “rally” da Fed em Wall Street

Praças norte-americanas arrancam a sessão em baixa, penalizadas pelo setor tecnológico. Subida nos pedidos de subsídio de desemprego pesa em Wall Street, depois de os índices terem disparado até 3%.

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta quinta-feira a negociar em baixa. Os índices corrigem dos fortes ganhos da sessão anterior, numa altura em que os investidores ainda digerem a decisão da Fed de aumentar os juros em 50 pontos base, o maior aumento desde 2000, bem como o aumento dos pedidos de subsídio de desemprego. A tecnologia pesa epecialmente em Wall Street.

O S&P 500 recua 0,98%, para 4.257,85 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,81%, para 33.784,98 pontos. Enquanto isso, o tecnológico Nasdaq desvaloriza 1,40%, para 12.783,35 pontos.

Na quarta-feira, o banco central norte-americano anunciou uma subida dos juros em 50 pontos base, a maior desde 2000, para combater a aceleração da taxa de inflação nos Estados Unidos, tal como esperavam os analistas. Não obstante, o presidente do banco central afastou a hipótese de uma subida de 75 pontos base nas próximas reuniões de junho e julho, o que desencadeou um rally nas bolsas e afundou os juros das obrigações no mercado secundário.

Os bancos centrais estão a apertar as condições financeiras num esforço para controlar a subida dos preços. Esta quinta-feira foi a vez de o Banco de Inglaterra anunciar que vai aumentar a taxa de juro de referência em 25 pontos base, colocando-a em 1%, apesar do receio crescente de que o país possa entrar em recessão.

Nesta sessão, em foco estão também os dados relativos ao mercado laboral, com os pedidos de subsídio de desemprego a aumentar na última semana, e as empresas a aumentarem os salários, o que pode contribuir para o aumento da inflação. Na semana terminada a 30 de abril, houve um aumento de 19 mil pedidos, para 200 mil no total, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho dos EUA. Os economistas ouvidos pela Reuters apontavam para um total de 182 mil pedidos.

Entre as cotadas que se destacam nesta sessão está o Twitter. As ações desta rede social avançam 3,65%, para 50,85 dólares, após Elon Musk ter anunciado que captou mais 7,1 mil milhões de dólares para financiar a sua proposta de aquisição da rede social. Ainda no setor tecnológico, a Meta, dona do Facebook, cede 2,46%, para 217,90 dólares, enquanto a Apple recua 2,36%, para 162,19 dólares.

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Preço do milho subiu 20% até março e consumo deverá aumentar 3,4%

  • Lusa
  • 5 Maio 2022

Preço do milho atingiu 335 dólares (cerca de 318 euros) por tonelada. Entre janeiro e março, o índice de preços de grãos do Banco Mundial subiu 14%.

O preço do milho aumentou 20% no primeiro trimestre, atingindo 335 dólares (cerca de 318 euros) por tonelada, enquanto a produção mundial, nesta campanha, deverá aumentar 7,5% e o consumo 3,4%, segundo um relatório divulgado esta quinta-feira.

“No que respeita ao milho, é avançado que os preços deste cereal subiram 20% no primeiro trimestre de 2022, chegando ao valor de 335 dólares/tonelada em março. A guerra na Ucrânia levanta muitas incertezas no mercado global de grãos. O país agora em guerra representa 3,5% da produção mundial de milho”, indicou, em comunicado, a Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis), citando dados do relatório “O impacto da guerra da Ucrânia no mercado das commodities”, do World Bank Report.

Entre janeiro e março, o índice de preços de grãos do Banco Mundial subiu 14%, sendo quase 20% superior ao registado no mesmo período do ano anterior.

Por sua vez, o índice de preços de fertilizantes cresceu 10%, seguindo a tendência verificada no ano passado, “quando se registou um aumento dos preços na ordem dos 80% devido a interrupções de fornecimento, crescimento do custo das matérias-primas e restrições comerciais na China e na Rússia”.

Prevê-se ainda um crescimento de 70% no valor dos fertilizantes, em consequência da guerra, tendo em conta que a Rússia e a Bielorrússia estão entre os principais fabricantes de fertilizantes e os maiores fornecedores de gás natural, utilizado nos fertilizantes nitrogenados.

O preço das commodities (bens ou produtos primários) não energéticas, onde se incluem os produtos agrícolas, deverá progredir quase 20% em 2022 e recuar nos dois anos seguintes, mas permanecendo acima da última média quinquenal. “No caso de uma guerra prolongada ou de sanções adicionais à Rússia, os preços podem tornar-se ainda mais altos e mais voláteis que as projeções atuais”, alertou.

Já o valor do petróleo bruto (Brent) poderá atingir, em média, 100 dólares (aproximadamente 95 euros) por barril em 2022, o nível mais alto desde 2013, “o que representa um aumento de mais de 40% em relação a 2021”. Contudo, este valor deverá baixar para 92 dólares (87 euros) em 2023.

“O aumento resultante nos preços dos alimentos e da energia impõe grandes desafios para o ser humano. Provavelmente impedirá avanços na redução da pobreza. Preços de commodities mais altos exacerbam as pressões inflacionárias, já elevadas em todo o mundo”, afirmou, no mesmo documento, o diretor do grupo de perspetivas do Banco Mundial, Ayhan Kose.

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CAP acusa Governo de não cumprir promessa de descida de 20 cêntimos no ISP

CAP acusa Governo de não cumprir com descida no ISP de 20 cêntimos por litro no gasóleo agrícola, afirmando que, pelo contrário, o preço subiu uma média de três cêntimos.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) acusa o Governo de não cumprir a promessa da descida no ISP de 20 cêntimos por litro de gasóleo agrícola, anunciada a 28 de abril, afirmando que, pelo contrário, “o preço aumentou em média em cerca de três cêntimos”, lê-se num comunicado.

Citando dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), a CAP considera ser “incompreensível que se assista exatamente ao contrário do que tinha sido assegurado” e refere que “em momento algum” foi referida alguma diferenciação da descida do ISP em função da atividade económica.

A CAP exige ao Governo a “descida real e efetiva de 20 cêntimos por litro” e a implementação de um sistema que permita “um desconto imediato e efetivo no ato de pagamento, fazendo o Estado posteriormente um acerto de contas com os revendedores”.

A confederação considera também que o aumento no preço do gasóleo agrícola representa “uma manifesta falta de reconhecimento pela atividade que os agricultores desenvolvem”, acusando o Governo de lucrar com o aumento dos preços nos combustíveis. Para a CAP, Portugal perde competitividade face a Espanha desta maneira, visto que o país vizinho implementou “medidas transparentes e descomplicadas” para assegurar uma fatura reduzida no preço dos combustíveis para todos.

Na quarta-feira, a Associação Portuguesa De Empresas Petrolíferas (Apetro) lamentou que os valores anunciados pelo Governo não tenham tido em conta a subida do preço do petróleo nos mercados internacionais e considerou injusta para o setor a “suspeição implícita” nas palavras do primeiro-ministro, António Costa, quando este apelou aos portugueses para que confirmem os valores na fatura depois de abastecerem. Por sua vez, a ERSE não detetou “abusos das margens” das gasolineiras.

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Getlife angaria 6 milhões de euros em ronda de financiamento

  • Servimedia
  • 5 Maio 2022

A Getlife angariou seis milhões de euros numa ronda de financiamento semente. A empresa pretende tornar a criação do seguro de vida mais fácil, sem exames médicos e com cobertura para até 700 doenças.

A Getlife, uma empresa de seguros de vida com sede em Madrid, anunciou hoje a angariação de seis milhões de euros numa ronda de financiamento semente, liderada pela Singular, uma empresa de capital de risco, noticia a Servimedia.

Esta ronda contou com a participação de business angels do setor dos seguros, tais como Gokul Dhringa, antigo vice-presidente de produto da companhia de seguros Ethos, e Chris Adelsbach.

A empresa já tinha angariado um milhão de euros numa ronda pré-semente, a maior do seu género para uma seguradora em Espanha, mas agora conseguiu mais um financiamento, depois de um crescimento significativo nos seus primeiros sete meses de atividade.

A Getlife quadruplicou as suas receitas desde outubro do ano passado e está a finalizar a configuração de uma forte equipa de gestão, que conta com a incorporação de executivos de renome com vasta experiência no setor “insurtech” e “fintech” na Europa.

O capital desta ronda de financiamento permitirá à empresa de seguros de vida continuar a desenvolver o seu negócio, aperfeiçoar o seu produto, expandir a sua equipa técnica e, em última análise, dar-lhe a capacidade de proteger mais famílias.

O seguro de vida é uma indústria de 700 mil milhões de euros na Europa, mas não evoluiu durante 150 anos muito pelo facto de os consumidores considerarem que é necessário passar por um longo e complexo processo de compra, que muitas vezes requer exames médicos e semanas de papelada.

Nesse sentido, a Getlife nasceu com a ideia de contrariar esta tendência e, para isso, usa análises preditivas e tecnologias de dados sofisticadas para remover barreiras tradicionais que impedem as pessoas de obterem uma cobertura justa e políticas sem sobretaxas que não correspondem à situação de saúde do cliente.

Atualmente, com essa análise preditiva e com o uso de tecnologia proprietária, a empresa conseguiu “democratizar” o seguro de vida e criar uma solução com cobertura até 700 doenças, que não obriga os clientes a fazerem check-ups médicos.

“Subscrever seguros de vida é já uma decisão difícil de tomar e fazer com que os clientes passem por um processo de compra doloroso é injusto e ineficiente. Estamos aqui para mudar isso e dar a volta à forma como protegemos as nossas famílias do inesperado, concebendo um produto que seja justo e fácil de comprar sem discriminar as pessoas com base nas suas condições de saúde pré-existentes“, afirmou Guillermo Alén, CEO e co-fundador da Getlife.

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Investimento em imobiliário comercial em mínimos de seis anos

Primeiro trimestre de 2021 registou cerca de 180 milhões de euros em transações, o valor mais baixo desde 2017. Ainda assim, expectativas para o resto do ano são animadoras.

O primeiro trimestre fechou com 180 milhões de euros transacionados em imobiliário comercial, um número 30% inferior ao observado no mesmo período de 2021 e o mais baixo dos últimos seis anos, de acordo com um relatório da JLL. Apesar deste desempenho, a consultora afirma que há muito investimento em pipeline, prevendo, assim, que a atividade cresça de forma significativa no resto do ano.

Os dados do Market Pulse da JLL indicam que o foi um início de ano mais tímido do que o habitual, mas a consultora tem boas perspetivas para o resto de 2022. “O elevado volume de negócios em pipeline com conclusão prevista para os próximos trimestres (…) é uma prova de que o interesse do investidor se mantém em alta“, nota Pedro Lancastre, CEO da JLL Portugal.

“Esperamos que o volume agora transacionado cresça de forma considerável nos próximos trimestres, colocando 2022 entre os melhores anos de investimento do mercado“, acrescenta o responsável, citado em comunicado.

Transações de imobiliário comercial em valor:

Fonte: JLL

Dentro do imobiliário comercial, os escritórios foram a estrela, concentrando 75% do investimento, num total de cerca de 135 milhões de euros. A absorção deste setor cresceu 120% em Lisboa e 112% no Porto, “ao mesmo tempo que continuam os esforços do lado da oferta em prol de um reforço e qualificação do stock capaz de dar resposta às exigências de uma procura robusta e que continua sem sinais de abrandamento”, diz a JLL.

Em alta está também o interesse no setor industrial e logístico, que concentrou 18% do volume de transações. “Após uma década marcada pela tímida procura, vive hoje um momento de crescimento sem precedentes em Portugal, marcando o arranque de um novo ciclo de forte dinamismo do lado da oferta e do investimento”, lê-se no estudo. O número de novos projetos em pipeline está a crescer para dar resposta à procura.

No retalho, a “atividade mostra-se a recuperar progressivamente do impacto da pandemia”, com a maioria dos operadores a retomar os planos de expansão. Nesta fase, as estrelas do setor são os retail parks e o retalho alimentar que, “após comprovarem a sua resiliência perante a adversidade, são agora alvo de interesse renovado”, informa o estudo da JLL. Este setor concentrou 6% do investimento total em imobiliário comercial.

Fora do imobiliário comercial, o mercado residencial “continua a ser um íman de atração de compradores internacionais, que pesam 40% das vendas realizadas pela JLL até março”, refere a consultora. “Mesmo com o investimento crescente no lançamento de novos produtos, a procura continua a exceder largamente a oferta disponível, num cenário que se espera que continue a sustentar os atuais níveis de preços ao longo dos próximos meses.”

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Governo prolonga situação de alerta até 31 de maio

O Executivo prolongou a situação de alerta da Covid até final do mês e o fim das taxas moderadoras no Serviço Nacional e Saúde a partir de junho, com exceção das urgências não referenciadas.

O Governo decidiu prolongar a situação de alerta em todo o território nacional até ao último dia de maio, mantendo-se as medidas atualmente em vigor, tendo em conta o aumento de casos de Covid-19.

No Conselho de Ministros desta quinta-feira foi também aprovado o fim das taxas moderadoras no Serviço Nacional e Saúde a partir de junho, com exceção das urgências não referenciadas, medida que estava no Programa do Governo e que a ministra da Saúde já tinha anunciado no debate do Orçamento do Estado para 2022 na generalidade.

“Estamos a assistir a um aumento da transmissão [da Covid-19], o que não é inesperado”, disse a ministra da Saúde no final da reunião de Conselho de Ministros, lembrando que essa era uma consequência esperada com o retomar da vida normal dos portugueses e pelo facto de existirem em circulação “linhagens da variante Ómicron mais competitivas”.

Marta Temido fez referência ao estudo do Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge que dá conta de uma linhagem da variante Ómicron que, “não sendo mais gravosa, é mais transmissível, o que se traduz num aumento de casos”.

“Estamos a acompanhar a situação”, afirmou a ministra da Saúde, citando os dados do mesmo instituto que apontam para uma incidência da linhagem Ba5 de 20%. “Provavelmente, vamos continuar a assistir a um crescimento da transmissão”, disse Marta Temido. E, apesar da tendência crescente da mortalidade associada a esta pandemia, a responsável admitiu que se pode assistir a “um decréscimo da mortalidade específica por Covid-19”.

“A situação está controlada“, assegurou Marta Temido, apelando à vacinação como “a melhor arma de proteção contra a doença grave e muito grave“. A ministra da Saúde sublinhou a importância de as pessoas que se infetaram no início de 2022 irem agora tomar a dose de reforço da vacina. Além disso, a responsável voltou a admitir que a evolução epidemiológica poderá determinar uma “evolução” do plano para uma dose de reforço antes do outono/inverno.

O momento ótimo para a vacina da população com mais de 80 anos, de acordo com a comissão técnica, deve ocorrer antes do início do outono/inverno, porque a situação está controlada e porque as vacinas de que Portugal dispõe ainda não são as adaptadas e que evitam a transmissão da doença.

Apesar do aumento de número de casos, Marta Temido justificou a decisão de deixar de comparticipar os testes na farmácia à Covid-19, com a multiplicidade de testes disponíveis, nomeadamente nos supermercados. “A alteração da comparticipação dos testes para deteção da Covid decorre da alteração da situação de contexto. Sempre dissemos que a política de testagem iria evoluir de acordo com a situação e a situação agora é distinta e os meios de que a população dispõe para a realização de testes também são distintos”, disse a ministra da Saúde, dando como exemplo “os testes possíveis de adquirir nas grandes superfícies”, que “são uma metodologia de testagem válida e acessível para a população”.

Para os casos suspeitos de Covid-19, continua a existir uma prescrição de teste.

A evolução da situação epidemiológica também já levou ao reforço de escalas na linha SNS24, revelou Marta Temido, porque as 19 mil chamadas recebidas a 26 de abril evoluíram para 34 mil a 3 de maio.

Só urgências sem referenciação ou cuidados de saúde primários pagam taxa moderadora

Quanto à abolição das taxas moderadoras, a ministra da Saúde disse que apenas as urgências sem referenciação da linha SNS24 ou dos cuidados de saúde primários vão ser objeto de cobrança de taxas moderadoras.

“A partir de junho, apenas será devida a cobrança de taxas moderadoras – dentro daquilo que tinham sido os compromissos assumidos na lei de bases da saúde e no Orçamento do Estado – na circunstância de haver utilização de serviços de urgência que não é referenciada pela linha SNS24 ou pelos cuidados de saúde primários, e ainda a possibilidade de essa dispensa também acontecer quando não há uma referenciação, mas as pessoas são encaminhadas para internamento”, explicou.

Marta Temido precisou mesmo que “deixa de ser cobrada taxa moderadora em qualquer consulta”. Ou seja, as consultas subsequentes a uma ida aos hospital, que agora pagam taxa moderadora, vão deixar de pagar.

(Notícia atualizada com mais informações)

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Governo prepara regime excecional de preços para contratos públicos

Conselho de Ministros discutiu proposta de decreto-lei excecional para lidar com subida dos custos das obras públicas e impedir que trabalhos sejam parados por falta de financiamento.

O Governo está a preparar um regime excecional para que as obras públicas consigam suportar o aumento dos preços dos materiais.

A proposta de decreto-lei foi aprovada na generalidade no Conselho de Ministros desta quinta-feira e será agora submetida a consultas junto da Associação Nacional de Municípios, regiões autónomas e empresas de construção, detalhou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

“O Conselho de Ministros discutiu um decreto-lei que cria um regime excecional, facultativo e temporário para a subida de preços nas empreitadas de obra pública nos contratos de aquisição de bens e de serviços mas que também pode afetar as obras particulares”, detalhou Pedro Nuno Santos. A entrar em vigor, o regime será válido até ao final deste ano.

Sem adiantar valores, o ministro explicou que, por exemplo, um material como o aço, cujo preço sobe mais do que uma determinada percentagem, pode fazer com que o empreiteiro possa apresentar à Infraestruturas de Portugal (IP) uma proposta de revisão de preço. A IP avalia a proposta e pode aceitá-la, recusá-la ou negociar nova proposta. “Se as partes chegarem a acordo, haverá revisão de preço”, detalhou.

Além da IP, entidades como as autarquias ou o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana poderão beneficiar deste regime excecional, elencou o ministro.

Sentimos a necessidade de criar um regime excecional para revisão de preços nestes contratos e evitar um colapso no processo de investimento público em Portugal

Pedro Nuno Santos

Ministro das Infraestruturas e Habitação

O governante lembrou ainda que a construção vive uma “situação excecional, com pressão inflacionista, com crescimento muito acentuado dos preços das matérias-primas. Houve mesmo matérias-primas que quase duplicaram o seu valor”.

Pedro Nuno Santos assinalou que a situação “está a causar uma grande pressão e constrangimento nas empreitadas públicas. Por isso sentimos a necessidade de criar um regime excecional para revisão de preços nestes contratos e evitar um colapso no processo de investimento público em Portugal”.

IP já tinha dado alerta

A hipótese de um regime de flexibilização de preços na construção já tinha sido admitida na quarta-feira pelo diretor de empreendimentos da IP, José Carlos Clemente, durante um seminário sobre as obras de modernização da Linha da Beira Alta: “Estamos a atravessar um período muito mau, que já tinha resultado da pandemia, com a cadeia de abastecimento fortemente afetada. […] Há problemas com prazos de aprovisionamento e de entrega e há empreiteiros que aparecem constantemente a dizer que os preços estão a aumentar.”

No início desta semana, a própria IP já tinha mostrado preocupação com as consequências que a guerra na Ucrânia terá ao nível do fornecimento de materiais de construção e do seu respetivo custo, numa altura em que a empresa tem um “elevado nível de investimento previsto para o período 2022-2024”.

Só neste ano, a IP prevê uma execução financeira de cerca de 380 milhões de euros, devido, sobretudo, ao programa Ferrovia 2020, que ficará concluído no final de 2023, com praticamente três anos de atraso face ao calendário original. Este valor é superior à execução financeira de 2021, de cerca 196 milhões de euros, que por sua vez representou uma subida de 43% face a 2020.

Depois das conversas com municípios, regiões autónomas e empresas de construção, o diploma será novamente discutido em Conselho de Ministros, para eventual aprovação.

Aviso dos Engenheiros do Norte

Também a secção Norte da Ordem dos Engenheiros deixou um aviso nesta quinta-feira relativamente ao impacto da subida do preço dos materiais na continuidade das obras públicas.

“Na execução contratual impõem-se que os contraentes cumpram adequadamente as suas obrigações contratuais. No entanto, a escassez de matéria-prima bem como a falta de mão-de-obra podem trazer um cenário de dificuldade de execução e, até mesmo, de incumprimento desses mesmos contratos”, assinalou o presidente da Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN), Bento Aires, citado em comunicado de imprensa.

O mesmo responsável acrescentou que têm chegado à OERN várias manifestações de preocupação de várias empresas e engenheiros.

“Os empresários/donos de obras/fornecedores e clientes estão apreensivos porque o acréscimo dos custos da energia e das matérias-primas tornam imprevisível a conclusão de obras e resposta a clientes, antevendo-se pedidos de rescisão de contratos, paralisação de trabalhos, desvios consideráveis de custos e prazos de entrega de serviços e bens”, detalhou.

Elogios da construção

Questionado sobre a medida, o O presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Manuel Reis Campos, recebeu com “agrado” a aprovação do regime excecional, considerando que vai “no bom caminho”.

“É com agrado que tomamos conhecimento desta intenção, que foi aprovada na generalidade [hoje pelo Governo], de um regime excecional e temporário no âmbito dos preços”, adiantou o responsável em declarações à agência Lusa.

(Notícia atualizada às 17h45 com comentário da AICCOPN)

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Rendeiro nunca disse que sofria do coração, diz o Conselho Superior da Magistratura

No processo de apuramento de responsabilidades da fuga de Rendeiro, o Conselho Superior da Magistratura aproveitou para dizer que nunca nos tribunais em Portugal, Rendeiro disse que sofria do coração.

O Conselho Superior da Magistratura garante que João Rendeiro, quando estava a ser julgado em Portugal, nunca revelou que sofria de uma doença cardíaca. Nem tão pouco juntou atestado médico com esse objetivo.

Segundo a defesa de João Rendeiro, a advogada sul-africana June Marks, o arguido sofre de uma condição cardíaca e foi visto pelo médico do Estabelecimento Prisional de Westville, na África do Sul, onde se encontra detido. As informações foram dadas pela advogada do ex-banqueiro, June Marks, que alegou que o ex-banqueiro deve aguardar a decisão acerca do processo de extradição em liberdade por padecer de um probema cardíaco: porém, o documento que alegadamente provaria essa doença foi assinado por um psiquiatra, que a Ordem dos Médicos tentou expulsar.

Agora, no processo de averiguações disciplinares relativamente à alegada responsabilidade na fuga do arguido, o Conselho Superior da Magistratura veio dizer que, ao longo dos três processos, antes ou depois de 2012, “o arguido jamais manifestou que padecesse de doença cardíaca, nem nunca juntou atestado que o atestasse. Apenas num dos processos referiu que iria ser sujeito a uma intervenção cirúrgica à coluna e na sessão seguinte (do dia 13 07-2020), requereu dispensa nas próximas sessões por ir ser sujeito a intervenção cirúrgica à zona da coluna. Sugere-se se dê conhecimento imediato à Procuradoria-Geral da República
relativamente a este ponto”, disse o CSM.

“O meu cliente teve um problema cardíaco devido a febre reumática. O médico está preocupado que as condições na prisão e a tuberculose prevalente nas cadeias de África do Sul possam piorá-lo“, foram as palavras de Marks.

Detido em 11 de dezembro na cidade de Durban, após quase três meses fugido à justiça portuguesa, João Rendeiro foi presente ao juiz Rajesh Parshotam, do tribunal de Verulam, que lhe decretou no dia 17 de dezembro a medida de coação mais gravosa, colocando-o em prisão preventiva no estabelecimento prisional de Westville.

O ex-banqueiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros. Das três condenações, apenas duas já transitaram em julgado e não admite mais recursos, com João Rendeiro a ter de cumprir uma pena de prisão efetiva de cinco anos e oito meses e de dez anos.

João Rendeiro foi ainda a mais três anos e seis meses num terceiro processo, sendo que estas duas sentenças ainda não transitaram em julgado.

 

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Guerra pode ter travado atividade económica no final de abril

Indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal regista variação homóloga inferior, uma alteração na tendência de estabilidade que se registava nas últimas semanas.

As ondas de choque da invasão russa à Ucrânia já estarão a castigar a atividade económica portuguesa. Na semana terminada a 1 de maio, o Banco de Portugal registou uma alteração na tendência do indicador diário de atividade económica (DEI), que apresentou uma taxa de variação homóloga inferior à da semana anterior.

Mesmo com o início da guerra na Europa, a economia nacional surpreendeu no primeiro trimestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) a crescer 2,6% em cadeia. Além disso, nas últimas semanas, o indicador diário de atividade económica (DEI) do Banco de Portugal tinha-se mantido estável.

No entanto, na última semana de abril, já se nota uma queda na variação homóloga do DEI (primeiro gráfico), o que pode significar um abrandamento da atividade económica em Portugal. O recuo também é visível no DEI acumulado num período de três anos (segundo gráfico), que ajuda na comparação com o período pré-pandemia.

Indicador diário de atividade económica:

Fonte: Banco de Portugal

Apesar de diário, o DEI é publicado semanalmente, à quinta-feira. Este indicador “cobre diversas dimensões correlacionadas com a atividade económica em Portugal, sumariando a informação das seguintes variáveis diárias: tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes”, explica o Banco de Portugal.

Depois do choque da pandemia, as economias ocidentais lidam desde o final de fevereiro com uma série de disrupções provocadas pela invasão russa à Ucrânia (bem como com o próprio conflito). A guerra agravou a subida da inflação, castigando as famílias e as empresas.

Nos EUA, a Fed anunciou na quarta-feira uma subida histórica dos juros para tentar conter a subida de preços, um novo ciclo económico que ameaça com uma recessão.

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